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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL PENAL
Processo e Julgamento dos Crimes de 
Responsabilidade dos Funcionários 
Públicos
Livro Eletrônico
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Processo e Julgamento dos Crimes de
Responsabilidade dos Funcionários Públicos
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Douglas Vargas
Sumário
Processo e Julgamento dos Crimes de Responsabilidade dos Funcionários Públicos .... 3
Introdução ........................................................................................................................................ 3
1. Processo e Julgamento dos Crimes de Responsabilidade de Funcionários Públicos... 3
1.1. Prerrogativa de Função ........................................................................................................... 5
1.2. Denúncia .................................................................................................................................... 5
1.3. Defesa Preliminar .................................................................................................................... 7
1.4. Nulidade & Defesa Preliminar ............................................................................................... 7
2. Processo e Julgamento dos Crimes de Abuso de Autoridade ........................................... 9
3. Processo e Julgamento dos Crimes Contra a Honra ........................................................... 9
3.1. Fase Preliminar ....................................................................................................................... 10
4. Processo e do Julgamento dos Crimes Contra a Propriedade Imaterial ....................... 11
5. Processo de Restauração de Autos Extraviados ou Destruídos .....................................16
Resumo ............................................................................................................................................20
Questões de Concurso ................................................................................................................. 22
Gabarito ........................................................................................................................................... 27
Gabarito Comentado ....................................................................................................................28
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Processo e Julgamento dos Crimes de
Responsabilidade dos Funcionários Públicos
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Douglas Vargas
PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE 
RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Introdução
Queridos(as) alunos(as), hoje vamos continuar nossos estudos sobre os PROCEDIMENTOS 
no âmbito processual penal. Veremos detalhadamente os seguintes procedimentos especiais:
• Nos crimes de abuso de autoridade;
• Nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos;
• Nos crimes contra a honra;
• Nos crimes contra a propriedade imaterial;
• Nas restaurações de autos extraviados ou destruídos.
Veja que trabalharemos diversos procedimentos especiais, ressaltando que o procedimen-
to do tribunal do júri, devido a sua extensão, foi tratado em aula única.
Ademais, alguns desses tópicos são pouco explorados pelas bancas examinadoras, mas 
são de suma importância para o seu cargo. Assim, esta aula merece uma atenção especial por 
sua parte.
Ao final, como de praxe, faremos uma lista de exercícios completa e atualizada sobre os 
temas apresentados, a fim de fixarmos os temas estudados e alcançarmos níveis mais apro-
fundados de conhecimento.
Vamos nessa!
Bons estudos!
1. Processo e Julgamento dos crImes de resPonsabIlIdade de FuncIoná-
rIos PúblIcos
O Código de Processo Penal apresenta, entre os artigos 513 e 518, as normas aplicáveis 
aos chamados crimes de responsabilidade dos funcionários públicos.
E antes de começar a estudar tal assunto, precisamos responder a seguinte pergunta:
Sobre quais crimes o CPP se refere, nesse caso?
Ao dizer “crimes de responsabilidade de funcionários públicos” na verdade o legislador 
quis tratar dos crimes praticados por funcionários públicos NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES.
Veja, portanto, que apesar da nomenclatura parecida, esse tópico do Direito Processual Pe-
nal não guarda relação direta com os crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente 
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da República e outras autoridades listadas na CF/88 (os quais inclusive são infrações de natu-
reza administrativa, e não penal).
São, portanto, crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, sob o prisma do 
CPP, os seguintes delitos, listados entre os artigos 312 a 326 do Código Penal:
Logo, aplicam-se as regras dos arts. 513 a 518 do CPP para os delitos tipificados no Ca-
pítulo I do Título XI do Código Penal, os crimes praticados por funcionários públicos contra a 
Administração em Geral.
Entretanto, essa regra não é absoluta, de modo que devemos desde logo apresentar uma 
observação:
O procedimento especial para processo de crimes de responsabilidade de funcionários públi-
cos só se aplica aos crimes AFIANÇÁVEIS.
É o que se aduz da inteligência do art. 514 do CPP:
CPP- Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz man-
dará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
quinze dias.
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Uma vez que sabemos disso, naturalmente surge a seguinte pergunta:
E como devem ser processados os crimes funcionais inafiançáveis?
Segundo a doutrina, para os crimes funcionais inafiançáveis, deve ser aplicado o procedi-
mento comum ordinário, e não o procedimento especial previsto no Título II, Capítulo II do CPP. 
Contudo, atualmente, não há crime funcional inafiançável em nosso ordenamento jurídico.
1.1. PrerrogatIva de Função
Outra exceção importante está nos funcionários públicos com prerrogativa de função. 
Caso um determinado servidor pratique um crime funcional e desfrute de prerrogativa de fun-
ção, não deverá ser processado através do procedimento previsto no CPP, e sim com base na 
Lei n. 8.038/90.
Resumindo, temos o seguinte:
Pronto. Uma vez que já entendemos o contexto da aplicação dessa modalidade de proce-
dimento especial, podemos começar nossa leitura esquematizada do CPP.
1.2. denúncIa
CPP- Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e julgamento 
competirão aos juízes de direito, a queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justifica-
ção que façam presumir a existência do delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade 
de apresentação de qualquer dessas provas.
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O teor do art. 513 é bastante simples: É ressaltada a competência dos juízes de direito para 
o caso de crimes de responsabilidade de funcionários públicos, e especificado que a queixa (no 
caso de delitos de ação penal privada) e a denúncia (em crimes de ação penal pública) devem 
ser instruídas com documentos ou justificativas que façam presumir a existência do delito ou 
com declaração fundamentada da impossibilidade da apresentação de qualquer dessas provas.
Esse artigo merece especial atenção, pois seu texto pode levar à elaboração de questões 
que induzem o aluno a ficar inseguro quanto à resposta, ao apresentar a possibilidade da ins-
trução do procedimento apenas com declaração fundamentada da impossibilidade de apre-
sentação de provas – mesmo que excepcionalmente. Mas é isso que está escrito no CPP.
CPP- Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz man-
dará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
quinze dias.
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição 
do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.
O ponto chave do art. 514 do CPP é a chamada defesa preliminar, que deve ser apresenta-
da uma vez que o funcionário público é notificado da acusação.
Entretanto, é importante notar que caso a acusação estiver embasada em inquérito poli-
cial, a defesa preliminar passa a ser considerada desnecessária, por força da Súmula do STJ:
Súmula 330 do STJ
É desnecessária a resposta preliminar de que trata o art. 514 do Código de Processo 
Penal - CPP, na ação penal instruída por inquérito policial.
No entanto, o STF possui julgados em sentido contrário. Para a Suprema Corte:
É indispensável a defesa prévia nas hipóteses do art. 514 do Código de Processo Penal, 
mesmo quando a denúncia é lastreada em inquérito policial.
STF. 2ª Turma. RHC 120569, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 11/03/2014.
Fiquei atento a essa divergência entre os tribunais superiores. No mais, o fluxo procedi-
mental que se seguirá é o seguinte:
Observe que o CPP fala em NOTIFICAÇÃO, e não em CITAÇÃO, nesse caso.
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1.3. deFesa PrelImInar
A defesa preliminar aqui apresentada é verdadeiro direito do funcionário público, que se 
aplica ao caso concreto com o objetivo de evitar que a denúncia seja recebida, motivo pelo 
qual tal defesa ocorre antes da avaliação do recebimento da denúncia.
É interessante notar que, como se trata de direito do funcionário público, se um PARTICU-
LAR praticar um delito funcional em concurso com um funcionário público, aquele não terá o 
direito à defesa preliminar. Esse direito não se estende aos particulares!
E se o funcionário público praticar, em concurso, dois delitos: Um funcional e um comum?
Nesse caso, tanto o STF quanto o STJ entendem que o funcionário público não terá direito 
de apresentar a defesa preliminar em ambos os crimes.
Além disso, a Suprema Corte possui entendimento no sentido de que se o acusado, à épo-
ca do oferecimento da denúncia, não era mais funcionário público, não terá direito à defesa 
preliminar de que trata o art. 514 do CPP (STF- Info 743).
CPP- Art. 515. No caso previsto no artigo anterior, durante o prazo concedido para a resposta, os 
autos permanecerão em cartório, onde poderão ser examinados pelo acusado ou por seu defensor.
Parágrafo único. A resposta poderá ser instruída com documentos e justificações.
Uma vez concedido o prazo para a defesa preliminar, o CPP determina a manutenção dos 
autos no cartório da vara, para que possam ser analisados tanto pelo funcionário público acu-
sado quanto por seu defensor.
O parágrafo único é autoexplicativo: A resposta (que irá caracterizar a defesa preliminar) 
pode ser instruída com documentos e justificações.
1.4. nulIdade & deFesa PrelImInar
Antes de continuar a leitura do CPP, é importante observar que o entendimento doutrinário 
se mantém atualmente no sentido de que a nulidade gerada pela falta de defesa preliminar é 
apenas RELATIVA.
Além disso, se o funcionário público opta por não exercer a defesa preliminar, também não 
há nulidade do feito, haja vista que estamos diante de um ato facultativo: O funcionário só 
exerce esse direito se quiser.
CPP- Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, 
pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da 
ação.
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Este é um artigo simples, cuja leitura é essencial e cujo conteúdo é bastante simples. A 
rejeição da denúncia ou queixa, nos crimes funcionais, deve ser realizada sempre de forma 
fundamentada, em casos nos quais o juiz se convencer de que não houve crime ou que a ação 
intentada improcede.
Perceba, portanto, que a principal diferença entre o rito comum e o rito específico de apu-
ração de delitos praticados por funcionários públicos está na defesa preliminar. Não tem mui-
to segredo!
Seguimos com os demais artigos:
CPP- Art. 517. Recebida a denúncia ou a queixa, será o acusado citado, na forma estabelecida no 
Capítulo I do Título X do Livro I.
Art. 518. Na instrução criminal e nos demais termos do processo, observar-se-á o disposto nos 
Capítulos I e III, Título I, deste Livro.
Os dois artigos acima são realmente muito simples: O legislador determina que, após o 
recebimento da denúncia/queixa, deve-se seguir o procedimento comum ordinário para os 
passos seguintes do processo.
Logo, chegamos ao seguinte fluxo final para apuração de delitos funcionais:
Obs.: � A citação do réu só irá ocorrer após o recebimento da denúncia.
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Muito embora o funcionário público já saiba que está sendo acusado de algo (haja vista ter 
sido notificado para que possa apresentar sua defesa preliminar), a citação é essencial ao de-
vido processo legal, motivo pelo qual o magistrado deverá citar o funcionário público, mesmo 
que esse já tenha sido notificado, de modo que se evite a nulidade do feito.
E é isso pessoal! Apresentamos todas as peculiaridades do procedimento especial para 
apuração de delitos funcionais! Vamos em frente!
2.Processo e Julgamento dos crImes de abuso de autorIdade
Prezado aluno, a antiga Lei de Abuso de Autoridade (Lei n. 4.898/65) apresentava um pro-
cedimento especial para os crimes nela previstos. Contudo, a nova Lei de Abuso de Autoridade 
(Lei n. 13.869/19) não seguiu o mesmo caminho. Nesse sentido, para os seus crimes, teremos 
a aplicação do próprio Código de Processo Penal e da Lei n. 9.099/95 quando se tratar de in-
fração de menor potencial ofensivo.
A doutrina ressalta que a observância do procedimento especial dos 513 a 518 do CPP 
(crimes de responsabilidade dos funcionários públicos) poderão ser aplicados em relação aos 
crimes de abuso de autoridade da competência do Juiz Singular.
Crimes da Lei n. 13.869/19 cuja pena máxima não supere dois anos, cumulada ou não com 
multa previstos: arts. 12, 16, 18, 20, 27, 29, 31, 32, 33, 37 e 38. Assim, esses delitos observarão 
o procedimento sumaríssimo da Lei n. 9.099/95.
3. Processo e Julgamento dos crImes contra a Honra
O processo de crimes contra a honra é regido pela Lei n. 9.099/95, haja vista que nenhum 
dos delitos contra a honra (calúnia, injúria e difamação) possui pena máxima cominada em 
abstrato superior a dois anos.
Dessa forma, todos os delitos contra a honra são também considerados Infrações de Me-
nor Potencial Ofensivo.
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as 
contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, 
cumulada ou não com multa.
(Lei n. 9.099/95)
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Dessa forma, o processo relativo aos crimes contra a honra rege-se pelos critérios da Lei n. 
9.099/95, no âmbito dos Juizados Especiais Criminais:
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informali-
dade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos 
sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
(Lei n. 9.099/95)
Os crimes contra a honra são, portanto, objeto dos institutos despenalizadores contidos na 
Lei n. 9.099/95, bem como do chamado rito sumaríssimo, regido pelo mesmo diploma legal.
Os únicos casos em que não será competência do JECRIM julgar os crimes contra a honra 
são os seguintes:
• Crime eleitoral: Visto que não há Juizado Especial Eleitoral
• Crime militar: Visto que se aplica o CPPM (Código de Processo Penal), nesse caso;
• Crimes contra a honra praticado por indivíduo com foro por prerrogativa de função: 
Aplica-se a Lei n. 8.038/90;
• Fato muito complexo: Se a complexidade do fato não permitir sua apuração no âmbito 
do JECRIM, deverá ser processado através do procedimento sumário;
• No caso de haver necessidade de citação por edital (o que também não pode ser reali-
zado nos Juizados Especiais);
• No caso da aplicação de causas de aumento de pena que façam a pena máxima do de-
lito superar o limite de 2 anos.
Além das exceções acima, é importante notar que o CPP, do artigo 519 em diante, apre-
senta previsões ESPECÍFICAS para a apuração de delitos contra a honra, as quais você preci-
sa conhecer.
3.1. Fase PrelImInar
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES
DE CALÚNIA E INJÚRIA, DE COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR
CPP- Art. 520. Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se reconci-
liarem, fazendo-as comparecer em juízo e ouvindo-as, separadamente, sem a presença dos seus 
advogados, não se lavrando termo.
Os crimes contra a honra contam com a previsão de uma tentativa de conciliação especí-
fica para este tipo de delito, na qual o magistrado ouve cada uma das partes, separadamente 
e sem a presença dos advogados, para verificar se existe tal possibilidade.
Mesmo que o CPP fale apenas nos delitos de calúnia e injúria, as disposições em estudo tam-
bém se aplicam ao delito de difamação.
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Se o magistrado verificar que será cabível a conciliação face à prática de um crime contra 
a honra, irá promovê-la, na presença das partes e de seus advogados. Uma vez ocorrida a con-
ciliação, o querelante assina o termo de desistência e a queixa é arquivada:
CPP- Art. 521. Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provável a reconciliação, 
promoverá entendimento entre eles, na sua presença.
Art. 522. No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da desistência, a 
queixa será arquivada.
Segundo o STJ, o não comparecimento do querelante à audiência de conciliação implica unica-
mente na impossibilidade da conciliação.
Ademais, é importante observar que só é cabível a conciliação nos crimes de ação penal 
exclusivamente privada. Se o crime contra a honra praticado for de ação penal privada subsidi-
ária da pública ou oferecida pelo MP por contra a honra de funcionário público no exercício de 
suas funções, não caberá conciliação.
Nos casos em que a conciliação pode ser aplicada, mas que o magistrado percebe que não 
será possível sua realização, deve ocorrer o recebimento da queixa, e a adoção do procedimen-
to sumário.
É também importante observar que o CPP prevê a possibilidade de exceção da verdade ou 
de notoriedade do fato imputado, no prazo da resposta escrita do réu:
CPP- Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o 
querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemu-
nhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para 
completar o máximo legal.
E por fim, a última peculiaridade que você precisa conhecer é que a doutrina entende serem 
aplicáveis os institutos da composição civil dos danos e da transação penal mesmo que o fei-
to não esteja tramitando nos Juizados Especiais Criminais.
4. Processo e do Julgamento dos crImes contra a ProPrIedade ImaterIal
Os crimes contra a propriedade imaterial são aqueles que protegem a atividade criadora 
das pessoas, relacionada ao seu intelecto e que possuem reflexo patrimonial.
Previsão no ordenamento jurídico:
• Proteção constitucional no art. 216 da CF.
• Código Penal- Violação de direito autoral– arts. 184 e 186.
• Lei n. 9.279/96- Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
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A maioria desses delitos que estamos tratando é de ação exclusivamente privada. Exce-
ção: Delitos cometidos em prejuízo de entidades de direito público, autarquias, empresas públi-
cas, sociedades de economia mista ou fundações instituídas pelo poder público e em alguns 
delitos de violação de direito autoral (art.184, §§ 1º, 2º e 3º, CP).
O processo e julgamento desses delitos seguirão:
• Crimes de ação penal privada:
CPP- Art. 530-A. O disposto nos arts. 524 a 530 será aplicável aos crimes em que se proce-
da mediante queixa. (Incluído pela Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
• Crimes de ação penal pública:
CPP-Art. 530-I. Nos crimes em que caiba ação penal pública incondicionada ou condiciona-
da, observar-se-ão as normas constantes dos arts. 530-B, 530-C, 530-D, 530-E, 530-F, 530-G 
e 530-H. (Incluído pela Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
• Condição de procedibilidade:
CPP- Art. 525. No caso de haver o crime deixado vestígio, a queixa ou a denúncia não será recebida 
se não for instruída com o exame pericial dos objetos que constituam o corpo de delito.
Art. 526. Sem a prova de direito à ação, não será recebida a queixa, nem ordenada qualquer diligên-
cia preliminarmente requerida pelo ofendido.
Nessa seara, entende-se por vestígio material aquele que é captado pelos sentidos hu-
manos, após o crime ter se concluído (exemplo doutrinário: o material falsificado remanesce, 
após a prática do delito de falsificação). Acerca da materialidade desses crimes, há entendi-
mento sumulado do STJ:
Súmula n. 574 do STJ
A materialidade do delito de violação de direito autoral se evidencia pela simples perícia 
realizada, por amostragem, nos aspectos externos do produto suspeito, independente da 
identificação do artista lesado, sujeito passivo do delito.
Conclui-se que o exame de corpo de delito é condição específica de procedibilidade para 
o exercício da ação penal nos crimes contra a propriedade imaterial que deixem vestígios. 
Ressalta-se que sem ele, nem mesmo o recebimento da denúncia ou queixa ocorrerá (Art. 
526 do CPP).
• Legitimidade e interesse para as diligências preliminares e para a ação penal:
Art. 527. A diligência de busca ou de apreensão será realizada por dois peritos nomeados pelo juiz, 
que verificarão a existência de fundamento para a apreensão, e quer esta se realize, quer não, o lau-
do pericial será apresentado dentro de 3 (três) dias após o encerramento da diligência.
Parágrafo único. O requerente da diligência poderá impugnar o laudo contrário à apreensão, e o juiz 
ordenará que esta se efetue, se reconhecer a improcedência das razões aduzidas pelos peritos.
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O requerente (ofendido) das diligências preliminares deve demonstrar o seu interesse e 
legitimidade para tanto. Assim, a Lei n. 9.279/96 determina que a colheita de provas seja feita 
por meio da busca e apreensão do material contrafeito ou que possa representar violação da 
propriedade imaterial, devendo o juiz providenciá-la por meio de oficial de justiça, acompanha-
do de peritos.
• Prazo para apresentação do laudo: 3 dias
• Necessidade de dois peritos oficiais.
• Homologação do laudo:
Art. 528. Encerradas as diligências, os autos serão conclusos ao juiz para homologação do laudo.
Não se trata de um julgamento definitivo sobre a materialidade do delito. Ademais, contra 
a homologação, cabe apelação.
• Prazo decadencial:
Art. 529. Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida queixa com fundamento em 
apreensão e em perícia, se decorrido o prazo de 30 dias, após a homologação do laudo.
Parágrafo único. Será dada vista ao Ministério Público dos autos de busca e apreensão requeridas 
pelo ofendido, se o crime for de ação pública e não tiver sido oferecida queixa no prazo fixado neste 
artigo.
Art. 530. Se ocorrer prisão em flagrante e o réu não for posto em liberdade, o prazo a que se refere 
o artigo anterior será de 8 (oito) dias.
Tratando-se de ação penal exclusivamente privada, o prazo decadencial será de 30 dias 
para propor queixa-crime contados a partir da sentença de homologação do laudo pericial. 
Nesse sentido, o STJ:
Nos crimes contra a propriedade imaterial que deixam vestígios, depois que o ofendido 
tem ciência da autoria do delito, ele possui o prazo decadencial de 6 meses para a propo-
situra da ação penal, nos termos do art. 38 do CPP.
Se, antes desses 6 meses, o laudo pericial for concluído, o ofendido terá 30 dias para 
oferecer a queixa crime.
Assim, em se tratando de crimes contra a propriedade imaterial que deixem vestígio, a 
ciência da autoria do fato delituoso dá ensejo ao início do prazo decadencial de 6 meses 
(art. 38 do CPP), sendo tal prazo reduzido para 30 dias (art. 38) se homologado laudo 
pericial nesse ínterim.
STJ. 6ª Turma. REsp 1762142/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 13/04/2021 
(Info 692). Fonte: Dizer o direito.
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Assim, a ciência do ofendido acerca autoria de crime contra a propriedade imaterial faz 
correr o prazo decadencial de seis meses. Dessa forma, poderá solicitar diligências prelimina-
res, mas com a conclusão do laudo terá 30 dias para agir.
Não há necessidade do laudo para os crimes contra a propriedade imaterial sem vestígios materiais. 
Nessa hipótese, seguirá o prazo decadencial de 6 meses para o oferecimento da peça acusatória.
Por fim, de acordo com o art. 530 do CPP, o prazo de 30 dias é reduzido a oito, quando 
houver prisão em flagrante.
• Crimes de ação pública:
Para esses crimes, devemos nos respaldar no art. 530-B e seguintes do CPP.
CPP- Art. 530-B. Nos casos das infrações previstas nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 184 do Código Penal, 
a autoridade policial procederá à apreensão dos bens ilicitamente produzidos ou reproduzidos, em 
sua totalidade, juntamente com os equipamentos, suportes e materiais que possibilitaram a sua 
existência, desde que estes se destinem precipuamente à prática do ilícito. (Incluído pela Lei n. 
10.695, de 1º.7.2003)
• A Lei n. 10.695/2003 conferiu maior autonomia às autoridades policiais nos crimes de 
ação penal pública incondicionada.
• Bens produzidos: Criados ou gerados a partir de um modelo protegido por direito autoral.
• Bens reproduzidos: Multiplicados ou copiados de um original, sem a devida autorização.
Art. 530-C. Na ocasião da apreensão será lavrado termo, assinado por 2 (duas) ou mais testemu-
nhas, com a descrição de todos os bens apreendidos e informações sobre suas origens, o qual 
deverá integrar o inquérito policial ou o processo. (Incluído pela Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
• Trata-se do auto de apreensão, o qual deverá ser assinado por duas pessoas idôneas:
STJ (HC 355.527): A ausência das formalidades exigidas no art. 530-C do CPP, para o auto 
de apreensão de mercadoria apreendida, constitui apenas mera irregularidade, tendo em 
vista ser desarrazoada a interpretação de que meras exigências formais sejam capazes 
de invalidar a prova colhida.”
Portanto, a inobservância do art. 530-C do CPP não constitui causa de nulidade do auto de 
apreensão, nem mesmo ausência de prova da materialidade delitiva.
Art. 530-D. Subsequente à apreensão, será realizada, por perito oficial, ou, na falta deste, por pessoa 
tecnicamente habilitada, perícia sobre todos os bens apreendidos e elaborado o laudo que deverá 
integrar o inquérito policial ou o processo. (Incluído pela Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
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• Do dispositivo expresso, podemos entender que basta 1 perito oficial para realização da 
prova pericial. Nesse sentido:
Súmula 574 do STJ:
Para a configuração do delito de violação de direito autoral e a comprovação de sua mate-
rialidade, é suficiente a perícia realizada por amostragem do produto apreendido, nos 
aspectos externos do material, e é desnecessária a identificação dos titulares dos direi-
tos autorais violados ou daqueles que os representem.
Art. 530-E. Os titulares de direito de autor e os que lhe são conexos serão os fiéis depositários de to-
dos os bens apreendidos, devendo colocá-los à disposição do juiz quando do ajuizamento da ação. 
(Incluído pela Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
• O objetivo é garantir a futura indenização do ofendido (reparação do dano).
Art. 530-F. Ressalvada a possibilidade de se preservar o corpo de delito, o juiz poderá determinar, 
a requerimento da vítima, a destruição da produção ou reprodução apreendida quando não houver 
impugnação quanto à sua ilicitude ou quando a ação penal não puder ser iniciada por falta de deter-
minação de quem seja o autor do ilícito. (Incluído pela Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
• A ressalva busca evitar que bens pedidos por alguém (terceiro de boa-fé) para restitui-
ção sejam destruídos.
Art. 530-G. O juiz, ao prolatar a sentença condenatória, poderá determinar a destruição dos bens 
ilicitamente produzidos ou reproduzidos e o perdimento dos equipamentos apreendidos, desde que 
precipuamente destinados à produção e reprodução dos bens, em favor da Fazenda Nacional, que 
deverá destruí-los ou doá-los aos Estados, Municípios e Distrito Federal, a instituições públicas de 
ensino e pesquisa ou de assistência social, bem como incorporá-los, por economia ou interesse 
público, ao patrimônio da União, que não poderão retorná-los aos canais de comércio. (Incluído pela 
Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
• Bens de origem ilícita: Serão destruídos, exceto quando a vítima pleiteie a sua manuten-
ção como reparação. Assim, bens ilícitos não podem ser doados a entidades públicas 
ou assistenciais.
• Equipamentos utilizados: Poderão ser úteis, com finalidades lícitas a entidades públicas 
ou assistenciais.
Art. 530-H. As associações de titulares de direitos de autor e os que lhes são conexos poderão, 
em seu próprio nome, funcionar como assistente da acusação nos crimes previstos no art. 184 do 
Código Penal, quando praticado em detrimento de qualquer de seus associados. (Incluído pela Lei 
n. 10.695, de 1º.7.2003)
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• Trata-se de norma que amplia a participação da assistência de acusação visando a re-
alização da justiça e não apenas o interesse patrimonial da vítima a fim de se cooperar 
com a repressão ao crime.
5. Processo de restauração de autos extravIados ou destruídos
O chamado “processo de restauração de autos extraviados ou destruídos” é na verdade, 
segundo a doutrina, um procedimento em espécie, mal posicionado na estrutura do Código de 
Processo Penal.
De todo modo, nos cabe apenas compreender o conceito de aplicabilidade do referido pro-
cedimento, e é claro, nos familiarizar com o texto legal.
Como ensina NUCCI,
extravio é a perda ou o desaparecimento, enquanto destruição é a ruína ou extinção. Portanto, para 
que sejam restaurados podem os autos simplesmente perder-se, sem que se saiba onde estão, em-
bora ainda existam, como também podem extinguir-se de vez. Citando Espínola Filho, NUCCI ainda 
acrescenta que “a restauração será determinada “quer provenha de má-fé, isto é, seja intencional, 
deliberada, quer de caso fortuito, sendo acidental, a perda dos autos originais, que se processam em 
juízo de primeira ou de segunda instância.1
Note, nesse sentido, que o procedimento não tem como foco a apuração dos fatos e puni-
ção daqueles que deram sumiço aos autos, mas sim busca a efetivação da restauração para 
que o prosseguimento do processo possa ocorrer regularmente.
Isto posto, e uma vez que você compreende que a finalidade dos artigos 541 a 548 do CPP 
é apresentar a forma com que serão conduzidos os trabalhos para restauração dos autos em 
caso de extravio, aqui não há remédio: é necessário se familiarizar com o texto legal e com o 
passo a passo exigido pelo CPP. Não há como fugir dessa leitura. De toda forma, iremos co-
mentar os pontos importantes:
CPP- Art. 541. Os autos originais de processo penal extraviados ou destruídos, em primeira ou se-
gunda instância, serão restaurados.
Obs.: � Os documentos e demais escritos que formam o volume do processo constituem os cha-
mados autos do processo. Estes que serão objeto de restauração e não o processo em si.
 � Apesar de nas delegacias haver cópia dos Inquéritos Policiais em livro de registro, eles 
também poderão ser restaurados em caso de perda do feito. O IP passa a fazer parte 
do processo após o oferecimento da denúncia ou da queixa.
§ 1º Se existir e for exibida cópia autêntica ou certidão do processo, será uma ou outra considerada 
como original.
1 NUCCI, Guilherme de Sousa. Código de Processo Penal Comentado. 2020, p. 1770.
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Conforme disciplina o art. 232 do CPP, as cópias autenticadas serão equiparadas aos do-
cumentos originais. Além disso, a certidão emitida por funcionário público goza de fé pública. 
Portanto, o processo de restauração dos autos será otimizado quando as partes detiverem em 
seu poder cópias autenticadas dos autos.
STF: A existência de cópia autêntica dos autos torna dispensável o procedimento de res-
tauração previsto no art. 541, § 2º, do Código de Processo Penal.
§ 2º Na falta de cópia autêntica ou certidão do processo, o juiz mandará, de ofício, ou a requerimen-
to de qualquer das partes, que:
Na falta da cópia autêntica ou da certidão, temos uma situação mais complexa em que ha-
verá a reprodução dos principais atos processuais, a ocorrer de ofício ou a pedido das partes.
o escrivão certifique o estado do processo, segundo a sua lembrança, e reproduza o que houver a 
respeito em seus protocolos e registros;
Perceba que esse procedimento depende da memória do escrivão e, portanto, não possui 
uma segurança absoluta.
sejam requisitadas cópias do que constar a respeito no Instituto Médico-Legal, no Instituto de Iden-
tificação e Estatística ou em estabelecimentos congêneres, repartições públicas, penitenciárias ou 
cadeias;
Muitas vezes, os autos do processo são formados pela reunião de documentos que vieram 
de diversos órgão públicos. Estes, por sua vez, possuem arquivos com cópias desses docu-
mentos que poderão ser enviados ao juízo requisitante.
aspartes sejam citadas pessoalmente, ou, se não forem encontradas, por edital, com o prazo de dez 
dias, para o processo de restauração dos autos.
A doutrina ressalta que nesse caso, por se tratar de um chamamento para participar de um 
incidente, o termo correto seria intimação das partes de citação, conforme expresso no CPP.
O réu e o ofendido que for parte poderão ser intimados por edital.
MP apenas pessoalmente.
§ 3º Proceder-se-á à restauração na primeira instância, ainda que os autos se tenham extraviado na 
segunda.
Logo, em caso de desaparecimento dos autos quando o processo está em grau de recurso, 
a restauração ocorrerá no juízo de primeira instância.
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Na situação de crime de competência originária do tribunal quando os autos não tramita-
ram em instância inferior: O procedimento de recuperação se dará no próprio tribunal.
Art. 542. No dia designado, as partes serão ouvidas, mencionando-se em termo circunstanciado os 
pontos em que estiverem acordes e a exibição e a conferência das certidões e mais reproduções do 
processo apresentadas e conferidas.
Trata-se da audiência de restauração. Nesse momento, o juiz ouvirá as partes, que junta-
mente com o escrivão, poderão fornecer elementos oriundos de suas lembranças dos atos 
processuais. Havendo concordância, será o evento considerado certo. Assim, tudo será lavra-
do a termo e passará a integrar os autos restaurados.
Art. 543. O juiz determinará as diligências necessárias para a restauração, observando-se o seguinte:
I – caso ainda não tenha sido proferida a sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas podendo ser 
substituídas as que tiverem falecido ou se encontrarem em lugar não sabido;
II – os exames periciais, quando possível, serão repetidos, e de preferência pelos mesmos peritos;
III – a prova documental será reproduzida por meio de cópia autêntica ou, quando impossível, por 
meio de testemunhas;
IV – poderão também ser inquiridas sobre os atos do processo, que deverá ser restaurado, as auto-
ridades, os serventuários, os peritos e mais pessoas que tenham nele funcionado;
V – o Ministério Público e as partes poderão oferecer testemunhas e produzir documentos, para 
provar o teor do processo extraviado ou destruído.
Muita atenção aos pontos destacados no artigo anterior e seus incisos. Ressalta-se que a 
perícia será dispensável no caso de haver cópias no Instituto Médico Legal ou no Instituto de 
Criminalística.
Em situação de discordância entre as partes, o juiz poderá ouvir todos os funcionários da 
justiça e de outros órgãos que lidaram com o processo. Persistindo, será facultada a juntada 
de testemunhas para provar determinado ponto.
A prova produzida nesse momento serve apenas para reproduzir os autos perdidos e não para 
refazer a instrução sobre outro prisma.
Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo motivo de força maior, deverão concluir-se dentro de 
vinte dias, serão os autos conclusos para julgamento.
Parágrafo único. No curso do processo, e depois de subirem os autos conclusos para sentença, o 
juiz poderá, dentro em cinco dias, requisitar de autoridades ou de repartições todos os esclareci-
mentos para a restauração.
O prazo para restauração é tido por impróprio e, portanto, poderá ser prorrogado sem que 
haja sanção processual.
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Perceba que o magistrado, mesmo após a conclusão dos autos da sentença, poderá requi-
sitar diligências complementares, o que demonstra a particularidade de se demonstrar uma 
cautela na recuperação do que foi perdido.
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pagos nos autos originais, não serão novamente cobra-
dos.
Art. 546. Os causadores de extravio de autos responderão pelas custas, em dobro, sem prejuízo da 
responsabilidade criminal.
Caso se demonstre no decorrer da restauração dos autos os responsáveis pela sua perda, 
responderão pelas custas em dobro em caso de má-fé ou desleixo.
Será o caso de responsabilidade criminal, mas também funcional, quando se tratar de ad-
vogados, promotores e demais funcionários.
STJ (HC 203.226): A palavra do servidor da Justiça, que indica o paciente como a pessoa 
que retirou os autos em carga no dia do extravio da ação penal, tem presunção de legali-
dade e veracidade, ainda mais quando ausente qualquer elemento em sentido contrário.
Art. 547. Julgada a restauração, os autos respectivos valerão pelos originais.
Parágrafo único. Se no curso da restauração aparecerem os autos originais, nestes continuará o 
processo, apensos a eles os autos da restauração.
Proferida decisão, os autos restaurados passam a valer como se fossem os origi-
nais perdidos.
Dessa decisão, cabe apelação.
Nas palavras de NUCCI:
Se os originais surgirem no início da restauração, completamente íntegros, não há motivo para o 
prosseguimento do procedimento de restauração, pois há perda de objeto. Apresentando sinais de 
deterioração ou de falha de conteúdo, o procedimento prosseguirá.
Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados os autos, a sentença condenatória em execução 
continuará a produzir efeito, desde que conste da respectiva guia arquivada na cadeia ou na peni-
tenciária, onde o réu estiver cumprindo a pena, ou de registro que torne a sua existência inequívoca.
Dessa forma, haverá continuidade da execução da pena enquanto ocorre a restauração 
dos autos.
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RESUMO
Processo e Julgamento dos Crimes de Responsabilidade de Funcionários 
Públicos
• Previsto nos artigos 513 e 518, as normas aplicáveis aos chamados crimes de respon-
sabilidade dos funcionários públicos.
• Crimes de responsabilidade dos funcionários públicos: Previstos nos artigos 312 a 326 
do Código Penal.
• O procedimento especial para processo de crimes de responsabilidade de funcionários 
públicos só se aplica aos crimes AFIANÇÁVEIS.
• Caso um determinado servidor pratique um crime funcional e desfrute de prerrogativa 
de função, não deverá ser processado através do procedimento previsto no CPP, e sim 
com base na Lei n. 8.038/90.
• O ponto chave do art. 514 do CPP é a chamada defesa preliminar no prazo de 15 dias, 
que deve ser apresentada uma vez que o funcionário público é notificado da acusação.
• A resposta (que irá caracterizar a defesa preliminar) pode ser instruída com documentos 
e justificações.
• A nulidade gerada pela falta de defesa preliminar é apenas RELATIVA.
• Após o recebimento da denúncia/queixa, deve-se seguir o procedimento comum ordiná-
rio para os passos seguintes do processo.
Processo e Julgamento dos Crimes de Abuso de Autoridade
• Não há previsão legal na nova lei (Lei n.13.869/19)
• Teremos a aplicação do próprio Código de Processo Penal e da Lei n. 9.099/95 quando 
se tratar de infração de menor potencial ofensivo.
Processo e Julgamento dos Crimes Contra a Honra
• É regido pela Lei n. 9.099/95, haja vista que nenhum dos delitos contra a honra (calúnia, 
injúria e difamação) possui pena máxima cominada em abstrato superior a dois anos.
• CPP- Art. 520. Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes oportunidade para 
se reconciliarem, fazendo-as comparecer em juízo e ouvindo-as, separadamente, sem a 
presença dos seus advogados, não se lavrando termo.
• Art. 521. Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provável a reconci-
liação, promoverá entendimento entre eles, na sua presença.
• Art. 522. No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da de-
sistência, a queixa será arquivada.
• Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato im-
putado, o querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser 
inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em 
substituição às primeiras, ou para completar o máximo legal.
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Processo e do Julgamento dos Crimes Contra a Propriedade Imaterial
• Os crimes contra a propriedade imaterial são aqueles que protegem a atividade criadora 
das pessoas, relacionada ao seu intelecto e que possuem reflexo patrimonial.
• Crimes de ação penal privada:
− CPP- Art. 530-A. O disposto nos arts. 524 a 530 será aplicável aos crimes em que se 
proceda mediante queixa. (Incluído pela Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
• Crimes de ação penal pública:
− CPP-Art. 530-I. Nos crimes em que caiba ação penal pública incondicionada ou con-
dicionada, observar-se-ão as normas constantes dos arts. 530-B, 530-C, 530-D, 530-E, 
530-F, 530-G e 530-H. (Incluído pela Lei n. 10.695, de 1º.7.2003)
− O exame de corpo de delito é condição específica de procedibilidade para o exercício 
da ação penal nos crimes contra a propriedade imaterial que deixem vestígios.
− Art. 529. Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida queixa com 
fundamento em apreensão e em perícia, se decorrido o prazo de 30 dias, após a ho-
mologação do laudo.
Processo de Restauração de Autos Extraviados ou Destruídos
• CPP- Art. 541. Os autos originais de processo penal extraviados ou destruídos, em pri-
meira ou segunda instância, serão restaurados.
• STF: “A existência de cópia autêntica dos autos torna dispensável o procedimento de 
restauração previsto no art. 541, § 2º, do Código de Processo Penal.
• § 3º Proceder-se-á à restauração na primeira instância, ainda que os autos se tenham 
extraviado na segunda.
• Audiência de restauração:
− Nesse momento, o juiz ouvirá as partes, que juntamente com o escrivão, poderão 
fornecer elementos oriundos de suas lembranças dos atos processuais. Havendo 
concordância, será o evento considerado certo. Assim, tudo será lavrado a termo e 
passará a integrar os autos restaurados.
− Em situação de discordância entre as partes, o juiz poderá ouvir todos os funcionários 
da justiça e de outros órgãos que lidaram com o processo. Persistindo, será facultada 
a juntada de testemunhas para provar determinado ponto.
− Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo motivo de força maior, deverão concluir-
-se dentro de vinte dias, serão os autos conclusos para julgamento.
− Parágrafo único. No curso do processo, e depois de subirem os autos conclusos para 
sentença, o juiz poderá, dentro em cinco dias, requisitar de autoridades ou de reparti-
ções todos os esclarecimentos para a restauração.
− Art. 547. Julgada a restauração, os autos respectivos valerão pelos originais:
− Dessa decisão, cabe apelação.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IDECAN/2021/PEFOCE/MÉDICO PATOLOGISTA) José, funcionário público, foi investi-
gado pela prática de peculato. Ao final do inquérito policial, foi indiciado pela autoridade poli-
cial, e o procedimento foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia, diante 
da farta documentação dando conta da prática criminosa. Em relação ao procedimento nos 
crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a alternativa correta.
a) É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Pe-
nal, na ação penal instruída por inquérito policial.
b) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo 
de dez dias.
c) Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, o 
processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos até que seja apresentada a res-
posta preliminar.
d) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz receberá 
a denúncia e ordenará a citação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
quinze dias.
e) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
três dias.
002. (CESPE/CEBRASPE/2021/MPE-AP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Com re-
lação ao procedimento aplicável aos crimes de responsabilidade praticados por funcionários 
públicos contra a administração pública, assinale a opção correta.
a) Aplica-se o procedimento especial somente aos crimes inafiançáveis.
b) Aplica-se o procedimento especial aos delitos praticados por agentes políticos com prerro-
gativa de função.
c) Aplica-se o procedimento previsto na Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais caso o 
crime funcional seja de menor potencial ofensivo.
d) Aplica-se o procedimento especial mesmo que o funcionário público tenha deixado a função 
na qual estava investido.
e) Aplica-se o rito dos crimes funcionais ao crime fiscal praticado por funcionário público.
003. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8 - AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-
NAL) Com relação a processo penal, julgue o item a seguir.
Caso um funcionário público tenha sido denunciado por suposta prática de crime, o juiz poderá 
rejeitar a denúncia se estiver convencido, pela resposta do acusado, da improcedência da ação.
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Processo e Julgamento dos Crimes de
Responsabilidade dos Funcionários Públicos
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004. (IBFC/2020/EBSERH/ADVOGADO) Sobre o processo e o julgamento dos crimes de res-
ponsabilidade dos funcionários públicos, assinale a alternativa correta.
a) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação doacusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
quinze dias
b) Em caso de desconhecida a residência do acusado para a realização de sua notificação, não 
cabe nomeação de defensor público
c) O processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos compe-
tirão aos juízes federais
d) O juiz não pode rejeitar a queixa ou a denúncia ainda que convencido pela resposta do acu-
sado ou do defensor da inexistência do crime ou da improcedência da ação
e) Nos crimes afiançáveis, praticados por funcionários públicos, durante o prazo concedido 
para a resposta, os autos só podem ser retirados pelo acusado
005. (IADES/2019/SEAP-GO/AGENTE DE SEGURANÇA) Prisional No que tange aos crimes 
de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a alternativa correta.
a) O processo e julgamento nesses crimes competirá ao chefe imediato do funcionário público.
b) A queixa ou a denúncia poderão ser anônimas, não necessitando, inicialmente, de nenhum 
documento que a instrua ou de qualquer declaração acerca da impossibilidade de apresenta-
ção de provas.
c) Os crimes de responsabilidade são crimes inafiançáveis.
d) Se o servidor público se achar fora da jurisdição do juiz, será considerado revel.
e) O juiz rejeitará a queixa ou denúncia em despacho fundamentado, caso seja convencido 
pela resposta do acusado ou do seu defensor da inexistência do crime ou da improcedên-
cia da ação.
006. (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Acerca do processo 
e do julgamento dos crimes de calúnia e injúria, de competência do juiz singular, é incorre-
to afirmar:
a) Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se reconciliarem, 
fazendo-as comparecer em juízo e ouvindo-as, separadamente, sem a presença dos seus ad-
vogados, não se lavrando termo.
b) Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provável a reconciliação, promo-
verá entendimento entre eles, na sua presença.
c) No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da desistência e de-
corrido o prazo de 5 (cinco) dias sem retratação, a queixa será arquivada.
d) Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o querelan-
te poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemunhas 
arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para 
completar o máximo legal.
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007. (VUNESP/2019/PREFEITURA DE CERQUILHO – SP/PROCURADOR JURÍDICO- ADAP-
TADA) Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, a queixa ou a denúncia será 
instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com 
declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas e, 
nos afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz recebê-la-á e ordenará a 
citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
008. (INSTITUTO CONSULPLAN/2019/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA – MATUTINA) 
No processo e julgamento dos crimes contra a propriedade imaterial quando os crimes forem 
de ação privativa do ofendido, não será admitida queixa com fundamento em apreensão e em 
perícia, se decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, após a homologação do laudo.
009. (CESPE/2019/PREFEITURA DE BOA VISTA – RR/PROCURADOR MUNICIPAL) José, de 
sessenta e nove anos de idade, fiscal de vigilância sanitária municipal, viúvo e único respon-
sável pelos cuidados de seu filho, de onze anos de idade, foi denunciado à polícia por comer-
ciantes que alegavam que o referido fiscal lhes solicitava dinheiro para que não fossem por ele 
autuados por infração à legislação sanitária. Durante investigação conduzida por autoridade 
policial em razão dessa denúncia, foi deferida judicialmente interceptação da comunicação 
telefônica de José.
Nesse ato, evidenciou-se, em uma degravação, que José havia solicitado certa quantia em 
dinheiro a um comerciante, Pedro, para não interditar seu estabelecimento comercial, e que 
José havia combinado encontrar-se com Pedro para realizarem essa transação financeira. Na 
interceptação, foram captadas, ainda, conversas em que José e outros quatro fiscais não iden-
tificados discutiam a forma de solicitar dinheiro a comerciantes, em troca de não autuá-los, e 
a repartição do dinheiro que seria obtido com isso.
No dia combinado, Pedro encontrou-se com José, e, pouco antes de entregar-lhe o dinheiro que 
carregava consigo, policiais que haviam instalado escuta ambiental na sala do fiscal mediante 
autorização judicial prévia deram voz de prisão em flagrante a José, conduzindo-o, em seguida, 
à presença da autoridade policial.
Em revista pessoal, foi constatado que José portava três cigarros de maconha. Questionado, 
o fiscal afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro que trazia os entorpecentes de 
seu país para o Brasil e os revendia perto da residência de José. A autoridade policial deu 
andamento aos procedimentos, redigiu o relatório final do inquérito policial e o encaminhou à 
autoridade competente.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente
O juiz poderá receber denúncia oferecida pelo Ministério Público e dispensar a notificação pré-
via de José para que este apresente resposta preliminar, embora ele seja servidor público, sem 
que esse ato configure nulidade absoluta.
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010. (INSTITUTO AOCP/2019/PC-ES/ASSISTENTE SOCIAL) Sobre processo e julgamento 
dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, tais como os peritos criminais, as-
sinale a alternativa correta de acordo com o que prescreve o Código de Processo Penal.
a) A juntada de inquérito policial preparatório é indispensável nos crimes de responsabilidade 
dos funcionários públicos, cujo processo e julgamento competirão aos juízes de direito.
b) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a citação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de dez 
dias úteis.
c) A notificação do acusado para, previamente ao recebimento da denúncia, manifestar-se 
sobre o tema, apresentando sua defesa e evitando que seja a inicial recebida, se estende ao 
particular que seja coautor ou partícipe.
d) O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, pela res-
posta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação.
e) Caso seja recebida a denúncia ou queixa, a despeito da impugnação formulada pelo funcio-
nário, é dispensável que ele tome ciência disso mediante citação formal, podendo defender-se 
nos autos do processo-crime como integrante formal do polo passivo.
011. (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO- ADAPTADA) Nos crimes contra 
a propriedade imaterial que deixem vestígios, o exame do corpo de delito será condição de 
procedibilidade para o exercício da ação penal.
012. (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO- ADAPTADA) No procedimento 
por crime funcional, em caso de ilícito afiançável,o réu será notificado para apresentar defesa 
preliminar por escrito no prazo de quinze dias.
013. (VUNESP/2018/PC-BA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Os crimes de responsabilidade dos 
funcionários públicos terão procedimento especial que contempla
a) nos crimes afiançáveis, a possibilidade de, oferecida a denúncia ou a queixa, o acusado ofe-
recer resposta, por escrito, dentro do prazo de quinze dias.
b) a possibilidade de, oferecida a denúncia ou a queixa, o acusado oferecer resposta, por escri-
to, dentro do prazo de dez dias.
c) resposta por escrito, no prazo de quinze dias, sem a possibilidade de juntada de novos 
documentos.
d) se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, a 
intimação por edital para do acusado para constituir defensor, para apresentar resposta preli-
minar, no prazo de quinze dias, sob pena de preclusão.
e) afastamento imediato das funções.
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014. (CESPE/2018/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/ÁREA PROCESSUAL) Tércio, servidor 
público federal em cargo de direção, foi denunciado pela prática de falsificação de documento 
público. O oficial de justiça não o localizou em sua residência, tendo citado o acusado em seu 
local do trabalho. Apesar de citado, Tércio não constituiu advogado e não apresentou defe-
sa em juízo.
Nessa situação hipotética,
o crime de falsificação de documento público praticado por Tércio é inafiançável e, por isso, 
ele não estará sujeito ao procedimento especial dos crimes de responsabilidade dos funcioná-
rios públicos.
015. (CESPE/2017/SERES-PE/AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA) Processo relati-
vo a crime funcional é ação de competência originária dos tribunais.
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GABARITO
1. a
2. c
3. C
4. a
5. e
6. c
7. E
8. E
9. C
10. d
11. C
12. C
13. a
14. E
15. E
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GABARITO COMENTADO
001. (IDECAN/2021/PEFOCE/MÉDICO PATOLOGISTA) José, funcionário público, foi investi-
gado pela prática de peculato. Ao final do inquérito policial, foi indiciado pela autoridade poli-
cial, e o procedimento foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia, diante 
da farta documentação dando conta da prática criminosa. Em relação ao procedimento nos 
crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a alternativa correta.
a) É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Pe-
nal, na ação penal instruída por inquérito policial.
b) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo 
de dez dias.
c) Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, o 
processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos até que seja apresentada a res-
posta preliminar.
d) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz receberá 
a denúncia e ordenará a citação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
quinze dias.
e) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
três dias.
Vejamos cada uma delas:
a) Certa. Trata-se da súmula 330 do STJ.
b) Errada. Dentro do prazo de quinze dias (art. 514 do CPP).
c) Errada. Nesse caso, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta pre-
liminar (parágrafo único do art. 514 do CPP).
d) Errada. De acordo com o art. 514 do CPP: Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou 
queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para 
responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.
e) Errada. A justificativa é a mesma da anterior.
Letra a.
002. (CESPE/CEBRASPE/2021/MPE-AP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Com re-
lação ao procedimento aplicável aos crimes de responsabilidade praticados por funcionários 
públicos contra a administração pública, assinale a opção correta.
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a) Aplica-se o procedimento especial somente aos crimes inafiançáveis.
b) Aplica-se o procedimento especial aos delitos praticados por agentes políticos com prerro-
gativa de função.
c) Aplica-se o procedimento previsto na Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais caso o 
crime funcional seja de menor potencial ofensivo.
d) Aplica-se o procedimento especial mesmo que o funcionário público tenha deixado a função 
na qual estava investido.
e) Aplica-se o rito dos crimes funcionais ao crime fiscal praticado por funcionário público.
Vejamos caso a caso:
a) Errada. Apenas para crimes afiançáveis.
b) Errada. Não deverá ser processado através do procedimento previsto no CPP, e sim com 
base na Lei n. 8.038/90.
c) Certa. Tratando-se de infração de menor potencial ofensivo, aplica-se o procedimento da Lei 
n. 9.099/95.
d) Errada. Se deixou a função, o procedimento não será mais aplicado: Se o acusado, à época 
do oferecimento da denúncia, não era mais funcionário público, não terá direito à defesa preli-
minar de que trata o art. 514 do CPP. (Info 743 do STF).
e) Errada. Crime fiscal não se confunde com crime funcional.
Letra c.
003. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8 - AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-
NAL) Com relação a processo penal, julgue o item a seguir.
Caso um funcionário público tenha sido denunciado por suposta prática de crime, o juiz poderá 
rejeitar a denúncia se estiver convencido, pela resposta do acusado, da improcedência da ação.
Conforme estudamos, essa é a disposição do art. 516 do CPP:
CPP, art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, pela 
resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação.
Certo.
004. (IBFC/2020/EBSERH/ADVOGADO) Sobre o processo e o julgamento dos crimes de res-
ponsabilidade dos funcionários públicos, assinale a alternativa correta.
a) Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
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b) Em caso de desconhecida a residência do acusado para a realização de sua notificação, não 
cabe nomeação de defensor público
c) O processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos compe-
tirão aos juízes federais
d) O juiz não pode rejeitar a queixa ou a denúncia ainda que convencido pela resposta do acu-
sado ou do defensor da inexistência do crime ou da improcedência da ação
e) Nos crimes afiançáveis, praticados por funcionários públicos, durante o prazo concedido 
para a resposta, os autos só podem ser retirados pelo acusado
Mais uma vez o examinador batendo na tecla do art. 514 do CPP:
CPP, art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição 
do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.
Letra a.
005. (IADES/2019/SEAP-GO/AGENTE DE SEGURANÇA) Prisional No que tange aos crimes 
de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a alternativa correta.
a) O processo e julgamento nesses crimes competirá ao chefe imediato do funcionário público.
b) A queixa ou a denúncia poderão ser anônimas, não necessitando, inicialmente, de nenhum docu-
mento que a instrua ou de qualquer declaração acerca da impossibilidade de apresentação de provas.
c) Os crimes de responsabilidade são crimes inafiançáveis.
d) Se o servidor público se achar fora da jurisdição do juiz, será considerado revel.
e) O juiz rejeitará a queixa ou denúncia em despacho fundamentado, caso seja convencido pela res-
posta do acusado ou do seu defensor da inexistência do crime ou da improcedência da ação.
Vejamos uma a uma:
a) Errada. Nada disso. Seguirá o procedimento especial previsto no CPP acerca dos crimes de 
responsabilidade dos funcionários públicos.
b) Errada. De acordo com o art. 513 do CPP:
...a queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a exis-
tência do delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer 
dessas provas.
c) Errada. Para aplicação do procedimento especial, os crimes devem ser afiançáveis.
d) Errada. Nesse caso, conforme disciplina o CPP, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá 
apresentar a resposta preliminar.
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e) Certa. Trata-se da literalidade do art. 516 do CPP.
Letra e.
006. (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Acerca do processo 
e do julgamento dos crimes de calúnia e injúria, de competência do juiz singular, é incorre-
to afirmar:
a) Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se reconciliarem, 
fazendo-as comparecer em juízo e ouvindo-as, separadamente, sem a presença dos seus ad-
vogados, não se lavrando termo.
b) Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provável a reconciliação, promo-
verá entendimento entre eles, na sua presença.
c) No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da desistência e de-
corrido o prazo de 5 (cinco) dias sem retratação, a queixa será arquivada.
d) Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o querelan-
te poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemunhas 
arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para 
completar o máximo legal.
Não há prazo de 5 dias:
CPP- art. 522. No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da desistência, 
a queixa será arquivada.
Letra c.
007. (VUNESP/2019/PREFEITURA DE CERQUILHO – SP/PROCURADOR JURÍDICO- ADAP-
TADA) Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, a queixa ou a denúncia será 
instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com 
declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas e, 
nos afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz recebê-la-á e ordenará a 
citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Essa você já está careca de saber:
Art. 514 do CPP:.....ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo 
de quinze dias.
Errado.
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008. (INSTITUTO CONSULPLAN/2019/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA – MATUTINA) 
No processo e julgamento dos crimes contra a propriedade imaterial quando os crimes forem 
de ação privativa do ofendido, não será admitida queixa com fundamento em apreensão e em 
perícia, se decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, após a homologação do laudo.
Eis a importância de dominarmos a literalidade da lei:
De acordo com o a art. 529 do CPP:
Art. 529. Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida queixa com fundamento em 
apreensão e em perícia, se decorrido o prazo de 30 dias, após a homologação do laudo.
Errado.
009. (CESPE/2019/PREFEITURA DE BOA VISTA – RR/PROCURADOR MUNICIPAL) José, de 
sessenta e nove anos de idade, fiscal de vigilância sanitária municipal, viúvo e único responsável 
pelos cuidados de seu filho, de onze anos de idade, foi denunciado à polícia por comerciantes que 
alegavam que o referido fiscal lhes solicitava dinheiro para que não fossem por ele autuados por 
infração à legislação sanitária. Durante investigação conduzida por autoridade policial em razão 
dessa denúncia, foi deferida judicialmente interceptação da comunicação telefônica de José.
Nesse ato, evidenciou-se, em uma degravação, que José havia solicitado certa quantia em 
dinheiro a um comerciante, Pedro, para não interditar seu estabelecimento comercial, e que 
José havia combinado encontrar-se com Pedro para realizarem essa transação financeira. Na 
interceptação, foram captadas, ainda, conversas em que José e outros quatro fiscais não iden-
tificados discutiam a forma de solicitar dinheiro a comerciantes, em troca de não autuá-los, e 
a repartição do dinheiro que seria obtido com isso.
No dia combinado, Pedro encontrou-se com José, e, pouco antes de entregar-lhe o dinheiro que 
carregava consigo, policiais que haviam instalado escuta ambiental na sala do fiscal mediante 
autorização judicial prévia deram voz de prisão em flagrante a José, conduzindo-o, em seguida, 
à presença da autoridade policial.
Em revista pessoal, foi constatado que José portava três cigarros de maconha. Questionado, 
o fiscal afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro que

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