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ENFERMAGEM NO PRÉ OPERATÓRIO 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 2 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO ...................................................... 7 HUMANIZANDO O PREPARO DO CLIENTE PARA A CIRURGIA ............. 14 PREVENINDO INFECÇÃO .......................................................................... 16 ESVAZIAMENTO INTESTINAL .................................................................... 17 ESVAZIAMENTO DA BEXIGA ..................................................................... 19 PREPARO DA PELE .................................................................................... 20 PREVENINDO COMPLICAÇÕES ANESTÉSICAS ...................................... 22 CUIDADOS PRÉ- OPERATÓRIOS .............................................................. 24 TRANSPORTANDO O CLIENTE ................................................................. 28 CONCLUSÃO ............................................................................................... 30 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 31 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criada a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 VÍDEOS DE APOIO Visando promover mais um pouco de conhecimento sobre o assunto de ENFERMAGEM NO PRÉ- OPERATÓRIO, foram selecionados alguns vídeos que deverão ser assistidos antes de inciar a leitura do conteúdo da apostila. Vídeo 1: Enfermagem Cirúrgica - Cuidados Pré-Operatório Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=jsCnwkfyYdA > Sinopse: o Canal Enfermeiro Marcelo Santos, por meio do professor Marcelo Santos leciona acerca dos cuidados pré-operatórios. Vídeo 2: Enfermagem Cirúrgica - Cuidados Pré-Operatório Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=7XAc_Ig2o58 > Sinopse: Usando o Princípio da Não-Maleficência, isto é, primeiro não prejudicar, criado por Hipócrates, o professor Pedro Bertelli, do canal Jaleko Acadêmicos, fala sobre o preparo pré operatório do paciente cirúrgico. https://www.youtube.com/watch?v=jsCnwkfyYdA https://www.youtube.com/watch?v=7XAc_Ig2o58 4 INTRODUÇÃO O ser humano como parte pertencente ao ambiente está suscetível a uma condição de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço, diferenciando-se dos demais seres vivos por sua habilidade de reflexão, por possuir a capacidade de imaginação e simbolização e conseguir unir presente, passado e futuro. Estas características do ser humano permitem sua unicidade, autenticidade e individualidade. Um indivíduo doente que está hospitalizado expõe uma instabilidade de suas necessidades humanas básicas que possui como efeito o estresse, sendo este mais elevado ao ser recomendado a realização de um procedimento cirúrgico. A enfermagem como ciência e profissão que trabalha de forma direta com seres humanos, necessita prestar assistência ao paciente em toda sua complexidade e para isso carece de anotações completas e objetivas em relação ao quadro clínico deste, dessa forma é crucial que o embasamento científico seja assegurado, visando a promoção da saúde e a recuperação da doença. Desde a década de 70, o uso da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) tem tentado operacionalizar os cuidados de enfermagem no Brasil. Durante as fases operatórias, o paciente carece de uma assistência de enfermagem individualizada e sistematizada devido à complexidade desse processo. Os indícios do atendimento cirúrgico remontam à pré-história, no qual eram realizados procedimentos como ajustes de fraturas, amputações e trepanação craniana. Na era medieval surgiram os chamados cirurgiões- barbeiros que praticavam sangrias, extração dentária, drenagens de abscessos, entre outros procedimentos que eram realizados sem noções de 5 higiene e utilização de anestésicos, causando assim muitos casos de hemorragia e óbitos. No fim da Idade Moderna, em Londres, surgiu a primeira sala cirúrgica em âmbito hospitalar. A qual era localizada no último andar do hospital, possibilitando o uso de luz natural e levando em conta a distância dos outros pacientes internados, que ao estarem afastados, não escutariam os gritos de dores dos pacientes operados. Na era Contemporânea, antes da existência da anestesia, ocorreu um primeiro relato na cidade de Newcastle, Inglaterra, acerca da existência de uma sala para observação e cuidados especiais pós-cirúrgicos, apesar destes serem prestados por profissionais sem qualificação, estando localizada ao lado das salas de operação. No ano de 1842 houve o descobrimento de anestésicos, tais como o óxido nitroso, éter, que possibilitavam o controle da dor durante a realização da cirurgia. Florence Nightingale, considerada percussora da Enfermagem, no ano de 1863, apontava a necessidade de que os pacientes submetidos à cirurgia fossem reunidos, com intuito de beneficiar o atendimento nas primeiras horas pós-operatórias. No entanto, somente em 1942, nos Estados Unidos, foi utilizado o termo Sala de Recuperação Pós-Anestésica - SRPA. Entretanto, apenas entre 1940 e 1959, a assistência de enfermagem aos pacientes cirúrgicos se tornou mais complexa e científica. Nas últimas décadas, a pesquisa na área da enfermagem cirúrgica foi aperfeiçoada, aspirando à melhora da qualidade da assistência tanto no preparo pré- operatório, quanto na recuperação do paciente. O conceito de prática Perioperatória engloba as atividades realizadas durante a assistência pré, trans e pós-operatória. A fase pré-operatória tem início com a decisão de realização da intervenção cirúrgica e se finda no momento em que o paciente se encontra na mesa operatória, nesta etapa é 6 iniciada a fase transoperatória que termina na transferência do paciente para sala de recuperação pós-anestésica (RPA). Figura 1: Períodos Cirúrgicos 7 ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO A Cirurgia pode ser conceituada como tratamento de doença, lesão ou deformidade externa e/ou interna com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico. Esta é realizada em uma sala específica do hospital, ambulatório ou consultório, estes últimos casos, somente quando o procedimento é simples. De acordo com o risco de ameaça à vida, a cirurgia pode ser de emergência, urgência, programada ou opcional. Por exemplo: nos casos de hemorragia interna, a cirurgia é sempre de caráter emergente, já que este quadro é extremamente grave; no abdômen agudo, o tratamento cirúrgico é de urgência, por requerer pronta atenção, no entanto,algumas horas podem ser aguardadas para melhor avaliar o paciente; as cirurgias ou eletivas, são aquelas que possuem data e horário marcado, por exemplo uma cesárea a escolha da gestante, já no caso da maioria das cirurgias plásticas constituem- se como opcionais, pois ficam a escolha do paciente a realização ou não do procedimento. A cirurgia também pode ser classificada conforme sua finalidade: diagnóstica ou exploratória, quando é realizada para se visualizar as partes internas e/ou realizar biópsias, como a laparotomia exploradora; curativa, quando é necessária a correção de alterações orgânicas, como no caso da apendicectomia; reparadora, quando é necessário reparar diversos ferimentos (enxerto de pele); reconstrutora, quando se é realizada uma reconstituição (cirurgias plásticas); e paliativa, quando determinado problema necessita ser corrigido para amenizar alguns sintomas de uma doença, na qual não há probabilidade de cura ( gastrostomia em um paciente com câncer de estômago metastático). As cirurgias levam a alterações estruturais e funcionais paciente, sendo necessário um tempo para adaptação. É habitual o tratamento cirúrgico 8 oferecer benefícios à qualidade de vida do indivíduo, no entanto é necessário entender que este, sempre gera um impacto, seja positivo ou negativo, nos aspectos físico, psicoemocionais e sociais. Com este entendimento, torna-se mais fácil a realização de uma comunicação interpessoal mais individualizada, assim como prestar ao paciente orientações mais apropriadas. Os comportamentos emocionais possuem ligação direta com a visão que o paciente e seus familiares concedem à cirurgia, sendo a ansiedade pré-operatória a mais comum. Desta forma, a cirurgia e os procedimentos diagnósticos tendem a gerar uma invasão física, emocional e psicológica, em algumas cirurgias ocorre também uma invasão social, gerando mudanças no estilo de vida. A concordância para realização de uma cirurgia, independentemente do temor da anestesia, da dor, da morte, do desconhecido e da alteração da imagem corporal, é frequentemente referente à confiança que o paciente coloca na equipe multiprofissional e na estrutura do hospital, por isso há uma necessidade de estar centrado ao tipo de relação interpessoal destinada ao paciente. O atendimento do paciente cirúrgico é realizado por uma série de setores comunicáveis, tais como o pronto-socorro, ambulatório, enfermaria clínica ou cirúrgica, centro cirúrgico (CC) e a recuperação pós-anestésica (RPA). Todos estes, devem possuir um objetivo global: possibilitar uma experiência menos traumática possível e promover uma recuperação rápida e segura ao cliente. O ambulatório ou pronto-socorro realiza a anamnese, o exame físico, a prescrição do tratamento clínico ou cirúrgico e os exames diagnósticos. A decisão pela cirurgia, muitas vezes, é tomada quando o tratamento clínico não surtiu o efeito desejado. O cliente pode ser internado um ou dois dias antes 9 da cirurgia, ou no mesmo dia, dependendo do tipo de preparo que a mesma requer. O cliente do pronto-socorro é diretamente encaminhado ao centro cirúrgico, devido ao caráter, geralmente, de emergência do ato cirúrgico. O centro cirúrgico é o setor destinado às intervenções cirúrgicas e deve possuir a recuperação pós-anestésica para prestar a assistência pós-operatória imediata. Figura 2:Sufixos mais utilizados na terminologia cirúrgica 10 Em relação aos sufixos utilizados na composição da terminologia cirúrgica, temos os destacados na figura acima. Além destes, encontram-se as denominações com o nome do cirurgião que iniciou a técnica cirúrgica, como por exemplo Billroth, que é um tipo de cirurgia gástrica, ou ainda, o uso de alguns termos específicos como exérese, que diz respeito a remoção de um órgão ou tecido. O enfermeiro é o responsável pelo planejamento e pela implementação de intervenções de enfermagem que previnam as complicações relacionadas ao procedimento anestésico cirúrgico, realizando assistência ao paciente juntamente junto a equipe multiprofssional, decidindo o melhor posicionamento para o paciente no preparo operatório, favorecendo os processos do ato anestésico-cirúrgico. Na assistência pré-cirúrgica, a equipe de enfermagem possui como incumbência o preparo do paciente, estabelecendo e desenvolvendo diversas ações de cuidados, de acordo com a especificidade da cirurgia. O paciente cirúrgico recebe assistência da enfermagem nas fases pré, trans e pós-operatória. O período pré-operatório diz respeito ao momento da decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica; após isso inicia-se o trans e intraoperatório, que se encerra na saída do cliente do centro cirúrgico; iniciando o pós-operatório até a alta médica. 11 Figura 3: Período pré-operatório O período pré-operatório como destacado na figura acima, é dividido em mediato e imediato: No pré-operatório mediato o cliente passa por exames que contribuem na validação do diagnóstico e que ajudarão na preparação cirúrgica, o tratamento clínico para reduzir os sintomas e os cuidados necessários para impedir distúrbios pós-operatórios, isto é, inclui o período a partir da indicação da cirurgia até o dia anterior à sua realização. 12 Já o período imediato compreende às 24 horas antecedentes à cirurgia e possui como objetivo preparar o paciente para o ato cirúrgico seguindo seguintes etapas: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e utilização de medicação pré-anestésica. O período pré‑operatório é o melhor momento para ocorrer o contato entre enfermeiro e paciente, no qual o profissional é capaz, por meio da visita de enfermagem, de apresentar os esclarecimentos necessários acerca do procedimento anestésico‑cirúrgico, promovendo um preparo emocional de eficácia e eficiência ao paciente, sendo as informações passadas de extrema importância para diminuir o grau de ansiedade do mesmo. O preparo pré-operatório, por meio do uso de instrumentos de observação e avaliação das necessidades individuais, possui como objetivo a identificação de alterações físicas (hipertensão arterial, presença de feridas, diabetes mellitus, etc..), emocionais (ansiedade, medo, condições afetadas com a internação, etc.) do paciente, visto que influenciam nas condições cirúrgicas, podendo afetar o sucesso da cirurgia ou até mesmo gerar um adiamento. No que diz respeito aos fatores físicos que podem afetar a realização do ato cirúrgico pode-se citar: desnutrição, obesidade, elevada idade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, entre outros. Exemplificando, numa cirurgia de um paciente hipertenso, o cirurgião terá maior dificuldade em conter o sangramento, após a separação de tecidos para abordar determinado órgão (diérese), já em um paciente tabagista tende a ocorrer um provável desenvolvimento de broncopneumonia no pós-operatório., devido a um maior acúmulo de secreção pulmonar. Desse modo, por meio do ponto de vista ético e técnico, todas as condutas de enfermagem devem garantir o conforto, a segurança e o mínimo risco de infecção ao paciente; este devendo ter o esclarecimento acerca do 13 procedimento que será realizado, já que o simples fato de não saber o que vai ser feito pode deixa-lo inseguro em relação à sua saúde. Caso o paciente possua alguma experiência cirúrgica anterior negativa, cabe a equipe de enfermagem respeitar este fato instigando-o a reconhecer os fatos que propiciem a nova intervenção. Apesar de receber todas orientações e apoio pela enfermagem, o paciente pode recusar-se a passar pela cirurgia, revoltar-se com a equipe multiprofissional, e inclusive familiares. É necessário que a equipe compreenda este comportamento como possivelmente decorrido da ansiedade em relação ao procedimento.O paciente, bem como sua família possuem direito à orientação clara e precisa acerca do diagnóstico clínico, cirurgia indicada e provável prognóstico. Apenas depois do esclarecimento e do entendimento dessas informações o paciente ou responsável legal possuirá condições para assinar o termo de consentimento para a cirurgia, mais conhecido como termo de responsabilidade. FRIAS; COSTA; SAMPAIO (2010) lecionam: Outro ponto é a necessidade de o enfermeiro interligar os aspectos humanos individuais do paciente às nuances do relacionamento interprofissional e seus inúmeros conflitos, já que se tratou da assistência em uma unidade de trabalho fechada, onde diversas categorias atuam e possuem características e ideias diversas. O enfermeiro assume as atividades cotidianas de gerenciamento do ambiente de trabalho contemplando atividades técnicas, assistenciais, de ensino e pesquisa. É fundamental que ele desenvolva habilidades múltiplas, tanto científicas e de desenvolvimento da enfermagem quanto no desenvolvimento tecnológico, para a utilização de materiais que se modernizam continuamente. [...] para alcançar a integralidade no atendimento, é de extrema importância que o enfermeiro conheça o indivíduo a quem irá prestar assistência. FRIAS; COSTA; SAMPAIO (p.345-352, 2010) 14 HUMANIZANDO O PREPARO DO CLIENTE PARA A CIRURGIA Como o estado emocional pode interferir diretamente na evolução pós- operatória, é necessário que o paciente encontre instruções em relação aos exames, a cirurgia, como será o retorno da mesma e os procedimentos do pós-operatório, assim como informações sobre a necessidade de sua colaboração. Com intuito de propagar uma sensação de calma e confiança, a equipe de enfermagem deve possuir uma relação de empatia, colocando-se na posição do outro, sem críticas ou julgamentos, o que muitas contribui na compreensão de seus medos e inseguranças, proporcionando um vínculo interpessoal de respeito e não de autoridade. Ademais, propicia certa tranquilidade, contribuindo a comunicação do paciente e família com o âmbito hospitalar, o que afeta beneficamente nas suas circunstâncias para a realização da cirurgia. Em relação ao paciente, é necessário destacar que a comunicação não-verbal (o olhar, a voz, a postura) também expõe suas necessidades, dessa forma, ao procurarmos compreender estes sinais maiores são as condições de entende-lo. Ao realizar orientações pré-operatórias, a equipe de enfermagem deve se atentar a questão de que as necessidades de um paciente podem ser diferentes das de outro. O momento mais oportuno para o paciente e sua família adquirem as instruções é quando manifestam curiosidade por elas, demonstrada na maior parte dos casos por meio de perguntas ou busca da atenção da equipe de enfermagem. Em relação à fé, a equipe de enfermagem pode disponibiliza assistência religiosa, desde que essa seja requerida pelo paciente ou algum membro familiar. Ademais, pode-se permitir que o paciente utilize figuras religiosas, por exemplo, presas ao lençol da maca, sem que isso prejudique os cuidados durante o intra ou pós-operatório. 15 Ainda ocorrem algumas deficiências no que diz respeito ao preparo físico, psicológico e espiritual do paciente realizados no pré-operatório. Dessa forma a enfermagem é desafiada a ofertar uma assistência de qualidade, planejado de acordo com a individualidade deste, buscando fazer com que o paciente compreenda os procedimentos realizados e os possíveis desconfortos que possam ocorrer, bem como esclarecendo suas dúvidas. O preparo físico do cliente é essencial para o sucesso do ato cirúrgico, também para se evitar complicações posteriores. Preveni-las demanda alguns cuidados de enfermagem específicos relativos ao preparo intestinal, vesical e da pele, assim como uma avaliação da equipe, do ambiente e do cliente para impedir que ocorra a prevalência de infecções. 16 PREVENINDO INFECÇÃO Frente a grande ocorrência de infecções hospitalares nos pacientes cirúrgicos, a equipe de enfermagem deve auxiliar na sua prevenção fazendo uso uniformes higienizados e unhas curtas e limpas, lavando as mãos antes e após todo e qualquer procedimento, respeitando as técnicas assépticas na execução da assistência, ofertando ambiente limpo e observando os sinais de infecção. A ocorrência ou não de infecção no pós-operatório está relacionada a vários fatores, no entanto, sobretudo da quantidade e virulência dos microrganismos e da capacidade de defesa do cliente. A utilização de esteroides, desnutrição, neoplasias com alterações imunológicas e clientes idosos ou crianças pequenas compreende fatores de risco de infecção no pós-operatório por causa da diminuição da eficiência imunológica. Outros fatores são: o diabetes mellitus, que prejudica o processo de cicatrização; o período pré-operatório prolongado, que faz com que o cliente entre em contato maior com a flora bacteriana hospitalar; e infecções no local ou fora da região cirúrgica, que podem causar contaminação da ferida operatória. O risco de infecção cirúrgica pode ser diminuído quando tratado ou compensado as doenças e os agravos que favorecem o processo infeccioso, tais como a desnutrição, focos infecciosos, presença de feridas e outros. Do mesmo modo, no pré-operatório imediato alguns cuidados são realizados, assim como tricotomia (em caso de necessidade), lavagem intestinal, retirada de objetos pessoais, próteses e outros. 17 ESVAZIAMENTO INTESTINAL O esvaziamento intestinal no pré-operatório reduz o risco de liberação de conteúdo intestinal durante a cirurgia, causado como resultado da administração de medicamento relaxante muscular. Há desacordos em relação da importância desse procedimento, dependendo do paciente, da cirurgia e da equipe que o atende, o preparo intestinal pode ser realizado por meio do uso de laxantes, lavagem intestinal ou ambos. Normalmente, essa preparação tende a ocorrer entre 8 e 12 horas antes da cirurgia. A solução pode vir pronta para uso individual, no caso de enemas, ou ser preparada pelos profissionais de enfermagem conforme prescrição médica, no entanto antes de ser realizada no paciente, esta deve ser aquecida, ficando morna. As soluções mais prescritas são a solução fisiológica ou água com ou não de glicerina ou vaselina, cloreto de potássio para evitar a perda de potássio em lavagens frequentes, e neomicina, para destruição de microrganismos de natureza entérica. Em determinadas instituições, a solução preparada pela equipe de enfermagem é inserida em um recipiente, conhecido como irrigador. A numeração das sondas retais a serem utilizadas, deve ser adequada conforme a idade e sexo do paciente, sendo de 14 a 20 para crianças e adolescentes, de 22 a 24 para as mulheres e 24 a 26 para os homens. Se porventura, a sonda apresentar diâmetro maior do que o do ânus do paciente, ou também seja introduzida sem uso de lubrificante, poderá causar dor e lesões durante o procedimento. Os frascos com solução pronta para uso isentam da utilização da sonda retal, de acordo com as orientações do fabricante. O procedimento pode ser praticado no quarto do paciente ou em uma sala adequada, no entanto a equipe de enfermagem deve promover a garantia de privacidade, em qualquer local que seja a realização. 18 Antes de iniciar o procedimento, a cama deve ser forrada com impermeável e lençol móvel. Para facilitar a entrada e o trajeto a ser percorrido pelo líquido do enteroclisma, o mesmo deverá ser introduzido seguindo os contornos anatômicos do intestino. Dessa forma, o paciente deve ser colocado na posição de decúbito lateral esquerdo, com o corpo ligeiramente inclinado para frente e apoiado sobre o tórax, tendo sua perna direita flexionada e apoiada ligeiramente na esquerda (posição deSIMS). Antes de se introduzir a sonda, o paciente deve ser orientado a relaxar a musculatura anal, inspirando e prendendo a respiração. Caso ocorra dificuldade na introdução da sonda, deve-se investigar as possíveis causas, podendo ser encontradas: contração retal involuntária perante a introdução de um corpo estranho, medo da dor, dobra da sonda e outras intercorrências. Para se obter um melhor efeito do procedimento, recomenda-se que o cliente tente reter o líquido da lavagem por cerca de 15 minutos. 19 ESVAZIAMENTO DA BEXIGA Recomenda-se o esvaziamento espontâneo da bexiga antes do pré- anestésico. Em cirurgias em que a mesma necessite ser mantida vazia, ou naquelas de longa duração, é indispensável a utilização de sondagem vesical de demora, a qual geralmente é realizada no próprio Centro Cirúrgico. A sondagem vesical é um procedimento que tende a predispor um quadro de infecção de trato urinário, sendo este, geralmente assintomático, no entanto podendo tornar-se sintomático, com risco de bacteremia. Deste modo, sua realização deve ser pautada em técnicas rígidas de antissepsia, visando reduzir o risco de contaminação. HINRICHSEN et al., lecionam: O risco de adquirir uma infecção do trato urinário relacionada à cateterização depende principalmente do método e da duração da cateterização, além da qualidade do cateter e da susceptibilidade do paciente. As taxas de infecção variam em torno de 8% após uma única cateterização por período breve e aumentam de 5% a 8% a cada dia de cateterização. HINRICHSEN et al. (p. 77-84, 2009) 20 PREPARO DA PELE O banho e a correta limpeza da região onde será realizada a incisão cirúrgica devem ser executados, com intuito de diminuir a probabilidade de contaminação. Conforme o tipo de cirurgia, pode ser necessária a realização de tricotomia da região, caso indicado pelo médico. Existem inúmeras discussões em relação ao uso da tricotomia, se ela aumenta ou diminui o potencial de infecção da ferida operatória. Dessa forma, é recomendado que sua realização seja a mais próxima possível do momento da cirurgia (no máximo 2 horas antes), ou no próprio centro cirúrgico, em menor área possível e com método o menos agressivo. Também há controvérsia em relação às áreas da tricotomia, que variam conforme as técnicas e tecnologias usadas no processo cirúrgico. No entanto, existem cirurgias em que a tricotomia é necessária, como as cranianas. Como exemplo, segue abaixo as áreas de tricotomia segundo a região da cirurgia: I- Cirurgia craniana – realizada raspagem do couro cabeludo total ou parcialmente, e o pescoço. Nas cirurgias de pescoço, são inclusos o colo e as axilas; II- Cirurgia torácica - raspa-se os pelos do tórax anterior e posterior até a cicatriz umbilical, podendo-se estender o processo até a axila e região inguinal; III- Cirurgia cardíaca - as áreas a serem raspadas são o tórax, metade do dorso, punhos, dobras dos cotovelos e região inguinal, acrescentando-se a face interna das coxas quando cirurgias de revascularização do miocárdio; IV- Cirurgia abdominal - recomenda-se a tricotomia da região mamária até a região pubiana anterior (posterior no caso das 21 cirurgias renais); nas cesáreas e cirurgia abdominal via baixa, raspa-se a região pubiana; V- Cirurgia dos membros – raspa-se o membro a ser operado, acrescentando-se ou não as regiões axilar e pubiana. Antes de iniciar a tricotomia em áreas com presença de muitos pelos, é recomendado apará-los com uma tesoura. Quando utilizado barbeador, deve-se esticar a pele e realizar a raspagem dos pelos no sentido do crescimento dos mesmos, tendo bastante cuidado para não ocorrer arranhões na pele. O uso de depilatórios tem sido utilizado em algumas instituições, mas apresenta a desvantagem de, em algumas pessoas, provocar reações alérgicas e deixar a pele avermelhada. Existem ainda aparelhos que ao invés de realizar a raspagem os pelos cortam os mesmos rentes à pele, evitando escoriações e diminuindo o risco de infecção. 22 PREVENINDO COMPLICAÇÕES ANESTÉSICAS A realização do jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia, possui como objetivo o impedimento de vômitos e prevenção a aspiração de resíduos alimentares por ocasião da anestesia. É necessário que tanto o paciente como seus familiares possuam conhecimento acerca desse cuidado, de forma que entendam o motivo e o cumpram com efetividade O medicamento pré-anestésico (MPA) é prescrito pelo anestesista com os objetivos de diminuir a ansiedade do paciente, facilitando a indução anestésica e a manutenção da anestesia, assim como diminuindo a dose dos agentes anestésicos e as secreções do trato respiratório, sempre atentando a precisão de investigação da existência de alergia. Na noite antecedente à cirurgia, com intuito de evitar a insônia do paciente, pode ser administrado um medicamento ansiolítico, prescrito pelo médico. O MPA geralmente é administrado 45 a 60 minutos antes do início da anestesia. Todos os cuidados pré-operatórios devem ser realizados antes de sua administração, pois após sua isto, o paciente permanecerá na maca de transporte, devido ao estado de sonolência. Os MPA mais comuns são os: Opiáceos - que provocam analgesia e sonolência, sendo normalmente prescritos para clientes que apresentam dor antes da cirurgia. A principal substância utilizada é a Meperidina (Demerol); Benzodiazepínicos - possuem ação ansiolítica e tranquilizante, assim como efeitos sedativo, miorrelaxante e anticonvulsivante. Os principais medicamentos são o Diazepan e o Midazolan. O Diazepan injetável não deve ser administrado com outros medicamentos devido a possibilidade de ocorrer precipitação; 23 Hipnóticos - provocam sono ou sedação, porém sem ação analgésica, sendo os principais o Fenobarbital e o Midazolan; Neurolépticos - diminuem a ansiedade, a agitação e a agressividade. Sendo a Clorpromazina o principal medicamento utilizado; Os medicamentos hipnóticos, neurolépticos, benzodiazepínicos e opiáceos, utilizados como pré-anestésicos, são de uso controlado, sendo necessário preservar as ampolas vazias, para futura reposição pela farmácia. O enfermeiro deve imprimir o mapa cirúrgico que diariamente é elaborado no centro-cirúrgico no qual constam as cirurgias eletivas que serão executadas no dia seguinte. Após conferir este documento, o enfermeiro realiza as orientações pré-operatórias: 1- Informar horário previsto da cirurgia; 2- Explicar de forma simples e lúdica qual procedimento cirúrgico será realizado; 3- Explicar ao paciente quanto ao manejo para reabilitação no pós- operatório como exercícios respiratórios, manejo da dor, deambulação precoce, cuidados com drenos e bolsas coletoras (quando necessário), cuidados com incisão cirúrgica, dentre outras; 4- O enfermeiro deve organizar os prontuários dos pacientes que realizarão cirurgia com exames de imagem e laboratoriais realizados, pareceres e realização do check list pré-operatório; 24 CUIDADOS PRÉ- OPERATÓRIOS A visita de enfermagem pré-operatória, representa um valioso instrumento para a humanização da assistência de enfermagem perioperatória, na qual o enfermeiro atua de forma expressiva, de modo a proporcionar ao paciente cirúrgico apoio emocional, atenção e orientações neste momento em que experimentará os mais diversos sentimentos. A realização das visitas de enfermagem é uma responsabilidade do enfermeiro, conforme consta no decreto que regulamenta a lei 7.498, do exercício profissional da enfermagem, em que seu décimo primeiro artigo determina que “a consulta e a prescrição da assistência de enfermagem é parte integrante do programa de enfermagem” e consiste, dentre outras atribuições,em incumbência privativa do enfermeiro. MENDES et al., lecionam: Na prevenção de riscos que o enfermeiro exerce seu principal papel, trata-se de um profissional que conhece cada paciente de forma individualizada e o funcionamento da organização com detalhes, de forma a implementar facilmente as boas práticas para prevenir danos (exemplo: higienização das mãos, cumprimento de protocolo de isolamento, execução do checklist de cirurgia segura, gerenciamento do uso de medicamentos, garantindo uma assistência de qualidade como objetivo segurança do paciente Tomada de decisões relativas aos riscos ou a ação, contribuem e evitam a redução das consequências e probabilidade de futuras ocorrências, alguns fatores podem contribuir para diferentes posicionamentos com a utilização do SAEP e Checklist de cirurgia segura, como conhecimento do enfermeiro e educação formal dos processos implementados. O cuidado de evitar erro é definido como capacidade de realizar uma ação planejada ou pretendida, aplicação correta de um plano dos processos gerenciais de enfermagem, podendo evitar a agir erroneamente, tanto no planejamento como. MENDES et al. (p.1-17, 2020) A sistematização da assistência de enfermagem perioperatória (SAEP), destacada na imagem abaixo, é um processo que possui como objetivos promover, manter e recuperar a saúde do paciente e de sua família. Abrange três fases da experiência cirúrgica o pré-operatório mediato e imediato, intra ou trans-operatório e pós-operatório mediato e imediato. 25 Figura 1: Operacionalização da Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória A equipe de enfermagem deve realizar os seguintes cuidados pré- operatórios. 1- Orientar jejum pré-operatório; 2- Auxiliar nos cuidados de higiene-banho, realizar tricotomia (se necessário) e atentar a importância da higiene oral; 3- Orientar esvaziamento vesical antes da cirurgia; 26 4- Orientar colocação de camisola cirúrgica e retirada de jóias, óculos, próteses (dentárias e outras), aparelhos auditivos e esmaltes; 5- Administrar medicação pré-anestésica se prescrito e atentar para suspensão de anticoagulantes e hipoglicemiantes orais conforme prescrição médica. 6- Realizar controle de sinais vitais e glicemia (nos diabéticos); 7- Realizar preparo gastrointestinal (se necessário); 8- Auxiliar o maqueiro do centro-cirúrgico quando o mesmo vier buscar o paciente na unidade. Atentar para manter a proteção lateral elevada, uso de lençóis e cobertores e cabeceira elevada. No momento de encaminhamento do cliente ao Centro Cirúrgico, deve- se verificar e informar sobre quaisquer anormalidades em relação aos preparos prescritos no dia anterior, como por exemplo a manutenção do jejum, a realização da higiene oral e corporal e administração de medicação pré- anestésica. Deve-se também, verificar e anotar os sinais vitais; vestir a roupa hospitalar (avental, touca e propés) no paciente, certificar-se da remoção de próteses dentárias (visando evitar seu deslizamento para as vias aéreas inferiores, durante a anestesia) e oculares (visando evitar lesões na córnea), joias e adornos. Após essa série de cuidados, o paciente deve ser colocado na maca e encaminhado ao Centro Cirúrgico com a documentação completa: exames e prontuário. O transporte do cliente é executado pelo pessoal da unidade de internação ou do Centro Cirúrgico, a critério da instituição. O transporte do paciente pode ser realizado em maca ou cadeira de rodas, no entanto visando a prevenção de acidentes, como quedas, recomenda-se que para o cliente sonolento devido à ação de medicação pré- 27 anestésica e/ou após a cirurgia não seja transportado em cadeira de rodas. O centro cirúrgico deve conter um elevador privativo, gerando diminuição dos riscos de contaminação e infecção cirúrgica, agilizando o transporte e propiciando conforto, segurança e privacidade ao cliente. Figura 2: Recepção do Paciente no Centro Cirúrgico 28 TRANSPORTANDO O CLIENTE O transporte intra-hospitalar é necessário para a realização de testes diagnósticos, tais como tomografia computadorizada, ressonância magnética e radiografias, para intervenções terapêuticas, como para o Centro Cirúrgico, ou para a internação em Unidades de Terapia Intensiva. O transporte inter- hospitalar é executado sempre que seja necessário maiores recursos humanos, diagnósticos, terapêuticos e de suporte avançado de vida, estes que não se encontram no hospital origem. O risco ao paciente, durante o transporte, pode ser minimizado através de um planejamento cuidadoso, qualificação do pessoal responsável pelo transporte e seleção de equipamentos adequados. A maca ou cadeira de rodas deve ser forrada com lençol e colocada próxima à cama, facilitando a transferência do cliente e evitando quaisquer acidentes. Após deixá-lo confortável, o paciente deve ser coberto com lençol e cobertor (nos dias frios). Os responsáveis pelo transporte do cliente para o CC devem empurrar a maca ou cadeira de rodas com cuidado, e estar atentos para observar alguma intercorrência com o paciente, tais como, fadiga e palidez. Ademais, deve-se verificar se soro, sondas, drenos e outros dispositivos conectados estão livres de tração. É aconselhável que o paciente seja transportado de modo que consiga visualizar todo o seu trajeto de frente, evitando desconforto no mesmo. É interessante analisar o alinhamento correto das partes do corpo durante o transporte e, nos casos de pacientes com venóclise ou transfusão sanguínea, deve-se adaptar à maca ou à cadeira de rodas o suporte apropriado, posicionando corretamente o frasco de solução venosa, cateteres, drenos e equipamentos. 29 JÚNIOR; NUNES; BASILE-FILHO (2001), destacam: O número de pessoas que participarão do transporte depende da gravidade da doença e da complexidade e do número de equipamentos exigidos. Um mínimo de duas pessoas é o necessário, pessoas capazes de providenciar suporte de vias aéreas e que saibam interpretar possíveis alterações cardiovasculares e respiratórias que, porventura, ocorram no decorrer do transporte. Podem fazer parte da equipe de transporte: o enfermeiro, o médico, os auxiliares e técnicos de enfermagem e o fisioterapeuta. O médico deve acompanhar o transporte intra- hospitalar daqueles pacientes com o estado fisiológico instável e que podem precisar de intervenções agudas que estão além da capacidade técnica do enfermeiro, sendo obrigatória a sua presença nas seguintes situações: • pacientes com via aérea artificial (intubação endotraqueal, Crico/traqueostomia); • instabilidade hemodinâmica; • uso de drogas vasoativas; • presença de monitorização invasiva, tais como o uso de cateter de artéria pulmonar (Swan-Ganz), pressão intracraniana (PIC), pressão arterial invasiva, cateter no bulbo da veia jugular. Alguns serviços médicos possuem uma equipe de transporte intra e inter-hospitalar fixa, enquanto outros não possuem equipes fixas, sendo formada a partir de médicos, enfermeiras e auxiliares de enfermagem que se encontram no período de trabalho em que vai ocorrer o transporte. Algumas instituições médicas possuem protocolos de transporte intra-hospitalar que incluem o médico em todos os tipos de transporte. JÚNIOR; NUNES; BASILE-FILHO (p. 143-153, 2001) 30 CONCLUSÃO A SAEP possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou prever como os pacientes irão respondem aos problemas de saúde ou aos processos vitais e determinam quais aspectos dessas respostas exigem uma intervenção profissional de enfermagem. O processo de enfermagem, além de beneficiar o cuidado, organiza as condições necessárias para que este seja realizado. No entanto, para sua utilização correta é crucial que os profissionais estejam propriamentecapacitados à metodologia de trabalho escolhida pela instituição em que se encontram. As ações educativas mobilizam a atenção dos trabalhadores de enfermagem fazendo com que os mesmos reflitam sobre o cuidado a ser prestado e participem da implementação da SAEP. Dessa forma, deve ser estabelecidos programas de orientação e capacitação continuada dos profissionais que já atuam na prática e dos que ainda estão por vir para a utilização da SAEP em sua plenitude e compreensão de que a mesma favorece uma assistência de enfermagem segura, individual e humanizada. Espera-se que a assistência de enfermagem no pré-operatório seja realizada de forma sistematizada, reduzindo consideravelmente o índice de complicações prováveis, com uma equipe de enfermagem treinada e habilitada, com registros corretos e adequados da assistência prestada. . 31 REFERÊNCIAS AFONSO, May Socorro Martinez et al. CONDICIONAMENTO DE AR EM SALAS DE OPERAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO–UMA REVISÃO. Revista eletrônica de Enfermagem, v. 8, n. 1, 2006. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria no 2.616 de 12 de maio de 1998. Dispõe sobre normas destinadas ao controle de infecções hospitalares. Diário Oficial da União, n.89, p. 133-35, 1998 (Seção I). BRASIL. Ministério da Saúde. 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