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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Disciplina: Alfabetização 2 Coordenadora: Stella Maris Moura de Macedo Aluno(a): Matrícula: Polo: Nota: 8,5 Avaliação a Distância (AD2) – 2021.1 As três questões deverão ser respondidas com base no texto O brincar como um modo de ser e estar no mundo, de Angela Maya Borba. Questão 1- (Valor 3) Logo no início do texto, a autora nos convida a refletir sobre a relação do brincar e a escola, o tempo e o espaço do brincar na escola. Você já pensou sobre isso? Por que as crianças, conforme a autora nos chama atenção, à medida que avançam nos anos de escolaridade, deixam de ser crianças e se tornam alunos? O que você tem a nos dizer sobre isso, com base no texto? Elabore um texto, apresentando suas reflexões sobre essas questões. Questão 2 - (Valor 3) Comente, através de um texto, a seguinte indagação. Ludicidade na aprendizagem difere do brincar como cultura? Por quê? Questão 3 – (Valor 4) A autora Angela Maya Borba apresenta as ideias de Vygotsky sobre o brincar. Elabore uma síntese sobre o pensamento do autor, fazendo uso de suas palavras. RESPOSTAS: A autora faz uma reflexão que nos remete a pensar como o brincar e a escola tem um significado tão importante que nem nos damos conta, que é possível, sim, aprender brincando por isso as creches são fundamentais na vida dos bebês e crianças que aprendem desde cedo que a língua materna e o grupo familiar em que vivem, não são os únicos que compõem sua infância e seu grupo. O tempo e o espaço para brincar na escola fica bem diferente quando os alunos/crianças chegam ao ensino fundamental, onde as brincadeiras tornam-se coisas de quem não quer nada ou visto como preguiçoso, aprendemos desde a mais tenra idade que brincadeiras de pula-pula, passar o anel, andar de carrinho de rolimã e tantas outras, bem como o que significa cada uma delas, a sua importância na qual muitas crianças nem sabem hoje em dia, no qual em muitos casos vivem fechadas em casas, apartamentos como medo da violência, se apegam as várias tecnologias como celulares, tablets, computadores, televisão etc. Tudo é válido para manter a criança presa na falta de espaço das grandes cidades, que as tornam prisioneiras de seu próprio mundo. Aprendemos desde muito pequenos, que brincar é para as crianças e vivemos em um mundo que muitas vezes nem as crianças tem o direito de brincar, por que não produz e consequentemente não gera lucro. Quando saímos da educação infantil e chegamos nas séries iniciais do ensino fundamental, as crianças passa a ter o horário de brincadeira restrito somente ao recreio, o que com isso passa a notar que os espaços de brincadeiras ficam restringidos porque as crianças são vistas como futuros adultos e que deles dependem o futuro. Os conteúdos, as grades de horários, a organização da escola devem abrir espaço para que as crianças possam brincar e com isso gerar cultura, de forma prazerosa. Notamos mais uma vez que precisamos aprender com as crianças a verdadeira importância do brincar, de como elas se adaptam ao seu meio, de maneira espontânea, humana, sem perder a essência. A dimensão cultural e artística e a dimensão científica devem se comprometer a estar juntas nas rotinas praticadas no dia a dia, não excluindo conteúdos lúdicos, mas abrindo espaço para essa nova construção de brincar e produzir cultura. As atividades lúdicas que compõem o planejamento escolar tem que permitir que a atividade pedagógica tenha a fruição, decisão, escolhas, descobertas, perguntas e soluções por parte dos alunos ( crianças ou adolescentes) caso contrário será vista como uma atividade. No brincar como cultura, difere apenas dos modos de brincar e aprender, que constituem ao incluir a ludicidade, mas podem propiciar novas relações e interações entre as crianças e seus conhecimentos. Para Vygotsky (1987) nos diz que ¨ a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário: no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade¨ (p. 117), isso significa na sua visão que a brincadeira gera uma zona de desenvolvimento proximal, que com isso ela ultrapassa o desenvolvimento real, elevando a novas conquistas de compreensão e de ação de mundo. Vygotsky (1987) defende que nesse novo plano de pensamento, ação, expressão e comunicação, novos significados são elaborados, novos papéis sociais e ações sobre o mundo são desenhados, e novas regras e relações entre os objetos e os sujeitos, e desses entre si, são instituídas, para ele o brincar ou criar uma realidade ¨fingida¨ onde o faz de conta, a imaginação estabelece a criação do brincar, que permite a elas (crianças) se desprenderem das restrições impostas pela realidade.