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ATIVIDADE CA DE MAMA

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NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD)
TRABALHANDO COM A SAE NO CUIDADO A MULHER COM CÂNCER DE MAMA
CASO CLÍNICO – CÂNCER DE MAMA
Srª Ana, 46 anos, do sexo feminino, cor negra, dona de casa, com o 1º grau incompleto, nascida no dia 20/10/1974, vive maritalmente há 10 anos com Jorge de 50 anos, que ocasionalmente trabalha como pedreiro, no momento “só faz bicos”, Jorge é etilista e quando chega em casa “alterado pela cachaça” ainda a agride física e verbalmente por motivos fúteis. Sua casa é de alvenaria, com umidade, pouca ventilação e saneamento básico precário, na comunidade as ruas são espaçosas dando condições para o caminhão de lixo fazer a coleta 03 vezes na semana, mas seus vizinhos teimam em deixar sacolas de lixo nas calçadas, com isso a presença de ratos e baratas é constante, ainda em relação à comunidade lá existem 02 igrejas evangélicas, 01 igreja católica e 02 tempos, sendo 01 de umbanda e 01 de candomblé. (estes trimestralmente juntam-se para desenvolver ações de educação em saúde e recreações para os morados). Srª Ana trabalhava como diarista, renda familiar de R$ 1.050,00. Segundo histórico sexual relata: teve vários parceiros sexuais sem utilizar o preservativo, pois segundo ela já “tomava remédio” para evitar gravidez. G: 06, P: 05 e A: 01, (todos os partos normais e aborto induzido). É adotada e, por isso, desconhece comorbidades familiar. Realizou mastectomia radical (mama direita) e quadrantectomia (QSI da mama esquerda) há 20 dias, sendo acompanhada semanalmente nos setores de quimioterapia e radioterapia. Procurou o hospital hoje e foi atendida pela enfermeira oncologista Ângela; Queixa principal:incômodo devido ao odor fétido do curativo que não foi trocado há 05 dias. Queixa-se de peso e dores fortes no braço (D). Nega alergia a medicação e alimentação. Relata ser diabética (faz uso de insulina NPH e R), hipertensa (hidralazina), etilista (finais de semana) e tabagista (20 cigarros dia). Relata alimentar-se bem e eliminações fisiológicas presentes. No momento, faz uso de Dipirona Sódica 500mg/ml ampola, IV, 6/6h; Clexane 40mg/0,4ml, SC, 24/2 h; Omeprazol Sódico 40mg, comp, VO, 24/24h; Clavulin 1g FR/AMP, IV, 8/8h; Noripurum 5ml, amp, IV, 24/24h. Há 02 anos, descobriu que estava com Câncer na mama (D), que se expandiu para a esquerda. Relata que, durante o período de amamentação do seu último filho, percebeu que este não estava aceitando a mama (D). Foi então que ela percebeu que o leite estava salgado, além de um enrijecimento na mama, aréola e mamilo. Procurou o mastologista conseguindo realizar a mamografia 20 dias após a consulta, porém, o tumor já se tornara externo, e nesse ponto ela já sabia que estava com CA de mama, mesmo antes do resultado da biopsia. Fez 12 seções de quimioterapia, de 15 em 15 dias, antes da realização da mastectomia e quadrantectomia. Foi operada 02 anos após os surgimento dos primeiros sintomas. Durante a operação, o médico percebeu que o câncer tinha se expandido para a mama esquerda que, aparentemente, só apresentava manchas escuras. A paciente pensava ser alergia ao esparadrapo do curativo. No momento encontra-se lúcida, comunicativa, em repouso, sentada, normotensa, normocorada, acianótica e anictérica. Em relação ao exame físico, os cabelos: Linfonodos não palpáveis, sem aumento da tireóide. Tórax simétrico, respiração torácica normal, eupneica, com curativo à base de gaze, SF e AGE, visivelmente infeccionado devido à falta de troca recorrente, pois o médico não liberou que este fosse feito por outro profissional, resultando em 05 dias sem a troca. A paciente possuía dreno de sucção com pouca secreção. AP: MV (+), universalmente distribuídos, SRA, FR: 25 irpm. AC não realizada devido ao curativo no tórax da mastectomia, FC: 87 rpm. Abdome: simétrico, indolor à palpação superficial e profunda, sem presença de estrias e cicatrizes. Umbigo: simétrico, com boa higiene. MMSS: braço direito bastante edemaciado, relacionado a cirurgia radical, braço esquerdo com perfusão periférica normal, sem edema, com punção periférica, polifix salinizado realizado no ato da consulta. Exame ginecológico: paciente relata boa higiene genital e nenhuma alteração e lesão. SSVV: PA: 120x70 mmhg, FC: 87 rpm, Tax: 35.8ºC, FR: 25 irpm. 
De acordo com as unidades 1, 2, 5, 6 e 7 estudamos o os tipos de câncer e como prestar assistência de enfermagem, afinal este é o maior objetivo da profissão do (a) enfermeiro (a). Diante do exposto, a partir do caso clínico acima elabore: 
1- 5 diagnósticos de enfermagem NANDA.
	Diagnósticos de Enfermagem
	Título: Dor aguda
Relacionado à: patologia; procedimentos cirúrgicos invasivos
Evidenciado por: Queixas da paciente
	Título: Integridade da pele prejudicada
Relacionado à: Alteração na integridade da pele
Evidenciado por: Odor fétido do curativo
	Título: Padrão respiratório ineficaz
Relacionado à: Dor, Patologia, condição clínica.
Evidenciado por: Padrão respiratório anormal; Taquipneia
	Título: Recuperação cirúrgica retardada
Relacionado: Tempo excessivo necessário à recuperação, Desconforto, 
Evidenciado por: dor, Extremos de idade, Contaminação do sítio cirúrgico.
	Titulo: Volume de líquidos excessivo
Relacionado à: Mecanismo de regulação comprometido
Evidenciado por: edema de membro superior direito
2- 10 assistências de enfermagem correspondente ao caso clínico com as devidas justificativas
1 – Troca diária do curativo da Ferida operatória – Objetiva-se garantir a cicatrização adequada em tempo oportuno e melhora da qualidade de vida
3- Administrar O2 conforme prescrição médica – Objetiva-se reestabelecer a respiração eficaz da paciente que no momento se encontra taquipneica. 
4- Fazer crioterapia em membro superior direito - objetiva-se com essa medida diminuir o edema em membro superior direito. 
5- Administrar analgésico (conforme prescrição médica se necessário) - a paciente refere dor aguda, logo é necessário administrar analgésicos para redução o término dessa dor e melhora da condição da paciente.
6- Orientar quanto a terapia medicamentosa em domicilio – a paciente tem algumas comorbidades e faz uso de medicações para controle das mesmas. É um quadro de polifarmácia e há grandes riscos de erros na administração incorreta das mesmas. É necessário orientações quanto ao seu uso. 
7- Realizar ou orientar a higiene corporal diária e sempre que necessário – a higiene garantirá boas condições para a paciente e diminuirá os riscos de infecção. 
8- Realizar exame físico completo – o exame físico completo e correto servirá de subsidio para o processo de trabalho do enfermeiro que a partir dessa etapa saberá os cuidados necessários e as condutas adequadas.
9- Realizar curativo do dreno de sucção e examinar as condições do mesmo – esse processo servirá de auxilio para evitar futuras infeções locais e piora do quadro clínico da paciente. 
10- Troca de acesso vascular periférico de 72/72* horas – a troca em tempo adequado garantirá a não infecção de corrente sanguínea e formação de flebites. 
*algumas instituições tem normas técnicas especificas para o período de troca do AVP.

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