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WBA0330_v1.0 Gestão de Custos em Manutenção Medidas Gerais e Desenvolvimento da Manutenção Bloco 1 Yane Lobo Objetivos • Apresentar a importância e a evolução da manutenção. • Apresentar os tipos de manutenção. • Apresentar as medidas de desempenho da área de manutenção. Benefícios da manutenção para operação • Melhoria da confiabilidade. • Melhoria na segurança. • Melhoria na qualidade. • Redução dos custos de operações. Evolução da manutenção Primeira Geração • Indústrias pouco mecanizadas. • Manutenção corretiva. Segunda Geração • Aumento da mecanização. • Indústrias mais complexas. • Manutenção preventiva. Terceira Geração • Necessidade de alta disponibilização. • Monitoramento em tempo real. • Indústrias automatizadas. Tipos de manutenção Corretiva Preventiva Preditiva •Falha do equipamento. •Manutenção não programada. •Redução da chance de falhas. •Aumento da vida útil do equipamento. •Manutenção programada. •Monitoramento dos parâmetros dos equipamentos. •Realizada no momento certo. Pilares do TPM Manutenção Produtiva Total (TPM) Saúde e Segurança. Educação e Formação. Manutenção Autônoma. Manutenção Programada. Manutenção da Qualidade. Melhorias Específicas. Sistema de Suporte. Gestão da Fase Inicial. Cálculo OEE Disponib ilidade Performa nce Qualidad e OEE Indicadores de manutenção Tempo médio entre falhas Indicador de confiabilidade MTBF Tempo médio para reparo Indicador de eficiência MTTR Influência do MTBF e MTTR no OEE Maior Menos disponibilida de MTTR Menor Mais rápido a máquina passa por manutenção MTBF Menos falhas do equipamento Conserto mais rápido Maior disponibi lidade Medidas Gerais e Desenvolvimento da Manutenção Bloco 2 Yane Lobo Exemplo de indicadores – OEE Tempo total O EE = D is p o n ib ili d ad e x P er fo rm an ce x Q u al id ad e D is p o n ib ili d ad e = B /A A Tempo programado Horário não planejad o Horário não alocado B Tempo produzindo Perda de disponibilida de Horário de não responsa bilidade da equipe de produçã o Horário em que a empresa está com as portas fechadas P er fo rm an c e = D /C C Produção teórica Perdas totais D Produção real Perda de performance Q u al id ad e = F/ E E Boas + Ruins F Boas Perda de qualidade Exemplo de indicadores – manutenção MTBF e MTTR influenciam diretamente a disponibilidade e o OEE. MTBF (Mean Time Between Failures) – Tempo médio entre falhas. Indicador de confiabilidade. 𝑀𝑇𝐵𝐹 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 − 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 MTTR (Mean Time To Repair) – Tempo médio para reparo. Indicador de eficiência. 𝑀𝑇𝑇𝑅 = (𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜) 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 Exemplo de indicadores Veja o exemplo: Um equipamento trabalha em 3 turnos de 8 horas, e a cada turno aconteceu uma parada. No primeiro turno, a parada foi de 1 hora; no segundo turno, a parada foi de 2 horas; e no terceiro turno, de 30 minutos. Vamos calcular o MTBF: 𝑀𝑇𝐵𝐹 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 − 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 Tempo disponível = 3 x 8 x 60 = 1.440 minutos. Total de tempo parado = 1 x 60 + 2 x 60 + 30 = 210 minutos. Total de paradas = 3. MTBF = 410 minutos. Exemplo de indicadores Veja o exemplo: Um equipamento trabalha em 3 turnos de 8 horas, e a cada turno aconteceu uma parada. No primeiro turno, a parada foi de 1 hora; no segundo turno, a parada foi de 2 horas; e no terceiro turno, de 30 minutos. Vamos calcular o MTTR: 𝑀𝑇𝑇𝑅 = (𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜) 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 Total de tempo parado = 1 x 60 + 2 x 60 + 30 = 210 minutos. Total de paradas = 3. MTBF = 70 minutos. Medidas Gerais e Desenvolvimento da Manutenção Bloco 3 Yane Lobo TPM TPM – Manutenção Produtiva Total (TPM – Total Productive Maintenance) Os objetivos da TPM são: • Eliminação de grandes perdas. • Analisar as instalações, verificando as perdas no processo. • Realizar manutenção autônoma. • Planejar a manutenção. TPM – pilares 1. Manutenção autônoma: Objetivo principal é a capacitação dos operadores para que eles estejam aptos a garantir produtividade. Passos a seguir: • Limpeza inicial. • Eliminação das fontes de sujeira. • Elaboração de normas provisórias de limpeza, inspeção e lubrificação. • Inspeção geral. • Inspeção autônoma. • Padronização. • Gerenciamento autônomo. TPM – pilares 2. Manutenção programada: Planejamento para desenvolver mantenedores, a fim de que possam estabelecer um sistema de manutenção efetivo junto como os operadores. Isso possibilitará eliminar as perdas relativas às falhas e aos retrabalhos. Passos a seguir: • Análise da diferença entre condições básicas e condição atual. • Melhoria dos métodos de manutenção atuais. • Preparação dos padrões de manutenção. • Medidas para estender a vida útil e controlar as inconveniências. • Melhoria da eficiência da inspeção e diagnóstico • Diagnóstico geral dos equipamentos. • Uso do equipamento até o seu limite. TPM – pilares 3. Melhorias específicas: O objetivo desse pilar é eliminar as perdas existentes no sistema produtivo e, com isso, melhorar a eficiência da produção. TPM – pilares 4. Educação e formação: Ter um sistema de capacitação para todos os operadores, para que eles possam desempenhar a manutenção autônoma. Passos a seguir: • Determinação do perfil ideal dos operadores. • Avaliação da situação atual e determinação dos desvios existentes. • Elaboração do plano de educação e formação para os operadores. • Implantação do plano de educação e formação. • Estabelecimento de um sistema de avaliação do aprendizado. • Criação de um ambiente de autodesenvolvimento. • Avaliação das atividades e estudo de métodos para atividades futuras. TPM – pilares 5. Gestão da fase inicial: O objetivo aqui é entender o projeto da máquina e equipamentos para facilitar a manutenção. Passos a seguir: • Análise da situação atual. • Estabelecimento do sistema de gerenciamento da fase inicial. • Aprimoramento e treinamento sobre o novo sistema estabelecido. • Aplicação efetiva do novo sistema de gerenciamento da fase inicial. TPM – pilares 6. Manutenção da qualidade: • Procura reduzir os defeitos que ocorrem naturalmente. • Defeitos de máquinas e equipamentos: • Perda por quebra. • Perda por demora na troca de ferramenta e regulagem. • Perda por operação em vazio (espera). • Perda por redução da velocidade em relação ao padrão normal. • Perdas por defeitos de produção. • Perdas por queda de rendimento. TPM – pilares 6. Manutenção da qualidade: • Estabelece um programa de zero defeito. • Equacionamento de medidas e soluções para atingir o zero defeito. • Zero defeito somente durante o tempo em que a máquina foi projetada para operar. • Medidas para programa de zero defeito. • Estruturação das condições básicas. • Obediência às condições de uso. • Regeneração do envelhecimento. • Sanar as falhas do projeto. • Incrementar a capacitação técnica. TPM – pilares 7. Segurança, saúde e meio ambiente: Responsável pelo estabelecimento de gestão que forneça a oportunidade de atingir zero acidente, zero danos ambientais e zero doenças ocupacionais. Passos a seguir: • Identificação de perigos, aspectos, impactos e riscos. • Eliminação de perigos e aspectos. • Estabelecimento do sistema de controle de impactos e riscos. • Treinamento em segurança, saúde e meio ambiente. • Inspeção de segurança. • Padronização. • Gestão autônoma. TPM – pilares 8. Sistema de suporte: • Os times de suporte atuam de forma integrada ao TPM. • Também ajuda nas reduções dos desperdícios e nas melhorias. Teoria em Prática Bloco 4 Yane Lobo Reflita sobre a seguinte situação Vamos praticaro cálculo do OEE. Uma empresa deseja melhorar eficiência e fará um estudo de um equipamento específico. Este equipamento trabalha em dois turnos de 8 horas. Durante o primeiro turno este equipamento teve um setup que durou 40 minutos e, também, teve uma parada para inspeção de 10 minutos. No restante do tempo, este equipamento produziu um produto que o tempo de ciclo é de 8 segundos. No final do primeiro turno, ele contabilizou 3.000 peças produzidas, sendo que 10 tiveram que ser descartadas por problemas de qualidade. No segundo turno, ocorreu um setup que durou 45 minutos e uma parada para inspeção de 5 minutos. A produção foi 10% menor que a do primeiro turno, sem peças descartadas. Vamos calcular o OEE deste equipamento? Norte para a resolução... • Vamos começar separando os dados. • Tempo total disponível = 2 turnos de 8 horas = 16 horas. • Tempo do equipamento parado = 100 minutos. • Primeiro turno = 40 minutos (setup) + 10 minutos (inspeção) = 50 minutos. • Segundo turno = 45 minutos (setup) + 5 minutos (inspeção) = 50 minutos. • Quantidade produzida = 5.700 unidades. • Primeiro turno = 3.000 unidades. • Segundo turno = 3.000 – 300 = 2.700 unidades. • Tempo de ciclo = 8 segundos. Norte para a resolução... • Disponibilidade: • Disponibilidade = (tempo produzindo/tempo disponível) x 100. • Tempo produzindo = 16 horas – 100 minutos = 960 minutos – 100 minutos = 860 minutos. • Disponibilidade = 860/960 = 89,6%. Norte para a resolução... • Performance: • Performance = (Produção Real/ Produção Teórica) x 100. • Produção Real = 5.700 unidades. • Produção Teórica = Tempo produzindo/Tempo de ciclo = 51.600 segundos (860 min.)/8 segundos = 6.450 unidades. • Performance = 5.700/6.450 = 88,4%. Norte para a resolução... • Qualidade: • Qualidade = (Peças boas/ Produção Real) x 100. • Produção Real = 5.700 unidades. • Peças boas= 5.700 – 10 = 5.690 unidades. • Performance = 5.690/5.700 = 99,8%. Norte para a resolução... • OEE = Disponibilidade x Performance x Qualidade = 89,6% x 88,4% x 99,8% . • OEE = 79,0%. Dica do Professor Bloco 5 Yane Lobo Dica da professora Procure pela referência a seguir na internet e leia o artigo de Mendes e Ribeiro. MENDES, A. A.; RIBEIRO, J. L. D. Estabelecimento de um plano de manutenção baseado em análises quantitativas no contexto da MCC em um cenário de produção JIT. Production,[S. l.], v. 24, n. 3, p. 675-686, 2014. Referências BORLIDO, D. J. A. Indústria 4.0 - Aplicação a Sistemas de Manutenção. 2017. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto (Portugal), 2017. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/102740/2/181981.pdf. Acesso em: 16 set. 2020. FERNANDES, C. M. G. Aplicação de técnicas de manutenção preditiva aos equipamentos de uma central hidroeléctrica. Tese (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Escola de Engenharia, Universidade do Minho, Praga (Portugal), 2013. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/26535/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_CesarFernandes_20 13.pdf. Acesso em: 16 set. 2020. SELEME, R. Manutenção industrial, mantendo da fábrica funcionando. Curitiba: Intersaberes, 2015. SILVA, N. F. V. Análise do planejamento da manutenção preventiva sistemática em um Laboratório Farmacêutico Oficial. 2019. 85 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica) - Instituto de Tecnologia em Fármacos/ Farmanguinhos, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34896. Acesso em: 16 set. 2020. SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2009. Bons estudos!
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