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Tributos Diretos Lucro Presumido e Lucro Arbitrado

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Contabilidade 
Tributária
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.a Esp. Nair Moretti Baradel
Revisão Técnica:
Prof.a Me..Graziela de Faria Santos Soares
Revisão Textual:
Prof.a Me. Rosemary Toffoli
Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
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• Definição de Imposto de Renda
• Definição de Lucro presumido
• Lucro Arbitrado
 · O objetivo principal é compreender como funciona a lei, quem pode optar, 
como são feitos os cálculos e a apuração, a utilização dos percentuais de 
presunção e os limites a serem respeitados, bem como o adicional do Imposto 
do Imposto de Renda.
Olá, seja bem-vindo(a)! 
Esta unidade apresenta o sistema de tributação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, 
pelo Lucro Presumido e pelo Lucro Arbitrado.
Como a legislação tributária no Brasil é bastante dinâmica e vive em constante mudança e 
atualização, será necessário acompanhamento e consultas constante nas leis que regem esta 
sistemática, para que nenhum detalhe de aplicação passe despercebido.
Como orientação, não se esqueça de acessar o material didático, no qual você encontrará o 
conteúdo e as atividades propostas para esta Unidade.
Em caso de dúvidas, coloque-as no fórum de discussão, que estaremos em contato permanente 
com você por meio do ambiente de aprendizagem virtual Blackboard. 
Tenha um excelente aproveitamento e conte sempre com o tutor para sanar qualquer dúvida!
Tributos Diretos – Lucro Presumido e 
Lucro Arbitrado
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Contextualização
O que vem a ser Tributos diretos? 
São tributos que incidem sobre o contribuinte diretamente, ou seja, a empresa, a pessoa 
física, que, teoricamente, não tem como repassar o ônus tributário. O Imposto de Renda das 
Pessoas Jurídicas é um dos principais impostos.
O Lucro presumido, como o próprio nome diz, é a tributação sobre a presunção de 
um lucro. É uma modalidade pela qual as empresas podem optar para apurar o lucro e, 
consequentemente, o Imposto de Renda.
O Lucro Arbitrado é uma forma de tributação segundo a qual o lucro pode ser arbitrado ou 
pela fi scalização ou pelo próprio contribuinte, dependendo do caso. Mas será que vale a pena 
se autoarbitrar? Fato para se pensar... 
É uma forma de tributação simplifi cada, porém não lembra em nada o Simples Nacional, 
e não são todas as empresas que podem optar por esse sistema de tributação, existem regras 
para e limites a serem respeitados pelas empresas na hora da opção.
Por ser um sistema simplifi cado, dispensa a escrituração contábil, exceto a do livro de 
registro de inventário e do livro-caixa, que está baseada em valores globais da receita para 
presumir o lucro a ser tributado.
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Defi nição de Imposto de Renda
Diálogo com o Autor
“Tributos diretos são os que recaem defi nitivamente sobre o 
contribuinte que está direta e pessoalmente ligado ao fato gerador. 
Assim, a mesma pessoa é o contribuinte do fato e de direito.
Incidem sobre o patrimônio e a renda. Exemplo: IPTU, IRPJ e IRPF 
e CSLL (FABRETI (2013, PAG 208)”
A Constituição Federal defi ne que a cobrança do Imposto de Renda e Proventos de Qualquer 
Natureza é de competência da União e no art. 43 do Código Tributário Nacional determina 
que o imposto de renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição 
da disponibilidade econômica ou jurídica, assim classifi cado:
“I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da 
combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos 
patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.’’(ART. 43 CTN)
Defi nição de Lucro presumido
O Lucro presumido, como o próprio nome diz, é uma tributação que utiliza a presunção 
para cálculo do lucro da empresa. É uma modalidade de tributação onde as empresas podem 
optar, para apurar seus lucros, e, consequentemente, pagar o seu Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica, observando determinadas condições.
Esta modalidade dispensa a escrituração para fi ns de apuração de tributos, exceto o 
Livro Registro de Inventário e o Livro Caixa.
Lucro Presumido é a forma de tributação simplifi cada do Imposto de Renda (IR) e Contribuição 
Social sobre o Lucro (CSLL). 
A tributação pelo Lucro Presumido
A forma de tributação pelo Lucro Presumido está regulamentada pelos artigos 516 a 528 
do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/99).
Através da Lei 12.814/2013, houve um aumento no limite da Receita Bruta que limitava o 
ingresso das empresas no sistema de tributação do lucro Presumido e, a partir de 01 de janeiro 
de 2014, o limite da receita bruta total passou a ser de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito 
milhões de reais), ou R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo 
número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Opção pelo regime de lucro presumido
Apesar do sistema de tributação ser optativo, não são todas pessoas jurídicas que podem 
optar por esta modalidade, a opção pelo lucro presumido poderá ser feita pelas seguintes 
pessoa jurídicas:
a) cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito 
milhões de reais), ou R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo 
número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses.
b) que não esteja obrigada à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou 
da sua constituição societária ou natureza jurídica.
A opção pelo lucro presumido só poderá ocorrer se a pessoa jurídica não se enquadrar em 
nenhum dos impedimentos enumerados no art. 14 da lei nº. 9.718/98.
Vale observar que a pessoa jurídica que no curso do ano-calendário ultrapassar o limite da 
receita bruta total de R$78.000.000,00 não estará obrigada à apuração do lucro real dentro 
deste mesmo ano, tendo em vista que o limite para opção pelo lucro presumido é verifi cado 
em relação à receita bruta total do ano-calendário anterior. Contudo, automaticamente, estará 
obrigada à apuração do lucro real no ano-calendário subsequente, independentemente do valor 
da receita bruta que for auferida naquele ano e a partir daí, para que a pessoa jurídica possa 
retornar à opção pelo lucro presumido deverá observar as regras de opção vigentes à época.
Atenção
A pessoa jurídica que pagou o imposto com base no lucro presumido e que, no mesmo ano 
calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter auferido 
lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e CSLL sob o 
regime de apuração do lucro real trimestral, a partir inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.
Limite de Receita
O limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) refere-se à receita total do 
ano-calendário anterior e integram a receita total, conforme orientação da Receita Federal:
A receita bruta auferida na atividade objeto da pessoa jurídica tais como venda 
de mercadorias ou produtos, receita de serviços prestados; receitas de quaisquer 
outras fontes não relacionadas diretamente com os objetivos sociais da pessoa 
jurídica; os ganhos de capital; ganhos líquidos obtidos em operações de renda 
variável; rendimentos auferidos em aplicações de renda fixa e os rendimentos 
decorrentes de participações societárias.
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Empresas Vedadas da Opção do Lucro Presumido
Não podem optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido as seguintes 
pessoas jurídicas:
1. as pessoas jurídicas que tenha auferido receita total, no ano-calendário anterior, superior 
ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou proporcional a 
quantidade de meses do período, quando for inferior a 12 (doze) meses;
2. cujas atividades sejam as de bancos comerciais, de investimento, de desenvolvimento, 
caixas econômicas, sociedades de crédito imobiliário, financiamento e investimento,corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de 
seguro privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
3. que tenham recebido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
4. que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto, quando 
autorizadas pela legislação tributária;
5. que tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, no decorrer do ano-
calendário, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996;
6. que desenvolvam as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração 
de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas 
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
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O Art. 4º. da Lei 9.964/00 estabelece que as pessoas jurídicas que tratam os Incisos 
I, III, IV e V do Art. 14 da Lei nº. 9.7l8/98, durante o período em que submetidas aos 
REFIS, poderão optar pelo regime de tributação com base no Lucro presumido. Portanto, 
enquanto estiver pagando o parcelamento de tributos com o programa do REFIS, a pessoa 
jurídica poderá optar pela forma de tributação do lucro presumido, mesmo que: a receita 
total do ano-calendário anterior tenha sido superior a R$ 78.000.000,00; que tenha lucros, 
rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; que usufrua de benefício fi scal de 
isenção ou redução de imposto sobre o lucro e inclusive que no decorrer do ano-calendário, 
tenha efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Período de Apuração
No Lucro Presumido, o período de apuração é determinado por períodos trimestrais, 
encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário (Lei nº 9.430, de 1996, Arts. 1º e 25º. RIR/1999, art. 516, § 5º).
Portanto de 01 de janeiro a 31 de março corresponderá ao primeiro trimestre, de 01 de 
abril a 30 de junho, segundo trimestre; de 01 de julho a 30 de setembro, terceiro trimestre e 
de 01 de outubro a 31 de dezembro quarto trimestre.
Momento da Opção
A opção pela tributação com base no Lucro Presumido, será defi nitiva em relação a todo o 
ano calendário, sendo vedada a mudança de sistema durante o ano calendário.
Conforme o artigo 26 da Lei do Ajuste Tributário nº 9.430, de 27/12/96, a opção 
pela tributação com base no lucro presumido será aplicada em relação a todo o período de 
atividade da empresa em cada ano-calendário, sendo que a opção de que trata este artigo será 
manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente 
ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. 
Quando a pessoa jurídica houver iniciado suas atividades a partir do segundo trimestre, a 
opção de que trata o artigo, se manifestará com o pagamento da primeira ou única quota do 
imposto devido, relativamente ao período de apuração do início das suas atividades.
Também é estabelecido no § 3º da mesma lei que a pessoa jurídica que tiver pago o imposto 
com base no lucro presumido e que, referente ao mesmo ano-calendário, for obrigada alterar a 
tributação pelo Lucro Real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos 
do exterior, deverá ter o IRPJ e a CSLL apurado sob o regime de apuração do lucro real 
trimestral a partir, inclusive do trimestre da ocorrência do fato.
A alteração de tributação poderá também ocorrer na hipótese de exclusão do Refi s de empresa 
incluída neste programa como sendo do lucro presumido, embora obrigada ao lucro real. 
Mesmo sendo o momento da opção a data do pagamento da primeira ou única quota do 
imposto de renda, as empresas devem recolher o PIS e a COFINS no mês de fevereiro sobre 
os fatos gerados de janeiro com os códigos do regime de tributação do imposto de renda a ser 
escolhido. Portanto, após a instituição do regime não-cumulativo do PIS e COFINS é necessário 
muito mais agilidade para determinação dessa opção, pois os códigos de recolhimentos dessas 
contribuições são diferentes para o Lucro Presumido e para o Lucro Real.
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REDARF - Mudança de Forma de Tributação
Não existe a possibilidade de mudar a forma de tributação do Lucro Presumido, para o 
Lucro Real, ou vice e versa. 
A opção efetuada com o primeiro pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica ou da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido renda ou da CSLL em cada período de apuração é 
defi nitiva, não sendo possível a mudança de forma de tributação.
Regime de Reconhecimento de Receitas
O reconhecimento de receitas poderá ser pelo regime de competência, ou pelo regime de caixa.
O regime de competência é quando os efeitos fi nanceiros das transação e eventos são 
reconhecidos na data em que ocorreram, independente de terem sido pagos ou recebidos.
Já o regime de caixa é quando o reconhecimento é efetuado unicamente quando se recebe 
ou se paga mediante dinheiro ou equivalente. 
O Regime de caixa é frequentemente utilizado para a apresentação das demonstrações 
fi nanceiras de entidade pública.
O fato da legislação fi scal permitir que determinadas operações sejam tributadas pelo 
regime de caixa, não signifi ca que a contabilidade deva, obrigatoriamente, seguir seus ditames. 
Existem livros fi scais (como o Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR), que permitem os 
ajustes necessários e controles de tal tributação, à margem da contabilidade.
Portanto, o que não se pode e nem se deve é submeter a contabilidade numa forma distorcida, 
somente para cumprir a necessidade de informação de um único órgão, como o caso do fi sco.
Dessa forma, a empresa ao vender uma mercadoria para recebimento em dez prestações 
mensais, poderá determinar a base de cálculo para pagamento do imposto de renda, da 
CSLL, da contribuição ao PIS/PASEP e da COFINS, com a receita efetivamente recebida no 
trimestre. Esse regime é aplicável também para as empresas enquadradas no simples para 
pagamento mensal do tributo.
A apuração dos tributos pelo regime de caixa que é facultativa podendo ser adotada tanto 
pelas pessoas jurídicas que mantém somente a escrituração do livro caixa, como pelas empresas 
que mantém a escrituração contábil. Porém as empresas que mantém somente a escrituração 
do livro caixa, deverão se atentar para o seguinte:
a) deverá ser emitido a nota fi scal quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão 
do serviço;
b) manter a indicação, no livro Caixa, em registro individual, a nota fi scal a que corresponder 
cada recebimento.
As pessoas jurídicas que optarem por manter a escrituração contábil deverão ter os 
recebimentos de suas receitas, controlados em conta específi ca, onde em cada lançamento, 
deverá ter a indicação da nota fi scal a que se corresponde o recebimento.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
A adoção do regime de caixa pelas pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação 
com base no lucro presumido, para fi ns de incidência das contribuições para o PIS/PASEP 
e para a COFINS, na hipótese de ser adotado o mesmo critério em relação ao Imposto de 
Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. (Art. 20 da MP 
nº. 2.158-35/01)
Determinação do Lucro Presumido
Para determinação do Lucro presumido, que será a base de cálculo do imposto de renda das 
pessoas jurídicas tributadas por esta modalidade, será aplicado sobre a receita bruta auferida 
no trimestre, percentuais de presunção fi xados no art. 15 da Lei 9.249/95, de acordo com a 
atividade da pessoa jurídica.
Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas as vendas canceladas, os descontos 
incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do 
comprador, dos quais o vendedor ou prestador é mero depositário (exemplo: IPI).
Após obtençãodo lucro presumido, deverá ser adicionado os ganhos de capital e resultados 
de outras receitas. Com isso os rendimentos líquidos auferidos em aplicações fi nanceiras de 
renda fi xa ou variável, também compõem a base de cálculo do imposto de renda.
O imposto de renda retido na fonte-IRRF, ou pago separadamente em guia própria, será 
considerado como antecipação do imposto devido no trimestre.
Dessa forma, a base de cálculo do imposto de renda e do adicional do imposto de renda no 
regime do lucro presumido será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas:
1. Do valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção de lucro (variáveis conforme o 
tipo de atividade operacional exercida pela pessoa jurídica) sobre a receita bruta auferida nos 
trimestres encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada 
ano calendário (RIR/1999, art. 518 e §§ 1º ao 6º do art. 519);
2. Ao resultado obtido na forma do item 1 acima, deverão ser acrescidos: 
• Os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações fi nanceiras 
(renda fi xa e variável); 
• As variações monetárias ativas; 
• Demais resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, dentre eles inclusive, os juros 
recebidos como remuneração do capital próprio, descontos fi nanceiros obtidos e os juros 
ativos não decorrentes de aplicações fi nanceiras, 
• Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas 
controladoras, controladas, coligadas ou interligadas; 
• Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, 
de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
• A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica; 
• Os juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a 
impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; 
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• O valor correspondente ao lucro infl acionário realizado no período em conformidade com 
o disposto no art. 36 da IN SRF nº 93, de 1997 (sobre realização do lucro infl acionário, v. 
perguntas 508 e 512; v. ainda perguntas 504 e seguintes); 
• Multas e outras vantagens por rescisão contratual; 
• Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no 
recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período 
anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no lucro real, ou que tais valores 
se refi ram a período a que tenha se submetido ao lucro presumido ou arbitrado (RIR/1999, 
art. 521, § 3º); 
• A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição 
isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e 
direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio. 
Também com base no Art. 54 da LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996., 
A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no lucro 
real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto de renda, correspondente ao primeiro 
período de apuração no qual houver optado pela tributação com base no lucro presumido 
ou for tributada com base no lucro arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação havia 
diferido, controlados na parte B do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR. (Vide Medida 
Provisória nº 627, de 2013) (Vigência) (Vide Lei nº 12.973, de 2014) 
Lei nº 9.430: http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.430-1996
Medida Provisória nº627: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Mpv/mpv627.htm#art5
Vide Lei nº 12.973: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12973.htm#art6
Atividades Imobiliárias
As empresas que têm por objeto social os 
imóveis, a partir de 01/01/99, poderão ser 
tributadas pelo lucro presumido. O parágrafo 
7º. do art. 3º. da IN nº. 93/97, determina 
que sobre a receitas auferidas nas atividades 
do loteamento de terrenos incorporação 
imobiliária e venda de imóveis construídos ou 
adquiridos para revenda, deverá ser aplicado 
o percentual de 8%. (Oito por cento)
Com isso, a empresa que tiver loteamento 
de terreno com pequeno custo terá economia 
de imposto de renda e contribuição social 
sobre o lucro. Para efeito de imposto de 
renda, 8% (oito por cento) da receita da venda de imóveis constituirá o lucro tributável.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Receitas financeiras no Lucro Presumido
A emenda da Solução de Consulta no. 239 da 9º.RF (DOU de 04/08/06) que diz que os 
rendimentos e ganhos líquidos decorrentes de aplicações fi nanceiras deverão ser acrescidos à 
base de cálculo quando da alienação, resgate ou cessão do título ou aplicação.
Os rendimentos de aplicações fi nanceiras em fundos de investimentos passaram a ser 
tributados na fonte, semestralmente pela lei nº. 11.033, de 2004. A decisão em consulta, 
com base no art. 37 da IN nº. 93, de 24/12/97, que diz que “as pessoas jurídicas tributadas 
pelo lucro presumido ou arbitrado acrescerão os rendimentos de aplicações fi nanceiras a base 
de cálculo do IRPJ quando da alienação, resgate ou cessão do título ou aplicação”.
Receitas e rendimentos não tributáveis pelo Lucro Presumido 
Consideram-se não tributáveis as receitas e rendimentos relacionados abaixo:
• recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas, e cujas 
perdas não tenham sido deduzidas na apuração do lucro real em períodos anteriores; 
• a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas, desde que o valor 
provisionado não tenha sido deduzido na apuração do lucro real dos períodos anteriores, 
ou que se refi ram ao período no qual a pessoa jurídica tenha se submetido ao regime de 
tributação com base no lucro presumido ou arbitrado (Lei n° 9.430/96, art. 53);
• os lucros e dividendos recebidos decorrentes de participações societárias (equivalência 
patrominal), caso refi ram-se a períodos em que os mesmos sejam isentos de imposto 
de renda.
Diante da complexidade do tema e das inúmeras modifi cações da lei, é importante 
a constante atualização, e uma boa forma é acessando o “perguntas e resposta 
da Receita Federal no link
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dipj2014/Capitulo_XIII_IRPJ_LucroPresumido2014.pdf
Base de Cálculo - Apuração do Imposto de Renda sobre o Lucro Presumido
Os percentuais de presunção a serem aplicados sobre a receita bruta, para determinação 
do lucro que comporá a base de cálculo do Lucro Presumido, são os discriminados, conforme 
art. 223 do RIR/1999, os quais apresentamos na tabela a seguir:
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Alíquotas de Presunção – Lucro Presumido
Atividades Percentuais (%)
Atividades em geral (RIR/1999, art. 518)* 8,0
Revenda de combustíveis 1,6
Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,0
Serviços de transporte de cargas 8,0
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32,0
Serviços hospitalares 8,0
Intermediação de negócios 32,0
Administração, locação ou cessão de bens e 
direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis) 32,0
* Art. 518. A base de cálculo do imposto e do adicional (541 e 542), em cada trimestre, será determinada mediante a aplicação do percentual 
de oito por cento sobre a receita bruta auferida no período de apuração, observado o que dispõe o § 7º do art. 240 e demais disposições deste 
Subtítulo (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, e Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 25, e inciso I).
Para as pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços, exceto as que prestam 
serviços hospitalares e as sociedades civis de prestação de serviços de profi ssão legalmente 
regulamentada, cuja receita bruta anual não ultrapassar R$120.000,00 (cento e vinte mil 
reais), o percentual a ser considerado na apuração do lucro presumido será de 16% (dezesseis 
por cento) sobre a receita bruta de cada trimestre (RIR/1999, art. 519, § 4º).Quando a pessoa jurídica houver utilizado o percentual reduzido de 16%, cuja receita bruta 
acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$120.000,00 estará 
sujeita ao pagamento da diferença do imposto, apurada em relação a cada mês transcorrido, 
até o último dia útil do mês subsequente aquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos 
(RIR/1999, art. 519, §§ 6º e 7º).
As profi ssões legalmente regulamentadas, como as escolas, inclusive as creches, mesmo 
tendo auferido a receita bruta anual de até R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), não 
poderão aplicar o percentual de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta para fi ns de 
determinação do lucro presumido, devendo, portanto, aplicar o percentual de 32% (trinta e 
dois por cento) (ADN Cosit no 22, de 2000).
Alíquotas do Imposto de Renda a que estão sujeitas as pessoas jurídicas que 
optarem pelo Lucro presumido
A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15% (quinze por 
cento) conforme determinado pelo regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999, art. 541).
Porém além da alíquota de 15% correspondente ao IRPJ, haverá a tributação do adicional 
de 10% (dez por cento) no caso do lucro que ultrapassar R$ 60.000,00 (sessenta mil) no 
trimestre ou R$ 20.000,00 (vinte mil) mensal na hipótese do período de apuração ser inferior 
a três meses (início de atividade, por exemplo).
O valor do adicional deverá ser recolhido integralmente, não sendo admitidas quaisquer 
deduções.
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Importante!
As alíquotas para cálculo serão:
• 15% de Imposto de Renda 
• 10% de adicional do Imposto de Renda, para os lucros que ultrapassarem R$ 60.000,00 
no trimestre ou R$ 20.000,00 no mês quando o período for inferior a 1 trimestre.
Exemplo de cálculo do IRPJ pelo Lucro presumido:
Dados do Trimestre:
Receita bruta de revenda de mercadorias ................................................R$ 5.000.000,00
Prestação de serviços em geral ..............................................................R$ 400.000,00
Total ...................................................................................................R$ 5.400.000,00
Rendimentos de aplicações fi nanceiras ..................................................R$ 20.000,00
Juros ativos .........................................................................................R$ 18.000,00
Total das receitas..................................................................................R$ 3.438.000.00
Cálculo do Lucro: 
Receitas Revenda de mercadorias R$ 5.000.000,00 x 8% ......................R$ 400.000,00
Receitas de serviços R$ 400.000,00 x 32% ..........................................R$ 128.000,00
Outras receitas .....................................................................................R$ 38.000,00
Lucro no trimestre................................................................................R$ 566.000,00
Cálculo do Imposto devido
IRPJ = 566.000,00 x 15% ...................................................................R$ 84.900,00
Adicional do IRPJ = 566.000 - 60.000 = 506.000,00 x 10% .................R$ 50.600,00
TOTAL DO IMPOSTO ......................................................................R$ 135.500,00
Escrituração contábil
A pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido deverá manter a manter escrituração 
contábil nos termos da legislação comercial, sendo dispensável, para efeitos fi scais, a 
escrituração quando a pessoa jurídica mantiver Livro Caixa onde deverá ser comtemplado 
toda a movimentação fi nanceira, inclusive bancária, devendo também manter inclusive o Livro 
Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término 
do ano-calendário abrangido pela tributação simplifi cada; todos os livros de escrituração 
obrigatórios determinados pela legislação fi scal específi ca, bem assim os documentos e demais 
papéis que servirem de base para escrituração comercial e fi scal (Decreto-lei nº 486, de 1969, 
art. 4º), enquanto o prazo decadencial não estiverem decorridos e prescritas eventuais ações 
que lhes sejam pertinentes.
17
Quando a empresa tiver lucros diferidos de períodos anteriores (saldo de lucro infl acionário 
a tributar na situação específi ca de ser optante pelo lucro presumido no ano-calendário 1996, 
conforme IN SRF nº 93, de 1997, art. 36, inciso V, §§ 7º e 8º) e/ou prejuízos a compensar, 
deverão também, manter o LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real.
A empresa tributa pelo Lucro Presumido deverá apresentar a Escrituração Contábil Fiscal 
(ECF) que é uma obrigação acessória imposta às pessoas jurídicas estabelecidas no Brasil, com 
vigência a partir de 2015.
Assim, deverá informar, na ECF, todas as operações que infl uenciem a composição da 
base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e escrituração do livro caixa.
A ECF deverá ser entregue anualmente até o último dia do mês de julho do próximo ano 
calendário. Ex. ECF do ano de 2018 deve ser apresentada até 31/07/2019.
Distribuição de Lucros aos Sócios
A Receita Federal mudou as regras para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro 
presumido, que distribuírem a título de lucros, sem a respectiva incidência do Imposto Sobre a 
Renda na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo 
do imposto, diminuída de os impostos.
Dessa forma, as empresas optantes pelo lucro presumido passam a fi car obrigadas a realizar 
escrituração contábil de forma digital se DISTRIBUIR LUCROS em parcela superior ao lucro 
presumido deduzido do PIS, COFINS, IR e CSLL sobre ele (lucro presumido) apurado. A distribuição 
de lucros em valores superiores ao lucro já tributado somente é possível com a escrituração contábil. 
Agora a exigência se amplia para a escrituração contábil nos moldes do SPED.
A Instrução Normativa 1420, de 20 de Dezembro de 2013, deu novas normas e restringiu 
a distribuição de lucros nas empresas do lucro presumido e também nas sociedades que, 
optantes por este regime, participam como sócias ostensivas de Sociedades em conta 
de participação.
Deduções do Imposto de Renda devido
A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido poderá deduzir, do imposto de 
renda apurada no trimestre, o imposto de renda pago ou retiro na fonte sobre as receitas que 
integram a base de cálculo correspondente. A partir de 01/01/97, o imposto na fonte sobre 
os rendimentos de aplicações fi nanceiras e sobre os juros de capital próprio passou a ser retido 
a título de antecipação.
A partir de 01/01/98, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido não poderão 
efetuar qualquer dedução a título de incentivo fi scal do imposto de renda devido (art. 10 da Lei 
nº.9.532/97).
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Compensações
De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017 , arts. 2º e 23, em relação ao valor 
do imposto devido em cada trimestre poderão ser compensados os valores referente a pagamentos 
indevidos ou a maior que o devido a título de Imposto de Renda, devendo essas compensações ser 
informadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF).
Tributação do PIS e da COFINS para empresas optantes pelo Lucro Presumido
Conforme a Lei 10.637/2002 e a Lei 10.833/2003, que regem o assunto de tributação 
do PIS e da Cofi ns, as pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido fi cam sujeitas ao regime 
cumulativo, cujas alíquotas são de 0,65% para o PIS (Programa de Integração Social) e 3% 
para a Cofi ns (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). 
Nesse regime são vedados os créditos decorrentes de custos, despesas e encargos vinculados 
às receitas e as exclusões constam da legislação especifi ca.
Lucro Arbitrado
É uma forma de apuração da base de cálculo do impostode renda, que pode ser utilizada 
pela autoridade tributária, ou pelo próprio contribuinte.
A autoridade tributária aplica esta forma de tributação quando a pessoa jurídica deixa de 
cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido.
Quando conhecida a receita e desde que ocorrida qualquer uma das hipóteses de arbitramento 
previstas na lei, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda com base nas 
regras do lucro arbitrado.
A forma de tributação do Lucro Arbitrado, tem bastante familiaridade com o Lucro 
Presumido, com exceção aos percentuais de presunção aplicado.
Conforme artigo 530 do RIR/99, o arbitramento do lucro ocorrerá quando o contribuinte 
que estiver obrigado à tributação com base no lucro real, deixar de manter a escrituração 
na forma das leis comerciais e fi scais, ou deixar de elaborar as demonstrações fi nanceiras 
exigidas por lei; quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar indícios 
evidentes de fraudes ou contiver vícios, erros ou defi ciências que a tornem imprestável para 
a identifi cação da efetiva movimentação fi nanceira, inclusive bancária ou que impossibilite a 
determinação do lucro real. 
Também poderá ocorrer o arbitramento quando o contribuinte deixar de apresentar às 
autoridades os livros e documentos de escrituração comercial e fi scal, ou o livro caixa, ou no caso 
do contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido, entre outros.
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Período de apuração
Assim como no Lucro Presumido, o período de apuração no Lucro Arbitrado, é determinado 
por períodos trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de 
dezembro de cada ano-calendário (RIR/99, art. 220).
Responsabilidade do arbitramento de lucro
O arbitramento poderá ser adotado por duas formas:
a) pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta (RIR/99, Art., 531);
b) ser aplicado ser aplicado pela autoridade fi scal, em qualquer dos casos previstos na 
legislação do imposto de renda (RIR/99, art. 530).
Momento da Opção
A manifestação da tributação com base no lucro Arbitrado se dará mediante o pagamento 
da primeira quota ou quota única do imposto, relativamente a apuração do trimestre em que 
o contribuinte, por razões determinadas pela legislação, estiver em condições de proceder o 
arbitramento de seu lucro.
Porém, o contribuinte que em qualquer trimestre do ano-calendário, tiver seu lucro arbitrado, 
poderá optar pela tributação com base no lucro presumido, nos demais trimestres restantes, 
desde que não sejam obrigados à apuração pelo lucro real, conforme determinado no artigo 
531, inciso I do RIR/99.
Percentuais de Arbitramento
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, são os mesmos 
aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro presumido, acrescidos de 20%, 
(RIR/99, art. 532), conforme tabela abaixo.
ATIVIDADES PERCENTUAL
Revenda de combustíveis 1,92%
Fabricação própria 9,6%
Revenda de mercadorias 9,6%
Industrialização p/ encomenda 9,6%
Transporte de cargas 9,6%
Serviços hospitalares 9,6%
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Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Atividade rural 19,2%
Serv. Transporte/ exceto cargas 19,2%
Administração de consórcios 38,4%
Hotelaria e estacionamento 38,4%
Serv. Profi ssionais habilitados 38,4%
Representante comercial 38,4%
Administ. locação de imóveis 38,4%
Corretagem em geral 38,4%
Serviços da construção civil 38,4%
Factoring 38,4%
Bancos, instituições fi nanceiras e 
assemelhados 45,0%
Base de cálculo do Lucro Arbitrado
Quando conhecida a receita bruta, a apuração do lucro arbitrado, será mediante a aplicação 
dos percentuais conforme tabela apesentada acima.
Ao resultado apurado, deverão ser adicionados os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos 
líquidos auferidos em aplicações fi nanceiras (renda fi xa e variável), as variações monetárias 
ativas, as demais receitas e todos os resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive 
os juros recebidos como remuneração do capital próprio, os descontos fi nanceiros obtidos, 
os juros ativos não decorrentes de aplicações e os demais resultados positivos decorrentes de 
receitas não classifi cadas como receita bruta.
Quando desconhecida a receita bruta, o lucro arbitrado também será apurado mediante 
a aplicação de coefi cientes sobre valores (bases alternativas) expressamente fi xados pela 
legislação fi scal (RIR/99, art. 535) conforme abaixo:
BASES ALTERNATIVAS COEFICIENTE 
Lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve 
escrituração de acordo com as leis comerciais e fi scais. 1,5 
Soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, 
existentes no último balanço patrimonial conhecido. 0,04 
Valor do capital, inclusive correção monetária contabilizada como reserva de 
capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos 
atos de constituição ou alteração da sociedade. 
0,07 
Valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial conhecido. 0,05 
Valor das compras de mercadorias efetuadas no mês 0,4 
21
Soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das 
compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem 0,4 
Soma dos valores devidos no mês a empregados 0,8 
Valor mensal do aluguel 0,9 
Alíquotas a serem aplicadas no Lucro Arbitrado 
A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15% (quinze por 
cento) conforme determinado pelo regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999, art. 541), 
e da mesma forma que no Lucro Presumido haverá a tributação do adicional e 10%(dez por 
cento) no caso do lucro que ultrapassar R$ 60.000,00 (sessenta mil) no trimestre ou R$ 
20.000,00 (vinte mil) mensal na hipótese do período de apuração ser inferior a três meses 
(início de atividade, por exemplo).
O valor do adicional deverá ser recolhido integralmente, não sendo admitidas quaisquer deduções.
Dessa forma sobre o Lucro Arbitrado será aplicado as alíquotas de 15% de IRPJ e 10% de 
Adicional do Imposto de Renda.
Contabilização do Imposto de Renda e Adicional
Quando a pessoa jurídica tiver a escrituração completa, a contabilização do valor do 
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, será efetuado a uma conta de resultado, pelo 
regime de competência.
Como sugestão, podemos destacar:
Por ocasião do levantamento do balancete mensal:
D – Provisão para o Imposto de Renda (Conta de Resultado) 
C – IRPJ a Pagar (Passivo Circulante)
Por ocasião do pagamento DARF:
D - IRPJ a Pagar (Passivo Circulante)
C - Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
22
Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
Material Complementar
Para que você enriqueça seus conhecimentos a respeito do assunto tratado nesta disciplina, 
sugiro a consulta ao seguintes materiais, ok!?
Livros:
AVILA, H. Sistema constitucional tributário. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
(e-book).
BOMFIM, D. Tributação e livre concorrência. São Paulo: Saraiva, 2010. (e-book).
CHIMENTI, R. C.; TOLEDO, A. Teoria e prática do Direito tributário. 2. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2007. (e-book).
LUZ, E. E. Contabilidade tributária. Curitiba: IBPEX, 2010. (e-book).
POLONIO, W. A. Terceirização: aspectos legais, trabalhistas e tributários. São Paulo: 
Atlas, 2001. (e-book).
Sites:
Acesso à legislação do LUCRO PRESUMIDO, no site da Receita Federal.
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/rir/default.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/contribpj.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2000/Orientacoes/LucroPresumido.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2003/pergresp2003/pr628a668.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2005/PergResp2005/pr517a555.htm
23
Referências
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
OLIVEIRA, L. M.; CHIEREGATO, R.; PEREZ JUNIOR, J. H.;GOMES, M. B. Manual de 
contabilidade tributária. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
PEGAS, P. H. Manual de contabilidade tributária. 7. ed. Rio de Janeiro: Freitas 
Bastos, 2011.
Lei do ajuste tributário Lei. 9.430/96. <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/
Ant2001/lei943096.htm>. Acesso em 22/11/2014
Lei 9.964/00. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9964.htm>. Acesso em 
22/11/2014
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/ant2001/lei924995.htm. Acesso em 
22/11/2014
24
Unidade: Tributos Diretos – Lucro Presumido e Lucro Arbitrado
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