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TEAS REALISMO E NATURALISMO BRASILEIRO

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TEAS - O realismo e o naturalismo brasileiro
TEA 1 – REALISMO-NATURALISMO E MACHADO DE ASSIS
1.O Realismo foi um movimento artístico e cultural do século XIX. Sobre ele, é possível afirmar:​​​​​​​
o Realismo pautava-se pela vontade de retratar a realidade e os costumes da sociedade moderna sem idealizações moralistas.
2.O Naturalismo foi um desdobramento do Realismo. Acerca desse movimento, é correto afirmar:​​​​​​​
 O Naturalismo dá ênfase às determinações biológicas, patológicas e sociais da personagem.
Leia o trecho a seguir do romance O mulato, de Aluísio de Azevedo, e assinale a alternativa correta sobre sua interpretação:
3.Fazia um grande silêncio nas ruas; ao longe ladrava tristemente um cão, e, de vez em quando, ouviam-se ecos de uma música distante. E Raimundo, ali, no desconforto do seu quarto, sentia-se mais só do que nunca; sentia-se estrangeiro na sua própria terra, desprezado e perseguido ao mesmo tempo. "E tudo, por quê?... pensava ele, porque sucedera sua mãe não ser branca!... Mas do que servira então ter-se instruído e educado com tanto esmero? do que serviria a sua conduta reta e a inteireza do seu caráter?... Para que se conservou imaculado?... para que o diabo tivera ele a pretensão de fazer de si um homem útil e sincero?..." E Raimundo revoltava-se. [...]
Raimundo revolta-se, pois, acredita que deveria ser julgado socialmente pelo seu caráter, ao invés de ser discriminado por ser mestiço.
4.Observe o excerto a seguir, do conto Pai contra mãe, de Machado de Assis. Marque a alternativa correta sobre sua interpretação:
Quando lá chegou, viu o farmacêutico sozinho, sem o filho que lhe entregara. Quis esganá-lo. Felizmente, o farmacêutico explicou tudo a tempo; o menino estava lá dentro com a família, e ambos entraram. O pai recebeu o filho com a mesma fúria com que pegara a escrava fujona de há pouco, fúria diversa, naturalmente, fúria de amor. Agradeceu depressa e mal, e saiu às carreiras, não para a Roda dos enjeitados, mas para a casa de empréstimo com o filho e os cem mil-réis de gratificação. Tia Mônica, ouvida a explicação, perdoou a volta do pequeno, uma vez que trazia os cem mil-réis. Disse, é verdade, algumas palavras duras contra a escrava, por causa do aborto, além da fuga. Cândido Neves, beijando o filho, entre lágrimas, verdadeiras, abençoava a fuga e não se lhe dava do aborto.
--Nem todas as crianças vingam, bateu-lhe o coração.
Em “abençoava a fuga e não se lhe dava do aborto”, Cândido desculpa-se da morte do filho da escrava fujona, pois a salvação de uma criança implicava a morte da outra.
5. A obra de Machado de Assis é rica e complexa. Sobre o estilo do autor, é correto afirmar: ​​​​​​​
 Em sua segunda fase, Machado de Assis constrói um Realismo heterodoxo, que lhe é particular.
TEA 2 – MACHADO DE ASSIS
1.O Realismo foi um importante movimento artístico e cultural do século XIX. Sobre ele, é correto afirmar que:
O conceito de mimesis foi bastante importante no Realismo. Esse conceito se relaciona com a cópia ou com a imitação da realidade.
 2.A pintura abaixo é do pintor realista francês Gustave Courbet. Observe-a atentamente e assinale a alternativa correta em relação à sua interpretação: 
 Essa é uma pintura realista, porque procura retratar um tema cotidiano da forma mais fiel possível.
3.Com efeito, um dia de manhã, estando a passear na chácara, pendurou-me uma ideia no trapézio que eu tinha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de volatim, que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te.”
(Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis)
Sobre o texto mostrado, pode-se dizer que:
 o autor dá relevância a outras circunstâncias, negligenciando o foco do assunto.
4. Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai logo que teve aragem dos quinze contos sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.
— Dessa vez, disse ele, vais para Europa, vais cursar uma Universidade, provavelmente Coimbra, quero-te homem sério e não arruador e não gatuno.
E como eu fizesse um gesto de espanto:
— Gatuno, sim senhor, não é outra coisa um filho que me faz isso.”
(Machado de Assis – Memórias póstumas de Brás Cubas)
De acordo com essa passagem da obra, pode-se antecipar a visão que Machado de Assis tinha sobre as pessoas e sobre a sociedade. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
O amor é fruto de interesse e compõe o pilar das instituições hipócritas.
5.Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto que o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; o segundo é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.”
(“Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis)
Essa é a abertura do famoso romance de Machado de Assis. Dentro desse contexto, já dá para se ver o tipo de narrativa que será explorada. Assinale a alternativa correta a esse respeito.
O autor usa o recurso do flashback devido a sua intenção de iniciar o romance pelo “fim”.
TEA 3 – PARNASIANISMO E SIMBOLISMO
1. O Simbolismo é uma estética que veio depois do Realismo e do Naturalismo. Os poetas simbolistas tendem a se opor aos realistas e aos naturalistas. Além disso, eles retomam algumas das características do Romantismo, movimento que antecedeu o Realismo e o Naturalismo.
Sobre as diferenças e as aproximações entre esses movimentos, é correto afirmar que:
o Simbolismo é uma reação ao racionalismo exacerbado do Realismo e do Naturalismo.
2.Leia o poema a seguir, "O amor por terra", do simbolista Paul Verlaine, e assinale a alternativa correta sobre as características do Simbolismo que podem ser identificadas nele.
"O vento derrubou ontem à noite o Amor
Que, no recanto mais secreto do jardim,
Sorria retesando o arco maligno, e assim
Tanta coisa nos fez todo um dia supor!
O vento o derrubou ontem à noite. À aragem
Da manhã gira, esparso, o mármore alvo. E à vista
É triste o pedestal, onde o nome do artista
Já mal se pode ler à sombra da ramagem.
É triste ver ali de pé o pedestal
Sozinho! e pensamentos graves vêm e vão
No meu sonho em que a mais profunda comoção
Imagina um porvir solitário e fatal
É triste! – E tu, não é?, ficas emocionada
Ante o quadro dolente, embora olhando à toa
A borboleta de oiro e púrpura que voa
Sobre os destroços de que a aléa está juncada.
As rimas do poema são intercaladas: a primeira estrofe rima com a última e a segunda, com a terceira. Os simbolistas costumavam rimar seus poemas, e não fazer versos livres e brancos.
3.Assinale a alternativa correta a respeito do Parnasianismo:
 Culto da forma: rigor quanto às regras de versificação, ao ritmo, às rimas ricas ou raras.
4. Com relação ao Parnasianismo, são feitas as seguintes afirmações.
I – Pode ser considerado um movimento antirromântico pelo fato de retomar muitos aspectos do racionalismo clássico.
II – Apresenta características que contrastam com o esteticismo e o culto da forma.
III – Definiu-se, no Brasil, com o livro “Poesias”, de Olavo Bilac, publicado em 1888.
Quais estão corretas?
 Apenas I e III.
3. Vida obscura
“Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro
ó ser humilde entre os humildes seres,
embriagado, tonto de prazeres,
o mundo para ti foi negro e duro.
Atravessaste no silêncio escuro
a vida presa a trágicos deveres
e chegaste ao saber de altos saberes
tornando-te mais simples e mais puro.
Ninguém te viu o sofrimento inquieto,
magoado, oculto e aterrador, secreto,
que o coração te apunhalou no mundo,
Mas  eu que sempre te segui os  passos
sei que a cruz infernal prendeu-te os braços
e o teu suspiro como foi profundo!
(SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961)Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Souza transpôs para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada. No soneto, essa percepção traduz-se em:
sofrimento tácito diante dos limites impostos pela discriminação.
TEA 4 – VANGUARDAS MODERNAS 
1. A arte abstrata teve um grande impacto no início do século XX por romper definitivamente com a arte figurativa, a qual era uma das principais correntes até então.
Assinale a alternativa que explica como se deu esse rompimento de paradigma.
A arte abstrata deixa de representar elementos reais para representar composições que não se relacionam com nenhum objeto concreto.
2. O cubismo foi um dos mais importantes movimentos de vanguarda do início do século XX na Europa, influenciando a produção artística e até arquitetônica da modernidade.
Assinale a alternativa que contém o principal representante do movimento cubista.
Pablo Picasso.
3.A efervescência cultural gerada pela Semana de Arte Moderna, a qual ocorreu em 1922 na cidade de São Paulo, culminou em um importante movimento artístico liderado por Oswald de Andrade e sua companheira Tarsila do Amaral.
Qual foi esse movimento e qual é a sua principal característica?
 Movimento antropofágico, o qual buscava uma arte que não se limitasse a copiar a arte estrangeira e que representasse a cultura nacional.
4. O surrealismo foi um dos movimentos artísticos de vanguarda que mais se popularizou na história mundial. Essa popularidade foi impulsionada pela exótica figura de seu principal representante, Salvador Dalí, figura influente até os dias de hoje.
Assinale a alternativa que contém apenas características da obra de Dalí.
 
Uso de formas irreais e cenários oníricos.
5.O neoplasticismo foi um movimento ligado ao abstracionismo geométrico que teve influência direta na arquitetura e no design.
Assinale a alternativa que contém o principal representante desse movimento artístico.
Piet Mondrian.
TEA 5 – ESTUDO COMPARATIVO DA LÍRICA MODERNA
1.Leia o poema, "O capoeira", de Oswald de Andrade: – Qué apanhá sordado? – O quê? – Qué apanhá? Pernas e cabeças na calçada. Sobre o poema é possível afirmar:
 É um poema com características da lírica moderna, e combina traços narrativos e dramáticos.
 
2.Esse poema é caracteristicamente modernista, porque nele:
A linguagem coloquial dos versos livres apresenta com humor o lirismo encarnado na cena cotidiana.
3.Assinale a alternativa correta de acordo com o poema:
POEMA RETRATO – CECÍLIA MEIRELES
Há no poema o registro de estados de ânimo vagos e quase incorpóreos, e a noção de perda amorosa, abandono e solidão.
4.Aponte uma das características da lírica moderna:
A lírica moderna contrasta a simplicidade da exposição com a complexidade daquilo que é exposto.
5.Assinale a alternativa em que se encontram preocupações estéticas da Primeira Geração da Lírica Moderna no Brasil:
 Os escritores de maior destaque da primeira fase do Modernismo defendiam a reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais, revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais, eliminação do complexo de colonizados e uso de uma linguagem própria da cultura brasileira.
TEA 6 - Primeira Geração Moderna: Mário de Andrade
1.Leia o texto a seguir:
No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Se o incitavam a falar, exclamava: – Ai que preguiça!... e não dizia mais nada. Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar.
ANDRADE, M. Macunaíma. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 07 (Adaptação).
Enquanto produção cultural, o Modernismo procurava reconhecer as identidades que formavam o povo brasileiro.
Assinale a alternativa que apresenta, CORRETAMENTE, a presença da temática indígena no movimento, tendo por modelo o romance de Mário de Andrade.
Como herói indígena, Macunaíma difere das representações românticas, já que ele figura como um anti-herói, um personagem de ações valorosas, mas também vis.​​​​​​​
2.A Semana de Arte Moderna de 1922 tinha como principal objetivo​​​​​​​
 celebrar a cultura nacional como base ideológica e romper com as correntes artísticas europeias que dominavam a arte brasileira, assimilando e reelaborando alguns de seus aspectos.​​​​​​​
3. Texto I
Bucólica
Agora vamos correr o pomar antigo
Bicos aéreos de patos selvagens
Tetas verdes entre folhas
E uma passarinhada nos vaia
Num tamarindo
Que decola para o anil
Árvores sentadas
Quitandas vivas de laranjas maduras
Vespas.
Oswald de Andrade. Pau Brasil. 2.ª ed. São Paulo: Globo, 2003, p. 132.
Texto II
O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras de sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo
Cantabona! Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde!
Mário de Andrade. Poesia reunida. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005, p. 83.
Os textos acima exemplificam a estética da poesia modernista de 1922, cuja característica marcante foi 
o despojamento formal e temático, por meio do qual foi problematizada a tradição literária brasileira.
4.Leia os versos abaixo para responder à questão.
“Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português!"
(Oswald de Andrade, Erro de português.)
Fonte: SCHWARCZ, Lília M. STARLING, Heloisa. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Cia das Letras, 2015. p. 499.
As ideias presentes nos versos foram representativas de uma geração que nos anos 1920 protagonizou um movimento cultural identificado como a/o:
 Insatisfação com os conceitos de identidade nacional arraigado às noções de língua, religião e nação trazidas pelos colonizadores.​​​​​​​
5. 1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito .. um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
MARINETTI, F. T. Manifesto futurista. In: TELES, G. M. Vanguardas europeias e Modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.
O documento de Marinetti, de 1909, propõe os referenciais estéticos do Futurismo, que valorizam a
Inovação tecnológica.
TEA 7 – GUIMARÃES ROSA
1.A imagem integra uma adaptação em quadrinhos da obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Na representação gráfica, a inter-relação de diferentes linguagens caracteriza-se por
 
 potencializar a dramaticidade do episódio com recursos das artes visuais.
2.“Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas. O senhor vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho e habilidoso. Pergunto: — Zé-Zim, por que é que você não cria galinhas-d‘angola, como todo o mundo faz? — Quero criar nada não... — me deu resposta: — Eu gosto muito de mudar... [...] Belo um dia, ele tora. Ninguém discrepa. Eu, tantas, mesmo digo. Eu dou proteção. [...] Essa não faltou também àminha mãe, quando eu era menino, no sertãozinho de minha terra. [...] Gente melhor do lugar eram todos dessa família Guedes, Jidião Guedes; quando saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu. Ficamos existindo em território baixio da Sirga, da outra banda, ali onde o de-Janeiro vai no São Francisco, o senhor sabe.”
ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio (fragmento).
Na passagem citada, Riobaldo expõe uma situação decorrente de uma desigualdade social típica das áreas rurais brasileiras marcadas pela concentração de terras e pela relação de dependência entre agregados e fazendeiros. No texto, destaca-se essa relação porque o personagem-narrador:
 mostra como a condição material da vida do sertanejo é dificultada pela sua dupla condição de homem livre e, ao mesmo tempo, dependente.
3— Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvore, no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade.
*Nonada: pode-se traduzir o significado de “nonada” como se o signo fosse um nome: “o nada”, “coisa alguma”; como um pronome substantivo: “nada”; como um advérbio: “em lugar algum”, “em parte alguma”, “no nada”; como uma predicação: “algo não é coisa alguma”, “isso é nada”, “algo é no nada”, “algo é nada”.
Acompanhado dos chefes-de-turma ― que ele dava patente de serem seus sotenentes e oficiais de seu terço ― Zé Bebelo, montado num formudo ruço-pombo e com um chapéu distintíssimo na cabeça, repassava daqui p’r’ali, eguando bem, vistoriava.
*Formudo: formudo = formoso + sufixo de grau 3 aumentativo de adjetivo –udo.
Os fragmentos que você leu acima fazem parte do romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. A partir da leitura dos trechos, é possível observar uma grande característica da linguagem desse escritor:
gosto pelos neologismos semânticos e sintáticos.
4.“O romance é narrado na primeira pessoa, em monólogo ininterrupto, por um velho fazendeiro do Norte de Minas, antigo jagunço. Na estrutura do livro, os fatos são transpostos para uma atmosfera lendária e o real se cruza com o fantástico.”
As afirmações apresentadas referem-se à obra-prima de um grande escritor brasileiro moderno:
Grande Sertão: veredas, de João Guimarães Rosa.
5. “Sertão. Sabe o senhor: o sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito perigoso.”
Pelo fragmento apresentado, de Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, percebemos que neste romance, como em outros textos regionalistas do autor:
 não existe uma região a que geograficamente se possa chamar “sertão”: ela é fruto da projeção do inconsciente das personagens.
TEA GRACILIANO RAMOS
 
1. Quais eram os elementos mostrados na literatura de Graciliano Ramos?
Nossa gente, mas sem os heroismos e flores.
2. Graciliano ramos ficou muito tempo preso. Ele, neste período ele continuou a trabalhar com literatura? Qual o motivo?
sim, porque acreditava na literatura mesmo que estivesse passando fome, frio e dor na cadeia
 
 TEA 8 - Terceira Geração Moderna: João Cabral de Melo Neto
1.Tecendo a Manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
MELO NETO, João Cabral de. Tecendo a Manhã. Disponível em:< http://www.revistabula.com/449-os-10-melhores-poemas-de-joao-cabral-de-melo-neto/>. Acesso em: 13 set. 2014.
Os versos de João Cabral de Melo Neto sugerem que
a contribuição e a participação de todos são essenciais para que algo se concretize.
2.Leia a seguir o diálogo entre Severino e Mestre Carpina, retirado de Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto.
— Seu José, mestre carpina,
que lhe pergunte permita:
há muito no lamaçal
apodrece a sua vida?
e a vida que tem vivido
foi sempre comprada à vista?
— Severino, retirante,
sou de Nazaré da Mata,
..................
 ( ) Severino, retirante chegado ao Recife, questiona a vida miserável de Mestre Carpina.
( ) Mestre Carpina defende a necessidade de viver mesmo que em condição precária.
( ) Mestre Carpina nega-se a ouvir os infundados questionamentos de Severino.
( ) Severino, em sua última interrogação, aponta uma hesitação entre viver e morrer.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
V – F – F – F.
3.“– Severino retirante,
deixa agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
(…)
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,”
Em relação a esse mesmo fragmento, pode-se ainda afirmar que
trata da temática que descarta a morte como solução para os problemas.
. 
4.TEXTO:
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande,
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue........
Os versos de João Cabral de Mello Neto evidenciam
uma denúncia relacionada com as injustiças sociais e com a hostilidade do próprio sertão.
5.Declaração de amor
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. [... ] A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la – como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a galope. Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo em minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.
Se eu fosse muda e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas, como não nasci muda e pude escrever, tomou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999 (Adaptação).
O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela Língua Portuguesa, acentuando seu caráter patrimonial e sua capacidade de renovação, é:
Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita.”
TEA 9 – o mesmo do tea 8
TEA 10
1.Qual das afirmativas a seguir sintetiza melhor a identidade do sujeito pós-moderno?
O ser humano tem sua identidade formada e transformada na convivência com o outro.
2.Assinale a alternativa correta sobre Becos da memória, de Conceição Evaristo.
Após o início do processo de desfavelamento, a favela vai assumir uma nova configuração espacial e passa a perder pedaços, como um corpo que se desintegra.
3.Sobre A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe, pode-se afirmar que:
O asilo surge no romance como o espaço de controle por excelência, pois os idosos, por serem considerados incapazes na visão da sociedade, devem ser controlados, tal como os loucos.
4.Sobre a obra Terra sonâmbula, de Mia Couto, é correto afirmar que:
Os personagens daobra veem no sonho uma de suas principais necessidades para a sobrevivência.
5.Acerca das literaturas brasileira, portuguesa e africanas contemporâneas, é possível dizer que:
A literatura contemporânea dos países africanos de língua portuguesa está intimamente ligada às lutas pela libertação e à formação de uma estética nacional.
TEAS
 
-
 
O realismo e o naturalismo brasileiro
 
 
TEA 1 
–
 
REALISMO
-
NATURALISMO E MACHADO DE ASSI
S
 
 
1.O 
Realismo foi um movimento artístico e cultural do século XIX. Sobre ele, é possível afirmar:
 
o Realismo pautava
-
se pela vontade de retratar a realidade e os costumes da sociedade moderna sem 
idealizações moralistas.
 
2.O Naturalismo foi um desdobrame
nto do Realismo. Acerca desse movimento, é correto afirmar:
 
 
O Naturalismo dá ênfase às determinações biológicas, patológicas e sociais da personagem.
 
Leia o trecho a seguir do romance
 
O mulato
, de Aluísio de Azevedo, e assinale a 
alternativa correta sobre 
sua interpretação:
 
3.Fazia um grande silêncio nas ruas; ao longe ladrava tristemente um cão, e, de vez em quando, ouviam
-
se ecos de uma música distante. E Raimundo, ali, no desconforto do seu quarto, sentia
-
se mais só do que 
nunca
; sentia
-
se estrangeiro na sua própria terra, desprezado e perseguido ao mesmo tempo. "E tudo, 
por quê?... pensava ele, porque sucedera sua mãe não ser branca!... Mas do que servira então ter
-
se 
instruído e educado com tanto esmero? do que serviria a sua c
onduta reta e a inteireza do seu caráter?... 
Para que se conservou imaculado?... para que o diabo tivera ele a pretensão de fazer de si um homem útil 
e sincero?..." E Raimundo revoltava
-
se. [...]
 
Raimundo 
revolta
-
se, pois,
 
acredita que deveria ser julgado 
socialmente pelo seu caráter, ao invés de ser 
discriminado por ser mestiço.
 
4.Observe o excerto a seguir, do conto
 
Pai contra mãe
, de Machado de Assis. Marque a alternativa correta 
sobre sua interpretação:
 
Quando lá chegou, viu o farmacêutico 
sozinho, sem o filho que lhe entregara. Quis esganá
-
lo. Felizmente, o 
farmacêutico explicou tudo a tempo; o menino estava lá dentro com a família, e ambos entraram. O pai recebeu 
o filho com a mesma fúria com que pegara a escrava fujona de há pouco, fúria 
diversa, naturalmente, fúria de 
amor. Agradeceu depressa e mal, e saiu às carreiras, não para a Roda dos enjeitados, mas para a casa de 
empréstimo com o filho e os cem mil
-
réis de gratificação. Tia Mônica, ouvida a explicação, perdoou a volta do 
pequeno, u
ma vez que trazia os cem mil
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réis. Disse, é verdade, algumas palavras duras contra a escrava, por 
causa do aborto, além da fuga. Cândido Neves, beijando o filho, entre lágrimas, verdadeiras, abençoava a fuga 
e não se lhe dava do aborto.
 
--
Nem todas as cria
nças vingam, bateu
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lhe o coração.
 
 
Em “
abençoava a fuga e não se lhe dava do aborto
”, Cândido desculpa
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se da morte do filho da escrava fujona, 
pois a salvação de uma criança implicava a morte da outra.
 
 
5. A obra de Machado de Assis é rica e complexa. Sobr
e o estilo do autor, é correto afirmar: 
 
 
Em sua segunda fase, Machado de Assis constrói um Realismo heterodoxo, que lhe é particular.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEAS - O realismo e o naturalismo brasileiro 
 
TEA 1 – REALISMO-NATURALISMO E MACHADO DE ASSIS 
 
1.O Realismo foi um movimento artístico e cultural do século XIX. Sobre ele, é possível afirmar: 
o Realismo pautava-se pela vontade de retratar a realidade e os costumes da sociedade moderna sem 
idealizações moralistas. 
2.O Naturalismo foi um desdobramento do Realismo. Acerca desse movimento, é correto afirmar: 
 O Naturalismo dá ênfase às determinações biológicas, patológicas e sociais da personagem. 
Leia o trecho a seguir do romance O mulato, de Aluísio de Azevedo, e assinale a alternativa correta sobre 
sua interpretação: 
3.Fazia um grande silêncio nas ruas; ao longe ladrava tristemente um cão, e, de vez em quando, ouviam-
se ecos de uma música distante. E Raimundo, ali, no desconforto do seu quarto, sentia-se mais só do que 
nunca; sentia-se estrangeiro na sua própria terra, desprezado e perseguido ao mesmo tempo. "E tudo, 
por quê?... pensava ele, porque sucedera sua mãe não ser branca!... Mas do que servira então ter-se 
instruído e educado com tanto esmero? do que serviria a sua conduta reta e a inteireza do seu caráter?... 
Para que se conservou imaculado?... para que o diabo tivera ele a pretensão de fazer de si um homem útil 
e sincero?..." E Raimundo revoltava-se. [...] 
Raimundo revolta-se, pois, acredita que deveria ser julgado socialmente pelo seu caráter, ao invés de ser 
discriminado por ser mestiço. 
4.Observe o excerto a seguir, do conto Pai contra mãe, de Machado de Assis. Marque a alternativa correta 
sobre sua interpretação: 
Quando lá chegou, viu o farmacêutico sozinho, sem o filho que lhe entregara. Quis esganá-lo. Felizmente, o 
farmacêutico explicou tudo a tempo; o menino estava lá dentro com a família, e ambos entraram. O pai recebeu 
o filho com a mesma fúria com que pegara a escrava fujona de há pouco, fúria diversa, naturalmente, fúria de 
amor. Agradeceu depressa e mal, e saiu às carreiras, não para a Roda dos enjeitados, mas para a casa de 
empréstimo com o filho e os cem mil-réis de gratificação. Tia Mônica, ouvida a explicação, perdoou a volta do 
pequeno, uma vez que trazia os cem mil-réis. Disse, é verdade, algumas palavras duras contra a escrava, por 
causa do aborto, além da fuga. Cândido Neves, beijando o filho, entre lágrimas, verdadeiras, abençoava a fuga 
e não se lhe dava do aborto. 
--Nem todas as crianças vingam, bateu-lhe o coração. 
 
Em “abençoava a fuga e não se lhe dava do aborto”, Cândido desculpa-se da morte do filho da escrava fujona, 
pois a salvação de uma criança implicava a morte da outra. 
 
5. A obra de Machado de Assis é rica e complexa. Sobre o estilo do autor, é correto afirmar: 
 Em sua segunda fase, Machado de Assis constrói um Realismo heterodoxo, que lhe é particular.

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