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Objetos BIM Página 1 Objetos BIM Página 2 INSTRUÇÕES A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) dá continuidade à missão de levar o básico do BIM para todos e lança dois cursos 100% online e totalmente gratuitos para estimular a capacitação básica sobre BIM. Um passo essencial na política nacional de disseminação desta metodologia no país. A matrícula do curso pode ser realizada através do canal Democratizando BIM. O curso pode ser acessado através da plataforma EAD BIM da ABDI. https://democratizandobim.abdi.com.br/ https://democratizandobim.abdi.com.br/ https://eadbim.abdi.com.br/ Objetos BIM Página 3 SUMÁRIO INSTRUÇÕES ................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1 Aula 1: Definições de objetos BIM ......................................................................... 4 1. Definições .................................................................................................................. 4 1.1. Representações gráficas ................................................................................... 4 1.2. Relacionamentos ............................................................................................... 5 1.3. Informações ....................................................................................................... 6 2. Importância dos objetos BIM ..................................................................................... 7 2.1. Simulação da construção .................................................................................. 7 2.2. Usos pretendidos do BIM .................................................................................. 7 2.3. Conexão dos agentes da construção ................................................................ 8 3. Importância da padronização .................................................................................... 9 Aula 2: Análise do cenário de normatização no Brasil .............................................. 13 1. Apresentação da ABNT: ABNT/CEE-134 ............................................................... 13 1.1. GT Classificação dos elementos BIM ............................................................. 13 1.2. GT Objetos BIM ............................................................................................... 16 1.3. GT Infraestrutura ............................................................................................. 17 1.4. GT Processos BIM .......................................................................................... 17 1.5. GT Arquitetura de Dados BIM ......................................................................... 18 1.6. GT Sistema de gestão dos termos .................................................................. 19 Aula 3: A importância da Biblioteca Nacional em BIM (BNBIM) .................................. 21 1. Importância da biblioteca BNDIM ............................................................................ 21 1.1 Decreto BIM ..................................................................................................... 21 1.2 Economia de recursos ..................................................................................... 21 1.3 Normatização e padrão nacional ..................................................................... 23 1.4 Qualidade dos objetos BIM ............................................................................. 24 1.5 Democratização do BIM .................................................................................. 24 1.6 Apoio à difusão ................................................................................................ 24 2. Apresentação da Biblioteca Nacional em BIM (BNBIM) ......................................... 25 Aula 4: Tipos de objetos .................................................................................... 29 1. Tipos de objetos BIM ............................................................................................... 29 1.1 Objetos proprietários ....................................................................................... 29 1.2 Objetos Genéricos ........................................................................................... 30 1.3 Objetos Personalizados................................................................................... 30 2. Formato Proprietários e Neutro ............................................................................... 31 2.1 Formato proprietário ........................................................................................ 31 2.2 Formato Neutro ............................................................................................... 31 Aula 5: Definição de LOD em objetos BIM ............................................................. 34 Objetos BIM Página 4 1. Definição de LOD em objetos BIM .......................................................................... 34 1.1 Definições ........................................................................................................ 34 1.2 LOD 100 .......................................................................................................... 34 1.3 LOD 200 .......................................................................................................... 35 1.4 LOD 300 .......................................................................................................... 36 1.5 LOD 350 .......................................................................................................... 36 1.6 LOD 400 .......................................................................................................... 37 1.7 LOD 500 .......................................................................................................... 37 Aula 6: Objetos paramétricos e não paramétricos ................................................... 40 1. Objetos paramétricos .............................................................................................. 40 2. Objetos não paramétricos ....................................................................................... 42 3. Interoperabilidade IFC com objetos paramétricos .................................................. 43 Aula 7: Diferenças de uso, especificidade e complexidade ........................................ 47 1. Diferenças de uso .................................................................................................... 47 2. Diferenças de especificidade .................................................................................. 48 3. Diferenças de complexidade ................................................................................... 49 Aula 8: Nomenclatura de objetos ......................................................................... 53 1. Importância da padronização .................................................................................. 53 2. Recomendação ABNT: ANBT/CEE 134 .................................................................. 53 3. Padrão Biblioteca BNBIM ........................................................................................ 55 Aula 9: Informações agregadas aos objetos para planejamento de obras (4D) .............. 59 1. Definição de objetos para uso BIM 4D .................................................................... 59 2. Principais informações requeridas .......................................................................... 60 3. Sistema de classificação ......................................................................................... 62 3.1 NBR 15965-Parte 5 Tabela-3R ....................................................................... 62 3.2NBR 15965-Parte 6 Tabela 4A e 4U ............................................................... 63 4. Informações padronizadas no modelo IFC ............................................................. 64 4.1 IfcPropertySet .................................................................................................. 64 4.2 IfcClassification ................................................................................................ 64 4.3 IFCTask e IFCCalendarDate ........................................................................... 65 Aula 10: Informações agregadas aos objetos para orçamentação (5D) ........................ 67 1. Definição de objetos para uso BIM 5D .................................................................... 67 2. Principais informações requeridas .......................................................................... 68 2.1 Informações necessárias................................................................................. 68 2.2 Metodologia antiga .......................................................................................... 70 3. Sistema de classificação ......................................................................................... 71 3.1 ABNT: NBR 15965-Parte 4 e Parte 5 .............................................................. 71 3.2 ABNT: NBR 15965-6 Tabela 4A-4U ................................................................ 71 4. Informações padronizas no modelo IFC ................................................................. 72 4.1 IfcElementQuantity .......................................................................................... 72 4.2 IfcClassification ................................................................................................ 72 Objetos BIM Página 5 4.3 IfcPropertySet .................................................................................................. 72 4.4 Outros dados ................................................................................................... 73 Aula 11: Informações agregadas aos objetos para análise de eficiência energética (6D) . 75 1. Definição de objetos para uso BIM 6D .................................................................... 75 2. Principais informações requeridas .......................................................................... 76 2.1 Contextualização ............................................................................................. 76 2.2 Análise térmica ................................................................................................ 77 3. Sistema de classificação ......................................................................................... 80 3.1 ABNT: NBR 15965-6 Tabela 4A-4U ................................................................ 80 3.2 ABNT: NBR 15965-2:2012 -Tabela 0M ........................................................... 80 4. Informações padronizadas no modelo IFC ............................................................. 81 Aula 12: Informações agregadas aos objetos para manutenção (7D) .......................... 83 1. Definição de objetos para uso BIM 7D .................................................................... 83 2. Principais informações requeridas .......................................................................... 84 3. Sistema de classificação ......................................................................................... 87 3.1 ABNT: NBR 15965-6 Tabela 4A-4U ................................................................ 87 3.2 Informações padronizas no modelo IFC ......................................................... 87 Aula 13: A importância do IFC atrelado do objeto .................................................... 90 1. Regulamentações normativas ................................................................................. 90 2. Decreto BIM ............................................................................................................. 91 3. Diferenças de usos .................................................................................................. 91 4. Democratização dos objetos BIM ............................................................................ 92 5. Longevidade dos dados .......................................................................................... 93 Aula 14: Exportação de IFC e interoperabilidade ..................................................... 96 1. Introdução ................................................................................................................ 96 2. Comunicação IFC .................................................................................................... 96 2.1 Dados de identificação .................................................................................... 96 2.2 Geometria 3D .................................................................................................. 99 2.3 Representação 2D ......................................................................................... 103 2.4 Quantitativos .................................................................................................. 105 2.5 Propriedades ................................................................................................. 108 2.6 Classificação ................................................................................................. 109 2.7 Material .......................................................................................................... 111 Aula 15: Precificação de serviços em modelagens ................................................ 114 1. Complexidade ........................................................................................................ 114 2. Uso pretendido ...................................................................................................... 115 3. Classificações ........................................................................................................ 115 4. Precificação ........................................................................................................... 116 Aula 16: Modelos de negócios em bibliotecas ...................................................... 118 1. Agentes impactados pela Biblioteca BIM .............................................................. 118 2. Oportunidades de negócios para fabricantes ....................................................... 118 Objetos BIM Página 6 3. Oportunidades de negócios para projetistas ......................................................... 120 Aula 17: Análise do mercado para bibliotecas nacionais e internacionais ................... 123 1. Tipos de bibliotecas BIM ....................................................................................... 123 1.1 Biblioteca de fabricante de software ............................................................. 123 1.2 Biblioteca com fins lucrativos (negócio) ........................................................ 124 1.3 Biblioteca pública ........................................................................................... 125 2. Principais formatos de objetos BIM ....................................................................... 125 Aula 18: Principais softwares utilizados no mercado .............................................. 128 1. Softwares de projeto .............................................................................................. 128 1.1 Autodesk Revit .............................................................................................. 128 1.2 GRAPHISOFT ARCHICAD ........................................................................... 129 1.3 AltoQi QiBuilder ............................................................................................. 131 1.4 ACCA Edificius ..............................................................................................132 1.5 Bentley OpenBuildings Designer ................................................................... 133 1.6 AltoQi Eberick ................................................................................................ 134 1.7 TQS ............................................................................................................... 134 2. Softwares de orçamento e planejamento .............................................................. 135 3. Softwares de coordenação de projetos ................................................................. 136 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 138 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Normas de classificação ABNT NBR 15965 .............................................................. 14 Tabela 2 - Principais diferenças entre objetos Nativos (proprietários) e objetos IFC (neutro) ... 32 Tabela 3 - Comparativo de limitações entre objetos paramétricos e não paramétricos ............. 43 Tabela 4 - LOD mínimo para os usos pretendidos do modelo ................................................... 47 Tabela 5 - Informações requeridas para planejamento 4D no processo tradicional .................. 60 Tabela 6 - Informações requeridas para planejamento 4D no processo sem código EAP ........ 61 Tabela 7 - Tabela de classificação NBR 15965-Parte 6 Tabela 4A............................................ 63 Tabela 8 - Tabela de classificação NBR 15965-Parte 6 Tabela UA ........................................... 64 Tabela 9 - Dados dos objetos BIM para análise energética ....................................................... 79 Tabela 10 - Tabela de classificação dos materiais ..................................................................... 81 Tabela 11 - Informações agregadas aos objetos BIM para manutenção BIM 7D ...................... 86 Tabela 12 - Precificação do serviço de modelagem de objetos BIM especificando os usos pretendidos ................................................................................................................................ 115 Tabela 13 - Precificação do serviço de modelagem de objetos BIM especificando as classificações necessárias ........................................................................................................ 116 Objetos BIM Página 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Objetos BIM .................................................................................................................. 4 Figura 2 - Representação gráfica 3D e 2D em objetos BIM ......................................................... 5 Figura 3 - Representação dos relacionamentos entre objetos BIM .............................................. 5 Figura 4 - Visualização da propriedade IFC de material de uma porta ........................................ 6 Figura 5 - Exemplos de informações associadas a um objeto BIM .............................................. 6 Figura 6 - Avaliação energética ..................................................................................................... 7 Figura 7 - Requisitos de Objetos para Modelagem da Informação da Construção (BIM) - ABNT/CEE-134 ............................................................................................................................. 8 Figura 8 - União dos agentes da construção na utilização dos objetos BIM ................................ 9 Figura 9 - Comunicação dos agentes da construção na utilização dos objetos BIM ................... 9 Figura 10 - Usos diferentes do modelo BIM ................................................................................ 10 Figura 11 - Regulamentações da biblioteca BIMBR ................................................................... 11 Figura 12 - Regulamentações da biblioteca BIMBR ................................................................... 13 Figura 13 - Objeto BIM ................................................................................................................ 14 Figura 14 - Tabela de classificação de materiais ........................................................................ 15 Figura 15 - Objeto BIM Porta com a classificação de material ................................................... 15 Figura 16 - Partes da norma de objetos BIM - ABNT/CEE-134 .................................................. 16 Figura 17 - Informações atreladas aos objetos BIM visando atender aos usos pretendidos ..... 17 Figura 18 - Fluxo de processos da construção civil em obras públicas ...................................... 18 Figura 19 - Exemplo de representação dos dados geométricos da construção ......................... 18 Figura 20 - Decreto BIM .............................................................................................................. 21 Figura 21 - Instituições desenvolvendo de modo independente seus objetos BIM .................... 22 Figura 22 - Instituições desenvolvendo de modo compartilhado seus objetos BIM ................... 22 Figura 23 - Dimensão do impacto nacional de uso compartilhado de objetos BIM .................... 23 Figura 24 - Biblioteca BNBIM de acordo com o padrão e normas nacionais ............................. 23 Figura 25 - Padronização dos objetos BIM através das regulamentações de publicações da biblioteca BNBIM ......................................................................................................................... 24 Figura 26 - Bibliotecas BIM disponibilizadas pelos fabricantes diretamente aos usuários ......... 25 Figura 27 - Bibliotecas BIM disponibilizadas pelos fabricantes através da plataforma BNBIM .. 25 Figura 28 - Ambiente de pesquisa de objetos BIM da BNBIM .................................................... 26 Figura 29 - Ambiente de visualização e download dos objetos BIM ........................................... 26 Figura 30 - Ambiente de usuário da BNBIM ............................................................................... 27 Figura 31 - Ambiente de regulamentos da BNBIM ..................................................................... 27 Figura 32 - Exemplo de objeto BIM proprietário com informações específicas do fabricante .... 29 Figura 33 - Exemplo de objeto BIM genérico sem as informações específicas do fabricante ... 30 Figura 34 - Conexão de duto para climatização como exemplo de objeto BIM personalizado .. 30 Figura 35 - Objetos BIM em formato proprietário no Revit e QiBuilder ...................................... 31 Figura 36 - Exemplos de arquivos em formato neutro ................................................................ 31 Figura 37 - LOD de Objetos BIM ................................................................................................. 34 Figura 38 - Exemplo de objeto BIM em LOD 100 e 300 ............................................................. 35 Figura 39 - Exemplo de objeto BIM em LOD 200 e 300 ............................................................. 35 Figura 40 - Exemplo de objeto BIM em LOD 200 e o objeto real. Embora permita entender o objeto, não fornece informações precisas .................................................................................. 36 Figura 41 - Exemplo de objeto BIM em LOD 300 ....................................................................... 36 Figura 42 - Representação dos relacionamentos entre objetos BIM .......................................... 37 Figura 43 - Representação de uma viga em LOD 400, representado os detalhes de construção ..................................................................................................................................................... 37 Objetos BIM Página 8 Figura 44 - Exemplo de objeto BIM com dados pós-execução .................................................. 38 Figura 45 - Exemplo simples de objeto paramétrico................................................................... 40 Figura 46 - Objeto elétrico paramétrico ....................................................................................... 41 Figura 47 - Objeto elétrico paramétrico, alterando um parâmetro e refletindo em mudanças no 3D, representação 2D e habilitando novos dados ...................................................................... 41 Figura 48 - Alteração da largura da parede modificação a largura parametrizada da janela ..... 42 Figura 49 - Alteração do diâmetro da tubulação modificando a conexão ................................... 42 Figura 50 - Objeto elétrico não paramétrico, onde os dados são estáticos ................................ 42 Figura 51 - Parede paramétrica do Revit exportada via IFC ...................................................... 44 Figura 52 - Parede paramétrica do Revit importada no software ARCHICAD via IFC, reconhecendo a parametrização das camadas .......................................................................... 44 Figura 53 - Imagem de uma seção paramétrica no IFC5 ........................................................... 45 Figura 54 - Bacia sanitária genérica ........................................................................................... 48 Figura 55 - Bacia especifica ........................................................................................................ 48 Figura 56 - Bacia sanitária genérica e bacia sanitária específica ............................................... 49 Figura 57 - Diferença de complexidade entre uma sapata pré-moldada e uma janela .............. 49 Figura 58 - Critério de peso para mensurar o índice de complexidade dos objetos BIM ........... 50 Figura 59 - Índice de complexidade de uma sapata pré-moldada .............................................. 50 Figura 60 - Índice de complexidade de uma janela .................................................................... 51 Figura 61 - Lista de objetos BIM organizados com padrão de nomenclatura ............................ 53 Figura 62 - Objeto BIM a ser aplicado o padrão de nomenclatura ............................................. 54 Figura 63 - Definição do CodTab2C e DescricaoTipo seguindo a tabela 2C da NBR 16965-4 . 54 Figura 64 - Padrão de nomenclatura representado internamente no software .......................... 55 Figura 65 - Objeto BIM a ser aplicado o padrão de nomenclatura ............................................. 56 Figura 66 - Definição do Categoria e Subcategoria seguindo a tabela 2C da NBR 16965-4 ..... 56 Figura 67 - Padrão de nomenclatura representado internamente no software .......................... 57 Figura 68 - Visualização do modelo BIM 4D ............................................................................... 59 Figura 69 - Etapa de inclusão de informações nos objetos BIM para planejamento BIM 4D .... 60 Figura 70 - Reconhecimento do vínculo do objeto BIM com a atividade da EAP ...................... 61 Figura 71 - A inclusão do código EAP na etapa de projeto sobrecarrega e cria uma maior dependência com a fase de projeto ............................................................................................ 61 Figura 72 - Vínculo do objeto BIM com a atividade da EAP através de regras .......................... 62 Figura 73 - Exemplo de EAP com tabela de classificação NBR 15965-Parte 5 Tabela 3R ....... 63 Figura 74 - Exemplo de informação do tipo IfcPropertySet ........................................................ 64 Figura 75 - Exemplo de informação do tipo IfcClassification ...................................................... 65 Figura 76 - Exemplo de informação do tipo IfcTask e IfcCalendarDate ..................................... 65 Figura 77 - Visualização do modelo BIM 5D no software QiVisus .............................................. 67 Figura 78 - Etapa de inclusão de informações nos objetos BIM para orçamentação BIM 5D ... 67 Figura 79 - Imagens representativas para quantificação e critérios de medição ....................... 68 Figura 80 - Vínculo de uma composição de custo a um quantitativo utilizando os critérios de medição no software QiVisus ...................................................................................................... 68 Figura 81 - Arvore de fatores de uma parede de alvenaria ........................................................ 69 Figura 82 - Resumo dos dados necessários aos objetos BIM para orçamentação 5D .............. 69 Figura 83 - Exemplo da disposição dos dados em um objeto BIM que pode ser utilizados para gerar os quantitativos levando em conta os critérios de medição .............................................. 70 Figura 84 - Exemplo da metodologia de orçamentação utilizando os códigos da composição de custo ............................................................................................................................................ 70 Figura 85 - Associação do sistema de classificação com a base SINAI .................................... 71 Figura 86 - Exemplo de classificação dos ambientes pela tabela 4A ......................................... 71 Figura 87 - Informações BaseQuantitities (IfcElementQuantity) de um objeto BIM ................... 72 Objetos BIM Página 9 Figura 88 - Exemplo de uso do IfcPropertySet para representar os dados do critério de medição ..................................................................................................................................................... 73 Figura 89 - Outras informações que podem ser utilizadas no processo de orçamentação, como Type, Layer, Entidade e IfcMaterial............................................................................................. 73 Figura 90 - Análise da posição de maior eficiência para os painéis solares .............................. 75 Figura 91 - Principiais etapas de inclusão de informações nos objetos BIM para BIM 6D ........ 76 Figura 92 - Análise do conforto antropodinâmico em uma ferramenta para análise estrutural. . 77 Figura 93 - Transferência unidirecional de dados para análise energética entre aplicativos. .... 78 Figura 94 - Informações necessárias para análise energética. .................................................. 78 Figura 95 - Exemplo de classificação dos ambientes pela tabela 4A ......................................... 80 Figura 96 - Exemplo de atividade de manutenção da edificação ............................................... 83 Figura 97 - Etapas de inserção dos dados no modelo para uso BIM 7D ................................... 83 Figura 98 - Exemplo de objeto BIM com dados pós-execução .................................................. 84 Figura 99 - – Inclusão de novos dados no modelo BIM após a construção da obra .................. 85 Figura 100 - Exemplo de classificação dos ambientes pela tabela 4A ....................................... 87 Figura 101 - Dados padronizados do esquema IFC que podem ser utilizados para manutenção ..................................................................................................................................................... 88 Figura 102 - Grupos de trabalhos da ABNT CEE-134 ................................................................ 90 Figura 103 - Obrigação do formato de dados aberto pelo decreto BIM...................................... 91 Figura 104 - Diferentes usos do modelo dos dados dos objetos BIM ........................................ 92 Figura 105 - Utilização de um único objeto BIM no formato IFC em diferentes softwares ......... 93 Figura 106 - Versionamento de dados nativo ............................................................................. 93 Figura 107 - Perda de informações ao acessar os dados de objetos BIM em formatos nativos na versão mais recente do aplicativo ...............................................................................................94 Figura 108 - Esquema de dados básicos associados aos objetos BIM...................................... 96 Figura 109 - Opção para manter o ID (GUID) do objeto BIM entre as exportações IFC no software Autodesk Revit ............................................................................................................................ 97 Figura 110 - Classificação da entidade IFC no software GRAPHISOFT ARCHICAD ................ 98 Figura 111 - Mapeamento da importação das entidades IFC para as categorias no software Autodesk Revit ............................................................................................................................ 98 Figura 112 - Exemplo de reconhecimento da categoria dos objetos BIM na comunicação entre diferentes softwares .................................................................................................................... 99 Figura 113 - Esquema de dados básicos associados aos objetos BIM, focando na geometria 3D ................................................................................................................................................... 100 Figura 114 - Diferença entre a representação BREP e CSG ................................................... 100 Figura 115 - Configuração para exportação a geometria como BREP no software GRAPHISOFT ................................................................................................................................................... 101 Figura 116 - Configuração para exportação a geometria como BREP no software TQS ........ 101 Figura 117 - Configuração para exportação a geometria como BREP no software AltoQi QiBuilder ................................................................................................................................................... 102 Figura 118 - Exemplo de perda de detalhes geométricos ao compartilhar os modelos IFC entre diferentes softwares utilizando geometrias extrudadas ............................................................ 102 Figura 119 - Esquema de dados básicos associados aos objetos BIM, focando na representação 2D .............................................................................................................................................. 103 Figura 120 - Opção para exportar a representação 2D dos objetos BIM no software Autodesk Revit .......................................................................................................................................... 103 Figura 121 - Opção para exportar a representação 2D dos objetos BIM no software GRAPHISOFT ........................................................................................................................... 104 Figura 122 - Exemplos de objetos BIM com a representação 2D sendo exportados do software GRAPHISOFT ARCHICAD e reconhecidos no software Autodesk Revit................................. 104 Objetos BIM Página 10 Figura 123 - Esquema de dados básicos associados aos objetos BIM, focando nos quantitativos ................................................................................................................................................... 105 Figura 124 - Exemplo dos dados de quantidades do objeto BIM exibidos no software QiVisus ................................................................................................................................................... 105 Figura 125 - Configuração para exportar os quantitativos dos objetos BIM no software Autodesk revit ............................................................................................................................................ 106 Figura 126 - Configuração para exportar os quantitativos dos objetos BIM no software GRAPHISOFT ........................................................................................................................... 106 Figura 127 - Configuração para exportar os quantitativos dos objetos BIM no software AltoQi QiBuilder .................................................................................................................................... 107 Figura 128 - Reconhecimento dos quantitativos no software de orçamento QiVisus .............. 107 Figura 129 - Esquema de dados básicos associados aos objetos BIM, focando nas propriedades ................................................................................................................................................... 108 Figura 130 - Configurações para exportação das propriedades IFC no software Autodesk Revit ................................................................................................................................................... 108 Figura 131 - Configuração para exportação das propriedades IFC no software AltoQi QiBuilder ................................................................................................................................................... 109 Figura 132 - Esquema de dados básicos associados aos objetos BIM, focando na classificação ................................................................................................................................................... 109 Figura 133 - Janela de seleção da classificação dos objetos BIM no software Autodesk Revit ................................................................................................................................................... 110 Figura 134 - Janela de seleção da classificação dos objetos BIM no software ARCHICAD .... 110 Figura 135 - Exemplo de classificação do objeto BIM sendo lida no software Solibri .............. 111 Figura 136 - Esquema de dados básicos associados aos objetos BIM, focando no material .. 111 Figura 137 - Exemplo do reconhecimento dos materiais do objeto BIM no software QiVisus . 112 Figura 138 - Precificação do serviço de modelagem de objetos BIM ....................................... 114 Figura 139 - Precificação do serviço de modelagem de objetos BIM utilizando critérios de complexidade ............................................................................................................................ 114 Figura 140 - Principais agentes impactados pelos objetos BIM ............................................... 118 Figura 141 - Objeto BIM com dados do fabricante ................................................................... 119 Figura 142 - Exemplo de lista de materiais utilizado para compra dos materiais a partir dos dados dos objetos BIM ......................................................................................................................... 119 Figura 143 - Divulgação nacional do produto através do objeto BIM ( ..................................... 120 Figura 144 - Exemplo de objeto BIM com dados técnicos específicos..................................... 120 Figura 145 - Modelagem de objetos BIM para fornecedores .................................................... 121 Figura 146 - Divulgação profissional ......................................................................................... 121 Figura 147 - Tipos de bibliotecas BIM ....................................................................................... 123 Figura 148 - Exemplo de bibliotecas BIM disponibilizadas por fabricantes de softwares ........ 124 Figura 149 - Exemplo de bibliotecas BIM com fins lucrativos ................................................... 124 Figura 150 - Preços cobrado aos fornecedores para disponibilizar os objetos na biblioteca bimobject ................................................................................................................................... 125 Figura 151 - Biblioteca pública .................................................................................................. 125 Figura 152 - Principais formatos de objetos BIM disponíveis nas bibliotecas.......................... 126 Figura 153 - Software Autodesk Revit ...................................................................................... 128 Figura 154 - Carregando objeto BIM no Software Autodesk Revit ........................................... 129 Figura 155 - Software GRAPHISOFT ARCHICAD ................................................................... 130 Figura 156 - Biblioteca BIM do Software GRAPHISOFT ARCHICAD ...................................... 130 Figura 157 - Software AltoQi QiBuilder ..................................................................................... 131 Figura 158 - Biblioteca BIM do Software AltoQi QiBuilder ........................................................ 131 Figura 159 - Software ACCA Edificius ...................................................................................... 132 Objetos BIM Página 11 Figura 160 - Biblioteca do Software ACCA Edificius................................................................. 133 Figura 161 - Software Bentley OpenBuildings Designer ........................................................... 133 Figura 162 - Software AltoQi Eberick ........................................................................................ 134 Figura 163 - Software TQS ....................................................................................................... 135 Figura 164 - Softwares para Orçamento e Planejamento ......................................................... 136 Figura 165 - Softwares para coordenação de projetos ............................................................. 137 Objetos BIM Página 1 INTRODUÇÃO O curso visa proporcionar aos profissionais da cadeia da construção um direcionamento para os usos dos objetos BIM. Este curso traz as definições, características, classificação, nomenclatura e informações, agregadas aos objetos para as diferentes Dimensões (D's) do BIM, entre outros aspectos deste tema. Objetos BIM Página 2 AUTOR Edvanio Teixeira Engenheiro Civil graduado pela UNISUL (2013). Atua como professor na pós- graduação Engenharia Digital e Tecnologia BIM da UTFPR, como analista de inovação AltoQi no desenvolvimento de soluções BIM, como sócio da ENESS Engenharia no desenvolvimento de projetos instalações e estrutura e participa do GT de Objetos BIM da CEE-134/ABNT. Além dos trabalhos desempenhados, atuou como idealizador e desenvolvedor da solução ECBIM (adquirido pela empresa AltoQi e renomeado para QiVisus) para orçamentação BIM 5D e na pesquisa e desenvolvimento de soluções de engenharia estrutural para o software Eberick. Objetos BIM Página 3 AULA 1 Definições de objetos BIM Objetos BIM Página 4 Aula 1: Definições de objetos BIM 1. DEFINIÇÕES Objetos BIM são blocos virtuais que através de sua representação gráfica, relacionamentos e parâmetros simulam os componentes reais da construção, podendo abranger toda a sua vida útil. Esses elementos são utilizados para simular a edificação virtual (BIM - Building Information Modeling) e através de suas características permitem explorar os usos pretendidos do modelo BIM, que vão desde a análise de interferência, projeto, quantificação, orçamentação, simulações energéticas até a manutenção. Figura 1 - Objetos BIM Fonte: Do autor 1.1. Representações gráficas Os objetos BIM obrigatoriamente devem possuir uma representação 3D, visando dar visibilidade de esse elemento no modelo. Além da representação 3D, também podem conter uma representação 2D, que é importante principalmente na fase de projeto. Na Figura 2 podemos visualizar os objetos Porta e Ponto de luminária com as suas representações 3D e 2D e note que a representação 2D é uma simbologia não relacionada ao modelo 3D. Objetos BIM Página 5 Figura 2 - Representação gráfica 3D e 2D em objetos BIM Fonte: Do autor 1.2. Relacionamentos Os elementos construtivos se comportam na edificação de modo integrado ente os sistemas. Como exemplo, uma Bacia sanitária está conectado à rede de esgoto e a rede de abastecimento de água, assim como uma porta está embutida em uma parede. Os relacionamentos entre objetos, conexões e/ou propriedades também podem ser representados nos objetos BIM. Figura 3 - Representação dos relacionamentos entre objetos BIM Fonte: Do autor Objetos BIM Página 6 1.3. Informações Os objetos BIM podem conter diversos dados que variam de acordo com os usos pretendidos do modelo. Os dados são estruturados de modo que sejam reconhecidos semanticamente pelos aplicativos. Como exemplo, a informação de material possui um esquema de dado próprio, permitindo com que as ferramentas reconheçam essa informação nativamente como material. Figura 4 - Visualização da propriedade IFC de material de uma porta Fonte: Do autor As informações associadas aos objetos BIM contêm diferentes semânticas que são incorporadas de acordo com utilização do modelo BIM. Como exemplo de dados, podemos incluir informações de identificação, material, informações para usos de orçamento, manutenção e até mesmo a identificação das pessoas envolvidas na troca de dados. Figura 5 - Exemplos de informações associadas a um objeto BIM Fonte: Do autor Objetos BIM Página 7 2. IMPORTÂNCIA DOS OBJETOS BIM 2.1. Simulação da construção Os objetos BIM, por representarem os componentes reais da construção, permitem criar a edificação virtual e simular computacionalmente o comportamento físico e gerencial da construção, auxiliando na busca da melhor solução para a edificação bem como evitar problemas construtivos e de operação. Na figura a seguir podemos conferir um exemplo de uso dos objetos BIM, onde através de seus parâmetros e dados locais podemos realizar a avaliação energética da edificação. Figura 6 - Avaliação energética Fonte: Avaliação de desempenho energético em Projetos BIM, Coletânea Guias BIM ABDI- MDIC 2.2. Usos pretendidos do BIM A construção virtual pode ser utilizada para diversos tipos de simulações, sendo comumente referenciado como usos pretendidos do BIM. As normas da ABNT de objetos BIM fazem referência de quais informações e esquemas devem Objetos BIM Página 8 ser incluídos visando atender aos usos pretendidos. Este contexto traz uma visão da importância dos objetos BIM para atender aos usos pretendidos. Figura 7 - Requisitos de Objetos para Modelagem da Informação da Construção (BIM) - ABNT/CEE-134 Fonte: Boletim ABNT Jul/Ago 2020 2.3. Conexão dos agentes da construção A cadeia da construção é composta por inúmeros agentes, que vão desde a fabricação e distribuição dos materiais, projeto, construção, até manutenção e operação da edificação. No fluxo de trabalho em BIM, as informações estão contidas ou associadas aos objetos podem ser utilizadas em momentos diferentes por esses agentes. Como exemplo podemos imaginar um fabricante de Ar condicionado que informa no objeto os dados de “Potência”, “BTU”, “Modelo” e “Ciclo de manutenção”, permitindo com que esse mesmo objeto possa ser utilizado respectivamente pelo projetista de elétrica no dimensionamento do projeto, projetista de climatização, setor de compras na etapa de construção e na manutenção da edificação. Objetos BIM Página 9 Figura 8 - União dos agentes da construção na utilização dos objetos BIM Fonte: Do autor 3. IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO O fluxo de trabalho em BIM envolve diversos agentes e a utilização diferentes softwares. Para que ocorra a interpretação correta dos dados dos objetos BIM de acordo com as necessidades de cada uso é extremamente importante a padronização das informações. No exemplo abaixo, temos um tipo de ambiente sendo reconhecido pelosoftware e pelos colaboradores através da classificação da informação. Figura 9 - Comunicação dos agentes da construção na utilização dos objetos BIM Fonte: CATELANI, Wilton and TOLEDO, Eduardo. Normas Brasileiras sobre BIM A padronização dos dados dos objetos BIM tem um papel fundamental garantir que diversos agentes da construção, utilizando diferentes objetos e em momentos distintos, consigam explorar os usos pretendidos do modelo BIM. Objetos BIM Página 10 Figura 10 - Usos diferentes do modelo BIM Fonte: Processo de Projeto BIM, Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC Como exemplo da importância da padronização podemos conferir na Biblioteca Nacional de Objetos BIM BIMBR uma série de orientações e regulamentações para aceitação do cadastro de objetos. Essas regulamentações visam garantir que objetos BIM construídos por diferentes profissionais possam ser utilizados de modo homogêneo na modelagem de uma edificação. https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/ Objetos BIM Página 11 Figura 11 - Regulamentações da biblioteca BIMBR Fonte: https://plataformabimbr.abdi.com.br/ https://plataformabimbr.abdi.com.br/ Objetos BIM Página 12 AULA 2 Análise do cenário de normatização no Brasil Objetos BIM Página 13 Aula 2: Análise do cenário de normatização no Brasil 1. APRESENTAÇÃO DA ABNT: ABNT/CEE-134 A Comissão de Estudo Especial de Modelagem de Informação da Construção (BIM), a ABNT/CEE-134, iniciou seu trabalho em 2009 e tem como objetivo o desenvolvimento de normas técnicas visando organizar aspectos chave para a adoção de BIM no país. A CEE-134 é dividida em grupos de trabalho (GT), segmentando os temas de acordo com os objetos de normatização. Figura 12 - Regulamentações da biblioteca BIMBR Fonte: CATELANI, Wilton and TOLEDO, Eduardo. Normas Brasileiras sobre BIM 1.1. GT Classificação dos elementos BIM O primeiro GT, Classificação Elementos BIM tem como foco o desenvolvimento de um sistema de classificação adequado à realidade nacional, baseado na OMNICLASS, de modo que seja possível estabelecer um inter- relacionamento entre as tabelas. Para melhor entendimento do sistema de classificação bem como a sua importância e aplicação, recomenda-se a leitura do Guia 02 Classificação da informação BIM – ABDI MCDI. A norma de classificação de objetos BIM é dividida em 7 partes, segmentada por diferentes temas e assuntos. Algumas partes da ABNT NBR 15965 já estão publicadas e podem ser acessadas em: • ABNT NBR 15965-1:2011 - Parte 1 Terminologia e estrutura • ABNT NBR 15965-2:2012 - Parte 2 Características dos objetos da construção https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/rest/conteudo/imagem/GUIA%20BIM%2002.pdf https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/rest/conteudo/imagem/GUIA%20BIM%2002.pdf https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=87578 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91351 Objetos BIM Página 14 • ABNT NBR 15965-3:2014 - Parte 3 Processos da construção • ABNT NBR 15965-7:2015 - Parte 7: Informação da construção Tabela 1 - Normas de classificação ABNT NBR 15965 Fonte: Adaptado de CATELANI, Wilton and TOLEDO, Eduardo. Normas Brasileiras sobre BIM Visando um melhor entendido da classificação dos objetos BIM, vamos pegar como exemplo uma porta de madeira angelim-pedra e definir a classificação de material utilizando a NBR 15965-2:2012, tabela 0M. Figura 13 - Objeto BIM Fonte: Do autor O primeiro passo para classificar esse objeto, é localizar na tabela 0M o material correspondente ao utilizado. Norma Tema Assunto Grupo Identificador Tabela ABNT NBR 15965-1:2011 Classificação e Terminologia - - - Materiais M 0M Propriedades P 0P Fases F 1F Serviços S 1S Disciplinas D 1D Funções N 2N Equipamentos Q 2Q Componentes C 2C Elementos E 3E Resultados R 3R Unidades U 4U Espaços A 4A ABNT NBR 15965-7:2015 Informações da construção Informação 5 I 5I ABNT NBR 15965-6 (previsão 2020) Unidades e Espaços da construção 0 1 2 3 4 ABNT NBR 15965-2:2012 Características dos Objetos Processos Recursos ABNT NBR 15965-4 (previsão 2020) ABNT NBR 15965-3:2014 ABNT NBR 15965-5 (previsão 2020) Resultados da construção https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=326818 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=349049 Objetos BIM Página 15 Figura 14 - Tabela de classificação de materiais Fonte: ABNT NBR ISO 15965-2:2012 A partir da tabela 0M temos o código e o termo padronizado para o material da porta. Essa padronização permite com que pessoas e softwares possam reconhecer corretamente o material desse elemento independente do nome regional ou modo de escrita. Figura 15 - Objeto BIM Porta com a classificação de material Fonte: Do autor Ainda sobre as normas de classificação, existe também a ABNT NBR ISO 12006-2:2018 Construção de edificação - Organização de informação da construção Parte 2: Estrutura para classificação que define uma estrutura padronizada para Sistemas de Classificação da Informação no escopo da Construção. https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=385881 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=385881 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=385881 Objetos BIM Página 16 1.2. GT Objetos BIM O grupo de trabalho Objetos BIM tem como objetivo desenvolver a norma que visa estabelecer as diretrizes para o desenvolvimento de objetos visando suportar os usos pretendidos. Esta norma, prevista para publicação em 2020, contém 19 partes segmentando as informações requeridas conforme os usos pretendidos. Figura 16 - Partes da norma de objetos BIM - ABNT/CEE-134 Fonte: Boletim ABNT Jul/Ago 2020 Como exemplo de aplicação da norma de objetos BIM, vamos imaginar a representação virtual de uma luminária visando atender aos usos pretendidos de detecção de interferências (Parte 15), projeto elétrico (Parte 5), projeto de iluminação (Parte 7) e manutenção (Parte 17). Na imagem abaixo podemos visualizar que cada uso pode necessitar de informações e representações diferentes para serem alcançados. Observação: As informações presentes na imagem abaixo são apenas didáticas, visto que ainda não temos até o presente momento a publicação da norma de Objetos BIM. Objetos BIM Página 17 Figura 17 - Informações atreladas aos objetos BIM visando atender aos usos pretendidos Fonte: Do autor 1.3. GT Infraestrutura O GT de infraestrutura tem como objetivo dar suporte e desenvolver um trabalho crítico sobre os demais grupos da CEE-134 focando nas práticas e necessidades de empreendimentos de infraestrutura bem como identificar outras demandas. 1.4. GT Processos BIM Este grupo de trabalho tem como objetivo o desenvolvimento da norma que visa estabelecer os conceitos e princípios para os processos de negócios em todo o setor da construção civil em BIM baseado na série da ISO 19650. O processo de gestão da construção, desde o termo o termo de referência até a etapa de execução e manutenção sobre impacto com a adoção do BIM, sendo o escopo de normatização deste GT. https://www.iso.org/standard/68078.html Objetos BIM Página 18 Figura 18 - Fluxo de processos da construção civil em obras públicas Fonte: Carezzato, Gustavo G.. Protocolo de gerenciamento BIM nas fases de contratação, projeto e obra em empreendimentos civis baseado na ISO 19650 – Escola Politécnica , 2018 , São Paulo 1.5. GT Arquitetura de Dados BIM O GT Arquitetura de Dados BIM tem como objetivo definir as normas que visam uniformizar, do ponto de vista computacional, a estrutura de dados utilizadas na comunicação entre os softwares BIM. Figura 19 - Exemplo de representação dos dados geométricos da construção Fonte: ABNT NBR ISO 16757-2:2018 Objetos BIM Página 19 Este GT já apresenta as normas públicas, sendo:• ABNT NBR ISO 16354:2018 - Diretrizes para as bibliotecas de conhecimento e bibliotecas de objetos • ABNT NBR ISO 16757-1:2018 - Estruturas de dados para catálogos eletrônicos de produtos para sistemas prediais - Parte 1: Conceitos, arquitetura e modelo • ABNT NBR ISO 16757-2:2018 - Estruturas de dados para catálogos eletrônicos de produtos para sistemas prediais - Parte 2: Geometria 1.6. GT Sistema de gestão dos termos Este grupo de trabalho tem como tem como objetivo a proposição da estrutura do Sistema de Gestão de termos para a implementação por parte da ABNT para a CEE-134. https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=398439#:~:text=O%20objetivo%20desta%20Norma%20%C3%A9,a%20uniformiza%C3%A7%C3%A3o%20de%20seu%20uso.&text=Isso%20tornaria%20a%20compara%C3%A7%C3%A3o%2C%20a,muito%20complexos%2Cou%20mesmo%20imposs%C3%ADveis. https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=398439#:~:text=O%20objetivo%20desta%20Norma%20%C3%A9,a%20uniformiza%C3%A7%C3%A3o%20de%20seu%20uso.&text=Isso%20tornaria%20a%20compara%C3%A7%C3%A3o%2C%20a,muito%20complexos%2Cou%20mesmo%20imposs%C3%ADveis. https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=398440 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=398440 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=398441 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=398441 Objetos BIM Página 20 AULA 3 A importância da Biblioteca Nacional em BIM (BNBIM) Objetos BIM Página 21 Aula 3: A importância da Biblioteca Nacional em BIM (BNBIM) 1. IMPORTÂNCIA DA BIBLIOTECA BNDIM 1.1 Decreto BIM A biblioteca BNBIM faz parte da estratégia BIM BR, onde apresenta em seus objetivos estratégicos desenvolver a Plataforma e Biblioteca BIM BR devido a sua importância na democratização do BIM e divulgação de conhecimento. Maiores informações, pode-se acessar os decretos DECRETO Nº 9.983/2019 e Nº 10.306/2020. Figura 20 - Decreto BIM Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9983.htm 1.2 Economia de recursos A construção de objetos BIM representa um custo de implementação e manutenção em cada instituição. Caso adote um desenvolvimento independente, pode representar um alto custo ou comprometer a qualidade do elemento desenvolvido. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9983.htm https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.306-de-2-de-abril-de-2020-251068946 Objetos BIM Página 22 Figura 21 - Instituições desenvolvendo de modo independente seus objetos BIM Fonte: Do autor Com a utilização da plataforma pública e gratuita BIMBR é possível buscar e compartilhar os objetos BIM, reduzindo a demanda interna nas instituições. Figura 22 - Instituições desenvolvendo de modo compartilhado seus objetos BIM Fonte: Do autor Com a utilização da plataforma pública e gratuita BIMBR é possível compartilhar e buscar objetos BIM, reduzindo a demanda interna nas instituições. Pensando em um cenário nacional e na imensa quantidade de instituições públicas e privadas, representa uma economia financeira significativa de recursos públicos para a implementação do BIM. Objetos BIM Página 23 Figura 23 - Dimensão do impacto nacional de uso compartilhado de objetos BIM Fonte: Do autor 1.3 Normatização e padrão nacional Os requisitos da plataforma estão alinhados com as discussões e normas da ABNT, bem como componentes e metodologias construtivas utilizadas no cenário nacional. Figura 24 - Biblioteca BNBIM de acordo com o padrão e normas nacionais Fonte: Do autor Objetos BIM Página 24 1.4 Qualidade dos objetos BIM A Biblioteca BIMBR dispõe de uma série de regulamentações para publicação e aprovação dos objetos BIM visando a qualidade e a padronização dos objetos. Além da qualidade dos dados, a biblioteca auxilia na padronização dos objetos BIM. Conforme apresentamos na aula 1, a padronização dos dados é um dos pontos chaves para o sucesso nos usos das informações do modelo BIM. Figura 25 - Padronização dos objetos BIM através das regulamentações de publicações da biblioteca BNBIM Fonte: Do autor 1.5 Democratização do BIM A biblioteca BIM através da disponibilização gratuita dos objetos BIM e de acordo com o padrão nacional, facilita o acesso de pequenas instituições a terem objetos BIM adequados para o desenvolvimento de projetos, reduzindo os custos de implementação de BIM. 1.6 Apoio à difusão Muitos fabricantes disponibilizam bibliotecas BIM de seus produtos, no entanto estão dispersos e muitas vezes o usuário não tem conhecimento de sua existência. Objetos BIM Página 25 Figura 26 - Bibliotecas BIM disponibilizadas pelos fabricantes diretamente aos usuários Fonte: SENA, Paulo. Biblioteca Nacional Objetos BIM A BNBIM centraliza os modelos e permite a conexão de fabricantes e usuários. Este contexto, facilita desde a divulgação dos produtos dos fabricantes bem como o acesso dos usuários aos objetos BIM. Figura 27 - Bibliotecas BIM disponibilizadas pelos fabricantes através da plataforma BNBIM Fonte: SENA, Paulo. Biblioteca Nacional Objetos BIM 2. APRESENTAÇÃO DA BIBLIOTECA NACIONAL EM BIM (BNBIM) A plataforma BNBIM é um ambiente web o gratuito para compartilhamento de objetos BIM, sendo a maior biblioteca pública BIM do mundo e conta com uma estrutura organizada para a localização e download dos objetos BIM. Além dos objetos, disponibiliza guias, normas e manuais relacionados ao BIM. Através do endereço https://plataformabimbr.abdi.com.br podes se acessar a biblioteca. Na guia “Biblioteca Nacional BIM” é possível realizar a pesquisa de objetos BIM filtrando por categoria, subcategorias, softwares, nome, autor ou características e realizar o download do objeto. https://plataformabimbr.abdi.com.br/ Objetos BIM Página 26 Figura 28 - Ambiente de pesquisa de objetos BIM da BNBIM Fonte: https://plataformabimbr.abdi.com.br Figura 29 - Ambiente de visualização e download dos objetos BIM Fonte: https://plataformabimbr.abdi.com.br A biblioteca BNBIM apresenta um ambiente de usuário onde permite criar um perfil profissional, cadastrar seus objetos (sua biblioteca) e gerenciar seu histórico. Objetos BIM Página 27 Figura 30 - Ambiente de usuário da BNBIM Fonte: https://plataformabimbr.abdi.com.br Nos regulamentos pode-se conferir o tutorial da biblioteca, bem como as documentações técnicas para o uso e cadastro de objetos BIM. Nesse ambiente recomenda-se assistir ao vídeo tutorial para maiores informações sobre a plataforma. Figura 31 - Ambiente de regulamentos da BNBIM Fonte: https://plataformabimbr.abdi.com.br https://plataformabimbr.abdi.com.br/ https://youtu.be/5jUKwLAYl3I https://plataformabimbr.abdi.com.br/ Objetos BIM Página 28 AULA 4 Tipos de objetos Objetos BIM Página 29 Aula 4: Tipos de objetos A construção da edificação virtual (BIM) é realizada a partir do conjunto de diversos objetos BIM. Visando melhor compreensão, define-se alguns tipos/nomenclatura com base em suas características. 1. TIPOS DE OBJETOS BIM 1.1 Objetos proprietários São objetos que possuem suas informações com base no catálogo de um fabricante. Nesse contexto, pode conter informações adicionais como Modelo, Fabricante, Link de catálogo entre outros dados específicos. Complementando a informação, temos a seguinte conotação nos regulamentos técnicos da plataforma BIMBR: “Representam um determinado produto de catálogo de um fabricante e inclui especificações técnicas definidas pelo fornecedor, tais como desempenho, garantia, especificação de modelo e outras.” (BNBIM) Figura 32 - Exemplo de objeto BIM proprietário com informações específicas do fabricante Fonte: https://plataformabimbr.abdi.com.brhttps://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/rest/conteudo/imagem/Regulamento%20T%C3%A9cnico%20-%20Plataforma%20BIM%20BR%20-%20mar2019.pdf https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/rest/conteudo/imagem/Regulamento%20T%C3%A9cnico%20-%20Plataforma%20BIM%20BR%20-%20mar2019.pdf https://plataformabimbr.abdi.com.br/ Objetos BIM Página 30 1.2 Objetos Genéricos São objetos BIM definidos sem a vinculação de um produto real de um fabricante. Esses objetos geralmente são padrões nativos de softwares BIM objetos que possam ser de certo modo padrões no mercado. Na imagem abaixo temos como exemplo um armário genérico e sem as informações especificas do fabricante. Figura 33 - Exemplo de objeto BIM genérico sem as informações específicas do fabricante Fonte: https://plataformabimbr.abdi.com.br 1.3 Objetos Personalizados Segundo a regulamentação técnica da biblioteca BNBIM, são objetos que: “Representam um determinado componente ou um “produto projetado” (design object). Obrigatoriamente devem conter os campos relativos aos dados necessários para descrever suas funcionalidades.” (BNBIM) Figura 34 - Conexão de duto para climatização como exemplo de objeto BIM personalizado Fonte: https://plataformabimbr.abdi.com.br https://plataformabimbr.abdi.com.br/ https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/rest/conteudo/imagem/Regulamento%20T%C3%A9cnico%20-%20Plataforma%20BIM%20BR%20-%20mar2019.pdf https://plataformabimbr.abdi.com.br/ Objetos BIM Página 31 2. FORMATO PROPRIETÁRIOS E NEUTRO 2.1 Formato proprietário Os objetos BIM são desenvolvidos em softwares como AltoQi, Revit, ARCHICAD, QiBuilder, Tekla entre outros. Formato proprietário entende-se como a extensão nativa do objeto do software. Como exemplo, no Revit os objetos BIM são salvos no formato .RFA no QiBuilder .DB. Figura 35 - Objetos BIM em formato proprietário no Revit e QiBuilder Fonte: Do autor 2.2 Formato Neutro Figura 36 - Exemplos de arquivos em formato neutro Fonte: Do autor Objetos BIM Página 32 São formatos de arquivos com modelo de dados padronizados independente de um software específico e sim com base na necessidade da indústria. Como destaque de arquivo neutro na indústria da construção podemos citar o formato .ifc, desenvolvido pela BuildingSmart. Esses formatos tem um papel importante na interoperabilidade entre diferentes aplicações. Na tabela abaixo podemos conferir as principais diferenças entre formato neutro e proprietário. O formato proprietário (também conhecido como nativo) possuí limitação de interoperabilidade visto que segue o padrão específico de um determinado software e o formato aberto possuí limitações quanto a parametrização. Tabela 2 - Principais diferenças entre objetos Nativos (proprietários) e objetos IFC (neutro) Fonte: Do autor https://www.buildingsmart.org/ Objetos BIM Página 33 AULA 5 Definição de LOD em objetos BIM Objetos BIM Página 34 Aula 5: Definição de LOD em objetos BIM 1. DEFINIÇÃO DE LOD EM OBJETOS BIM 1.1 Definições O Nível de Desenvolvimento (ND) ou Level Of Development (LOD) está relacionado a quantidade e a confiabilidade das informações presentes no elemento do modelo. Vale ressaltar a definição de LOD não se refere ao volume de elementos gráficos ou detalhes de um objeto BIM e sim a qualidade das informações que o modelo do elemento atingiu. Os LOD são definidos geralmente em LOD 100, 200, 30, 350, 400 ou 500; Figura 37 - LOD de Objetos BIM Fonte: Adaptado do Level od devolopment specification do grupo BIM forum 1.2 LOD 100 No LOD 100 temos a representação volumétrica do objeto BIM, podemos definir como o espaço ao qual o elemento ocupa. Objetos BIM Página 35 Figura 38 - Exemplo de objeto BIM em LOD 100 e 300 Fonte: Do autor 1.3 LOD 200 No LOD 200 os objetos BIM são representados graficamente no Modelo como um sistema genérico, com quantidades aproximadas, tamanho, forma, localização e orientação. No exemplo abaixo temos um perfil metálico genérico no LOD 200 e o mesmo perfil sendo representado no LOD 300. Embora temos uma noção de espaço e modelo, o perfil no LOD 200 não forneceria com precisão o peso de aço, mas permite uma estimativa. Figura 39 - Exemplo de objeto BIM em LOD 200 e 300 Fonte: Do autor Objetos BIM Página 36 Figura 40 - Exemplo de objeto BIM em LOD 200 e o objeto real. Embora permita entender o objeto, não fornece informações precisas Fonte: Do autor 1.4 LOD 300 No LOD 300 os elementos são representados graficamente no Modelo como um sistema, objeto ou conjunto específico em termos de quantidade, tamanho, forma, localização e orientação. Nesse nível de desenvolvimento, os objetos possuem informações e dimensões precisas no modelo. Nesse exemplo temos uma porta com as suas medidas precisas no modelo. Figura 41 - Exemplo de objeto BIM em LOD 300 Fonte: Do autor 1.5 LOD 350 Quanto ao LOD 350, é muito similar ao LOD 300 diferenciando apenas o fato de se acrescentar a interferência com outros objetos. Nos objetos BIM, podemos entender como sendo relacionamentos entre objetos. Objetos BIM Página 37 Figura 42 - Representação dos relacionamentos entre objetos BIM Fonte: Do autor 1.6 LOD 400 No LOD 400 os objetos BIM passam a contar também com mais detalhes, orientações de fabricação, montagem e informações de instalação. Um exemplo de LOD 400 é o detalhamento estrutural de uma viga com todos os detalhes de corte e dobra das armaduras. Figura 43 - Representação de uma viga em LOD 400, representado os detalhes de construção Fonte: Do autor 1.7 LOD 500 Por último, no LOD 500, as dimensões e informações do modelo passam a ser verificados em campo. Nesse contexto, os objetos BIM só podem ser LOD 500 após a sua construção. Como exemplo, poderia entender como a especificação após a construção Objetos BIM Página 38 Figura 44 - Exemplo de objeto BIM com dados pós-execução Fonte: Do autor Objetos BIM Página 39 AULA 6 Objetos paramétricos e não paramétricos Objetos BIM Página 40 Aula 6: Objetos paramétricos e não paramétricos 1. OBJETOS PARAMÉTRICOS Objetos paramétricos são elementos inteligentes que a partir de parâmetros permitem variar suas características geométricas e informações. No exemplo abaixo, temos um prisma retangular com o valor de altura definido como parâmetro, onde ao alterar esse valor de 15 cm para 20 cm altera automaticamente a largura, comprimento e a informação do volume visto que essas variáveis são definidas por fórmulas a partir da dimensão Altura. Figura 45 - Exemplo simples de objeto paramétrico Fonte: Do autor As parametrizações podem ser aplicadas em vários casos de objetos BIM. Nesse outro exemplo, temos um ponto elétrico com caixa 4x2”. Ao alterar para 4x4” e definir novos módulos, termos a alteração do modelo 3D e 2D que habilita novos campos. Objetos BIM Página 41 Figura 46 - Objeto elétrico paramétrico Fonte: Do autor Figura 47 - Objeto elétrico paramétrico, alterando um parâmetro e refletindo em mudanças no 3D, representação 2D e habilitando novos dados Fonte: Do autor) Na construção do projeto em BIM, existe um relacionamento entre diferentes elementos da construção. Essas interações também podem ser representadas na parametrização dos objetos BIM, ou seja, a modificação em um elemento reflete em outros. Nos exemplos abaixo, temos a modificação da largura da janela ao alterar a largura da parede e a alteração nos diâmetros da conexão sanitária ao alterar a tubulação. Objetos BIM Página 42 Figura 48 - Alteração da largura da parede modificação a largura parametrizada da janela Fonte:Do autor Figura 49 - Alteração do diâmetro da tubulação modificando a conexão Fonte: Do autor 2. OBJETOS NÃO PARAMÉTRICOS São objetos que não possuem relação entre parâmetros, geometria ou dados. Podem possuir uma geometria 3D, no entanto os dados são estáticos, ou seja, ao modificar um parâmetro não reflete em nenhuma outra informação ou representação do objeto. Figura 50 - Objeto elétrico não paramétrico, onde os dados são estáticos Fonte: Do autor Objetos BIM Página 43 A maior limitação dos objetos não paramétrico está na concepção dos projetos. Usos como orçamento 5D, planejamento 5D, análise de interferência entre outros não trazem limitações. Tabela 3 - Comparativo de limitações entre objetos paramétricos e não paramétricos Fonte: Do autor 3. INTEROPERABILIDADE IFC COM OBJETOS PARAMÉTRICOS A interoperabilidade BIM de objetos mantendo a parametrização é um desafio para o mercado devido aos modelos de dados paramétricos dos softwares não adotarem um mesmo padrão. A parametrização muitas vezes está relacionada aos recursos nativos dos aplicativos, como cada software é diferente, limita o compartilhamento da inteligência dos objetos. Quando tratamos de softwares com a mesma finalidade de modelagem, alguns casos de parametrização podem ser compartilhados. No exemplo abaixo temos uma parede paramétrica no Revit exportada via IFC e importada no ARCHICAD, note que reconheceu corretamente todas as camadas e com os valores editáveis. Objetos BIM Página 44 Figura 51 - Parede paramétrica do Revit exportada via IFC Fonte: Do autor Figura 52 - Parede paramétrica do Revit importada no software ARCHICAD via IFC, reconhecendo a parametrização das camadas Fonte: Do autor No esquema IFC5, que está em elaboração pela BuildingSmart, está em desenvolvimento o suporte ao intercâmbio de dados paramétricos (IfcParametricConstant, IfcParametricBinding), bem como o suporte de fórmulas (IfcParametricFormula). Objetos BIM Página 45 Figura 53 - Imagem de uma seção paramétrica no IFC5 Fonte: Kuloyants, Valery. Entwicklung eines IFC-basierenden Datenaustauschstandards für den Unterbau von Brückenbauwerken Objetos BIM Página 46 AULA 7 Diferenças de uso, especificidade e complexidade Objetos BIM Página 47 Aula 7: Diferenças de uso, especificidade e complexidade 1. DIFERENÇAS DE USO Conforme vimos nas aulas anteriores, nos estudos da ABNT: ABNT/CEE- 134, umas das premissas é o desenvolvimento de regulamentações de acordo com os usos pretendidos dos objetos BIM. Os usos pretendidos para os objetos BIM podem ser alcançados em diferentes LOD, podendo haver a necessidade de desenvolver diversas versões de um mesmo objeto. Tabela 4 - LOD mínimo para os usos pretendidos do modelo Fonte: Do autor Objetos BIM Página 48 2. DIFERENÇAS DE ESPECIFICIDADE Os objetos BIM podem ser elementos genéricos ou específicos. Visando entender o conceito, vamos analisar uma bacia sanitária genérica desenvolvida no LOD 350 e atendendo a diversos usos pretendidos. No entanto, não atende ao uso de manutenção FM pois falta informações de modelo e fabricante, ou seja, caso tenhamos que comprar uma nova tampa para a bacia sanitária não temos informações suficientes. Figura 54 - Bacia sanitária genérica Fonte: Do autor Para atender ao uso de FM, pode ser necessário alterar o objeto BIM para o modelo real executado, ou seja, um objeto específico. No processo de manutenção futura desse elemento, podemos simplesmente realizar a troca da tampa usando os dados da obra virtual. Figura 55 - Bacia especifica Fonte: Do autor Objetos BIM Página 49 Nesse exemplo, temos respectivamente um objeto BIM de especificidade genérico e proprietários/específicos. Figura 56 - Bacia sanitária genérica e bacia sanitária específica Fonte: Do autor 3. DIFERENÇAS DE COMPLEXIDADE Os objetos BIM possuem níveis diferentes de complexidade, mesmo atendendo um mesmo uso pretendido ou LOD. Como exemplo, uma janela é mais complexa que uma fundação pré-moldada. Diferenciando desde a sua parametrização, comportamento, complexidade e quantidade de dados. Figura 57 - Diferença de complexidade entre uma sapata pré-moldada e uma janela Fonte: Do autor Visando mensurar a complexidade dos objetos BIM, existe um estudo realizado pelo projeto 914 BRA 2015 PRODOC MCTI/IBICT/UNESCO. Nesse estudo, foi atribuído um peso conforme a complexidade de cada atributo do objeto BIM e realizado o somatório para um índice de complexidade. Objetos BIM Página 50 Figura 58 - Critério de peso para mensurar o índice de complexidade dos objetos BIM Fonte: FUNDAMENTOS BIM, Coletânea Implementação do BIM Para Construtoras e Incorporadoras, v.1 CBIC 2016 No exemplo da fundação pré-moldada, temos um índice de complexidade 15. Figura 59 - Índice de complexidade de uma sapata pré-moldada Fonte: FUNDAMENTOS BIM, Coletânea Implementação do BIM Para Construtoras e Incorporadoras, v.1 CBIC 2016 No caso da janela, que é muito mais complexo desde geometria até comportamento, temos um índice de 26. Objetos BIM Página 51 Figura 60 - Índice de complexidade de uma janela Fonte: FUNDAMENTOS BIM, Coletânea Implementação do BIM Para Construtoras e Incorporadoras, v.1 CBIC 2016 Objetos BIM Página 52 AULA 8 Nomenclatura de objetos Objetos BIM Página 53 Aula 8: Nomenclatura de objetos 1. IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO O projeto é composto por diversos objetos BIM, a falta de uma nomenclatura padronizada dificulta desde a sua localização até a utilização na ferramenta de trabalho. Na imagem abaixo temos alguns objetos seguindo o padrão atual de nomenclatura da biblioteca BNBIM, note que facilmente podemos nos orientar na lista de objetos e tipos. Figura 61 - Lista de objetos BIM organizados com padrão de nomenclatura Fonte: Do autor 2. RECOMENDAÇÃO ABNT: ANBT/CEE 134 Até o presente momento, ainda não temos uma referência normativa publicada sobre a nomenclatura de objetos BIM, no entanto, segundo o guia O Processo de Projeto BIM da Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC o padrão de nomenclatura recomendado pela ANBT/CEE 134 é composto pelos campos: CodTab2C_Responsavel_DescricaoTipo_Subtipo_Livre O campo CodTab2C corresponde ao código de classificação disponível na tabela 2C da NBR 15965-4 (Recursos - Componentes), sem o uso de espaços ou qualquer outro separador. O campo Responsavel ao nome do responsável (pessoal ou instituição) pelo objeto BIM, sem acentos, sem espaçadores e sem caracteres especiais. https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/rest/conteudo/imagem/GUIA%20BIM%2001.pdf https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/rest/conteudo/imagem/GUIA%20BIM%2001.pdf Objetos BIM Página 54 Quanto ao item DescricaoTipo corresponde a descrição do objeto e pode ser baseada no termo da tabela 2C da NBR 16965-4, sendo permitido abreviações. Caso aplicável, o campo Subtipo refere-se as dimensões do objeto BIM. E por último, o campo Livre, caso aplicável é um campo aberto para informações complementares. Como exemplo, podemos ver na sequência a aplicação do padrão de nomenclatura em um objeto BIM correspondente a uma porta de madeira. Figura 62 - Objeto BIM a ser aplicado o padrão de nomenclatura Fonte: Do autor Na biblioteca NB pode ser baixado Tabela de nomenclatura BNBIM - 22mar2019.xlsx que contém a tabela de classificação 2C. Através dessa tabela podemos localizar a informação de CodTab2C e DescricaoTipo. Figura 63 - Definição do CodTab2C e DescricaoTipo seguindo a tabela 2C da NBR 16965-4 Fonte: Do autor No campo Subtipo definimos a dimensão da porta e
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