Prévia do material em texto
1 ENFERMAGEM EM ORTOPEDIA 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3 2. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................... 5 3. DESENVOLVIMENTO ......................................................................... 7 Atuação profissional em serviço ambulatorial de traumato-ortopedia .. 7 4. Centro de Atenção Especializada em Cirurgias Crânio-Maxilo-Faciais ......................................................................................................................... 18 PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS ........................................... 18 Cuidados de Enfermagem: ................................................................. 20 6. Microcirurgia Reconstrutiva ............................................................... 22 Cuidados de Enfermagem .................................................................. 24 Coluna e Trauma Raquemedular ........................................................... 25 Principais patologias .......................................................................... 27 OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS DOENTES COM AFECÇÕES ORTOPÉDICAS E TRAUMATOLÓGICAS ....................................................... 31 CONCEITO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA ......................... 32 ALGUNS TESTES ESPECIAIS EM ORTOPEDIA ............................. 32 INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO NOS TRATAMENTOS DE TRAUMAS, E EM ORTOPEDIA ................................................................... 36 CONCLUSÃO .................................................................................... 40 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 42 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 1. INTRODUÇÃO O trauma é uma lesão de extensão e intensidades variáveis, que pode ser provocada por agentes químicos, físicos e/ou psíquicos, de forma intencional ou acidental, instantânea, ou prolongada, produzindo perturbações somáticas ou psíquicas. Traumatologia é a ciência que estuda e trata pacientes fraturados por causas externas e contundentes. Ortopedia é a ciência interligada diretamente aos indivíduos e deformidades dos ossos, músculos, ligamentos, articulações, enfim, elementos relacionados ao corpo. A enfermagem tem um papel essencial junto da pessoa em situação de dependência, sendo a promoção do autocuidado um elemento essencial dos cuidados de enfermagem, principalmente em um contexto hospitalar. O serviço de Ortopedia de um Hospital escola no oeste catarinense visa atender a demanda de pacientes De forma geral, são dois tipos de atendimentos: os pacientes que são atendidos pela Emergência, e os pacientes que são atendidos de forma eletiva. Trata-se de um serviço de alta complexidade que conta com equipe de Médicos Ortopedistas especialistas em diferentes sub áreas, Enfermeiro, Técnicos de Enfermagem e Escriturários, os quais desenvolvem de forma coletiva o atendimento aos pacientes da região oeste do estado de Santa Catarina. O trabalho do técnico de enfermagem é uma das profissões que exige muita responsabilidade, uma vez que desenvolve ações supervisionadas na maioria das vezes de forma indireta e assim como outras profissões na saúde exige competência técnica. A demanda para o atendimento da enfermagem é cada vez maior e exige um quadro de enfermagem compatível com esta demanda. Quando o número de profissionais é inferior à demanda, o atendimento integral e a qualidade deste atendimento fica prejudicada. Nos últimos anos a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) vem ampliando seus campos de aula teórico-prática e de estágios 4 supervisionados, além de ser uma universidade em constante desenvolvimento, ela busca uma melhor formação dos acadêmicos, possibilitando o contato dos mesmos com diversas áreas da unidade hospitalar e de atenção básica. E é com esse intuito que a UDESC iniciou no semestre 2013/1 os estágios supervisionados no ambulatório ortopédico, o qual até então era um campo distante do contato acadêmico. 5 2. MATERIAL E MÉTODOS Considerando que uma universidade tem o papel de agregar conhecimento ao desenvolvimento regional, buscou-se proporcionar aos pacientes um atendimento humanizado e seguro, ao mesmo tempo em que docentes e discentes buscaram agregar valor a este processo de ensino aprendizagem melhorando a qualidade da educação com foco ao estímulo para a pesquisa e envolvimento dos profissionais assistenciais. O desenvolvimento da prática educacional assistencial teve como cenário o ambulatório ortopédico do Hospital Regional do Oeste (HRO) no município de Chapecó/SC – Brasil. Contou com a participação ativa de pacientes em tratamento ortopédico eletivo e de urgência e emergência ortopédica, acompanhantes e profissionais de enfermagem deste setor, sendo a prática educacional assistencial realizada em abril e maio de 2013. Durante o processo de discussão de casos clínicos e no desenvolvimento de técnicas em atendimentos ortopédicos, seguido de orientação específica aos pacientes e acompanhantes, a equipe de enfermagem assistencial foi bastante colaborativa disponibilizando material para consulta e informando e demonstrando sua experiência no atendimento, sempre envolvendo os discentes e comprometendo-os no atendimento. A presença acadêmica no campo prático auxiliou no atendimento a demanda da comunidade, que em determinados períodos sobrecarregava a equipe assistencial, a qual auxiliava no atendimento pacientes realizados por até três profissionais médicos, distribuídos em salas de atendimentos distintas, além da sala de gesso e procedimentos. Todas as etapas desta prática discente foram acompanhadas por docente da UDESC, supervisores de estágio. Para o desenvolvimento deste relato, os profissionais assistenciais listaram os tipos de atendimentos e orientações mais frequentes no ambulatório 6 ortopédico, enquanto acadêmicos buscaram o aprofundamento teórico acerca dos atendimentos realizados. No final de cada período de estágio, docentes, discentes e profissionais se reuniam para breve discussão de casos clínicos, o que contribuiu significativamente para a produção de conhecimento. As atividades desenvolvidas pelos acadêmicos foram registradas em diários de campo e levadas em consideração na avaliação acadêmica desta prática 7 3. DESENVOLVIMENTO Atuação profissional em serviço ambulatorial de traumato- ortopediaA equipe que atua no ambulatório é composta por um enfermeiro, três técnicos de enfermagem, pessoal administrativo e equipe médica. Grande parte dos atendimentos são derivados de agendamentos prévios seguindo um cronograma de atendimentos por médico, necessário gente aos diversos segmentos de especialidades ortopédicas e por este motivo cada profissional médico atende em dias e horários pré-estabelecidos. No primeiro dia de estágio os acadêmicos iniciaram com o reconhecimento do local, dos materiais, do agendamento, da atuação da equipe multiprofissional e do fluxo de atendimento. Contudo, observando o atendimento prestado por esta unidade de traumato-ortopedia, percebeu-se a necessidade de um olhar diferenciado, pois além de ser uma unidade onde predomina atendimentos por profissionais do sexo masculino, o que contradiz a literatura, este serviço não era aberto à instituições de ensino. A equipe do ambulatório se demonstrou bastante comprometida com o desenvolvimento das atividades acadêmicas e disponibilizaram tempo para demonstrar diferentes técnicas e condutas que os mesmos desenvolviam no ambulatório ortopédico. E, foram além, estimulando que cada acadêmico desenvolvesse habilidade prática em muitas técnicas de imobilização ortopédica. O ambulatório possui duas salas de espera onde na primeira os pacientes retiram as fichas e repassam os dados necessários para as recepcionistas de acordo com data previamente agendada; na segunda sala de espera, os pacientes são chamados por ordem de chegada (quatro ou cinco pacientes por vez) para aguardar o atendimento médico; quando o paciente necessita somente 8 de algum procedimento específico, há outra sala onde são realizadas atendimentos de urgência e emergência, remoção de gesso e outros pequenos atendimentos. Ainda existem três consultórios médicos (um deles utilizado também pelo enfermeiro da unidade para o desenvolvimento de atividades específicas de enfermagem), outras áreas de apoio como a copa e banheiro para funcionários, e a sala de procedimentos, local onde grande parte dos profissionais médicos atendem seus pacientes. Uma forma diferenciada de atendimento “coletivo”. Nesta sala de procedimentos estão três macas, ou seja, são chamados três pacientes por vez para atendimento. O médico atende um paciente por vez, sinalizando para a equipe de enfermagem os procedimentos necessários como: remoção de pontos, curativos, retirada de gesso, confecção de nova imobilização, entre outros. A enfermagem inicia o procedimento de acordo com a necessidade individual, que na presença do médico, o qual auxilia sempre que necessário, a enfermagem desenvolve suas atividades, fazendo com que o paciente se sinta acolhido. Neste momento também acontecem diversas orientações de enfermagem. Segue-se uma sequencia de atendimentos até que todos os pacientes que foram passados coletivamente para a sala de procedimentos tenham sido atendidos e orientados para o novo agendamento de retorno. E, reinicia uma nova chamada de pacientes. Assim, o fluxo de atendimento dos pacientes segue iniciando pela acolhida do paciente se inicia na recepção da unidade, onde é realizada a identificação e conferência da documentação de cada paciente. Na sequência, alguns pacientes são atendidos pela enfermagem para retirar o gesso circular, ala gessada ou outra imobilização para a realização de Raio-X e são direcionados ao setor de radiologia para o exame de imagem. No retorno, aguardam serem chamados para o efetivo atendimento médico. Muitas vezes a equipe de enfermagem faz o primeiro atendimento, como no caso de imobilizações, até a consulta médica. Cada profissional médico tem um sistema de atendimento diferenciado e a equipe de enfermagem se adapta a esta conduta médica. Alguns profissionais fazem o atendimento na sala de 9 procedimentos e outros preferem atender nos consultórios e encaminhar para a ala de procedimentos efetivamente os pacientes que tem procedimentos a serem realizados, como infiltração articular, retirada de pontos, curativos, imobilizações, etc. Contudo, percebe-se uma harmonia da equipe multiprofissional, primando pela humanização no atendimento, buscando desenvolver o atendimento da melhor forma possível, com segurança. Os pacientes que farão consultas de alta complexidade ou que estão dando sequência ao tratamento já iniciado, chegam com dia e hora marcada para o atendimento, enquanto os pacientes com trauma são avaliados pelo médico plantonista que decidirá a conduta. Quando o paciente não necessita de intervenção cirúrgica, os procedimentos são realizado no ambulatório ortopédico, como imobilizações. Quando a intervenção cirúrgica se faz necessária, a equipe do ambulatório faz os encaminhamentos para a internação e o agendamento cirúrgico. Quando o paciente é avaliado pelo médico ortopedista, que indica intervenção cirúrgica, este é adicionado a uma fila única, por especialidade ortopédica. Neste momento, são solicitados os exames necessários e entregues os documentos aos pacientes para providenciarem as autorizações de Autorização de Internação Hospitalar (AIH), em seu município de origem. Após fazer o procedimento cirúrgico estes pacientes tem um acompanhamento no ambulatório ortopédico, com retornos agendados de um atendimento para outro, até o momento da alta. A cada retorno o paciente é reavaliado e orientado acerca da sequencia de tratamento. Em casos de urgência/emergência há uma escala de médico ortopedista de sobre aviso. Quando os pacientes chegam a emergência com algum trauma e o médico plantonista solicita avaliação da Ortopedia, o médico que está no sobreaviso é o responsável por esta avaliação/atendimento. Nestes casos, a equipe de enfermagem do ambulatório ortopédico, normalmente faz uma avaliação inicial e confecção de imobilizações, quando necessário. Os técnicos de enfermagem tem grande experiência e participam das intervenções, fazendo as imobilizações e principalmente orientando os pacientes e seus familiares. 10 Para cada tipo de trauma existe uma imobilização mais indicada que a equipe de enfermagem ortopédica está sempre pronta a realizar. Sempre é avaliado o estado do paciente para fazer a imobilização, pois há alguns detalhes que devem ser observados, como lesões de pele, proeminências ósseas, limitação articular, entre outras. Como técnico de enfermagem e atuação num setor que trabalha diretamente com trauma em regiões anatômicas diversas, faz-se necessário ter conhecimento mais aprofundado da anatomia humana. O realizar de uma imobilização exige conhecimento geral da anatomia para no ato da imobilização fazer somente a imobilização da região com fratura preservando e deixando livre as articulações para que sejam movimentadas durante o período que o paciente estiver com a imobilização gessada, e durante esse processo de imobilização percebeu-se que a equipe realiza várias orientações. Foi possível acompanhar o elevado número de pacientes atendidos diariamente, uma variedade de lesões provocadas por inúmeros fatores de risco, sendo queda de própria altura, queda de escada, acidente de trabalho, acidente jogando bola, entre outros. Porém, voltam-se olhares ao grande número de pacientes atendidos no ambulatório ortopédico devido a acidentes de trânsito, sobretudo com moto. Observou-se que a equipe de enfermagem, ao receber o paciente vítima e acidente avalia através da palpação, amplitude de movimento e limitações. Observa os movimentos de flexão e extensão, questiona acerca da sensibilidade, força muscular e grau de mobilidade do membro afetado. O conhecimento anatômico permite à enfermagem distinguir o tipo de fratura e a região que ocorreu a fratura, quando visualizada na imagem radiológica, podendo ser classificada em fratura proximal, medial ou distal. O tratamento é aplicado de acordo com alesão seguindo a conduta médica. Durante a realização de estágio supervisionado, foi possível acompanhar o tratamento dispensado à vítima de fratura sem desvio, conhecida como fratura tipo galho verde. O tratamento pode ser conservador no primeiro 11 momento através do uso da tala gessada devido a fratura ocasionar edema e como na tala gessada é usada atadura elástica para a imobilização evita-se o garroteamento e necrose da região imobilizada, e posteriormente dentro de quinze a vinte dias o paciente retorna para a realização de nova consulta médica e imagens radiológicas e então nesse segundo momento a equipe assistencial realiza a imobilização gessada circular, que em virtude do edema ser sido reabsorvido, os risco são menores. Durante esse processo de imobilização que é rápido devido a fila de pacientes para serem atendidos, as orientações são breves e objetivas, como a movimentação dos membros como dedos que estão livres, não molhar o gesso, não apoiar o gesso para não quebrar, não utilizar instrumentos entre a pele e o gesso para coçar devido o risco de lesão de pele, não erguer peso, realizar curativos diários, e qualquer dúvida retornar antes da próxima consulta. Em seguida a atadura gessada é molhada em água morna e após aplicada na região afetada de forma circular como se estivesse passando uma atadura, no momento deste procedimento o gesso é moldado de forma anatômica ao membro. É alisado o gesso para ficar uniforme ainda durante a sua aplicação. Ao término do procedimento o paciente é orientado que demora algumas horas para a secagem completa do gesso e inspecionado quanto algum desconforto com o gesso e observado a perfusão/circulação na extremidade afetada. Para a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, as lesões leves onde o tratamento é sintomático, ocorre manutenção da imobilização até a melhora dos sintomas, durando entre uma e duas semanas. Já nas lesões completas utilizando-se a proteção articular com imobilizadores semirrígidos possibilitou retorno mais rápido às atividades físicas e laborativas quando comparada à imobilização gessada, facilitando a ocorrência de edema, dor e instabilidade em longo prazo. Outros tipos de imobilização funcional, como enfaixamento e imobilizadores elásticos possuem menores riscos de rejeição. 12 Nas fraturas com desvio, ou seja, aquela que precisa de tratamento cirúrgico, a equipe de enfermagem realiza a higiene do membro e imobilização do membro fraturado com a tala gessada, evitando assim movimentos que causam dor ou desconforto. Também orientam o jejum e preparo para o procedimento cirúrgico. Os fragmentos ósseos devem ser mantidos na posição e no alinhamento corretos até que ocorra a união entre os mesmos. A imobilização pode ser feita através do uso de fixadores externos como: bandagens, gessos, talas, trações, em três outras; já os internos podem servem como talas de imobilização interna. Conforme Guimarães Junior, as técnicas de imobilização são descritas no Quadro 1. 13 Quadro 1- tipos de imobilização ortopédica e sua finalidade 14 15 Com base em conhecimentos técnicos-científicos, e de acordo com a conduta médica no tratamento do trauma, a equipe de ortopedia orienta os pacientes quanto aos cuidados e deveres que o paciente precisa ter acerca dos curativos, talas gessadas, gesso, imobilização elástica e retornos no ambulatório ortopédico. O gesso é um material utilizado para imobilização externa rígido e moldado ao corpo, para tratamento de fraturas, correção de deformidades ou apoiar articulações. São necessários diversos cuidados com o gesso, entre eles destacamos manter, nos dias subsequentes ao trauma, o membro imobilizado elevado, o maior tempo possível, a fim de evitar o inchaço do membro dentro do gesso; movimentar os dedos, de hora em hora, enquanto acordado; apoiar o gesso em almofadas; manter o gesso seco e limpo; higienizar entre os dedos 16 cuidadosamente; não molhar o gesso e no caso do gesso sintético, lembrar que as extremidades não são impermeáveis; utilizar capas protetoras do gesso que vedam bem contra a água do banho; não introduzir talco ou objetos para coçar; não retirar o algodão, recortar ou quebrar as bordas do gesso; não pressionar ou colocar peso sobre o gesso; não apoiar o gesso numa mesma posição por tempo prolongado; em caso de imobilização de membro inferior, dependendo da orientação médica, pode ser necessário o uso de muletas para marcha, sem apoio do lado imobilizado; em caso de imobilização do membro superior pode ser necessário o uso de uma tipoia para o seu conforto. Em caso de o paciente apresentar dor constante, dormência, inchaço, dificuldade de mobilidade do membro, febre ou calafrio, palidez cutânea, manchas, odor fétido ou qualquer alterações visíveis, o mesmo deve procurar auxilio dos profissionais, pois podem estar ocorrendo reações, gerando alterações no local ou até novos traumas. Para as imobilização elásticas apenas usa-se malha tubular e algodão laminado (algodão ortopédico), exemplos são as tipoias comuns, que se usa um algodão de 12cm e 1,4m de malha, já as velpo, (canadense) usa-se dois algodão de 20cm e 2m de malha, e os oito posterior são confeccionados com 6 algodão de 20cm e 2,50m, essas imobilizações são para fratura de ombro, fratura de clavícula, e no caso de trauma de joelho, entorce, colocase jhones que são duas ataduras de 20cm e um algodão laminado de 15cm. Em relação às talas de gesso existem várias formas, as suropodálicas (baixas) que são colocadas nos membros inferiores, (MMII). As axilo-palmar que são colocadas nos membros superiores, (MMSS). O material que sempre é usado, são: gesso, malha tubular, algodão laminado (ortopédico) e ataduras crepes. Conforme o Instituto de Ortopedia e Fisioterapia deve-se ter certos cuidados com as demais imobilizações mantendo-a em boas condições, seca, limpa, não tentar retira-la ou utilizar objetos para reduzir prurido, sempre inspecionar a pele observando a presença de inchaços ou vermelhidão, verificar 17 a mobilidade, esses cuidados são de imprescindível realização e favorecem a melhor cicatrização do membro lesado. Também são orientados quanto ao uso de medicações e quanto ao retorno para reavaliação e para exames de imagem. O Raio X é o principal exame solicitado no ambulatório ortopédico, e a principal referência para o atendimento e acompanhamento da evolução do paciente. Todos os pacientes são orientados para trazer as guias autorizadas para dar sequência ao atendimento. Por fim, durante todo o estágio curricular no serviço ambulatorial de ortopedia foi possível acompanhar esse processo de diálogo da equipe com o paciente, a busca de informação se faz uso de medicação para hipertensão, diabetes, medicação controlada, quais as formas de uso e se tem algum tipo de alergia a medicações. Além disto foi possível acompanhar as orientação para cuidados domiciliares e o preenchimento do prontuário do paciente com registro do atendimento realizado pela enfermagem. Em uma perspectiva de continuidade de cuidados, é fundamental preparar o regresso a casa do paciente de modo a promover o autocuidado mesmo existindo limitações, prevenir a redução da sua capacidade funcional e motivá- lo/responsabilizá-lo para o restabelecimento do seu estado de saúde e progressão para a independência. 18 4. Centro de Atenção Especializada em Cirurgias Crânio-Maxilo-Faciais A cirurgia crânio-maxilo-facial é uma área de atuação médica para tratamento cirúrgico de deformidades congênitas e adquiridas (fraturas, sequelas de fraturas, tumores do esqueleto facial), bem como do desenvolvimento dos ossos da face. Além disso, engloba 3 especialidades médicas: cirurgia plástica, cirurgia decabeça e pescoço, otorrinolaringologia. Além disso, possui grande interface com a especialidade da odontologia. A atuação da enfermagem no cuidado aos pacientes submetidos a cirurgia crânio-maxilo-facial, requer conhecimentos técnicos e científicos especializados que envolvam ações visando o preparo pré-operatório, recuperação pós operatória, prevenção de complicações e preparo para o autocuidado. É necessário considerar o paciente em toda sua amplitude bio- psico-social visando a promoção do conforto necessário à recuperação da saúde, valorizando a carga emocional que acompanha o paciente no pré e pós- operatório, pois o estado emocional repercute em fatores favoráveis ou desfavoráveis na sua recuperação. PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS Segundo Molileu as anomalias craniofaciais estão entre os defeitos congênitos humanos mais frequentes e demandam assistência multidisciplinar integral e especializada. O perfil de atuação do centro de cirurgia crânio-maxilo-facial é de portadores de anomalias congênitas do esqueleto facial; fraturas e sequelas de fraturas de face; cistos e tumores dos maxilares; reconstrução do esqueleto crânio-facial (incluindo as microcirúrgicas de mandíbula em conjunto com o 19 Centro de Microcirurgia Reconstrutiva), cranioplastias e o tratamento de deformidades dento-esqueléticas (cirurgia ortognática). Principais cirurgias realizadas Tratamento cirúrgico para fraturas dos ossos da face (Reduções cruentas com osteossínteses). Resseção de tumores cos maxilares (com ou sem reconstrução imediata através de enxertos ósseos). Tratamento cirúrgico para sequelas de fraturas (refraturas, osteossínteses e implantes). Ortognática – Tratamento de deformidades dento-faciais pela manipulação da mandíbula e maxila para a obtenção de uma relação adequada dos dentes (oclusão dentária). Reconstrução microcirúrgica de mandíbula em conjunto com o Centro de Microcirurgia. As principais necessidades de intervenção de enfermagem em pacientes do serviço de cirurgia crânio-maxilo-facial, estão relacionadas às funções do sistema estomatognático que se refere a um conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns, tais como sucção, mastigação, deglutição, fonação e respiração. A avaliação do paciente após a cirurgia deve levar em consideração a dificuldade em realizar estas funções pelo desenvolvimento frequente do edema, pela fixação inter-maxilar, pelos prejuízos neurais tanto a sensibilidade quanto à motricidade, que acometem as estruturas envolvidas em tais funções. A abertura bucal diminuída, associada à dificuldade de preensão do alimento mastigação e deglutição, favorecem a permanência de alimentos na cavidade oral dificultando a higienização, o que se constitui em fator predisponente a infecção. Deve ser feita a orientação quanto à higienização oral após as refeições, através de bochechos com soluções anti-sépticas. 20 É comum a redução da amplitude dos movimentos mandibulares, não devendo ser estimulada a abertura bucal, tratamento este muitas vezes desenvolvido à beira do leito pela fonoaudióloga da unidade de reabilitação. Torna-se fundamental a observação cuidadosa da capacidade de deglutição ao ofertar os alimentos, através de colher ou seringa (dieta líquida). Alguns autores consideram inadequado o uso de canudos nas cirurgias ortognáticas pela força anterior empregada. (CAMPIOTTO, 1998). A oclusão dentária normal ou normoclusão (perfeito relacionamento dos dentes superiores com os inferiores) é fundamental para correta mastigação e deglutição, evitando–se problemas de fala e da articulação temporo-mandibular. Na normoclusão, os dentes do arco inferior devem estar circunscritos pelos dentes do arco superior. A avaliação precoce da oclusão dentária no pós- operatório imediato é uma ação necessária para que possamos garantir que ocorra a consolidação óssea na posição adequada. Cuidados de Enfermagem: Pré-operatório Realizar inspeção da cavidade oral (presença de lesões, dentição, higiene oral e abertura bucal); Orientar quanto a retirada da lente escleral, quando houver; Orientar quanto a retirada da prótese dentária. Trabalhar a comunicação não-verbal (determinar códigos para comunicação; Manter a campainha ao alcance do paciente; Oferecer meios para a comunicação escrita; Oferecer alimentos semi-liquidos; Supervisionar a aceitação da dieta Inspecionar diariamente a boca quanto a lesões e inflamação; 21 Supervisionar a realização da higienização oral; Desencorajar a respiração pela boca (perda da umidade oral) Orientar quanto a correta escovação e importância do uso de enxaguatórios; Verificar estado de hidratação (mucosa oral desidratada é mais vulnerável a lesões) Umidificar a região labial; Realizar aspiração das Vias Aéreas Superiores e cavidade bucal, quando necessário; Manter cabeceira elevada a 30°; Auxiliar o paciente a posicionar-se adequadamente para alimentar- se; Supervisionar a alimentação até que não haja mais perigo de sufocação ou aspiração; Manter o aspirador próximo a unidade do paciente Manter alicate próximo a unidade do paciente (em caso de fixação inter-maxilar) Estimular a lavagem das fossas nasais com SF0,9% após a retirada dos tampões; Não retirar o tampão nasal. Trocar apenas o curativo secundário “bigode” ( em rinoplastias ); Realizar crioterapia (72horas); Oferecer alimentação (frios/líquidos); Proteger a pele do gelo (risco de queimaduras) Orientações para alta Orientar o paciente e familiar quanto aos cuidados com a ingestão alimentar; Realização de crioterapia (nas 72 horas); Evitar exposição ao sol; Reforçar orientações quanto a higienização oral cuidadosa; 22 Uso correto dos medicamentos prescritos (administração e conservação); Observação quanto aos sinais e sintomas de complicações; Retorno ambulatorial. 6. Microcirurgia Reconstrutiva As microcirurgia pode ser definida como um conjunto de procedimentos cirúrgicos aplicados na manipulação de pequenas estruturas que dependem do auxilio de lentes de aumento- lupas ou microscópio. Foi introduzida no Brasil na década de 60 por cirurgiões do Hospital das Clínicas de São Paulo que realizavam reimplantes de membro superior. Sua aplicação não se restringiu somente às amputações, estendeu-se para áreas como a ortopedia, neurocirurgia, urologia, cirurgia de mão, cirurgia plástica entre outras tornando- se uma importante alternativa para o tratamento de lesões ate então insolúveis. Perfil dos pacientes atendidos O Centro de Atenção especializada em Microcirurgia Reconstrutiva atende os usuários vítimas de trauma de etiologia diversa que apresentem lesões nervosas; perdas ósseas, musculares e cutâneas extensas; amputações e outras. A clientela é eminentemente masculina com idade situada na faixa entre 20-50 anos. Cabe destacar que cerca de 30% das internações é composta por recém nascidos e crianças com idade entre 0-12 anos. O tempo médio de internação é de três dias podendo estender-se de acordo com procedimento realizado e a presença de fatores complicadores. As principais cirurgias realizadas incluem: Enxerto de pele, reconstrução com retalho miocutâneo, transplante com anastomose vascular miocutâneo e microcirurgia do plexo braquial (particularmente a neuroenxertia). O enxerto cutâneo é o segmento de pele retirado de uma área (doadora) e transferido para outra (receptora). É classificado de acordo com sua 23 espessura, composição, origem e dimensão sendo amplamente utilizado na restauração e reparação de feridas. A principal complicação é a não-integração seguida da distorção tecidual. O transplante com anastomose vascular miocutâneo é tratamento de escolha na reconstrução de defeitos que requeremtransposição de grandes quantidades de tecidos, com melhora significativa do prognóstico e redução da morbidade. Pode ser classificado quanto à forma, ao numero de pedículos, à composição, à vascularização, à localização da área doadora em relação à receptora e aos métodos de migração. O plexo braquial (figura 01) é um conjunto de nervos que partem da medula espinhal e se localiza no pescoço. Responsável pelos movimentos e pela sensibilidade do membro superior. Pode ser lesionado diretamente (p.e.: arma de fogo) ou por estiramento. Este pode ocorrer na hora do parto e é conhecido como Paralisia Obstétrica do plexo braquial (POPB). As lesões tem gravidade diferenciada de acordo com o trauma ocorrido, o que determina o tipo de tratamento cirúrgico. No INTO o tratamento cirúrgico mais frequente é a neuroenxertia - ligação dos nervos lesionados a partir de cabos nervosos retirados da perna. O prognóstico também está relacionado à gravidade da lesão e o resultado é lento podendo levar até quatro anos. A dor é constante com tendência a desaparecer num período de dois anos devendo ser acompanhada e controlada com o uso de analgésicos. 24 Cuidados de Enfermagem O enfermeiro no CAEMER é responsável pelo gerenciamento do cuidado prestado ao usuário desde sua internação até a alta terapêutica. Suas atividades/ações são realizadas de acordo com o fluxo que o usuário segue ao dar entrada na instituição: internação/pré-operatório, pós-operatório e alta terapêutica. A assistência ao usuário submetido à microcirurgia reconstrutiva requer cuidados especiais no planejamento e condutas pré e pós-operatórias que tangem, principalmente, à manutenção das lesões reparadas e a serem reparadas. Os cuidados pré-operatórios com lesões que serão enxertadas referem- se à manutenção do leito da ferida e da área doadora. Os cuidados pós- operatórios englobam utilização de curativos compressivo na região receptora e acolchoado na doadora, avaliação da “pega” do enxerto e manutenção das áreas até cicatrização e de seu cuidado posterior. Para reparação com retalho, os cuidados pré-operatórios incluem a realização de anamnese (histórico do usuário) – para detecção de fatores que podem ocasionar risco de anastomoses vasculares, como: tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e doenças vasculares. Sequencialmente procede-se ao exame físico e avaliação do membro afetado. As lesões devem ser tratadas de acordo com as características apresentadas até realização de cobertura. No pós-operatório a avaliação rigorosa da área receptora quanto à coloração, pulso, temperatura é indispensável para ciência da viabilidade do retalho, bem como a manutenção do posicionamento adequado no leito e o repouso. O curativo deve ser asséptico para evitar contaminação e infecção. O uso de analgésicos é importante ao conforto do usuário. A realização da anamnese no pré-operatório das cirurgias do plexo braquial é necessária para determinação da gravidade da lesão e do prognóstico. A movimentação das articulações do membro de 3 a 4 vezes ao dia, e o não uso de tipóia até a cirurgia são recomendadas, pois mantêm as amplitudes 25 articulares e as articulações do ombro lubrificadas. O pós-operatório na avaliação da ferida operatória e troca de curativos, manutenção da imobilização (tipóia – adultos – e Velpeau – para crianças) por três semanas, observação do padrão respiratório (nos casos em que há uso do nervo frênico). Coluna e Trauma Raquemedular A coluna vertebral forma uma sustentação forte, mas flexível para o tronco, possuindo importante papel na postura, na sustentação do peso do corpo, na locomoção e na proteção da medula espinhal e das raízes nervosas. Estende-se a partir da base do crânio através do pescoço e do tronco. As vértebras são estabilizadas por ligamentos que limitam os movimentos produzidos pelos músculos do tronco. A medula espinhal, raízes dos nervos espinhais e seus revestimentos, denominados meninges, estão situados dentro do canal vertebral, que é formado pelos forames vertebrais em vértebras sucessivas. Os nervos espinhais e seus ramos estão situados fora do canal vertebral, exceto pelos nervos meníngeos, que retomam através dos forames intervertebrais para inervar as meninges espinhais. O trauma raquemedular é o conjunto de alterações consequentes à ação de agentes físicos sobre a coluna vertebral e aos elementos do sistema nervoso contidos em seu interior. As maiorias das lesões medulares graves continuam sendo irreversíveis do ponto de vista funcional. Sua abordagem limita-se a prevenção e tratamento das complicações. Perfil dos pacientes atendidos O trauma raquemedular incide em pacientes jovens, entre 18 e 35 anos, majoritariamente do sexo masculino, de etiologia traumática causado por acidentes de transito, perfuração por arma de fogo e mergulho em águas rasas. 26 Trauma raquemedular A lesão medular traumática ocorre quando um evento resulta em lesão das estruturas medulares, interrompendo a passagem do estimulo nervoso através da medula. A lesão pode ser completa ou incompleta. A medula espinhal é organizada em segmentos ao longo de sua extensão. Raízes nervosas de cada segmento inervam regiões especificas do corpo, como descrito abaixo; • os segmentos da medula cervical (C1 a C8) controlam a sensibilidade o movimento da região cervical e dos membros superiores; • segmentos torácicos ((T1 a T12) controlam o tórax, abdome e parte dos membros superiores). • segmentos lombares (L1 a L5) estão relacionados com movimentos e sensibilidades nos membros inferiores; • os sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores, sensibilidade da região genital e funcionamento da bexiga e intestino. 27 Principais patologias Escoliose É quando a coluna apresenta uma curva no plano das costas. A escoliose pode apresentar uma curva em “C” ou uma dupla curva em “S”. A escoliose pode ter várias causas, porém a mais comum é a escoliose dita “idiopática”, sem causa definida, que se manifesta ainda na infância ou puberdade. Espondilolistese É caracterizado por um deslizamento ou deslocamento anterior ou posterior de uma vértebra em relação a outra. O canal medular começa a ficar 28 progressivamente mais estreito e há sempre o risco de compressão medular. Existem três causas básicas: falha congênita, amolecimento inflamatório de um ligamento da vértebra e instabilidade por trauma. Hérnia de disco Na hérnia de disco, ocorre o deslocamento do núcleo, a parte interna do disco intervertebral através de uma ruptura do anel fibroso, à parte externa do disco. O fragmento do núcleo que escapa do disco pode comprimir uma raiz nervosa. A hérnia de disco está relacionada a vários fatores, tais como: estrutura genética do indivíduo, atividade física, peso, tipo de trabalho e outros. Principal cirurgia Artrodese: é uma cirurgia que fixa vertebras vizinhas com uma ponte de osso, mantendo-as alinhadas, estáveis e fortes. São utilizados materiais de fixação, como parafuso de titânio ou espaçadores, para aumentar os índices de sucesso da fusão óssea. 29 Cuidados de Enfermagem A assistência de enfermagem ao paciente com lesão medular ou outras patologias da coluna vertebral deve ser individualizada e sistematizada, visto que este paciente apresenta dificuldades de adaptação a sua nova condição e de reintegração a sua rotina de vida pessoal, familiar e social. Durante a hospitalização, alguns cuidados devem ser tomados acerca do quadro clínico, considerando limitações da mobilidade, eliminações fisiológicas, risco aumentado para desenvolvimento de úlceras por pressão, características da dor e risco de infecção. Além destes cuidados, o processo de reabilitação deve ser iniciado ainda durantea hospitalização, visando a adaptação do paciente à sua nova condição e preparando os familiares e cuidadores. De acordo com MANCUSSI (1998), o processo de reabilitação deve focar o binômio paciente/família para assegurar a continuidade dos cuidados planejados e prevenir possíveis complicações. Assim, o enfermeiro tem um papel fundamental não só na assistência, como também na preparação do paciente e familiar no processo de alta hospitalar. Pré-operatório ‡ Realizar exame físico ortopédico (estabilidade, mobilidade, força muscular, sensibilidade, circulação periférica, lesões cutâneas, controle esfincteriano); Implantar ações de acordo com os achados no exame físico; Incentivar a pratica de exercícios fisioterápicos preventivos; Prevenir as ulceras por lesão; Programar mudança de decúbito do paciente em bloco, observando suas curtos de decúbitos por áreas; Pacientes em uso de tração devem ser mobilizados a cada 2 horas com períodos curtos de decúbitos por área; Avaliar a eficácia da tração (peso adequado, posicionamento, relato de dor); 30 Oferecer suporte emocional; Estimular o paciente a realizar as atividades de autocuidado, para promover o sentimento de independência e controle da situação Oferecer explicação clara e concisa sobre qualquer tratamento ou procedimento a ser realizado. Pós-operatório Manter o paciente em Fowler (30o), de acordo com orientação médica. Evitar flexão, inclinação lateral e rotação do tronco; Mudar de decúbito em bloco, a partir do 1° dia de pós-operatório, respeitando a tolerância; Realizar ortostase e marcha com auxilio a partir do 2° dia após a cirurgia, sob a supervisão do fisioterapeuta e de acordo com orientação medica; Relatar as alterações sentidas pelo paciente durante as atividades; Orientar o paciente quanto às restrições de movimentos após a cirurgia; Trocar curativo cirúrgico e descrever seu aspecto Atentar para sinais de complicações, principalmente infecção. Avaliar e registrar características da dor; Orientar e observar o aprendizado do paciente e cuidador quanto ao autocateterismo, quando necessário. 31 OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS DOENTES COM AFECÇÕES ORTOPÉDICAS E TRAUMATOLÓGICAS Os cuidados de enfermagem aos doentes com afecções ortopédicas e traumatológicas abrangem clientes com diferentes patologias, nomeadamente luxação congênita de quadril, displasias do quadril, fratura do colo do fêmur, entre outras. Por isso, os enfermeiros, especialistas de reabilitação ou generalistas, que trabalham em serviços de Ortopedia e em serviços de urgência devem estar preparados para responder eficazmente a todas as situações com que se deparam. Portanto, os trabalho exposto abordará enfatizará os cuidados específicos de enfermagem no que se refere a patologias ortopédicas. Os problemas que afetam os sistemas muscular, esquelético e articular, congênitos ou resultantes de doenças metabólicas e degenerativas, e de traumas de origem intencional ou não, são um importante problema de saúde pública não só por atingirem uma percentagem cada vez maior da população incluindo jovens e adultos jovens, como também, pelos custos pessoais (dor ou desconforto, impossibilidade de, muitas vezes, manter os hábitos de vida, que podem gerar isolamento e síndromes depressivos) e sociais (aumento de absentismo e elevados custos em tratamentos médicos e de enfermagem) (GOMES, 2009). Os cuidados de enfermagem de reabilitação têm acompanhado as alterações dos cenários no campo da saúde, movendo-se dos cuidados em situações agudas, para uma maior intervenção nas situações crônicas de longa duração (MENDES, 2012). A intervenção não pode ser direcionada exclusivamente para a recuperação ou adequação à limitação física, mas, tem que se estabelecer uma abordagem integradora em que o próprio indivíduo e a família/cuidador sejam protagonistas no processo de reabilitação. Isto permite que o paciente mobilize as suas próprias energias físicas, psicológicas e sociais 32 que irá repercutir-se inevitavelmente no processo de recuperação e reintegração social (GOMES, 2009). CONCEITO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Ortopedia e Traumatologia são partes muito importantes da formação médica, embora nem sempre reconhecidas. Em torno de 30-40% das ocorrências de um pronto-socorro geral são ortopédicas. Lombalgia, dor no ombro e trauma são as causas mais frequentes de afastamento do trabalho e aposentadoria por incapacidade. Muitas afecções ortopédico-traumáticas na criança dependem do diagnóstico correto e tratamento precoce, o que pode recuperar a integridade ou obrigar a uma convivência com uma penosa limitação física durante a vida. (GOMES, 2009). A ortopedia, como ciência, tem por objetivo investigar, estudar, prevenir e tratar as afecções do aparelho locomotor e de sustentação, excetuando o tratamento clínico das afecções miopáticas, neurológicas e reumáticas autoimunes. ALGUNS TESTES ESPECIAIS EM ORTOPEDIA TESTE DE GALEAZZI Serve para verificar se há diferença de comprimento nos membros inferiores. O indivíduo é colocado em decúbito dorsal, em posição simétrica, com os membros inferiores flexionados de modo a manter os pés juntos. Quando há discrepância de comprimento dos membros, os topos dos joelhos ficam em alturas diferentes. Teste de Galeazzi, é usado para verificar se há diferença de comprimento nos membros inferiores. Os joelhos são flexionados e os pés mantidos juntos. Se houver encurtamento de um dos membros um joelho ficará mais baixo, como se observa no lado esquerdo do paciente. 33 TESTE DE ADAMS OU TESTE DE UM MINUTO Serve para investigar se há escoliose, solicitando-se ao paciente que faça flexão do tronco, com descrito e ilustrado atrás. INTERVENÇÃO CIRÚRGICA Os pinos são conectados entre si com uma ou mais barras ou anéis (PASCCOAL, 2002). Naquelas que tenham lesão de partes moles associadas, bem como perdas ósseas, facilitando a realização dos curativos e pode ser usado como opção de tratamento nas fraturas cominutivas e segmentares em pacientes que precisam ser mobilizados XAVIER, 2003). Fixação interna: algum tipo de implante – placa de metal, haste como osteossíntese interna. A principal indicação da osteossíntese com placas e parafusos é a impossibilidade do uso Sua vantagem está na possibilidade da redução anatômica e estabilização rígida e imediata da fratura. As desvantagens incluem a ampla dissecção necessária para a colocação da (PASCCOAL, 2002). PRÉ-OPERATÓRIO Colher uma história detalhada, incluindo o mecanismo de lesão, fazendo um exame completo da extremidade afetada à procura de edema, hematoma, crepitação, perda da função, deformidade, descoloração da pele, posição alterada e mobilidade anormal do membro afetado, além de abrasões, lacerações, atentando para a integridade do envoltório e de partes moles; A perfusão tecidual das extremidades deve ser avaliada, assim como a função dos nervos. Deve-se fazer um exame neurológico, incluindo uma avaliação motora e sensitiva dos nervos, atentando para episódios de dor intensa, fraqueza ou parestesias que podem ser indicativo de isquemias (HEBERT & XAVIER, 2003). 34 Avaliar estado emocional do paciente, oferecendo medidas de conforto, esclarecendo dúvidas, ensinando medidas preventivas de complicações no pós-operatório (SANTOS, 2005); Checar riscos cirúrgicos e exames solicitados. Planejar, implementar e avaliar as e avaliar as ações assistenciais para o preparo do paciente de acordo com o tipo de cirurgia (TASHIRO, 2001). PÓS-OPERATÓRIO Realizar exame físico pós-operatório, incluindo avaliação do membro operado para detectar a presença de complicadores, mantendo-o em posição anatômica confortável; Estar atento em relação aos curativos para sinaisde sangramento, dor, hematomas, deiscência, alterações na perfusão periférica e edema de extremidade. O dreno de sucção normalmente é retirado entre 24 horas a 48 horas após a cirurgia, como objetivo evitar possíveis hematomas que possam interferir no processo de cicatrização da ferida. O cateterismo vesical é realizado em cirurgias longas e sempre quando se faz necessário a monitoração do débito urinário. Normalmente a sonda é retirada no primeiro dia após a cirurgia, se o paciente não apresentar nenhuma intercorrência (TASHIRO, 2001). TRATAMENTO DE FRATURA DE FÊMUR DISTAL E PROXIMAL Tratamento das fraturas decorrentes da Osteogênese Imperfeita: Doença genética relativamente rara, que causa fragilidade nos ossos gerando fraturas à manipulação relativamente simples do paciente ou mesmo espontaneamente, ocorrendo encurvamento dos ossos devido ao encurtamento. Devido às fraturas, o tratamento cirúrgico propõe o alinhamento ósseo através da colocação de uma 35 haste intramedular, diminuindo os riscos de uma nova fratura e a dor de uma fratura. Este tipo de procedimento é conhecido como Rodding (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OSTEOGÊNESE, 1999). CUIDADOS DE ENFERMAGEM Todo paciente cirúrgico, apresenta sentimento de medo e ansiedade relacionado à cirurgia e a ruptura com seu ambiente social e familiar, mobilizando respostas inesperadas, imprevistas e até mesmo com diminuição da autoestima. Neste momento, o trabalho inicial da enfermagem é o de apresentar a criança o seu novo ambiente. Higiene corporal – Incentivar banho de aspersão, dentro de suas condições. Alimentação – Orientar quanto à necessidade de ingestão de proteínas, fibras, legumes, carboidratos e frutas e estímulo à ingestão hídrica. Eliminações vesical e intestinal – Orientar quanto ao cateterismo vesical intermitente, uso de supositório de glicerina (quando prescrito pelo médico) e massagem abdominal em sentido horário. Cuidados com curativos – Orientar quanto à importância da lavagem das mãos antes da realização do curativo e cuidados para não contaminá-lo. Mobilização – Orientar quanto à mudança de decúbito e massagem de conforto, utilização do colchão caixa de ovo e proteção das proeminências ósseas com coxins. Outros – Orientar a família para que seja compreensiva e carinhosa com o paciente. 36 INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO NOS TRATAMENTOS DE TRAUMAS, E EM ORTOPEDIA O enfermeiro atua durante o tratamento clínico ou cirúrgico dos pacientes, com trauma desenvolvendo ações de prevenção e promoção, tendo respaldo técnico e legal para o cuidado dos pacientes na avaliação diagnóstica, tratamento, reabilitação, atendimento aos familiares e de todo o gerenciamento do cuidado. Além disso, desenvolve ações educativas integradas com outros profissionais, apoia e participa da construção de legislação específica, identifica fatores de risco ocupacional, utilizando-se das tecnologias e da pesquisa como suporte essencial para gerar a base de conhecimentos que fundamenta a prática clínica nesta área. Para BULECHEK (1985), intervenção de enfermagem é a ação autônoma da enfermeira, baseada em regras científicas que são executadas para beneficiar o cliente, seguindo o caminho preconizado pelo diagnóstico de enfermagem com o estabelecimento de metas a serem alcançadas. Ainda BULECHEK & McCLOSKEY (1987) definem intervenção de enfermagem como uma direção no cuidar que a enfermeira realiza em favor do cliente/paciente durante o tratamento, sendo uma função essencial deste profissional. Caracterizam, ainda, a intervenção de enfermagem como um fenômeno cuja referência é a enfermeira, enquanto que o diagnóstico de enfermagem tem como referência o paciente. A reabilitação no trauma deve ser precoce, com o objetivo de evitar deficiências ou mesmo de agravar incapacidades e, se considerada como um processo de aprendizagem, cabe ao paciente, família e profissionais de saúde, compartilharem da responsabilidade pela reconstrução gradativa de uma vida muito diferente e, neste processo de aprendizagem os cuidados físicos serão os primeiros a serem aprendidos. Já o ajustamento será um contínuo por toda a vida. (FARO 1996). No caso de lesão medular, no atendimento à família do paciente com este tipo de lesão pós-trauma, cumpre-nos compreender que o ajustamento depende de uma conscientização interior, envolvendo redimensionar valores pessoais, 37 conflitos e atitudes não apenas de quem sofreu o trauma físico, mas, principalmente daqueles que, de uma maneira ou de outra, compõe a unidade de suporte da qual o lesado medular faz parte, ou seja, a família. O enfermeiro tem competências relacionadas ao uso de outras terapias além das farmacológicas para minimizar a dor dos pacientes e contribuir para a expectativa de restabelecimento, dentre estas terapias, destacam-se a musicoterapia, a massagem terapêutica, a estimulação de pensamentos que aliviem a dor, a aromaterapia e o posicionamento para conforto. A equipe de Enfermagem deve ter uma perspectiva ampla sobre as sensações experimentadas e relatadas pelos pacientes com dor no pós- operatório imediato porque permanece a maior parte do tempo da internação prestando assistência; entretanto, relatam insatisfação com o gerenciamento da sua dor pela Enfermagem. A assistência de enfermagem em Ortopedia e os procedimentos relativos à imobilização ortopédica poderão ser executados por profissionais de Enfermagem devidamente capacitados, que será comprovada mediante apresentação ou registro, no Conselho Regional de Enfermagem da jurisdição a que pertence o profissional de Enfermagem, de certificado emitido por Instituição de Ensino, especialmente credenciada pelo Ministério da Educação ou concedido por Sociedades, Associações ou Colégios de Especialistas, da Enfermagem ou de outras áreas do conhecimento. RESOLUÇÃO COFEN Nº- 422, DE 4 DE ABRIL DE 2012 – DOU DE 11.04.2012 Normatiza a atuação dos profissionais de enfermagem nos cuidados ortopédicos e procedimentos de imobilização ortopédica. O Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo 38 Regimento Interno da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 421, de 15 de fevereiro de 2012. CONSIDERANDO o disposto no artigo 11 da Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, nº 7.498, de 25 de junho de 1986; CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução nº 311/2007; CONSIDERANDO que, historicamente, a assistência de enfermagem inclui os cuidados ortopédicos e os procedimentos com a imobilização ortopédica; CONSIDERANDO que, na área da Enfermagem, existe a Especialização em Urgência e Emergência, que abrange conhecimentos e habilidades técnicas em Ortopedia; CONSIDERANDO a Nota Técnica emitida pelo Departamento de Gestão da Educação na Saúde – Ministério da Saúde, em 25 de setembro de 2008, que se contrapõe à criação da profissão de Técnico de Gesso; CONSIDERANDO a revogação da Resolução Cofen nº 279/2003, que vedava a participação dos profissionais da Enfermagem na confecção e retirada de calha gessada e aparelho de gesso; CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer critérios para a assistência de enfermagem em Ortopedia e para a execução de procedimentos de imobilização ortopédica; CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº 358/2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem e dá outras providências; CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Cofen em sua 412ª Reunião Ordinária e tudo o mais que consta nos autos dos PAD Cofen nº 571/2010 e nº 314/2011, resolve: 39 Art. 1º A assistência de enfermagem em Ortopediae os procedimentos relativos à imobilização ortopédica poderão ser executados por profissionais de Enfermagem devidamente capacitados. Parágrafo único. A capacitação a que se refere o caput deste artigo será comprovada mediante apresentação ou registro, no Conselho Regional de Enfermagem da jurisdição a que pertence o profissional de Enfermagem, de certificado emitido por Instituição de Ensino, especialmente credenciada pelo Ministério da Educação ou concedido por Sociedades, Associações ou Colégios de Especialistas, da Enfermagem ou de outras áreas do conhecimento, atendido o disposto nas Resoluções Cofen nº 389/2011 e 418/2011. Art. 2º Os cuidados e procedimentos a que se refere esta Resolução deverão ser executados no contexto do Processo de Enfermagem, atendendo- se às determinações da Resolução Cofen nº 358/2009. 40 CONCLUSÃO Em Traumato-Ortopedia os enfermeiros devem ser capazes de conduzir a assistência à pacientes em condições complexas, em um ambiente de cuidado que muda rapidamente, e o desenvolvimento consciente dos sentidos corporais como instrumento consciente da assistência, permite uma eficiente identificação dos problemas, planejamento e intervenções holísticas e com a qualidade necessária. Os cuidados de enfermagem aos doentes com afecções ortopédicas e traumatológicas abrangem pessoas com diferentes patologias, nomeadamente luxação congênita de quadril, displasias do quadril, fratura do colo do fêmur, entre outras. Por isso, os enfermeiros, especialistas de reabilitação ou generalistas, que trabalham em serviços de Ortopedia e em serviços de urgência devem estar preparados para responder eficazmente a todas as situações com que se deparam. O desenvolvimento de aulas teórico-práticas no ambulatório ortopédico de um hospital escola no oeste catarinense evidenciou a importância da equipe de enfermagem estar engajada à equipe médica no acolhimento do paciente/família, no desenvolvimento de uma assistência planejada, participativa, com vistas ao adequado preparo do paciente vítima de trauma ortopédico para o enfrentamento do período de recuperação dos agravos, que por vezes é um processo demorado e penoso. Esta prática possibilitou a socialização de experiências fomentando a reflexão crítica do acadêmico de enfermagem frente ao cenário de morbidades por causas externas. E nesta troca de vivências com os profissionais assistências, docentes e discentes, percebeu-se que os pacientes e familiares foram os principais beneficiados. Como facilidade na realização das aulas teórico-práticas no ambulatório ortopédico, podemos destacar a receptividade dos profissionais assistenciais e dos pacientes/familiares, sempre abertos a dialogar sobre cada caso. Por mais 41 que o estado físico e emocional de alguns pacientes estivesse afetado, a equipe médica e de enfermagem sempre concordaram com a participação da academia na prática assistencial e mostraram-se satisfeitos e motivados com a iniciativa da universidade em abrir campo prático nesta área onde poucos gostam de atuar, pela complexidade dos atendimentos realizados. É necessário que o enfermeiro esteja preparado para atuar de forma acolhedora e humanizada, possibilitando maior qualidade na atenção e condições para o enfrentamento do trauma. 42 REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FARO, A.C.M., et al. Assistência de enfermagem ao paciente com traumatismo raquimedular. In: VENTURA, M. de F. et al. Enfermagem ortopédica. São Paulo: Ícone, 1996. p.175-89. FARO, A. C. M. Autonomia, dependência e incapacidades: aplicabilidade dos conceitos na saúde do adulto e do idoso. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto para o Desenvolvimento da Saúde. Universidade de São Paulo. Fundação Telefônica. Manual de enfermagem. São Paulo: Ministério da Saúde, 2006. p. 137- 140. GEORGE, J.B. Teorias de enfermagem: fundamentos para a prática profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. GOMES, Bárbara Pereira, **Ferreira, Margarida Reis Santos. Assistência de enfermagem em ortopedia e traumatologia, de Ana Cristina Mancussi; Carla Roberta Monteiro; César da Silva Leite; Luciana Tokunaga Itami / Difusão Editora, 2009. HOYT, D.B.; COIMBRA, R.; WINCHELL, R.J. Tratamento de trauma agudo. In: Townsend Jr CM, editores. Sabinston tratado de cirurgia: as bases biológicas da prática cirúrgica moderna. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. TASHIRO, Marisa Toshiko Ono , Simone Pereira Gabriel Murayama Assistência de enfermagem em ortopedia e traumatologia. Atheneu, 2001. Souza IM. A importância do colar cervical no APH em vítimas de trauma com grande desprendimento de energia generalizado. Curso de Formação de Soldados. 43 Fernandes JHM. Semiologia Ortopédica Pericial. 2ªVersão do Hipertexto. UFRGS. 2013 [online]. 0.pdf . [3] Marques ASRP, Costa VSH, Oliveira MJ, Lino NFL, Nalin et. al / Rev. Teor. Prát. Educ. V.3,n.1,pp.05-11 (Abr - Jun 2014) Revista de Teorias e Práticas Educacionais Openly accessible at http://www.mastereditora.com.br/rtpe Baixinho C, Ferreira O. Promotion of self- care to the person dependent on nursing care. Rev enferm UFPE on line. 2012 500/promotion-18185731 Guerra MIP, Reginaldo SS, Vaz de Almeida MB, Cristante AF (Org). Manual de Trauma Ortopédico. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.portalsbot.org.br/public/documents/MANUAL Brunner & Suddath. Tratado de enfemagem medi- co-cirurgica (editores) Suzanne C. Smeltzer...et al.; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. Guimarães Junior CRC. A importância da defesa pessoal e de suas técnicas de imobilização para a atuação profissio- nal dos bombeiros militares. rm=1&source=web&cd=3&ved=0CDYQFjAC&url=http% Albert Einstein. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. IOF - Instituto de Ortopedia e Fisioterapia. Cuidados com a Imobilização: Tipos de imobilização.