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QUESTÕES Romantismo

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Prévia do material em texto

1@professorferretto @prof_ferretto
Romantismo
L0111 - (Fatec)
Leia o fragmento da obra “Senhora”, de José de Alencar.
 
Quando Seixas achava-se ainda sob o império desta nova
contrariedade, apareceu na sala a Aurélia Camargo, que
chegara naquele instante. Sua entrada foi como sempre
um deslumbramento; todos os olhos voltaram-se para
ela; pela numerosa e brilhante sociedade ali reunida
passou o frêmito das fortes sensações. Parecia que o
baile se ajoelhava para recebê-la com o fervor da
adoração. Seixas afastou-se. Essa mulher humilhava-o.
Desde a noite de sua chegada que sofrera a desagradável
impressão. Refugiava-se na indiferença, esforçava-se por
combater com o desdém a funesta influência, mas não o
conseguia. A presença de Aurélia, sua esplêndida beleza,
era uma obsessão que o oprimia. Quando, como agora, a
�rava da vista fugindo-lhe, não podia arrancá-la da
lembrança, nem escapar à admiração que ela causava e
que o perseguia nos elogios proferidos a cada passo em
torno de si. No Cassino, Seixas �vera um reduto onde
abrigar-se dessa cruel fascinação.
<h�p://�nyurl.com/ou5m65d> Acesso em: 17.09.2015.
Adaptado.
 
É correto afirmar que essa obra pertence ao 
a) Roman�smo, pois ela cri�ca os valores burgueses,
exalta a natureza e a vida simples do campo,
denunciando a corrupção e a hipocrisia na sociedade
fluminense do século XX. 
b) Roman�smo, pois ela enaltece a fragilidade da mulher
e exprime de forma con�da os sen�mentos das
personagens, situando-as no contexto da sociedade
paulista do século XX. 
c) Roman�smo, pois ela exalta a figura feminina, expõe,
de maneira exacerbada, os sen�mentos das
personagens, tendo como pano de fundo os costumes
da sociedade fluminense do século XIX. 
d) Modernismo, pois ela idealiza a mulher e a juventude
e trata da infelicidade dos amores não
correspondidos, inserindo as personagens na
sociedade fluminense do século XX. 
e) Modernismo, pois ela se opõe ao exagero na
expressão dos sen�mentos e ao papel de submissão
des�nado às mulheres, retratando o co�diano da
sociedade paulista do século XX. 
L0105 - (Acafe)
Relacione as colunas, considerando as especificidades e
os diferentes aspectos apontados rela�vamente à poesia
brasileira, e assinale a sequência correta.
 
1. O sapo-tanoeiro, 
Parnasiano aguado, 
Diz: – “Meu cancioneiro 
É bem martelado.” 
 
2.Enquanto pasta, alegre, o manso gado, 
Minha bela Marília, nos sentemos 
À sombra deste cedro levantado. 
Um pouco meditemos 
Na regular beleza, 
Que em tudo quanto vive nos descobre 
A sábia Natureza. 
 
3.Negras mulheres, suspendendo às tetas 
Magras crianças, cujas bocas pretas 
Rega o sangue das mães: 
Outras, moças... mas nuas, espantadas, 
Em ânsia e mágoa vãs. 
2@professorferretto @prof_ferretto
 
4.Caminhando contra o vento 
sem lenço, sem documento 
no sol de quase dezembro 
eu vou.
 
5.Se eu morresse amanhã, viria ao menos 
Fechar meus olhos minha triste irmã; 
Minha mãe de saudades morreria 
Se eu morresse amanhã. 
 
6.Vai-se a primeira pomba despertada... 
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas 
De pombas vão-se dos pombais, apenas 
Raia sanguínea e fresca a madrugada... 
 
(__)O tropicalismo, movimento libertário por excelência
da década de 1960 no Brasil, durou pouco mais de um
ano e acabou reprimido pelo governo militar. 
(__)As principais caracterís�cas da poesia produzida por
essa geração são: o individualismo, egocentrismo, o
nega�vismo, a dúvida, a desilusão, o tédio e os
sen�mentos relacionados à fuga da realidade, que
caracterizam o chamado ultrarroman�smo. 
(__)Configura a disposição dos modernistas de provocar
uma ruptura com a arte do passado. 
(__)O es�lo parnasiano no texto beira a perfeição. O belo
é a poesia com sua correção métrica grama�cal, com
versos decassílabos, modelo clássico de composição. O
belo, o sublime e a natureza permeiam o poema. 
(__) Os poetas condoreiros defendiam a liberdade e
denunciavam as desigualdades sociais.
(__)Os poetas árcades veem a natureza em perfeito
equilíbrio e harmonia.
a) 5 - 3 - 2 - 4 - 6 - 1 
b) 3 - 2 - 6 - 1 - 5 - 4 
c) 2 - 5 - 3 - 6 - 1 - 4 
d) 4 - 5 - 1 - 6 - 3 - 2 
L0101 - (Enem)
Leito de folhas verdes
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
 
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
DIAS, G. Antologia poé�ca. Rio de Janeiro: Agir, 1979
(fragmento).
 
Na perspec�va do Roman�smo, a representação
feminina espelha concepções expressas no poema pela 
a) reprodução de estereó�pos sociais e de gênero. 
b) presença de traços marcadores de nacionalidade. 
c) sublimação do desejo por meio da espiritualização. 
d) correlação feita entre estados emocionais e
natureza. 
e) mudança de paradigmas relacionados à
sensibilidade. 
L0109 - (Unisc)
Leia atentamente o trecho do poema Can�guinha, de
Cecília Meireles, e analise as afirma�vas a seguir.
(...)
Veio vindo a ventania,
– te juro –
as águas mudam seu brilho,
quando o tempo anda inseguro.
Quando as águas escurecem,
– te juro –
todos os barcos se perdem,
entre o passado e o futuro.
São dois rios os meus olhos,
– te juro –
noite e dia correm, correm,
mas não acho o que procuro.
MEIRELES, Cecília. Obra Poé�ca. 2. ed. Rio de Janeiro:
Jose Aguilar, 1967, p. 120.
 
I. A exaltação da natureza, observada nos versos de
Cecília Meireles, permite afirmar que sua obra pertence
à primeira geração do Roman�smo brasileiro.
II. Nos versos de Cecília Meireles, percebe-se o tom
in�mista e a reflexão sobre a condição humana, que se
dá a par�r da analogia entre o rio e as lágrimas do eu
lírico.
III. A singeleza da linguagem, verificada nos versos,
configura uma das principais caracterís�cas da obra de
Cecília Meireles.
 
Assinale a alterna�va correta. 
a) Somente as afirma�vas I e II estão corretas. 
b) Somente as afirma�vas II e III estão corretas. 
c) Somente as afirma�vas I e III estão corretas. 
d) Nenhuma afirma�va está correta. 
e) Todas as afirma�vas estão corretas. 
L0110 - (Ueg)
Leia o fragmento e observe a imagem para responder à
questão.
 
3@professorferretto @prof_ferretto
É ela! é ela! – murmurei tremendo, 
e o eco ao longe murmurou – é ela! 
Eu a vi... minha fada aérea e pura – 
a minha lavadeira na janela. 
 
Dessas águas furtadas onde eu moro 
eu a vejo estendendo no telhado 
os ves�dos de chita, as saias brancas; 
eu a vejo e suspiro enamorado! 
 
Esta noite eu ousei mais atrevido, 
nas telhas que estalavam nos meus passos, 
ir espiar seu venturoso sono, 
vê-la mais bela de Morfeu nos braços! 
 
Como dormia! que profundo sono!... 
Tinha na mão o ferro do engomado... 
Como roncava maviosa e pura!... 
Quase caí na rua desmaiado!
AZEVEDO, Álvares de. É ela! É ela! É ela! É ela. In: Álvares
de Azevedo.
São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 44. 
 
Tanto a pintura quanto o excerto apresentados
pertencem ao Roman�smo. A diferença entre ambos,
porém, diz respeito ao fato de que 
a) no fragmento verifica-se o retrato de um ser
idealizado, ao passo que no quadro tem-se uma figura
retratada de modo pejora�vo. 
b) na pintura tem-se o retrato de uma mulher de feições
austeras, ao passo que no poema nota-se a descrição
de uma mulher sofis�cada. 
c) no excerto tem-se a descrição realista e não idealizada
de uma mulher, ao passo que na pintura retrata-se
uma mulher pertencente à burguesia. 
d) na imagem tem-se uma moça cuja caracterização é
abstrata, ao passo que no poema tem-se uma mulher
cujo aspecto é burguês e requintado. 
e) no quadro constata-se a imagem de uma moça
simplória, ao passo que no poema nota-se a
caracterização de uma donzela de vida airada. 
L0100 - (Ufrgs)
No bloco superior abaixo, estão listados movimentos
literários brasileiros; no inferior, caracterís�cas desses
movimentos.
 
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
 
1. Barroco
2. Roman�smo
3. Modernismo
 
(__) U�liza manifestos como grandemeio de divulgação
das intenções esté�cas e ideológicas.
(__) Caracteriza-se como retorno a uma intensa
religiosidade.
(__) Procura configurar os dilemas e as contradições do
ser humano.
(__) Busca a iden�dade nacional como temá�ca,
mantendo a forma conforme o padrão europeu.
 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é 
a) 3 – 1 – 1 – 2. 
b) 2 – 3 – 1 – 3. 
c) 3 – 1 – 2 – 2. 
d) 2 – 3 – 3 – 1. 
e) 3 – 1 – 3 – 2. 
L0103 - (Fuvest)
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a
jabu�caba, pode falar uma língua com igual pronúncia e
o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o
damasco e a nêspera? José de Alencar. Bênção Paterna.
Prefácio a Sonhos d’ouro.
 
4@professorferretto @prof_ferretto
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto
dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a
virgem pelo nome, outras remexe o uru de palha
ma�zada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos
fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda
e as �ntas de que ma�za o algodão.
José de Alencar. Iracema.
 
Glossário:
“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: espécie de
bromélia; “juçara”: �po de palmeira espinhosa. 
 
Com base nos trechos acima, é adequado afirmar: 
a) Para Alencar, a literatura brasileira deveria ser capaz
de representar os valores nacionais com o mesmo
espírito do europeu que sorve o figo, a pera, o
damasco e a nêspera. 
b) Ao discu�r, no primeiro trecho, a importação de ideias
e costumes, Alencar propõe uma literatura baseada
no abrasileiramento da língua portuguesa, como se
verifica no segundo trecho. 
c) O contraste entre os verbos “chupar” e “sorver”,
empregados no primeiro trecho, revela o
rebaixamento de linguagem buscado pelo escritor
em Iracema. 
d) Em Iracema, a construção de uma literatura exó�ca,
tal como se verifica no segundo trecho, pautou-se
pela recusa de nossos elementos naturais. 
e) Ambos os trechos são representa�vos da tendência
escapista de nosso roman�smo, na medida em que
valorizam os elementos naturais em detrimento da
realidade ro�neira. 
L0107 - (Upe-ssa)
O Roman�smo não é só um período literário, ele
também é um movimento que abarca as artes plás�cas.
Assim, analise as imagens a seguir.
 
 
Acerca dos textos acima, assinale com V as afirma�vas
Verdadeiras e com F as Falsas. 
 
(__) É possível afirmar que esses textos têm em comum
complexos valores ideológicos, próprios da expressão
plás�ca român�ca. 
(__) A Imagem 1 expressa uma das temá�cas do
Roman�smo, isto é, a liberdade contra a �rania. 
(__) A Imagem 2 dialoga com o Roman�smo por tratar de
uma temá�ca cara aos român�cos, que é a exaltação do
passado histórico e de caráter nacionalista. 
(__) A Imagem 3 expressa, de forma dramá�ca, a
tragédia de um naufrágio. Nessa obra, é possível
iden�ficar uma das caracterís�cas do Roman�smo, a
hipervalorização dos sen�mentos, tanto as do mundo
�sico natural como as emoções pessoais. 
(__) A Imagem 4 dialoga com a obra de José de
Alencar, O Uraguai, cuja protagonista é Iracema. 
 
5@professorferretto @prof_ferretto
A sequência CORRETA, de cima para baixo é: 
a) V – V – V – V – F 
b) F – F – V – V – F 
c) F – V – V – F – F 
d) V – V – V – F – V 
e) V – F – V – F – V 
L0108 - (Enem)
Pertencente ao Roman�smo, a obra de Victor Meirelles
caracteriza-se como uma 
a) descrição dramá�ca da guerra. 
b) inclinação ao retrato nacionalista. 
c) es�lização das revoltas populares. 
d) construção da iden�dade brasileira. 
e) representação das obras francesas. 
L0113 - (Uneb)
I.
Chegou no verão, em janeiro, quando soube que Geraldo
cancelara o contrato de locação da casa, nos Barris.
Primeiro, e logo que se deu a Geraldo como uma escrava,
foi o Jardim da Piedade com a casa tão perto da igreja
que acordava com o sino batendo forte todas as manhãs.
O Campo Grande, a seguir, lugar de grandes árvores e
muitos pássaros. Depois, o prédio magro de três andares
na ruazinha da ladeira, no Rio Vermelho, onde
permaneceria os úl�mos quinze anos ao lado do mar e
de Geraldo. E dali, após vender os móveis para apurar
um pouco mais de dinheiro, dali saiu enxotada para o
Bângala.
FILHO, Adonias. O Largo da Palma. Novelas. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. p. 29.
 
II.
No momento de ajoelhar aos pés do celebrante, e de
pronunciar o voto perpétuo que a ligava ao des�no do
homem por ela escolhido, Aurélia, com o decoro que
reves�a seus menores gestos e movimentos, curvara a
fronte, envolvendo-se pudicamente nas sombras
diáfanas dos cândidos véus de noiva.
Malgrado seu, porém, o contentamento que lhe enchia o
coração e estava a borbotar nos olhos cin�lantes e nos
lábios aljofrados de sorrisos, erigia-lhe aquela fronte
gen�l, cingida nesse instante por uma auréola de júbilo.
No al�vo realce da cabeça e no enlevo das feições cuja
formosura se toucava de lumes esplêndidos, estava-se
debuxando a soberba expressão do triunfo, que exalta a
mulher quando consegue a realidade de um desejo
férvido e longamente ansiado.
ALENCAR, José de. Senhora: perfil de mulher. 2. ed. São
Paulo: FTD, 1993. p. 73.
 
 
 
O texto II faz parte do romance Senhora, de José de
Alencar, obra representa�va do Roman�smo no Brasil.
Comparando-o com o texto I, inserido na narra�va O
Largo da Palma, sobre as figuras femininas em foco está
correto o que se afirma na alterna�va 
a) Os perfis de Aurélia e Eliane atendem ao gosto
esté�co român�co. 
b) Aurélia e Eliane são enfocadas como estereó�pos da
mulher presa a convenções sociais. 
c) Aurélia e Eliane são personagens — cada uma em sua
época — representa�vas de um ideal de mulher a ser
a�ngido. 
d) Os textos, embora se enquadrem em épocas literárias
dis�ntas, apresentam o ser feminino como ví�ma de
um des�no previamente traçado. 
e) Aurélia é apresentada sob uma perspec�va de
idealização; já Eliane é mostrada como uma mulher
carente, que se frustra nas relações amorosas. 
L0104 - (Espcex)
Sobre o Roman�smo no Brasil, marque a afirmação
correta. 
6@professorferretto @prof_ferretto
a) A arte român�ca pôs fim a uma tradição clássica de
três séculos e dá início a uma nova etapa na literatura,
voltada aos assuntos contemporâneos - efervescência
social e polí�ca, esperança e paixão, luta e revolução -
e ao co�diano do homem burguês. 
b) O lema da bandeira brasileira "Ordem e Progresso" é
ni�damente marcado pelos ideais român�cos: parte
da suposição de que é necessário ordem social para
que haja o progresso da sociedade. 
c) O roman�smo era um movimento an�materialista e
an�rracionalista, que usava símbolos, imagens,
metáforas e sinestesias com a finalidade de exprimir o
mundo interior, intui�vo e an�lógico. 
d) O movimento inspirou-se em uma lendária região da
Grécia An�ga, dominada pelo deus Pan e habitada por
pastores, que viviam de modo simples e espontâneo e
se diver�am cantando, fazendo disputas poé�cas e
celebrando o amor e o prazer. 
e) O es�lo român�co registra o espírito contraditório de
uma época que se divide entre as influências do
Renascimento - o materialismo, o paganismo e o
sensualismo - e da onda de religiosidade trazida
sobretudo pela Contrarreforma. 
L0112 - (Fgvrj)
Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo
algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do
negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe
por proteção de quem, alcançou o emprego de que o
vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde
tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio,
não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça,
quitandeira das praças de Lisboa, saloia rechonchuda e
bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe jus�ça, não era
nesse tempo de sua mocidade mal-apessoado, e
sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, estando a Maria
encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que
passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão
assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A
Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como
envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de
disfarceum tremendo beliscão nas costas da mão
esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os
usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado;
ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e
beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco
mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes
tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de
muitos anos.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento
de Milícias.
 
Embora de fato pertençam ao Roman�smo, as Memórias
de um sargento de milícias não apresentam as
caracterís�cas mais �picas e notórias desse movimento.
No entanto, analisando-se o trecho aqui reproduzido,
verifica-se que nele se apresenta claramente o seguinte
traço do Roman�smo: 
a) preferência pela narração de aventuras fabulosas e
extraordinárias. 
b) tendência a emi�r juízos morais sobre as condutas das
personagens. 
c) livre expressão de conteúdos eró�cos incomuns e
chocantes. 
d) tema�zação franca e aberta da vida popular e
co�diana. 
e) busca do raro e do exó�co, como meio de fuga da
realidade burguesa. 
L0106 - (Enem)
Zé Araújo começou a cantar num tom triste, dizendo aos
curiosos que começaram a chegar que uma mulher �nha
se ajoelhado aos pés da santa cruz e jurado em nome de
Jesus um grande amor, mas jurou e não cumpriu, fingiu e
me enganou, pra mim men�u, pra Deus você pecou, o
coração tem razões que a própria razão desconhece, faz
promessas e juras, depois esquece.
O caboclo estava triste e inspirado. Depois dessa canção
que arrepiou os cabelos da Neusa, emendou com uma
valsa mais arretada ainda, cheia de palavras di�ceis, mas
bonita que só a gota serena. Era a história de uma
boneca encantadora vista numa vitrine de cristal sobre o
soberbo pedestal. Zé Araújo fechava os olhos e soltava a
voz:
Seus cabelos �nham a cor/ Do sol a irradiar/ Fulvos raios
de amor./ Seus olhos eram circúnvagos/ Do roman�smo
azul dos lagos/ Mãos liriais, uns braços divinais,/ Um
corpo alvo sem par/ E os pés muito pequenos/ Enfim eu
vi nesta boneca/ Uma perfeita Vênus.
CASTRO, N. L. As pelejas de Ojuara: o homem que
desafiou o diabo. São Paulo: Arx, 2006 (adaptado).
 
O comentário do narrador do romance “[...] emendou
com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras
di�ceis, mas bonita que só a gota serena” relaciona-se ao
fato de que essa valsa é representa�va de uma variedade
linguís�ca 
a) detentora de grande pres�gio social. 
b) específica da modalidade oral da língua. 
c) previsível para o contexto social da narra�va. 
d) cons�tuída de construções sintá�cas complexas. 
e) valorizadora do conteúdo em detrimento da forma. 
L0102 - (Uel)
7@professorferretto @prof_ferretto
Leia o texto extraído do segundo ato de O demônio
familiar e responda à questão a seguir.
EDUARDO (Rindo-se) – Eis um corretor de casamentos,
que seria um achado precioso para certos indivíduos do
meu conhecimento! Vou tratar de vender-te a algum
deles para que possas aproveitar teu gênio industrioso.
 
PEDRO – Oh! Não! Pedro quer servir a meu senhor!
Vosmecê perdoa; foi para ver senhor rico!
 
EDUARDO – E o que lucras tu com isto?! Sou tão pobre
que te falte com aquilo de que precisas? Não te trato
mais como um amigo do que como um escravo?
 
PEDRO — Oh! Trata muito bem, mas Pedro queria que o
senhor �vesse muito dinheiro e comprasse carro bem
bonito para...
 
EDUARDO – Para... Dize!
 
PEDRO – Para Pedro ser cocheiro de senhor!
 
EDUARDO – Então a razão única de tudo isto é o desejo
que tens de ser cocheiro?
 
PEDRO — Sim, senhor!
 
EDUARDO — (Rindo-se) -– Muito bem! Assim, pouco te
importava que eu ficasse mal com a pessoa que
es�mava; que me casasse com uma velha ridícula, que
vivesse maçado e aborrecido, contanto que governasses
dois cavalos em um carro! Tens razão!... E eu ainda devo
dar-me por muito feliz, que fosse esse mo�vo frívolo,
mas inocente, que te obrigasse a trair a minha confiança.
(Eduardo sai.)
ALENCAR, José de. O demônio familiar. 4. ed. São Paulo:
Mar�n Claret, 2013. p. 54-55. 
 
Sobre as relações entre O demônio familiar e o
Roman�smo, considere as afirma�vas a seguir.
 
I. O vínculo da peça com o Roman�smo decorre do
franco abolicionismo, apesar da negação da concessão
de alforria a Pedro.
II. A comicidade da peça realça a tonalidade român�ca,
pois expõe a fragilidade da nobreza de caráter como
marca central do es�lo de época.
III. A defesa da família e o discurso moralista
predominam como forma de exaltação de valores
român�cos.
IV. A relevância dos relacionamentos amorosos como
tópicos centrais da peça contribui para acentuar as
conexões com o Roman�smo.
 
Assinale a alterna�va correta. 
a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. 
b) Somente as afirma�vas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirma�vas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. 
L0099 - (Enem)
O laço de fita
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
 
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos de moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
 
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
[...]
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepita!
 
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
ALVES, C. Espumas flutuantes. Disponível em:
www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 ago. 2015
(fragmento).
 
Exemplo da lírica de temá�ca amorosa de Castro Alves, o
poema constrói imagens caras ao Roman�smo. Nesse
fragmento, o lirismo român�co se expressa na 
a) representação infan�lizada da figura feminina. 
b) cria�vidade inspirada em elementos da natureza. 
c) opção pela morte como solução para as frustrações. 
d) ansiedade com as a�tudes de indiferença da mulher. 
e) fixação por signos de fusão simbólica com o ser
amado. 
L0263 - (Fuvest)
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a
jabu�caba, pode falar uma língua com igual pronúncia e
o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o
damasco e a nêspera?
José de Alencar. Bênção Paterna. Prefácio a Sonhos
d’ouro.
 
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto
dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a
8@professorferretto @prof_ferretto
virgem pelo nome, outras remexe o uru de palha
ma�zada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos
fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda
e as �ntas de que ma�za o algodão.
José de Alencar. Iracema.
 
Glossário:
“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: espécie de
bromélia; “juçara”: �po de palmeira espinhosa.
 
Com base nos trechos acima, é adequado afirmar:
a) Para Alencar, a literatura brasileira deveria ser capaz
de representar os valores nacionais com o mesmo
espírito do europeu que sorve o figo, a pera, o
damasco e a nêspera. 
b) Ao discu�r, no primeiro trecho, a importação de ideias
e costumes, Alencar propõe uma literatura baseada
no abrasileiramento da língua portuguesa, como se
verifica no segundo trecho. 
c) O contraste entre os verbos “chupar” e “sorver”,
empregados no primeiro trecho, revela o
rebaixamento de linguagem buscado pelo escritor em
Iracema. 
d) Em Iracema, a construção de uma literatura exó�ca,
tal como se verifica no segundo trecho, pautou-se
pela recusa de nossos elementos naturais. 
e) Ambos os trechos são representa�vos da tendência
escapista de nosso roman�smo, na medida em que
valorizam os elementos naturais em detrimento da
realidade ro�neira.
L0294 - (Unesp)
Escritor refle�do e cheio de recurso, a sua obra é uma
das minas da literatura brasileira, até hoje, e embora não
pareça, tem con�nuidades no Modernismo. Nossa
iconografia imaginária, das mocinhas, dos índios, das
florestas, deve aos seus livros muito da sua fixação social;
de modo mais geral, para não encompridar a lista, a
desenvoltura inven�va e brasileirizante da sua prosa
ainda agora é capaz de inspirar.
(Roberto Schwarz. Ao vencedor asbatatas, 2000.
Adaptado.)
 
O comentário refere-se ao escritor
a) Raul Pompeia. 
b) Manuel Antônio de Almeida. 
c) José de Alencar. 
d) Tomás Antônio Gonzaga. 
e) Aluísio Azevedo. 
L0302 - (Unesp)
Tão variadas são as manifestações desse movimento que
é impossível formular-lhe uma definição única; mesmo
assim, pode-se dizer que sua tônica foi uma crença no
valor supremo da experiência individual, configurando
nesse sen�do uma reação contra o racionalismo
iluminista e a ordem do es�lo neoclássico. Seus autores
exploravam os valores da intuição e do ins�nto, trocando
o discurso público do neoclassicismo, cujas formas
compunham um repertório mais comum e inteligível, por
um �po de expressão mais par�cular.
(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007.
Adaptado.)
 
O movimento a que o texto se refere é o
a) Naturalismo. 
b) Roman�smo. 
c) Barroco. 
d) Arcadismo. 
e) Realismo. 
L0308 - (Unesp)
Leia a cena inicial da comédia O noviço, de Mar�ns Pena.
 
AMBRÓSIO: No mundo a fortuna é para quem sabe
adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é
aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar.
Todo homem pode ser rico, se a�nar com o verdadeiro
caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e
per�nácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que,
resolvido a empregar todos os meios, não consegue
enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos,
era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda
serei. O como não importa; no bom resultado está o
mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo
eu? Se em algum tempo �ver de responder pelos meus
atos, o ouro jus�ficar-me-á e serei limpo de culpa. As leis
criminais fizeram-se para os pobres...
(Mar�ns Pena. Comédias (1844-1845), 2007.)
 
A fala de Ambrósio contém um elogio
a) à humildade. 
b) à moderação. 
c) à meritocracia. 
d) à jus�ça. 
e) à burocracia. 
L0309 - (Unesp)
Leia a cena inicial da comédia O noviço, de Mar�ns Pena.
 
AMBRÓSIO: No mundo a fortuna é para quem sabe
adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é
9@professorferretto @prof_ferretto
aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar.
Todo homem pode ser rico, se a�nar com o verdadeiro
caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e
per�nácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que,
resolvido a empregar todos os meios, não consegue
enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos,
era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda
serei. O como não importa; no bom resultado está o
mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo
eu? Se em algum tempo �ver de responder pelos meus
atos, o ouro jus�ficar-me-á e serei limpo de culpa. As leis
criminais fizeram-se para os pobres...
(Mar�ns Pena. Comédias (1844-1845), 2007.)
 
“O como não importa; no bom resultado está o mérito...”
 
O teor dessa fala aproxima-se do conteúdo da seguinte
citação:
a) “Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo
a essência.” (Friedrich Schiller, escritor alemão, 1759-
1805.) 
b) “A virtude está toda no esforço.” (Anatole France,
escritor francês, 1844-1924.) 
c) “Cuide dos meios; o fim cuidará de si mesmo.”
(Mahatma Gandhi, líder polí�co indiano, 1869-1948.) 
d) “O homem é o lobo do homem.” (Plauto, dramaturgo
romano, 254 a.C.-184 a.C.) 
e) “Os fins jus�ficam os meios.” (Ovídio, poeta romano,
43 a.C.-17 d.C.)

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