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SISTEMA DE ENSINO
ATUALIDADES E 
CONHECIMENTOS 
REGIONAIS
Atualidades – Parte I
Livro Eletrônico
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Atualidades – Parte I
ATUALIDADES E CONHECIMENTOS REGIONAIS
Cleber Monteiro
Sumário
Atualidades – Parte I ...................................................................................................................... 3
Apresentação ................................................................................................................................... 3
1. Introdução ..................................................................................................................................... 3
2. Organização Política e Econômica .......................................................................................... 4
2.1. Economia no Mundo ................................................................................................................ 5
2.2. Brexit .......................................................................................................................................... 7
2.3. Blocos Econômicos ................................................................................................................. 9
2.4. Economia do Brasil ............................................................................................................... 14
2.5. Queda Histórica do PIB Brasileiro .......................................................................................16
2.6. A Ford Decide Fechar as Fábricas no País ......................................................................... 17
3. Política ........................................................................................................................................ 18
3.1. Política em Escala Nacional ..................................................................................................19
3.2. Política Mundial ..................................................................................................................... 23
Exercícios ........................................................................................................................................ 33
Gabarito ...........................................................................................................................................46
Referências ..................................................................................................................................... 47
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Atualidades – Parte I
ATUALIDADES E CONHECIMENTOS REGIONAIS
Cleber Monteiro
ATUALIDADES – PARTE I
ApresentAção
Olá, futuro concursado!
Como você está? Firme e forte nos estudos? Sou o professor Cleber Monteiro, graduado 
em Geografia e pós-graduado em Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar. Fui aprova-
do nos concursos da Polícia Militar do estado de São Paulo (PMSP) e Polícia Militar do estado 
de Santa Catarina (PMSC). Atualmente sou professor do Colégio Militar Dom Pedro II, em Bra-
sília, e ministro aulas em vários cursinhos preparatórios para carreiras militares e concursos 
públicos nas disciplinas de geopolítica, RIDE-DF, atualidades, história e geografia dos estados 
e municípios. Agora estamos juntos pelo Gran Cursos para que você possa conseguir sua tão 
sonhada aprovação no serviço público.
Como em todas as outras disciplinas, vamos usar estratégias para que você poupe seu 
tempo e consiga assimilar o maior número de conhecimento necessário para sua prova. Ao 
longo deste material, você encontrará dicas e lembretes que o ajudarão na compreensão do 
conteúdo. Lembre-se de que, querido(a) candidato(a), só faz uma boa prova quem pratica 
constantemente, portanto resolva o maior número de questões possível!
Eu e toda a equipe do Gran estamos aqui para oferecer tudo o que for necessário para sua 
aprovação. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo fórum e terei um enorme prazer em te 
atender. Espero que você goste do nosso material e faça um excelente uso dele.
Cleber Monteiro – @Profclebermonteiro
1. Introdução
Querido(a) candidato(a), o estudo de atualidades é extremamente importante para seu 
certame e cada acerto fará muita diferença em sua colocação final. Muitos candidatos me-
nosprezam ou estudam atualidades de maneira errada, o que ocasiona um desempenho não 
desejado e que pode te colocar dentro ou fora da fase seguinte.
Essa disciplina está ligada à geografia e à história, de maneira direta ou indireta. Passarei 
inicialmente algumas dicas que vão te auxiliar muito em atualidades e serão determinantes 
para um bom desemprenho. Contudo, antes gostaria de analisar com vocês o conteúdo dessa 
disciplina em seu edital. Vejamos:
Atualidades brasileiras e mundiais: economia e política. Política nacional e internacional. 3. Socieda-
de brasileira: panorama de cultura, artes, música, literatura (nacional e estrangeira), jornais, revistas 
e televisão. 4. O desenvolvimento urbano brasileiro. 5. Meio ambiente e sociedade: problemas, polí-
ticas públicas, organizações não governamentais, aspectos locais e aspectos globais. 6. Descober-
tas e inovações científicas na atualidade e seus impactos na sociedade contemporânea. 7. Cultura 
internacional. 8. Direitos Humanos. 9. Tecnologia da Informação.
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Atualidades – Parte I
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Observe que é um edital extenso e composto de vários itens das mais variadas áreas de 
conhecimento, o que possibilita a geração de milhares de itens para a prova. Obviamente, o as-
sunto cobrado será algo que ocorreu recentemente no cenário mundial, nacional ou estadual, 
mas é importante salientar que o estudo precisa estar relacionado com o contexto histórico 
do assunto.
Desse modo, além de um fato que ocorreu em determinado momento, pode ser cobrado o 
contexto histórico da situação exposta, por isso é importante ter conhecimentos suficientes 
para julgar o item como certo ou errado. Não há a necessidade de saber tudo sobre o assunto, 
mas é necessário ter uma base para conseguir um maior número de acertos. Esse é o nosso 
objetivo com este material: oferecer a você as informações mais significativas sobre os acon-
tecimentos mundiais, nacionais e estaduais. Lembrando que podem ser cobrados assuntos 
em seus diferentes aspectos de análise e, inclusive, englobar mais de um tema no mesmo item.
A primeira dica que passo a você é acompanhar diariamente meios de comunicações, prin-
cipalmente jornais em suas diversas formas de apresentação. No entanto, não é só assistir 
ao jornal e compreender uma situação isolada. Sugiro que destaque aquilo que ache relevante 
e aprofunde seu conhecimento respondendo a algumas perguntas, entre elas: por que isso 
aconteceu? Quais fatos históricos levaram a esse acontecimento? Qual a relevância desse acon-
tecimento na escala de abrangência (mundial, nacional ou estadual)? Quais reflexos esse acon-
tecimento pode gerar na sociedade?
Essa prática pode levar você a desenvolver sua habilidade de compreensão e assimilação 
de assuntos que fogem da sua esfera de conhecimento. Porém, não é só isso que vai te levar 
ao êxito, também é necessário que você faça várias questões e de modo consciente, ou seja, 
sabendo identificar os erros. Pratique exaustivamente questões, pois assimvocê garantirá um 
bom desempenho.
Nosso material apresentará assuntos de várias escalas de abrangência, indo do nível mun-
dial até o estadual, oferecendo argumentos e reflexões sobre os fatos ocorridos. Importante 
lembrar que atualidades é dinâmica e precisa ser acompanhada diariamente. Talvez o tema 
da sua prova ainda está por acontecer. Sem mais observações, vamos iniciar nosso material 
de atualidades e espero, verdadeiramente, que te ajude a alcançar a tão sonhada aprovação. 
Vamos nessa e bons estudos!
2. orgAnIzAção polítIcA e econômIcA
Todos os dias necessitamos de várias informações para compreender o que está acon-
tecendo no Brasil e no mundo. Notícias que se relacionam com a política e a economia de 
um país têm reflexo no cenário mundial. Contudo, para entender todos os fatos, é necessário 
analisar o contexto histórico complexo de cada organização política. Importante salientar que 
uma organização política é qualquer organismo que participa do processo político, incluindo 
grupos de interesse, organizações não governamentais e partidos políticos. Tais organizações 
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participam de atividades políticas que buscam alcançar objetivos políticos bem definidos, que 
geralmente trazem benefícios para seus membros.
A economia mundial em 2020 foi marcada por recordes de crescimento e, principalmente, 
de regressão. Mediante a pandemia de Covid-19, muitos países não souberam como enfrentar 
tal situação e suas medidas refletiram diretamente na produção econômica.
Nesse tópico, chamo a sua atenção para os dados que se referem ao Brasil, pois, em nosso 
país, tivemos índices baixos em várias taxas analisadas. Lembre-se de que essa queda não foi 
exclusiva do Brasil, mas é interessante que você esteja por dentro do crescimento ou regres-
são econômica, PIB e colocação no ranking mundial das economias do mundo.
Política sempre foi um tema muito complexo, polêmico e gerador de discussões. A prin-
cipal dica nesse tópico é que tenha cuidado com a maneira com que vai se expressar. Evite 
extremismos ou comentar os fatos de modo que sua opinião política possa sobressair.
Seu objetivo será compreender o fato, comentar de maneira imparcial e evitar descrimina-
ção ou qualquer tipo de manifestação favorável a partidos ou políticos. Portanto, tendo cuida-
do com esses pontos específicos, tenho certeza de que se sairá bem na prova.
2.1. economIA no mundo
A economia mundial está retornando rapidamente suas atividades econômicas, com des-
taque para o setor industrial. As estimativas são de um crescimento significativo no primeiro 
trimestre de 2021. Os índices elevados estão presentes também nos serviços, nos quais a 
demanda e a produção diminuíram em consequência da pandemia. Os Estados Unidos da 
América são o país que apresenta a melhor recuperação, o que se amplia conforme avança 
o programa de vacinação e as medidas de isolamento social vão diminuindo, o que permite o 
retorno das atividades no setor terciário. Nos países desenvolvidos, o desemprego caiu e seu 
crescimento impulsiona os países em desenvolvimento emergente por meio do comércio inter-
nacional e do aumento do preço das commodities.
O fechamento e a abertura da produção ao longo das cadeias produtivas globais têm gera-
do a escassez de matérias-primas, aumentando os preços. Além disso, a escassez vem con-
tribuindo para o aumento generalizado da inflação entre países. O retorno do crescimento da 
economia mundial tem contado com estímulos políticos, em especial nos Estados Unidos da 
América. Mesmo com a aceleração da inflação, a política monetária estadunidense se mantém 
expansionista.
A política fiscal estadunidense foi reforçada após a aprovação dos programas emergen-
ciais propostos pelo governo Biden: o American Jobs Plan, concentrado em investimentos em 
infraestrutura, e o American Families Plan, que foca no capital humano, em benefícios traba-
lhistas e na oferta de serviços públicos. No governo Biden, os programas configuram maior 
expansão fiscal do período Pós-Segunda Guerra Mundial.
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Os Estados Unidos da América cresceram seu PIB em 6,4% no primeiro trimestre de 2021. 
O consumo das famílias e o investimento fixo tiveram desempenho significativo. Quando com-
parado com o primeiro trimestre de 2020, o PIB americano aumentou 0,4%.
Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/210615_cc_51_nota_26_econo-
mia_mundial.pdf. Acesso em: 21 jun. 2021.
Na China, o PIB do primeiro trimestre cresceu 18,3% em relação ao primeiro trimestre do 
ano passado. A desaceleração em relação aos trimestres anteriores ocorreu devido à reintro-
dução de medidas restritivas à mobilidade das pessoas.
Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/210615_cc_51_nota_26_econo-
mia_mundial.pdf. Acesso em: 21 jun. 2021.
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O PIB na zona do Euro diminuiu 0,3% no primeiro trimestre de 2021. Na comparação com 
o primeiro trimestre do ano passado, a queda foi de 1,3%. A pandemia no continente europeu 
no final de 2020 e suas medidas, como lockdowns que se estenderam até março, certamente 
influenciaram a economia do continente, que já havia registrado retração de 0,6% no quarto 
trimestre do ano passado.
Os preços dos commodities aumentaram a atividade econômica global, com forte cres-
cimento nos últimos meses e nível histórico elevado. Segundo o FMI, o nível dos preços dos 
commodities em maio é o mais alto desde 2014. A intensa recuperação, contudo, é maior que 
a do período pós-crise financeira internacional, que levou ao recorde da série: naquele período, 
o crescimento médio mensal foi de 2,4% ao mês.
De modo mais específico, um fator que pressionou os preços de grãos no mercado in-
ternacional foi a recomposição do rebanho suíno da China após a epidemia de febre suína 
africana, que matou uma grande parte do rebanho em 2018 e 2019. A recuperação da suino-
cultura estaria ocorrendo em bases modernas e intensivas no uso de rações para alimentação 
dos animais.
2.2. BrexIt
Depois de muitos debates e imprecisões, o Brexit foi decretado oficialmente em janeiro de 
2020. Na história do bloco econômico, o Reino Unido é o primeiro a sair da União Europeia (UE), 
após 47 anos de integração. O Brexit é a abreviação para British exit (saída britânica). Esse é o 
termo mais utilizado ao se referir à saída do Reino Unido da UE.
O processo inicia em 2016 com um plebiscito realizado à população britânica para que pu-
dessem decidir sobre a permanência do país no bloco econômico. Em 2017, a UE foi notificada 
da decisão do Reino Unido e, segundo o artigo 50 do Tratado de Lisboa, uma vez comunicada, 
a separação seria efetivada em um período de 2 anos, porém em2019 ela ainda não tinha 
ocorrido de maneira efetiva.
O acordo da retirada, como ficou conhecido, foi conduzido pela ex-primeira-ministra There-
sa May, com auxílio da UE, mas foi rejeitado três vezes no Parlamento do Reino Unido. Após os 
sucessivos fracassos na condução do Brexit, May deixou o cargo, sendo o segundo ministro a 
pedir para sair, provocada pelo Brexit. Foi eleito para substituí-la Boris Johnson, chanceler da 
ex-premiê.
Durante sua campanha, o novo ministro se comprometeu a retirar o Reino Unido da UE 
dentro do novo prazo estabelecido, com ou sem acordo. No entanto, o Parlamento britânico 
aprovou uma lei que impedia a saída do país sem acordo. Sem muito o que fazer, Johnson so-
licitou um novo prazo à EU.
Com dificuldades para estabelecer um acordo entre os parlamentares, Johnson realizou 
um ato considerado crucial: convocou para dezembro novas eleições gerais. Após os resulta-
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Nome do Professor
dos, seu Partido Conservador obteve uma maioria significativa no Parlamento, conseguindo 
posteriormente firmar o acordo de retirada.
O acordo de Johnson foi quase totalmente projetado por Theresa May. Os debates da sa-
ída foram concentrados na maneira que o Reino Unido iria sair, e não no futuro do país após 
o acontecimento. Um dos pontos mais sensíveis do documento foi a cláusula denominada 
backstop, que pretendia evitar o retorno de uma fronteira fechada entre a Irlanda do Norte e a 
Irlanda. A proposta de Johnson determina uma fronteira alfandegária entre esses dois países, 
portanto, ao entrarem na Irlanda do Norte, algumas mercadorias serão submetidas à fiscaliza-
ção e pagarão impostos de importação. Porém, o valor pago será devolvido caso as mercado-
rias permaneçam no país e não sejam enviadas à Irlanda.
Quem apoia as propostas de Johnson afirma que esse acordo permitirá ao Reino Unido 
negociar os próprios acordos comerciais com outros países, o que não seria possível com o 
chamado backstop. Alguns outros pontos do acordo são:
Ainda permanecerão longos meses de negociação entre o Reino Unido e a União Europeia, 
pois, mesmo o acordo tendo sido redigido e aceitado, os envolvidos precisam delimitar como 
serão suas relações futuras. Isso ocorrerá durante o período de transição, que iniciou em de-
zembro de 2020 e durará por 11 meses.
Durante esse período, os lados deverão negociar um novo acordo de livre comércio entre 
as nações para garantir que as mercadorias circulem pelo bloco europeu sem inspeções ou 
taxas extras. Caso não seja estabelecido esse novo acordo, haverá imposição de tarifas sobre 
os produtos provenientes do Reino Unido na UE e outras barreiras comerciais.
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Especialistas afirmam que o Reino Unido terá dificuldades para estabelecer como ficará a 
relação com a UE no futuro, pois o período de transição é relativamente curto. O governo bri-
tânico espera criar um acordo especial com a UE, semelhante aos da Noruega e da Suíça, que 
não pertencem ao bloco.
No caso norueguês, especificamente, europeus não precisam de visto para morar ou trabalhar, 
mas têm de se registrar na polícia.
Outro grande tema são possíveis movimentos de independência no Reino Unido. Por exem-
plo, a maioria dos eleitos da Escócia vota para a permanência no bloco econômico e já pres-
siona as autoridades locais por um plebiscito de separação do Reino Unido. A Irlanda do Norte 
também poderia criar movimentos separatistas e negociar uma união ao bloco econômico ou 
a seu país vizinho Irlanda.
2.3. Blocos econômIcos
Com o fim da Guerra Fria, as nações capitalistas começaram uma disputa na busca do 
controle dos mercadores consumidores. Esse foi um dos principais efeitos do chamado mun-
do globalizado. Essas nações resolveram se unir em blocos econômicos, a princípio regionais, 
com o objetivo de facilitar e aumentar o alcance dos mercados, além da ajuda mútua entre 
os membros.
Esses blocos econômicos são uma espécie de acordo intergovernamental em que as bar-
reiras do comércio são reduzidas ou eliminadas. São organizações criadas entre os países 
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com a finalidade de estabelecer relações econômicas entre si e entre os demais membros, 
visando o crescimento das relações econômicas com a integração das relações de comércio.
A expansão dos blocos econômicos regionais ocorreu, em especial, em razão dos seguin-
tes fatores:
• É natural que países com políticas econômicas semelhantes avancem para alianças 
comerciais, buscando o comércio multilateral e o aumento natural da competitividade;
• A conversão dos Estados Unidos da América ao regionalismo;
• O desmonte do Bloco do Leste, fazendo com que os países que giravam sobre a extinta 
União Soviética 119 procurassem celebrar acordos de livre comércio;
• O chamado “efeito dominó do regionalismo”, com o desejo de adesão dos países que 
ficam de fora da criação ou do aprofundamento dos blocos econômicos regionais.
Disponível em: file:///C:/Users/profc/Downloads/42353-120117-1-SM%20(1).pdf. Acesso em: 22 jun. 2021.
Os blocos econômicos são classificados em:
2.3.1. União Europeia
A União Europeia foi criada na década 1950 e seus membros foram, inicialmente, Alema-
nha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Holanda. Atualmente, abrange 27 países e é caracte-
rizada por uma parceria econômica e política, sendo considerada uma aliança supranacional, 
com um sistema de instituições independentes e decisões acordadas entre seus países, crian-
do um ordenamento jurídico próprio.
Ela surgiu em 1951, com a formação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, e se tor-
nou mais ampla com a assinatura dos Tratados de Roma, em 1957, quando se transformaram 
em Comunidade Econômica Europeia e Comunidade Europeia de Energia Atômica. Posterior-
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mente, em 1965, foi assinado o Tratado de Fusão, por meio da criação da Comissão Europeia 
e do Conselho da União Europeia, unindo assim os tratados anteriores.
Em 1993, surge a União Europeia como bloco econômico, por meio do Tratado de Maas-
tricht, que estabeleceu uma nova estrutura, mantida até vigorar o Tratado de Lisboa, em 2007. 
Nele, ocorreu a proposta da cidadania europeia, com a livre circulação e residência de pessoas 
pelos países da comunidade e implementou o euro como moeda única, administrada pelo 
Banco Central Europeu. O Tratadode Lisboa aumentou a atenção para os problemas mundiais, 
como o desenvolvimento sustentável e as alterações climáticas, instituindo o Parlamento Eu-
ropeu, e foi ratificado por todos os países-membros em 1º de dezembro de 2009.
As principais características desse bloco econômico são a mútua ajuda para ser forte eco-
nomicamente e facilitar negócios entre os países integrantes. Suas políticas são direcionadas 
à livre circulação de pessoas, serviços, bens e capital, além das legislações sobre assuntos 
relativos à justiça, mantendo também as políticas relacionadas ao comércio.
2.3.2. Mercosul
Esse bloco surgiu em 1991 e foi criado por países da América do Sul – Argentina, Brasil, 
Paraguai e Uruguai, tendo outros entrado futuramente, como a Venezuela. Tem como objetivo 
garantir a integração política, econômica e social entre os países. Atualmente, o bloco é for-
mado por cinco membros plenos, sendo eles a Argentina, o Brasil, o Uruguai, o Paraguai e a 
Venezuela. Porém, a Venezuela está suspensa desde dezembro de 2016 por apresentar crises 
econômicas, sociais e políticas. Ainda, tem como membros associados o Chile, a Bolívia (em 
processo de adesão desde 2015), a Colômbia, o Equador e o Peru, tendo ainda como observa-
dores a Nova Zelândia e o México.
A estrutura física e administrativa está sediada em Montevidéu, no Uruguai. Apresenta um 
mercado de 220 milhões de consumidores e um PIB de aproximadamente 1,1 trilhão de dó-
lares. Durante o século XXI, a água será um recurso estratégico fundamental e, nesse caso, é 
importante destacar que no território do Mercosul estão as duas maiores bacias hidrográficas 
do planeta: a do Prata e a da Amazônia.
2.3.3. NAFTA (USMCA)
O NAFTA (North American Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano de Livre 
Comércio) está em vigor desde 1º de janeiro de 1994. Caracteriza-se como um acordo de livre 
comércio entre Estados Unidos da América, Canadá e México, e o Chile é um membro asso-
ciado. É um instrumento de integração das economias, que busca o comércio da América do 
Norte, com a proteção dos direitos de propriedade intelectual e a proteção do trabalhador e do 
meio ambiente.
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Seus objetivos são o livre acesso aos mercados com o fim das barreiras alfandegárias 
entre os membros, reduzindo os custos comerciais e aumentando a exportação. Consequen-
temente, ocorrendo mais competitividade, bem como a geração de oportunidades de investi-
mentos, com a garantia de direitos entre os três países participantes do acordo.
Porém, em 2017, ocorreu a substituição do NAFTA pelo USMCA. A alteração do acordo co-
mercial entre as nações foi um pedido do ex-presidente Donald Trump, que afirmava ter prejuí-
zos para a economia dos EUA. Esses prejuízos teriam sido causados por déficits no comércio 
entre os Estados Unidos da América e o México e, consequentemente, provocaram uma perda 
de milhões de empregos nos EUA.
Acreditando que o NAFTA fez com que o comércio estadunidense estivesse menos compe-
titivo, gerava a perda do país em indústrias para os demais. Ao apresentar a renovação, alguns 
dos objetivos eram proteger o mercado estadunidense e liberalizar os demais. Desse modo, a 
substituição do acordo pauta-se no protecionismo dos EUA, criando um mercado “mais livre” 
e um comércio mais seguro que favoreça o crescimento econômico. Veja no quadro a seguir 
as principais mudanças.
Nome O antigo acordo, denominado NAFTA, agora dá lugar ao USMCA.
Setor automotivo
O novo acordo pretende impedir que 
indústrias se transfiram para locais com 
mão de obra mais barata. A ideia é que 
cerca de 75% das peças de um carro sejam 
fabricadas nos EUA por trabalhadores que 
recebam, em média, 16 dólares por hora.
Setor de laticínios
O Canadá concordou em diminuir as 
barreiras no setor de laticínios, já que o 
governo dos EUA classificava a proteção 
dos produtos lácteos injusta com altas 
tarifas de importação. Assim, amplia-se 
o mercado de laticínios entre Canadá e 
Estados Unidos da América.
Validade do acordo
Ao contrário do NAFTA, que não tinha 
tempo determinado para estar em vigor, 
o USMCA deixará de vigorar em dezesseis 
anos. Portanto, estabeleceu-se uma 
cláusula de validade.
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Nome O antigo acordo, denominado NAFTA, agora dá lugar ao USMCA.
Propriedade intelectual
A proteção da propriedade intelectual 
já existia. O novo acordo propôs o 
aumento dessa proteção, oferecendo-a a 
farmacêuticos e inovadores agrícolas. Essa 
proteção estende-se também aos direitos 
autorais de escritores e compositores.
Comércio eletrônico
O USMCA veta os direitos aduaneiros para 
os produtos distribuídos digitalmente, como 
jogos e livros eletrônicos.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/usmca.htm. Acesso em: 23 jun. 2021.
2.3.4. APEC
O bloco econômico da APEC – Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Asia-Pacific Econo-
mic Cooperation) foi motivado pela proximidade geográfica, participando dele países de vários 
continentes, todos localizados no Círculo do Pacífico.
Foi criado em 1989, por meio de uma associação entre países que integravam um fórum de 
conversação de assuntos econômicos, chamado ASEAN (Associaton of The South East Asian 
Nations), que possuía na época os Estados Unidos da América como parceiro econômico. Em 
1993, ele passou a ser um bloco com livre comércio em todo o Oceano Pacífico e criação de 
novos mercados para produtos agrícolas e matérias-primas.
A APEC representa um PIB de 40% do comércio mundial e é formalizada para a livre cir-
culação de mercadorias, tendo como membros Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, 
Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia, EUA (1989); China, Hong 
Kong (China), Taiwan (Formosa) (1991); México, Papua Nova Guiné (1993); Chile (1994); Peru, 
Federação Russa, Vietnã (1998) (MACHADO, 2018).
O objetivo principal é diminuir as tarifas e as barreiras comerciais, criando para seus mem-
bros melhorias econômicas com o aumento da oferta de empregos e mais oportunidades 
para o comércio internacional. Além de medidas comerciais e econômicas, são desenvolvidas 
ações que buscam os aspectos humanos.
2.3.5. BRICS
O BRICS não pode ser considerado um bloco, mas um agrupamento econômico com me-
canismo internacional. Atualmente, é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 
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Esses países têm um potencial econômico para superar as grandes potências mundiais em 
um período de, no máximo, cinquenta anos.
Eles representam mais de 21% do PIB mundial, sendo o grupo de países que mais crescem 
no planeta. Apresentam 42% da população mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder 
de consumo do mundo. Destacam-se também pelagrande quantidade de riquezas nacionais e 
pelas condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las.
2.4. economIA do BrAsIl
Para iniciarmos nosso estudo sobre a economia brasileira, é importante entendermos seu 
desenvolvimento histórico. Somos herdeiros de uma economia colonial caracterizada por uma 
ocupação de extensas áreas territoriais, sem diversificação na produção, sustentada pela mo-
nocultura e pelos serviços de mão de obra escrava. Essas características de alguma forma se 
enraizaram na cultura econômica do país.
O Período Colonial deixou marcas na economia do Brasil, que se manteve mesmo diante de 
crises no sistema colonial ou com a independência do país. Atualmente, de alguma maneira, 
os laços de dependência econômica herdados se mantêm.
O Brasil teve pouco progresso no ramo da industrialização logo após a independência, 
mantendo-se com uma economia no setor agrário. Apenas na segunda metade do século XIX 
o excedente produzido pelo café conseguiu uma expansão maior, passando a ser investido no 
desenvolvimento industrial, na construção de ferrovias e na urbanização de cidades.
Nesse período, teve fim a escravidão, forçada pela própria estrutura que não suportava 
mais aquele tipo de organização. Posteriormente, a Proclamação da República mudou a forma 
de governo no país, com a intenção de transformá-lo em uma grande república, em que todos 
desfrutem de maneira igual de tudo a que tem direito.
A Primeira República no Brasil foi marcada pelo predomínio da agricultura como a principal 
atividade da economia, embora a indústria viesse se constituindo desde a segunda metade do 
século XIX. Nesse período, o destaque na economia brasileira estava em torno do café, embora 
um lento processo de diversificação econômica estivesse em curso, tanto no setor agrícola 
quanto no setor industrial.
Como o mercado do café sofreu instabilidades decorrentes de diversos fatores externos, o 
governo decidiu comprar o excedente da produção para garantir a manutenção dos preços. No 
auge da Crise de 1929, o Brasil tinha uma superprodução do produto, que consequentemente 
abalava os programas de valorização do café. Uma maneira encontrada para não desestabili-
zar o mercado do café foi a queima dos excedentes, um recurso que já vinha sendo utilizado 
desde o princípio do século.
Outro momento importante em relação à economia brasileira foi o primeiro surto industrial 
do Brasil, que ocorreu no Rio de Janeiro, em fins do século XIX, e anos depois se expandiu 
para São Paulo. Contudo, a ideia parece ter se fortalecido após a Primeira Guerra Mundial, 
quando se confirmou a necessidade de se industrializar, embora os esforços ocorressem len-
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tamente, tendo em vista que os interesses agrários predominavam na pauta das discussões 
estabelecidas.
Entre 1930 e 1964, surge no Brasil o período do populismo, que ainda tem atualmente suas 
marcas na maneira personalista de condução da Administração Pública. Durante esse mo-
mento, a indústria passou a ser o centro dos investimentos. O desenvolvimento da indústria a 
partir de 1930, no Brasil, teve como motivo a Crise de 1929, que gerou a percepção de que não 
havia outra saída para a economia do Brasil. Nessa fase, portanto, começou o processo de 
industrialização por substituição de importações.
Anos depois, assume o presidente Juscelino Kubitschek com inúmeras medidas de com-
bate aos desequilíbrios externos. Alguns dos destaques de seu governo foram a política de 
industrialização e o Plano de Metas, lançado em 1956. Durante seu governo, o Brasil recebeu 
um intenso desenvolvimento de rodovias e abriu sua economia ao capital externo, recebendo 
a entrada de transnacionais.
O período do governo militar pode ser caracterizado em quatro grandes fases. Inicialmen-
te temos uma estagnação das atividades econômicas, em que ocorreram grandes reformas 
institucionais e o desenvolvimento de uma política para a entrada da economia brasileira no 
cenário mundial. Posteriormente, ocorreu o famoso “Milagre Econômico”, um período em que o 
país colheu os frutos dos ajustamentos anteriores, além de a situação internacional apresentar 
bons resultados.
Surgiu posteriormente uma instabilidade na economia internacional, derivada da crise do 
petróleo, que atingiu todo o mundo. Os militares então criaram o II Plano Nacional de Desenvol-
vimento Econômico com vistas a organizar a economia diante das dificuldades. A última fase é 
caracterizada por recessão, inflação elevada e redução do investimento estatal. Externamente 
era perceptível um quadro desfavorável devido aos altos juros, ao segundo choque do petróleo 
e à instabilidade cambial.
Após o governo militar ou na Nova República, os desafios foram diversos. O modelo de 
desenvolvimento econômico estava esgotado e precisava ser revisto. Anos depois, surgiu um 
projeto que mudou a estrutura econômica problemática que se tinha, denominado O Plano 
Real. Ele obteve êxito em um primeiro momento, com aumento do Produto Interno Bruto (PIB), 
expansão do setor industrial, agropecuário e de serviços, queda na inflação e contribuição para 
que o poder de compra das pessoas aumentasse. O sucesso obtido pelo Plano Real que Cardo-
so implementou foi tanto que culminou com sua eleição para presidente da República por um 
mandato de quatro anos e depois foi reeleito, em 1998.
Posteriormente, foi eleito à presidência da República Luís Inácio Lula da Silva, que manteve 
o Plano Real e conseguiu bons resultados com o Programa de Estabilização Econômica, pro-
movendo a importância do Estado na economia brasileira, que, em anos anteriores, havia sido 
colocada em segundo plano devido ao projeto neoliberal. Além disso, Lula estabeleceu uma 
série de políticas que levaram à inclusão social. A economia conseguiu retomar o crescimento, 
adquirindo credibilidade externa.
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A economia brasileira em 2020 foi marcada por recordes de crescimento e, principalmente, 
de regressão. Mediante a pandemia de Covid-19, diversas ações governamentais refletiram 
diretamente na produção econômica.
2.5. QuedA HIstórIcA do pIB BrAsIleIro
Em 2020, o Brasil apresentou uma redução no total do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 
que caiu 4,1%. Desde o governo Collor, essa é a maior queda sofrida pela economia brasileira. 
No ranking global das economias, o país ficou em uma posição intermediária. O Brasil fechou 
a década com a maior recessão em 120 anos e se alocou como a 12ª economia mundial.
Inicialmente devemos conceituar o termo PIB para que você possa se habituar a variações 
em sua composição. O PIB é a somatória de todos os bens e serviços produzidos pelo país 
ao longo de determinado período, normalmente um ano. Os dados estatísticos são divulgados 
todos os trimestres. O crescimento ou a queda da economia é resultante da comparação com 
os dados do ano anterior.
Para chegar ao denominador do PIB, é necessário realizar o cálculo de diversos dados, 
inclusive de fontes externas. Eles calculam vários elementos, como desempenho de setores 
da economia (primário, secundário e terciário), consumo familiar, gastos governamentais e 
índices deinflação, que medem o preço dos produtos para o produtor e o consumidor.
O índice de crescimento do PIB da nação pode ser variado, pois está relacionado direta-
mente com situação econômica do país. O Brasil, que começou a década de 2010 com um 
crescimento de 3,9%, chega a 2020 sendo a 12ª economia mundial. A queda de 4,1% em 2020 
foi a maior em um período de 30 anos e a terceiro pior na história econômica do país.
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/03/pib-do-brasil-despenca-41percent-em-2020.
ghtml. Acesso em: 20 abr. 2021.
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Entre os setores analisados, apenas a agropecuária apresentou crescimento de aproxima-
damente 2%. Os demais setores como a Indústria (-3,5%) e os Serviços (-4,5%) apresentaram 
queda. O consumo das famílias despencou 5,5% e os investimentos também apresentaram 
redução de 0,8%. Esses resultados são efeitos da pandemia de Covid-19, pois vários setores 
econômicos foram parcialmente ou de forma total paralisados para tentar controlar a dissemi-
nação do vírus.
O setor de serviços, que equivale a cerca de 70% do PIB, foi o mais afetado 
pela pandemia e pelas medidas restritivas, principalmente a categoria que inclui 
restaurantes, academias e hotéis. A segunda maior queda ocorreu nos serviços de 
transportes, armazenagem e correio (-9,2%), destacando-se o transporte de passageiros, ati-
vidade econômica afetada diretamente.
A redução de 3,5% da indústria suspendeu um período de dois anos em alta e foi a mais 
intensa desde 2016, quando havia recuado 4,6%. O destaque da queda fica para a construção 
civil (-7%) e as indústrias de transformação (-4,3%).
Especialistas alertam para a perda do ritmo da atividade econômica com o fim dos progra-
mas governamentais, como o auxílio emergencial. Diante das incertezas em meio à situação 
da pandemia, há uma inflação acentuada, o desemprego em constante crescimento e as per-
sistentes preocupações com a trajetória do endividamento público – o chamado risco fiscal.
O risco fiscal pode ser traduzido pela combinação de uma situação crítica nas contas públicas 
e a falta de um plano viável e executável de estabilização da trajetória da dívida.
Porém, a economia brasileira registrou um crescimento de 1,2% no primeiro trimestre de 
2021 em relação ao trimestre anterior. O resultado explicita uma sequência de indicadores 
econômicos melhores que se imaginavam na produção industrial, comércio e prestação de 
serviços no país.
Um dos fatores que explica esse crescimento no PIB é a alta dos preços nos commodities 
agrícolas e minerais, principais produtos exportados pelo Brasil. Os índices de vendas externas 
de produtos agropecuários aumentaram 24,4% no período, enquanto as exportações da indús-
tria extrativa aumentaram 50,8%.
2.6. A Ford decIde FecHAr As FáBrIcAs no pAís
A empresa Ford, que tinha fábricas em Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE), anun-
ciou que não terá mais fabricação de produtos no Brasil. A saída do país deixará mais de 6 mil 
desempregados e uma história centenária. Os carros da empresa continuarão a ser vendidos 
no Brasil, mas serão produzidos pelos vizinhos Argentina e Uruguai. Porém, o Centro de Desen-
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volvimento de Produto, o campo de provas e a sede administrativa permanecerão no estado 
de São Paulo.
Segundo nota oficial à imprensa, a empresa justificou o fechamento das fábricas por dois 
motivos principais: continuidade do ambiente econômico desfavorável e pressão adicional 
causada pela pandemia. Porém, também devem ser considerados outros fatores para sua saí-
da, como erros de gestão, transformações tecnológicas pelas quais passa o setor automotivo 
no mundo e conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que atrapalha o 
ambiente de negócios no país.
É o fim de uma história para a montadora americana, a primeira a se instalar no Brasil, em 
1919, onde chegou a dar nome a uma cidade operária («Fordlândia”, no distrito do município 
de Aveiro, no Pará).
Importante lembrar que o desempenho da Ford já não era o dos melhores no Brasil. A 
empresa perdeu espaço para o crescente mercado asiático e sua participação no mercado 
brasileiro estava em queda desde 2016.
A Confederação Nacional da Indústria afirmou que a saída da Ford serve de alerta para que 
os políticos repensem em uma reforma tributária, que “se apresenta como a prioritária para a 
redução do principal entrave à competitividade do setor industrial brasileiro”.
Algo a ser questionado com a saída da Ford e de outras empresas do Brasil é: Estamos 
passando por um processo de desindustrialização?
Querido(a) aluno(a), não seremos tão extremistas ao ponto de afirmar que o Brasil está 
desindustrializando. Porém, para especialistas, o quadro econômico do país associado a proje-
ções futuras negativas demonstra que esse fenômeno é algo provável caso a constante queda 
econômica permaneça. No entanto, não podemos afirmar que estamos passando por ela.
Não confunda desindustrialização com desconcentração industrial. Esses conceitos são to-
talmente diferentes. O primeiro se refere à saída das indústrias do país e o segundo, à saída 
das indústrias de uma região concentrada para o interior do próprio país. O Brasil, por exemplo, 
está vivenciando o fenômeno de desconcentração industrial.
3. polítIcA
Querido(a) candidato(a), é comum criarmos uma imagem negativa e distante da nossa re-
alidade no que diz respeito à política. Muitas pessoas alimentam o estereótipo de que política 
se resume ao voto ou às eleições, mas é importante ressaltar que ela é uma ferramenta ativa 
na transformação social e que seus aspectos negativos só mudaram por meio do próprio sis-
tema político.
A política pode ser compreendida como um elemento que está relacionado ao bem público, 
à vida em sociedade, às regras, às leis e às normas sociais nesse espaço, e, principalmente, ao 
ato de decidir sobre esses aspectos mencionados. Portanto, podemos afirmar que a política 
foi criada para regular conflitos.
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Os atos políticos não são limitados aos governantes e à profissão em si, mas abrangem 
uma participação da sociedade de modo geral. A política se tornou algo intrínseco na socieda-
de contemporânea, pois, até quando não queremos participar, acabamos participando.
Compreenda política como um importante instrumento, no qual você deve conhecer e 
participar, pois ela não é um mecanismo exclusivo de políticos. A política tem como objetivo 
nos proporcionar debates, discussões e questionamentos sobre leis, regras e normas, bem 
como a vida em sociedade.
Seu edital trouxe o tema política em duas escalas: nacional e mundial. Portanto, vamos 
dividir a apresentação do tema em uma metodologia maisdidática e focada em um contexto 
mais atual. Porém, é importante uma caracterização, principalmente no que diz respeito ao 
Brasil, de seu sistema político.
3.1. polítIcA em escAlA nAcIonAl
Inicialmente, vamos caracterizar o sistema político do nosso país, pois dessa forma será 
mais fácil a compreensão sobre outros assuntos que vamos trabalhar. Podemos classificar o 
Brasil como uma república federativa presidencialista. É considerado uma República devido ao 
Chefe de Estado ser eleito por um período determinado. Recebe o título de federativa graças 
aos Estados que adotam autonomia política. O presidencialista é originado das funções de 
Chefe de Governo e de Chefe de Estado exercidas pelo presidente.
Divide-se o poder do Estado em três órgãos diferentes, tendo como base que não houvesse 
abusos e que ocorressem por meios legais. Esse poder foi dividido em Executivo, Legislativo e 
Judiciário, sendo exercidos respectivamente pelo presidente da república, pelo Congresso Nacio-
nal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Observe no esquema abaixo a função de cada poder:
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A história do Brasil nos relata diversos momentos sobre suas características políticas e 
eventuais mudanças. Nos anos de 1822, o país aderiu à Monarquia Constitucional como forma 
de governo, indo na contramão de seus vizinhos. Houve, até meados de 1880, uma estabilida-
de política que se tornou incapaz de solucionar as demandas sociais e militares.
Após esse período, um golpe militar retirou o Imperador e proclamaram a República com 
a promulgação da Constituição que simulava a dos Estados Unidos da América, ficando essa 
época conhecida como a República Velha (1889-1930). Nesse momento, continuou o Co-
ronelismo, um sistema político em que o poder econômico provinha dos grandes proprietá-
rios de terra.
Anos depois, o Brasil passaria por novas mudanças em seus espaços rurais, urbanos e 
agroindustriais, fazendo com que seu sistema político, novamente, se tornasse incapaz de 
atender às demandas sociais das populações de classe média. A crise econômica de 1929 
intensificou os problemas vividos, e as elites do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais retiraram 
o antigo regime. Como resultado dessas ações, Getúlio Vargas tornou-se presidente em 1930.
Com apoio dos militares, Vargas promoveu a industrialização por substituição de impor-
tações. Ele fechou o Congresso em 1937, após uma ameaça de um possível golpe comunista 
denominado “Plano Cohen”, governando o país até 1945.
Entre 1945 e 1964, o país ficou marcado por uma política democrática. No início dos anos 
1960, acontecimentos ligados a um crescimento econômico lento, aumento da inflação e po-
pulismo geraram instabilidade política e popular. Vários partidos políticos perderam sua hege-
monia, e os sindicatos ganharam influência no governo de João Goulart (1961-1964).
Os militares ficaram no poder entre 1964 e 1985. As eleições ocorreram normalmente para 
o Congresso, as assembleias estaduais e as câmaras de vereadores. Porém, as eleições presi-
denciais para governadores e algumas eleições para prefeitos aconteceram de maneira indire-
ta. Ocorreram substituições no sistema multipartidário por um bipartidário e, posteriormente, 
um sistema de pluralismo moderado, com seis partidos.
A mudança para um presidente civil ocorreu em 1985. Entre 1985 e 1997, o Brasil experi-
mentou quatro modelos políticos diferentes, sendo eles:
• José Sarney (1985-1990): Modelo de barganha política, clientelismo e nacionalismo 
econômico;
• Fernando Collor de Mello (1990-1992): Modelo do liberalismo neo-social com moderni-
zação econômica;
• Itamar Franco (1992-1994): Modelo pessoal de nacionalismo social;
• Fernando Henrique Cardoso (1995-2002): Modelo de coalizão social-democrata e neo-
liberal de estilo consensual.
Fernando Henrique Cardoso foi substituído por Luís Inácio Lula da Silva, que foi eleito pre-
sidente com mais de 61% dos votos nas eleições de 2002. Nesse mandato, estabeleceu como 
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prioridade o combate à fome, lançando o projeto “Fome Zero”, e manteve a política econômica 
neoliberal estabelecida pelo governo anterior.
Em seu segundo mandato, Lula controlou a inflação e o índice de desemprego abaixou. 
Ocorreu um crescimento nos níveis de escolarização e criou o Programa Universidade Para 
Todos (Prouni), que oferecia bolsas em universidades privadas para estudantes carentes. Nos 
anos seguintes, passam pelo poder Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Messias Bolsona-
ro, o atual.
Atualmente, uma das características que marcam o cenário político do Brasil é a polari-
zação entre dois extremos: Direita e Esquerda. Com isso, deixaria o grupo denominado como 
centro de fora.
A divisão que adotamos atualmente, direita e esquerda, tem origens na Revolução Fran-
cesa, quando os grupos conservadores e moderados permaneciam à direita na Assembleia 
Constituinte e os grupos mais radicais, provenientes da camada burguesa, ocupavam o lado 
esquerdo. Essa divisão permaneceu com a criação da Assembleia Legislativa.
De forma geral, os partidos do centro são aqueles que adotam uma postura moderada em 
relação a questões que dividem o Brasil. Esses partidos, por exemplo, podem buscar um equi-
líbrio entre o Estado e o mercado na economia. Identificar a qual grupo cada partido pertence 
não é uma matéria fácil, inclusive, inúmeros cientistas políticos diferem sobre as formas de 
classificação desses partidos.
Os termos direita e esquerda são classificações presentes em toda e qualquer democracia. 
No caso do Brasil, até meados de 2010, nenhum partido se declarava de direita devido à proxi-
midade com o governo militar que se instaurou no país e preferiam ser denominados centro. 
Porém, surge uma nova direita no país, que não sente constrangimento em ser definida como 
direita, inclusive a extremidade desse movimento apoia abertamente o governo militar que 
ocorreu no Brasil.
Um termo muito comum no cenário atual é o denominado Centrão e, dessa forma, você 
deve estar se perguntando: centro e centrão é a mesma coisa? E a resposta é NÃO! Centrão é 
uma terminologia utilizada para determinados grupos de partidos políticos que agem em bloco 
no Congresso Nacional para vender apoio ao governo federal. Já o centro é uma nomenclatura 
utilizada para indicar os partidos moderados, ou seja, que não são de esquerda nem de direita.
Um assunto bastante discutido nos últimos meses no cenário político nacional é a possível 
candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas eleições. Em abril de 2021, os ministros 
do STF decidiram que os processos da Lava Jato que envolviam o ex-presidente Luiz Inácio 
Lula da Silva deveriam ser suspensos. Sendo assim, ele está em condições de participar das 
próximas eleições, pois, sem condenações, não é barrado pela Lei da Ficha Limpa.
O ministro Fachin justificou sua decisão de anulação sob o argumento de que a 13ª Vara 
Federal de Curitiba não tinha competência para julgar os casos envolvendo Lula. O ministro 
entendeu que não há relação entre os desvios praticados na Petrobras, investigados na Lava 
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Jato de Curitiba, e as irregularidades atribuídas a Lula, como o custeio da construção e da re-
forma do tríplex.
Durante a pandemia de Covid-19, inúmeras pessoas no mundo tiveram que se adaptar às 
novas realidades. No Brasil, a propagação do coronavírus piorou as relações políticas entre 
União, estados e municípios, pois por diversas vezes apresentaram ideias e métodos diferen-
tes para combater a pandemia.
Isso se tornou algo tão sério que, em março de 2021, senadores solicitaram ao Supremo 
Tribunal Federal, por meio de um mandado de segurança, que o presidente da casa adotasse 
as medidas para instalação de uma CPI. O pedido tinha como objetivo verificar possíveis fa-
lhas do Governo Federal no combate à pandemia, em especial a falta de oxigênio pela qual 
passou o estado do Amazonas.
Após a análise do pedido, o ministro Barroso verificou os requisitos para instauração da 
CPI – que se chamou de CPI da Covid-19 – e concedeu como decisão liminar (ou seja, uma 
decisão em caráter de urgência), para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, iniciasse 
os trabalhos da Comissão.
O que é uma CPI? Comissões temporárias das casas legislativas na esfera federal, estadual e 
municipal. Isso significa que são formados com prazo de validade e objetivos bem definidos.
Disponível em: https://www.politize.com.br/cpi-da-covid-19/. Acesso em: 20 jun. 2021.
Dessa maneira, o procedimento investigará se existiu irregularidades no enfrentamento à 
pandemia e, caso a CPI venha concluir de forma positiva, encaminhará ao Ministério Público 
os possíveis culpados e essa instituição será a responsável por buscar a responsabilização 
dos envolvidos.
De acordo com o Plano de Trabalho estabelecido pelo Senado Federal, a investigação pode 
incluir outros fatos, entre eles ações de enfrentamento à pandemia, assistência farmacêutica 
(em relação à produção e distribuição de medicamentos sem eficácia), estrutura de combate 
à crise, colapso no sistema de saúde do Amazonas, ações de atenção e prevenção à saúde 
indígena e emprego de recursos federais.
Candidato(a), a CPI da Covid-19 ainda está ocorrendo, logo não temos um dado conclusivo 
para apresentarmos. Porém, é muito importante que você acompanhe e saiba o desenrolar 
desse processo para ir complementando seu material.
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3.2. polítIcA mundIAl
Política em um âmbito internacional é um tema muito complexo e com bastante conteúdo. 
Sabendo disso, tenho como objetivo apresentar os fatos que mais marcaram esse cenário nos 
últimos anos, destacando conceitos importantes para sua prova.
O conteúdo será apresentado em vários tópicos, sendo demonstrado apenas os fatos rele-
vantes sobre o acontecimento em destaque. Vamos lá?
3.2.1. Joe Biden é Eleito Presidente dos EUA
Joe Biden se tornou o 46º presidente dos Estados Unidos da América. O ex-presidente Do-
nald Trump, inicialmente, não aceitou o resultado e alegou que iria recorrer aos meios judiciais. 
Mesmo sem provas, Trump declara uma suposta fraude na contagem dos votos de alguns es-
tados em que não conseguiu a vitória. No Twitter, Trump solicitou que os apoiadores protestas-
sem pacificamente e que confiassem nas forças de segurança. Porém, nenhuma autoridade 
reportou qualquer irregularidade na contagem dos votos.
Porém, essa insatisfação chegou aos eleitores de Trump, que invadiram o Congresso dos 
EUA, conhecido como Capitólio, na capital Washington D.C. A invasão ocorreu durante a ses-
são em que parlamentares discutiam a objeção feita sobre a eleição presidencial no Arizona. 
O estado, que é tradicionalmente republicano, declarou, em novembro de 2020, a vitória ao 
candidato Joe Biden (Democratas), com uma diferença mínima de 0,3%.
O ato era para ser um comício e se organizou por meio de redes sociais. Os apoiadores 
afirmam “atender ao chamado do presidente” e tentam pressionar os deputados e os sena-
dores republicanos para que derrubem os resultados do Colégio Eleitoral, que indicavam a 
vitória de Biden.
Contudo, cenas de vandalismo e confrontos durante a ocupação puderam ser vistas. Em 
resposta aos atos de violência, a prefeitura de Washington declarou toque de recolher na cida-
de a partir das 18h – 20h no horário de Brasília. Inicialmente, a medida ficaria em vigor por 12 
horas e poderia ser ampliada.
Pesquisas demonstram que mais da metade dos eleitores republicanos acredita fortemen-
te que Trump venceu as eleições presidenciais de 2020 ou não tem certeza de quem venceu. 
Porém, uma coisa é certa para esse grupo: negam a vitória do democrata.
Nos Estados Unidos da América não existe um tribunal eleitoral de âmbito nacional, como 
ocorre no Brasil, pois a apuração das eleições é de responsabilidade dos estados. A contagem 
é demorada, podendo levar semanas, e a projeção é uma forma que possibilita saber com an-
tecedência o possível vencedor.
Interessante lembrar que Biden conquistou mais votos diretos que Trump, entrando para a 
história como o candidato a presidente mais votado do país, com mais de 75 milhões de votos. 
Essa eleição foi destacada por ter a maior participação já registrada.
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Joe Biden simboliza o retorno dos democratas à Casa Branca após a saída de Barack Oba-
ma, que governou o país entre 2009 e 2017 com Biden como seu vice-presidente.
Veja no esquema abaixo os principais temas na campanha de Joe Biden.
A vitória de Joe Biden reflete em diversos cenários que podem sofrer alterações (ou per-
manecer iguais) na política interna e externa dos EUA a partir de 2021. Durante a corrida pre-
sidencial, Biden se posicionou sobre vários temas e, inclusive, apresentou algumas propostas 
de como pretende lidar com eles.
Uma das áreas que o novo presidente teria maior divergência ao governo anterior seria o 
meio ambiente. Biden já afirmou que vai retornar os Estados Unidos da América ao Acordo de 
Paris, que estipula uma alta redução na emissão de gases do efeito estufa para o país. Donald 
Trump retirou o país do acordo em 2017, com a justificativa de que precisava renegociar as me-
tas e os objetivos de uma maneira que não prejudicasse os estadunidenses e sua economia.
Outro tema muito importante é a imigração, assunto em que os dois candidatos se aproxi-
mam bastante. Os especialistas acreditam que não devem acontecer grandes flexibilizações 
das leis em seu governo. No entanto, Biden relatou críticas aos casos em que mães e filhos 
imigrantes foram separados e mantidos isolados em condições precárias na região da frontei-
ra com o México.
Com relação à economia, Joe Biden pretende injetar dinheiro principalmente no desen-
volvimento de novas tecnologias sustentáveis. Ele também se comprometeu a preservar e 
estimular pequenos negócios e aumentar o salário-mínimo e outros benefícios aos quais os 
trabalhadores têmdireito. Uma ideia que aproxima Biden e Trump é a valorização da indústria 
estadunidense. O atual presidente é favorável à ideia de investir e incentivar a compra de pro-
dutos, serviços e tecnologias feitas em solo estadunidense.
Diante de manifestações sociais, como o movimento Black Lives Matter, Trump adotou 
uma postura intolerante, criticando os manifestantes e exigindo a aplicação “da lei e da or-
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dem”. Biden adotou uma postura totalmente diferente, repleta de empatia. Ele aproveitou o 
contexto para sugerir reformas no sistema judicial e criar maneiras de incentivar as minorias 
por meio de programas econômicos e sociais.
Portanto, devemos observar que as mudanças ocorreram em vários temas e personagens. 
Essas mudanças na política geram mudanças nas relações inclusive com o Brasil, que deverá 
se alinhar a uma nova política – inicialmente diferente dos ideais do atual governo brasileiro.
3.2.2. A Renúncia de Raúl Castro ao Governo de Cuba
Em abril de 2021, uma das cúpulas mais antigas de poder tem a renúncia de seu líder. Raúl 
Castro afirmou no VIII Congresso do Partido Comunista de Cuba que saíra do poder. Segundo 
ele, continuará militando como mais um combatente revolucionário e que não tem “nada” o 
obrigando a tomar a decisão, mas que faz por seus princípios. Seu cargo foi ocupado pelo 
presidente Miguel Díaz-Canel, o primeiro governante cubano nascido após a revolução de 1957 
e que não carrega seu sobrenome. Raúl o considera uma peça importante para a mudança, 
sendo um homem preparado e com forte participação na política do país.
Díaz-Canel, por determinação legal estabelecida por Raúl Castro, se manterá no poder por 
dois mandatos, totalizando dez anos. Nesse período, Raúl permanecerá como secretário-geral 
do partido comunista e vai supervisionar seu sucessor. Segundo especialistas, seus primeiros 
desafios serão a unificação monetária e o relançamento da concessão de licenças às peque-
nas e médias empresas com maiores garantias jurídicas.
Sobre o novo comando, Cuba não sofrerá qualquer mudança em sua estrutura política. 
Continuará sendo um país de partido único e de economia planificada, em que o estado e a 
empresa estatal ocuparão lugares de destaque. Serão reconhecidas também as formas priva-
das e cooperativas, admitindo-se que eles são importantes e contribuirão para que saiam da 
crise. Contudo, os comunistas cubanos deixam expresso que os atores privados são apenas 
um complemento da economia estatal centralizada.
O relatório de Raúl no Congresso apresentou pontos cruciais do futuro do país, iniciando 
pelo seu aspecto econômico, que é considerado estratégico e vital. Infere-se do relatório que 
a reforma econômica tem de ser prioridade e que a abertura ao setor privado deve manter-se, 
porém com restrições. Ele defende o exercício de algumas profissões de forma privada, en-
tretanto proibindo essa privatização a outros setores, como saúde e educação. Para Raúl, o 
cuidado nessa transição é fundamental para não gerar confusão na sociedade e preservar o 
socialismo e a soberania cubana.
Ele também defende a necessidade de impulsionar o investimento estrangeiro no país, 
mesmo com os atrasos e os obstáculos que limitam o desenvolvimento econômico. “É hora 
de apagar preconceitos do passado, é preciso assegurar o modelo dos negócios”, afirmou o 
primeiro-ministro. O congresso vem se mostrando a favor da atualização do modelo, o que fará 
Cuba criar uma economia mista, com participação maior de atores privados.
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Nesse relatório, esteve presente referências às relações com os Estados Unidos da Amé-
rica, denunciando o aumento da agressividade e das sanções com o ex-presidente Trump e 
fazendo um sinal para o novo governo de Joe Biden. Ele retificou que permanece a vontade 
de aumentar o diálogo respeitoso com os EUA, porém com total respeito à soberania e à inde-
pendência cubana em seus ideais, estabelecendo relações de cooperação e benefício mútuo.
3.2.3. Trajetória de Raúl Castro
Quando assumiu o poder em 2006, Cuba era um país extremamente restrito em suas rela-
ções internacionais. Não era permitido alugar linhas de celulares, vender ou comprar imóveis, 
adquirir computadores em lojas ou viajar para o exterior sem autorização do estado. Fidel Cas-
tro, o ex-líder comunista cubano, controlava o país desde 1959 e delegou o poder ao seu irmão, 
Raúl Castro, após a descoberta de uma doença grave.
Nos primeiros anos no poder, Raúl dedicou tempo à institucionalização da nação, que es-
tava fragilizada. Simultaneamente ele lutou para acabar com o que denominou “proibições 
absurdas” e “gratuidades indevidas”. Desse modo, os cubanos puderam utilizar os hotéis com 
estrangeiros, adquirir celulares, vender casas e carros. A internet foi se tornando algo comum 
na sociedade cubana, tendo seu uso ampliado aos poucos. O governo acabou com a autoriza-
ção de saída fornecida pelo estado para os habitantes que quisessem viajar. O novo governo 
também iniciou a desarticulação de programas de subsídios, folhas de pagamentos infladas e 
ajuda financeira a empresas que não geravam lucro à nação.
Raúl optou por investir no setor privado como uma maneira de ajudar o país a sair da crise 
e a gerar empregos. Essa decisão foi tomada no sistema de autogestão empresarial utilizado 
pelas corporações e indústrias das forças armadas. Assim, aumenta a eficiência econômica 
com favorecimento à autonomia dos gestores das empresas e aumentando os incentivos aos 
trabalhadores. O atual governo ofereceu estímulos para o trabalho autônomo, compondo atu-
almente 13% da força de trabalho do país.
Durante seus 10 anos de governo, os aspectos políticos do país continuaram inalterados. 
Permaneceu a existência de um partido único, com sistema estatal e planejamento central. Em 
contrapartida, a economia vem sofrendo algumas transformações, ainda que de maneira lenta, 
sendo um legado deixado por Raúl Castro.
3.2.4. Putin no Poder até 2036
O parlamento Russo aprovou mudanças que permitem que Vladimir Putin fique no poder 
por mais 12 anos após o fim de seu mandato atual. A Câmara de Deputados da Rússia obteve 
383 votos a favor dessa mudança e 43 abstenções, não havendo registros de votos contra a 
ação. No poder desde 1999, Putin deixará o Kremlin com 25 anos de governo, um a menos que 
Stalin, o líder comunista que liderou o país por mais tempo desde a Revolução de 1917.
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As ementas votadas apresentam outras características, como a redistribuição dos poderes 
executivos e o aumento do poder do presidente. Também votaram a proibição do casamento 
homossexual e a “crença em Deus” passa a ser um valor tradicional russo.
Essa nova regra será submetida a um julgamentono Tribunal Constitucional e à consulta 
popular. Essa mudança não foi aceita pacificamente pelos opositores ao governo, que acusam 
Putin de manipulação e convocaram manifestações e protestos com a atitude.
Vladimir Putin comanda o país desde 1999, após a renúncia de Boris Iéltsin. Foi eleito em 
2000 como presidente e permaneceu no poder até 2008. Sucedido pelo aliado Medvedev na 
presidência, foi designado ao cargo de primeiro-ministro até 2012, quando foi reeleito e aumen-
tou o mandato para seis anos.
3.2.5. Histórico Político da Rússia
Durante anos a Rússia foi um império liderado pelos famosos czares. Essa forma de go-
verno acabou com a instituição da Revolução de 1917, que deu início ao período em que o 
Partido Bolchevique chega ao poder. A partir desse momento, inicia-se a primeira experiência 
socialista do mundo, com o poder centralizado pelas instituições estatais, com as empresas 
administradas por grupos operários e com as terras das oligarquias e da Igreja nas mãos da 
população rural.
Em 1922, é criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URRS), que teve mais 
impulso sob o comando de Josef Stálin (1878-1953). Ele é considerado um governante sangui-
nário e foi responsável pelo desenvolvimento industrial russo e parte fundamental da derrota 
dos nazistas na Segunda Guerra.
Após a Segunda Guerra Mundial começa a Guerra Fria. Esse período divide o mundo em 
duas áreas de influência: os EUA com o capitalismo e a URSS representando o socialismo. O 
auge dessa disputa ocorreu no campo espacial, com o lançamento do Sputnik 1 pela Rússia. 
Doze anos depois, seria a vez de o homem chegar à Lua em um foguete dos Estados Unidos 
da América.
Em meados da década de 1970, o modelo soviético começa a diminuir seu dinamismo e 
não consegue mais acompanhar o desenvolvimento industrial do mundo capitalista. A deca-
dência da economia russa levou o presidente Mikhail Gorbachev a criar a Perestroika, uma 
reforma econômica, e a Glasnost, conjunto de medidas de abertura política.
As tentativas foram insuficientes e a URSS se desarticulou, ocorrendo a independência 
dos estados membros. Nesse contexto, a Rússia se torna uma república federalista de caráter 
liberal, na qual o presidente exerce o cargo de chefe de Estado e o primeiro-ministro, o de chefe 
de governo.
A mudança do regime foi considerada difícil para a Rússia. Durante a década de 1990, o 
país passou por uma intensa crise econômica, com altos índices de inflação, desemprego e 
endividamento. Nesse período, a presidência era ocupada por Boris Iéltsin, líder marcado por 
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uma forte crise política em seu governo. Com a saída de Iéltsin, Putin, que era seu primeiro-mi-
nistro, entra no poder, iniciando sua longa trajetória na frente da Rússia.
O retorno ao crescimento econômico e a estabilidade política explicam os índices de po-
pularidade de Putin e permitem que ele conduza o país, mesmo que, para isso, liberdades civis 
e opositores sejam perseguidos. Um dos últimos casos envolve o ativista Alexis Navalny, que 
passou mal depois de tomar um chá em um aeroporto na Sibéria. As suspeitas sobre o envene-
namento dele e de vários opositores recaem sobre Putin e seu regime. Atualmente Alexis está 
preso e realizou uma greve de fome em forma de protesto contra o governo de Putin. 
3.2.6. O Golpe de Estado em Mianmar
Em fevereiro de 2021, após a vitória do partido Liga Nacional pela Democracia (NLD) nas 
eleições anteriores, Mianmar sofreu um golpe de estado. As forças armadas não reconhece-
ram a legitimidade das eleições e o exército, denominado Tatmadaw, ocupou o Senado e o 
Parlamento, declarando estado de emergência.
Localizado no sul da Ásia, Mianmar faz fronteira com Índia, Tailândia, China, Laos, Bangla-
desh e Oceano Índico. Em 1824, seu território foi anexado à Índia pelos ingleses e se tornou 
independente somente em 1948. A exploração colonial fez com que etnias diferentes tivessem 
que conviver.
Após a independência, Mianmar viveu um breve período de democracia, até que em 1962 
sofreu seu primeiro golpe militar. A justificativa apresentada pelos militares era que o ato iria 
beneficiar a população. O argumento não convenceu boa parte do povo, mas foi aceito pela 
sua população.
Com a instauração de uma crise econômica na década de 1980, aumentaram os movimen-
tos contra o regime ditatorial de Mianmar. A intensa crise social se voltou contra o regime e 
teve grande resistência por parte dos militares.
Mesmo com a criação da Assembleia Nacional e a vitória da Liga Nacional pela Democra-
cia (LDN), o país ainda estava longe de ser uma democracia. Os anos de 1990 até 2010 foram 
marcados por ocupações estrangeiras, guerrilhas, desastres naturais, denúncias de violação 
dos direitos humanos e problemas financeiros. Em 2011, diante de novas eleições, termina por 
completo o regime militar.
Porém, em 2021, tivemos o novo golpe em que os militares retomaram o poder. Diversos 
grupos sociais se manifestaram contra a ação contra a democracia, mas em entrevista o por-
ta-voz do comando militar afirmou que os objetivos são realizar novas eleições e entregar o 
poder ao partido vencedor.
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3.2.7. Eleições no Peru
A população peruana participou do segundo turno da eleição presidencial entre dois can-
didatos opostos, que representam, de um lado, uma política populista e, do outro, a promessa 
de uma nova era do sistema em vigor no país.
A candidata Keiko Fujimori (Fuerza Popular – Força Popular) e seu opositor Pedro Castillo 
(Perú Libre – Peru Livre) concorrem a uma eleição que está sendo chamada de “histórica” entre 
especialistas e eleitores peruanos, pois o país está passando por uma crise política e sanitária 
nunca vista antes.
Keiko é conhecida dos peruanos tanto pela própria trajetória quanto por ser filha do ex-pre-
sidente Alberto Fujimori (1990-2000), que se encontra preso por abusos de direitos humanos 
durante seu governo. Ela defende que as regras econômicas atuais devem ser mantidas, por 
exemplo o livre comércio e os meios que facilitem os investimentos externos.
Já para os eleitores de Castillo, ele é a esperança da “inclusão”, em um país com as bases 
econômicas nos trilhos e com grandes desigualdades. Castillo é considerado diferente na polí-
tica peruana e é classificado como “esquerda marxista”, que admira o ex-presidente venezuela-
no Hugo Chávez. Esse fato gera uma preocupação nos investidores e nas classes média e alta, 
que “temem” pelo seu dinheiro. Com um chapéu de palha, montado a cavalo e mostrando um 
lápis, ele representa o voto dos que não se consideram incluídos no crescimento econômico 
vivido pelo país nos últimos anos.
De acordo com o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE), o candidato de es-
querda Pedro Castillo teve 50,125% dos votos, enquanto a opositora da direita, Keiko Fujimori, 
obteve 49,875%. Contudo, não é possível declará-lo como vencedor, pois os pedidos de anula-
ção dos registros de votação apresentados pelos partidos ainda não foram concluídos. Desse 
modo, nos próximos dias teremos um desfecho e a escolha do novo presidente peruano.
Querido(a) candidato(a), nesse

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