Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISCIPLINA: PRÁTICA TRIBUTÁRIA DOCENTE: MELINA MAIA PIRES DISCENTE: THAÍS EMANUELE DE CASTRO MATRÍCULA: 04034798 MANDADO DE SEGURANÇA (ATIVIDADE 01) Campina Grande, 12 de Setembro 2023 EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA __ DA COMARCA DE SÃO PAULO ZETA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PEÇAS METÁLICAS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº, com sede xxx, por seu representante legal, brasileiro, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº e inscrito no CPF sob o nº, com endereço profissional, vem, com o devido respeito perante Vossa Excelência, impetrar o presente: MANDADO DE SEGURANÇA Com fulcro na Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXIX, bem como na lei nº 12.016/2009, em face de ato ilegal praticado pelo FAZENDÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO, pelas razões de fato e direito a seguir expostas: I. DOS FATOS A impetrante, Zeta Industria e Comércios de Peças Metálicas Ltda, é uma sociedade empresária regularmente constituída, cujo objeto social é a compra, venda e montagem de peças metálicas utilizadas em estruturas de shows e eventos, devidamente registrada perante os órgãos competentes. Para o exercício regular de suas atividades, a Impetrante necessita realizar a transferência de mercadorias entre seus estabelecimentos, que são situados em diferentes municípios do Estado de São Paulo. Vale destacar que tais operações não implicam na transferência da propriedade dos bens, mas apenas em seu deslocamento físico entre as filiais da Impetrante. O Fisco do Estado de São Paulo, adotou uma interpretação equivocada da legislação tributária ao entender que há incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) nas operações de remanejamento de mercadorias entre as filiais da Impetrante. Em decorrência dessa interpretação equivocada, o Fisco Estadual já efetuou a retenção de algumas mercadorias da impetrante, em mais de uma ocasião, por meio de seus Auditores Fiscais, com o intuito de forçar o pagamento do ICMS supostamente devido. Entre a retenção e a constituição do advogado ora impetrante, transcorreram menos de cento e vinte dias. Ademais, a Impetrante possui todas as provas documentais necessárias para a comprovação dos fatos ora alegados. Nota-se com isso que a continuidade das operações da Impetrante está gravemente comprometida, uma vez que a retenção das mercadorias essenciais para suas atividades impede o pleno exercício de seu objeto social. Além disso, a impetrante não deseja se expor ao risco de eventual condenação em honorários, caso não obtenha sucesso na medida judicial a ser proposta. II. DO DIREITO O MANDADO DE SEGURANÇA É IMPETRADO COM BASE NA SEGUINTE FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA: A retenção das mercadorias da Impetrante pelo Fisco do Estado de São Paulo é ilegal e arbitrária, pois decorre de interpretação errônea da legislação tributária, não havendo qualquer obrigação legal de recolhimento de ICMS nas operações intragrupos. O ato do Fisco Estadual viola o direito líquido e certo da Impetrante ao livre exercício de sua atividade econômica, conforme garante o artigo 170 da Constituição Federal Brasileira. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Contanto, a retenção das mercadorias compromete a subsistência da Impetrante, causando-lhe prejuízos irreparáveis, o que justifica a concessão da medida liminar para a imediata liberação das mercadorias retidas. III. DAS PROVAS A Impetrante protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a juntada de documentos e eventual depoimento pessoal das partes, sob pena de cerceamento de defesa. IV. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: a) A concessão de medida liminar para a imediata liberação das mercadorias retidas pelo Fisco Estadual, sob pena de grave dano à Impetrante. b) A notificação da autoridade coatora, para prestar informações no prazo de 10 (dez) dias, com base no artigo 7º, inciso I, da lei nº 12.016/2009. c) A citação do representante judicial da Fazenda Pública Estadual para, querendo, contestar a presente ação no prazo legal. d) A intimação do Ministério Público, nos termos do artigo 12 da lei nº 12.016/2009. e) A procedência do presente Mandado de Segurança, com a confirmação da medida liminar, declarando-se a ilegalidade do ato do Fisco do Estado de São Paulo e garantindo o livre exercício da atividade econômica da Impetrante. f) A condenação da autoridade coatora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, nos termos da legislação vigente. V. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$, para fins fiscais e de alçada. Nestes termos, pede deferimento. Local, data Advogada - OAB/PB
Compartilhar