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Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 1 Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 2 GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE SEGURANÇA EMPRESARIAL AUTOR Dr. Nino Ricardo de Menezes Meireles CONSULTOR COLABORADOR Dr. Renato Santos Figueiredo Publicação original da CEAS-BRASIL Não está permitida a reprodução total ou parcial deste manual, nem seu tratamento informático, nem a transmissão de nenhuma forma ou por qualquer meio, seja eletrônico, mecânico, por foto cópia, por registro ou outros métodos, sem a permissão prévia e por escrito de seu autor. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 3 SUMÁRIO Capitulo 01 Modelos de gestão 005 Capítulo 02 Comunicação empresarial 015 Capítulo 03 Empreendedorismo 022 Capítulo 04 Gestão de marketing 033 Capítulo 05 Gestão de vendas 049 Capítulo 06 Gestão financeira 055 Capítulo 07 Contabilidade gerencial 063 Capítulo 08 Organizações 081 Capítulo 09 Gestão da logística 089 Capítulo 10 Sistema 103 Capítulo 11 Teoria das falhas 110 Capítulo 12 Teoria das restrições 118 Capítulo 13 Planejamento 121 Capítulo 14 Gestão de recursos humanos 141 Capítulo 15 Economia 166 Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 4 Capítulo 16 Ferramentas de gestão 183 Capítulo 17 Subsistemas de segurança 223 Capítulo 18 Investigação empresarial 311 Capítulo 19 Segurança de trabalho 343 Capítulo 20 Planejamento contingencial 354 Capítulo 21 Prevenção de perdas 375 Capítulo 22 Gestão do sistema de segurança 381 Capítulo 23 Gestão de riscos 386 Referências 429 Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 5 CAPÍTULO 1 MODELOS DE GESTÃO 1.1. PIONEIROS DA ADMINISTRAÇÃO Países, exércitos e organizações religiosas vêm há muito tempo criando soluções para lidar com recursos e alcançar objetivos. Entre as muitas contribuições do passado devemos destacar as idéias dos gregos, dos romanos e das organizações militares. Também é importante o conhecimento das idéias de Sun Tzu e Maquiavel. 1.1.1. GRÉCIA No século V a.C., começou na Grécia um período de idéias que viriam a influenciar profundamente a prática da administração. Dentre as idéias destacamos três: • Democracia – Há 2.500 anos os gregos inventaram e implantaram a administração democrática de suas cidades-estados. • Ética – No diálogo O político, Platão defende a idéia de que a responsabilidade fundamental dos políticos era promover a felicidade dos cidadãos. Administrar a cidade segundo os princípios da ética absoluta. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 6 • Qualidade – Era o ideal da excelência. Excelência é a característica que difere algo pela superioridade em relação aos semelhantes e depende do contexto. 1.1.2. ROMA E A IGREJA CATÓLICA Princípios e técnicas de administração construíram e mantiveram Roma durante seus doze séculos de existência, como monarquia, república e império. Também é importante lembrar que a má administração ajudou a destruir Roma no final de seu longo período de glória. No entanto, muitas de suas concepções ainda sobrevivem no Direito, na Administração Pública e na Igreja Católica. 1.1.3. ORGANIZAÇÕES MILITARES Há mais de 3.000 anos, os exércitos vêm criando soluções para a administração de grandes contingentes de pessoas envolvidas em operações complexas e arriscadas. Conceitos sobre estratégia, planejamento, logística e hierarquia nasceram com os militares do passado. A partir do século XIV a. C., o império assírio controlou a Mesopotâmia. Começou então um período de importantes avanços no campo da organização militar. Por volta do século VIII a.C., foram desenvolvidas as características que vieram a servir de modelo para exércitos posteriores, destacando-se a logística. No século III a.C., o exército romano havia avançado muito em termos de organização e já apresentava características que pouco se modificariam nos séculos posteriores, como alistamento de profissionais, regulamentação, burocratização, planos de carreira e organização. No século IV a.C. Sun Tzu escreveu a respeito de estratégia militar. No tratado a arte da guerra, apresentou teorias que recomendavam evitar a batalha, intimidar psicologicamente o inimigo e usar o tempo, em vez da força, para desgastá-lo e atacá-lo quando estivesse desprevenido. 1.1.4. MAQUIAVEL Segundo Maximiano (2004), Maquiavel pode ser entendido como um analista do poder e do comportamento dos dirigentes em organizações complexas. Maquiavel acreditava na importância do trabalho de equipe como o aspecto mais relevante no trabalho do dirigente e afirmava que a aprovação dos governados é essencial para o sucesso dos governantes. 1.2. TAYLOR O início do século XX foi um momento de grandes transformações tecnológicas, econômicas e sociais. Foi a época em que surgiram e cresceram empresas para fornecer, em grandes quantidades, os novos produtos que haviam sido criados e que as pessoas desejavam, tais como: carros, lâmpadas elétricas, aparelhos de som, cinema e telefone. Este contexto fez surgir a necessidade de estudar formas de lidar com enormes quantidades de recursos humanos e materiais de todos os tipos. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 7 Uma das preocupações dos administradores dessa época era a eficiência dos processos de fabricação. A pessoa que conseguiu montar um conjunto de princípios e as técnicas para tratar da eficiência foi Frederick Winslow Taylor, líder de um grupo que promoveu o movimento da administração científica. Taylor acreditava que a prosperidade econômica somente seria conseguida com a maximização da produtividade dos trabalhadores. Isso, por sua vez, só se conseguiria se os trabalhadores fossem mais eficientes. A eficiência, por sua vez, dependeria do redesenho do trabalho e da mudança de atitudes dos colaboradores. O redesenho do trabalho era necessário porque não havia métodos. Sem métodos, os colaboradores faziam as tarefas de acordo com palpites ou intuição. 1.2.1. PRINCÍPIOS Em 1903, Taylor divulgou o estudo Shop Management, no qual propunha sua filosofia de administração, que compreendia quatro princípios: 1. O objetivo da boa administração era pagar salários altos e ter baixos custos de produção. 2. Com esse objetivo, a administração deveria aplicar métodos de pesquisa para determinar a melhor maneira de executar tarefas. 3. Os colaboradores deveriam ser cientificamente selecionados e treinados, de maneira que as pessoas e as tarefas fossem compatíveis. 4. Deveria haver uma atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração e os colaboradores, para garantir um ambiente psicológico favorável à aplicação desses princípios. 1.2.2. TÉCNICAS Para colocar em prática o princípio dos métodos de pesquisa, Taylor fazia os estudos de tempos e movimentos. Taylor cronometrava os movimentos dos colaboradores, dividindo-os nas tarefas que os compunham, chamando-as de unidades básicas de trabalho. Em seguida, analisava as unidades básicas de trabalho, procurando encontrar a melhor maneira de executá-las e de combiná-las para a tarefa maior. As tarefas que passavam por esse processo estavam “taylorizadas”. Usando um sistema de pagamento por peças produzidas, que fazia o rendimento do colaborador aumentar de acordo com seu esforço, Taylor conseguiu aumentar expressivamente a eficiência. Taylor entendia as técnicas da eficiência como formas de colocar em prática os princípios da administração científica, para ele uma revolução mental,uma revolução na maneira de encarar o trabalho e as responsabilidades em relação à empresa e aos colegas. Um exemplo dos métodos de Taylor foi a experiência na qual demonstrou que a produtividade mais elevada resulta da minimização do esforço muscular. Essa é uma das idéias fundamentais da administração científica: a produtividade resulta da eficiência do trabalho e não da maximização do esforço. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 8 Taylor teve o mérito de assimilar, sistematizar e disseminar um conjunto de princípios que vinham ao encontro de uma necessidade e, por isso, foi recebido com grande entusiasmo, apesar de algumas críticas. Estudos de tempos e movimentos, descrições de cargos, organização e métodos, engenharia de eficiência e racionalização do trabalho formam algumas das idéias que a ação de Taylor colocou na ordem do dia. 1.3. HENRY FORD O taylorismo desenvolveu-se em uma época de notável expansão da indústria e junto com outra inovação revolucionária do início do século: a linha de montagem de Henry Ford. Foi ele quem elevou ao mais alto grau os dois princípios da produção em massa: peças padronizadas e trabalhador especializado. Na produção em massa, cada peça ou componente pode ser montado em qualquer sistema ou produto final. Para alcançar a padronização, Ford passou a utilizar o mesmo sistema de calibragem para todas as peças, em todo o processo de manufatura. Esse princípio deu origem ao controle da qualidade, cujo objetivo era assegurar a uniformidade das peças. Neste tipo de produção, o produto é dividido em partes e o processo de fabricá-lo é dividido em etapas. Cada etapa corresponde à montagem de uma parte do produto. Cada pessoa e cada grupo de pessoas têm uma tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo predefinido. A divisão do trabalho implica na especialização do colaborador. 1.4. FAYOL O engenheiro Fayol foi um dos contribuintes mais importantes do desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno. De acordo com ele, a administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos, que sempre exigem algum grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Henri Fayol chegou a diretor de uma empresa de mineração em 1888. A empresa estava à beira da falência, mas quando Fayol se aposentou (1918), sua situação financeira era sólida. O sucesso foi atribuído ao seu sistema de administração, que se dividia em três partes principais: 1. A administração é uma função de seis funções essenciais: técnicas, comerciais, financeiras, contábeis, segurança e administrativas. 2. A administração é um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle. 3. O sistema de administração pode ser ensinado e aprendido. As funções essenciais eram compostas por: • Funções técnicas – Produção de bens e serviços. • Funções comerciais – Vendas, distribuição e divulgação. • Funções financeiras – Busca e gerência de capitais. • Funções contábeis – Dados, estatísticas e balanços. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 9 • Funções de segurança – Proteção de bens e de pessoas. • Funções administrativas – Prever, organizar, coordenar e controlar as atividades da empresa. Fayol considerava a empresa uma entidade abstrata, conduzida por um sistema racional de regras e de autoridade, que justificava sua existência à medida que atende ao objetivo primário de fornecer valor, na forma de bens e serviços, a seus consumidores. O trabalho do gestor consiste em tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes da empresa, de modo que as atividades de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar estejam em uma seqüência lógica. Fayol completava sua teoria com a proposição de quatorze princípios que devem ser seguidos para que a administração seja eficaz: 1. Divisão do trabalho, resultando na especialização das funções e separação dos poderes. 2. Autoridade e responsabilidade. 3. Disciplina. 4. Unidade de comando. 5. Unidade de direção, ou seja, um só chefe e um só programa para um conjunto de operações que visam ao mesmo objetivo. 6. Subordinação do interesse individual ao geral. 7. Remuneração do pessoal. 8. Centralização. 9. Cadeia de comando. 10. Ordem, ou seja, um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar. 11. Equidade, ou seja, o tratamento das pessoas com benevolência e justiça. 12. Estabilidade do pessoal. 13. Iniciativa. 14. Espírito de equipe. É importante observar que Fayol colocou em pé de igualdade todas as funções, inclusive a segurança. Não existia para ele, nenhuma dependência entre as funções. 1.5. MAX WEBER De acordo com Maximiano (2004) a palavra burocracia, em seu sentido original, indica uma forma de organização que se baseia na racionalidade das leis. A conotação negativa dos papéis e regulamentos tem sua origem nas disfunções das organizações burocráticas. Foi o cientista social alemão Max Weber que fez os estudos pioneiros sobre as burocracias e o que ele chamou o tipo ideal de burocracia. Esses estudos foram traduzidos para a língua inglesa da década de 1940. Para Weber, a sociedade e as organizações modernas são sistemas impessoais. São as normas que regem o comportamento das pessoas. Segundo ele, a administração burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação. A organização burocrática possibilita o exercício da autoridade e a Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 10 obtenção da obediência com precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiança. 1.6. ENFOQUE COMPORTAMENTAL Nas proposições de Taylor, Fayol e Weber, a preocupação básica é o desempenho dos recursos e processos da empresa. As pessoas foram colocadas em segundo plano, consideradas como recursos. O enfoque comportamental é outra maneira de perceber as pessoas nas organizações, considera as pessoas em sua totalidade e como parte mais importante das empresas. 1.6.1. EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE O principal componente deste enfoque é a escola das relações humanas, que nasceu de um experimento realizado nos Estados Unidos (1927 – 1933). Um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard foi contratado para desenvolver um estudo em uma fábrica da Western Electric. O estudo foi feito para descobrir se as variações na iluminação teriam algum efeito sobre o desempenho dos colaboradores. A escola das relações humanas nasceu porque o projeto começou a apresentar resultados estranhos, pois tanto no aumento quanto na diminuição da intensidade da luz a produção aumentou. Em seguida os pesquisadores ofereçam benefícios e depois os retiraram e, mais uma vez, nas duas situações a produção aumentou. 1.6.2. ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS Mayo e seus colaboradores interpretaram os resultados da experiência e formularam uma série de conclusões que criaram uma nova filosofia de administração. Na essência, essas conclusões diziam que o desempenho das pessoas era determinado não apenas pelos métodos de trabalho, mas também pelo comportamento. As conclusões mais importantes, segundo Maximiano (2004), foram: • A qualidade do tratamento dispensado aos colaboradores influencia no desempenho dos mesmos. • O sistema formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo, que é mais leal ao grupo do que à empresa. • Os supervisores deveriam fazer o papel não de ditadores, mas de intermediários entre os grupos de trabalho e a alta administração. 1.7. PENSAMENTO SISTÊMICO A essência deste pensamento é a idéia de elementos que integram e formam conjuntos para realizar objetivos. Um dos mais importantes criadores foi o cientista alemão Ludwig Von Bertalanffy, que no final dos anos 1930, propôs a teoria geral dos sistemas. Esta teoria tem duas ideais básicas: Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 11 1. A realidadeé feita de sistemas, que são feitos de elementos interdependentes. 2. Para compreender a realidade, é preciso analisar não apenas elementos isolados, mas também suas inter-relações. 1.8. MOONEY E REILEY Foram pioneiros no esforço para criar uma definição do processo de administrar. Em 1931 eles afirmaram que a eficiência das operações produtivas, embora importante, não era suficiente para assegurar a realização dos objetivos da empresa. A organização toda deveria ser eficiente e, por isso, precisava da coordenação eficiente de todas as suas inter-relações. Os princípios de organização são: • Coordenação – O arranjo ordenado do grupo, para realizar unidade de ação na perseguição de um propósito comum. A coordenação origina-se da autoridade. • Princípio escalar – Em toda organização, há uma hierarquia dos graus de autoridade e da responsabilidade correspondente. Os líderes são designados por meio da delegação. • Princípio funcional – Distinção entre diferentes tipos de deveres. A diferenciação cria a necessidade de coordenação. 1.9. LUTHER GULICK E LYNDALL URWICK Em 1937, Luther Gulick e Lyndall Urwick publicaram uma coletânea intitulada Papers on the science of administration. Nessa coletânea, Gulick apresentou sua versão das funções do gerente: • Planejamento (planning). • Organização (organizing). • Alocação de pessoas (staffing). • Direção (directing). • Coordenação (coordinating). • Informação e controle (reporting). • Orçamento (budgeting). As primeiras letras de cada palavra em inglês formam a sigla POSDCORB, que se tornou uma referência no ensino da administração. 1.10. RALPH C. DAVIS Afirmou que as funções e os princípios fundamentais da administração das fábricas eram universais. Em 1927, Davis foi convidado para estabelecer um departamento de administração no instituto General Motors, onde teve contato com a filosofia e os princípios de Sloan e de Fayol. Em 1934, desenvolveu sua noção dos princípios da administração, planejamento, organização e controle. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 12 1.11. WILLIAM H. NEWMAN Em 1950 publicou o livro Ação Administrativa, no qual definiu a administração como “a orientação, liderança e controle do esforço de um grupo de indivíduos para a realização de algum objetivo comum”. Ele também desenvolveu uma explicação para o processo administrativo como uma atividade intelectual distinta, compreendendo: planejamento, organização, mobilização de recursos, direção e controle. 1.12. KOONTZ E ODONNELL Definiram a administração como o processo de fazer coisas por meio de outras pessoas. O trabalho dos gerentes consiste em planejar, organizar, alocar pessoal, dirigir e controlar. 1.13. PETER DRUKER Desenvolveu a expressão administração por objetivos em 1955 no livro A Prática da Administração. A administração por objetivos é um procedimento sugerido para aplicação prática do processo de planejar, organizar, executar e controlar. Drucker enfatizou a necessidade de definir objetivos e avaliar resultados em áreas-chaves de desempenho, tais como: participação no mercado, inovação, produtividade, recursos físicos e financeiros, rentabilidade, desempenho e aprimoramento gerencial, desempenho e atitudes dos colaboradores e responsabilidade pública. Em qualquer sistema de administração, os três princípios da administração por objetivos continuam válidos: • Objetivos específicos – Devem ser definidos de maneira específica e mensurável. • Tempo definido – Um prazo específico é definido para a realização dos objetivos, com prazos intermediários para verificação do desempenho da equipe. • Feedback – Ao longo do período estabelecido para a realização dos objetivos, o desempenho da equipe é avaliado. 1.14. ESCOLA DA QUALIDADE Teve um desenvolvimento paralelo ao das outras escolas até a metade do século XX, quando se juntou a outros conceitos e tornou-se um enfoque também sistêmico. No início do século XX, quando a produção em massa se tornou comum, qualidade significava uniformidade. Administrar a qualidade significava controlar a qualidade, para encontrar produtos ou serviços defeituosos. Como era impossível inspecionar a totalidade dos milhões de peças produzidas, inventou-se a amostragem. O controle da qualidade sistematizou-se e começou a receber a aplicação da estatística. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 13 1.14.1. QUALIDADE TOTAL DE FEIGENBAUM Depois da metade do século XX, Armand Feigenbaum apresentou suas idéias a respeito da administração da qualidade. Foi ele que criou a sigla TQC (Total Quality Control). Segundo Maximiano (2004), as principais idéias são: • Qualidade não é apenas controlar a uniformidade de produtos, de acordo com especificações criadas por engenheiros. Qualidade é uma questão de satisfação do cliente. • Qualidade tem que ser embutida no produto ou serviço desde o começo, a partir dos desejos e interesses do cliente. A questão importante é garantir a qualidade ao longo de todo o processo e não apenas encontrar os defeitos no final da linha de produção. • Todos, na empresa, são responsáveis pela qualidade, desde a base até o topo da pirâmide. 1.14.2. A QUALIDADE TOTAL DE ISHIKAWA Foi o criador dos círculos de qualidade, ou círculos de controle da qualidade, uma das formas de colocar em prática a concepção japonesa da qualidade total. No formato original, o círculo da qualidade é um grupo de voluntários de um mesmo setor, que se reúnem regularmente para estudar e propor a solução de problemas que estejam comprometendo a qualidade e a eficiência dos produtos. Mais tarde, a amplitude dos conceitos e técnicas fez a expressão evoluir para administração da qualidade total (TQM, Total Quality Management). 1.14.3. QUALIDADE ASSEGURADA Por meio de um programa de garantia de qualidade, uma empresa, em uma cadeia de produção, procura aprimorar e controlar a administração da qualidade de seus fornecedores, e não a qualidade de seus produtos e serviços. A empresa compradora passa a exigir que seus fornecedores tenham um departamento da qualidade, especificações precisas para todos os seus produtos, sistemas e métodos de medição, procedimentos explícitos para lidar com defeitos etc. Ou seja, a empresa exige que seu fornecedor tenha um sistema de qualidade, porque é esse sistema que garante a qualidade dos produtos e serviços. 1.14.4. NORMAS ISO A International Organization for Standardization (ISO) é uma organização internacional, privada e sem fins lucrativos, que foi criada em 1947 e tem sede em Genebra. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), membro fundador da ISO, é a organização nacional de normalização que representa o nosso país. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 14 Em 1987, a ISO colocou em vigor seus próprios manuais de avaliação do sistema de qualidade, chamados Normas ISO série 9000, que sintetizavam diversas normas nacionais já existentes. A inspeção da adoção das Normas ISO é feita por empresas internacionais de credenciamento, que são contratadas e fornecem os certificados de conformidade. No ano de 2000, a ISO publicou uma versão aprimorada das normas 9000. 1.15. MODELO JAPONÊS DE ADMINISTRAÇÃO Este modelo é uma combinação dos princípios e técnicas da qualidade total, da administração científica e das tradições culturais japonesas. Este modelo surge na década de 1950, quando a economia japonesa estava debilitada e a Toyota, uma empresa de pequeno porte, tinha um programa de produção de 1000 carros por mês. Eiji Toyoda e Taiichi Ohno foram os principais responsáveis pelo conjunto de técnicas de manufatura que se tornou conhecido como sistema Toyota de produção. Os princípios deste sistema são: • Eliminação de desperdícios – Através da aplicação de técnicas de racionalização do trabalho. Existe um esforçosistemático de redução de desperdícios (Kaizen). • Produção com qualidade – Não se admite tratar os defeitos de forma pontual. • Produção enxuta – Economia de recursos. 1.16. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO A idéia de qualidade de vida no trabalho (QVT) baseia-se em uma visão integral das pessoas, que é conhecido como enfoque biopsicossocial. Este enfoque origina-se da medicina psicossomática, que propõe uma visão holística do homem. Segundo esse enfoque, saúde não é apenas ausência de doenças, mas também o completo bem-estar biológico, psicológico e social. Além do enfoque biopsicossocial, o conceito de QVT baseia-se em uma visão ética da condição humana. A ética procura identificar, eliminar ou, pelo menos, minimizar todos os tipos de riscos ocupacionais. Isso envolve desde a segurança do ambiente físico, bem como a forma de gerenciar situações de crise que comprometam a capacidade de manter salários e empregos. 1.17. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL Uma idéia importante que se desenvolveu na passagem para o século XXI é a aprendizagem organizacional. Ela significa o processo coletivo de adquirir competências, para enfrentar novas situações e resolver problemas. O que possibilita a aprendizagem organizacional é o processo de tomar decisões. Os tomadores de decisão não conhecem tudo o que deveriam conhecer quando começam a resolver um problema. É o processo decisório que produz a aprendizagem, não o contrário. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 15 Peter Senge defende a idéia de que as organizações, para terem sucesso, devem aprender a lidar com a mudança contínua. Devem tornar-se organizações que aprendem (learning organizations). Para colocar em prática a aprendizagem, Senge propõe cinco disciplinas: 1. Domínio pessoal – O nível mais alto de autocontrole. 2. Modelos mentais – Mudança de costumes e procedimentos. 3. Visão compartilhada – Entendimento comum sobre o futuro da empresa. 4. Aprendizagem em equipe – Inteligência se potencializa com o trabalho em grupo. 5. Pensamento sistêmico – Arte de enxergar simultaneamente a floresta e as árvores. 1.18. ADMINISTRAÇÃO EMPREENDEDORA Inovação, risco e criatividade são competências associadas aos empreendedores, pessoas que estão dispostas a aplicar seus recursos em um novo negócio, sem ter garantia de sucesso. Era esse o perfil que os novos gerentes deveriam ter em empresas como a 3M. De acordo com Maximiano (2004), a escola da administração empreendedora firmou-se como uma tendência na gestão de algumas empresas, que procuraram colocar em prática os seguintes princípios: • Valorização e incentivo a comportamentos como iniciativa, responsabilidade e decisão. • Flexibilidade no uso do tempo e dos recursos organizacionais. • Tolerância a fracassos e erros. • Possibilidade de formação de equipes multifuncionais para exploração de oportunidade e projetos. 1.19. ADMINISTRAÇÃO VIRTUAL A organização virtual começou a tornar-se realidade junto com a evolução da tecnologia da informação. Na organização virtual, os produtos ou serviços são produzidos instantaneamente e sob encomenda, em resposta à demanda do cliente. A presença física de certos tipos de colaboradores tornou- se desnecessária. 1.20. ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIMENTO O conhecimento, um ativo intangível, tornou-se o fator mais importante da vida econômica, o principal ingrediente do que compramos e vendemos, a matéria-prima com a qual trabalhamos. Alguns autores afirmam que o conhecimento será a principal vantagem competitiva das empresas por muitos anos do século XXI. O conceito de capital intelectual é central no modelo da administração do conhecimento. Segundo Maximiano (2004), capital intelectual é o conjunto dos conhecimentos existentes em uma empresa. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 16 CAPÍTULO 2 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 2.1. PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Este processo compreende a transmissão de informação e de significado. Em qualquer processo de comunicação, sempre há os seguintes elementos: emissor, receptor, mensagem, canal de comunicação, ruídos e feedback. 2.2. MEIOS DE COMUNICAÇÃO Existem duas formas de comunicação: oral e escrita. Ambas podem ser auxiliadas por recursos visuais, como gráficos, fotografias, mapas ou objetos. 2.2.1. COMUNICAÇÃO ORAL É o primeiro e mais importante canal de comunicação. Além do domínio do idioma, envolve a escolha das palavras, o tom de voz e a correção da linguagem. Quem não fala direito, além de não se fazer entender, dificilmente conseguirá dominar os outros meios de comunicação. A palavra falada é o canal primário de comunicação do gestor com sua equipe, e entre os membros de uma equipe. Além disso, os colaboradores, normalmente, precisam fazer apresentações para públicos internos e externos. Para alcançar sucesso nestas apresentações é necessário um alto nível de competência na comunicação oral. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 17 2.2.2. COMUNICAÇÃO ESCRITA Ter competência na comunicação oral não significa ter competência na comunicação escrita. Esta última é mais complexa, pois envolve um segundo sistema de codificação, além da fala. Nas organizações, a comunicação escrita desempenha um papel muito importante. Desde bilhetes e emails até os relatórios para a alta administração e propostas para clientes, há grande variedade de mensagens que precisam ser postas no papel ou na tela de um computador. Todas as empresas apresentam a necessidade de documentação. 2.2.3. RECURSOS VISUAIS Os recursos visuais complementam a comunicação verbal e a escrita. As imagens carregam significado sintético, que facilitam a comunicação. Por isso, são amplamente utilizados em apresentações. 2.2.4. LINGUAGEM CORPORAL Querendo ou não, a figura e os movimentos de quem se comunica transmitem significado. Olhar, expressão facial, gestos, postura, vestuário, odor corporal e mesmo o toque são formas de comunicação. A energia que o comunicador transmite contagia seu público. 2.3. OBSTÁCULOS À EFICÁCIA DA COMUNICAÇÃO Todas as formas de comunicação estão sujeitas a dificuldades que comprometem a transmissão, recepção e interpretação da informação e dos significados. Essas dificuldades podem ocorrer na fonte, no destino ou no próprio processo de comunicação. 2.3.1. EMISSOR Os principais problemas em relação ao emissor são: • Falta de disposição para falar – Pode ocorrer por diversos motivos. Os mais importantes são: sensação de inferioridade e receio do efeito da mensagem. • Sobrecarga – Ocorre quando existe uma quantidade exagerada de informações. • Complexidade – Uma mensagem complexa tem muitos componentes. • Incorreção da linguagem – Indica falta de domínio da linguagem. • Codificação incorreta – Produz efeito diverso do esperado no processo de comunicação. 2.3.2. RECEPTOR Do lado do receptor, os três problemas mais comuns são: • Falta de disposição para ouvir. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 18 • Desatenção. • Reação apressada. 2.3.3. PROCESSO Os dois problemas básicos são a falta de um sistema comum de códigos e a falta de feedback. Para ambos a empresa deve possuir medidas preventivas. 2.4. ESTRUTURA Na grande maioria das vezes as mensagens nas organizações são informativas. Uma mensagem informativa apenas transmite informações e aciona o processo de tomar decisões. Quanto mais sucinta e direta a mensagem, melhor para a eficácia da comunicação. Estruturar uma mensagem significa definir quais idéias ou informações serão apresentadas ao destinatário e em que ordem aparecerão na mensagem. Mensagens muito longas (relatórios ou manuais de normas e procedimentos) exigem uma estrutura. Para apresentar mensagens com clareza, é necessário planejar o processo de comunicação, estruturando a informação,definindo a ordem de apresentação dos tópicos e decidindo quanto tempo será dedicado a cada um. Segundo Maximiano (2004), em uma mensagem, tudo o que não está diretamente relacionado com o tema deve ser eliminado. Informações desnecessárias são uma forma de ruído e evidenciam falta de foco do comunicador. A forma adequada para transmitir uma mensagem é denominada de codificação. A escolha da forma é uma questão de planejamento estratégico do comunicador. Nas mensagens profissionais os objetivos devem ser colocados no início. Além deste ponto é necessário que seja feito um contrato psicológico com o destinatário, ou seja, comunicar-lhe logo após os objetivos, quais tópicos serão abordados e em que seqüência. 2.5. COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL A comunicação nas organizações depende da qualidade da comunicação pessoal. Se as pessoas se comunicam eficazmente, os processos organizacionais de comunicação tendem a ser eficazes também. Os gestores precisam fazer comunicações em três direções: para cima, para baixo e para os lados. 2.5.1. COMUNICAÇÃO PARA BAIXO É a comunicação dos níveis superiores para os inferiores da hierarquia. É a direção na qual seguem informação sobre todos os aspectos das operações e do desempenho da organização, bem como as expectativas da administração em relação a seus colaboradores. A comunicação neste sentido tem, normalmente, caráter diretivo. São determinações, informações sobre políticas e programas que a administração Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 19 pretende implantar, ou modificações na linha de produtos e nos métodos de trabalho. Tende a ser o tipo de comunicação predominante nas organizações autoritárias e burocratizadas. Muitas vezes, a comunicação para baixo procura manter as pessoas informadas para que possam trabalhar direito. São os relatórios sobre o desempenho da produção, da prestação do serviço, das vendas, da satisfação dos clientes etc. Certos tipos de comunicação para baixo procuram estimular a comunicação para cima. São as reuniões e memorandos em que um gestor pede aos colaboradores que enviem sugestões a respeito de determinado assunto. 2.5.2. COMUNICAÇÃO PARA CIMA Apresenta diferentes conteúdos. Em primeiro lugar, seguem para cima as informações sobre o desempenho e os eventos nos níveis inferiores. São os diversos tipos de relatórios e a informação produzida pela observação do desempenho. Além dos relatórios, esta comunicação pode levar alguns tipos especiais de informação: pesquisas de atitudes e sugestões dos colaboradores estão entre as mais importantes. 2.5.3. COMUNICAÇÃO LATERAL É a que ocorre entre unidades de trabalho do mesmo nível ou entre unidades de trabalho de níveis diferentes (comunicação diagonal). Os canais de comunicação lateral permitem o funcionamento dos processos interdepartamentais e a tomada de decisão que envolve diferentes unidades de trabalho. Esta comunicação pode ser triangular, ou seja, um colaborador comunica-se com seu chefe, que se comunica com outro chefe, que se comunica com seu colaborador. A comunicação triangular é uma exigência nas organizações muito burocratizadas e hierarquizadas. 2.6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAIS Com o aumento de complexidade da tecnologia, desenvolveram-se os sistemas de informações gerenciais (SIG) contendo informações mais abrangentes em forma de banco de dados. O SIG tornou-se importante recurso empresarial, ajudando os gestores em processos decisórios. O nível mais avançado de informatização é o sistema de informação executivo (SIE). É uma ferramenta estratégica e proporciona aos executivos informações na forma resumida e integrada, adequadas para acompanhar e controlar as operações empresariais. O tratamento da informação na organização pode ser de duas formas. A primeira é valorizar a crescente capacidade técnica dos equipamentos high- tech (alta tecnologia). Armazenar e processar um volume de dados cada vez maior e mais rápido, possibilitando ao gestor ter uma visão completa e atualizada sobre os assuntos de interesse para a empresa, permitindo assim, a tomada de decisão em tempo real. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 20 A segunda forma tem a ênfase não na quantidade, mas no uso eficiente de informações em volumes relativamente pequenos. 2.7. E-BUSINESS O mundo dos negócios está em processo de transformação constante promovida pelos avanços da tecnologia da informação (TI). Uma empresa, que usa ao máximo o potencial da TI para modernização das suas operações, pode ser chamada E-business, ou negócio eletrônico. Este tipo de negócio se apóia no desenvolvimento de estratégias baseadas em uso amplo de redes de comunicação globais. A estrutura de E-business inclui os sistemas back-office como os aplicativos de planejamento dos recursos na empresa (ERP – Enterprise Resource Planning) e front-office como os aplicativos de gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM – Supply Chain Management) e de gerenciamento das relações com o cliente (CRM – Customer Relationship Management). 2.8. ENDOMARKETING Foi criado em 1975 por Saul Faingus Bekin. A idéia surgiu ao observar os problemas que sua empresa possuía: • Faltas e atrasos constantes. • Falta de motivação para trabalhar. • Pouca produtividade. • Baixa interação entre os diversos setores. • Visões discrepantes sobre as funções de cada um. Para resolvê-los, Bekin utilizou estratégias de marketing na comunicação interna, surge então o endomarketing. A implantação de um programa de endomarketing deve partir de três premissas básicas, segundo Pimenta (2004): 1. Clientes merecem um serviço excelente. 2. Colaboradores são um ativo valioso e devem ser tratados como tal. 3. Excelência de serviços aos clientes e de gerenciamento dos recursos humanos é bem mais que sorrisos e elogios informais; para conseguir excelência é necessário ter motivação. Para a escolha da estratégia a ser utilizada, o gestor deve levar em conta alguns pontos: • O público. • O tipo de mensagem, que depende do objetivo. • Objetivo que pode ser: integrar, melhorar a qualidade etc. • Ter bom senso para admitir que há problemas. • Reconhecer a importância do colaborador na solução de problemas. • Informar ao colaborador sobre tudo que acontece na empresa, observando a política de segurança das informações. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 21 • Avaliar constantemente o processo. • Enfrentar os conflitos e as resistências. • Demonstrar honestidade de propósitos. 2.9. INFORMÁTICA EMPRESARIAL Na medida em que o mundo se torna cada vez mais competitivo e sem fronteiras, possuir conhecimento torna-se a melhor arma para sobreviver e crescer. Na área empresarial, entendemos por TI os mecanismos que nos possibilitam conhecer nosso negócio, o comportamento dos mercados em que atuamos e até mesmo a análise de desempenho de nossos concorrentes, pela extração de informações a partir dos dados que a empresa possui: cadastros, registros, arquivos etc. Para a utilização da TI o gestor necessita conhecer alguns termos comumente utilizados nesta área: • Decision Support System (DSS) – Sistema de apoio a decisão (SAD). • Executive Information System (EIS) – Sistema de informações executivas (SIE). • Information System (IS) – Sistema de informação (SI). • Manegemente Information System (MIS) – Sistema de informações gerenciais (SIG). • Office Automation (AO) – Automação de escritórios (AE). 2.9.1. INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS De uma maneira objetiva, podemos definir integração de sistemas como sendo a capacidade de interagir dados existentes em sistemas de finalidades específicas. Esta integração é um grande desafio para os profissionais de TI. E é um desafio que possui dois componentes, um técnico e outro político. O primeiro refere-se à capacidade dos analistas e programadoresconseguirem extrair dados de ambientes e programas distintos e compartilhá- los entre outros programas. Outro problema refere-se ao planejamento e implantação de sistemas de informática e de informações, ou seja, a informatização da empresa. O segundo problema é o PDI, ou seja, planejamento diretor de informática, pois nele estarão definidas: as políticas de aquisição de equipamentos, os softwares utilizados, a política de treinamento e atualização profissional, o perfil profissional dos envolvidos e a necessidade de recursos materiais, humanos e financeiros. 2.9.2. DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA Um sistema de informação deve ser muito bem pensado antes que sua implementação e posterior implantação ocorram, de maneira a garantir que ele atenda às necessidades da organização de integração dos sistemas existentes e os que venham a ser implantados. Essa tarefa recebe o nome de análise de sistema, e é exercida pelo analista de sistemas. Uma vez proposto o sistema, ele deverá ser programado. Programar significa codificar os passos necessários ao desenvolvimento de uma solução Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 22 em um código que o computador entenda, ou que possa ser traduzido para um código de máquina. 2.9.3. REDES A partir do momento em que possuímos dois ou mais computadores interligados e compartilhando recursos, tais como unidades de disco rígido ou CD-ROM, impressoras, já estamos utilizando serviços de rede. A utilização de uma rede tem por finalidade principal a racionalização do uso dos recursos de informática. Embora o simples compartilhamento de arquivos já seja um excelente motivo para que seja instalada uma rede, é no trabalho colaborativo (groupware) que residem as demais vantagens. A idéia é a de que várias pessoas possam trabalhar em um mesmo projeto, gerenciadas por um programa, de maneira que os participantes possuam informações sempre atualizadas a respeito do andamento global do projeto, ao mesmo tempo em que interagem com ele. Redes também possibilitam a existência de sistemas de workflow, os quais destinam-se a garantir o fluxo de documentos de forma informatizada, evitando desperdícios, melhorando a produtividade e garantindo um perfeito gerenciamento das atividades. Quanto ao protocolo a utilizar na rede, a tendência de mercado é utilizar o TCP/IP. A utilização de tal conjunto de protocolos é necessária para garantir a conexão à Internet e para que possam ser utilizados recursos de uma intranet. Protocolos são regras de comunicação. TCP refere-se ao transporte de informações, enquanto que a parcela IP refere-se ao controle de endereçamento das mensagens. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 23 CAPÍTULO 3 EMPREENDEDORISMO O empreendedorismo, aos poucos, vem se afirmando como uma possibilidade de opção profissional. Atualmente, procura-se estimular o fomento e geração de novos empreendimentos e, mesmo que não se tenha um negócio próprio, o que se espera de quem trabalha nas organizações é que tenha espírito empreendedor e aja como se dono fosse. A estrutura de negócios no mundo vem se transformando. O perfil das empresas já não é mais o mesmo. O emprego, como troca de prestação de serviços por algum tipo de remuneração, está perdendo seu espaço para outras formas de parceria. Os mercados mudam cada vez mais rapidamente e para atender as suas necessidades, as empresas devem ser cada vez mais ágeis, no sentido de antecipar-se às mudanças e estar à frente da concorrência. Esta realidade aplica-se à segurança empresarial, pois o sistema de segurança tem que ser dinâmico, pois precisa se adaptar às necessidades das organizações. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 24 3.1. EMPREENDEDOR O termo empreendedor vem do francês entrepreneur, que significa aquele que assume riscos e começa algo novo. Segundo Bulgacov (1999), empreendedor é uma pessoa que cria novo negócio em face ao risco e incerteza, com o propósito de conseguir lucro e crescimento, mediante identificação de oportunidades de mercado e agrupamento dos recursos necessários para capitalizar sobre estas oportunidades. Gerber (1990) afirma que a personalidade empreendedora transforma a condição mais insignificante em uma excepcional oportunidade. O empreendedor é a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma idéia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente. Nesta definição, poderíamos incluir não apenas os fundadores de empresas, mas os membros da segunda ou terceira geração de empresas familiares e os gerentes-proprietários, que compram empresas já existentes de seus fundadores. O perfil do empreendedor envolve alguns pontos críticos, no sentido de viabilizar a continuidade do negócio. De acordo com Bulgacov (1999) o perfil típico seria: • Ter desejo por responsabilidade. • Trabalhar com riscos moderados. • Possuir confiança em sua habilidade para o sucesso. • Sentir desejo de contínuo feedback. • Apresentar elevado nível de energia. • Manter uma orientação futura. • Ter capacidade de organização no sentido de escolher as pessoas e os recursos certos. • Possuir visão do dinheiro como símbolo do sucesso e não um fim em si mesmo. Uma das características que permitem ao empreendedor ser bem- sucedido em seu negócio é sua capacidade de atribuir tarefas para as demais pessoas. Ele se torna não efetivo quando tenta fazer tudo sozinho. A capacidade de delegação é muito importante para o sucesso do empreendimento e vai contra a tendência natural do empreendedor em centralizar. Segundo Chiavenato (2008), o espírito empreendedor é identificado por três características básicas: 1. Necessidade de realização. 2. Disposição para assumir riscos. 3. Autoconfiança. Knight (1980) identificou vários fatores ambientais que encorajam ou impulsionam as pessoas a iniciar novos negócios e denominou estes empreendedores de refugiados. Os tipos de refugiados são: Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 25 • Estrangeiros – Pessoas que fogem das restrições políticas, religiosas ou econômicas de seus países de origem. Estas pessoas ao encontrar discriminações em outros países iniciam um novo negócio. • Corporativos – Pessoas que fogem do ambiente burocrático das grandes e médias empresas iniciando novos negócios. • Dos pais – Pessoas que abandonam a família para mostrar que podem fazer as coisas de maneira independente. • Do lar – Pessoas que começam o próprio negócio após o crescimento dos filhos ou quando se sentem livres das responsabilidades da casa. • Feministas – Mulheres que sentem discriminações em uma empresa e preferem iniciar um negócio. • Sociais – Pessoas que são alheias à cultura da empresa, que buscam uma atividade como empreendedores. • Educacionais – Pessoas que se sentem cansadas dos cursos acadêmicos e decidem iniciar um novo negócio. 3.2. CAUSAS DE INSUCESSO DOS PEQUENOS EMPREENDIMENTOS Zimmerer & Scarborough (1994) apresentam as principais causas para o insucesso de pequenos empreendimentos nos Estados Unidos: • Incompetência administrativa. • Falta de experiência. • Falta de controle financeiro. • Falta de capital. • Investimento elevado em ativos fixos. • Falhas no planejamento. • Localização inadequada. • Expansão não planejada. • Falta de controle de estoque. Segundo Dun & Bradstreet Corporation as causas mais comuns do insucesso dos negócios são: Fatores econômicos 65% Incompetência do empreendedor Falta de experiência de campo Falta de experiência gerencial Experiência desequilibrada Inexperiência 15% Lucros insuficientes Juros elevados Perda de mercado Mercado consumidor restrito Nenhuma viabilidade futura Vendas insuficientes 10% Fraca competitividade Recessão econômica Vendas insuficientesDificuldade de estoque Localização inadequada Despesas excessivas 8% Dívidas e cargas demasiadas Despesas operacionais elevadas Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 26 Outras causas 2% Negligência Capital insuficiente Clientes insatisfeitos Fraudes Ativos insuficientes Para evitar as causas do insucesso do novo negócio, o empreendedor deve tomar alguns cuidados, que segundo Bulgacov (1999) são: • Conhecer o negócio profundamente. • Preparar um plano de negócio. • Administrar adequadamente recursos financeiros. • Entender de aspectos financeiros. • Aprender a administrar pessoas. • Preocupar-se com a prevenção de perdas. 3.3. NEGÓCIO Segundo Chiavenato (2008), negócio é um esforço organizado de pessoas para produzir bens e serviços, a fim de vendê-los em um determinado mercado e alcançar recompensa pelo seu esforço. Estas pessoas são chamadas de stakeholders ou influenciadores. Eles podem estar fora e dentro do negócio. Os mais importantes são: • Acionista – Investidor ou proprietário do negócio. • Colaborador – Trabalha no negócio. • Cliente – Adquire os produtos e/ou serviços. • Fornecedor – Provedor das entradas. • Sociedade – Cria condições favoráveis ao negócio. As empresas se especializam na produção ou comercialização de determinados bens ou serviços. Em termos de produtos, as empresas podem se direcionar para o mercado de consumo (roupas, bebidas, automóveis, remédios, calçados etc) ou para o mercado de produção (máquinas, matérias- primas, componentes elétricos etc). O objetivo direto de um negócio é produzir e vender com lucro produtos e/ou serviços. Já os indiretos são: atender as necessidades da comunidade, criar oportunidades de emprego, preservação do meio ambiente, responsabilidade social etc. Tais bens ou serviços devem estar disponíveis em um mercado (físico ou virtual). A empresa pode comercializar diretamente com o consumidor final ou com os varejistas. Varejistas são empresas comerciais que compram dos produtores e vendem aos consumidores. Do ponto de vista do mercado, uma transação representa um intercâmbio de propriedade de bens. Nesse caso, a oferta e a procura combinam-se em uma transação de compra-venda a um determinado preço. Os tipos básicos de negócio são: industrial, comercial e prestação de serviço. As empresas industriais produzem bens de consumo (automóveis, roupas, livros etc) ou bens de produção (ferramentas, máquinas etc) e abrangem desde os pequenos artesanatos até as grandes fábricas. As Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 27 empresas comerciais vendem mercadorias ou produtos acabados diretamente ao consumidor (comércio varejista) ou compram do produtor e vendem ao varejista (comércio atacadista). As prestadoras de serviço oferecem trabalhos especializados, tais como: segurança e limpeza. Todo negócio envolve duas formas de capital: fundos de capital e bens de capital. O primeiro refere-se à moeda necessária para operar uma empresa, enquanto que o segundo refere-se aos equipamentos necessários para fazer e vender o produto e/ou serviço. Os negócios operam em um ambiente geral, que é composto de uma multiplicidade de variáveis que interagem entre si, tais como: econômicas, sociais, tecnológicas, culturais, demográficas e ecológicas. Todas as variáveis causam impactos em todas as empresas. Além do ambiente geral, cada empresa opera em um microambiente específico, do qual retira seus recursos e no qual coloca seus produtos e/ou serviços. Este microambiente é uma parte específica do ambiente geral e pode ser chamado de ambiente de tarefa. Neste ambiente estão: fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras. Quanto ao seu tamanho (porte), as empresas podem ser classificadas em grandes, médias e pequenas segundo os seguintes critérios: número de colaboradores, volume de vendas, valor de ativos, volume de depósitos etc. O Sebrae classifica o porte segundo o número de colaboradores, conforme a tabela abaixo. CLASSIFICAÇÃO INDUSTRIA COMÉRCIO E SERVIÇOS Pequena 20 a 99 10 a 49 Média 100 a 499 50 a 99 Grande 500 ou mais 100 ou mais As empresas apresentam um ciclo de vida. As grandes empresas e os grupos multinacionais começaram como pequenas empresas. O sucesso fez com que elas crescessem e se tornassem gigantescos negócios. As grandes corporações passaram por fases no seu ciclo de vida, tais como: ASPECTOS FASE 1 PIONEIRA FASE 2 EXPANSÃ O FASE 3 REGULAMENTAÇÃ O FASE 4 BUROCRATIZAÇÃ O FASE 5 REFLEXIBILIZAÇÃ O META PRINCIPAL Produção e vendas Eficiência das operações Expansão de mercado Consolidação da empresa Resolução de problemas e inovação ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO Informal Centralizad a e funcional Descentralizada e geográfica Quadro de pessoal e linhas de produtos Rede de equipes ESTILO DA ALTA ADMINISTRAÇÃ O Individualist a e empresarial Diretivo Delegativo Observador, monitorador Participante SISTEMAS DE CONTROLE Resultados do mercado Modelos e centros de preço Centro de lucro Planos e centros de investimentos Metas múltiplas dirigidas REMUNERAÇÃO DA GERÊNCIA Posse e propriedade Salários e gratificaçõe s aumentado s Bônus individuais Participação nos lucros e opção de ações Bônus de equipe Fonte: GRENER, Larry E. Havard Business Review. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 28 Todo negócio precisa ser muito bem definido para ter um foco preciso. Este, por sua vez, permite a concentração das forças sobre um único ponto. Para ter foco é necessário conhecer o negócio, e para tal é necessário responder às seguintes perguntas: • O que produzir? • Como produzir? • Onde produzir? • Quais produtos e/ou serviços? • Para quem? • Em que quantidade? • Por qual preço? • Com quais características únicas? • Com quais vantagens competitivas? • Quais riscos? • Qual a necessidade de segurança? 3.3.1. MERCADO É o local (físico ou virtual) em que as pessoas vendem e compram bens e/ou serviços. A palavra mercado pode ainda ser utilizada para definir um tipo específico de consumidor ou de fornecedor. Na verdade, o mercado representa um conjunto de transações em que há oferta (venda de bens e/ou serviços) e procura (compra de bens e/ou serviços). Nem sempre a oferta e a procura são equilibradas. Quanto existe o desequilíbrio podemos ter um mercado de oferta (oferta maior que a procura) ou um mercado de procura (procura maior que a oferta). O estudo do mercado (pesquisa de mercado) é o levantamento dos fenômenos que ocorrem no processo de trocas do produtor ao consumidor. Para comprar, a empresa necessita fazer uma pesquisa de mercado de fornecedores a fim de conhecê-los melhor e escolher os mais adequados em virtude de preço, qualidade e condições de pagamento. Para vender, a empresa precisa fazer uma pesquisa de mercado de consumidores, a fim de saber onde estão localizados, onde e como compram, suas referências quanto ao preço ou características do produto e/ou serviços, escolher os meios mais adequados para levar os produtos e/ou serviços até eles. 3.3.2. VIABILIDADE FINANCEIRA Busca saber a partir de que volume de atividade econômica a empresa se torna viável e lucrativa. Para definir o volume é necessário buscar respostas para as seguintes perguntas: • Quanto se pode vender? • Quanto se pode comprar? • Qual o capital inicial a ser investido? • Quais e quantas máquinas e equipamentos serão necessários? • Quantas pessoas serão necessárias? Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 29 • Qual o espaço físico necessário? A primeira fase do estudo de viabilidade econômica é a definição dos custos fixos e variáveis. Os custos fixos (aluguel, seguro, depreciação, salários etc) independem do volume de produção. Os custos variáveis estão diretamente relacionadoscom o volume de produção. A partir dos custos fixos e variáveis, pode-se calcular o ponto de equilíbrio ou ponto de paridade. Podemos definir ponto de equilíbrio como o valor e/ou quantidade vendida que não apresenta nem lucro nem prejuízo para a empresa. A partir do ponto de equilíbrio pode-se definir qual é o volume de receita mínimo que a empresa deve produzir para ultrapassar os seus custos. 3.3.3. RISCOS O risco do negócio é sempre uma possibilidade de perda. Existem dois tipos de risco: econômico (inerente ao negócio) e financeiro (ocorre quando não se obtém a remuneração do investimento). Quando o risco econômico é elevado, deve-se procurar reduzir o risco financeiro, evitando alto endividamento e baixando a proporção de capital de terceiros. O desafio é buscar uma conciliação entre o risco e o retorno financeiro de uma empresa. O retorno (rentabilidade) é medido pelas receitas menos os custos incorridos. O risco é medido pela probabilidade de a empresa tornar-se insolvente, ou seja, tornar-se incapaz de pagar suas contas e dívidas nos vencimentos. O retorno financeiro é o lucro. O lucro é sempre uma possibilidade de ganho. Aumentar o lucro e diminuir os custos são as duas grandes preocupações. Ao lado dos riscos, devemos também levar em conta as potencialidades do negócio. O potencial do negócio representa o grau em que o negócio pode dar certo. Chiavenato (2008) apresenta a seguinte tabela de potencialidades e riscos: RISCOS POTENCIALIDADES Concorrentes Oportunidades de mercado Dificuldade de fornecimento Facilidade de fornecimento Retração do mercado consumidor Expansão do mercado consumidor Perfil inadequado do produto e/ou serviço Perfil excelente do produto e/ou serviço 3.3.4. ALTERNATIVAS JURÍDICAS Para desenvolver suas atividades a empresa precisa ser legalmente estabelecida e constituída. A legislação distingue a pessoa física da pessoa jurídica. A pessoa física é o indivíduo com seus direitos e obrigações perante o Estado. Pessoa jurídica é a associação de duas ou mais pessoas, com seus direitos e obrigações próprios. Toda empresa funciona como uma pessoa jurídica. Do ponto de vista jurídico, as sociedades empresariais podem ser classificadas em duas formas básicas: empresário e sociedade empresária. A Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 30 primeira forma possui apenas um proprietário e a segunda é decorrência da associação de duas ou mais pessoas. O empresário exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada para a produção de bens e/ou serviços. Trata-se, normalmente, de pequena empresa. O novo Código Civil define duas espécies de sociedade: sociedade simples e sociedade empresária. A sociedade simples é constituída por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica e a partilha entre si dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de empresário. Apresenta as seguintes características: • Integralização – Os sócios podem integralizar o capital social. • Capital social – É expresso em moeda corrente ou outra espécie de bens suscetíveis à avaliação pecuniária. • Registro da empresa – Em cartório de pessoas jurídicas. • Exclusão de sócio – Impossibilidade de excluir sócio na participação dos lucros ou perdas. • Retirada de sócio – Com aviso prévio de sessenta dias (contrato por prazo indeterminado) ou judicialmente (contrato por prazo determinado). Segundo Chiavenato (2008), as principais formas de sociedades empresárias são: • Sociedade em nome coletivo – Os sócios são responsáveis solidariamente pelos direitos e obrigações, sem qualquer limite de valor. • Sociedade em comandita simples – O capital social é formado pelas contribuições de duas classes de sócios: comanditários e comanditados. • Sociedade em comandita por ações – Assemelha-se à anterior, com a diferença de que o capital é dividido em ações. • Sociedade limitada (Ltda) – A responsabilidade diante dos direitos e das obrigações da empresa é limitada ao valor do capital registrado em seu contrato social. • Sociedade anônima (SA) – É a sociedade por ações. O capital é dividido em ações e cada sócio ou acionista responde somente pelo preço de emissão das ações que adquiriu. Além das formas jurídicas apontadas, existem outras alternativas de associação com pessoas ou organizações, tais como: • Cooperativa – Voltada exclusivamente para suprir as necessidades e os interesses dos associados. O capital é formado por quotas-partes e varia conforme aumenta ou diminui o número de associados, não podendo ser transferido a terceiros. • Franquia (Franchising) – Licenciamento do uso de marcas. Constitui a transferência para um segundo empresário de toda a história de sucesso de determinada marca. Franqueador é quem concede e vende a franquia. Franqueado é quem adquire a franquia. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 31 • Parceria – É possível dividir tarefas sem que exista concorrência entre as partes envolvidas. • Joint Ventures – Associação de empresas locais e estrangeiras que passam a compartilhar o capital, os riscos, as decisões sobre os empreendimentos que irão realizar em conjunto. • Terceirização – Ocorre quando uma empresa decide transferir para outra a produção de bens e/ou serviços que anteriormente realizava com seus próprios recursos. • Associações – Entidade de direito privado dotada de personalidade jurídica que se caracteriza pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos comuns, sem finalidade econômica. • Fundações – Para criar uma fundação, o instituidor deverá fazer, por escritura pública ou testamento, a dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina. 3.4. PLANO DE NEGÓCIO Segundo Chiavenato (2008), o plano de negócios (business plan) descreve o empreendimento e projeta os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros para os próximos três ou cinco anos. O Sebrae apresenta o seguinte roteiro esquematizado para o projeto do negócio: • Ramo de atividade. • Mercado consumidor. • Mercado fornecedor. • Mercado concorrente. • Produtos e/ou serviços a serem ofertados. • Localização. • Processo operacional. • Previsão de produção, previsão de vendas ou previsão de serviços. • Análise financeira. O plano deve trazer a descrição do setor, a natureza jurídica do negócio, a estrutura organizacional, os relatórios financeiros simulados, um plano estratégico e um plano operacional. As partes de um plano de negócios são: • Sumário executivo. • Análise completa e detalhada do setor. • Natureza jurídica e estrutura organizacional da empresa. • Simulação de relatórios financeiros. • Plano estratégico. • Plano operacional. • Apêndices. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 32 Sumário executivo É um texto composto de poucos parágrafos. De início deve-se abordar a natureza do negócio e os aspectos mais importantes do empreendimento, incluindo missão e visão. Em seguida deve-se abordar as necessidades que a empresa vai atender no mercado, ressaltando a responsabilidade social. É importante que neste momento façamos um resumo das características do mercado em que a empresa vai operar, mostrando como o mercado está se comportando em relação ao produto e/ou serviço a ser oferecido. Além de um breve relatório sobre os sócios e os recursos financeiros necessários. Análise completa e detalhada do setor Nesta etapa devemos apresentar as principais características do setor, incluindo as variáveis econômicas, sociais, demográficas e políticas que influenciam o mercado. É importante também deixar claro quais são as oportunidades encontradas no mercado e os fornecedores de entradas. Natureza jurídica e estrutura organizacional da empresaNesta terceira etapa é apresentado o currículo dos sócios contendo a formação e as competências de cada um e a quantidade, perfil profissional e técnico dos colaboradores. Simulação de relatórios financeiros Deve conter: balanço de abertura da empresa, previsão de receitas, fluxo de caixa e balanço para o período coberto pelo planejamento. O balanço de abertura deve relacionar os bens patrimoniais e os compromissos financeiros da empresa no início de suas operações, bem como o ativo e passivo, os bens nos quais os recursos foram alocados. Se a empresa já estiver em atividade, o balanço deve refletir a situação do empreendimento no início do período abrangido pelo plano. Plano estratégico De acordo com Chiavenato (2008), nesta etapa devemos nos preocupar com os seguintes pontos: • Definição da missão e da visão. • Definição do negócio. • Estabelecimento dos objetivos específicos. • Definição da estratégia. • Declaração de premissas do planejamento. • Estabelecimento dos objetivos estratégicos de longo prazo. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 33 Plano operacional Nesta sexta etapa devemos, segundo Chiavenato (2008), ter as seguintes preocupações: • Previsão de vendas. • Planejamento da produção. • Orçamento de despesas gerais. • Previsão do lucro operacional. • Previsão do fluxo de caixa e balancete. • Balanço patrimonial simulado. • Previsão de índices operacionais e financeiros. Apêndices Nesta última fase devemos fazer referência aos contatos pertinentes e às informações técnicas necessárias. 3.4.1. OBJETIVOS E ESTRATÉGIA Todo objetivo deve ser formulado de maneira abrangente para estimular a criatividade e, ao mesmo tempo, de maneira restrita para oferecer uma direção ao negócio. Na prática, toda empresa tem vários objetivos, tais como: financeiros, comerciais, administrativos, sociais etc. Muitas empresas definem hierarquias de objetivos de acordo com suas prioridades e importâncias relativas. Normalmente, as organizações definem três tipos de objetivo: 1. Globais – São os mais importantes. Recebem este nome porque envolvem toda a empresa e são de longo prazo (três a cinco anos). 2. Táticos – Objetivos de cada departamento. São de médio prazo (um ano). 3. Operacionais – Objetivos de cada tarefa. Já a estratégia é o meio para transformar os objetivos em realidade. A formulação da estratégia é feita por meio de várias análises: • Definição da missão, visão, valores e objetivos globais. • Ambiente interno. • Ambiente externo. • Compatibilização dos ambientes. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 34 CAPÍTULO 4 GESTÃO DE MARKETING Atualmente, empresas que não estão em contato direto com seus mercados consumidores e fornecedores têm enfrentado sérios problemas com seus resultados. Muitos destes problemas poderiam ser evitados se estas empresas estivessem preocupadas com o seu ambiente externo. Uma das melhores ferramentas para análise deste ambiente é o marketing. Quando falamos em marketing, não estamos apenas citando os elementos de um programa de ação de marketing, ou seja, os quatro Ps (produção, preço, ponto de distribuição e promoção). Estamos considerando todo um instrumental que precede a especificação destes, como a análise dos mercados consumidores, análise da concorrência, análise do ambiente de tarefa e a análise de opções estratégicas para se chegar aos objetivos fixados. 4.1. DEFINIÇÃO Alguns autores propõem um conceito tridimensional, sendo elas: dimensão funcional, dimensão administrativa e dimensão filosófica. Com base na primeira dimensão, poderíamos dizer que o marketing é uma das funções desenvolvidas pela empresa que visa atender simultaneamente aos desejos e necessidades dos consumidores e aos objetivos econômicos da empresa através da oferta de um produto ou serviço. Do ponto de vista da segunda dimensão, o marketing consiste na análise, planejamento, implementação e controle de programas destinados a realizar as trocas com os mercados-alvo, de modo a atingir as metas da empresa. Quanto à terceira dimensão, o marketing é uma atitude, um modo de pensar, uma filosofia. Existem várias filosofias que podem guiar o marketing. Segundo Sobrinho (1999) elas são baseadas em: Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 35 • Conceito de produção – A premissa é de que o consumidor quer um produto ao menor preço possível. • Conceito de produto – A empresa oferece ao consumidor diversas opções de um mesmo produto, dentro da visão dela. • Conceito de vendas – Além de diversas opções do produto, a empresa deve ter uma força de vendas bastante agressiva e competente. • Conceito de marketing – A base é a satisfação do consumidor. 4.2. ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING O setor de marketing deve estar subordinado ao planejamento geral da empresa. Assim, o que define a lucratividade e as grandes linhas estratégicas do marketing é o planejamento estratégico geral da organização. O processo mercadológico consiste em utilizar sistematicamente algumas ferramentas, sendo elas: • Analisar as oportunidades de marketing. • Selecionar mercados-alvo. • Desenvolver o mix de marketing. • Gerenciar o esforço de marketing. 4.2.1. ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES DE MARKETING Visa desenvolver conceitos gerais a respeito da análise das oportunidades que o mercado possui. Esta análise é importante para servir de subsídio para o desenvolvimento de uma estratégia mercadológica. Devemos entender que qualquer empresa nunca está sozinha no mercado. Mesmo que ela tenha um monopólio, sempre estará influenciada por seus fornecedores, por seus consumidores e por um emaranhado de forças externas, que são variáveis e não controláveis pela organização. Em um plano mais amplo, sempre teremos de considerar variáveis com: quadro econômico nacional e internacional, ambiente físico, ambiente tecnológico, ambiente demográfico, ambiente sociocultural da população e ambiente político-legal. Já no plano mais próximo da empresa, teremos que nos preocupar: concorrentes, fornecedores, intermediários e clientes. É fundamental a análise dos concorrentes. O primeiro passo é a identificação deles. A seguir devemos prospectar quais são seus objetivos e estratégias. Posteriormente precisamos conhecer seus pontos fortes e fracos, pois iremos encontrar vulnerabilidades que poderão ser exploradas e potencialidades contra as quais devemos nos precaver. Os fornecedores têm grande influência sobre o sucesso da empresa, pois mediante seus insumos a empresa pode realizar a transformação e disponibilizar ao mercado seus próprios produtos ou serviços. Em relação aos intermediários, ou seja, aqueles que adquirem produtos da empresa para revenderem aos consumidores finais, devemos ter um ótimo relacionamento, pois eles levam consigo a nossa marca e afetam a imagem organizacional. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 36 O último elemento, e sem dúvida o mais importante, são os clientes. São eles que consomem os produtos e/ou serviços da empresa. Isso quer dizer que se eles deixarem de comprar, todo o resto deixará de ter sentido. 4.2.2. SELEÇÃO DE MARCADOS-ALVO A composição central da estratégia de marketing é o SAP, ou seja, segmentação, alvo e posicionamento. A segmentação visa identificar as variáveis de segmentação e segmentar o mercado. O segundo componente visa avaliar a atratividade de cada segmento e selecionar o segmento alvo. Já o último, busca identificar os possíveis conceitos de posicionamento para cada segmento-alvo e selecionar, desenvolver e assinalar o conceito de posicionamento escolhido. 4.2.3. MIX DE MARKETING Para satisfazer seus clientes, uma empresa deve levar ao mercado a solução mais adequada. Isto quer dizer que devem ser desenvolvidos produtos e/ou serviços, a umcerto preço, por meio de canais de distribuição adequados e os consumidores devem ser informados e persuadidos a adquirir da empresa e não de seus concorrentes. Portanto, é nesta etapa que se definem os 4 Ps (produto, preço, ponto de venda e promoção), ou seja, especifica-se o mix de marketing para os segmentos selecionados. 4.2.4. GERENCIAR O ESFORÇO DE MARKETING É a coordenação e controle do esforço de marketing junto aos diversos mercados. É onde ocorre a implementação do plano e se concentra a maior parte do tempo do administrador de marketing. 4.3. ESTRATÉGIAS DE MARKETING 4.3.1. ESTRATÉGIAS DE DIFERENCIAÇÃO E DE POSICIONAMENTO Quando fazemos as análises de segmentação de mercado, e selecionamos alguns segmentos, estamos verificando em que campos a empresa vai operar. É de se esperar que nestes mesmos campos existam outras empresas atuando. Este contexto nos exige um posicionamento dentro destes segmentos, frente aos nossos concorrentes. Para podermos nos diferenciar, devemos saber o que nosso cliente potencial valoriza em um produto e/ou serviço, ou seja, é preciso fazer uma análise de valor. Através desta análise, iremos perceber que o valor total entregue ao cliente depende do composto de produtos e serviços, do atendimento dispensado pelos colaboradores da empresa e pela imagem que esta tem no mercado. Não devemos esquecer que o cliente arca com diversos custos para adquirir os produtos e/ou serviços, sendo eles: custo do preço, custo do esforço de aquisição e custo psíquico associado a não aceitação social ou à rejeição de seus grupos de referência. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 37 Segundo Sobrinho (1999), diferenciação é o ato de projetar um conjunto de diferenças significativas para distinguir uma oferta da empresa das ofertas dos concorrentes. Algumas formas de diferenciação são: • Diferenciação do produto – Características, desempenho, adequação, durabilidade, design etc. • Diferenciação de serviços – Entrega, instalação, assistência técnica etc. • Diferenciação por meio dos colaboradores – Competência, cortesia, credibilidade etc. • Diferenciação por meio da imagem – Símbolos, mídias, atmosfera e eventos. Sobrinho (1999) também define posicionamento como o ato de projetar a oferta da empresa de forma que ela ocupe um lugar distinto e valorizado nas mentes dos clientes-alvo. O posicionamento deve ser selecionado através dos seguintes critérios: • Importância junto aos clientes-alvo. • Distintividade perante a oferta da concorrência. • Superioridade às outras soluções encontradas no mercado. • Comunicabilidade junto aos clientes-alvo. • Antecipação à necessidade dos clientes-alvo. • Disponibilidade dos produtos e/ou serviços aos clientes-alvo. • Rentabilidade para a empresa. 4.3.2. ESTRATÉGIAS AO LONGO DO CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS Um produto ou serviço sofre diversas alterações, tendo em vista que o mercado evolui e as condições competitivas se modificam. Assim, se quisermos introduzir um produto, as estratégias serão bastante diferentes daquelas de quando tivermos um produto já estabelecido no mercado. O ciclo de vida do produto (CVP) é importante no marketing em virtude de orientar a dinâmica competitiva de um produto. Este conceito vem da evolução da demanda por um dado produto e da evolução da tecnologia agregada a este produto. O ciclo de vida é uma tentativa de reconhecer os estágios distintos na história das vendas de um produto. Estes estágios são: • Introdução. • Crescimento. • Maturidade. • Declínio. As implicações nas decisões de marketing ao londo do CVP podem ser observadas na seguinte tabela: Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 38 CARACTERÍSTICAS INTRODUÇÃO CRESCIMENTO MATURIDADE DECLÍNIO Vendas Baixa Rápido crescimento Atinge apogeu Em queda Custos Alto Médio Baixo Baixo Lucro Negativo Crescente Elevado Em queda Consumidores Inovadores Adotantes imediatos Adotantes posteriores Retardatários Concorrentes Poucos Crescente Número estável que começa a cair Número em queda Objetivo de marketing Criar consciência do produto Maximizar a participação de mercado Maximizar lucro e ao mesmo tempo defender a participação de mercado Reduzir gastos e tirar mesmo proveito da marca 4.4. COMPOSTO DE MARKETING Segundo Kotler, produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para sua apreciação, aquisição, uso ou consumo e que pode satisfazer um desejo ou uma necessidade. Neste conceito estão incluídos objetos físicos, serviços, lugares, organizações e idéias. Ao se definir as características de um produto, devemos considerar seus três níveis de análise, ou seja, produto núcleo, produto tangível e produto ampliado. O primeiro é o benefício essencial oferecido ou procurado pelo cliente (ex.: sistema de segurança – sensação de segurança). Produto tangível é o objeto físico ou serviço oferecido ao mercado. É o que se reconhece como oferta (câmeras, sensores, crachás etc). Já o produto ampliado é a totalidade dos benefícios que o cliente recebe ou experimenta na obtenção de um produto tangível. A marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho ou, ainda, uma combinação desses elementos que pretende identificar os bens e serviços de um vendedor e diferenciá-lo dos concorrentes. Entre as qualidades desejáveis para um nome de marca, temos: • Sugerir algo sobre os benefícios do produto (ex.: Kibon, Duratex, Bom- Brill). • Sugerir qualidades do produto (ex.: Bosch, Metal-Leve). • Ser fácil de pronunciar, reconhecer e lembrar (ex.: LG, Sony). • Ser distinto e inconfundível (ex.: Kodak). Outro ponto importante e que passou por vários avanços é a embalagem. Atualmente, uma boa embalagem deve atender a conveniência do cliente e não apenas servir para proteger o produto. Essa mudança de enfoque foi influenciada por: • Auto-serviço. • Anuência dos clientes. • Imagem da empresa e da marca. • Oportunidade de inovação. Ebook Gerenciamento Estratégico de Segurança Empresarial 39 Em virtude dessas mudanças, poderíamos definir embalagem como as atividades de design e produção de um recipiente ou invólucro. Os rótulos de embalagens devem conter as informações sobre sua composição e quantidade, assim como ressaltar a marca e os principais benefícios que trará para o cliente. Já o design do produto pode ser o maior diferencial em relação à concorrência, podendo ainda torná-lo de uso mais fácil, de melhor qualidade ou durabilidade e diminuir os custos de fabricação. Por meio da garantia, dá-se ao cliente a segurança de que o produto atenderá às necessidades e que, em caso de falha, sofrerá o reparo necessário. 4.4.1. COMPOSTO DE PREÇO A decisão de estabelecer o preço de lançamento de um produto no mercado é muito importante, pois nela estão envolvidos os custos de fabricação e a margem de lucro desejada, os preços dos concorrentes e a reação dos clientes ao preço que se pretende determinar. É fácil perceber que a prevenção de perdas, ou seja, o sistema preventivo de segurança empresarial, poderá interferir no preço, dando à empresa um melhor posicionamento no mercado. As etapas do estabelecimento de preço são: • Selecionar o objetivo de preço, ou seja, sobrevivência, maximização das vendas, penetração de mercado, retorno do investimento ou liderança de qualidade. • Determinar a demanda, ou seja, conhecer sua elasticidade, existência de substitutos, exclusividade. • Estimar os custos da empresa para avaliar as potencialidades da precificação a ser adotada. • Analisar os preços e ofertas dos concorrentes. • Selecionar um método de estabelecimento de preço. Neste item é importante a análise do setor de gerenciamento de riscos corporativos. • Escolher o preço final. Muitas vezes durante a vida de um produto já lançado é necessário efetuar adequações de preço para
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