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PRÉ-VESTIBULAR INTENSIVO 
COLEÇÃO 300
LINGUAGENS, CÓDIGOS, CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
R1
INTENSIVO – PROPOSTOS
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Fone: (16) 3238-6300
Av. Dr. Celso Charuri, 6391
Jardim São José – Ribeirão Preto - SP
CEP 14098-510
www.coc.com.br
PRÉ-VESTIBULAR INTENSIVO – COLEÇÃO 300 
LIVRO DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS R1 – vol.2
LINGUAGENS, CÓDIGOS, CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
© 2019 – Pearson Education do Brasil
Vice-presidência de Educação
Juliano de Melo Costa
Gerência Editorial de Portfólio de 
Educação Básica e Ensino Superior
Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência de produtos editoriais
Matheus Caldeira Sisdeli
Coordenação de produção editorial
Felipe A. Ribeiro
Coordenação editorial
Luiz Fernando Duarte 
Controle de produção editorial
Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
Autoria
Filipe de Faria Dias Leite, Juliana Maria do Carmo Sassarolli, 
Stevan Schultz Brandão e Vanessa Mazali Fonseca
Editoria responsável
Fábio Geraldo Romano, Nilson dos Santos Ferreira e Péricles Macedo Polegatto
Editoria de conteúdo
Breno Carlos da Silva, Emerson Aguinaldo Bulgarelli, Leandra Guerin, 
Rafael dos Santos Ferreira, Tatiana Watanuki Lourençatto e Tiago Bessa
Assistência de editoria
Mariana Paulino Silva, Mariana Prudenciatto Ortelani e Paula Garbellini de Barros Rodrigues
Revisão gramatical
Fabiana Carla Cosenza Oliveira, Flávio Rodrigues dos Santos, Jurema Aprile e Maris Ester Aparecido de Souza 
Organização de originais
Marisa Aparecida dos Santos e Silva
Gerência de Design
Cléber Figueira Carvalho
Coordenação de Design
Diogo Rafael da Silva Mecabô
Coordenação de pesquisa e licenciamento
Maiti Salla Sampaio Alves
Pesquisa e licenciamento
Andrea Bolanho, Rebeca Fiamozzini, Cristiane Gameiro,
Heraldo Colon, Sandra Sebastião e Shirlei Sebastião
Editoria de arte 
Juan Mariano Baldelomar Gutierrez
Ilustração
Diagrama Soluções Editoriais
Projeto gráfico
Juan Mariano Baldelomar Gutierrez e Said Tayar Segundo
Capa
Juan Mariano Baldelomar Gutierrez
Editoração eletrônica
Diagrama Soluções Editoriais
Edição de conteúdo digital
Cristian Zaramella
PCP
Adilândia Araújo Ribeiro, George Romanelli Baldim e Paulo Campos Silva Jr.
Fechamento
Diagrama Soluções Editoriais e Juan Mariano Baldelomar Gutierrez
Todos os direitos desta publicação reservados a
Pearson Education do Brasil S.A.
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CIÊNCIAS HUMANAS 
E SUAS TECNOLOGIAS
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
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Módulo 1 �������������������������������������������������������������������8
Módulo 2 �����������������������������������������������������������������10
Módulo 3 ���������������������������������������������������������������� 13
Módulo 4 �����������������������������������������������������������������16
Módulo 5 ���������������������������������������������������������������� 20
Módulo 6 ���������������������������������������������������������������� 23
Módulo 7 �����������������������������������������������������������������27
Módulo 8 �����������������������������������������������������������������31
Gabarito dos Exercícios Propostos������������������ 34
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Módulo 1 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. Insper-SP
Leia o texto e responda à questão.
O diminutivo que aumenta
O diminutivo virou uma espécie de divisor de 
águas para o brasileiro. Em Portugal, onde a ambigui-
dade linguística tem menor voltagem e toda conversa 
arrisca-se a seguir o pé da letra, as pessoas tendem 
a flexionar o grau do substantivo com a consciência 
de que pão é pão, queijo é queijo – posto que um di-
minutivo serve é para diminuir e um aumentativo, 
para aumentar. Além-mar a ênfase é outra. Quando 
convém, o diminutivo funciona como aumentativo no 
Brasil, porque exploramos, como ninguém, o uso dos 
adjetivos com flexão típica do diminutivo, mas com 
função superlativa. [...]
Disponível no nosso armazém de secos e mo-
lhados que é a língua, o adjetivo superlativo fi-
cou reservado para ocasiões propícias. Compara-
do ao brasileiro, o português usa o recurso com 
imenso recato.
Revista Língua, n. 1. Adaptado
Segundo o texto, o diminutivo com função superlativa é 
uma construção tipicamente brasileira, diferentemente do 
que ocorre em Portugal.
Identifique a alternativa que apresenta essa construção.
a. Aguarde só mais um minutinho, por favor.
b. Para as moças, esconder a verdade era apenas uma 
brincadeirinha.
c. Nada melhor do que um café quentinho no meio de 
uma tarde fria.
d. É apenas um presentinho, você merece muito mais.
e. Esperava ver um jardim bonitinho e encontrou uma 
aula de paisagismo.
02. UFAM
Leia o texto e responda à questão.
Já quase não vemos as estrelas nas cidades; por 
isso, é indiferente ficarmos ou não com as janelas 
serradas. Não houvesse luz elétrica, como há cer-
ca de duzentos anos, poderíamos, como privilegia-
dos expectadores, ver cometas arrastando suas 
luminosas caldas em determinada parte do céu, 
em harmonioso conserto. Todos nós nos tornaría-
mos expertos no assunto, graças apenas à obser-
vação diária.
MADEIRA, Mauro Manoel. Lições de Física. Travessia.
Assinale a alternativa em que a proposta de substituição 
da palavra em destaque não se justifica.
a. a palavra serradas deveria ser substituída por cer-
radas.
b. a palavra caldas deveria ser substituída por caudas.
c. a palavra expertos deveria ser substituída por espertos.
d. a palavra expectadores deveria ser substituída por 
espectadores.
e. a palavra conserto deveria ser substituída por concerto.
03. UFPE
Leia o texto e responda à questão.
O ser humano e o uso de códigos 
ou sistemas semióticos
O ser humano se distinguiu das demais espé-
cies animais, entre outras características, pelo fato 
de possuir a capacidade de usar códigos elabora-
dos para comunicar suas ideias, seus pensamentos, 
emoções etc. De todos esses códigos ou sistemas 
semióticos (capazes de veicular significados/senti-
dos entre pessoas), o mais complexo, elaborado e 
difundido é a língua. Assim, a capacidade de usar 
uma língua é característica e caracterizadora da 
raça humana enquanto tal. Todos os seres huma-
nos, exceto os casos de patologia, são capazes de 
adquirir a língua da sociedade em que nasceram, 
de uma forma que poderíamos chamar essa aquisi-
ção de “natural”, uma vez que não exige qualquer 
esforço consciente ou explícito. Já a versão escrita 
da língua normalmente exige, para sua aquisição, 
um empenho explícito em uma situação formal de 
ensino e aprendizagem. 
Com o desenvolvimento de tecnologias, o ho-
mem criou meios de comunicação variados e cada 
vez mais sofisticados. [...] No entanto, todaesta ino-
vação tecnológica e todos os meios de comunicação 
são, na verdade, veículos e não sistemas semióticos 
capazes de “instruir” significados e possibilitar a tro-
ca de mensagens entre pessoas. 
Ou seja, a língua ainda é, e provavelmente con-
tinuará sendo por muito tempo, de importância fun-
damental, para que a comunicação entre os homens, 
com todas as consequências daí advindas, se faça de 
maneira eficiente. Podemos, portanto, afirmar que 
uma educação linguística é fundamental para as pes-
soas viverem bem em uma cultura que se veicula por 
uma língua. 
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática: ensino plural. 
São Paulo: Cortez, 2003. Adaptado.
A pretensão maior do autor, no desenvolvimento do texto, 
foi ressaltar
a. as condições especiais que a versão escrita da língua 
normalmente exige para sua aquisição. Consequen-
temente, faz-se necessário um empenho explícito de 
ensino e aprendizagem.
b. a importância capital das línguas, como possibili-
dade de o homem expressar seus pensamentos e 
emoções. Daí, a necessidade premente de uma edu-
cação linguística. 
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c. a contribuição fundamental trazida pelas inovações 
tecnológicas a todos os meios e recursos da comuni-
cação. Logo, é mister aperfeiçoar os diferentes siste-
mas semióticos.
d. das culturas que são veiculadas pelos sistemas 
linguísticos, os únicos capazes de “instruir” signifi-
cados. O conhecimento dessas culturas, portanto, é 
fundamental.
e. o papel fundamental da comunicação linguística entre 
as pessoas e as consequências sociais advindas des-
sa comunicação. Assim, convém que ela se realize da 
maneira mais correta possível.
04. ESPM-SP
Leia o texto e responda à questão.
Avicultura sociopolítica à parte, os lusos, a des-
peito de seus questionamentos, e os demais gover-
nos da Comunidade dos Países de Língua Portugue-
sa, com exceção de Angola, já ratificaram o acordo 
ortográfico.
PANSA, Karine. In: Folha de S.Paulo, 19 ago. 2014.
No trecho: “Avicultura sociopolítica à parte, os lusos, a 
despeito de seus questionamentos, [...]”, a expressão em ne-
grito pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por
a. à custa de.
b. apesar de.
c. à procura de.
d. a respeito de.
e. no âmbito de.
05. Sistema COC
As regras de acentuação na língua portuguesa funda-
mentam-se na posição da sílaba tônica, o que determina 
aplicação do acento tônico em milhares de palavras. Esse 
mecanismo auxilia decisivamente na correta modulação de 
voz, notadamente nas palavras com mais de uma sílaba. A par 
disso, e após a leitura do excerto a seguir, assinale a alternati-
va na qual todas as palavras são paroxítonas.
Os trotes universitários, muitas vezes humi-
lhantes e violentos, por exemplo, ainda são pou-
co discutidos e só ganham visibilidade quando os 
meios de comunicação veiculam cenas de barbá-
rie. A literatura mostra a existência desse costume 
em diversos países. No Brasil, datam da criação 
das instituições acadêmicas. Como herança de 
Coimbra, os trotes em algumas instituições brasi-
leiras já fizeram – e continuam a fazer – inúmeras 
vítimas. O primeiro registro de morte – de um alu-
no da Faculdade de Direito – ocorreu em Recife, 
em 1831.
Disponivel em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/
brincadeiras_perversas.html>. Acesso em: abr. 2019.
a. Universitários, barbárie, inúmeras
b. Acadêmicas, violentos, inúmeras
c. Vítimas, violentos, inúmeras
d. Universitários, acadêmicas, humilhantes
e. Violentos, universitários, barbárie
06. VUNESP
Leia a charge e responda à questão.
Disponível em: <www.charge.com.br>. Acesso em: abr. 2019.
Um dos efeitos de humor da charge reside no fato de as 
personagens entenderem “roçona” e “rocinha” como
a. palavras sinônimas derivadas de roça.
b. aumentativo e diminutivo de roça, respectivamente.
c. áreas urbanas onde se trabalha pouco.
d. áreas rurais cuidadas pelo Exército.
e. substantivos próprios relativos a logradouro.
07. VUNESP
Leia o texto de Pedro Gonzaga e responda à questão.
Reclamação
A literatura é uma arte solitária. Seu labor é da 
mente para a página. Sua estranha fantasia é a de 
que alguém possa dar forma ao idioma para que 
outra experiência mental e individual se realize: a 
do leitor. Apesar de saraus e oficinas, a escrita rara-
mente escapa de ser esta atividade insossa e deser-
tada: sentar e escrever sozinho. E, se também são 
solitárias a pintura e a escultura, ambas têm a van-
tagem de serem dinâmicas, físicas, performáticas, 
de um modo que as aproxima mais das artes cole-
tivas, como a dança, a música, o teatro, o cinema.
Quando fui músico, muitas vezes reclamei dos 
ensaios, dos shows em que o som estava péssimo, de 
contratantes que não entregavam o que prometiam, 
mas, em especial, do trabalho que a difícil democra-
cia de participar de uma banda grande demandava.
Quantas viagens, quantas discussões, quantas 
concessões. E quantas alegrias, quantas vezes olhar 
para o lado e cruzar com a mirada de alguém que 
estava ali junto contigo, numa construção maior 
porque erguida por mais gentes. Mais artistas de um 
lado, mais espectadores de outro.
Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br>. 
Acesso em: abr. 2019. Adaptado.
Em “Apesar de saraus e oficinas, a escrita raramente 
escapa de ser esta atividade insossa e desertada: sentar e 
escrever sozinho.”, a oração destacada pode ser substituída, 
conforme a norma-padrão da língua, por:
a. A despeito de haverem saraus e oficinas.
b. Se bem que promova-se saraus e oficinas.
c. Ainda que aconteça saraus e oficinas.
d. Embora exista saraus e oficinas.
e. Mesmo que haja saraus e oficinas.
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08. Inaz-PA
Leia o texto e responda à questão.
O menino
Vou fazer um apelo. É o caso de um menino de-
saparecido.
Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, 
mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos.
É um menino normal, ou seja: subnutrido, desses 
milhares de meninos que não pediram pra nascer; 
ao contrário: nasceram pra pedir.
Calado demais pra sua idade, sofrido demais pra 
sua idade, com idade demais pra sua idade. É, como 
a maioria, um desses meninos de 11 anos que ainda 
não tiveram infância.
Parece ser menor carente, mas, se é, não sabe 
disso. Nunca esteve na Febem, portanto não teve 
tempo de aprender a ser criança-problema. Anda 
descalço por amor à bola.
Suas roupas são de segunda mão, seus livros são 
de segunda mão e tem a desconfiança de que a sua 
própria história alguém já viveu antes.
Do amor não correspondido pela professora, 
descobriu que viver dói. Viveu cada verso de Romeu 
e Julieta, sem nunca ter lido a história.
Foi Dom Quixote sem precisar de Cervantes e 
sabe, por intuição, que o mundo pode ser um inferno 
ou uma badalação, dependendo se ele é visto pelo 
Nelson Rodrigues ou pelo Gilberto Braga.
De seu, tinha uma árvore, um estilingue zero qui-
lômetro e um pássaro preto que cantava no dedo e 
dormia em seu quarto.
Tímido até a ousadia, seus silêncios grita nos 
cantos da casa e seus prantos eram goteiras no te-
lhado de sua alma.
Trajava, na ocasião em que desapareceu, uns 
olhos pretos muito assustados e eu não digo isso 
pra ser original: é que a primeira coisa que chama 
a atenção no menino são os grandes olhos, despro-
porcionais ao tamanho do rosto.
Mas usava calças curtas de caroá, suspensórios 
de elástico, camisa branca e um estranho boné que, 
embora seguro pelas orelhas, teimava em tombar 
pro nariz.
Foi visto pela última vez com uma pipa na mão, 
mas é de todo improvável que a pipa o tenha em-pinado. Se bem que, sonhador de jeito que ele é, 
não duvido nada. Sequestrado, não foi, porque é um 
menino que nasceu sem resgate.
Como vocês veem, é um menino comum, desses 
que desaparecem às dezenas todos os dias. Mas, se 
alguém souber de alguma notícia, me procure, por 
favor, porque... ou eu encontro de novo esse menino 
que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim.
Disponível em: <http://oglobo.globo.com/cultura/um-autorretrato- 
ineditode-chico-anysio-4428439#ixzz4fUBCeQKv>. 
Acesso em: abr. 2017. 
Considerando-se o fragmento “desses milhares de me-
ninos que não pediram pra nascer” à luz da modalidade 
escrita e falada da língua, pode-se constatar o emprego da 
variação linguística
a. regional.
b. literária.
c. coloquial.
d. culta.
e. técnica.
09. Samae-RS
Leia os quadrinhos do Armandinho, de Alexandre Beck, e 
responda à questão.
Considerando-se a representação semântica da palavra 
vendo no contexto da tira, é correto afirmar que ocorre
a. denotação.
b. conotação.
c. homonímia.
d. homofonia.
e. sinonímia.
10. UFSC
Leia o texto e responda à questão.
Sotaques no papel
Feitos sem pretensão científica, “dicionários” informais 
exploram as falas típicas de estados brasileiros
Em suas viagens para casa, de Brasília ao Piauí, 
o jornalista Paulo José Cunha, de 57 anos, gosta de 
puxar uma cadeira e ouvir as histórias de dona Yara, 
sua mãe. Desses momentos familiares, o professor 
da Universidade Federal de Brasília (UnB) coletou 
grande parte dos verbetes e expressões tipicamente 
piauienses que deram origem à Grande enciclopédia 
internacional de piauiês.
O cirurgião vascular paraibano Antonio Soares 
da Fonseca Jr., de 61 anos, autor do Dicionário do 
português nordestino, conta que primeiro escolhia 
aleatoriamente algum destino entre Rio Grande 
do Norte e Sergipe. Depois de pegar um avião 
de São Paulo, sentava na primeira mesa de bote-
co da região e chamava o primeiro que passava 
para dividir uma cerveja. Aí era ligar o gravador 
e registrar o papo carregado de expressões, como 
o substantivo “lapada” (pancada), o verbo “cas-
cavilhar” (procurar minuciosamente), a profissão 
“capagato” (técnico agrícola) e a aprendiz de in-
terjeição “pronto” (“quando olhei, pronto!, tudo 
havia acabado”).
É nesse ambiente informal de pesquisa empírica 
que a maioria dos dicionários regionais é concebida. 
Sem o peso da responsabilidade de seguir as 
metodologias exigidas pela academia, esses trabalhos 
são marcados pela despretensão e pelo bom humor. 
[...] De tão encantado com o falar do catarinense, 
o comerciante, taxista e escritor Isaque de Borba 
Corrêa, de 47 anos, é um autodidata em linguística. 
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Nada parecido com o Isaque que em 1981 lançou o 
Dicionário do papa-siri, com expressões típicas da re-
gião de Camboriú e do Vale do Itajaí. Ele conta que ti-
nha vergonha de dizer que estava montando um livro 
naqueles moldes. Hoje, termos como “dialetologia” 
(estudo dos traços linguísticos dos dialetos) e “idio-
tismos” (traços que mais caracterizam uma língua em 
relação a outras que lhe são cognatas) são rotina na 
vida do autor que, em 2000, lançou uma obra “mais 
evoluída”, segundo sua avaliação: o Dicionário catari-
nense. [...] O trabalho desenvolvido pelos apaixonados 
por regionalismos é visto com ressalvas pelos lexi-
cógrafos profissionais. Mesmo o termo “dicionário” 
para identificar as obras é contestado, por exemplo, 
pelo lexicógrafo Francisco da Silva Borba, organiza-
dor do Dicionário Unesp do português contemporâneo, 
que reúne cerca de 60 mil verbetes.
— Esses trabalhos são, na verdade, vocabulários. 
É o recolhimento de palavras de determinada região 
– explica. [...] — Eles podem, assim, induzir a erro 
e oficializar versões equivocadas – analisa o lexicó-
grafo Francisco Filipak, autor do Dicionário sociolin-
guístico do Paraná [...]. 
Diferentemente dos demais vocabulários regio-
nais, o de Filipak é concebido como um dicionário, 
de fato. Após 30 anos de pesquisa, catalogação e 
seleção, ele reuniu os 6 mil verbetes que compõem 
o estudo de 400 páginas. Seguindo à risca a metodo-
logia dos grandes dicionários do país, Filipak incluiu 
todas as designações de cada verbete, citando suas 
variações vocabulares típicas só daquela região. 
Hoje, com 83 anos, diz desconhecer outro dicionário 
regional que tenha se guiado pelo mesmo rigor me-
todológico. [...] Mesmo sendo de autores diletantes, 
os dicionários regionais são valorizados pelos pes-
quisadores que formulam obras consagradas. Todos 
constam das prateleiras das equipes que atualizam 
os maiores dicionários da língua.
BONINO, Rachel. Língua Portuguesa, ano 2, n. 27. Adaptado.
Considere as afirmações e faça a soma das corretas.
01. O uso das aspas em “dicionários” (subtítulo), “diale-
tologia” e “idiotismos” serve para indicar ironia, dis-
cordância da autora em relação ao valor que outros 
atribuem aos termos.
02. A classificação elaborada por Antonio Soares da Fon-
seca Jr., além de informal, é equivocada, porque o ter-
mo “lapada” seria mais bem enquadrado como verbo 
do que como substantivo e porque não existe uma 
classe dos “aprendizes de interjeição”.
04. O título Grande enciclopédia internacional de piauiês, 
dado ao dicionário elaborado por Paulo José Cunha, 
revela ao leitor a grande abrangência e seriedade do 
trabalho dos lexicógrafos amadores.
08. O emprego dos termos informais “boteco” e “papo”, 
que destoa um pouco do restante do texto, marcado 
pelo uso da variedade culta escrita, pode ser explica-
do em parte como reflexo do próprio assunto tratado, 
a informalidade com que Antonio Soares da Fonseca 
Jr. colhe dados para seu dicionário.
16. O adjetivo “diletantes” funciona no texto como sinôni-
mo de “profissionais”, uma vez que o texto aproxima 
o trabalho dos autores diletantes, “apaixonados por 
regionalismos”, ao dos lexicógrafos profissionais.
32. As expressões “de fato”, “à risca”, “grandes dicioná-
rios do país” e “rigor metodológico”, assim como a 
informação de que o dicionário de Filipak consumiu 
“30 anos de pesquisa, catalogação e seleção”, ser-
vem ao mesmo fim argumentativo, que é dar ao leitor 
uma impressão de solidez científica dessa obra.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 34.
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Nos quadrinhos, a sequência macroeconomia – microe-
conomia – nanoeconomia é empregada para
a. atenuar a ideia de queda do PIB.
b. fortalecer a ideia de um PIB alto.
c. reforçar a ideia de queda do PIB.
d. sugerir a ideia de estabilidade do PIB.
e. contestar a ideia de queda do PIB.
03. UNEAL
Em “Ao contrário de gerações passadas, eles encontram 
confiança e segurança em casa e têm na família sua maior 
fonte de alegria.”, o termo destacado recebeu acento
a. porque todos os verbos conjugados na terceira pes-
soa do plural recebem acento diferencial.
b. por estabelecer relação de concordância com a ex-
pressão “gerações passadas”.
c. por estabelecer relação de concordância com o sujeito 
da oração “eles”.
d. por estabelecer relação de concordância com a ex-
pressão “em casa”.
e. por estabelecer relação de concordância com o sujeito 
composto “confiança e segurança”.
04. IFMT
Leia o texto e responda à questão. 
Rotular para descartar 
Um dos meus assombros infantis: qual a ver-
dade de cada pessoa, aquelas que me rodeavam 
numa casa geralmente alegre, as figuras cotidianas 
da família?
Eu descobrira que nem sempre dizia o que pen-
sava: e os demais? 
[...]
No mais trivial comentário, por que,em lugar de 
olhar para o outro, a gente tem tanta facilidade em 
rotular, discriminando, marcando a ferro e fogo o co-
lega, amigo, vizinho, amado ou amada, até mesmo 
o rival?
[...] 
Não vemos gente ao nosso redor, vemos etique-
tas. Difícil, assim, sentir-se acompanhado; difícil, 
desse jeito, amar e ser estimado. Vivemos como 
ilhotas sem viagens nem pontes, olhar rápido e su-
perficial, o julgamento à mão como um lenço de 
papel.
Todos sozinhos, isolados em nossas gavetas con-
ceituais nada positivas. Não admira que a gente sin-
ta medo; solidão; raiva; mesmo que imprecisa, nem 
sabemos do quê ou de quem; susto; desespero; pres-
sa em criticar para não ser criticado.
LUFT, Lya. Em outras palavras. 
Rio de Janeiro: Record, 2006.
Com relação a aspectos gramaticais, considere as afirma-
ções e assinale a alternativa correta.
01. FGV-SP
Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis, e 
responda à questão.
Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da 
manhã. Quem o visse, com os polegares metidos 
no cordão do chambre, à janela de uma grande 
casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele 
pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo 
que pensava em outra coisa.
Cotejava o passado com o presente. Que era, 
há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista! 
Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de 
Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Pa-
lha), para a casa, para o jardim, para a enseada, 
para os morros e para o céu; e tudo, desde as chi-
nelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de 
propriedade.
— Vejam como Deus escreve direito por linhas 
tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado 
com Quincas Borba, apenas me daria uma espe-
rança colateral. Não casou; ambos morreram, e 
aqui está tudo comigo; de modo que o que parecia 
uma desgraça...
 O verbo cuidar foi empregado no texto (cuidaria) com 
a mesma acepção que na seguinte frase:
a. Por ser inconsequente, não cuidava ser o projeto tão 
árduo.
b. Apesar de ser criança, sabia se cuidar como ninguém.
c. Ainda não tivera tempo de cuidar da forma de chegar lá.
d. Em meio à crise, todos devem se cuidar.
e. Todos os moradores cuidavam da vila com dedicação.
02. FGV-SP
Leia os quadrinhos e responda à questão.
Velati. Folha de S.Paulo, 24 jul. 2014.
Módulo 2 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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I. No primeiro parágrafo, o uso do pretérito imperfeito do 
modo indicativo remete a uma situação em andamen-
to no tempo passado.
II. No trecho “discriminando, marcando a ferro e fogo o 
colega”, a escolha dos verbos e uso do gerúndio in-
tensificam a ação de rotular como lenta, gradativa e 
profunda.
III. A palavra gente é empregada, ao longo do texto, como 
pronome pessoal.
IV. A forma verbal descobrira, segundo parágrafo, refere-
-se a um passado anterior à descoberta de que trata a 
autora nesse trecho.
a. Somente I, III e IV estão corretas.
b. Somente I e II estão corretas.
c. Somente I, II e III estão corretas.
d. Somente I, II e IV estão corretas.
e. Somente II e IV estão corretas.
05. UFTM-MG
Leia o texto e responda à questão.
__________________ pouco mais de uma década 
quase não __________ genomas completos para se-
rem analisados.
Hoje __________ programas e mão de obra ________ 
para dar conta da quantidade de sequências de DNA já 
depositadas em bases públicas de dados e que saem 
diariamente de uma nova geração de sequenciadores. 
Extremamente velozes, essas máquinas determinam os 
pares de bases do material genético, as chamadas letras 
químicas, a um preço milhares de vezes menor do que 
no início dos anos 2000, quando chegou ao fim a epo-
peia de sequenciar o primeiro genoma humano.
Pesquisa Fapesp, fev. 2013. Adaptado.
Em conformidade com a norma-padrão da língua portu-
guesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respec-
tivamente, com:
a. Há – havia – faltam – especializada
b. A – tinham – falta – especializado
c. À – haviam – faltam – especializados
d. A – existiam – falta – especializada
e. Há – tinha – falta – especializados
Leia o texto e responda às questões 06 e 07.
Ser multitarefa, uma outra dimensão do mesmo 
fenômeno, é visto como uma capacidade neste mo-
mento histórico, uma espécie de ganho evolutivo 
que tornaria a pessoa mais bem adaptada à sua 
época. É pergunta de questionários, qualidade apre-
sentada por pessoas vendendo a si mesmas, exigên-
cia apontada pelos gurus do sucesso. Logo se torna-
rá altamente subversivo, desorganizador, alguém ter 
a ousadia de afirmar: “Não, eu não sou multitarefa. 
Me dedico a uma coisa de cada vez.”.
Han, assim como outros filósofos contemporâneos, 
discorda dessa ideia – ou dessa propaganda. Ou, ain-
da, dessa armadilha. Para ele, a técnica temporal e de 
atenção multitarefa não representa nenhum progresso 
civilizatório. Trata-se, sim, de um retrocesso. O excesso 
de positividade se manifesta também como excesso de 
estímulos, informações e impulsos. Modifica radical-
mente a estrutura e a economia da atenção. Com isso, 
fragmenta e destrói a atenção. A técnica da multitarefa 
não é uma conquista civilizatória atingida pelo humano 
deste tempo histórico. Ao contrário, está amplamen-
te disseminada entre os animais em estado selvagem: 
“Um animal ocupado no exercício da mastigação da sua 
comida tem de ocupar-se, ao mesmo tempo, também 
com outras atividades. Deve cuidar para que, ao comer, 
ele próprio não acabe comido. Ao mesmo tempo, ele 
tem que vigiar sua prole e manter o olho em seu/sua 
parceiro/a. Na vida selvagem, o animal está obrigado a 
dividir sua atenção em diversas atividades. Por isso, não 
é capaz de aprofundamento contemplativo – nem no 
comer nem no copular. O animal não pode mergulhar 
contemplativamente no que tem diante de si, pois tem 
de elaborar, ao mesmo tempo, o que tem atrás de si”.
A contemplação é civilizatória. E o tédio é criati-
vo. Mas ambos foram eliminados pelo preenchimento 
ininterrupto do tempo humano por tarefas e estímu-
los simultâneos. Você executa uma tarefa e atende 
ao celular, responde a um WhatsApp enquanto cozi-
nha, come assistindo à Netflix e xingando alguém no 
Facebook, pergunta como foi a escola do filho che-
cando o Twitter, dirige o carro postando uma foto no 
Instagram, faz um trabalho enquanto manda um e-mail 
sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tare-
fas ao mesmo tempo. Como se isso fosse um ganho – e 
não uma perda monumental, uma involução.
Voltamos ao modo selvagem. Nietzsche (1844-
1900), ainda na sua época, já chamava a atenção 
para o fato de que a vida humana finda numa hipe-
ratividade mortal se dela for expulso todo elemento 
contemplativo: “Por falta de repouso, nossa civiliza-
ção caminha para uma nova barbárie.”
06. FADESP
Sobre o texto, considere as afirmações e assinale a alter-
nativa correta.
I. O advérbio ainda (2o parágrafo) expressa a ideia de 
tempo presente.
II. O futuro do pretérito, no verbo tornar (1o parágrafo), 
marca também o distanciamento da autora em rela-
ção àquilo que é afirmado.
III. As palavras propaganda e armadilha (2o parágrafo) 
revelam a falta de adesão da autora quanto à impor-
tância da técnica temporal e de atenção multitarefa.
IV. O pronome você (3o parágrafo) é utilizado pela autora 
para estabelecer uma interlocução mais próxima com 
o leitor, como uma estratégia de convencimento.
a. Somente I e III estão corretas.
b. Somente II e III estão corretas.
c. Somente III e IV estão corretas.
d. Somente I, II e IV estão corretas.
07. FADESP
Releia o trecho em que a autora enumera as tarefas rea-
lizadas hoje: “Você executa uma tarefa e atende ao celular, 
responde a um WhatsApp enquanto cozinha, come assistindo 
à Netflix e xingando alguém no Facebook, pergunta como foi 
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a escola do filho checando o Twitter, dirige o carro postando 
uma foto no Instagram, faz um trabalho enquanto manda um 
e-mail sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tare-
fas ao mesmo tempo.”. 
Quanto aos mecanismos de coesão, é correto afirmar que o
a. tempo dos verbos marca uma enumeração. 
b. gerúndio assinala a simultaneidade de ações. 
c. conector enquanto expressa a ideia de conformidade. 
d. conector e, em suas duas ocorrências, tem valor 
adversativo.
08. Acafe-SC
Complete as frases, empregando os verbos entre parên-
teses no tempo certo e adequado ao contexto, e assinale a 
alternativa correta.
I. Se ele __________ sim ao convite, a diretoria poderia repro-
gramar o evento. (dizer)
II. Quando nós __________ a próxima festa de confraterniza-
ção, contrataremos seus serviços. (fazer)
III. Se amanhã os perfumes não __________ nessa caixa, tere-
mos que levar alguns na mala. (caber)
IV. Tenho a esperança de que vocês __________ resolver esse 
problema melhor do que eu. (saber)
a. disse-se – faremos – caberem – saibam
b. disser – fizéssemos – coubessem – saibam
c. dissesse – fizermos – couberem – saibam
d. dizer – fazermos – cabessem – saibam
09. UNESP
Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio 
Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, e responda à questão.
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem aber-
tos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para 
caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu 
bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as 
portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal 
vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir 
várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia 
de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e 
seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser 
um sentimento comum aos habitantes das grandes 
cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida 
comunitária foram substituídas pelo sentimento de 
insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O 
outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira 
em potencial; o desconhecido é encarado como 
ameaça. O sentimento de insegurança transforma e 
desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de 
encontro, troca, comunidade, participação coletiva, 
as moradias e os espaços públicos transformam-se 
em palco do horror, do pânico e do medo.
A violência urbana subverte e desvirtua a fun-
ção das cidades, drena recursos públicos já escas-
sos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e 
dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando 
nossas existências dramaticamente para pior. De 
potenciais cidadãos, passamos a ser consumido-
res do medo. O que fazer diante desse quadro de 
insegurança e pânico, denunciado diariamente pe-
los jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual 
tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no 
Estado de direito?
O trecho “As noções de segurança e de vida comunitária 
foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo 
isolamento que o medo impõe.” foi construído na voz passiva. 
Ao se adaptar tal trecho para a voz ativa, a locução verbal “fo-
ram substituídas” assume a seguinte forma:
a. substitui.
b. substituíram.
c. substituiriam.
d. substituiu.
e. substituem.
10. Fuvest-SP
Leia o trecho de Iracema, de José de Alencar, e responda 
à questão.
Nasceu o dia e expirou.
Já brilha na cabana de Araquém o fogo, compa-
nheiro da noite. Correm lentas e silenciosas no azul 
do céu, as estrelas, filhas da lua, que esperam a volta 
da mãe ausente.
Martim se embala docemente; e como a alva 
rede que vai e vem, sua vontade oscila de um a 
outro pensamento. Lá o espera a virgem loura dos 
castos afetos; aqui lhe sorri a virgem morena dos 
ardentes amores.
Iracema recosta-se langue ao punho da rede; 
seus olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de sabiá, 
buscam o estrangeiro, e lhe entram n’alma. O cristão 
sorri; a virgem palpita; como o saí, fascinado pela 
serpente, vai declinando o lascivo talhe, que se de-
bruça enfim sobre o peito do guerreiro.
É correto afirmar que, no texto, o narrador
a. prioriza a ordem direta da frase, como se pode verificar 
nos dois primeiros parágrafos do texto.
b. usa o verbo correr (2o parágrafo) com a mesma acepção 
que se verifica na frase “Travam das armas os rápidos 
guerreiros, e correm ao campo” (também extraída do 
romance Iracema).
c. recorre à adjetivação de caráter objetivo para tornar a 
cena mais real.
d. emprega, a partir do segundo parágrafo, o presente do 
indicativo, visando dar maior vivacidade aos fatos nar-
rados, aproximando-os do leitor.
e. atribui, nos trechos “aqui lhe sorri” e “lhe entram n’al-
ma”, valor possessivo ao pronome lhe.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 34.
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01. UFSCar-EAD
Leia o texto e responda à questão.
Há alguns meses, eu me toquei de que meu filho 
de 4 anos ainda não conhecia a bisavó, que vai fazer 
90 anos e mora no interior do Rio Grande do Sul. 
Não é uma viagem fácil para se fazer com crianças, 
mas nenhuma desculpa é suficiente para adiar esse 
encontro. Seguir a viagem até a casa da avó, a cer-
ca de duas horas e meia de carro a partir de Porto 
Alegre, foi como voltar no tempo. As curvas, a sina-
lização, os campos e plantações a perder de vista 
eram algo tão familiar para mim que senti o con-
forto de estar pisando em um lugar de onde nunca 
saí. E provavelmente não, afinal, nossas raízes estão 
sempre conosco. 
Já no centro da cidade, o apartamento do pré-
dio frio e pouco iluminado da minha avó reluziu 
quando os bisnetos entraram. Toda a família estava 
por lá, numa intensa celebração do encontro. Pri-
mos e seus filhos, tios, avós, pais, esposa, uma pro-
fusão de gente da família e que imediatamente nos 
conecta com o que é importante. Nenhuma reali-
zação do trabalho é tão importante quanto isso. 
Pensei naquilo ao olhar para o espelho do banheiro 
daquele apartamento onde vivi por um tempo há 
quase 30 anos. 
Enquanto fitava meu rosto já com alguns sinais 
do tempo, lembrava-me de mim levantando os pés 
para poder alcançar o olhar no espelho. E percebi 
que, como diz Heráclito, um homem nunca pode-
rá entrar duas vezes no mesmo rio, porque quan-
do ele passar de novo por ali, o rio já não será o 
mesmo, assim como o homem também não será. 
A estrada até a casa da minha avó continua com 
190 quilômetros, mas está tão mudada quanto eu. 
A busca da felicidade era uma naqueles anos e 
hoje é outra.
CUNHA, Rodrigo Viera da. Disponível em: <http://vidasimples.
abril.com.br>. Acesso em: abr. 2019. Adaptado.
O termo isso, em destaque no segundo parágrafo, faz 
referência
a. ao sentido de gratidão do narrador pelos anos em que 
viveu naquele mesmo apartamento ao lado da avó.
b. à alegria do narrador em descobrir que, mesmo após 
trinta anos, o apartamento da avó preservava uma at-
mosfera calorosa e aconchegante.
c. à satisfação experimentada pelo narrador a partir da 
realização do trabalho, do qual depende o conforto 
da família.
d. ao contentamento do narrador em ver que a família pros-
perou financeiramente e melhorou seu status social.
e. à sensação de estar conectado com algo importante, 
decorrente da celebração do encontro do narrador 
com os familiares.
02. UECE
Em “Não, nunca me acontecem milagres.”, há algumas 
peculiaridades. Assinale a alternativa correta em relação a 
esse enunciado.
a. O emprego do advérbio não no início do enunciado é 
textualmente irrelevante. Ele poderia ocupar qualquer 
lugar no enunciado sem quehouvesse alteração em 
nenhum nível do texto.
b. Há nele uma dupla negativa, muito característica da 
língua popular, mas só na modalidade escrita.
c. Reescrito, o enunciado poderia ficar assim: Não me 
acontecem milagres nunca. Dessa maneira, efetua-se 
a separação dos dois elementos negativos. Essa nova 
estrutura prejudica a compreensão das ideias do texto.
d. Na reescritura “Não, milagres nunca me acontecem.”, 
o sujeito do enunciado ocupa a posição canônica, isto 
é, a mais usada. Essa mudança altera a expressivida-
de e a impressividade da frase.
03. UFAM
Assinale a frase em que o pronome pessoal está empre-
gado corretamente.
a. Entre eu e tu, não existe mais a antiga e sólida amizade.
b. Os problemas surgidos na empresa têm de ser resolvi-
dos por eu e você.
c. Quando tornei a si, não percebi de imediato onde estava.
d. A palestra de abertura do ano letivo era para mim proferir.
e. Para mim, entrar num elevador é um martírio, pois so-
fro de claustrofobia.
04. UEPG-PR
Leia o texto e responda à questão.
Relatório sugere que a França 
libere véu na escola
Permitir que as alunas muçulmanas usem os véus 
típicos e promover o ensino de línguas árabes e afri-
canas nas escolas francesas. Essas são algumas das 
recomendações de um relatório encomendado pelo 
primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, como 
parte do programa de revisão das políticas públicas de 
integração de imigrantes. O documento sugere que o 
governo francês deva revisar medidas implementadas 
nas últimas décadas – pautadas na justificativa do en-
sino laico – para integrar efetivamente sua população 
imigrante. Entre elas, a proibição do uso do véu e de 
outros elementos religiosos nas escolas. O relatório 
demanda ainda que a França reconheça sua dimensão 
e identidade árabe, reformule seu currículo de histó-
ria, crie um dia especial para homenagear as culturas 
imigrantes e defina como crime o “assédio racial”. À 
imprensa, Ayrault afirmou que não há planos para der-
rubar a proibição do véu e que o pedido do relatório 
não faz parte de suas conclusões políticas de governo. 
Revista Carta na Escola, fev. 2014, n. 83, Editora 
Confiança, Coluna Mosaico. Adaptado.
Módulo 3 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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Na oração “não há planos”, o verbo haver é impessoal, 
portanto a oração é sem sujeito. Com relação à impessoali-
dade do verbo haver, leia as afirmações e faça a somatória 
das corretas.
01. Em quase todos os itens do relatório, houve preocupação 
com o acolhimento do imigrante no território francês.
02. Parece que a população imigrante não se houve muito 
bem com relação às solicitações de mudança no país.
04. Em se tratando do bem-estar da população, há ma-
neiras de se chegar a um consenso.
08. Há de ser analisado o relatório encomendado pelo 
primeiro-ministro.
16. Há muitas dúvidas quanto ao propósito de incentivar 
a integração dos imigrantes na França.
05. ESPM-SP
Leia o texto e responda à questão.
[A] vida humana é mais governada pelo acaso do 
que pela razão, deve ser encarada mais como um 
enfadonho passatempo do que como uma ocupação 
séria, e é mais influenciada pelo temperamento de 
cada um do que por princípios de ordem geral. De-
vemos empenhar-nos nela com paixão e ansiedade?
Não é merecedora de tanta preocupação. Deve-
mos ser indiferentes a tudo o que acontece. Nossa 
fleuma e falta de interesse far-nos-á perder todo o 
prazer do jogo. Enquanto especulamos a respeito da 
vida, a vida já passou. E a morte, embora talvez eles 
a recebam de maneiras diferentes, trata do mesmo 
modo o tolo e o filósofo. Tentar reduzir a vida a uma 
regra e um método exatos é geralmente uma ocupa-
ção dolorosa ou infrutífera – e não é isso mais uma 
prova de que superestimamos o prêmio por que 
lutamos? E mesmo especular tão cuidadosamente 
sobre ela, procurando estabelecer com rigor sua jus-
ta ideia, equivaleria a superestimá-la, se para certos 
temperamentos esta ocupação não fosse uma das 
mais divertidas a que é possível dedicar a vida.
HUME, David. O cético. In: Ensaios morais, políticos e literários.
Vocabulário
Fleuma: frieza, serenidade, impassibilidade.
No trecho “E a morte, embora talvez eles a recebam de 
maneiras diferentes [...]”, o pronome em negrito se refere a
a. vida e acaso.
b. tolo e filósofo.
c. fleuma e prazer.
d. passatempo e ocupação. 
e. regra e método.
Leia o texto e responda às questões 06 e 07.
Tartaruga gigante de Galápagos, de mais 
de 150 anos, morre em zoo nos EUA
A tartaruga-gigante-de-galápagos chamada Speed, 
o morador mais antigo do zoológico de San Diego, no 
estado norte-americano da Califórnia, morreu em 19 
de junho de 2015. O zoológico informou que o ani-
mal de mais de 150 anos foi sacrificado após passar 
alguns anos sofrendo de artrite. Speed chegou ao local 
em 1933, como parte de um programa para ajudar a 
preservar as tartarugas gigantes que vivem nas pro-
ximidades do vulcão Cerro Azul, na Ilha Isabela, das 
Ilhas Galápagos.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br>. Acesso em: jun. 2015.
06. Univap-SP
No título, o verbo morrer apresenta-se
a. no pretérito perfeito do indicativo, por tratar-se de um 
fato já acontecido, mas bastante atual.
b. no presente do indicativo, recurso expressivo de uso 
recorrente nos títulos de notícias para enfatizar seu 
caráter de informação imediata.
c. no pretérito imperfeito do indicativo, recurso expressi-
vo de uso recorrente nos títulos de notícias para enfa-
tizar seu caráter de informação imediata.
d. no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o que evi-
dencia um fato há muito ocorrido.
e. no presente do subjuntivo, o que declara um fato eventual.
07. Univap-SP
Assinale a alternativa cuja frase pode substituir, correta-
mente, o trecho “[...] ajudar a preservar as tartarugas gigantes 
que vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na ilha Isa-
bela, das Ilhas Galápagos.”.
a. ... ajudar a preservar as tartarugas gigantes os quais 
vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na Ilha 
Isabela, das Ilhas Galápagos.
b. ... ajudar a preservar as tartarugas gigantes cujos vi-
vem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na Ilha 
Isabela, das Ilhas Galápagos.
c. ... ajudar a preservar as tartarugas gigantes as quais 
vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na Ilha 
Isabela, das Ilhas Galápagos.
d. ... ajudar a preservar as tartarugas gigantes cujas vi-
vem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na Ilha 
Isabela, das Ilhas Galápagos.
e. ... ajudar a preservar as tartarugas gigantes quantas 
vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na Ilha 
Isabela, das Ilhas Galápagos.
08. Fatec-SP
Leia o texto de Jacques Fux e responda à questão.
Literatura e Matemática
Letras e números costumam ser vistos como sím-
bolos opostos, correspondentes a sistemas de pen-
samento e linguagens completamente diferentes e, 
muitas vezes, incomunicáveis. Essa perspectiva, no 
entanto, foi muitas vezes recusada pela própria litera-
tura, que, em diversas ocasiões, valeu-se de elementos 
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e pensamentos matemáticos como forma de melhor 
explorar sua potencialidade e de amplificar suas possi-
bilidades criativas.
A utilização da Matemática no campo literário se 
dá por meio das diversas estruturas e rigores, mas 
também através da apresentação, reflexão e trans-
formação em matéria narrativa de problemas de or-
dem lógica. Nenhuma leitura é única: o texto, por 
si só, não diz nada; ele só vai produzir sentido no 
momento em que há a recepção por parte do leitor. 
A Matemáticapode, também, potencializar o texto, 
tornando ainda mais amplo o seu campo de leituras 
possíveis a partir de regras ou restrições.
Muitas passagens de Alice no País das Maravilhas 
e Alice através do espelho, de Lewis Carroll, estão 
repletas de enigmas e problemas que até os dias 
de hoje permitem aos leitores múltiplas interpreta-
ções. Edgar Allan Poe é outro escritor a construir 
personagens que utilizam exaustivamente a lógica 
matemática como instrumento para a resolução dos 
enigmas propostos.
Explorar as relações entre Literatura e Matemá-
tica é resgatar o romantismo grego da possibilidade 
do encontro de todas as ciências. É fazer uma via-
gem pelo mundo das letras e dos números, da litera-
tura comparada e das ficções e romances de diver-
sos autores que beberam (e continuarão bebendo) 
de diversas e potenciais fontes científicas, poéticas 
e matemáticas.
Disponível em: <http://tinyurl.com/h9z7jot>. 
Acesso em: ago. 2016. Adaptado.
No trecho “correspondentes a sistemas de pensamento e 
linguagens”, a palavra destacada é
a. um artigo definido feminino que concorda com o subs-
tantivo sistemas.
b. um pronome possessivo referente ao substantivo 
pensamento.
c. uma conjugação no presente do indicativo para o ver-
bo haver.
d. uma preposição regida pelo adjetivo correspondentes.
e. um adjetivo para destacar o advérbio linguagens.
09. UECE
Leia o texto e responda à questão.
A imigrante italiana que se 
formou em nutrição aos 87 anos 
escreveu o TCC inteiro à mão
Os cabelos brancos de Luísa Valencic Ficara 
contrastaram com a juventude dos colegas durante 
sua formatura. Nascida na Itália, Luísa imigrou para 
a América do Sul durante a Segunda Guerra Mun-
dial, viveu em três países sul-americanos e se esta-
beleceu em Jundiaí, no interior de São Paulo. Aos 87 
anos, ela acaba de se formar em nutrição.
Dona Luísa, como é conhecida, vive na cidade 
há 40 anos. Após o falecimento do marido e de sua 
irmã, ela decidiu voltar a estudar para se manter 
ocupada. Foi assim que surgiu a ideia de se matricular 
no curso de nutrição do Centro Universitário Padre 
Anchieta. A graduação foi concluída após seis anos 
de estudos, com um TCC sobre a cana-de-açúcar 
no Brasil. Segundo informações do Grupo Anchieta, 
todo o trabalho foi escrito à mão. Colegas, profes-
sores e funcionários da instituição ajudaram com 
a parte da digitação, configuração e impressão do 
trabalho, para apoiar Dona Luísa.
Mas a graduação não é o limite para a idosa. Ela, 
que também frequenta aulas de alemão, inglês e 
francês, já está pensando em ingressar em um curso 
de pós-graduação para continuar estudando, segun-
do contou ao G1.
Disponível em: <http://www.hypeness.com.br/2017/09/
aimigrante-italiana-que-se-formou-em-nutricaoaos-87-anos-
escreveu-o-tcc-inteiro-a-mao/>. Acesso em: set. 2017.
A notícia apresenta elementos coesivos que ajudam na 
“costura” temática do texto. A partir dessa ideia, é correto as-
severar que
a. o pronome sua (1o parágrafo) se relaciona à juventude.
b. “todo o trabalho” (2o parágrafo) retoma graduação.
c. instituição (2o parágrafo) substitui “Grupo Anchieta”.
d. cidade (2o parágrafo) refere-se à Itália.
10. UEFS-BA
Leia o soneto “LXXII”, de Cláudio Manuel da Costa, e res-
ponda à questão.
Já rompe, Nise, a matutina Aurora 
O negro manto, com que a noite escura, 
Sufocando do Sol a face pura, 
Tinha escondido a chama brilhadora.
Que alegre, que suave, que sonora 
Aquela fontezinha aqui murmura! 
E nestes campos cheios de verdura 
Que avultado o prazer tanto melhora!
Só minha alma em fatal melancolia, 
Por te não poder ver, Nise adorada, 
Não sabe inda que coisa é alegria;
E a suavidade do prazer trocada 
Tanto mais aborrece a luz do dia, 
Quanto a sombra da noite mais lhe agrada. 
Na terceira estrofe, o pronome te refere-se a
a. alma.
b. melancolia.
c. Nise.
d. coisa.
e. alegria.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 34.
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01. IFG-GO
Observe os seguintes versos de Cora Coralina: “Meu grão, 
perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada”. O 
trecho do verso que está entre vírgulas apresenta a mesma 
função sintática registrada em
a. “Ó noite, ó minha nega acesa de letreiros”.
b. “Eu sou de três jeitos: alegre, triste e mofina”.
c. “Vem, morena, ouvir comigo esta cantiga”.
d. “Senhor, nada valho”.
e. “Ouça-me bem, amor. Preste atenção, o mundo é um 
moinho”.
02. IFG-GO
Leia a tira da Mafalda, de Quino, e responda à questão.
Disponível em: <http://www.50emais.com.br>. 
Acesso em: nov. 2014.
No primeiro e segundo quadrinhos, verifica-se o uso re-
petido da palavra que. Assinale a alternativa correta em rela-
ção ao uso do primeiro que, em “As pessoas esperam que o 
ano que está começando seja melhor que o anterior.”.
a. A palavra que introduz uma oração adverbial causal.
b. A palavra que introduz uma oração adjetiva explicativa.
c. A palavra que representa uma interjeição.
d. A palavra que introduz uma oração subordinada subs-
tantiva.
e. A palavra que representa uma partícula expletiva.
03. UNESP
Leia o trecho de Ópera dos mortos, de Autran Dourado, e 
responda à questão.
A gente Honório Cota
Quando o coronel João Capistrano Honório 
Cota mandou erguer o sobrado, tinha pouco mais 
de trinta anos. Mas já era homem sério de velho, 
reservado, cumpridor. Cuidava muito dos trajes, 
da sua aparência medida. O jaquetão de casimira 
inglesa, o colete de linho atravessado pela grossa 
corrente de ouro do relógio; a calça é que era como 
a de todos na cidade – de brim, a não ser em certas 
ocasiões (batizado, morte, casamento – então era 
parelho mesmo, por igual), mas sempre muito bem 
passada, o vinco perfeito. Dava gosto ver.
Módulo 4 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
O passo vagaroso de quem não tem pressa – o 
mundo podia esperar por ele, o peito magro estu-
fado, os gestos lentos, a voz pausada e grave, des-
cia a rua da Igreja cumprimentando cerimoniosa-
mente, nobremente, os que por ele passavam ou 
os que chegavam na janela muitas vezes só para 
vê-lo passar.
No início do segundo parágrafo, por ter na frase a mes-
ma função sintática que o vocábulo vagaroso com relação 
a passo, a oração “de quem não tem pressa” é considerada
a. coordenada sindética.
b. subordinada substantiva.
c. subordinada adjetiva.
d. coordenada assindética.
e. subordinada adverbial.
04. UCPel-RS
A oração destacada em “É verdade que eu, mais uma vez, 
errei o caminho, e por isso nos metemos numa enrascada 
ainda maior.” é
a. subordinada substantiva subjetiva.
b. subordinada substantiva objetiva direta.
c. subordinada substantiva predicativa.
d. subordinada adjetiva explicativa.
e. subordinada adjetiva restritiva.
05. Unicastelo-SP
Leia os quadrinhos e responda à questão.
A personagem, ao comentar seu relacionamento amoro-
so, utiliza-se de linguagem _____________ , organiza suas ideias de 
maneira _____________ e termina sua fala atribuindo sentido _____________ à 
expressão cinema catástrofe.
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Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-
mente, as lacunas do texto.
a. formal – discrepante – não literal
b. informal – atemporal – não literal
c. informal – gradativa – não literal
d. formal – comparativa – literal
e. informal – simultânea – literal
06. Unaerp-SP 
Leia o texto e responda à questão.
Luva para os pés
Um híbrido de sapatilha e meia de borracha dá 
a sensação de correr descalço. E os joelhos, como 
é que ficam? Não é exatamente um tênis, mas uma 
“luva para os pés”. Assim o fabricante defineo Five-
Fingers, um híbrido de sapatilha e meia de borracha 
adotado por um número crescente de corredores 
nos Estados Unidos e Europa. Como não tem amor-
tecedores, o FiveFingers proporciona a sensação de 
correr descalço. Coisa de natureba, seu uso vai con-
tra a principal corrente da medicina esportiva – e o 
marketing dela derivado –, segundo a qual quanto 
mais acolchoado for o tênis, menor é o dano para 
as articulações dos joelhos e dos pés. Os defensores 
do FiveFingers afirmam que o número de contusões 
se mantém inalterado desde os anos 1970, quando 
os primeiros tênis acolchoados chegaram ao merca-
do. Para completar, sacam de um estudo australiano 
que mostra que os calçados esportivos mais moder-
nos aumentam em até 4% o gasto de energia dos 
corredores. Ou seja, um atleta correndo descalço 
seria até mais rápido. Há atletas e atletas, claro. Em 
1960, durante a Olimpíada de Roma, o etíope Abebe 
Bikila, considerado o maior maratonista que já exis-
tiu, fez história ao bater o recorde mundial correndo 
descalço. Quatro anos depois, na maratona de Tó-
quio, calçava tênis (Puma). De novo, bateu o recorde 
e ganhou o ouro.
Veja, 9 set. 2009.
“Não é exatamente um tênis, mas uma ‘luva para os pés’.”
Assinale a alternativa que tem o mesmo valor sintático da 
amostra.
a. Comprei os ingressos para o teatro, mas os esqueci 
em casa.
b. Você pensa que sabe tudo, mas não sabe nada.
c. O foco do ensino a distância não é a tecnologia, mas o 
processo de aprendizagem.
d. O perigo maior era a velocidade dos carros, mas as mo-
tos também eram perigosas.
e. Ele preparou-se para responder, mas conteve-se.
07. IFAL
Leia o texto e responda à questão.
Morre Steve Jobs, fundador da Apple 
e revolucionário da tecnologia
À frente da empresa que criou, o executivo foi o 
responsável pelo lançamento de aparelhos que mudaram 
o mundo, como o iPad, o iPhone e o Macintosh.
O Estado de S. Paulo
CUPERTINO – Morreu, aos 56 anos, Steve Jobs, 
cofundador da Apple. Ele havia renunciado à presi-
dência da empresa em agosto, após 14 anos no co-
mando. “Estamos profundamente entristecidos com 
o anúncio de que Steve Jobs morreu hoje”, informou 
a empresa, em um pequeno comunicado. “O brilho, 
paixão e energia de Steve são fontes de inúmeras 
inovações que enriqueceram e melhoraram todas as 
nossas vidas. O mundo é imensuravelmente melhor 
por causa de Steve.”
Jobs foi responsável por lançamentos de equipa-
mentos que mudaram o mundo, como o Macintosh, 
o iPod, o iPhone e o iPad. Ele sofreu por anos de 
uma forma rara de câncer pancreático e passou por 
um transplante de fígado.
[...]
Em 2004, Jobs foi submetido a uma cirurgia para 
tratamento de câncer no pâncreas. Cinco anos mais 
tarde, precisou realizar um transplante de fígado. Os 
dois procedimentos são complicadíssimos e de ele-
vado risco para a vida do paciente.
Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/
negocios%20tecnologa,morre-steve-jobs-fundador-da-apple-e-
revolucionario-da-tecnologia,87094,0.htm>. Acesso em: out. 2011.
Fazendo-se uma análise sintática do título da notícia, 
“Morre Steve Jobs, fundador da Apple e revolucionário da tec-
nologia”, é correto afirmar que Steve Jobs é
a. objeto direto.
b. sujeito simples.
c. aposto.
d. sujeito composto.
e. objeto indireto.
08. Unaerp-SP 
Leia o texto e responda à questão.
A ideia de que o sangue é responsável pela 
transmissão hereditária sempre acompanhou a 
humanidade. Há mais de 40 anos, sempre que te-
nho oportunidade, pergunto a pessoas com pouca 
escolaridade: – Como você acha que os caracteres 
hereditários são transmitidos dos pais para os filhos? 
A resposta “pelo sangue” apresenta uma porcen-
tagem entre 30 e 40%. Aos que respondem não 
saber, pergunto a seguir: – Você acha que é pelo 
sangue? A resposta afirmativa, então, chega a qua-
se 100%. Pelo menos era assim até bem pouco 
tempo, porque agora, quando pergunto, a maioria 
das pessoas responde: – Pelo DNA. Embora as pes-
soas geralmente não saibam o que é DNA e nem 
onde ele está, elas agora sabem que o DNA traz 
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informações relativas à paternidade. Devido às in-
formações e às discussões mantidas pela mídia, o 
DNA tornou-se mais conhecido, embora a expres-
são “sangue do meu sangue”, quando alguns pais 
se referem aos filhos, continue comum. Ainda não 
ouvi alguém dizer: – DNA do meu DNA.
Fábio de Melo Sene, Cada caso, um caso... puro acaso.
De acordo com o texto,
a. alguns hábitos de linguagem se mantêm, mesmo 
após terem sido desqualificados por alguma revisão 
de conceitos.
b. algumas expressões são conservadas ao longo do 
tempo devido às constantes descobertas da ciência, 
que apresentam novos conceitos à sociedade.
c. certas expressões comuns na linguagem popu-
lar tornam-se constantemente obsoletas, sendo 
substituídas pelos jargões científicos, gerados a 
partir de nomenclaturas específicas e não mais 
genéricas.
d. os usuários da língua esforçam-se por manter o voca-
bulário típico de sua tradição cultural, ainda que no-
vas nomenclaturas substituam expressões de ideias 
equivocadas.
e. novos conceitos podem modificar hábitos linguísti-
cos, mas não de uma maneira gradual, pois a partir da 
publicação de uma descoberta, as palavras que defi-
nem esses conceitos serão outras.
09. PUCCamp-SP
Leia o texto de Percival de Lima e Souto e responda à 
questão.
Lembrando e pensando a TV
Houve um tempo em que a TV – acreditem, ó 
jovens! – ainda não existia. Ouvia-se rádio, ia-se 
ao cinema. Mas um dia chegou às casas das pes-
soas um aparelho com o som vivo do rádio aco-
plado a vivas imagens, diferentes das do cinema, 
imagens chegadas de algum lugar do presente, 
“ao vivo”. Logo saberíamos que todas as imagens 
do mundo, inclusive os filmes do cinema, pode-
riam estar ao nosso alcance, naquela telinha da 
sala. Modificaram-se os hábitos das famílias, seus 
horários, sua disponibilidade, seus valores. A TV 
chegou para reinar.
A variedade da programação já indicava o 
amplo alcance do novo veículo: notícias, repor-
tagens, musicais, desenhos animados, filmes, pro-
pagandas, seriados, esportes, programas humo-
rísticos, peças de teatro – tudo desfilava ali, diante 
dos nossos olhos, ainda no tubo comandado por 
grandes válvulas e com imagem em preto e bran-
co. Boa parte dos primeiros aparelhos de TV ti-
nham telas de 16 a 21 polegadas, acondicionadas 
numa enorme e pesada caixa de madeira. Havia 
uns três ou quatro canais, com alcance bastante 
limitado e programação restrita a cinco ou seis 
horas por dia. Mais tarde, as transmissões pas-
sariam a ser via satélite e ocupariam as 24 horas 
do dia.
Os custos da programação eram pagos pela 
publicidade, que tomava boa parte do tempo de 
transmissão. Vendia-se de tudo, de automóveis a 
margarina, de xaropes para tosse a apartamentos. 
Filmetes gravados e propagandas ao vivo sucediam-
-se e misturavam-se a notícias sobre exploração 
espacial, enquanto documentários estrangeiros fala-
vam da Revolução Russa, da II Guerra, do nazismo 
e do fascismo, das convicções pacifistas de Ghandi, 
das ideias do físico Einstein sobre a criação e a le-
gitimação da ONU etc. etc. Já as incursões históri-
cas propiciadas pelos filmes nos levavam ao tempo 
de Moisés e do Egito Antigo, ao Império Romano 
e ao advento do cristianismo, tudo entremeando-se 
ao humor de Chaplin, às caretas de Jerry Lewis e 
às trapalhadas das primeiras comédias nacionais 
do gênero chanchada. Houve também o tempo em 
que as famílias se agrupariam diante dos festivais da 
canção, torcendo por músicas de protesto, baladas 
românticas ou de ritmos populares “de raiz”. Enfim, 
a TV oferecia a um público extasiado um espetáculo 
variadíssimo, tudo nas poucas polegadas do apare-
lho, que não tardou a incorporar outrasmedidas, ou-
tros sistemas de funcionamento, projeção em cores 
e controle remoto.
As telas de plasma, o processo digital e a interfa-
ce com a informática foram dotando a TV de mui-
tos outros recursos, até que, bem mais tarde, tivesse 
que enfrentar a concorrência de outras telas, muito 
menores, portáteis, disponíveis nos celulares, carre-
gados de aplicativos e serviços. Apesar disso, nada 
indica que a curto prazo desapareçam da casa os 
aparelhos de TV, enriquecidos agora por incontáveis 
dispositivos.
No plano da cultura e da educação, a televisão 
teve e tem papel importante. Os telecursos propi-
ciam informação escolar específica nas áreas de 
Matemática, Física, História, Química, Língua e 
Literatura, fazendo as vezes da educação formal 
por meio de incontáveis dispositivos pedagógicos, 
inclusive a dramatização de conteúdos. Aqui e ali 
há entrevistas com artistas, políticos, pensadores 
e personalidades várias, atualizando ideias e pro-
movendo seu debate. No campo da política, é re-
levante, às vezes decisivo, o papel que a TV tem 
na formação da opinião pública. A ecologia conta, 
também, com razoável cobertura, informando, por 
exemplo, sobre os benefícios da reciclagem de lixo, 
da cultura de produtos orgânicos e da energia solar.
Seja como forma de entretenimento, veículo 
de informação, indução aos debates e repercussão 
atualizada dos grandes temas de interesse social, 
a TV vem garantindo seu espaço junto a bilhões 
de pessoas no mundo todo. Por meio dela, acom-
panhamos ao vivo momentos agudos da política 
internacional, a divulgação de um novo plano eco-
nômico do governo, a escalada da violência urbana. 
Ao toque de uma tecla do controle remoto, você 
pode se transferir, aleatoriamente, do palco de um 
ataque terrorista para o final meloso de uma comé-
dia romântica.
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Numa espécie de espelhamento multiplicativo e 
fragmentário da nossa vida e dos poderes da nossa 
imaginação, a TV vem acompanhando os passos 
da vida moderna e ditando, mesmo, alguns deles, 
sem dar sinal de que deixará tão cedo de nos fazer 
companhia.
É apropriado o comentário na alternativa:
a. O segmento “[...] um aparelho com o som vivo do rádio 
acoplado a vivas imagens [...]” exerce na frase a fun-
ção de objeto direto.
b. Em “Apesar disso, nada indica que a curto prazo 
desapareçam da casa os aparelhos de TV [...]”, o 
segmento destacado pode ser substituído pela ex-
pressão “Em virtude disso”, sem prejuízo do senti-
do original.
c. Em “[...] a televisão teve e tem papel importante.”, a 
colocação de um travessão depois da palavra teve não 
afeta a correção da frase.
d. Em “[...] não tardou a incorporar outras medidas, 
outros sistemas de funcionamento [...]”, o último 
segmento constitui reformulação do que se indica 
em destaque.
e. Em “[...] sem dar sinal de que deixará tão cedo de nos 
fazer companhia.”, o segmento destacado exerce a 
função de complemento nominal.
10. Unaerp-SP 
Leia o texto e responda à questão.
O animal soltou novamente o seu clamor aflito. 
Cauteloso, o vaqueiro avançou um passo. E de súbi-
to em três pancadas secas, rápidas, o seu cacete de 
jucá zuniu; a cabra entonteou, amunhecou, e caiu 
em cheio por terra.
Disponível em: <http://minhateca.com.br/monicamartins_sousa/ 
O+Quinze-Rachel+de+Queiroz,12776753.pdf>. 
Acesso em: dez. 2014.
A análise do vocabulário e das construções linguísticas do 
trecho do romance O Quinze, de Rachel de Queiroz, nos pos-
sibilita reconhecer que a autora utilizou a linguagem do tipo
a. padrão, com vocabulário rebuscado e de difícil com-
preensão.
b. regionalista, cujo vocabulário é próprio de pessoas de 
determinada região.
c. gíria, pois usa expressões modernas criadas por 
pessoas de determinado lugar.
d. literária, com construções sintáticas inovadoras, pró-
prias dos escritores e poetas.
e. coloquial, pois a compreensão depende de a pessoa 
pertencer a determinado grupo.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 34.
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01. VUNESP
Em “Não jogava as pernas para os lados nem as trazia 
abertas, esticava-as feito medisse os passos, quebrando os 
joelhos em reto.”, verifica-se que a palavra destacada é em-
pregada como
a. advérbio.
b. verbo.
c. substantivo.
d. adjetivo.
e. conjunção.
02. UFRN
Dependendo do sentido que um contexto específico se-
leciona para determinada palavra, sua classe gramatical pode 
variar. Assim, no trecho “Até a Alemanha estuda uma medida 
parecida.", a palavra destacada atua como um(a)
a. artigo.
b. advérbio.
c. interjeição.
d. preposição.
Leia o texto e responda às questões 03 e 04.
Rotular para descartar
Um dos meus assombros infantis: qual a verdade 
de cada pessoa, aquelas que me rodeavam numa casa 
geralmente alegre, as figuras cotidianas da família?
Eu descobrira que nem sempre dizia o que pen-
sava: e os demais?
Uma de minhas perplexidades adultas: por que 
nos afastamos da verdade, se é que sabemos qual a 
nossa verdade? Por que tantos amores, amizades e 
até relações no trabalho começam com fervor e de 
repente – ou lenta e insidiosamente – se transfor-
mam em indiferença, irritação, até crueldade?
Ninguém se casa, tem filho, assume um trabalho 
ou começa uma amizade querendo que saia tudo er-
rado. Quantas vezes, porém, depois de algum tem-
po, trilhamos uma estrada de desencontro?
No mais trivial comentário, por que, em lugar de 
olhar para o outro, a gente tem tanta facilidade em ro-
tular, discriminando, marcando a ferro e fogo o colega, 
amigo, vizinho, amado ou amada, até mesmo o rival?
Humilhamos até sem pensar: “burro, arrogante, 
falso, preguiçoso, mentiroso, omisso, desleal, vulgar, 
gordo, magrela, baixinho, pigmeu, girafa, vesgo, gay.”
Parece que não convivemos com pessoas: con-
vivemos com imagens rotuladas pela nossa nada 
generosa fantasia.
[...]
Acordamos com raiva de tudo e todos, pelo menos 
com um imenso desdém pelo que nos cerca. “Sujeito 
metido a besta, cidadezinha sem graça, curso fraco, 
professor ultrapassado, aluno medíocre, emprego de 
quinta, cantor desafinado, empresário falido”, ou, na 
imprensa: “mulher, aposentado, idoso”.
Módulo 5 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
[...]
Não vemos gente ao nosso redor, vemos etiquetas. 
Difícil, assim, sentir-se acompanhado; difícil, desse jei-
to, amar e ser estimado. Vivemos como ilhotas sem 
viagens nem pontes, olhar rápido e superficial, o julga-
mento à mão como um lenço de papel.
Todos sozinhos, isolados em nossas gavetas con-
ceituais nada positivas. Não admira que a gente sinta 
medo; solidão; raiva; mesmo que imprecisa, nem sabe-
mos do quê ou de quem; susto; desespero; pressa em 
criticar para não ser criticado.
Atacamos antes que nos ataquem, como se o ou-
tro fosse uma ameaça, não possiblidades de encontro 
e descoberta, e até alegria.
Não precisávamos ser anjos, mas um pouco mais 
humanos, isso sim.
LUFT, Lya. Em outras palavras. Rio de Janeiro: Record, 2006.
03. IFMT
Sobre os elementos de coesão e construção de sentido, 
considere as afirmações e assinale a alternativa correta
I. No primeiro parágrafo, o pronome demonstrativo aque-
las estabelece um distanciamento temporal e físico 
entre a autora e as pessoas a que ela faz referência.
II. No trecho“[...] por que nos afastamos da verdade, se 
é que sabemos qual a nossa verdade?”, o conectivo 
destacado estabelece relação de concessão.
III. O elemento porém conecta os dois períodos que cons-
tituem o quarto parágrafo, estabelecendo entre eles 
relação de adversidade.
IV. No último parágrafo,o pronome demonstrativo isso 
sintetiza as ideias apresentadas no penúltimo e últi-
mo parágrafos.
Está correto o que se afirma apenas em:
a. Somente I e III estão corretas.
b. Somente I e II estão corretas.
c. Somente III e IV estão corretas.
d. Somente I e IV estão corretas.
e. Somente II e III estão corretas.
04. IFMT
Não ocorreria prejuízo de sentido se, no trecho “Por que 
tantos amores, amizades e até relações no trabalho come-
çam com fervor e de repente – ou lenta e insidiosamente 
[...]”, a palavra destacada fosse substituída pelo sinônimo
a. concomitantemente.
b. gradativamente.
c. repentinamente.
d. exclusivamente.
e. traiçoeiramente.
05. Urca-CE
No trecho “[...] experimentando sucessivamente as im-
pressões diferentes que as duas lhe davam [...]”, o termo des-
tacado exerce a função sintática de
a. sujeito.
b. complemento nominal.
c. objeto direto.
d. vocativo.
e. objeto indireto.
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06. IFAL
Leia o texto e responda à questão.
Pra mim brincar
Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito 
de verbo no infinitivo. Pra mim brincar. As cariocas 
que não sabem gramática falam assim. Todos os bra-
sileiros deviam de querer falar como as cariocas que 
não sabem gramática.
– As palavras mais feias da língua portuguesa são 
quiçá, alhures e miúde.
BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org. Emanuel 
de Moraes. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.
As palavras quiçá, alhures e miúde, morfologicamente, 
pertencem à classe gramatical
a. verbo.
b. substantivo.
c. adjetivo.
d. conjunção.
e. advérbio.
07. CPS-SP
Leia o texto e responda à questão.
Disponível em: <http://tinyurl.com/hv2r4hp>.Acesso em: set. 2016.
As palavras sete, fome e colabore, em destaque no car-
taz, podem ser classificadas, correta e respectivamente, nas 
classes gramaticais
a. artigo, substantivo e adjetivo.
b. artigo, adjetivo e substantivo.
c. numeral, preposição e verbo.
d. numeral, advérbio e conjunção.
e. numeral, substantivo e verbo.
Leia o texto e responda às questões 08 e 09.
O grito
Quadro que fundou o Expressionismo nasceu de um 
ataque de pânico
Edvard Munch nasceu em 1863, mesmo ano 
em que O piquenique no bosque, de Édouard Manet, 
era exposto no Salão dos Rejeitados, chamando a 
atenção para um movimento que nem nome tinha 
ainda. Era o Impressionismo, superando séculos de 
pintura acadêmica. Os impressionistas deixaram o 
realismo para a fotografia e se focaram no que ela 
não podia mostrar: as sensações, a parte subjetiva 
do que se vê.
Crescendo durante essa revolução, Munch – 
que, aliás, também seria fotógrafo – achava a lin-
guagem dos impressionistas superficial e científica, 
discreta demais para expressar o que sentia. E ele 
sentia: Munch tinha uma história familiar trágica: 
perdeu a mãe e uma irmã na infância, teve outra 
irmã que passou a vida em asilos psiquiátricos. 
Tornou-se artista sob forte oposição do pai, que 
morreria quando Munch tinha 25 anos e o deixa-
ria na pobreza. O artista sempre viveu na boemia, 
entre bebedeiras, brigas e romances passageiros, 
tornando-se amigo do filósofo niilista Hans Jaeger, 
que acreditava que o suicídio era a forma máxima 
da libertação.
Fruto de suas obsessões, O grito não foi seu pri-
meiro quadro, mas o que o tornaria célebre. A ins-
piração veio do que parece ter sido um ataque de 
pânico, que ele escreveu em seu diário, pouco mais 
de um ano antes do quadro: “Estava andando por 
um caminho com dois amigos – o sol estava se pon-
do – quando, de repente, o sol tornou-se vermelho 
como o sangue. Eu parei, sentindo-me exausto, e 
me encostei na cerca – havia sangue e línguas de 
fogo sobre o fiorde negro e a cidade. Meus amigos 
continuaram andando, e eu fiquei lá, tremendo de 
ansiedade – e senti um grito infinito atravessando 
a natureza”.
Ali nasceria um novo movimento artístico. O 
grito seria a pedra fundadora do Expressionismo, 
a principal vanguarda alemã dos anos 1910 aos 
1930.
08. UECE
Sobre o advérbio ali (destacado no texto), é correto afir-
mar que indica
a. um lugar distante da pessoa que fala.
b. um lugar diferente do lugar da pessoa que fala.
c. naquele ato, naquelas circunstâncias, naquela con-
juntura.
d. hora, aquele momento.
09. UECE
Sobre o sintagma O grito, considere as afirmações e assi-
nale a alternativa correta.
I. No terceiro parágrafo, introduz o referente do quadro 
O grito.
II. Esse sintagma é retomado indiretamente pelo sintag-
ma “A inspiração” (terceiro parágrafo).
III. O advérbio ali aponta para o sintagma O grito (a seguir, 
no mesmo parágrafo).
a. Somente I e III estão corretas.
b. Somente II e III estão corretas.
c. I, II e III estão corretas.
d. Somente I e II estão corretas.
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10. UECE
O texto a seguir é um excerto retirado do primeiro pará-
grafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. 
Guzzo, que trata da corrupção na política.
Um dos aspectos menos atraentes da persona-
lidade humana é a tendência de muitas pessoas de 
só condenar os vícios que não praticam, ou pelos 
quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não 
fuma, não bebe e não joga, por exemplo, é frequen-
temente a voz que mais grita contra o cigarro, a be-
bida e os cassinos, mas fecha a boca, os ouvidos 
e os olhos, como os três prudentes macaquinhos 
orientais, quando o assunto é honestidade no pa-
gamento de dívidas pessoais. É a velha história: o 
mal está sempre na alma dos outros. Pode até ser 
verdade, infelizmente, quando se trata da política 
brasileira, em que continua valendo, mais do que 
nunca, a máxima popular do “pega um, pega geral”.
Veja, 21 ago. 2013. 
Sobre alguns dos elementos do texto, considere as afir-
mações e assinale a alternativa correta.
I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frá-
sicos (aqueles advérbios que modificam um elemento 
da frase, como em “Ele correu muito.”) dos advérbios 
extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão 
no âmbito da enunciação, como em “Ele, naturalmente, 
passou de primeira, não foi?”). Esse segundo grupo 
congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam 
uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo 
enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frá-
sico: sempre; e um advérbio extrafrásico: infelizmente.
II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orien-
tais“, o artigo definido os confere a “três macaqui-
nhos orientais” o status de informação conhecida.
III. O texto, embora constitua apenas um excerto do pa-
rágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica ca-
nônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento 
e conclusão.
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente II e III estão corretas.
c. I, II e III estão corretas.
d. Somente II está correta.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 34.
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01. Insper-SP
Na passagem “O assunto é tão candente que, em 
2005, o deputado João Herrmann Neto [...] propôs abolir 
esse acento”, o termo destacado, em sentido denotativo, 
significa
a. ardente.
b. polêmico.
c. urgente.
d. efêmero.
e. obscuro.
02. UEMA
No fragmento a seguir, há ocorrência de um recurso lin-
guístico que aproxima sensações de planos sensoriais dife-
rentes, conhecido como sinestesia.
Ele entrou no seu passo macio, sem ruído, não 
chegavaa ser felino: apenas um andar discreto. Polido.
– Rodolfo! Onde está você?... Dormindo? – per-
guntou quando me viu levantar da poltrona e vestir 
a camisa. Baixou o tom de voz. – Está sozinho?
O trecho que apresenta recurso sinestésico, a exemplo 
do fragmento apresentado,
a. “A vaia amarela dos papagaios/ rompe o silêncio da 
despedida.” (Carlos Drummond de Andrade).
b. “Duro é o pão que nós comemos. Dura é a cama que 
dormimos.” (Carolina Maria de Jesus). 
c. “O cabelo louro, a pele bronzeada de sol, as mãos de 
estátua.” (Lygia Fagundes Telles). 
d. “– Eu durmi. E tive um sonho maravilhoso. Sonhei que 
eu era um anjo.” (Carolina Maria de Jesus).
e. “No meio do caminho tinha uma pedra [...]” (Carlos 
Drummond de Andrade).
03. ESCS-DF
Leia o fragmento de poema e responda à questão.
O livro e a América
Talhado para as grandezas,
Pra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir.
 – Estatuário de colossos – 
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
“Vai, Colombo, abre a cortina
Da minha eterna oficina...
Tira a América de lá”.
[...]
Por uma fatalidade
Dessas que descem de além,
O sec’lo que viu Colombo
Viu Gutenberg também.
Quando no tosco estaleiro
Da Alemanha o velho obreiro
Módulo 6 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
A ave da imprensa gerou...
O Genovês salta os mares...
Busca um ninho entre os palmares
E a pátria da imprensa achou...
Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar.
ALVES, Castro. Espumas flutuantes. Cotia: 
Ateliê Editorial, 2005.
Nos dois versos finais do fragmento apresentado, as me-
táforas construídas em orações paralelas expressam a ideia 
de que
a. as noções de leitura e germinação são contraditórias, 
mas, ironicamente, aproximam-se.
b. o livro, ao mesmo tempo, traz o princípio de um pensa-
mento e provoca outras ideias.
c. a leitura deve ser feita com base em regras estabeleci-
das pelas autoridades eclesiásticas.
d. os livros, se lidos sem orientação, podem resultar em 
esforço vão.
04. Fuvest-SP
Leia os trechos de Memórias póstumas de Brás Cubas, de 
Machado de Assis, e responda à questão.
Capítulo CVII
Bilhete
Não houve nada, mas ele suspeita alguma cousa; 
está muito sério e não fala; agora saiu. Sorriu uma 
vez somente, para Nhonhô, depois de o fitar muito 
tempo, carrancudo. Não me tratou mal nem bem. 
Não sei o que vai acontecer; Deus queira que isto 
passe. Muita cautela, por ora, muita cautela.
Capítulo CVIII 
Que se não entende 
 Eis aí o drama, eis aí a ponta da orelha trá-
gica de Shakespeare. Esse retalhinho de papel, 
garatujado em partes, machucado das mãos, era 
um documento de análise, que eu não farei nes-
te capítulo, nem no outro, nem talvez em todo o 
resto do livro. Poderia eu tirar ao leitor o gosto 
de notar por si mesmo a frieza, a perspicácia e o 
ânimo dessas poucas linhas traçadas à pressa; e 
por trás delas a tempestade de outro cérebro, a 
raiva dissimulada, o desespero que se constrange 
e medita, porque tem de resolver-se na lama, ou 
no sangue, ou nas lágrimas?
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Ao comentar o bilhete de Virgília, o narrador se vale, prin-
cipalmente, do seguinte recurso retórico:
a. hipérbato: transposição ou inversão da ordem natural 
das palavras de uma oração, para efeito estilístico.
b. hipérbole: ênfase expressiva resultante do exagero da 
significação linguística.
c. preterição: figura pela qual se finge não querer falar de 
coisas sobre as quais se está, todavia, falando.
d. sinédoque: figura que consiste em tomar a parte pelo 
todo, o todo pela parte; o gênero pela espécie, a es-
pécie pelo gênero; o singular pelo plural, o plural pelo 
singular etc.
e. eufemismo: palavra, locução ou acepção mais agradá-
vel, empregada em lugar de outra menos agradável ou 
grosseira.
05. FGV-SP
Leia o texto e responda à questão.
Documento
Encontro um caderno antigo, de adolescente. 
E, em vez das simples anotações que seriam pre-
ciosas como documento, descubro que eu só fazia 
literatura! Afinal, quando é que um adolescente já 
foi natural? E, folheando aquelas velhas páginas, 
vejo, compungido, como as comparações cadu-
cam. Até as imagens morrem, dizia Brás Cubas. 
Quero crer que caduquem apenas. Eis aqui uma 
amostra daquele “diário”:
“Era tal qual uma noite de tela cinematográfi-
ca. Silenciosa, parada, de um suave azul de tinta 
de escrever. O perfil escuro das árvores recor-
tava-se cuidadosamente naquela imprimadura 
unida, igual, que estrelinhas azuis picotavam. Os 
bangalôs dormiam. Uma? Duas? Três horas da 
madrugada? Nem a lua sequer o sabia. A lua, re-
lógio parado...”
Pois vocês já viram que mundo de coisas per-
didas?! O cinema não é mais silencioso. Não se 
usa mais tinta de escrever. Não se usam mais 
bangalôs.
E ninguém mais se atreve a invocar a lua depois 
que os astronautas se invocaram com ela.
QUINTANA, Mário. Na volta da esquina. 
Porto Alegre: Globo, 1979.
Vocabulário
Imprimadura: s.f. art. plást. 1 ato ou efeito de imprimar ; 
1.1 primeira demão de tinta em tela, madeira etc.
No trecho “Nem a lua sequer o sabia. A lua, relógio para-
do...”, podem ser identificadas, na ordem em que aparecem, 
as seguintes figuras de linguagem:
a. metáfora e inversão.
b. personificação e elipse.
c. metonímia e silepse.
d. hipérbole e anacoluto.
e. sinédoque e pleonasmo.
06. UPF-RS
Leia o texto e responda à questão.
Disponível em: <https://temporalcerebral.com.br/melhores-campanhas-
publicitarias-2017-1/>. Acesso em: ago. 2018. Adaptado.
As figuras de linguagem e de pensamento são recursos 
ou estratégias que podem ser aplicados ao texto. Tendo por 
base a campanha publicitária apresentada e os enunciados 
“Cintos são para serem vestidos, não temidos.” e “Não há des-
culpas para os maus-tratos contra as crianças.”, é correto o 
que se afirma em:
a. A referência aos “maus-tratos contra as crianças” e 
a utilização de uma cinta para associar essa ideia 
à de um cão feroz constitui uma prosopopeia, ou 
personificação, que consiste na atribuição de ca-
racterísticas humanas a seres irracionais ou coi-
sas inanimadas.
b. A oposição entre os verbos vestir (vestidos) e temer 
(temidos) constitui um paradoxo, que coloca em cir-
culação ideias contrárias entre si.
c. O uso da palavra desculpa caracteriza uma ironia, 
pois está expressando uma ideia diferente ou contrá-
ria àquela originalmente posta, uma vez que a cam-
panha não faz referência à ação de desculpar-se ou 
de ser perdoado.
d. A utilização da imagem do cão constitui uma com-
paração, eis que compara elementos diferentes que 
apresentam uma característica em comum: o cão e a 
violência contra as crianças.
e. O uso da expressão maus-tratos pode ser conside-
rado um eufemismo, pois, dada a natureza forte da 
publicidade, essa escolha suaviza um discurso mais 
chocante, que poderia ter palavras como agressões 
ou violência.
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07. UNESP
Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasi-
leiro Marcelo Gleiser, e responda à questão.
Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua 
própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias 
realmente (ou potencialmente) revolucionárias, 
muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não 
acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre 
enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à 
opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas 
preferem a segundaopção. O mundo está cheio de 
poemas e teorias escondidos no porão.
Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relu-
tantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem 
que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao 
mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias 
não fossem difundidas, possivelmente com medo de 
críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou 
o Sol de volta no centro do Universo, motivado por 
razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de 
Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movi-
mento circular uniforme aos corpos celestes, Copér-
nico propôs que o equante fosse abandonado e que 
o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar 
fazer com que o Universo se adaptasse às ideias pla-
tônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a 
doutrina do fogo central, que levou ao modelo helio-
cêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.
Seu pensamento reflete o desejo de reformular 
as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para 
voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem 
dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais 
poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, 
estaria criando uma nova visão cósmica, que abri-
ria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o su-
ficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico 
decerto teria odiado a revolução que involuntaria-
mente causou.
Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno traba-
lho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus 
(Pequeno comentário). Embora na época fosse rela-
tivamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico 
decidiu não publicar seu texto, enviando apenas al-
gumas cópias para uma audiência seleta. Ele acredi-
tava piamente no ideal pitagórico de discrição; ape-
nas aqueles que eram iniciados nas complicações da 
matemática aplicada à astronomia tinham permis-
são para compartilhar sua sabedoria. Certamente 
essa posição elitista era muito peculiar, vinda de al-
guém que fora educado durante anos dentro da tra-
dição humanista italiana. Será que Copérnico estava 
tentando sentir o clima intelectual da época, para 
ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? 
Será que ele não acreditava muito nas suas próprias 
ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crí-
tica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pi-
tagóricos que realmente não tinha o menor interesse 
em tornar populares suas ideias? As razões que pos-
sam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, 
um ponto de discussão entre os especialistas.
Em “Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário con-
servador.”, a expressão destacada constitui um exemplo de
a. eufemismo.
b. pleonasmo.
c. hipérbole.
d. metonímia.
e. paradoxo.
Leia os poemas e responda às questões 08 e 09.
Sonetilho do falso Fernando Pessoa
Onde nasci, morri.
Onde morri, existo.
E das peles que visto
muitas há que não vi.
Sem mim como sem ti
posso durar. Desisto
de tudo quanto é misto
e que odiei ou senti.
Nem Fausto nem Mefisto,
à deusa que se ri
deste nosso oaristo,
eis-me a dizer: assisto
além, nenhum, aqui,
mas não sou eu, nem isto.
Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma.
Vocabulário
Oaristo: conversa íntima entre casais.
Ulisses
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo – 
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
Fernando Pessoa, Mensagem. 
08. Fuvest-SP
O oxímoro é uma “figura em que se combinam palavras 
de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas 
que, no contexto, reforçam a expressão” (HOUAISS, 2001). No 
poema “Sonetilho do falso Fernando Pessoa”, o emprego des-
sa figura de linguagem ocorre em:
a. “Onde morri, existo.”.
b. “E das peles que visto/ muitas há que não vi.”.
c. “Desisto/ de tudo quanto é misto/ e que odiei ou senti.”.
d. “à deusa que se ri/ deste nosso oaristo.”.
e. “mas não sou eu, nem isto”.
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09. Fuvest-SP
Considerando os poemas, assinale a alternativa correta.
a. As noções de que a identidade do poeta independe de 
sua existência biográfica, no “Sonetilho”, e de que o 
mito se perpetua para além da vida, em “Ulisses”, pro-
duzem uma analogia entre os poemas.
b. As referências a Mefisto (diabo, na lenda alemã de 
Fausto) e a Deus no “Sonetilho” e em “Ulisses”, res-
pectivamente, associadas ao polo de opostos “mor-
te” e “vida”, revelam uma perspectiva cristã comum 
aos poemas.
c. O resgate da forma clássica, no “Sonetilho”, e a refe-
rência à primeira pessoa do plural, em Ulisses, deno-
tam um mesmo espírito agregador e comunitário.
d. O eu lírico de cada poema se identifica, respectiva-
mente, com seus títulos. No poema de Drummond, 
trata-se de alguém referido como “falso Fernando Pes-
soa”, já no poema de Pessoa, o eu lírico é “Ulisses”.
e. Os versos “As coisas tangíveis/ tornam-se insensí-
veis/ à palma da mão./ Mas as coisas findas,/ muito 
mais que lindas,/ essas ficarão”, de outro poema de 
Claro enigma, sugerem uma relação de contraste com 
os poemas citados.
10. UECE
Leia o poema de Jorge de Lima e responda à questão.
Mulher proletária
Mulher proletária – única fábrica
que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas,
salvar o teu proprietário.
Analisando o verso “forneces braços para o senhor bur-
guês”, a figura de linguagem que aí se destaca é a
a. catacrese, uma vez que, como não há um termo es-
pecífico para o poeta expressar, de forma adequada, 
a ideia de fornecer filhos, ele se utiliza da expressão 
“fornecer braços”, lógica semelhante ao que se costu-
ma usar em termos como “braços da cadeira”.
b. a metonímia, tendo em vista que o termo braços 
mantém com o termo filhos uma relação de contigui-
dade da parte pelo todo para o poeta destacar que o 
que mulher proletária fabrica é só uma parte do seu 
rebento, os braços, utilizados para proveito da ati-
vidade capitalista, e não filhos, na sua completude 
como seres humanos, para estabelecer com estes 
uma relação afetiva.
c. a hipérbole, já que o verso quer enfatizar a ideia de 
exagero de alguém fornecer inúmeros braços para o 
trabalho da indústria mercantil.
d. a prosopopeia, pois o poeta está personificando a má-
quina como se fosse uma mulher produtora de filhos.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 34.
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01. VUNESP
Leia o fragmento de poema de Catulo da Paixão Cearense 
e responda à questão.
Um papagaio, surpreso
de ver o grande desprezo,
do Azulão, que os desprezava,
um dia em que ele cantava
e um bando de tico-ticos
numa algazarra o vaiava,
lhe perguntou: “Azulão,
olha, diz-me a razão
por que, quando estás cantando
e recebes uma vaia
desses garotos joviais,
tu continuas gorgeando
e cada vez canta mais?!”
Na fala do papagaio, uma das formas verbais não apre-
senta, como deveria, flexão correspondente à mesma pessoa 
gramatical das demais. Trata-se de
a. continuas.
b. dize.
c. canta.
d. recebes.
e. estás.
02. UEPG-PR
Leia o texto e responda à questão.
À imprensa, Ayrault afirmou que não há planos 
para derrubar a proibição do véu e que o pedido do 
relatório não faz parte de suas conclusõespolíticas 
de governo.
Revista Carta na Escola, fev. 2014, n. 83, Editora Confiança, Coluna Mosaico.
O parágrafo citado inicia-se com à, que é uma combina-
ção da preposição a mais artigo “a”, e por essa razão recebe a 
crase. Quanto ao emprego da crase, considere as afirmações 
e faça a soma das corretas.
01. Não se pode julgar à pessoa pelos costumes diferen-
tes que adota no seu cotidiano.
02. O primeiro-ministro referiu-se às medidas adotadas 
pelo governo francês.
04. O governo francês atual resiste às mudanças no que 
diz respeito à integração dos imigrantes.
08. O debate instaurou-se entre os interessados na inte-
gração dos imigrantes, mesmo à revelia dos políticos 
mais resistentes a essa abertura.
16. Em relação à segregação, há uma campanha nacio-
nal para combater esse mal.
03. UFPE
Conforme as regras da concordância verbal, a alternativa 
em que o enunciado está corretamente redigido é:
Módulo 7 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a. Poderiam haver outros sinais de que estamos mais cons-
cientes da necessidade de cuidar do meio ambiente.
b. Outros sinais existe de que estamos mais conscientes 
da necessidade de cuidar do meio ambiente.
c. Que outros sinais haveriam de que estamos mais 
conscientes da necessidade de cuidar do meio 
ambiente?
d. Que outros sinais haveriam de ter surgido com relação 
ao fato de que estamos mais conscientes da necessi-
dade de cuidar do meio ambiente? 
e. Foi mostrado amplamente alguns sinais de que esta-
mos mais conscientes da necessidade de cuidar do 
meio ambiente.
04. Fuvest-SP
Leia o trecho de Til, de José de Alencar, e responda à 
questão.
Tornando da malograda espera do tigre, al-
cançou o capanga um casal de velhinhos, que 
seguiam diante dele o mesmo caminho, e conver-
savam acerca de seus negócios particulares. Das 
poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 
que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo 
quanto possuíam, à compra de mantimentos, a 
fim de fazer um moquirão, com que pretendiam 
abrir uma boa roça.
— Mas chegará, homem? perguntou a velha.
— Há de se espichar bem, mulher!
Uma voz os interrompeu:
— Por este preço dou eu conta da roça!
— Ah! É nhô Jão!
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem 
tinham por homem de palavra, e de fazer o que 
prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e fo-
ram mostrar o lugar que estava destinado para 
o roçado.
Acompanhou-os Jão Fera; porém, mal seus olhos 
descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele 
esquecera um momento no afã de ganhar a soma 
precisa, que sem mais deu costas ao par de velhi-
nhos e foi-se deixando-os embasbacados.
Vocabulário
Moquirão: multirão (mobilização coletiva para auxílio mú-
tuo, de caráter gratuito).
Sobre os diferentes elementos linguísticos presentes 
no texto, considere as afirmações e assinale a alternativa 
correta.
I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos”, o 
contexto permite indentificar qual é o sujeito, mesmo 
este estando posposto.
II. O verbo destacado no trecho“que seguiam diante dele 
o mesmo caminho” poderia estar no singular sem pre-
juizo para a correção gramatical.
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III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil 
réis”, pode-se apontar um uso informal do pronome 
pessoal reto eles, como na frase “Você tem visto eles 
por ai?”.
a. Somente I está correta.
b. Somente II está correta.
c. Somente III está correta.
d. Somente I e II estão corretas.
e. I, II e III estão corretas.
05. UNIFESP
Leia o texto e responda à questão.
Gripe: sala de aula vazia, shopping cheio
Durante a epidemia de influenza (a “gripe espa-
nhola”) que grassou no país em 1918, as autoridades 
municipais de Curitiba determinaram o fechamento 
de todas as casas de espetáculos e proibiram aglo-
merações, inclusive o acompanhamento dos enter-
ros e a frequência a templos religiosos. Ante os par-
cos recursos e conhecimentos médico-científicos de 
então, estima-se que a epidemia tenha matado cerca 
de 50 milhões de pessoas no mundo.
Gazeta do Povo, 1 ago. 2009. Adaptado.
No contexto, a palavra então
a. indica a causa de uma informação.
b. expressa circunstância de modo.
c. tem valor conclusivo.
d. pode ser substituída por agora.
e. reporta ao sentido de época.
06. Eear-SP
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respecti-
vamente, os sentidos expressos pelas palavras ou expres-
sões em destaque no fragmento “Ao passo que os aparatos 
tecnológicos se tornam mais presentes na nossa vida, mais 
se aprende a viver em rede. Embora saibamos o quanto é im-
portante firmar nossos valores individuais, acabamos sendo 
arrastados, como gados ao matadouro, rumo à neutralização 
das diferenças culturais dos povos.”.
a. Causa, comparação e temporalidade
b. Consequência, concessão e comparação
c. Proporcionalidade, concessão e comparação
d. Condição, conformidade e proporcionalidade
07. Eear-SP
Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva-
mente, as lacunas do período.
Mineradora paga multa milionária 
de um bilhão de reais
A tristeza dos pescadores do Rio Doce refere-se 
___ desgraça que ocorreu no local em novembro de 
2015. ___ empresa responsável foi aplicada ___ mul-
ta. No entanto, esta não foi suficiente para devolver 
___ natureza o equilíbrio ambiental aniquilado. Pouco 
___ pouco esses pescadores tentam encontrar alter-
nativa sustentável.
a. à – À – a – à – a
b. à – A – a – à – a
c. a – À – a – à – a
d. à – A – à – a – à
08. ITA-SP
Leia o texto e responda à questão.
Pichação-arte é pixação?
As discussões muitas vezes acaloradas sobre o 
reconhecimento da pixação como expressão artís-
tica trazem à tona um questionamento conceitual 
importante: uma vez considerado arte contempo-
rânea, o movimento perderia sua essência? Para 
compreendermos os desdobramentos da pixação, 
alguns aspectos presentes no graffiti são essenciais 
e importantes de serem resgatados. O graffiti nasceu 
originalmente nos EUA, na década de 1970, como 
um dos elementos da cultura hip-hop (break, MC, DJ 
e graffiti). Daí até os dias atuais, ele ganhou em for-
ça, criatividade e técnica, sendo reconhecido hoje 
no Brasil como graffiti artístico. Sua caracterização 
como arte contemporânea foi consolidada definiti-
vamente por volta do ano 2000.
A distinção entre graffiti e pixação é clara; ao 
primeiro é atribuída a condição de arte, e o se-
gundo é classificado como um tipo de prática de 
vandalismo e depredação das cidades, vinculado 
à ilegalidade e marginalidade. Essa distinção das 
expressões deu-se em boa parte pela institucionali-
zação do graffiti, com os primeiros resquícios já na 
década de 1970.
Esse desenvolvimento técnico e formal do graffiti 
ocasionou a perda da potência subversiva que o mar-
ca como manifestação genuína de rua e caminha para 
uma arte de intervenção domesticada enquadrada cada 
vez mais nos moldes do sistema de arte tradicional. O 
grafiteiro é visto hoje como artista plástico, possuindo 
as características de todo e qualquer artista contempo-
râneo, incluindo a prática e o status. Muito além da di-
ferenciação conceitual entre as expressões – ainda que 
elas compartilhem da mesma matéria-prima –, trata-se 
de sua força e essência intervencionista.
Estudos sobre a origem da pixação afirmam que o 
graffiti nova-iorquino original equivale à pixação brasi-
leira; os dois mantêm os mesmos princípios: a força, a 
explosão e o vazio. Uma das principais características 
do pixo é justamente o esvaziamento sígnico, a potên-
cia esvaziada. Não existem frases poéticas, nem sig-
nificados. A pichação tem dimensão incomunicativa, 
fechada, que não conversa com a sociedade. Pelo con-
trário, de certa forma, a agride. A rejeição do público 
geral reside na falta de compreensão e intelecção das 
inscrições; apenas os membros da própria comunida-
de depixadores decifram o conteúdo.
A significância e a força intervencionista do pixo 
residem, portanto, no próprio ato. Ela é evidenciada 
pela impossibilidade de inserção em qualquer esta-
tuto preestabelecido, pois isso pressuporia a diluição 
e a perda de sua potência signo-estética. Enquanto o 
graffiti foi sendo introduzido como uma nova expres-
são de arte contemporânea, a pichação utilizou o prin-
cípio de não autorização para fortalecer sua essência.
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Mas o quão sensível é essa forma de expressão 
extremista e antissistema como a pixação? Como 
lidar com a linha tênue dos princípios estabelecidos 
para não cair em contradição? Na 26a Bienal de Arte 
de São Paulo, em 2004, houve um caso de pixo na 
obra do artista cubano naturalizado americano, Jorge 
Pardo. Seu comentário, diante da intervenção, foi “Se 
alguém faz alguma coisa no seu trabalho, isso é positi-
vo, para mim, porque escolheram a minha peça entre 
as expostas” […]. “Quem fez isso deve discordar de 
alguma coisa na obra. Pode ser outro artista fazendo 
sua própria obra dentro da minha. Pode ser só uma 
brincadeira” e finalizou dizendo que “pichar a obra de 
alguém também não é tão incomum. Já é tradicional”.
É interessante notar, a partir do depoimento de 
Pardo, a recorrência de padrões em movimentos de 
qualquer natureza, e o inevitável enquadramento 
em algum tipo de sistema, mesmo que imposto e 
organizado pelos próprios elementos do grupo. Na 
pixação, levando em conta o “sistema” em que estão 
inseridos, constatamos que também passa longe de 
ser perfeito; existe rivalidade pesada entre gangues, 
hierarquia e disputas pelo “poder”.
Em 2012, a Bienal de Arte de Berlim, com o tema 
“Forget Fear”, considerado ousado, priorizou fatos e 
inquietações políticas da atualidade. Os pixadores bra-
sileiros, Cripta (Djan Ivson), Biscoito, William e R.C., fo-
ram convidados na ocasião para realizar um workshop 
sobre pixação em um espaço delimitado, na igreja Santa 
Elizabeth. Eles compareceram. Mas não seguiram as 
regras impostas pela curadoria, ao pixar o próprio 
monumento. O resultado foi tumulto e desentendimento 
entre os pixadores e a curadoria do evento.
O grande dilema diante do fato é que, ao acei-
tarem o convite para participar de uma bienal de 
arte, automaticamente aceitaram as regras e o siste-
ma imposto. Mesmo sem adotar o comportamento 
esperado, caíram em contradição. Por outro lado, 
pela pichação ser conhecidamente transgressora 
(ou pelo jeito, não tão conhecida assim), os organi-
zadores deveriam pressupor que eles não seguiriam 
padrões preestabelecidos.
Embora existam movimentos e grupos que con-
sideram, sim, a pixação como forma de arte, como 
é o caso dos curadores da Bienal de Berlim, há uma 
questão substancial que permeia a realidade dos 
pichadores. Quem disse que eles querem sua ex-
pressão reconhecida como arte? Se arte pressupõe, 
como ocorreu com o graffiti, adaptar-se a um molde 
específico, seguir determinadas regras e por conse-
quência ver sua potência intervencionista diluída e 
branda, é muito improvável que tenham esse desejo.
A representação da pixação como forma de expres-
são destrutiva, contra o sistema, extremista e margina-
lizada é o que a mantêm viva. De certo modo, a rejeição 
e a ignorância do público é o que garante sua força in-
tervencionista e a tão importante e sensível essência.
CARVALHO, M. F. Pichação-arte é pixação? 
Revista Arruaça, Edição n. 0. Cásper Líbero, 2013. 
Disponível em: <https://casperlibero.edu.br/revistas/pichacao-
arte-e-pixacao/>. Acesso em: maio 2018. Adaptado.
Assinale a alternativa em que o trecho destacado expres-
sa ideia de causa.
a. Essa distinção das expressões deu-se em boa parte 
pela institucionalização do graffiti, com os primeiros 
resquícios já na década de 1970.
b. Enquanto o graffiti foi sendo introduzido como uma 
nova expressão de arte contemporânea, a pichação 
utilizou o princípio de não autorização para fortalecer 
sua essência.
c. A rejeição do público geral reside na falta de compreen-
são e intelecção das inscrições; apenas os membros 
da própria comunidade decifram o conteúdo.
d. Mesmo sem adotar o comportamento esperado, caí-
ram em contradição.
e. O grafiteiro é visto hoje como artista plástico, pos-
suindo as características de todo e qualquer artista 
contemporâneo, incluindo a prática e o status.
09. CMRJ
Leia a tira do Armandinho, de Alexandre Beck, e responda 
à questão.
Disponível em: <https://tirasarmandinho. 
tumblr.com/>. Acesso em: set. 2018.
“As crianças precisam saber que existem limites." 
“Educar também é saber dizer ‘não’!” 
Podem-se unir essas duas falas em apenas uma única 
frase, sem alterar o seu sentido original, por meio do seguinte 
termo:
a. se.
b. mas.
c. embora.
d. porque.
e. quando.
10. UERJ
Leia o texto de Maria Rita Kehl e responda à questão.
Com o outro no corpo, o espelho partido
O que acontece com o sentimento de identidade 
de uma pessoa que se depara, diante do espelho, com 
um rosto que não é seu? Como é possível manter a 
convicção razoavelmente estável que nos acompa-
nha pela vida, a respeito do nosso ser, no caso de 
sofrermos uma alteração radical em nossa imagem? 
Perguntas como essas provocaram intenso debate 
a respeito da ética médica depois do transplante de 
parte da face em uma mulher que teve o rosto desfi-
gurado por seu cachorro em Amiens, na França.
Nosso sentimento de permanência e unidade se 
estabelece diante do espelho, a despeito de todas 
as mudanças que o corpo sofre ao longo da vida. A 
criança humana, em um determinado estágio de ma-
turação, identifica-se com sua imagem no espelho. 
Nesse caso, um transplante (ainda que parcial) que 
altera tanto os traços fenotípicos quanto as marcas 
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da história de vida inscritas na face destruiria para 
sempre o sentimento de identidade do transplanta-
do? Talvez não. Ocorre que o poder do espelho – 
esse de vidro e aço pendurado na parede – não é tão 
absoluto: o espelho que importa, para o humano, é 
o olhar de um outro humano. A cultura contempo-
rânea do narcisismo, ao remeter as pessoas a buscar 
continuamente o testemunho do espelho, não con-
sidera que o espelho do humano é, antes de mais 
nada, o olhar do semelhante.
É o reconhecimento do outro que nos confirma que 
existimos e que somos (mais ou menos) os mesmos ao 
longo da vida, na medida em que as pessoas próximas 
continuam a nos devolver nossa “identidade”. O rosto 
é a sede do olhar que reconhece e que também busca 
reconhecimento. É que o rosto não se reduz à dimen-
são da imagem: ele é a própria presentificação de um 
ser humano, em sua singularidade irrecusável. Além 
disso, dentre todas as partes do corpo, o rosto é a que 
faz apelo ao outro. A parte que se comunica, expressa 
amor ou ódio e, sobretudo, demanda amor.
A literatura pode nos ajudar a amenizar o dra-
ma da paciente francesa. O personagem Robinson 
Crusoé do livro Sexta-feira ou os limbos do Pacífico, 
de Michel Tournier, perde a noção de sua identida-
de e enlouquece, na falta do olhar de um semelhan-
te que lhe confirme que ele é um ser humano. No 
início do romance, o náufrago solitário tenta fazer 
da natureza seu espelho. Faz do estranho, familiar, 
trabalhando para “civilizar” a ilha e representando 
diante de si mesmo o papel de senhor sem escra-
vos, mestre sem discípulos. Mas depois de algum 
tempo o isolamento degrada sua humanidade.
A paciente francesa, que agradeceu aos médicos 
a recomposição de uma face humana,ainda que não 
seja a “sua”, vai agora depender de um esforço de 
tolerância e generosidade por parte dos que lhe são 
próximos. Parentes e amigos terão de superar o des-
conforto de olhar para ela e não encontrar a mesma de 
antes. Diante de um rosto outro, deverão ainda assim 
confirmar que ela continua sendo ela. E amar a mulher 
estranha a si mesma que renasceu daquela operação.
Disponível em: <folha.uol.com.br>. Acesso em: dez. 2005. Adaptado.
Em relação à declaração feita antes dos dois-pontos em 
“É que o rosto não se reduz à dimensão da imagem: ele é a 
própria presentificação de um ser humano, em sua singula-
ridade irrecusável.”, o trecho destacado tem valor de
a. condição.
b. conclusão.
c. explicação.
d. comparação.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 34.
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01. Feevale-RS
Leia o texto e responda à questão.
A importância da alimentação não se restringe ao 
aspecto nutricional. Entre outros fatores igualmente 
significativos, está a cultura alimentar. Os povos e os 
distintos grupos sociais expressam suas identidades 
também por meio da alimentação. A escolha dos ali-
mentos, sua preparação e consumo estão relaciona-
dos com a identidade cultural – são fatores desenvol-
vidos ao longo do tempo, que distinguem um grupo 
social de outro e que estão intimamente relacionados 
com a história, o ambiente e as exigências específicas 
impostas ao grupo social pela vida do dia a dia.
Cada sociedade estabelece um conjunto de prá-
ticas alimentares, consolidadas ao longo do tempo. 
Essas práticas expressam diferentes culturas alimen-
tares – algumas ligadas ao que é tradicional e outras, 
ao que é inovador. Algumas não se fixam, desapare-
cendo pouco a pouco. Outras se enraízam, vindo a 
formar hábitos alimentares e, em muitos casos, cons-
tituindo-se como verdadeiro patrimônio cultural. As 
tradições alimentares peculiares de cada grupo so-
cial têm importância no seu autorreconhecimento e 
autoestima, expressando ou afirmando determinado 
valor. Ou seja, o prato de comida pode materializar a 
identidade cultural de um grupo social.
Os modos como as escolhas alimentares são fei-
tas também devem ser considerados, bem como o 
papel exercido por determinadas pessoas na entra-
da dos alimentos junto a um grupo social. No caso 
das famílias, esse papel é exercido, predominante-
mente, pela figura da mãe/esposa/dona de casa.
Nas Américas, as diferentes expressões de cul-
turas alimentares estão fortemente relacionadas às 
populações que para cá se deslocaram, trazendo há-
bitos, necessidades, uma variedade muito grande de 
alimentos e temperos e, também, preferências, pres-
crições e interdições. As influências dessas popula-
ções que chegavam a esses novos continentes eram 
mais do que meras contribuições, que se somavam a 
uma cultura já consolidada. Elas foram introduzidas 
em um contexto de colonização, de relações de for-
ça diferentes entre povos diferentes, confrontando 
sistemas alimentares igualmente diversos.
É frequente a afirmação de que a “cozinha” brasi-
leira é o resultado das influências portuguesa, negra 
e indígena. De fato, essa é a base principal da cultura 
alimentar brasileira. Mas não se pode deixar de consi-
derar que a influência da cozinha portuguesa se dá em 
um contexto de colonização em que os africanos eram 
escravos e os indígenas estavam sendo dizimados.
CNSAN – CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR 
E NUTRICIONAL. Cultura alimentar. Disponível em: <http://www.
mds.gov.br/backup/institucional/conselhos1/Consea/12-
Cultura_Alimentar.pdf>. Acesso em: set. 2013. Adaptado.
Com base no texto, considere as afirmações, marque V 
para verdadeiro, F para falso e assinale a alternativa que apre-
senta a sequência correta.
( ) No trecho “Nas Américas, as diferentes expressões 
[...]”, a vírgula separa um adjunto adverbial deslocado.
( ) No trecho “[...] alimentos, sua preparação [...]”, o em-
prego da vírgula justifica-se por separar termos com 
a mesma função sintática.
( ) No trecho “De fato, essa é a base principal [...]”, a vír-
gula separa um vocativo.
a. F – V – V
b. V – V – V
c. V – V – F
d. F – F – F
e. V – F – V
02. ESPM-SP
Assinale a alternativa com a manchete que, lida fora de 
contexto, permite dupla leitura.
a. Empresário quer levar casal de turistas para Marte.
b. Economistas veem com otimismo redução de desem-
prego nos EUA.
c. Mulher é condenada a indenizar ex-marido por traição 
em Minas Gerais.
d. Cenário de crédito imobiliário é bom para renegociar 
dívida de imóvel.
e. SP cai de 69a para 89a cidade mais visitada do mundo, 
segundo consultoria.
03. Uniceub-DF
Assinale a alternativa em que a palavra destacada está 
aplicada corretamente.
a. Na minha infância, adorava brincar com peão.
b. O soldado estava armado com seu fusível.
c. Ele monta desde menino, é um ótimo cavalheiro.
d. O réu foi absolvido.
e. Ontem pedi despensa do trabalho.
04. USF-SP
Considere os trechos a seguir e as possíveis justifica-
tivas para as vírgulas empregadas. Faça a relação correta 
entre os trechos e as regras que explicam o uso do sinal 
de pontuação.
A. Belal Khaled, um jovem fotojornalista e pintor local, via 
símbolos e histórias na fumaça ao seu redor. 
B. Usando Photoshop, Khaled acrescentou algumas li-
nhas simples para salientar esses ícones ocultos. 
C. Outros postaram pinturas mais explícitas de morte, 
destruição, foguetes e aviões de guerra.
D. Abu Safar, que procura fotos on-line, toma mais liber-
dade para sobrepor sua visão.
E. Durante a ofensiva israelense em 2008-09, em 
Gaza, Elmaqosui fez uma série de 40 pinturas em 
preto e branco.
( ) Enumeração de termos de mesma função sintática. 
( ) Marcação de adjunto adverbial deslocado. 
Módulo 8 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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( ) Isolamento de oração reduzida. 
( ) Separação de aposto explicativo. 
( ) Marcação de oração subordinada adjetiva explicativa. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente os pa-
rênteses, de cima para baixo.
a. C – B – D – E – A
b. A – B – C – E – D
c. C – E – B – A – D
d. A – E – B – C – D
e. C – B – D – A – E
05. UNIFESP
Leia o texto e responda à questão.
Gripe A
Escolas particulares e públicas no Paraná voltam 
às aulas na segunda-feira.
Com a decisão tomada nesta quinta-feira, às 
aulas de creches, ensino fundamental e médio, pré-
-vestibulares e universidades particulares serão re-
tomadas na próxima semana.
Gazeta do Povo, ago. 2009.
No texto, há um erro que se corrige com a substituição de
a. “voltam” por “volta”.
b. “voltam às aulas” por “voltam as aulas”.
c. “Com a decisão” por “Pela decisão”.
d. “às aulas de creches” por “as aulas de creches”.
e. “próxima semana” por “semana seguinte”.
06. Eear-SP
Assinale a alternativa em que a oração destacada é su-
bordinada substantiva objetiva indireta.
a. Aqui ninguém se opõe a que se conheça o sistema.
b. Seu medo era que morresse na data da festa.
c. Nunca se sabe quem está contra nós.
d. Perguntei-lhe quando voltaria.
07. Sistema COC
No trecho “Predadores e presas, um jogo de forças, mes-
mo que não o percebam. Mesmo que não o admitam – e mes-
mo que usem tantas vezes a palavra amor.”, a locução con-
juntiva “mesmo que” pode ser substituída, sem prejuízo para 
o sentido do texto, por
a. à medida que.
b. ainda que.
c. desde que.
d. visto que.
e. a menos que. 
08. UNESP
Em “Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de 
suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução 
que involuntariamente causou.”, o trecho destacadotem 
sentido de
a. consequência.
b. condição.
c. conclusão.
d. concessão.
e. causa.
09. CMRJ
Leia o texto e responda à questão.
O tempo e o amor
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, 
tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas 
de mármore, quanto mais a corações de cera! São as 
afeições como as vidas, que não há mais certo sinal 
de haverem de durar pouco, que terem durado muito. 
São como as linhas que partem do centro para a cir-
cunferência, que, quanto mais continuadas, tanto me-
nos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram 
o amor menino, porque não há amor tão robusto, que 
chegue a ser velho. De todos os instrumentos com 
que o armou a natureza o desarma o tempo. Afrouxa-
-lhe o arco, com que já não tira, embota-lhe as setas, 
com que já não fere, abre-lhe os olhos, com que vê 
o que não via, e faz-lhe crescer as asas, com que voa e 
foge. A razão natural de toda esta diferença é porque 
o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os 
defeitos, enfastia-lhes o gosto, e basta que sejam usa-
das para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com 
o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de 
não amar, e o ter amado muito, de amar menos.
VIEIRA, Pe. António. Sermão do mandato, parte III, 
In: Sermões. Porto: Lello & Irmão, 1959.
Vocabulário
Embotar: tornar menos cortante, menos agudo.
Enfastiar: causar ou sentir tédio (fastio).
No trecho “São as afeições como as vidas, que não há mais 
certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito.”, 
encontram-se destacadas duas ocorrências da palavra que. 
Embora a palavra seja a mesma, nessas ocorrências, o 
termo em questão indica valores semânticos distintos. Esses 
valores são, respectivamente,
a. conclusão e causa.
b. condição e proporção.
c. concessão e alternância.
d. explicação e comparação.
e. consequência e conformidade. 
10. UFSC
Leia o texto, considere as afirmações e faça a soma das 
corretas.
O Brasil entre a norma 
culta e a norma curta
Boa parte de nossa elite letrada do século XIX de-
sejava ardentemente viver numa sociedade branca e 
europeia. Tinha, portanto, de virar as costas para o 
país real, figurá-lo diferente do que era. Não à toa essa 
elite defendeu o que se costumava chamar “higieniza-
ção da raça”, ou seja, a implementação de políticas 
que resultassem no “embranquecimento” do país.
Em matéria de língua, essa elite vivia complexas 
contradições. Duas realidades eram evidentes para to-
dos: o português de cá tinha diferenças em relação ao 
português europeu; e aqui dentro o “nosso” português 
diferia do português do “vulgo”. Na construção do novo 
país, como resolver esse duplo eixo de diferenças?
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Quando se acirrou, no século XIX, a questão da 
norma culta, nossas diferenças foram logo inter-
pretadas como deturpações da língua. Não adian-
tou José de Alencar, no seu esforço para abrasi-
leirar a norma escrita, apelar para os clássicos, a 
fim de mostrar a antiguidade de fatos da língua do 
Brasil. O que prevaleceu foi a imagem de que so-
mos uma sociedade que fala e escreve mal a língua 
portuguesa. E tudo o que – no português culto bra-
sileiro – não coincidia com certa norma lusitana 
passou a ser listado por gramatiqueiros pseudopu-
ristas como erro.
Nessa guerra, venceram os conservadores, defi-
nindo certa norma lusitana do Romantismo como 
modelo para nossa escrita. Como eram claras, ine-
vitáveis e persistentes as diferenças da norma culta 
brasileira em relação a esse padrão artificialmente 
fixado, foi preciso construir uma norma “curta”, um 
discurso categórico, uma contínua desqualificação 
do falante brasileiro.
Nem o desenvolvimento dos estudos filológicos 
e linguísticos, nem a rebelião literária de 1922, nem 
a crítica da norma curta por nossos melhores filólo-
gos, nada disso conseguiu romper a força do imagi-
nário construído no século XIX. Ainda se diz que os 
brasileiros falam errado, não sabem falar português, 
tratam mal sua língua e assim por diante.
Não é difícil mostrar com fatos e argumentos ló-
gico-racionais que essas certezas não existem. Mas 
o imaginário resiste aos fatos, aos argumentos lógi-
co-racionais. Fica, então, a pergunta que não quer 
calar: como enfrentar poderosos imaginários?
FARACO, C. A. O Brasil entre a norma culta e a norma curta. 
In: LAGARES, X. C.; BAGNO, M. (Org.). Políticas da norma e 
conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2011.
Obs.: A noção de “norma culta” equivale à noção de 
“variedade-padrão”, termo utilizado no Edital 06/Coper-
ve/2017 e no Programa das Disciplinas. Considere os tre-
chos a seguir, retirados do texto. 
I. Quando se acirrou, no século XIX, a questão da nor-
ma culta, nossas diferenças foram logo interpretadas 
como deturpações da língua.
II. O que prevaleceu foi a imagem de que somos uma so-
ciedade que fala e escreve mal a língua portuguesa. 
III. Como eram claras, inevitáveis e persistentes as dife-
renças da norma culta brasileira em relação a esse 
padrão artificialmente fixado, foi preciso construir 
uma norma “curta”, um discurso categórico, uma con-
tínua desqualificação do falante brasileiro.
Em relação aos trechos, é correto afirmar que
01. em I, o vocábulo quando introduz uma informação 
temporal que situa a época em que a questão da nor-
ma se intensificou.
02. em I, o vocábulo logo funciona como conector que 
introduz uma oração conclusiva.
04. em II, “O que [...] foi” é um recurso de ênfase que 
pode ser retirado da frase, sem ferir a norma culta da 
língua escrita.
08. em II, há uma relação semântica de causa e conse-
quência: se fala mal, então escreve mal.
16. em I e III, a palavra como funciona como conector 
comparativo em cada uma das ocorrências.
32. em I e III, os termos “a questão da norma culta” e “as 
diferenças da norma culta brasileira” funcionam como 
sujeito e estão em relação de concordância com as 
formas verbais acirrou e eram, respectivamente.
64. em III, “esse padrão” faz referência a “norma culta 
brasileira”.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 34.
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B.
Gabarito dos Exercícios Propostos
LÍNGUA PORTUGUESA 351
Módulo 1
01. C
02. C
03. B
04. B
05. E
06. B
07. E
08. C
09. D
10. 40 (08 + 32)
Módulo 2
01. A
02. C
03. C
04. D
05. A
06. B
07. B
08. C
09. B
10. D
Módulo 3
01. E
02. D
03. E
04. 29 (01 + 04 + 08 + 16)
05. B
06. B
07. C
08. D
09. C
10. C
Módulo 4
01. B
02. D
03. C
04. A
05. C
06. C
07. B
08. A
09. E
10. B
Módulo 5
01. E
02. B
03. A
04. E
05. E
06. E
07. E
08. C
09. D
10. C
Módulo 6
01. B
02. A
03. B
04. C
05. B
06. E
07. E
08. A
09. A
10. B
Módulo 7
01. C
02. 30 (02 + 04 + 08 + 16)
03. D
04. D
05. E
06. C
07. A
08. A
09. D
10. C
Módulo 8
01. C
02. C
03. D
04. C
05. D
06. A
07. B
08. B
09. D
10. 37 (01 + 04 + 32)
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Módulo 1 ���������������������������������������������������������������� 36
Módulo 2 ���������������������������������������������������������������� 39
Módulo 3 ���������������������������������������������������������������� 42
Módulo 4 �����������������������������������������������������������������45
Módulo 5 ���������������������������������������������������������������� 48
Módulo 6 ����������������������������������������������������������������52
Módulo 7 ���������������������������������������������������������������� 55
Módulo 8 ���������������������������������������������������������������� 58
Gabarito dos Exercícios Propostos�������������������61
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Módulo 1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. IFSuldeMinas-MG
Leia o trecho da letra de música, considere as afirmações 
e assinale a alternativa correta.
A lua,
tal qual a dona de um bordel,
pedia a cada estrela fria
um brilho de aluguel.
E nuvens,
lá no mata-borrão do céu
chupavam manchas torturadas
– que sufoco!
João Bosco e Aldir Blanc, “O bêbado e a equilibrista”.
I. No fragmento há predomínio da linguagem denotativa, 
característica máxima do texto literário.
II. A função referencial, presente no texto, transmite da-
dos da realidade de forma subjetiva.
III. Nos textos literários, o autor explora determinadas 
construções com a intenção deliberada de reforçar a 
mensagem.
IV. No fragmento, a figura de linguagem evidente é a pro-
sopopeia.
a. Somente a I está correta.
b. Estão corretas a II e a III, somente.
c. Estão corretas a III e a IV, somente.
d. Somente a IV está correta.
02. Mackenzie-SP
Leia o texto de Gil Vicente e responda à questão.
Auto da barca do inferno
ANJO Que quereis?
FIDALGO Que me digais,
 pois parti tão sem aviso,
 se a barca do Paraíso
 é esta em que navegais.
ANJO Esta é; que demandais?
FIDALGO Que me leixeis embarcar.
 Sou fidalgo de solar,
 é bem que me recolhais.
ANJO Não se embarca tirania
 neste batel divinal.
FIDALGO Não sei porque haveis por mal
 que entre a minha senhoria...
ANJO Pera vossa fantesia
 mui estreita é esta barca.
FIDALGO Pera senhor de tal marca
 nom há aqui mais cortesia?
 Venha a prancha e atavio!
 Levai-me desta ribeira!
ANJO Não vindes vós de maneira
 pera entrar neste navio.
 Essoutro vai mais vazio:
 a cadeira entrará
 e o rabo caberá
 e todo vosso senhorio.
 Ireis lá mais espaçoso,
 vós e vossa senhoria,
 cuidando na tirania
 do pobre povo queixoso.
 E porque, de generoso,
 desprezastes os pequenos,
 achar-vos-eis tanto menos
 quanto mais fostes fumoso.
Assinale a alternativa que não pode ser associada ao tea-
tro de Gil Vicente.
a. [...] aparecem os homens livres pobres e também os 
escravos, tidos os primeiros como parasitas, e os se-
gundos como tipos preguiçosos que nada fazem e de-
vem ser frequentemente punidos. (Fernando Juarez 
de Cardoso)
b. Muitas de suas peças são moralidades [...] Seus au-
tos, contudo, não têm a rigidez das moralidades da 
época; as alegorias transformam-se em vida, em per-
sonagens saborosos. (Anatol Rosenfeld)
c. [...] predomina [...] a sucessão de pequeninos qua-
dros, a lembrar a mesma técnica da pintura narrativa 
medieval e das novelas de cavalaria. (Segismundo 
Spina)
d. Seu teatro, essencialmente moral e social, é marca-
do pela intenção crítica. O riso, a sátira e os gracejos 
tinham um endereço certo: o público que assistia às 
encenações e que acabava por rir de si mesmo, sem 
que, por cegueira ou vaidade, se reconhecesse. (João 
Domingues Maia)
e. [...] traz em si características de um momento de tran-
sição portuguesa, assim é marcado por traços que 
indicam desde elementos medievais até elementos 
renascentistas. (Alexandre Huady Torres Guimarães)
03. Unicamp-SP
Leia o soneto de Luís de Camões e responda à questão.
Transforma-se o amador em coisa amada
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho, logo, mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
Pois com ele tal alma está liada.
Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim como a alma minha se conforma,
Está no pensamento como ideia;
E o vivo e puro amor de que sou feito,
Como a matéria simples busca a forma.
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Um dos aspectos mais importantes da lírica de Camões é 
a retomada renascentista de ideias do filósofo grego Platão. 
Considerando o soneto citado, pode-se dizer que o chamado 
“neoplatonismo” camoniano
a. é afirmado nos dois quartetos, uma vez que a união 
entre amador e pessoa amada resulta em uma alma 
única e perfeita.
b. é confirmado nos dois tercetos, uma vez que a beleza 
e a pureza se reúnem finalmente na matéria simples 
que deseja.
c. é negado nos dois quartetos, uma vez que a conse-
quência da união entre amador e coisa amada é a au-
sência de desejo.
d. é contrariado nos dois tercetos, uma vez que a pureza 
e a beleza se mantêm em harmonia na sua condição 
de ideia.
04. Mackenzie-SP
Sobre o Classicismo, movimento literário surgido na épo-
ca do Renascimento, ao qual a crítica vincula Luís de Camões, 
todas as alternativas estão corretas, exceto:
a. Destaca-se o predomínio da razão sobre o sentimento 
nas composições artísticas.
b. Há a libertação dos dogmas da Igreja, mas sem o de-
saparecimento, por completo, da religiosidade.
c. Destaca-se a presença da mitologia greco-latina nas 
composições artísticas.
d. Há preocupação e valorização da perfeição formal de 
composições literárias.
e. Destaca-se o relato realista, por vezes com enfoque 
determinista, sobre os eventos narrados nas compo-
sições artísticas.
Leia o excerto do Sermão do bom ladrão, de Antônio Viei-
ra, e responda às questões de 05 a 07.
Navegava Alexandre [Magno] em uma podero-
sa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e, 
como fosse trazido à sua presença um pirata, que 
por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-
-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; po-
rém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu 
assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma 
barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma ar-
mada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco 
é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com 
pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os 
Alexandres. [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer 
outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o 
pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem 
o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto 
de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever 
uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o 
que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que 
os nossos oradores evangélicos em tempo de prínci-
pes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, 
não preguem a mesma doutrina. Saibam estes elo-
quentes mudos que mais ofendem os reis com o que 
calam que com o que disserem [...].
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo 
não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vi-
leza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, 
porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o 
seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não 
vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas le-
vam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre 
e de mais alta esfera [...]. Os outros ladrões roubam 
um homem, estes roubam cidades e reinos: os ou-
tros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, 
nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: 
estes furtam e enforcam.
05. UNESP
No segundo parágrafo, o autor torna explícito seu descon-
tentamento com
a. o filósofo Sêneca.
b. os príncipes católicos.
c. o imperador Nero.
d. a doutrina estoica.
e. os oradores evangélicos.
06. UNESP
Assinale a alternativa cuja citação se aproxima semanti-
camente do Sermão do bom ladrão, de Antônio Vieira.
a. “Rouba um prego, e serás enforcado como um malfei-
tor; rouba um reino, e tornar-te-ás duque.” (Chuang--Tzu, filósofo chinês, 369-286 a.C.)
b. “Para quem vive segundo os verdadeiros princípios, a 
grande riqueza seria viver serenamente com pouco: o 
que é pouco nunca é escasso.” (Lucrécio, poeta latino, 
98-55 a.C.)
c. “O dinheiro que se possui é o instrumento da li-
berdade; aquele que se persegue é o instrumen-
to da escravidão.” (Rousseau, filósofo francês, 
1712-1778)
d. “Que o ladrão e a ladra tenham a mão cortada; esta 
será a recompensa pelo que fizeram e a punição da 
parte de Deus; pois Deus é poderoso e sábio.” (Alco-
rão, livro sagrado islâmico, século VII)
e. “Dizem que tudo o que é roubado tem mais valor.” (Tir-
so de Molina, dramaturgo espanhol, 1584-1648)
07. Sistema COC
“Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras 
em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira com o seu con-
trário?”. Estas são palavras do padre Antônio Vieira, ao criticar o 
estilo, muito usado durante o período barroco, denominado
a. conceptismo.
b. neoclassicismo.
c. cultismo.
d. espiritualismo.
e. rococó.
Leia o soneto de Gregório de Matos e responda às ques-
tões de 08 a 10.
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
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Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
08. UNESP
Em “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,” (1a estro-
fe), a conjunção aditiva e assume valor
a. causal.
b. alternativo.
c. conclusivo.
d. adversativo.
e. explicativo.
09. UNESP
O verso está reescrito em ordem direta, sem alteração do 
seu sentido original, em:
a. “Começa o mundo enfim pela ignorância,” (4a estrofe) 
⇒ Pela ignorância, enfim, o mundo começa.
b. “Em tristes sombras morre a formosura,” (1a estrofe) 
⇒ A formosura morre em tristes sombras.
c. “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,” (1a estrofe) 
⇒ O Sol não dura mais que um dia que nasce.
d. “Depois da Luz se segue a noite escura,” (1a estrofe) 
⇒ Segue-se a noite escura depois da Luz.
e. “Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,” (3a estrofe) ⇒ 
Mas falte a firmeza no Sol e na Luz.
10. UNESP
Verifica-se a ocorrência de um termo subentendido, mas 
citado no verso anterior, em:
a. “Se é tão formosa a Luz, por que não dura?” (2a estrofe)
b. “Como o gosto da pena assim se fia?” (2a estrofe)
c. “Em contínuas tristezas a alegria.” (1a estrofe)
d. “Na formosura não se dê constância,” (3a estrofe)
e. “Depois da Luz se segue a noite escura,” (1a estrofe)
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 61.
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Módulo 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. Sistema COC
Leia uma das liras que integram Marília de Dirceu, de To-
más Antônio Gonzaga, e responda à questão.
Em uma frondosa
Roseira se abria
Um negro botão!
Marília adorada
O pé lhe torcia
Com a branca mão.
Nas folhas viçosas
A abelha enraivada
O corpo escondeu.
Tocou-lhe Marília,
Na mão descuidada
A fera mordeu.
Apenas lhe morde,
Marília, gritando,
Co dedo fugiu.
Amor, que no bosque
Estava brincando,
Aos ais acudiu.
Mal viu a rotura,
E o sangue espargido,
Que a Deusa mostrou,
Risonho beijando
O dedo ofendido,
Assim lhe falou:
Se tu por tão pouco
O pranto desatas,
Ah! dá-me atenção:
E como daquele,
Que feres e matas,
Não tens compaixão?
Sobre o poema, assinale a alternativa incorreta.
a. De forma indireta, o Amor, na estrofe final, manifesta a 
Marília uma queixa amorosa. 
b. O poema é focado na mensagem final, quando o Amor 
compara o episódio recente a seu sofrimento, causa-
do pela amada, mesmo que esta não o perceba.
c. Marília, ferida por uma abelha, é socorrida pelo eu líri-
co, chamado, no texto, de Amor.
d. O eu lírico, personificado como Amor, aproveita para 
comparar Marília à abelha, infligindo, sem saber, sofri-
mentos ao ser que a ama.
e. O amor correspondido e a reciprocidade de sentimen-
tos entre o eu lírico e sua amada são a tônica principal 
do poema.
02. ITA-SP
Leia o poema de Manuel Bandeira e responda à questão.
Haicai tirado de uma falsa lira de Gonzaga
Quis gravar “Amor”
No tronco de um velho freixo:
“Marília” escrevi.
O poema a seguir, de autoria de Cacaso, retoma imagens 
presentes nas liras de Marília de Dirceu e no haicai de Manuel 
Bandeira.
Passeio no bosque
o canivete na mão não deixa
marcas no tronco da goiabeira
cicatrizes não se transferem
Algumas pessoas, ao gravarem nomes, datas etc., nos 
troncos das árvores, buscam externar afetos ou sentimentos. 
O último texto, contudo, registra uma experiência particular 
de alguém que, fazendo isso,
a. se liberta das dores amorosas, pois as exterioriza de 
alguma forma.
b. percebe que provocará danos irreversíveis à integrida-
de da árvore.
c. busca refúgio na solidão do espaço natural.
d. se dá conta de que é impossível livrar-se dos senti-
mentos que o afligem.
e. encontra dificuldade em gravar no tronco com um sim-
ples canivete.
03. UEPA
Leia os versos de Bocage e responda à questão.
Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quanto me agrada mais estar contigo
Notando as perfeições da Natureza!
Os versos sugerem a tese da superioridade da natureza 
sobre a civilização. Assinale a alternativa que apresenta al-
guma(s) causa(s) desse modo de entender a relação entre 
estas.
a. O desejo de se afastar dos problemas da vida urbana 
provocados pela consolidação do modo de produção 
capitalista.
b. O exacerbado crescimento do sistema feudal e a in-
satisfação dos poetas árcades com esse crescimento.
c. A influência do modo de produção capitalista e a as-
censão da burguesia influenciando esteticamente o 
modelo poético árcade a ter uma visão negativa da 
natureza.
d. A satisfação com as consequências do capitalismo e o 
repúdio aos ideais campesinos.
e. A influência da propriedade da terra como fonte gera-
dora de riqueza no modo de produção capitalista.
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04. Sistema COC
Antônio Feliciano de Castilho contra Antero de Quental: 
esta foi uma disputa entre dois importantes nomes da litera-
tura portuguesa do século XIX, o primeiro representando o Ro-
mantismo; o segundo, o Realismo, numa contenda intelectual 
que se tornou conhecida como
a. Revolução dos Cravos.
b. Nova Arcádia Lusitana.
c. Movimento Antropofágico.
d. Questão Coimbrã.
e. Cerco de Lisboa.
05. Aman-RJ 
Sobre o Romantismo no Brasil, assinale a alternativa correta.
a. A arte romântica pôs fim a uma tradição clássica de 
três séculos e deu início a uma nova etapa na litera-
tura, voltada aos assuntos contemporâneos – efer-
vescência social e política, esperança e paixão, luta e 
revolução – e ao cotidiano do homem burguês.
b. O lema da bandeira brasileira, “ordem e progresso”, é 
nitidamente marcado pelos ideais românticos: parte 
da suposição de que é necessário ordem social para 
que haja o progresso da sociedade.
c. O Romantismo era um movimento antimaterialista e 
antirracionalista, que usava símbolos, imagens, me-
táforas e sinestesias com a finalidade de exprimir o 
mundo interior, intuitivoe antilógico.
d. O movimento inspirou-se em uma lendária região da 
Grécia Antiga, dominada pelo deus Pan e habitada por 
pastores, que viviam de modo simples e espontâneo 
e se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e 
celebrando o amor e o prazer.
e. O estilo romântico registra o espírito contraditório de 
uma época que se divide entre as influências do Re-
nascimento – o materialismo, o paganismo e o sen-
sualismo – e da onda de religiosidade trazida sobretu-
do pela Contrarreforma.
Leia o soneto de Álvares de Azevedo, que integra a cole-
tânea Lira dos vinte anos, e responda às questões 06 e 07.
Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti – as noites eu velei chorando,
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!
06. Mackenzie-SP
Assinale a alternativa correta.
a. O soneto é uma perfeita materialização da face “Ariel” 
da poesia de Álvares de Azevedo, face essa marcada 
por um espírito idealizante e angélico.
b. A representação do corpo feminino no poema é reali-
zada a partir de paradigmas realistas, aproximando-o 
da estética naturalista.
c. Expressões como “virgem do mar” e “meu anjo lindo!” 
podem ser identificadas como elementos que contex-
tualizam o soneto na estética do Barroco.
d. Poucas vezes, a faceta irônica e jocosa da poesia de 
Álvares de Azevedo esteve tão bem expressa quanto 
no verso “Não te rias de mim, meu anjo lindo!”
e. O poema pode ser considerado como de “verso livre”, 
sendo essa característica formal uma herança da in-
fluência camoniana na obra de Azevedo.
07. Mackenzie-SP
Assinale a alternativa correta.
a. A partir da leitura do soneto, podemos apontar a im-
portância do parnasiano tema da “arte pela arte” na 
escrita amorosa do livro Lira dos vinte anos.
b. Traços épicos, oriundos da poesia de Homero, Virgílio 
e Camões, são identificáveis no soneto, especialmen-
te devido às referências noturnas.
c. O caráter tão debatido do sentimentalismo romântico 
é negado nos versos: “Por ti – as noites eu velei cho-
rando,/ Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!”.
d. Em termos de composição cromática, o soneto lança 
mão de um jogo de cores primárias intensas, bem 
como de metáforas solares e reluzentes.
e. Identifica-se o tema, presente na lírica em língua por-
tuguesa desde o Trovadorismo, da mulher idealiza-
da, distante e indiferente aos anseios amorosos do 
eu lírico.
08. Mackenzie-SP
Leia o soneto de Álvares de Azevedo, que integra a cole-
tânea Lira dos vinte anos, considere as afirmações e assinale 
a alternativa correta.
Um mancebo no jogo se descora,
Outro bêbado passa noite e dia,
Um tolo pela valsa viveria,
Um passeia a cavalo, outro namora.
Um outro que uma sina má devora
Faz das vidas alheias zombaria,
Outro toma rapé, um outro espia...
Quantos moços perdidos vejo agora!
Oh! Não proíbam pois ao meu retiro
Do pensamento ao merencório luto
A fumaça gentil por que suspiro.
Numa fumaça o canto d’alma escuto...
Um aroma balsâmico respiro,
Oh! Deixai-me fumar o meu charuto!
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Vocabulário
Mancebo: rapaz.
Merencório: melancólico.
I. Espiritualização e engajamento social são as saídas 
encontradas pelo eu lírico no seu embate com os pro-
blemas existenciais de toda uma geração.
II. A angústia e a melancolia observáveis no poema são 
um traço marcante da geração “Mal do Século”, a qual 
pertenceu Álvares de Azevedo.
III. Há um clima de “geração perdida” nos versos anteriores, 
como também uma intensa sensação de tédio sentida 
pelo eu lírico.
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente I e III estão corretas.
c. Somente II e III estão corretas.
d. Somente II está correta.
e. I, II e III estão corretas.
09. UNESP
Leia o texto e responda à questão.
Tal movimento não era apenas um movimento 
europeu de caráter universal, conquistando uma 
nação após outra e criando uma linguagem literária 
universal que, em última análise, era tão inteligível 
na Rússia e na Polônia quanto na Inglaterra e na 
França; ele também provou ser uma daquelas cor-
rentes que, como o Classicismo da Renascença, sub-
sistiu como fator duradouro no desenvolvimento da 
arte. Na verdade, não existe produto da arte moder-
na, nenhum impulso emocional, nenhuma impres-
são ou estado de espírito do homem moderno, que 
não deva sua sutileza e variedade à sensibilidade 
que se desenvolveu a partir desse movimento. Toda 
exuberância, anarquia e violência da arte moderna, 
seu lirismo balbuciante, seu exibicionismo irrestrito 
e profuso, derivaram dele. E essa atitude subjetiva 
e egocêntrica tornou-se de tal modo natural para 
nós, tão absolutamente inevitável, que nos parece 
impossível reproduzir sequer uma sequência abstra-
ta de pensamento sem fazer referência aos nossos 
sentimentos.
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura, 1995. Adaptado.
O texto refere-se ao movimento denominado
a. Barroco.
b. Arcadismo.
c. Realismo.
d. Romantismo.
e. Simbolismo.
10. UNESP
Leia o texto e responda à questão.
Esse autor introduziu no romance brasileiro o ín-
dio e os seus acessórios, aproveitando-o ou em ple-
na selvageria ou em comércio com o branco. Como 
o quer representar no seu ambiente exato, ou que 
lhe parece exato, é levado a fazer também, se não 
antes de mais ninguém, com talento que lhe asse-
gura a primazia, o romance da natureza brasileira.
VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira, 1969. Adaptado.
Tal comentário refere-se a
a. Aluísio Azevedo.
b. José de Alencar.
c. Manuel Antônio de Almeida.
d. Basílio da Gama.
e. Gonçalves Dias.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 61.
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Módulo 3
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. Sistema COC
Sobre Iracema, romance de José de Alencar, é correto 
afirmar que se trata de
a. uma narrativa histórica, focada na colonização do es-
tado do Ceará.
b. uma obra de ficção, com personagens idealizados.
c. um texto que, a exemplo de Os sertões, de Euclides da 
Cunha, une a narrativa ficcional e a jornalística.
d. um relato com base nas memórias do personagem 
Martim, representante dos portugueses no Brasil.
e. uma obra multifacetada, tratando das raízes históri-
cas no Brasil com o pretexto de uma aventura amoro-
sa não correspondida.
02. Unaerp-SP
Considere as afirmações e assinale a alternativa correta.
I. Til, de José de Alencar, e Capitães da areia, de Jorge 
Amado, são romances regionalistas ambientados no 
interior do Brasil, tratando de conflitos armados em 
ambientes sem lei.
II. O cortiço, de Aluísio Azevedo, e Capitães da areia, de 
Jorge Amado, tratam de classes sociais marginaliza-
das, em condições precárias e injustas, gerando atos 
de violência que terminam por deflagrar mudanças 
decisivas na trajetória das personagens centrais.
III. Til, de José de Alencar, e Memórias de um sargento 
de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, são obras 
do Romantismo que se caracterizam por notáveis di-
ferenças entre si, tanto com relação à retratação das 
personagens quanto com relação à linguagem utiliza-
da pelos autores.
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente II e III estão corretas.
c. Somente II e III estão corretas.
d. Somente II está correta.
e. SomenteIII está correta.
03. ITA-SP
Na ficção romântica, em geral, o destino das personagens 
femininas é a felicidade pelo casamento ou a morte trágica. 
Nesse aspecto, Til, de José de Alencar, traz um final inovador, 
resultante do amadurecimento de Berta após conhecer a his-
tória de Besita, sua mãe. Podemos afirmar isso acerca do ro-
mance em questão, pois Berta
a. recusa-se a se casar com Miguel quando descobre ser 
filha incógnita de Luís Galvão.
b. abre mão do casamento, ainda que com algum 
sofrimento, optando por cuidar de Zana e Brás.
c. aceita ser reconhecida legalmente como filha por Luís 
Galvão, mostrando-se mais flexível que a mãe.
d. enfrenta o assédio de Jão Fera, que violentou Besita.
e. assassina Ribeiro, como vingança pela morte da mãe.
04. Unaerp-SP
Assinale a opção incorreta.
a. Mário de Andrade, autor de Macunaíma, deixou tam-
bém uma obra poética representativa do Modernismo.
b. Monteiro Lobato, mais conhecido por sua literatura 
voltada para o público infantil, rompeu com o Moder-
nismo já na segunda fase do movimento.
c. A obra de Graciliano Ramos, juntamente com um agu-
çado retrato dos personagens, é marcada por preocu-
pações sociais.
d. Carlos Drummond de Andrade, poeta mineiro, aborda, 
em seus principais trabalhos, questões existenciais.
e. A prosa de Clarice Lispector transcende o cotidiano das 
personagens, pois aprofunda a investigação psicológica.
05. Unaerp-SP
É trecho de um poema representativo da obra de Castro Alves:
a. Poetas! amanhã ao meu cadáver
 minha tripa cortai mais sonorosa!...
 Façam dela uma corda e cantem nela
 os amores da vida esperançosa!
b. Tão grande é vosso amor, e meu delito,
 porém pode ter todo o pecar,
 e não o vosso amor que é infinito.
c. Quem são estes desgraçados,
 que não encontram em vós,
 mais que o rir calmo da turba
 que excita a fúria do algoz?
d. Eu faço versos como quem chora
 de desalento... de desencanto...
 Fecha o meu livro, se por agora
 não tens motivo nenhum de pranto.
e. Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
 Não levo da existência uma saudade!
 E tanta vida que meu peito enchia
 morreu na minha triste mocidade.
06. Unaerp-SP
A respeito de Capitães da Areia, de Jorge Amado, conside-
re as afirmações e assinale a alternativa correta.
I. O tempo em que os fatos são narrados é cronológico, 
pois há nítida ordenação dos acontecimentos, numa 
sequência de passado e presente.
II. O romance é narrado em primeira pessoa, com o narra-
dor, Pedro Bala. É marcado por características subjeti-
vas e opiniões em relação aos fatos ocorridos.
III. O tema diz respeito ao confronto entre classes sociais 
que se antagonizam. De um lado, temos os desprote-
gidos da sorte, que se tornam senhores de um espaço 
vazio, a areia em que dormem. De outro, os burgueses, 
fechados em suas mansões, distanciam-se da nature-
za e tornam-se vítimas do próprio sistema que criaram.
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IV. Quanto à linguagem, o estilo do autor prima pela es-
pontaneidade, que é atingida graças à fuga da sintaxe 
de origem portuguesa e à imposição de uma sintaxe 
“brasileira”, por assim dizer. Há o registro das falas de 
diferentes camadas sociais.
a. Somente I, II e III são corretas.
b. Somente II, III e IV são corretas.
c. Somente I, II e IV são corretas.
d. Somente I, III e IV são corretas.
e. I, II e III são corretas.
07. UNESP
Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de 
Assis, e responda à questão.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum 
dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas 
folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a 
roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde 
andava e a quantia de gratificação. Quando não vi-
nha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á ge-
nerosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. 
Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma 
vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao 
ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com 
todo o rigor da lei contra quem o acoutasse.
A perspectiva do narrador diante das situações e dos fa-
tos relacionados à escravidão é marcada, sobretudo,
a. pelo saudosismo.
b. pela indiferença.
c. pela indignação.
d. pelo entusiasmo.
e. pela ironia.
08. Unaerp-SP
A técnica discursiva que permite explorar o questiona-
mento principal da trama em Dom Casmurro, de Machado de 
Assis, é
a. o narrador em terceira pessoa, portanto onisciente.
b. o discurso indireto livre, que permite mesclar os pen-
samentos de Capitu à prosa do narrador.
c. o fato de Bentinho ser o narrador-personagem.
d. o fato de Capitu expressar-se apenas por frases cur-
tas, mal elaboradas.
e. o fluxo de consciência, procedimento não linear que 
permite ao leitor entrever parte dos pensamentos de 
Bentinho e de Capitu.
09. Mackenzie-SP
Leia o trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas, de 
Machado de Assis, considere as afirmações e assinale a al-
ternativa correta.
Um poeta dizia que o menino é pai do homem. 
Se isto é verdade, vejamos alguns lineamentos do 
menino. Desde os cinco anos merecera eu a alcunha 
de “menino diabo”; e verdadeiramente não era outra 
coisa; fui dos malignos do meu tempo, arguto, indis-
creto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia 
quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara 
uma colher de doce de coco que estava fazendo, e, 
não contente com o malefício, deitei um punhado de 
cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer 
à minha mãe que a escrava é que estragara o doce 
“por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, 
um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os 
dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos 
queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com 
uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a 
um e outro lado, e ele obedecia, – algumas vezes ge-
mendo, – mas obedecia sem dizer palavra, ou quan-
do muito, um – “ai, nhonhô!” – ao que eu retorquia: 
– “Cala a boca, besta!” – Esconder os chapéus das 
visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar 
pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços 
das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, 
eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer 
que eram também expressões de um espírito robusto, 
porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se 
às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por 
simples formalidade: em particular dava-me beijos.
I. Memórias Póstumas de Brás Cubas é um romance 
importante para a literatura brasileira por ser o marco 
inicial do Realismo entre nós.
II. A violência como condição estruturante das relações 
raciais do passado escravista brasileiro pode ser con-
siderada uma relevante temática do trecho seleciona-
do de Memórias Póstumas de Brás Cubas.
III. Identifica-se um narrador em primeira pessoa que 
aparenta ter uma alta impressão sobre si mesmo, 
como demonstra o trecho “eram mostras de um gênio 
indócil, mas devo crer que eram também expressões 
de um espírito robusto”.
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente I e III estão corretas.
c. Somente II e III estão corretas.
d. I, II e III estão corretas.
e. Somente II está correta.
10. UCB-DF
Leia o trecho de Iracema, de José de Alencar, e responda 
à questão.
Além, muito além daquela serra, que ainda azula 
no horizonte, nasceu Iracema. 
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha 
os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais 
longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como o seu sorriso; 
nem a baunilha rescendia no bosque como seu há-
lito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena vir-
gem corria o sertão e as matas do Ipu, onde cam-
peava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. 
O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a ver-
de pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Conformeas informações do texto, o contexto histórico 
e as características gerais do Romantismo brasileiro, marque 
(V) para verdadeiro e (F) para falso.
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( ) Para descrever Iracema, o autor traça um paralelo en-
tre ela e alguns elementos da natureza.
( ) O texto exemplifica o nacionalismo ufanista, senti-
mento expresso em diversas obras do Brasil recém-
-independente.
( ) A linguagem poética e densamente subjetiva funcio-
na como ferramenta para a composição de uma reali-
dade idealizada.
( ) Por apresentar características que destoam do ideal 
romântico, pode-se dizer que o trecho coloca em evi-
dência a transição do Romantismo para o Realismo.
( ) Iracema, conforme se observa no fragmento lido, 
reúne características típicas de uma heroína dos ro-
mances de folhetim produzidos na primeira metade 
do século XIX.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 61.
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Módulo 4
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. Unaerp-SP
É trecho de um poema representativo da obra de Manuel 
Bandeira:
a. Vês! Ninguém assistiu ao formidável
 enterro de tua última quimera.
 Somente a ingratidão – esta pantera –
 foi tua companheira inseparável!
b. Quem são estes desgraçados,
 que não encontram em vós,
 mais que o rir calmo da turba
 que excita a fúria do algoz?
c. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
 provam apenas que a vida prossegue
 e nem todos se libertaram ainda.
 Alguns achando bárbaro o espetáculo,
 prefeririam (os delicados) morrer.
 Chegou um tempo em que não adianta morrer.
d. Enfunando os papos,
 saem da penumbra,
 aos pulos os sapos. 
 A luz os deslumbra.
e. Eu canto porque o instante existe
 e a minha vida está completa.
 Não sou alegre nem triste: 
 sou poeta.
02. Unaerp-SP
Nos romances Memórias póstumas de Brás Cubas, de 
Machado de Assis, e O cortiço, de Aluísio Azevedo, observam-
-se as seguintes características em comum:
a. as classes sociais retratadas.
b. ambientes propícios à violência, clima de traição entre 
os personagens.
c. o comportamento imprevisível dos personagens, sob in-
fluência determinista do meio em que vivem.
d. uma visão realista da sociedade, personagens não 
idealizados, situações que não apontam para resulta-
dos gratificantes.
e. a análise psicológica expondo a ambição e os interes-
ses dos personagens, que se utilizam de estratégias 
ardilosas e sutis para conseguir seus intentos.
03. Unaerp-SP
Leia o poema de Manuel Bandeira e responda à questão.
Consoada
Quando a indesejada das gentes chegar
(não sei se dura ou caroável),
talvez eu tenha medo.
Talvez eu sorria, ou diga:
— Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a cama limpa, a 
mesa posta, com cada coisa em seu lugar.
Dentre as características do movimento literário a que 
pertence o poema, pode-se identificar
a. a linguagem rebuscada (uso de vocábulos como 
caroável e iniludível), típica dos poetas da primeira 
geração.
b. a arte pela arte, defendida pelos mentores intelec-
tuais dessa revolução cultural e artística.
c. a obsessão pela morte, tema central de toda uma ge-
ração de poetas desse período.
d. o conformismo, típico dos autores que buscavam uma 
fuga da realidade.
e. a liberdade formal, desvinculada dos modelos 
clássicos.
04. Unaerp-SP
O século XX trouxe inúmeras revoluções ao pensamento 
humano. Nesse período, a metodologia científica consolidou-
-se, e a arte sofreu transformações como nunca antes. O físico 
alemão Werner Heisenberg (1901-1976) chegou a declarar 
que se tinham encontrado muitas respostas e que, portanto, 
era preciso que se fizessem novas perguntas. No Brasil e em 
Portugal, o movimento literário que incorporou as tendências 
e anseios dessas transformações foi o
a. Pré-Modernismo, que antecipou, por meio dos poe-
mas de Augusto dos Anjos, o uso da terminologia cien-
tífica na literatura.
b. Surrealismo, com base nas descobertas de Sig-
mund Freud, que buscou no inconsciente uma 
maneira de retratar as distorções que afligiam o 
homem moderno.
c. Modernismo, que rompeu com os valores tradicionais 
e abriu-se às vanguardas artísticas.
d. Naturalismo, cujo alicerce era o determinismo, inspi-
rado na teoria de Darwin e no positivismo de Comte, 
do qual são obras representativas romances como O 
cortiço, de Aluísio Azevedo.
e. Realismo, que deu início a uma abordagem psicológi-
ca das personagens, paralelamente às novidades da 
metodologia científica e da psicanálise, do qual são 
amostras romances como Memórias póstumas de 
Brás Cubas, de Machado de Assis.
05. Aman-RJ
O projeto desse movimento literário baseava-se na 
crença de que a função essencial da arte era produzir o belo, 
e o lema escolhido para traduzir essa ideia foi “a arte pela 
arte”. É possível observar, nesse contexto, características 
como a preocupação com a técnica (metro, ritmo e rima) e 
o resgate de temas da Antiguidade Clássica (referências à 
mitologia e a personagens históricas). Essa escola literária 
é conhecida como
a. Neoclassicismo.
b. Arcadismo.
c. Classicismo.
d. Expressionismo.
e. Parnasianismo.
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06. Mackenzie-SP
Leia o soneto de Olavo Bilac e responda à questão.
XXIX
Por tanto tempo, desvairado e aflito,
Fitei naquela noite o firmamento,
Que inda hoje mesmo, quando acaso o fito,
Tudo aquilo me vem ao pensamento.
Saí, no peito o derradeiro grito
Calcando a custo, sem chorar, violento...
E o céu fulgia plácido e infinito,
E havia um choro no rumor do vento...
Piedoso céu, que a minha dor sentiste!
A áurea esfera da lua o ocaso entrava,
Rompendo as leves nuvens transparentes;
E sobre mim, silenciosa e triste,
A via-láctea se desenrolava
Como um jorro de lágrimas ardentes.
Assinale a alternativa correta.
a. Há uma conexão entre os sentimentos do eu lírico e 
os elementos do espaço que o circundam, tais como o 
vento e as estrelas.
b. Da leitura do poema, fica-nos uma impressão de 
equilíbrio racional dos sentimentos vividos pelo 
eu lírico.
c. O soneto demonstra seguir à risca os pressupostos rí-
gidos dos modelos estabelecidos pelo parnasianismo 
francês.
d. Personagens importantes da historiografia greco-roma-
na são aludidos constantemente nos dois tercetos finais.
e. Os elementos da natureza presentes nos versos são 
todos inspirados em tópicos da mitologia clássica.
07. Unaerp-SP
Sobre o Modernismo, assinale a opção correta.
a. Nas artes, em geral, foi resultado das grandes transfor-
mações sociais e políticas que tiveram início na Europa.
b. Em Portugal, teve entre seus maiores representantes, 
poetas como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e 
Antero de Quental.
c. Utiliza-se, em obras literárias, de linguagem coloquial, 
porém atenta à norma culta.
d. É um movimento de ruptura, centrado em ideais na-
cionalistas e no resgate de valores idílicos.
e. No Brasil, teve em Oswald de Andrade um de seus 
mais ativos contestadores.
08. ITA-SP 
No Realismo, o adultério subverte o ideal romântico de 
casamento. Machado de Assis, porém, costuma tratá-lo de 
modo ambíguo, valendo-se, por exemplo, do ciúme masculi-
no ou da dubiedade feminina. Com isso, em seus romances, a 
traição nem sempre é comprovada, ou, mesmo que desejada 
pela mulher, não se consuma.Constatamos tal ambiguidade 
em Quincas Borba, quando
a. Palha se enraivece com os olhares de desejo que os 
homens dirigem a Sofia nos eventos sociais.
b. Sofia decide não contar ao marido que Rubião a asse-
diou certa noite, no jardim da casa deles.
c. Palha, mesmo interessado na riqueza de Rubião, de-
cide confrontá-lo ao perceber o assédio dele a.Sofia.
d. Sofia tenta esconder do marido o interesse que tem 
por Carlos Maria, que a seduziu em um baile.
e. Sofia, mesmo interessada em Carlos Maria, faz de tudo 
para que Maria Benedita se case com ele.
09. Unaerp-SP
Leia o soneto de Vinicius de Moraes e responda à questão.
Soneto da fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Sobre o poema, é correto afirmar que se trata de
a. um madrigal, composto de dois quartetos e dois ter-
cetos, com rimas ricas ao final de cada estrofe. Obser-
va-se, ainda, o uso intenso de metáforas e hipérboles, 
procedimentos típicos da poesia de Vinicius de Mo-
raes, sobretudo nesse tipo de composição.
b. um soneto decassílabo, composto por dois quarte-
tos e dois tercetos, com rimas interpoladas nas duas 
primeiras estrofes. Observa-se, ainda, ao longo do 
poema, um procedimento chamado enjambement, 
cuja leitura correta garante, por exemplo, a percep-
ção da inversão da ordem natural da frase nos dois 
primeiros versos.
c. um soneto, composto por dois quartetos e dois terce-
tos, portanto, com 15 versos no total, e apresenta ri-
mas emparelhadas nas duas primeiras estrofes. Essa 
estrutura de rimas é típica dos sonetos, sobretudo 
este, composto em decassílabos.
d. uma elegia, composta por 14 versos, em redondi-
lha maior, distribuídos em quartetos e tercetos, com 
estrutura de rimas típica dessa composição, a saber: 
ABBA; ABBA; CDE; CDE. Observa-se, ainda, um forte 
enjambement em vários dos versos do poema, sobre-
tudo entre o primeiro e o terceiro versos.
e. um soneto, decassílabo, estruturado em dois quarte-
tos e dois tercetos, com rimas do tipo ABBA e ABBA nas 
duas primeiras estrofes. Observa-se, ainda, no restan-
te da composição, rimas em eco e leoninas que sub-
vertem a estrutura do texto e mostram, claramente, 
que se trata de um protesto social.
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10. UEM-PR 
Sobre Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado 
de Assis, considere as afirmações e faça a soma das corretas.
01. “Óbito do autor”, o primeiro capítulo do livro, é carregado 
de binarismos: princípio/fim; nascimento/morte; autor 
defunto/defunto autor; o que mostra o caráter contra-
ditório do narrador. Essas dicotomias também servem 
para criticar a maneira como, tradicionalmente, estru-
turavam-se as narrativas de memória.
02. O descaramento do narrador não tem limites, chega 
a comparar sua história à do Pentateuco. A diferen-
ça entre as duas narrativas está no fato de que, nas 
Memórias, a morte aparece no “introito” e, no livro 
bíblico, no “cabo”. Essa atitude do narrador revela o 
desrespeito do “defunto autor” para com o texto da 
Bíblia. A diferença entre as duas histórias está no 
modo como cada uma se inicia.
04. O narrador afirma que partiu para o undiscovered 
country, de Hamlet, “sem as dúvidas do moço prínci-
pe” (ASSIS, 2012, p. 24), mostrando o lado teatral de 
sua morte, como se estivesse em um palco. Decorre 
dessa intenção a presença de alguns termos do gê-
nero dramático que permeiam essa parte do capítu-
lo: “espetáculo” e “tragédia”. Além disso, a idade de 
Brás Cubas também o coloca do lado oposto da vida 
de Hamlet. Este, jovem; aquele, velho e, portanto, 
teoricamente sem as dúvidas da juventude.
08. Quando Brás Cubas afirma no texto “Ao Leitor”: “[...] 
evito contar o processo extraordinário que empre-
guei na composição destas memórias, trabalhadas 
cá do outro lado do mundo” (ASSIS, 2012, p. 21), e 
como vemos em outras passagens do capítulo, ele 
mostra todo seu lado humilde, revelando-se ao lei-
tor alguém que a morte despiu das preocupações 
do mundo dos vivos e que não mais se importa com 
o sucesso. Essa atitude do defunto autor, inclusive, 
está repleta de respeito pelo leitor. 
16. A dedicatória “Ao verme/ que/ primeiro roeu as frias car-
nes/ do meu cadáver/ dedico/ como saudosa lembran-
ça/ estas/ Memórias Póstumas” (ASSIS, 2012, p. 20) 
insere o romance na tradição dos romances naturalis-
tas, propondo uma análise científica da decomposição 
do corpo do narrador. Por isso, a escrita do capítulo “O 
delírio”, que trata dos momentos finais de Brás Cubas, 
reforça a visão naturalista já indicada na dedicatória, 
cabendo ao “defunto autor” esmiuçar, do ponto de vista 
científico, a agonia da morte de um ser humano. 
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 61.
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Módulo 5
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Leia o trecho de Clara dos Anjos, de Lima Barreto, e res-
ponda às questões 01 e 02.
A educação que recebera, de mimos e vigilâncias, 
era errônea. Ela devia ter aprendido da boca dos seus 
pais que a sua honestidade de moça e de mulher tinha 
todos por inimigo, mas isto ao vivo, com exemplos, 
claramente... O bonde vinha cheio. Olhou todos aque-
les homens e mulheres... Não haveria um talvez, entre 
toda aquela gente de ambos os sexos, que não fosse 
indiferente à sua desgraça... Ora, uma mulatinha, filha 
de um carteiro! O que era preciso, tanto a ela como às 
suas iguais, era educar o caráter, revestir-se de vonta-
de, como possuía essa varonil D. Margarida, para se 
defender de Cassis e semelhantes, e bater-se contra 
todos os que se opusessem, por este ou aquele modo, 
contra a elevação dela, social e moralmente. Nada a 
fazia inferior às outras, senão o conceito geral e a co-
vardia com que elas o admitiam...
Chegaram em casa; Joaquim ainda não tinha 
vindo. D. Margarida relatou a entrevista, por entre o 
choro e os soluços da filha e da mãe.
Num dado momento, Clara ergueu-se da cadei-
ra em que se sentara e abraçou muito fortemente a 
mãe, dizendo, com um grande acento de desespero:
— Mamãe! Mamãe!
— Que é, minha filha?
— Nós não somos nada nesta vida.
01. UEPB
Assinale a alternativa correta.
a. Clara dos Anjos é ambientado em uma cidade 
imaginária, na qual a estrutura agrária do Brasil colo-
nial e de suas relações sociais tradicionais não permi-
tia casamentos entre brancos e negros.
b. Em Clara dos Anjos e em suas principais obras, a lin-
guagem de Lima Barreto é o português parnasiano, no 
qual o trabalho retórico com a linguagem tinha priori-
dade sobre sua comunicabilidade. 
c. O romance Clara dos Anjos é narrado em terceira 
pessoa por um narrador que emite opiniões e juízos 
de valor sobre as personagens e as cenas que narra.
d. Os personagens de Clara dos Anjos são pobres que, à 
força de viverem em uma sociedade de privilégios, su-
cumbem, sem exceção, à corrupção e à miséria.
e. Clara dos Anjos é um romance de resignação, que 
nos ensina a nos conformarmos com o lugar que nos 
é previamente reservado em nossa sociedade, sem 
lutar por condições humanas mais dignas nem por 
cidadania plena.
02. UEPB
Considere as afirmações eassinale a alternativa correta.
I. Os pensamentos de Clara revelam as dificuldades 
da mulher em geral, negra em particular, nas últimas 
décadas do século XIX e primeiras décadas do século 
XX, em ter seus direitos assegurados num país que se 
transforma, mas mantém velhas estruturas oligárqui-
cas de exclusão: “Ela devia ter aprendido da boca dos 
seus pais que a sua honestidade de moça e de mulher 
tinha todos por inimigo”.
II. As trajetórias de Cassi e Clara demonstram, ao longo 
do romance, como, a despeito de serem ambos da pe-
quena burguesia sem posses, as relações sociais não 
deixaram de ser ainda fortemente racializadas: “Ora, 
uma mulatinha, filha de um carteiro!”.
III. Em Clara dos Anjos, em meio a seus muitos tipos hu-
manos, aparecem na narrativa personagens nos quais 
sobressai uma espécie de força moral incorruptível, 
humana e solidária, como D. Margarida: “O que era 
preciso, tanto a ela como às suas iguais, era educar 
o caráter, revestir-se de vontade, como possuía essa 
varonil D. Margarida, para se defender de Cassis e se-
melhantes, e bater-se contra todos os que se opuses-
sem, por este ou aquele modo, contra a elevação dela, 
social e moralmente.”.
a. Somente III está correta.
b. Somente II e III estão corretas.
c. Somente I e II estão corretas.
d. Somente I está correta.
e. I, II e III estão corretas.
03. UPF-RS
Sobre três dos mais importantes autores da literatura 
brasileira e suas obras, considere as afirmações e assinale a 
alternativa correta.
I. A obra poética de Gregório de Matos é feita barroca-
mente de fortes contrastes: sátira irreverente versus 
poesia de devoção e arrependimento; poesia obscena 
versus poesia de amor idealizado.
II. Cruz e Sousa é um romancista do período simbolista 
que representa e denuncia a injusta sociedade escra-
vocrata do Brasil na sua época.
III. A obra Os sertões, de Euclides da Cunha, constitui 
um dos momentos altos do Pré-Modernismo, porque 
dá uma visão agudamente crítica de um Brasil ainda 
arcaico em linguagem dramaticamente expressiva, 
embora ainda distante das inovações que viriam a ca-
racterizar a linguagem modernista.
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente I e III estão corretas.
c. Somente I está correta.
d. Somente II e III estão corretas.
e. Somente III está correta.
04. UFRGS-RS
A obra Os sertões, de Euclides da Cunha, está dividida 
em três partes: “A terra”, “O homem” e “A luta”. Esses três ele-
mentos, no entanto, são interdependentes: a luta do homem 
em determinada terra. Assinale a alternativa que exemplifica 
essa interdependência entre as três partes do livro, nos frag-
mentos apresentados.
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a. “Ajusta-se sobre os sertões o cautério das secas; es-
terilizam-se os ares urentes; empedra-se o chão, gre-
tando, recrestado; ruge o Nordeste nos ermos; e, como 
cilício dilacerador, a Caatinga estende sobre a terra as 
ramagens de espinhos...”
b. “É que nessa concorrência admirável dos povos, 
evolvendo todos em luta sem tréguas, na qual a sele-
ção capitaliza atributos que a hereditariedade conser-
va, o mestiço é um intruso.”
c. “Para todos os rumos e por todas as estradas e em to-
dos os lugares, os escombros carbonizados das fazen-
das e dos pousos, avultavam, insulando o arraial num 
grande círculo isolador, de ruínas. Estava pronto o ce-
nário para um emocionante drama da nossa história.”
d. “[...] as caatingas são um aliado incorruptível do ser-
tanejo em revolta. Entram também de certo modo na 
luta. Armam-se para o combate; agridem. Trançam-se, 
impenetráveis, ante o forasteiro, mas abrem-se em tri-
lhas multívias, para o matuto que ali nasceu e cresceu.”
e. “O clima extremava-se em variações enormes: os dias 
repontavam queimosos, as noites sobrevinham frigi-
díssimas.”
05. Unifor-CE
Leia o trecho do poema de Augusto dos Anjos e responda 
à questão.
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Qual é o termo que apresenta aproximação semântica 
com enterro?
a. Inumação
b. Sentinela
c. Séquito
d. Exumação
e. Velório
06. Enem
Leia o texto e responda à questão.
Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corre-
dores e pátios até ao hospício propriamente. Aí é que 
percebi que ficava e onde, na seção, na de indigentes, 
aquela em que a imagem do que a Desgraça pode 
sobre a vida dos homens é mais formidável. O mobi-
liário, o vestuário das camas, as camas, tudo é de uma 
pobreza sem par. Sem fazer monopólio, os loucos são 
da proveniência mais diversa, originando-se em geral 
das camadas mais pobres da nossa gente pobre. São 
de imigrantes italianos, portugueses e outros mais 
exóticos, são os negros roceiros, que teimam em 
dormir pelos desvãos das janelas sobre uma esteira 
esmolambada e uma manta sórdida; são copeiros, co-
cheiros, moços de cavalariça, trabalhadores braçais. 
No meio disto, muitos com educação, mas que a falta 
de recursos e proteção atira naquela geena social.
BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos 
vivos. São Paulo: Cosac & Naify, 2010.
No relato de sua experiência no sanatório onde foi in-
terno, Lima Barreto expõe uma realidade social e humana 
marcada pela exclusão. Em seu testemunho, essa reclusão 
demarca uma
a. medida necessária de intervenção terapêutica.
b. forma de punição indireta aos hábitos desregrados.
c. compensação para as desgraças dos indivíduos.
d. oportunidade de ressocialização em um novo ambiente.
e. conveniência da invisibilidade a grupos vulneráveis e 
periféricos.
07. Unioeste-PR
Com base no conto “A nova Califórnia”, de Lima Barreto, 
assinale a alternativa incorreta.
a. Na descrição do Capitão Pelino, o narrador ironiza a 
literatura elitista, centrada na valorização da língua 
culta e das normas gramaticais.
b. Ao discorrer sobre a forma como Raimundo Flamel tra-
tava as crianças, o narrador expõe mazelas do tecido 
social e racial brasileiro.
c. O erro do químico Flamel – semelhante ao do escritor 
francês Saint-Pierre, em relação aos escravos – foi 
desconsiderar o ambiente que o cercava.
d. Ao apontar o único crime registrado na pacífica cidade 
de Tubiacanga, o narrador ironiza os que se valem do 
poder na defesa dos próprios interesses.
e. Quando descobre o processo alquímico de fabricar 
ouro – a partir dos ossos das pessoas mortas – Rai-
mundo Flamel é covardemente assassinado.
Leia o trecho de Triste fim de Policarpo Quaresma, de 
Lima Barreto, e responda às questões 08 e 09.
Espinhos e flores
Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais 
curiosa cousa em matéria de edificação de cidade. 
A topografia do local, caprichosamente montuosa, 
influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, po-
rém, os azares das construções. Nada mais irregu-
lar, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode 
ser imaginado. As casas surgiam como se fossem 
semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas 
se fizeram. Há algumas delas que começam lar-
gas como boulevards e acabam estreitas que nem 
vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir 
ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado. 
Às vezes se sucedem na mesma direção com uma 
frequência irritante, outras se afastam, e deixam de 
permeio um longo intervalo coeso e fechado de ca-
sas. Num trecho, há casas amontoadas umas sobre 
outras numa angústia de espaço desoladora, logo 
adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma 
ampla perspectiva.
Marcham assim ao acaso as edificações e con-
seguintemente o arruamento. Há casas de todos os 
gostos e construídas de todas as formas. Vai-se por 
uma rua a ver um correr de chalés, de porta e ja-
nela, parede de frontal, humildes e acanhados, de 
repente se nos depara uma casa burguesa, dessas 
de compoteiras na cimalha rendilhada, a se erguersobre um porão alto com mezaninos gradeados. 
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Passada essa surpresa, olha-se acolá e dá-se com 
uma choupana de pau a pique, coberta de zinco ou 
mesmo palha, em torno da qual formiga uma po-
pulação; adiante, é uma velha casa de roça, com 
varanda e colunas de estilo pouco classificável, que 
parece vexada a querer ocultar-se, diante daquela 
onda de edifícios disparatados e novos. Não há nos 
nossos subúrbios cousa alguma que nos lembre os 
famosos das grandes cidades europeias, com as suas 
vilas de ar repousado e satisfeito, as suas estradas e 
ruas macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se en-
contram aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, 
penteados, porque os nossos, se os há, são em geral 
pobres, feios e desleixados.
Os cuidados municipais também são variáveis 
e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios em 
certas partes e outras não; algumas vias de comu-
nicação são calçadas e outras da mesma importân-
cia estão ainda em estado de natureza. Encontra-se 
aqui um pontilhão bem cuidado sobre um rio seco e 
passos além temos que atravessar um ribeirão sobre 
uma pinguela de trilhos mal juntos. Há pelas ruas 
damas elegantes, com sedas e brocados, evitando a 
custo que a lama ou o pó lhes empane o brilho do 
vestido; há operário de tamancos; há peralvilhos à 
última moda; há mulheres de chita; e assim pela tar-
de, quando essa gente volta do trabalho ou do pas-
seio, a mescla se faz numa mesma rua, num quar-
teirão, e quase sempre o mais bem posto não é que 
entra na melhor casa. Além disso, os subúrbios têm 
mais aspectos interessantes, sem falar no namoro 
epidêmico e no espiritismo endêmico; as casas de 
cômodos (quem as suporia lá!) constituem um deles 
bem inédito. Casas que mal dariam para uma peque-
na família, são divididas, subdivididas, e os minúscu-
los aposentos assim obtidos, alugados à população 
miserável da cidade. Aí, nesses caixotins humanos, é 
que se encontra a fauna menos observada da nossa 
vida, sobre a qual a miséria paira com um rigor lon-
drino. Não se podem imaginar profissões mais tris-
tes e mais inopinadas da gente que habita tais caixi-
nhas. Além dos serventes de repartições, contínuos 
de escritórios, podemos deparar velhas fabricantes 
de rendas de bilros, compradores de garrafas vazias, 
castradores de gatos, cães e galos, mandingueiros, 
catadores de ervas medicinais, enfim, uma varieda-
de de profissões miseráveis que as nossas pequena 
e grande burguesias não podem adivinhar. Às vezes, 
num cubículo desses se amontoa uma família, e há 
ocasiões em que os seus chefes vão a pé para a ci-
dade por falta do níquel do trem. Ricardo Coração 
dos Outros morava em uma pobre casa de cômodos 
de um dos subúrbios. Não era das sórdidas, mas era 
uma casa de cômodos dos subúrbios. Desde anos 
que ele a habitava e gostava da casa que ficava tre-
pada sobre uma colina, olhando da janela do seu 
quarto para uma ampla extensão edificada que ia da 
Piedade a Todos os Santos.
Vistos assim do alto, os subúrbios têm a sua 
graça. As casas pequeninas, pintadas de azul, de 
branco, de oca, engastadas nas comas verde-negras 
das mangueiras, tendo de permeio, aqui e ali, um 
coqueiro ou uma palmeira, alta e soberba, fazem a 
vista boa e a falta de percepção do desenho das ruas 
põe no programa um sabor de confusão democrá-
tica, de solidariedade perfeita entre as gentes que 
as habitavam; e o trem minúsculo, rápido, atraves-
sa tudo aquilo, dobrando à esquerda, inclinando-se 
para a direita, muito flexível nas suas grandes vér-
tebras de carros, como uma cobra entre pedrouços. 
Era daquela janela que Ricardo espraiava as suas 
alegrias, as suas satisfações, os seus triunfos e tam-
bém os seus sofrimentos e mágoas. Ainda agora es-
tava ele lá, debruçado no peitoril, com a mão em 
concha no queixo, colhendo com a vista uma grande 
parte daquela bela, grande e original cidade, capital 
de um grande país, de que ele a modos que era e se 
sentia ser, a alma, consubstanciado os seus tênues 
sonhos e desejos em versos discutíveis, mas que a 
plangência do violão, se não lhes dava sentido, dava 
um quê de balbucio, de queixume dorido da pátria 
criança ainda, ainda na sua formação... Em que pen-
sava ele? Não pensava só, sofria também. Aquele 
tal preto continuava na sua mania de querer fazer 
a modinha dizer alguma cousa, e tinha adeptos. Al-
guns já o citavam como rival dele, Ricardo; outros já 
afirmavam que o tal rapaz deixava longe o Coração 
dos Outros, e alguns mais – ingratos! – já esqueciam 
os trabalhos, o tenaz trabalhar de Ricardo Coração 
dos Outros em prol do levantamento da modinha 
e do violão, e nem nomeavam o abnegado obreiro.
08. Urca-CE
É correto afirmar sobre as personagens da narrativa de 
Lima Barreto, exceto:
a. Major Quaresma é um sonhador patriota que se deixa 
levar pelo sonho de um nacionalismo exagerado.
b. Olga é vizinha do Quaresma, estava noiva há cinco 
anos, até que, quando o casamento é marcado, seu 
noivo some. A jovem menina fica tão triste que acaba 
adoecendo, psicologicamente e fisicamente.
c. Ricardo Coração dos Outros: tocava violão e cantava 
modinhas. É um artista admirado pela sociedade e 
torna-se amigo de Quaresma, pelo amor pelo violão e 
pelo comum patriotismo.
d. Anastácio é empregado negro de Policarpo Quaresma. 
Companheiro na solidão com seu patrão, foi com ele 
para o sítio. Era seu servo fiel.
e. Adelaide: irmã mais velha de Policarpo. Solteira, vivia 
com Policarpo e foi com ele para o sítio.
09. Urca-CE
Sobre Triste fim de Policarpo Quaresma, considere as afir-
mações e assinale a alternativa correta.
I. O texto faz intertextualidade com Dom Quixote; o autor 
estabelece comparação, tendo em vista que ambos 
não viviam a realidade, viviam seus sonhos e objeti-
vos, embora parecesse estranho para os outros.
II. A obra está dividida em três partes: na primeira Poli-
carpo começa a apreender violão e busca nas modi-
nhas brasileiras o resgate da cultura. Na segunda, ele 
se muda para o sítio, buscando assim retirar das terras 
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brasileiras seu sustento e acreditando que com tanta 
terra fértil, o melhor a ser feito era ser aproveitado. Já 
na terceira e última parte, o Major busca, através de 
sua participação na revolta, transformar o país.
III. Quaresma fica determinado a cumprir seu objetivo, 
que manda uma carta ao governo, em língua tupi, 
dando o pontapé inicial aos problemas que o acompa-
nham até o fim do livro.
IV. Policarpo Quaresma era conhecido por todos como 
Major devido a seu trabalho no Exército Brasileiro. Era 
um patriota apaixonado pelo Brasil e além de seu tra-
balho, era visto com muita curiosidade por todos, já 
que era um estudioso.
a. I, II e III estão certas, a IV está errada.
b. II, III e IV estão certas, a I está errada.
c. I, III e IV estão certas, a II está errada.
d. I, II e IV estão certas, a III está errada.
e. Estão todas corretas.
10. UEM-PR
Leia o poema de Augusto dos Anjos, considere as afirma-
ções e faça a soma das corretas.
À mesa
Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora
De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensanguentada presa,
Rodeado pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
 Eis-me sentado à mesa!
Como porções de carne morta... Ai! Como
Os que, como eu, têm carne, com este assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
 Comendo-me também.
Vocabulário
Assomo: vontade forte, impulso, ímpeto.01. A expressão “ensanguentada presa” remete a “car-
ne”, e associa o alimento com a morte em que há 
derramamento de sangue.
02. Os cinco primeiros versos de cada estrofe têm dez 
sílabas poéticas, portanto são decassílabos.
04. Trata-se de um poema do ponto de vista da forma, 
mas não do conteúdo, pois expressa emoções de um 
eu que não representa a coletividade.
08. Os versos são brancos porque as rimas se constroem 
com palavras da mesma classe gramatical.
16. As descrições (“ensanguentada presa”, “moscas re-
pugnantes”, “porções de carne morta”) comprome-
tem o lirismo do poema, pois são próprias da prosa. 
O eu lírico emprega elementos objetivos, enfraque-
cendo a exposição de sentimentos.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 61.
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Módulo 6
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. Mackenzie-SP
Leia o poema de Fernando Pessoa e responda à questão.
Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Assinale a alternativa incorreta sobre “Mar português”.
a. O eu lírico dirige-se a dois interlocutores diferentes: na 
primeira estrofe, dirige-se ao mar e, na segunda estro-
fe, a Deus.
b. Em “Por te cruzarmos, quantas mães choraram”, ficam 
evidentes as questões da conquista e do seu custo 
emocional.
c. É possível perceber a forte relação histórica e emocional 
entre o mar e o povo português.
d. Em “Quantos filhos em vão rezaram!”, ficam evidentes 
as questões da perda e da esperança.
e. A analogia entre o sal das lágrimas e o sal do mar re-
mete à ideia de que parte desse mar foi salgado pelo 
esforço e pela saudade do povo lusitano.
02. Unaerp-SP
Leia o trecho de Capitães da Areia, de Jorge Amado, e res-
ponda à questão.
Fez sinal para os dois esperarem do outro lado 
da rua, chegou para perto do portão da casa. Logo 
que se encostou, um grande cão se aproximou la-
tindo. Pedro Bala amarrou um cordel no ferrolho do 
portão, enquanto o cão andava de um lado par ou-
tro, latindo baixo. [...] Treparam na gradezinha do 
muro. Pedro Bala puxou com o cordão o ferrolho, 
e o portão abriu. O Gato tinha ido para a esquina. 
O cão ao ver o portão aberto se precipitou para a 
rua, ficou remexendo uma lata de lixo. Pedro Bala 
e João Grande pularam o muro, cerraram o portão 
para que o cachorro não pudesse entrar, se adianta-
ram entre as árvores. Na janela iluminada da casa 
o vulto da mulher continuava a andar. João Grande 
disse baixinho:
— Tenho pena dela.
Sobre o romance citado, assinale a opção correta.
a. Os Capitães da Areia eram um bando de delinquentes 
armados liderados por João Grande.
b. O Gato era o mentor e estrategista da temida quadrilha 
conhecida em Salvador por Capitães da Areia.
c. Pedro Bala, João Grande e o Gato eram os líderes de 
uma quadrilha especializada em assaltar residências.
d. Pedro Bala liderava o grupo conhecido como Capitães 
da Areia, formado por meninos marginalizados pela 
sociedade.
e. O grupo conhecido como Capitães da Areia tinha 
principalmente motivações políticas, por isso tinha o 
apoio de alguns segmentos da sociedade.
03. UFRGS-RS
Leia o trecho do poema de Manuel Bandeira, considere as 
afirmações e assinale a alternativa correta.
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de pon-
to expediente protocolo e manifestações de 
[apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no 
dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
[...]
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos secretário 
do amante exemplar com cem modelos de
[cartas e as diferentes maneiras de agradar às 
mulheres etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
— Não quero mais saber do lirismo que não é 
libertação.
I. “Poética” é um poema que defende a concepção liber-
tária da criação artística.
II. O poema, publicado no livro Libertinagem, de 1930, 
reforça o ideário modernista de inovação estética.
III. Bandeira intensifica a rigidez da forma poética, que já 
havia em “Os sapos”, do livro Carnaval, de 1919.
a. Somente I está correta.
b. Somente III está correta.
c. Somente I e II estão corretas.
d. Somente II e III estão corretas.
e. I, II e III estão corretas.
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04. UPF-RS
Sobre o livro Libertinagem, de Manuel Bandeira, publica-
do em 1930, é incorreto afirmar que
a. apresenta uma poesia concebida de modo lúcido e 
calculado, que não abre espaço a manifestações do 
subconsciente.
b. confirma seu autor como um dos melhores poetas do 
verso livre em português.
c. realiza uma feliz incorporação de motivos e termos 
prosaicos à poesia brasileira.
d. evoca, em vários momentos, o tema da morte, que 
atravessa a obra do autor.
e. sustenta, no poema-manifesto “Poética”, a defesa da 
plena liberdade de criação estética.
05. Sistema COC
Manuel Bandeira é um dos mais importantes representan-
tes do Modernismo brasileiro da primeira geração. Outros poetas 
que também integram e representam essa primeira fase são
a. Murilo Mendes e Carlos Drummond de Andrade.
b. Cassiano Ricardo e Ferreira Gullar.
c. Jorge de Lima e Vinicius de Moraes.
d. Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
e. Cecília Meireles e Mário Quintana.
06. UFU-MG
Leia o poema de Oswald de Andrade e responda à questão.
Hípica
Saltos records
Cavalos da Penha
Correm jóqueis de Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails
No poema, Oswald de Andrade
a. absorve os elementos da estética barroca, ao justapor, 
de forma fragmentada, imagens antitéticas e parado-
xais, enfocando num mesmo ambiente tanto pessoas 
como animais.
b. dando continuidade à estética parnasiana, descreve 
de forma acadêmica e formal cenas de sua convivência 
com burgueses paulistas num clube hípico elitizado.
c. descreve cenas de lazer da alta burguesia, incorpo-
rando tanto a estética fragmentada do Cubismo como 
os elementos imagéticos do cinema.
d. numa linguagem imagética e cinematográfica, denun-
cia, em seus versos sintéticos, a vida social dos mag-
natas paulistas nos elegantes clubes hípicos.
07. Unaerp-SP
Leia o trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas, de 
Machado de Assis, e responda à questão.
Mas este mesmo homem, que se alegrou com a 
partida do outro, praticou daí a tempos... Não, não 
hei de contá-lo nesta página; fique esse capítulo 
para repouso do meu vexame. Uma ação grosseira, 
baixa, sem explicação possível... Repito, não conta-
rei o caso nesta página.
O personagem central da narrativa, da qual se extrai o tex-
to citado, é um homem
a. pessimista, que trama trapaças e pequenos golpes.
b. sensível, que procura compreender as maldades 
alheias.
c. ambicioso, que aspira com determinação à carreira 
política.
d. observador, que analisa o comportamento alheio e o 
seu próprio.
e. obscuro, que engana as três mulheres mais importan-
tes de sua vida.
08. ITA-SP
Leia o poema de Manuel Bandeira e responda à questão.
Irene no céu
Irene preta 
Irene boa 
Irene sempre de bom humor. 
Imagino Irene entrando no céu: 
— Licença, meu branco! 
E São Pedro bonachão: 
— Entra, Irene. Você não precisapedir licença. 
Sobre o poema de Manuel Bandeira, é incorreto afirmar 
que a relação afetiva entre o sujeito lírico e Irene
a. faz com que a descrição dela seja permeada pela vi-
são carinhosa dele. 
b. torna a linguagem mais coloquial, espelhando a liga-
ção afetuosa dos dois. 
c. é responsável pelo tratamento informal dado a uma 
entidade religiosa. 
d. é um mero disfarce da desigualdade entre brancos e 
negros. 
e. é, na visão dele, compartilhada até mesmo por São Pedro.
09. IFPE
Leia o poema de Manuel Bandeira, considere as afirma-
ções e assinale a alternativa correta.
Momento num café
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes da vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e 
demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem 
finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
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Manuel Bandeira é um dos nomes do Modernismo brasi-
leiro. Sob a perspectiva de sua obra e da escola a que se filia, 
bem como sobre os recursos expressivos do poema, conside-
re as afirmações e assinale a alternativa correta.
I. A repetição da palavra vida nos versos 5, 6 e 7 torna 
patente que, para aqueles homens, naquele “Momen-
to num café”, importava a vida, não a morte.
II. O título do poema revela a sensibilidade do poeta em 
filtrar o lirismo latente na banalidade do cotidiano, nas 
coisas e cenas mais corriqueiras, uma temática valori-
zada na primeira fase do Modernismo brasileiro.
III. O uso de formas livres, tanto na métrica quanto na 
rima, como se vê no poema, caracteriza os poemas da 
provocadora geração de 1922.
IV. O eu lírico é mero observador a narrar, em 3a pessoa 
(saudavam, estavam), uma história suspensa no 
tempo, em relação à qual mantém um distanciamento.
V. O poema ignora as mudanças estéticas propostas 
pelo Modernismo e também desvela o Bandeira que 
transcendeu sua época, com uma temática atemporal 
e universal: as inquietações humanas.
a. Somente I, II e III estão corretas.
b. Somente I, IV e V estão corretas.
c. Somente I, II, III e V estão corretas.
d. Somente II, IV e V estão corretas.
e. Somente III e IV estão corretas.
10. UEM-PR
Em relação ao conto “Vestida de preto”, do livro Contos 
novos, de Mário de Andrade, considere as afirmações e faça 
a soma das corretas.
Me batera, súbito, aquela vontade irritada de 
saber, me tornara estudiosíssimo. Era mesmo uma 
impaciência raivosa, que me fazia devorar bibliote-
cas, sem nenhuma orientação. Mas brilhava, fazia 
conferências empoladas em sociedadinhas de ra-
pazes, tinha ideias que assustavam todo o mundo. 
E todos principiavam maldando que eu era muito 
inteligente mas perigoso.
01. O fragmento indica o momento de transformação na vida 
de Frederico Paciência. Após ver sua mãe vestida de pre-
to, ele resolve estudar para ascender socialmente.
02. Apesar de o narrador do conto dizer que a vontade 
de estudar surgira repentinamente, ela é despertada 
porque ficara no inconsciente de Juca o que Maria, na 
varanda, dissera para todos ouvirem: “Não me caso 
com bombeado” (ANDRADE, 2011, p. 20). De certa 
maneira, estudar é uma forma de ser aceito por Maria.
04. Juca, por sua inocência excessiva, não consegue en-
tender os sinais que Maria lhe dá de sua paixão. As-
sim, ele resolve esquecê-la após, aparentemente, ter 
sido rejeitado por ela no quarto, quando brincavam 
de família encostados no mesmo travesseiro.
08. O narrador, embora apele para as memórias de sua 
amiga de infância e adolescência, tem a plena certeza 
de que escreve um conto. Por isso, ele afirma, no iní-
cio da narrativa, o caráter fantasioso de sua história.
16. O narrador revela que Maria se tornou uma mulher 
namoradeira, chegando a usar a expressão “Namo-
rava com Deus e todo mundo [...]” (ANDRADE, 2011 
p. 21). No entanto, ela sempre despertou em Juca 
sentimentos de “perfeição”, o que o impediu de con-
sumar uma junção carnal com ela.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 61.
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Módulo 7
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Leia o trecho de O cortiço, de Aluísio Azevedo, e responda 
às questões 01 e 02.
Que milagres de esperteza e de economia não 
realizou ele nessa construção! Servia de pedreiro, 
amassava e carregava barro, quebrava pedra; pedra, 
que o velhaco, fora de horas, junto com a amiga, 
furtavam à pedreira do fundo, da mesma forma que 
subtraíam o material das casas em obra que havia 
por ali perto. Estes furtos eram feitos com todas as 
cautelas e sempre coroados do melhor sucesso, gra-
ças à circunstância de que nesse tempo a polícia não 
se mostrava muito por aquelas alturas. João Romão 
observava durante o dia quais as obras em que fica-
va material para o dia seguinte, e à noite lá estava 
ele rente, mais a Bertoleza, a removerem tábuas, ti-
jolos, telhas, sacos de cal, para o meio da rua, com 
tamanha habilidade que se não ouvia vislumbre de 
rumor. Depois, um tomava uma carga e partia para 
casa, enquanto o outro ficava de alcateia ao lado do 
resto, pronto a dar sinal, em caso de perigo; e, quan-
do o que tinha ido voltava, seguia então o compa-
nheiro, carregado por sua vez. Nada lhes escapava, 
nem mesmo as escadas dos pedreiros, os cavalos de 
pau, o banco ou a ferramenta dos marceneiros.
01. Unaerp-SP
O romance citado, cujo ambiente e personagens se carac-
terizam pela marginalidade em relação às classes mais favo-
recidas, trata, principalmente,
a. da máfia ligada aos construtores que controlavam as 
periferias.
b. do poder dos ladrões organizados em alguns pontos 
dos morros.
c. do descaso do Estado com relação às injustiças prati-
cadas pelas minorias.
d. da luta pela sobrevivência entre os moradores de 
agrupamentos suburbanos.
e. da dificuldade em se manter uma vida digna em meio 
a organizações criminosas.
02. Unaerp-SP
O trecho “Estes furtos eram feitos com todas as cautelas 
e sempre coroados do melhor sucesso, graças à circunstân-
cia de que nesse tempo a polícia não se mostrava muito por 
aquelas alturas.” mostra que o fato de as ações de João Ro-
mão e Bertoleza serem bem-sucedidas se deviam, em parte,
a. à ausência do Estado.
b. à burocracia da Justiça.
c. ao descaso da sociedade.
d. aos desmandos da polícia.
e. à fragilidade da democracia.
03. Unaerp-SP
Graciliano Ramos, autor de Vidas secas e São Bernardo, 
enquadra-se
a. no Pré-Modernismo.
b. na terceira geração do Modernismo.
c. no Pós-Modernismo.
d. na segunda geração do Modernismo.
e. na primeira geração do Modernismo.
04. Unicamp-SP
Leia duas passagens do poema “Olá! Negro”, de Jorge de 
Lima, e responda à questão.
A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!
E és tu que a alegras ainda com os teus jazzes.
Com os teus songs, com os teus lundus!
[...]
Não basta iluminares hoje as noites dos brancos 
com teus jazzes [...]
Olá, Negro! O dia está nascendo!
O dia está nascendo ou será a tua gargalhada que 
vem vindo?
Considerando o livro Poemas negros como um todo e a poé-
tica de Jorge de Lima, é correto afirmar que o último verso citado
a. manifesta o desprezo do negro pela situação deca-
dente da cultura do branco.
b. realiza a aproximação entre a alegria do negro e uma 
ideia de futuro.
c. remete à vingança do negro contra a violência a que 
foi submetido pelo branco.
d. funciona como um lamento, já que o nascer do dia não 
traz justiça social.05. UNCISAL
Leia o trecho de Vidas secas, de Graciliano Ramos, e res-
ponda à questão.
Estavam no pátio de uma fazenda sem vida. O 
curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e 
também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo 
anunciava abandono.
Certamente o gado se finara e os moradores ti-
nham fugido. Fabiano procurou em vão perceber 
um toque de chocalho. Avizinhou-se da casa, bateu, 
tentou forçar a porta. Encontrando resistência, pe-
netrou num cercadinho cheio de plantas mortas, ro-
deou a tapera, alcançou o terreiro do fundo, viu um 
barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, 
um pé de turco e o prolongamento da cerca do 
curral. Trepou-se no mourão do canto, examinou a 
Caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume 
dos urubus.
Considerando a temática e o significado dos termos utili-
zados no texto, é correto afirmar que
a. o autor explorou elementos constitutivos de uma 
paisagem surreal e abundante de comparações 
abstratas.
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b. aparecem indivíduos expatriados numa paisagem 
hostil, que desejam a fuga para espaços deslocados 
de sua realidade primitiva.
c. se observa uma tradição literária com base em sen-
timentalismos, responsáveis por evidenciar no texto 
uma forte tonalidade lírica.
d. se observa uma tendência literária fundamentada na 
expressão da realidade humana, com os quesitos de 
sofrimento e hostilidade da natureza.
e. se sintetizam características de um mundo imaginá-
rio, no qual as imagens aparecem desfocadas da reali-
dade imediata e não testemunham a paisagem.
06. ITA-SP
São Bernardo, de Graciliano Ramos, é obra representativa da 
Geração de 30. Em relação ao protagonista, podemos dizer que
a. mesmo sendo um proprietário de terras de perfil feu-
dal, não se envolve sexualmente com as serviçais da 
fazenda.
b. por ter cometido assassinatos para tornar-se o dono 
de sua propriedade, é um homem sem nenhum.traço 
de humanidade.
c. ele próprio reconhece que as muitas agruras pelas 
quais passou até enriquecer acabaram por lhe dar.
uma alma agreste.
d. após se tornar senhor da fazenda, esquece-se do passa-
do e abandona, até mesmo, a sua pobre mãe.de criação.
e. mesmo com a morte trágica da esposa, não chega a ques-
tionar o sentido dos atos que praticou ao.longo da vida.
07. IFSuldeMinas-MG
Sobre o romance Capitães da Areia, de Jorge Amado, é 
incorreto afirmar que
a. se trata de um livro cuja personagem central é coleti-
va, um grupo de meninos de rua.
b. as principais personagens masculinas são Pedro Bala, 
Sem Pernas, Volta Seca, Pirulito e Professor, e a figura 
feminina central é Dora.
c. o romance pretende denunciar um problema social: a 
questão do menor abandonado.
d. a obra de Jorge Amado representa o Ceará, descobrin-
do mazelas, violências e identificando grupos margi-
nalizados e revolucionários.
08. UNESP
Entre 11 de fevereiro e 3 de junho de 2018, o Museu de 
Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) abrigou a primeira expo-
sição nos Estados Unidos dedicada à pintora brasileira Tarsila 
do Amaral. Leia a apresentação de uma das pinturas expostas 
para responder à questão.
The painting Sleep (1928) is a dreamlike 
representation of tropical landscape, with this major 
motif of her repetitive figure that disappears in the 
background. This painting is an example of Tarsila’s 
venture into surrealism. Elements such as repetition, 
random association, and dreamlike figures are typical 
of surrealism that we can see as main elements of this 
composition. She was never a truly surrealist painter, 
but she was totally aware of surrealism’s legacy.
Disponível em: <www.moma.org>. Acesso em: abr. 2019. Adaptado.
A apresentação sublinha a influência de uma determina-
da vanguarda europeia sobre a pintura de Tarsila do Amaral. 
A influência dessa vanguarda europeia também se encontra 
nos seguintes versos do poeta modernista Murilo Mendes:
a. “No fim de um ano seu Naum progrediu,
 já sabe que tem Rui Barbosa, Mangue, Lampião.
 Joga no bicho todo dia, está ajuntando pro carnaval,
 depois do almoço anda às turras com a mulher.
 As filhas dele instalaram-se na vida nacional.
 Sabem dançar o maxixe
 conversam com os sargentos em bom brasileiro.” (Fa-
mília russa no Brasil)
b. “Eu sou triste como um prático de farmácia,
 sou quase tão triste como um homem que usa cos-
teletas.
 Passo o dia inteiro pensando nuns carinhos de mulher
 mas só ouço o tectec das máquinas de escrever.
 Lá fora chove e a estátua de Floriano fica linda.
 Quantas meninas pela vida afora!
 E eu alinhando no papel as fortunas dos outros.” (Mo-
dinha do empregado de banco)
c. “Ele acredita que o chão é duro
 Que todos os homens estão presos
 Que há limites para a poesia
 Que não há sorrisos nas crianças
 Nem amor nas mulheres
 Que só de pão vive o homem
 Que não há um outro mundo.” (O utopista)
d. “A costureira, moça, alta, bonita,
 ancas largas,
 os seios estourando debaixo do vestido,
 (os olhos profundos faziam a sombra na cara),
 morreu.
 Desde então o viúvo passa os dias no quarto olhando 
pro manequim.” (Afinidades)
e. “O cavalo mecânico arrebata o manequim pensativo
 que invade a sombra das casas no espaço elástico.
 Ao sinal do sonho a vida move direitinho as estátuas
 que retomam seu lugar na série do planeta.
 Os homens largam a ação na paisagem elementar
 e invocam os pesadelos de mármore na beira do infini-
to.” (O mundo inimigo)
09. Urca-CE
Sobre a obra Romanceiro da Inconfidência, de Cecília 
Meireles, é correto afirmar que
a. Inconfidência é um poema lírico-narrativo de viés his-
tórico que evoca em versos os personagens e o con-
texto da Inconfidência Mineira.
b. é o ápice da poética de Cecília Meireles enquanto 
poetisa neossimbolista.
c. é um extenso poema em que o eu poético reflete sobre 
uma temática sem que haja elementos narrativos.
d. Tiradentes, o alferes que a história transformou em 
herói, é apresentado na obra como indivíduo ambíguo 
e de moral discutível, numa clara contraposição lite-
rária à imagem apresentada pelos historiadores mais 
conservadores.
e. representa grande inovação na construção dos versos, 
marcando-se sua obra por experimentalismo radical da 
linguagem e referência a fontes vivas da língua popular.
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10. Unioeste-PR
Leia o texto e responda à questão.
Em tempos de depressão
Sim! Jovens e velhos, adultos e crianças, vivemos 
tempos de angústia e depressão.
A luz no fim do túnel – adágio popular bem co-
nhecido – não se apresenta ou é ofuscada por um 
sistema em que a violência, a insegurança, a cor-
rupção, a falta de emprego e outras mazelas andam 
à solta.
“Mas essa dor da vida que devora/ A ânsia de 
glória, o dolorido afã...” tem remédio? Ou será que 
apenas resta a desesperança? “O meu semblante 
está enxuto./ Mas a alma, em gotas mansas,/ Chora 
abismada no luto/ Das minhas desesperanças...”.
É irônico perceber que, muitas vezes, as pessoas 
oferecem aquilo que não possuem ou desconhecem: 
“Tanta gente também nos outros insinua/ Crenças, 
religiões, amor, felicidade”.
Talvez nos reste, ao final, como aquele “acrobata 
da dor”, o sarcasmo pungente do riso: “ri! Coração, 
tristíssimo palhaço”.
Assinale a alternativa cujos versos, pela ordem em que são 
citados no texto, correspondem a seus respectivos autores.
a. Gregório de Matos, Álvares de Azevedo, Jorge de Lima, 
Olavo Bilac.
b. Gregório de Matos, Olavo Bilac, Manuel Bandeira, Cruz 
e Sousa.
c. Álvares de Azevedo, Manuel Bandeira, Jorge de Lima, 
Cruz e Sousa.
d. Álvares de Azevedo,Gonçalves Dias, Jorge de Lima, 
Olavo Bilac.
e. Álvares de Azevedo, Jorge de Lima, Olavo Bilac, 
Manuel Bandeira.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 62.
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Módulo 8
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. Unaerp-SP
Leia o trecho do poema de Carlos Drummond de Andrade 
e responda à questão.
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
[...]
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem 
vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por 
serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os 
homens presentes,
a vida presente.
O trecho do poema revela que o autor
a. adere a uma nova poética, deixando para trás as pres-
sões estéticas do Modernismo.
b. apresenta preocupações de outra ordem, em relação 
às temáticas anteriores em sua obra.
c. prioriza os temas sociais em detrimento dos valores 
estéticos, presentes em sua obra até então.
d. divide-se entre a confusão sentimental expressa em 
seus versos e o apreço pelo rigor da estética.
e. revela um aprimoramento dos padrões estéticos mo-
dernistas em detrimento dos temas abordados.
02. Unaerp-SP
Leia o trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas, de 
Machado de Assis, e responda à questão.
Marcela esteve alguns instantes a olhar para 
mim, calados ambos, até que brandamente me des-
viou e, com um ar enfastiado:
— Não me aborreça, disse.
Levantou-se, sacudiu o vestido, ainda molhado, e 
caminhou para a alcova.
— Não! bradei eu; não hás de entrar... não que-
ro... Ia a lançar-lhe as mãos: era tarde; ela entrara e 
fechara-se.
Saí desatinado; gastei duas mortais horas em 
vaguear pelos bairros mais excêntricos e desertos, 
onde fosse difícil dar comigo. Ia mastigando o meu 
desespero, com uma espécie de gula mórbida; evo-
cava os dias, as horas, os instantes de delírio, e ora 
me comprazia em crer que eles eram eternos, que 
tudo aquilo era um pesadelo, ora, enganando-me a 
mim mesmo, tentava rejeitá-los de mim, como um 
fardo inútil. Então resolvia embarcar imediatamente 
para cortar a minha vida em duas metades, e delei-
tava-me com a ideia de que Marcela, sabendo da 
partida, ficaria ralada de saudades e remorsos. [...] 
devia de sentir alguma coisa, uma lembrança qualquer, 
como do alferes Duarte... Nisto, o dente do ciúme 
enterrava-se-me no coração; toda a natureza brada-
va que era preciso levar Marcela comigo.
Em relação ao narrador-personagem Brás Cubas, dentre 
as personagens femininas que se manifestam no romance, 
Marcela
a. é seu primeiro grande amor, mas uma possível união 
acaba frustrada em razão dos impedimentos criados 
pela família dela.
b. e sua rival, Virgília, após todas as encenações de ciú-
mes, acabam se distanciando dele, que termina soli-
tário e amargo.
c. acaba substituída por Eugênia, que se torna sua aman-
te e conquista o coração dele por muito mais tempo.
d. é a única que, após todos os conflitos gerados por si-
tuações amorosas posteriores, aceita ficar com ele.
e. é a primeira mulher com quem ele se envolve, sendo 
representativa de uma iniciação amorosa.
03. Unaerp-SP
Os romances Capitães da areia, de Jorge Amado, e O corti-
ço, de Aluísio Azevedo, apresentam, como tema comum,
a. segmentos sociais marginalizados e ignorados pelo 
Estado.
b. comunidades suburbanas com líderes carismáticos 
que orientam a ação das personagens.
c. pequenos grupos marginalizados que se organizam 
em torno da sistematização da violência.
d. a luta entre classes sociais, tanto no aspecto das rea-
ções violentas quanto no da conscientização coletiva.
e. personagens marginalizadas, em ambientes suburba-
nos, cuja evolução social conduz a sinais de conscien-
tização política.
04. UEG-GO
Observe a imagem, leia o poema de João Cabral de Melo 
Neto e responda à questão.
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Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
O poema apresenta uma linguagem permeada de alitera-
ções e assonâncias, o que lhe confere mais musicalidade, ao 
passo que a pintura apresenta traços de uma estética
a. expressionista.
b. impressionista.
c. fauvista.
d. dadaísta.
e. cubista.
05. IFSuldeMinas-MG
O conto “A menor mulher do mundo”, de Clarice Lispector, 
tem como tema a alteridade, ou seja, a relação eu/outro, marcada 
pelo tratamento da personagem feminina, Pequena Flor, como 
um objeto de curiosidade. Essa coisificação não se concretiza na
a. comparação entre ela e o macaco, depois entre ela e 
o cachorro.
b. recolha de dados relativos ao modo de vida da tribo a 
que a personagem pertencia.
c. reação da protagonista diante do olhar concentrado, 
determinado e examinador de Marcel Petre.
d. atitude dos leitores ante a publicação no jornal da foto 
seguida da matéria sobre a “menor mulher do mundo”.
06. IFSuldeMinas-MG
No conto de Clarice Lispector, o aspecto exótico, demar-
cado pela “raridade” da descoberta da “menor mulher do 
mundo”, é relativizado, principalmente, porque
a. a personagem estava grávida, o que a aproximava de 
outras mulheres.
b. a protagonista e sua tribo utilizam uma linguagem si-
milar à do pesquisador.
c. a pequena mulher compreendia o amor de maneira 
idêntica a dos demais seres humanos.
d. a menor mulher do mundo deixou clara a sua satisfa-
ção em “possuir”, enfatizada na narrativa.
07. IFSuldeMinas-MG
Sobre a obra Dois irmãos, de Milton Hatoum, considere as 
afirmações e assinale a alternativa correta.
I. O título faz referência a dois irmãos que, supostamen-
te, têm pais diferentes, nascendo daí uma rivalidade 
que destrói vidas e famílias.
II. O cenário principal da obra é a cidade de Manaus, va-
lorizando o porto, as ruas do centro, as praças e os 
bairros mais antigos.
III. Rânia casou-se com o primeiro pretendente que apare-
ceu para tentar esquecer o amor que sentia por Omar.
IV. Omar envolveu-se seriamente com duas mulheres: 
Dália e Pau-Mulato; porém, nos dois casos, a mãe dele 
interveio, provocando a separação.
V. Antes de morrer, Yaqub confessou que era o pai de Nael.
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente II e IV estão corretas.
c. Somente II, III e IV estão corretas.
d. Somente I, II e III estão corretas.
08. IFSuldeMinas-MG
Assinale a alternativa incorreta sobre a obra Dois irmãos, 
de Milton Hatoum.
a. A primeira cena que se registra no romance é a morte 
de Zana, mãe dos gêmeos e de Rânia.
b. Omar deixa o presídio um pouco antes de cumprir a 
pena graças aos níqueis acumulados por Halim.
c. À medida que a história evolui, Zana vai-se mostrando 
dominadora, moldando o destino do marido e dos filhos.
d. Por meio do professor Antenor Laval, o narrador fala da 
repressão política em Manaus.
09. UEPB
Leia as declarações feitas pelo antropólogo Néstor Gar-
cía Canclini, considere as afirmações e assinale a alternativa 
correta.
Nas últimas décadas, as cidades latino-america-
nas passarama conter entre 60 e 70% do total de 
habitantes. Mesmo nas zonas rurais, o folclore não 
tem o caráter fechado e estável do universo arcaico, 
pois se desenvolve em meio às relações versáteis 
que as tradições tecem com a vida urbana, com as 
migrações, o turismo, a secularização e as opções 
simbólicas oferecidas tanto pelos meios eletrônicos 
quanto pelos novos movimentos religiosos ou pela 
reformulação dos antigos.
I. A literatura regional brasileira contemporânea, como 
Ciço de Luzia, trata as tradições regionais sem contu-
do a mitificar num Nordeste utópico, eldorado de pai-
sagens bucólicas ou espaço sem vida, assolado pela 
seca.
II. A literatura regional brasileira contemporânea não 
consegue se livrar dos modelos rígidos do romance de 
30 e de seu ímpeto de provar uma tese sobre a região 
Nordeste do Brasil. Ciço de Luzia é um exemplo disso.
III. Em Ciço de Luzia, as duas falas encenadas na narra-
tiva, do narrador e dos personagens, demonstram um 
Nordeste em duas temporalidades, da tradição e de 
seus falares e do sujeito letrado que conta a história, 
o narrador.
a. I, II e III estão corretas.
b. Somente II e III estão corretas.
c. Somente I está correta.
d. Somente I e III estão corretas.
e. Somente III está correta.
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10. Urca-CE
Leia o texto e responda à questão.
Venenos de Deus, remédios do diabo: 
as incuráveis vidas de Vila Cacimba
— Noutro dia, você zangou-se comigo porque eu 
não o chamava pelo seu nome inteiro. Mas eu co-
nheço o seu segredo.
— Não tenho segredos. Quem tem segredos são 
as mulheres.
— O seu nome é Tsotsi. Bartolomeu Tsotsi.
— Quem lhe contou isso? De certeza que foi o 
cabrão do Administrador.
Acabrunhado, Bartolomeu aceitou. Primeiro, fo-
ram os outros que lhe mudaram o nome, no baptis-
mo. Depois, quando pôde voltar a ser ele mesmo, 
já tinha aprendido a ter vergonha de seu nome ori-
ginal. Ele se colonizara a si mesmo. E Tsotsi dera 
origem a Sozinho [Bartolomeu Sozinho].
— Eu sonhava ser mecânico, para consertar o 
mundo. Mas aqui para nós que ninguém nos ouve: 
um mecânico pode chamar-se Tsotsi?
— Ini nkabe dziua.
— Ah, o Doutor já anda a aprender a língua deles? 
— Deles? Afinal, já não é a sua língua?
— Não sei, eu já nem sei...
O português confessa sentir inveja de não ter 
duas línguas. E poder usar uma delas para perder o 
passado. E outra para ludibriar o presente.
— A propósito de língua, sabe uma coisa, Doutor 
Sidonho? Eu já me estou a desmulatar.
E exibe a língua, olhos cerrados, boca escancara-
da. O médico franze o sobrolho, confrangido: a mu-
cosa está coberta de fungos, formando uma placa 
esbranquiçada.
— Quais fungos? – reage Bartolomeu. — Eu es-
tou é a ficar branco de língua, deve ser porque só 
falo português...
O riso degenera em tosse e o português se afasta, 
cauteloso, daquele foco contaminoso. [...]
O médico olha para o parapeito e estremece de 
ver tão frágil, tão transitório aquele que é seu único 
amigo em Vila Cacimba. O aro da janela surge como 
uma moldura da derradeira fotografia desse teimoso 
mecânico reformado.
— Posso fazer-lhe uma pergunta íntima?
— Depende – responde o português.
— O senhor já alguma vez desmaiou, Doutor?
— Sim.
— Eu gostava muito de desmaiar. Não queria 
morrer sem desmaiar.
O desmaio é uma morte preguiçosa, um faleci-
mento de duração temporária. O português, que era 
um guarda-fronteira da Vida, que facilitasse uma es-
capadela dessas, uma breve perda de sentidos.
— Me receite um remédio para eu desmaiar.
O português ri-se. Também a ele lhe apetecia 
uma intermitente ilucidez, uma pausa na obrigação 
de existir.
— Uma marretada na cabeça é a única coisa que 
me ocorre.
Riem-se. Rir junto é melhor que falar a mesma 
língua. Ou talvez o riso seja uma língua anterior que 
fomos perdendo à medida que o mundo foi deixan-
do de ser nosso. [...]
COUTO, Mia. Venenos de Deus, remédios do diabo: as incuráveis 
vidas de Vila Cacimba. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
“Identidade nacional representa um conjunto de senti-
mentos que fazem com que um indivíduo se sinta parte de 
uma sociedade ou nação. A língua é um importante elemento 
na constituição da identidade de um povo. Ela permite reco-
nhecer membros da comunidade, diferenciar estrangeiros e 
transmitir tradições”. Assinale a alternativa em que não apa-
rece o sentimento de não pertencimento.
a. “Também a ele lhe apetecia uma intermitente ilucidez, 
uma pausa na obrigação de existir.” 
b. “Riem-se. Rir junto é melhor que falar a mesma língua. Ou 
talvez o riso seja uma língua anterior que fomos perden-
do à medida que o mundo foi deixando de ser nosso.”
c. “A propósito de língua, sabe uma coisa, Doutor Sido-
nho? Eu já me estou a desmulatar.”
d. “Depois, quando pôde voltar a ser ele mesmo, já tinha 
aprendido a ter vergonha de seu nome original.”
e. “O português confessa sentir inveja de não ter duas 
línguas. E poder usar uma delas para perder o passa-
do. E outra para ludibriar o presente.”
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 62.
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B.
Gabarito dos Exercícios Propostos
LÍNGUA PORTUGUESA 352
Módulo 1
01. C
02. A
03. A
04. E
05. E
06. A
07. C
08. D
09. B
10. C
Módulo 2
01. E
02. D
03. A
04. D
05. A
06. A
07. E
08. C
09. D
10. B
Módulo 3
01. B
02. E
03. B
04. B
05. C
06. D
07. E
08. C
09. D
10. V – V – V – F – V
Módulo 4
01. D
02. D
03. E
04. C
05. E
06. A
07. A
08. D
09. B
10. 07 (01 + 02 + 04)
Módulo 5
01. C
02. E
03. B
04. D
05. A
06. E
07. E
08. B
09. A
10. 03 (01 + 02)
Módulo 6
01. A
02. D
03. C
04. A
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05. D
06. C
07. D
08. D
09. A
10. 18 (02 + 16)
Módulo 7
01. D
02. A
03. D
04. B
05. D
06. C
07. D
08. E
09. A
10. C
Módulo 8
01. B
02. E
03. A
04. A
05. C
06. D
07. B
08. B
09. D
10. A
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Módulo 1 ���������������������������������������������������������������� 64
Módulo 2 ���������������������������������������������������������������� 68
Módulo 3 ���������������������������������������������������������������� 73
Módulo 4 ���������������������������������������������������������������� 76
Gabarito dos Exercícios Propostos������������������ 79
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Leia o texto e responda às questões 01 e 02.
O que querem os jovens
Da família à política, pesquisa com dez mil jovens 
revela os ideais da geração que vai mandar no Bra-
sil daqui a 20 anos
A juventude sempre foi vista como uma breve 
transição para a idade adulta. A ordem era traba-
lhar cedo, casar logo e constituir família. Os anos 
1960 romperam com esse padrão. Rebeldes, os 
jovens daquela década lutaram por várias causas, 
como liberdade política, sexual e igualdade entre 
os sexos, e criaramum ideal de juventude até hoje 
cultuado. Vinte anos depois, o espírito de rebeldia 
mantinha-se vivo, mas as causas eram mais difu-
sas. Hoje, a ditadura é uma lembrança e o confli-
to de gerações quase desapareceu. O jovem está 
preocupado em deslanchar na carreira (sem muito 
estresse), valoriza o suporte familiar e sua atuação 
política é menos partidária e mais social, como a 
defesa do meio ambiente. O que passa pela ca-
beça desta geração foi mapeado por um estudo 
da Organização das Nações Unidas para a Educa-
ção, a Ciência e a Cultura (Unesco). A pesquisa, 
inédita, com dez mil brasileiros de 15 a 29 anos, 
resultou no livro Juventudes: outros olhares sobre a 
diversidade, da coleção Educação para Todos, do 
Ministério da Educação. [...]
Para eles, a aparência é fundamental. Quase 
27% dos entrevistados disseram que a maneira de 
vestir os define.
Futilidade? Nada disso. A roupa é uma mensa-
gem. “É uma forma de o jovem marcar seu terri-
tório e anunciar qual é sua personalidade”, afirma 
a socióloga Miriam Abramovay, organizadora da 
obra e pesquisadora da Rede de Informação Tec-
nológica Latino-Americana.
[...] “Mesmo com violência, educação deficien-
te e um mercado de trabalho disputado, o jovem 
acredita que as dificuldades serão superadas”, diz 
Miriam. “É uma juventude forte, que mantém a 
esperança. São características fundamentais que 
fazem a sociedade evoluir.” Ao contrário de gera-
ções passadas, eles encontram confiança e segu-
rança em casa e têm na família sua maior fonte de 
alegria. É a ela que o estudante carioca Frederico 
Lacerda, 21 anos, dedica o tempo livre após o es-
tágio, a faculdade, a namorada e os esportes. Ele 
janta todos os dias com a mãe, a avó e os irmãos. 
Quando o pai, gerente geral de um hotel em Angra 
dos Reis (RJ), está no Rio, os filhos até cancelam 
compromissos. “Eu e meus irmãos fazemos ques-
tão disso. O ambiente em nossa casa é tão bom 
que amigos e namoradas gostam de frequentá-la.”
Outro mito derrubado pela pesquisa é o da 
alienação política. Há uma eterna – e injusta – 
comparação entre a juventude de hoje e a dos 
anos 1960. “Uma minoria da classe média parti-
cipou da luta contra a ditadura. Como foi um mo-
mento importante da história, esses jovens são 
‘idealizados’”, aponta a socióloga Miriam. Quase 
50% dos entrevistados no estudo da Unesco ad-
mitem que não dão a mínima para um comício, 
mas isso não significa falta de engajamento. A 
agenda mudou. A 1a Conferência Nacional de Po-
líticas Públicas de Juventude reuniu 2,5 mil jovens 
em Brasília, no final de abril. Os debates foram 
dominados por temas como emprego, educação, 
preservação do meio ambiente, legalização do 
aborto, discriminação contra negros e homosse-
xuais. “Há uma mobilização enorme por parte da 
juventude. Eles levantam bandeiras que não estão 
na pauta de partidos políticos”, afirma a socióloga 
Mary Garcia Castro, professora da Universidade 
Católica de Salvador. “São jovens mais sensíveis e 
tolerantes do que os do passado.”
[...] As bandeiras, hoje, são mais palpáveis. O 
jovem dá valor à educação – a pesquisa diz que 
37,4% dos entrevistados apontaram o bom nível 
de escolaridade como ferramenta imprescindível 
para conseguir emprego. Contudo, ele quer currí-
culos mais condizentes com o mundo real. “Eles 
não pretendem abandonar a reflexão. Mas um 
mercado de trabalho pouco inclusivo exige co-
nhecimento prático”, diz o professor Alessandro 
de Leon, reitor da Universidade da Juventude, for-
madora de gestores em políticas para os jovens.
Na pesquisa, salta aos olhos o pouco acesso 
dos jovens a bens culturais. Metade dos entre-
vistados nunca pôs os pés no cinema e mais de 
70% deles nunca foram ao teatro ou ao museu. 
[...] Nos últimos anos, o acesso a esses espaços, 
sobretudo nas grandes cidades, melhorou com 
a meia-entrada obrigatória para estudantes e a 
instituição de ingressos a preços populares em 
algum dia da semana ou até a entrada gratuita. 
O transporte, porém, ainda é um problema. São ne-
cessárias políticas públicas para eliminar o obstá-
culo da distância, principalmente para o jovem da 
periferia. Em casa, o tempo livre desta geração é 
dominado pela tevê. A leitura é a última opção. 
Quase 20% não abriram um livro sequer nos últi-
mos 12 meses.
Quando se compara o mundo de hoje com o de 
40 anos atrás é na sexualidade que os costumes 
mais se transformaram. [...] Dados de uma pesqui-
sa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
(Ipea), divulgada em abril, apontam que 53% dos 
jovens usam camisinha na primeira relação sexual. 
Em 1986, eram apenas 9%. A pesquisa da Unesco 
mostra que há uma diferença entre moças e rapa-
zes. Elas exigem do parceiro o preservativo para 
Módulo 1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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evitar a gravidez (35,3%). Eles querem se preca-
ver, sobretudo, das DSTs (29,3%). “Isso reflete a 
preocupação de cada um com o que atinge direta-
mente o próprio corpo”, diz Miriam, organizadora 
do livro.
O que não será diferente tão cedo é a permis-
são de dormir na casa dos pais com o parceiro. 
Isso é permitido para 33% dos rapazes e para ape-
nas 8,5% das garotas. [...] Segundo a pesquisa, são 
os jovens entre 15 e 17 anos os mais otimistas. 
O nível de satisfação com a própria vida chega a 
85% nesta faixa etária. O percentual cai para 71% 
aos 26 anos e para 69% aos 29. Esta queda coin-
cide com a fase em que surgem dúvidas sobre a 
profissão escolhida, afirma Denise Barreto, sócia 
diretora da Gnext Talent Search, empresa de re-
crutamento. “É a idade em que há maior incerteza 
quanto à carreira e falta segurança sobre qual o 
melhor caminho a seguir.”
FRUTUOSO, Suzane. Disponível em: <http://www.istoe.com.br/
reportagens/11266_O>. Acesso em: dez. 2014. Adaptado.
01. UNEAL
De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.
a. Antes dos anos 1960, a ordem dos pais para os filhos 
era que eles trabalhassem cedo, casassem logo e 
constituíssem famílias.
b. Pesquisa realizada com 10 mil jovens brasileiros revela 
que os jovens da atualidade não se importam mais com 
as causas sociais, pois as pessoas estão cada vez mais 
egoístas e o jovem só pensa em deslanchar na vida pro-
fissional.
c. A maioria dos jovens entrevistados na pesquisa disse 
que a aparência é fundamental, que a maneira de ves-
tir os define e que a roupa é uma mensagem.
d. Para o estudante carioca Frederico Lacerda, a família é 
prioridade, pois o estágio, a faculdade, a namorada e 
os esportes ficam sempre em segundo plano.
e. Os jovens,nos dias de hoje, continuam engajados poli-
ticamente e dão valor à educação, apesar de o acesso 
a bens culturais ser pouco e também ser baixa a por-
centagem dos jovens que leem.
02. UNEAL
Na oração “Os anos 1960 romperam com esse padrão.” 
(primeiro parágrafo do texto), qual é o “padrão” a que se refere 
essa expressão?
a. Lutar por várias causas, como liberdade política, se-
xual e igualdade entre os sexos, e criar um ideal de 
juventude.
b. Preocupar-se em deslanchar na carreira.
c. Valorizar o suporte familiar.
d. Trabalhar cedo, casar logo e constituir família.
e. Atuar politicamente de forma menos partidária e mais 
social.
Leia o texto e responda às questões 03 e 04.
Numa sociedade fortemente hierarquizada, em 
que as pessoas se ligam entre si e essas ligações 
são consideradas como fundamentais (valendo 
mais, na verdade, do que as leis universalizantes 
que governam as instituições e as coisas), as rela-
ções entre senhores e escravos podiam se realizar 
com muito mais “intimidade, confiança e conside-
ração”. Aqui, o senhor não se sente ameaçado ou 
culpado por estar submetendo um outro homem 
ao trabalho escravo, mas, muito pelo contrário, 
ele vê o negro como seu “complemento natural”, 
como um “outro” que se dedicaao trabalho duro, 
mas complementar às suas próprias atividades 
que são as do espírito. Assim a lógica do sistema 
de relações sociais no Brasil é a de que pode ha-
ver intimidade entre senhores e escravos, superio-
res e inferiores, porque o mundo está realmente 
hierarquizado, tal qual o céu da Igreja Católica, 
também repartido e totalizado em esferas, círcu-
los, planos, todos povoados por anjos, arcanjos, 
querubins, santos de vários méritos etc., sendo 
tudo consolidado na Santíssima Trindade, todo e 
parte ao mesmo tempo; igualdade e hierarquia da-
dos simultaneamente. O ponto crítico de todo nosso 
sistema é a sua profunda desigualdade.[...] Neste sis-
tema, não há necessidade de segregar o mestiço, 
o mulato, o indígena e o negro, porque as hierar-
quias asseguram a superioridade do branco como 
grupo dominante.
MATTA, Roberto da. Relativizando – Uma introdução à antropologia social.
03. ESPM-SP
Segundo o texto,
a. o escravo nunca ameaçava o senhor quando havia 
intimidade, confiança e consideração.
b. as relações familiares criadas entre senhores e es-
cravos acabaram lançando as bases das leis univer-
salizantes.
c. em sistemas sociais fortemente hierarquizados, o 
trabalho escravo substituía as atividades do espírito. 
d. em sociedade hierarquizada, senhores e escravos 
eram percebidos naturalmente como complementares.
e. hierarquia e complementaridade são formas natu-
rais de relações sociais.
04. ESPM-SP
Depreende-se do texto que
a. o sentimento de culpa do senhor, gerado pelo grau de 
intimidade com o negro escravo, ficava escamoteado.
b. a ideia de trabalho escravo era relativizada pelas rela-
ções existentes entre senhores e escravos.
c. a Igreja Católica tem um modelo hierárquico herdado 
de um sistema escravocrata de relações.
d. dadas as relações amistosas, havia, embora de modo 
parcial, igualdade entre senhores e escravos.
e. numa sociedade em que um grupo social é supe-
rior, justifica-se manter a segregação de grupos 
considerados inferiores.
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05. ESPM-SP
A crise mundial da água e a 
desigualdade social
A escassez de água no mundo é agravada em 
virtude da desigualdade social e da falta de mane-
jo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De 
acordo com os números apresentados pela Orga-
nização das Nações Unidas (ONU), fica claro que 
controlar o uso da água significa deter poder.
As diferenças registradas entre os países desen-
volvidos e aqueles em desenvolvimento chocam e 
evidenciam que a crise mundial dos recursos hídri-
cos está diretamente ligada às desigualdades so-
ciais. Em regiões onde a situação de falta de água já 
atinge índices críticos de disponibilidade, como nos 
países do continente africano, a média de consumo 
diário de água é de dez a quinze litros por pessoa. Já 
em Nova York, há um consumo exagerado de água 
doce tratada e potável, onde um cidadão chega a 
gastar dois mil litros por dia.
Disponível em: <http://www.sosmatatlantica.org.
br>. Acesso em: jul. 2019. Adaptado.
Pela análise do texto, pode-se concluir que
a. há uma estreita relação entre a disponibilidade de re-
cursos hídricos e o desenvolvimento.
2. a desigualdade social afeta a possibilidade de se faze-
rem usos sustentáveis dos recursos naturais.
3. as vantagens do poder também passam pelo poten-
cial hídrico das comunidades.
4. no continente africano, a situação de falta d’água já 
chega a níveis críticos de disponibilidade.
Estão corretas
a. 3 e 4, apenas.
b. 3 e 4, apenas.
c. 1, 2 e 4, apenas.
d. 2 e 3, apenas.
e. 1, 2, 3 e 4.
06. Unicamp-SP
Leia o texto, publicado no Instagram e em um livro do 
@akapoeta João Doederlein, e responda à questão.
estrela (s.f.)
é quem, feito catapora, se multiplicou no céu, di-
ria Carpinejar. são as manchas que o universo não 
tem vergonha de mostrar. são as pintas nas suas 
costas e as sardas no seu rosto. são as memórias de 
quem já partiu.é onde escreve o destino.
é o brilho particular que algumas pessoas carre-
gam no olhar.
DOEDERLEIN, João. O livro dos ressignificados. São Paulo: Paralela, 2017.
A ressignificação de estrela ocorre porque o verbete 
apresenta
a. diversas acepções dessa palavra de modo amplo, lite-
ral e descritivo.
b. cinco definições da palavra relativas à realidade e 
uma definição figurada. 
c. vários contextos de uso que evidenciam o caráter ex-
positivo do gênero verbete.
d. uma entrada formal de dicionário e acepções que ex-
pressam visões particulares.
07. ITA-SP
Leia a charge e responda à questão.
Disponível em: <http://desdiscursos.blogspot.com/2011/12/
crimes-ambientais.html>. Acesso em: set. 2018.
Assinale a alternativa que exprime o teor crítico da charge.
a. A pichação somente contribui para o aumento da po-
luição visual da cidade.
b. É necessário investir efetivamente em educação para 
a conscientização ambiental.
c. Há incoerência entre a proibição governamental e sua 
efetiva fiscalização.
d. A pichação é uma forma ilegítima de protesto social e 
educacional.
e. Os pichadores demonstram total indiferença com o 
meio ambiente e a lei.
08. CPS-SP
Leia a tira de Antônio Cedraz e responda à questão.
Xaxado, ano 1. Salvador: Editora e Estúdio Cedraz, 2003.
Podemos apontar como causa da mudança de atitude do 
personagem, no último quadrinho, o fato de
a. identificar-se culturalmente com o cartaz do último 
quadrinho.
b. admirar o trabalho do ator do cartaz do último quadrinho.
c. não apreciar o figurino dos personagens dos quadri-
nhos anteriores.
d. não gostar dos filmes de ação anunciados nos dois 
primeiros quadrinhos.
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[...]
Numa festa imodesta como esta
Vamos homenagear
Todo aquele que nos empresta sua testa
Construindo coisas pra se cantar
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
E que o otário silencia
Toda festa que se dá ou não se dá
Passa pela fresta da cesta e resta a vida.
Acima do coração que sofre com razão
A razão que volta do coração
E acima da razão a rima
E acima da rima a nota da canção
Bemol natural sustenida no ar
Viva aquele que se presta a esta ocupação
Salve o compositor popular
VASCONCELLOS, Gilberto de, Música popular: de olho 
na fresta. Rio de Janeiro: Graal, 1977. 
É correto afirmar que, na canção, essa “linguagem da 
fresta” transparece
a. na contradição entre festa e fresta, que funciona como 
crítica ao malandro.
b. na repetição de palavras com pronúncia semelhante 
para louvar a MPB.
c. na referência à fresta como forma de o compositor se 
pronunciar.
d. na incoerência da rima entre festa e imodesta para 
prestigiar o compositor.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 79.
09. Fuvest-SP
Leia o texto e responda à questão.
Seria difícil encontrar hoje um crítico literário res-
peitável que gostasse de ser apanhado defendendo 
como uma ideia a velha antítese estilo e conteúdo. 
A esse respeito prevalece um religioso consenso. 
Todos estão prontos a reconhecer que estilo e con-
teúdo são indissolúveis, que o estilo fortemente in-
dividual de cada escritor importante é um elemento 
orgânico de sua obra e jamais algo meramente 
“decorativo”.
Na prática da crítica, entretanto, a velha antítese 
persiste praticamente inexpugnada.
SONTAG, Susan. “Do estilo”. Contra a interpretação.
Consideradas no contexto, as expressões “religioso con-
senso”, “orgânico” e “inexpugnada”, podem ser substituídas, 
sem alteração de sentido, respectivamente, por
a. místico entendimento; biológico; invencível.
b. piedoso acordo; puro; inesgotável.
c. secular conformidade; natural; incompreensível.d. fervorosa unanimidade; visceral; insuperada.
e. espiritual ajuste; vital; indomada.
10. Unicamp-SP
Leia o texto e responda à questão.
Para driblar a censura imposta pela ditadura 
militar, compositores de música popular brasileira 
(MPB) valiam-se do que Gilberto Vasconcellos cha-
mou de “linguagem da fresta”, expressão inspirada 
na canção “Festa imodesta”, de Caetano Veloso.
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01. UEPB
Leia o texto e responda à questão.
Reescrever, editar e remixar na 
era digital: novos conteúdos?
Os historiadores da escrita defendem que ela 
passou por três grandes fases: manuscrita, livro im-
presso e eletrônica, cada uma definida por diferen-
tes materiais e instrumentos. Também advertem que 
cada uma sobrevive ilimitadamente nas seguintes, 
adequando-se a diferentes áreas de uso. Ao mesmo 
tempo que nascem novas práticas, nada desaparece, 
tudo se reorganiza.
Portanto, se apresentar as culturas escritas às 
crianças e aos jovens é fundamental, nos encontra-
mos diante de um desafio: a cultura escrita é diver-
sa. Ela existe de um modo manual, tanto a impres-
sa como a digital. A questão não se reduz a deixar 
de escrever no papel para fazê-lo no computador. 
Quando se usam papel ou computador, são manti-
dos, em parte, os conteúdos a ensinar, mas se im-
põem novos e isso nos faz reformular o ensino.
Revista Nova Escola, São Paulo: Abril, 
ano XXVIII, n. 260, mar. 2013.
A ideia central do fragmento de texto enfatiza
a. a incorporação das tecnologias de informação e co-
municação, deixando de lado práticas tradicionais 
de escrita.
b. a predominância do acesso ao computador, tendo em 
vista o avanço da tecnologia.
c. a preocupação com o avanço da tecnologia que está 
prejudicando a competência de escrita dos alunos.
d. a dependência do computador, levando a escola a 
priorizar textos digitais.
e. a necessidade de refletir sobre os novos modos de co-
municação e práticas de leitura e escrita na contem-
poraneidade.
Leia o texto e responda às questões 02 e 03.
Entre o espaço público e o privado
Excluídos da sociedade, os moradores de rua 
ressignificam o único espaço que lhes foi permiti-
do ocupar, o espaço público, transformando-o em 
seu “lugar”, um espaço privado. Espalhados pelos 
ambientes coletivos da cidade, fazendo comida no 
asfalto, arrumando suas camas, limpando as calça-
das como se estivessem dentro de uma casa: assim 
vivem os moradores de rua. Ao andar pelas ruas 
de São Paulo, vemos essas pessoas dormindo nas 
calçadas, passando por situações constrangedoras, 
pedindo esmolas para sobreviver. Essa é a realidade 
das pessoas que fazem da rua sua casa e nela cons-
troem sua intimidade. Assim, a ideia de individuali-
zação que está nas casas, na separação das coisas 
por cômodos e quartos que servem para proteger 
a intimidade do indivíduo, ganha outro sentido. O 
viver nas ruas, um lugar aparentemente inabitável, 
tem sua própria lógica de funcionamento, que vai 
além das possibilidades.
A relação que o homem estabelece com o espa-
ço que ocupa é uma das mais importantes para sua 
sobrevivência. As mudanças de comportamento so-
cial foram sempre precedidas de mudanças físicas 
de local. Por mais que a rua não seja um local para 
viver, já que se trata de um ambiente público, de 
passagem e não de permanência, ela acaba sendo, 
senão única, a mais viável opção. Alguns pensado-
res já apontam que a habitação é um ponto base e 
adquire uma importância para harmonizar a vida. O 
pensador Norberto Elias comenta que “o quarto de 
dormir tornou-se uma das áreas mais privadas e ín-
timas da vida humana. Suas paredes visíveis e invi-
síveis vedam os aspectos mais ‘privados’, ‘íntimos’, 
irrepreensivelmente ‘animais’ da nossa existência à 
vista de outras pessoas”.
O modo como essas pessoas constituem o único 
espaço que lhes foi permitido indica que consegui-
ram transformá-lo em “seu lugar”, que aproxima-
ram, cada um à sua maneira, dois mundos nos quais 
estamos inseridos: o público e o privado.
RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono. 
Disponível em: <http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/
edicoes/32/artigo194186-4.asp>. Acesso em: ago. 2014.
02. PUC-RS
Pela leitura do texto, é possível concluir que
a. os moradores de rua não têm preocupação com sua 
intimidade.
b. aqueles que fazem da rua sua casa dão um novo signi-
ficado para seus objetos pessoais.
c. as ruas têm uma lógica própria de funcionamento, que 
inviabiliza a proteção do indivíduo.
d. os excluídos constroem nas ruas limites invisíveis 
para substituir o espaço que lhes é vedado.
e. os aspectos mais violentos da existência humana são 
expostos por aqueles que vivem na rua.
03. PUC-RS
Considere as afirmações sobre organização das ideias no 
texto, marque V para verdadeiro, F para falso e assinale a al-
ternativa que apresenta a sequência correta.
( ) A sequência descritiva do primeiro parágrafo confere 
concretude às ideias apresentadas.
( ) Há uma relação de oposição entre as duas últimas 
frases do primeiro parágrafo.
( ) O segundo parágrafo discorre sobre as causas da 
situação, apresentando argumentos com base em 
dados históricos.
( ) A última frase do texto reforça o ponto de vista do au-
tor e propõe uma solução para o problema discutido.
Módulo 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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a. V – F – V – F
b. V – F – F – F
c. F – F – F – V
d. V – V – V – F
e. F – V – F – V
04. UEG-GO
Leia o texto e responda à questão.
Por razões tanto pedagógicas quanto científicas, é 
importante perceber que as formas e construções do 
português não padrão fazem parte de uma variedade 
da língua que tem uma gramática própria, e que essa 
gramática permite uma comunicação muito eficaz. 
No português não padrão que se fala no Brasil, a con-
jugação verbal reduziu-se, é verdade, a duas formas:
Eu falo
Você
Ele/ela
Nós/a gente fala
Vocês
Eles/elas
Comparado com a representação da gramática 
normativa, que traz seis formas e seis pronomes di-
ferentes, esse paradigma verbal tem tudo para pare-
cer pobre. Mas o inglês e o francês falado também 
usam só duas ou três formas, e ninguém se lembra-
ria de dizer que isso é um problema para aquelas lín-
guas. Note-se que a variedade não padrão que dis-
tingue nóis cantamo de nóis cantemo consegue 
distinguir morfologicamente dois tempos do verbo 
(o presente e o pretérito perfeito), uma diferença im-
portante que o português brasileiro culto não con-
segue marcar e que o português europeu marca por 
uma distinção de nasalidade.
Em suma, quando tratamos de qualquer varie-
dade não padrão do português brasileiro, estamos 
diante de outro código, e não de erros devido às 
condições cognitivas dos falantes. Do ponto de vista 
pedagógico, é fundamental perceber que os alunos 
que chegam à escola falando uma variedade não pa-
drão precisam aprender a norma-padrão como uma 
espécie de língua estrangeira.
ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: 
a língua que estudamos, a língua que falamos. 
São Paulo: Contexto, 2006. Adaptado.
A expressão “Note-se que” exerce um papel importante 
na organização argumentativa do segundo parágrafo, carac-
terizando-se como um elemento
a. causal que exerce o papel de um operador de cau-
sa/efeito.
b. interpelativo que realça a complementação do ar-
gumento.
c. metadiscursivo que marca a introdução de uma 
paráfrase.
d. concessivo que equivale a “Não obstante o que foi dito”.
05. Fuvest-SP
Leia o texto e responda à questão.
Olhar para o céu noturno é quase um privilégio 
emnossa atribulada e iluminada vida moderna. […] 
Companhias de turismo deveriam criar “excursões 
noturnas”, em que grupos de pessoas são transpor-
tados até pontos estratégicos para serem instruídos 
por um astrônomo sobre as maravilhas do céu no-
turno. Seria o nascimento do “turismo astronômico”, 
que complementaria perfeitamente o novo turismo 
ecológico. E por que não?
Turismo astronômico ou não, talvez a primeira 
impressão ao observarmos o céu noturno seja uma 
enorme sensação de paz, de permanência, de pro-
funda ausência de movimento, fora um eventual 
avião ou mesmo um satélite distante (uma estrela 
que se move!). Vemos incontáveis estrelas, emitindo 
sua radiação eletromagnética, perfeitamente indife-
rentes às atribulações humanas.
Essa visão pacata dos céus é completamente di-
ferente da visão de um astrofísico moderno. As ino-
centes estrelas são verdadeiras fornalhas nucleares, 
produzindo uma quantidade enorme de energia a 
cada segundo. A morte de uma estrela “modesta” 
como o Sol, por exemplo, virá acompanhada de uma 
explosão que chegará até a nossa vizinhança, trans-
formando tudo o que encontrar pela frente em poeira 
cósmica. (O leitor não precisa se preocupar muito. O 
Sol ainda produzirá energia “docilmente” por mais 
uns 5 bilhões de anos.)
Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos.
O autor considera a possibilidade de se olhar para o céu 
noturno a partir de duas distintas perspectivas, que se evi-
denciam no confronto das expressões
a. maravilhas do céu noturno/sensação de paz.
b. instruídos por um astrônomo/visão de um astrofísico.
c. radiação eletromagnética/quantidade enorme de energia.
d. poeira cósmica/visão de um astrofísico.
e. ausência de movimento/fornalhas nucleares.
06. Unicamp-SP
Leia os textos e responda à questão.
Disponível em: <https://www.facebook.com/
SeboItinerante/photos/>. Acesso em: maio 2018.
Acho que só devemos ler a espécie de livros que 
nos ferem e trespassam. Um livro tem que ser como 
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um machado para quebrar o mar de gelo do bom 
senso e do senso comum.
KAFKA, Franz, Carta a Oscar Pollak, 1904. Adaptado.
Disponível em: <https://laboratoriode sensibilidades.
wordpress.com>. Acesso em: maio 2018.
Assinale o excerto que confirma os dois textos apre-
sentados.
a. “A leitura é, fundamentalmente, processo político. 
Aqueles que formam leitores – professores, bibliote-
cários – desempenham um papel político.” (Marisa 
Lajolo, A formação do leitor no Brasil. São Paulo: Ática, 
1996, p. 28.)
b. “Pelo que sabemos, quando há um esforço real de 
igualitarização, há aumento sensível do hábito de 
leitura, e portanto difusão crescente das obras.” 
(Antonio Candido, Vários escritos. São Paulo: Duas 
cidades, 2004, p.187.)
c. “Ler é abrir janelas, construir pontes que ligam o que 
somos com o que tantos outros imaginaram, pensa-
ram, escreveram; ler é fazer-nos expandidos.” (Gilber-
to Gil, Discurso no lançamento do Ano Ibero-America-
no da Leitura, 2004.)
d. “A leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de so-
nhar, por que não sonhar os meus próprios sonhos?” 
(Fernando Pessoa, Páginas íntimas e de Autointerpre-
tação. São Paulo: Ática, 1966, p. 23.)
07. Eear-SP
— Nem remédio ingeri, a moribunda esclarecia.
Passando para o discurso indireto o fragmento apresen-
tado, de acordo com a norma gramatical, tem-se:
a. Esclarecia a moribunda que nem ingeriria remédio.
b. A moribunda esclareceu que nem remédio iria ingerir.
c. Que nem remédio iria ingerir, a moribunda esclareceria.
d. A moribunda esclarecia que nem remédio tinha ingerido.
Leia os textos e responda às questões de 08 a 10.
Pichação-arte é pixação?
As discussões muitas vezes acaloradas sobre 
o reconhecimento da pixação como expressão 
artística trazem à tona um questionamento con-
ceitual importante: uma vez considerado arte 
contemporânea, o movimento perderia sua essên-
cia? Para compreendermos os desdobramentos 
da pixação, alguns aspectos presentes no graffiti 
são essenciais e importantes de serem resgatados. 
O graffiti nasceu originalmente nos EUA, na dé-
cada de 1970, como um dos elementos da cultura 
hip-hop (Break, MC, DJ e Graffiti). Daí até os dias 
atuais, ele ganhou em força, criatividade e técni-
ca, sendo reconhecido hoje no Brasil como graffiti 
artístico. Sua caracterização como arte contem-
porânea foi consolidada definitivamente por volta 
do ano 2000.
A distinção entre graffiti e pixação é clara; ao 
primeiro é atribuída a condição de arte, e o se-
gundo é classificado como um tipo de prática de 
vandalismo e depredação das cidades, vinculado 
à ilegalidade e marginalidade. Essa distinção das 
expressões deu-se em boa parte pela instituciona-
lização do graffiti, com os primeiros resquícios já 
na década de 1970.
Esse desenvolvimento técnico e formal do graffiti 
ocasionou a perda da potência subversiva que o 
marca como manifestação genuína de rua e ca-
minha para uma arte de intervenção domesticada 
enquadrada cada vez mais nos moldes do sistema 
de arte tradicional. O grafiteiro é visto hoje como 
artista plástico, possuindo as características de 
todo e qualquer artista contemporâneo, incluindo 
a prática e o status. Muito além da diferenciação 
conceitual entre as expressões – ainda que elas 
compartilhem da mesma matéria-prima – trata-se 
de sua força e essência intervencionista.
Estudos sobre a origem da pixação afirmam 
que o graffiti nova-iorquino original equivale à 
pixação brasileira; os dois mantêm os mesmos 
princípios: a força, a explosão e o vazio. Uma das 
principais características do pixo é justamente 
o esvaziamento sígnico, a potência esvaziada. 
Não existem frases poéticas, nem significados. 
A pichação tem dimensão incomunicativa, fe-
chada, que não conversa com a sociedade. Pelo 
contrário, de certa forma, a agride. A rejeição do 
público geral reside na falta de compreensão e 
intelecção das inscrições; apenas os membros 
da própria comunidade de pixadores decifram o 
conteúdo.
A significância e a força intervencionista do 
pixo residem, portanto, no próprio ato. Ela é evi-
denciada pela impossibilidade de inserção em 
qualquer estatuto preestabelecido, pois isso pres-
suporia a diluição e a perda de sua potência signo-
-estética. Enquanto o graffiti foi sendo introduzido 
como uma nova expressão de arte contemporâ-
nea, a pichação utilizou o princípio de não autori-
zação para fortalecer sua essência.
Mas o quão sensível é essa forma de expressão 
extremista e antissistema como a pixação? Como 
lidar com a linha tênue dos princípios estabelecidos 
para não cair em contradição? Na 26a Bienal de Arte 
de São Paulo, em 2004, houve um caso de pixo na 
obra do artista cubano naturalizado americano, Jor-
ge Pardo. Seu comentário, diante da intervenção, foi 
“Se alguém faz alguma coisa no seu trabalho, isso 
é positivo, para mim, porque escolheram a minha 
peça entre as expostas” […]. “Quem fez isso deve 
discordar de alguma coisa na obra. Pode ser outro 
artista fazendo sua própria obra dentro da minha. 
Pode ser só uma brincadeira” e finalizou dizendo 
que “pichar a obra de alguém também não é tão 
incomum. Já é tradicional”.
É interessante notar, a partir do depoimento de 
Pardo, a recorrência de padrões em movimentos 
de qualquer natureza, e o inevitável enquadra-
mento em algum tipo de sistema, mesmo que im-
posto e organizado pelos próprios elementos do 
grupo. Na pixação, levando em conta o “sistema” 
em que estão inseridos, constatamos que também 
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passa longe de ser perfeito;existe rivalidade pe-
sada entre gangues, hierarquia e disputas pelo 
“poder”.
Em 2012, a Bienal de Arte de Berlim, com o 
tema “Forget Fear”, considerado ousado, priorizou 
fatos e inquietações políticas da atualidade. Os pi-
xadores brasileiros, Cripta (Djan Ivson), Biscoito, 
William e R.C., foram convidados na ocasião para 
realizar um workshop sobre pixação em um espaço 
delimitado, na igreja Santa Elizabeth. Eles com-
pareceram. Mas não seguiram as regras impostas 
pela curadoria, ao pixar o próprio monumento. O 
resultado foi tumulto e desentendimento entre os 
pixadores e a curadoria do evento.
O grande dilema diante do fato é que, ao acei-
tarem o convite para participar de uma bienal de 
arte, automaticamente aceitaram as regras e o 
sistema imposto. Mesmo sem adotar o comporta-
mento esperado, caíram em contradição. Por ou-
tro lado, pela pichação ser conhecidamente trans-
gressora (ou pelo jeito, não tão conhecida assim), 
os organizadores deveriam pressupor que eles 
não seguiriam padrões preestabelecidos. 
Embora existam movimentos e grupos que 
consideram, sim, a pixação como forma de arte, 
como é o caso dos curadores da Bienal de Berlim, 
há uma questão substancial que permeia a reali-
dade dos pichadores. Quem disse que eles querem 
sua expressão reconhecida como arte? Se arte 
pressupõe, como ocorreu com o graffiti, adaptar-
-se a um molde específico, seguir determinadas 
regras e por consequência ver sua potência inter-
vencionista diluída e branda, é muito improvável 
que tenham esse desejo.
A representação da pixação como forma de ex-
pressão destrutiva, contra o sistema, extremista 
e marginalizada é o que a mantêm viva. De certo 
modo, a rejeição e a ignorância do público é o que 
garante sua força intervencionista e a tão impor-
tante e sensível essência.
CARVALHO, M. F. Pichação-arte é pixação? Revista 
Arruaça. Cásper Líbero, 2013. Adaptado.
Disponível em: <https://casperlibero.edu.br/revistas/
pichacao-arte-e-pixacao/> Acesso em: maio 2018. 
08. ITA-SP
De acordo com o texto, é incorreto afirmar que
a. a comunidade de pichadores não necessariamente 
demonstra interesse no reconhecimento da pichação 
como um movimento artístico.
b. os pichadores assumem uma forma de expressão 
mais provocadora, ao transgredir até mesmo as regras 
das instituições culturais.
c. a pichação é uma forma de expressão marginalizada, 
assumida por alguns grupos como traço identitário.
d. os códigos e as mensagens manifestados na picha-
ção costumam ser compreendidos somente pela pró-
pria comunidade de pichadores.
e. a essência da pichação é ser uma forma de expressão 
utilizada para delimitação de territórios por gangues e 
grupos rivais.
09. ITA-SP
Podemos afirmar que o texto
a. entende que grafite é arte desprovida de crítica social 
e pichação simboliza a revolta popular.
b. considera grafite como arte institucionalizada e picha-
ção como manifestação popular transgressora.
c. reconhece que a preocupação estética é exatamente 
a mesma em ambas as manifestações.
d. defende que o “pixo” é arte, ainda que não apresente 
mensagens poéticas identificáveis.
e. assume que pichação e grafite transmitem a mesma 
mensagem, mas em contextos sociais diferentes.
10. ITA-SP
Leia o texto, considere as afirmações e assinale a alter-
nativa correta.
Um muro para pichar
Em frente da minha casa existe um muro enor-
me, todo branco. No Facebook, uma postagem me 
chama atenção: é um muro virtual e a brincadeira é 
pichá-lo com qualquer frase que vier à cabeça. Não 
quero pichar o mundo virtual, quero um muro de 
verdade, igual a este de frente para a minha casa. 
Pelas ruas e avenidas, vou trombando nos muros es-
palhados pelos quarteirões, repletos de frases tolas, 
xingamentos e erros de português. Eu bem poderia 
modificar isso.
“O caminho se faz caminhando”, essa frase ge-
nial, tão forte e certeira do poeta espanhol Antonio 
Machado, merece aparecer em diversos muros. Bas-
ta pensar um pouco e imaginar; de fato, não há ca-
minho, o caminho se faz ao caminhar.
De repente, vejo um prédio inteiro marcado por 
riscos sem sentido e me calo. Fui tentar entender e 
não me faltaram explicações: é grafite, é tribal, coi-
sas de difícil compreensão. As explicações prosse-
guem: grafite é arte, pichar é vandalismo. O peque-
no vândalo escondido dentro de mim busca frases 
na memória e, então, sinto até o cheiro da lama de 
Woodstock em letras garrafais: “Não importam os 
motivos da guerra, a paz é muito mais importante”.
Feito uma folha deslizando pelas águas correntes 
do rio me surge a imagem de John Lennon; junto 
dela, outra frase: “O sonho não acabou”, um tanto 
modificada pela minha mão, tornando-se: o sonho 
nunca acaba. E minha cabeça já se transforma num 
muro todo branco.
Desde os primórdios dos tempos, usamos a escri-
ta como forma de expressão, os homens das caver-
nas deixaram pichados nas rochas diversos sinais. 
Num ato impulsivo, comprei uma tinta spray, atra-
vessei a rua chacoalhando a lata e assim prossegui 
até chegar à minha sala, abraçado pela ansiedade 
aumentada a cada passo. Coloquei o dedo no gatilho 
do spray e fiquei respirando fundo, juntando cora-
gem e na mente desenhando a primeira frase para 
pichar, um tipo de lema, aquela do Lô Borges: “Os 
sonhos não envelhecem” – percebo, num sorrir de 
canto de boca, o quanto os sonhos marcam a minha 
existência.
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Depois arriscaria uma frase que criei e gosto: “A 
lagarta nunca pensou em voar, mas daí, no espan-
to da metamorfose, lhe nasceram asas...”. Ou outra, 
completamente tola, me ocorreu depois de assistir a 
um documentário, convencido de que o panda é um 
bicho cativante, mas vive distante daqui e sua agonia 
não é menor das dos nossos bichos. Assim pensando, 
as letras duma nova pichação se formaram num es-
talo: “Esqueçam os pandas, salvem as jaguatiricas!”.
No muro do cemitério, escreveria outra frase que 
gosto: “Em longo prazo estaremos todos mortos”, do 
John Keynes, que trago comigo desde os tempos da 
faculdade. Frases de túmulos ganhariam os muros; 
no de Salvador Allende está consagrado, de autoria 
desconhecida: “Alguns anos de sombras não nos tor-
narão cegos.” Sempre apegado aos sonhos, picharia 
também uma do Charles Chaplin: “Nunca abandone 
os seus sonhos, porque se um dia eles se forem, você 
continuará vivendo, mas terá deixado de existir”.
Claro, eu poderia escrever essas frases num livro, 
num caderno ou no papel amassado que embrulha o 
pão da manhã, mas o muro me cativa, porque está ao 
alcance das vistas de todos e quero gritar para o mun-
do as frases que gosto; são tantas, até temo que me 
faltem os muros. Poderia passar o dia todo pichando 
frases, as linhas vão se acabando e ainda tenho tan-
to a pichar... “É preciso muito tempo para se tornar 
jovem”, de Picasso, “Há um certo prazer na loucura 
que só um louco conhece”, de Neruda, “Se me esque-
ceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarzinho”, 
cravada por Mário Quintana...
Encerro com Nietzsche: “Isto é um sonho, bem 
sei, mas quero continuar a sonhar”, que serve para 
exemplificar o que sinto neste momento, aqui na mi-
nha sala, escrevendo no computador o que gostaria 
de jogar nos muros lá fora, a custo me mantendo 
calmo, um olho na tela, outro voltado para o lado 
oposto da rua. Lá tem aquele muro enorme, branco 
e virgem, clamando por frases. Não sei quanto tem-
po resistirei até puxar o gatilho do spray.
ALVEZ, A. L. Um muro para pichar. Correio do Estado, fev 2018.
Disponível em: <https://www.correiodoestado.com.br/
opiniao/leia-acronica-de-andre-luiz-alvez-um-muro-para-
pichar/321052/> Acesso em: ago. 2018. Adaptado.
A partir da leitura dos textos, depreende-se que
I. os autores reiteram que grafite e pichação não são 
práticas artísticas bemaceitas por toda a sociedade.
II. o texto “Pichação-arte é pichação?” menciona a au-
sência de poesia na pichação; o texto “Um muro para 
pichar” explora a possibilidade de essa prática disse-
minar cultura.
III. o texto “Pichação-arte é pichação?” contrasta grafite 
e pichação; já o texto “Um muro para pichar” expressa 
motivações subjetivas do autor para pichar.
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente I e III estão corretas.
c. Somente II está correta.
d. Somente II e III estão corretas.
e. I, II e III estão corretas.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 79.
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Leia o texto e responda às questões 01 e 02.
A exaltação do indivíduo como representante 
dos mais elevados valores humanos que esta socie-
dade produziu, combinada ao achatamento subjeti-
vo sofrido pelos sujeitos sob os apelos monolíticos 
da sociedade de consumo, produz este estranho 
fenômeno em que as pessoas, despojadas ou em-
pobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se a cul-
tuar a imagem de outras, destacadas pelos meios de 
comunicação como representantes de dimensões 
de humanidade que o homem comum já não reco-
nhece em si mesmo. Consome-se a imagem espeta-
cularizada de atores, cantores, esportistas e alguns 
(raros) políticos, em busca do que se perdeu exata-
mente como efeito da espetacularização da imagem: 
a dimensão, humana e singular, do que pode vir a 
ser uma pessoa, a partir do singelo ponto de vista de 
sua história de vida.
BUCCI, Eugênio e KEHL, Maria R. Videologias: ensaios 
sobre televisão. São Paulo: Boitempo, 2004.
01. FGV-SP
Considerados no contexto em que ocorrem, os trechos 
“exaltação do indivíduo” e “achatamento subjetivo sofrido pe-
los sujeitos” estabelecem, entre si, relação de
a. aparente contradição.
b. redundância.
c. causa e consequência.
d. todo e parte, respectivamente.
e. oposição, do tipo positivo e negativo, respectivamente.
02. FGV-SP
Depreende-se da leitura do texto que
a. o uso de parênteses no trecho “alguns (raros) políti-
cos” introduz uma pausa no texto, sem, contudo, atri-
buir ao adjetivo um sentido especial.
b. o adjetivo “empobrecidas” contém um julgamento 
mais neutro do que o termo “despojadas”.
c. os dois-pontos no final do texto introduzem uma ex-
plicação que se refere ao trecho “do que se perdeu”.
d. a “espetacularização da imagem” opõe-se aos “apelos 
monolíticos da sociedade de consumo”.
e. o “singelo ponto de vista da história de vida de uma 
pessoa” também é um efeito da espetacularização do 
indivíduo.
03. ESCS-DF
Leia o texto e responda à questão.
É comum afirmar que a ideia da lusofonia surge 
com a primeira globalização: a aventura dos desco-
brimentos marítimos portugueses e a consequente 
difusão de sua língua e cultura. De fato, percorrer 
o mundo, apesar das especificidades socioeconômi-
co-culturais de cada comunidade de língua oficial 
portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bis-
sau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe 
e Timor Leste), significa, via de regra, deparar-se 
com sons, cores e sabores da nossa língua comum. 
Apresentada como um sistema de comunicação 
linguístico-cultural no âmbito da língua portugue-
sa e de suas variantes linguísticas, a lusofonia não 
pode ser restrita ao que as fronteiras nacionais 
delimitam. Nesse modo de conceber a lusofonia, 
há que se considerar as muitas comunidades espa-
lhadas pelo mundo e que constituem a chamada 
“diáspora lusa” e as localidades em que, se bem que 
nomeiem o português como língua de “uso”, na ver-
dade, ela seja minimamente (se tanto) utilizada: Ma-
cau, Goa, Diu, Damão e Málaca. Além disso, como 
lembra o pensador português Eduardo Lourenço, 
lusofonia é inconcebível sem a inclusão da Galiza.
BRITO, Regina Helena Pires de. A viagem da língua portuguesa. 
Disponível em: <www.revistapessoa.com> . Adaptado.
Infere-se do texto que
a. a globalização, por permitir a troca rápida de informa-
ções, permitiu a difusão tanto da língua quanto da cul-
tura dos países de língua portuguesa, especialmente 
de Portugal, em decorrência do espírito de aventura 
dos portugueses.
b. a lusofonia, em sentido amplo, não coincide com a co-
munidade dos países cuja língua oficial seja o portu-
guês – ou ao menos inclua o português.
c. o conceito de variação linguística é imprescindível 
à caracterização da lusofonia, de modo que, se não 
houvesse variação – seja linguística, seja cultural – 
o próprio conceito de lusofonia seria inconcebível.
d. a língua portuguesa, assim como a unidade represen-
tada pela lusofonia, foi introduzida na Ásia, na África e 
na América no mesmo período histórico.
Leia o texto e responda às questões 04 e 05.
A gente Honório Cota
Quando o coronel João Capistrano Honório 
Cota mandou erguer o sobrado, tinha pouco mais 
de trinta anos. Mas já era homem sério de velho, 
reservado, cumpridor. Cuidava muito dos trajes, da 
sua aparência medida. O jaquetão de casimira in-
glesa, o colete de linho atravessado pela grossa cor-
rente de ouro do relógio; a calça é que era como a 
de todos na cidade – de brim, a não ser em certas 
ocasiões (batizado, morte, casamento – então era 
parelho mesmo, por igual), mas sempre muito bem 
passada, o vinco perfeito. Dava gosto ver: o passo 
vagaroso de quem não tem pressa – o mundo podia 
esperar por ele, o peito magro estufado, os gestos 
lentos, a voz pausada e grave, descia a rua da igreja 
cumprimentando cerimoniosamente, nobremente, 
os que por ele passavam ou os que chegavam na 
Módulo 3
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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janela muitas vezes só para vê-lo passar. Desde lon-
ge a gente adivinhava ele vindo: alto, magro, des-
carnado, como uma ave pernalta de grande porte. 
Sendo assim tão descomunal, podia ser desajeitado: 
não era, dava sempre a impressão de uma grande e 
ponderada figura. Não jogava as pernas para os la-
dos nem as trazia abertas, esticava-as feito medisse 
os passos, quebrando os joelhos em reto. Quando 
montado, indo para a sua Fazenda da Pedra Meni-
na, no cavalo branco ajaezado de couro trabalhado 
e prata, aí então sim era a grande, imponente figura, 
que enchia as vistas. Parecia um daqueles cavaleiros 
antigos, fugidos do Amadis de Gaula ou do Palmei-
rim, quando iam para a guerra armados cavaleiros.
Autran Dourado. Ópera dos mortos, 1970.
04. VUNESP
No primeiro parágrafo, com a frase “então era parelho mes-
mo, por igual”, o narrador faz referência ao fato de o coronel
a. vestir em certos eventos sociais a calça também de 
casimira.
b. ser par para qualquer desafio que lhe fizessem.
c. usar também em certas ocasiões o jaquetão de brim.
d. usar roupas iguais às de todos na cidade.
e. demonstrar sua humildade por meio das roupas.
05. VUNESP
No terceiro parágrafo, a comparação do coronel com uma 
ave pernalta representa
a. um recurso expressivo para ilustrar sua aparência e 
sua presença física.
b. uma figura de retórica sem grande significado descritivo.
c. uma imagem visual de seu temperamento amável, 
mas perigoso.
d. uma imagem que busca representar sua impressio-
nante beleza.
e. um modo de chamar atenção para o ambiente rústico 
em que vivia.
Leia o texto e responda às questões de 06 a 09.
Sons que confortam
Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um 
colapso cardíaco. Só estavam os três na casa: o pai, 
a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o 
médico da família. E aguardaram. E aguardaram. E 
aguardaram. Até que o garoto escutou um barulho 
lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida 
ouvira um som maislindo, mais calmante, do que os 
pneus daquele carro amassando as folhas de outono 
empilhadas junto ao meio-fio.
Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do 
carro do médico se aproximando, o homem que sal-
varia seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, 
imaginei um sem-número de sons que nos confor-
tam. A começar pelo choro na sala de parto. Seu 
filho nasceu. E o mais aliviante para pais que pos-
suem adolescentes baladeiros: o barulho da chave 
abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.
E pode parecer mórbido para uns, masoquismo 
para outros, mas há quem mate a saudade assim: 
ouvindo pela enésima vez o recado na secretária 
eletrônica de alguém que já morreu.
Deixando a categoria dos sons magnânimos 
para a dos sons cotidianos: a voz no alto-falante do 
aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra 
em solo e o embarque será feito dentro de poucos 
minutos.
O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes 
serão apagadas e o espetáculo irá começar.
O telefone tocando exatamente no horário que 
se espera, conforme o combinado. Até a musiquinha 
que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vin-
da, se for grande a ansiedade para se falar com al-
guém distante.
O barulho da chuva forte no meio da madrugada, 
quando você está no quentinho da sua cama.
Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado 
da sua, provocando a falsa sensação de que você 
está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. 
E estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu 
idioma natal sendo falado por alguém que passou, 
fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto 
assim.
O toque do interfone quando se aguarda ansio-
samente a chegada do namorado. Ou mesmo a che-
gada da pizza.
O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu 
celular.
A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um 
dia de trabalho.
O sinal da hora do recreio.
A música que você mais gosta tocando no rádio 
do carro. Aumente o volume.
O aplauso depois que você, nervoso, falou em 
público para dezenas de desconhecidos.
O primeiro eu te amo dito por quem você tam-
bém começou a amar.
E o mais raro de todos: o silêncio absoluto.
MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. São Paulo: L&PM Editores, 2011. 
06. UECE
Considerando o propósito da crônica de Martha Medeiros, 
assinale a afirmação verdadeira.
a. O texto tem, como principal objetivo, contar como os 
sons fazem parte do nosso cotidiano, ora consolando-
-nos, ora incomodando-nos.
b. A crônica tem a preocupação de refletir sobre como va-
riados tipos de sons acompanham inúmeros momen-
tos da nossa vida, trazendo-nos alento.
c. O interesse principal da crônica é o de mostrar como 
a escuta de determinados sons pode trazer grande 
alegria e alívio aos pais em diferentes fases da vida 
de seus filhos.
d. A finalidade maior do texto de Martha Medeiros é protes-
tar contra nossa exposição involuntária a diversos sons 
barulhentos ao longo de nossa vida na grande cidade.
07. UECE
A repetição da expressão “E aguardaram. E aguardaram. 
E aguardaram” imprime ao trecho de onde ela foi extraída o 
sentido de
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a. paciência por parte dos membros da família que espe-
ravam calmamente a ambulância chegar para salvar 
a vida do pai.
b. resiliência dos familiares que souberam, mesmo dian-
te de uma situação crítica, se adaptar ao obstáculo e, 
dessa forma, superá-lo.
c. ansiedade do garoto que aguardava, aflito, a vinda da 
ambulância para socorrer o seu pai acometido de um 
problema cardíaco.
d. morosidade na chegada de socorro médico para acu-
dir o pai que sofria um colapso cardíaco.
08. UECE
Em relação às particularidades do estilo adotado na crô-
nica apresentada, não é correto dizer que
a. ao tratar de temas ligados à vida cotidiana, a crônica trata 
as cenas corriqueiras com banalidade e insignificância.
b. há, na crônica, o uso da linguagem coloquial com mar-
cas de oralidade na escrita.
c. o texto trata de assuntos relevantes sobre a vida coti-
diana com um tom de conversa fiada.
d. a crônica constrói uma narrativa com um caráter infor-
mal, familiar e, ao mesmo tempo, intimista ao relatar 
fatos da vida comum.
09. UECE
A autora da crônica cria duas categorias para classificar os 
sons com que nos deparamos no dia a dia: sons magnânimos 
e sons cotidianos. Leia os trechos da crônica apresentados a 
seguir e escreva SM se o trecho pertencer à categoria do som 
magnânimo ou SC se fizer parte da categoria do som cotidiano.
( ) “O sinal da hora do recreio.”
( ) “O primeiro eu te amo dito por quem você também 
começou a amar.”
( ) “[...] o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. 
Seu filho voltou.”
( ) “[...] o recado na secretária eletrônica de alguém que 
já morreu.”
( ) “O toque do interfone quando se aguarda ansiosa-
mente a chegada do namorado.”
A sequência correta, de cima para baixo, é
a. SC, SC, SM, SM, SC.
b. SC, SM, SC, SM, SC.
c. SM, SM, SC, SC, SM.
d. SM, SC, SM, SC, SM.
10. CPS-SP
Leia o poema e responda à questão.
Do velho ao jovem
Na face do velho
as rugas são letras,
palavras escritas na carne,
abecedário do viver.
Na face do jovem
o frescor da pele
e o brilho dos olhos
são dúvidas.
Nas mãos entrelaçadas
de ambos,
o velho tempo
funde-se ao novo,
e as falas silenciadas
explodem.
O que os livros escondem,
as palavras ditas libertam.
E não há quem ponha
um ponto final na história 
Infinitas são as personagens…
Vovó Kalinda, Tia Mambene,
Primo Sendó, Ya Tapuli,
Menina Meká, Menino Kambi,
Neide do Brás, Cíntia da Lapa,
Piter do Estácio, Cris de Acari,
Mabel do Pelô, Sil de Manaíra
E também de Santana e de Belô
e mais e mais, outras e outros…
Nos olhos do jovem
também o brilho de muitas histórias.
E não há quem ponha
um ponto final no rap
É preciso eternizar as palavras
da liberdade ainda e agora…
EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros 
movimentos. Belo Horizonte: Nandyala, 2008.
No poema de Conceição Evaristo, aborda-se importante 
componente das culturas: a memória, que estabelece a ponte 
entre o velho e o jovem. Esses dois momentos interligados 
são representados no texto, respectivamente, por
a. “livros” e “história”.
b. “dúvidas” e “liberdade”.
c. “palavras escritas na carne” e “rap”.
d. “frescor da pele” e “brilho dos olhos”.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 79.
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Leia o texto e responda às questões de 01 a 03.
Aliadas ou concorrentes
Alguns números: nos Estados Unidos, 60% dos 
formados em universidades são mulheres. Metade 
das europeias que estão no mercado de trabalho 
passou por universidades. No Japão, as mulheres 
têm níveis semelhantes de educação, mas deixam o 
mercado assim que se casam e têm filhos. A tradição 
joga contra a economia. O governo credita parte da 
estagnação dos últimos anos à ausência de partici-
pação feminina no mercado de trabalho. As brasilei-
ras avançam mais rápido na educação. Atualmente, 
12% das mulheres têm diploma universitário – ante 
10% dos homens. Metade das garotas de 15 entre-
vistadas numa pesquisa da OCDE1 disse pretender 
fazer carreira em engenharia e ciências – áreas es-
pecialmente promissoras.
[...]
Agora, a condição de minoria vai caindo por 
terra e os padrões de comportamento começam a 
mudar. Cada vez menos mulheres estão dispostas a 
abdicar de sua natureza em nome da carreira. Não 
se trata de mudar a essência do trabalho e das obri-
gações que homens e mulheres têm de encarar. Não 
se trata de trabalhar menos ou ter menos ambição. 
É só uma questão de forma. É muito provável que 
legisladorese empresas tenham de ser mais flexí-
veis para abrigar mulheres de talento que não de-
sistiram do papel de mãe. Porque, de fato, essa é 
a grande e única questão de gênero que importa. 
Mais fortalecidas e mais preparadas, as mulheres te-
rão um lugar ao sol nas empresas do jeito que são 
ou desistirão delas, porque serão capazes de ganhar 
dinheiro de outra forma. Há 8,3 milhões de empre-
sas lideradas por mulheres nos Estados Unidos – é 
o tipo de empreendedorismo que mais cresce no 
país. De acordo com um estudo da EY2, o Brasil tem 
10,4 milhões de empreendedoras, o maior índice en-
tre as 20 maiores economias. Um número crescen-
te delas tem migrado das grandes empresas para o 
próprio negócio. Os fatos mostram: as empresas em 
todo o mundo terão, mais cedo ou mais tarde, de 
decidir se querem ter metade da população como 
aliada ou como concorrente.
Exame, out. 2013.
1 OCDE: Organização para a Cooperação e Desenvolvi-
mento Econômico.
2 EY: Organização global com o objetivo de auxiliar seus 
clientes a fortalecerem seus negócios ao redor do mundo.
01. VUNESP
Indique a acepção da palavra estagnação que melhor se 
enquadra no contexto do primeiro parágrafo.
a. “Ausência completa de atividade ou movimento”. (Di-
cionário On-line de Português)
b. “Situação em que o produto nacional não cresce à al-
tura do potencial econômico do país”. (Houaiss)
c. “Falta de movimento, de atividade; inércia, paralisa-
ção”. (Aurélio)
d. “Estado das águas que formam charco”. (Michaelis)
e. “Estado ou situação daquilo que está estagnado, sem 
fluir, sem evoluir, sem progredir, sem se mover”. (Cal-
das Aulete)
02. VUNESP
“Cada vez menos mulheres estão dispostas a abdicar de 
sua natureza em nome da carreira.”
Considerando esse trecho, do segundo parágrafo, marque a 
alternativa que melhor traduz o conceito apresentado pela autora 
com a expressão “abdicar de sua natureza”.
a. Recusar qualquer forma de trabalho mal remunerado.
b. Renunciar à maternidade por causa do trabalho.
c. Deixar de aperfeiçoar-se na profissão.
d. Desistir de sua vocação de liderança sobre os homens.
e. Abrir mão de suas ambições no empreendedorismo.
03. VUNESP
Em sua argumentação, a autora revela que a importância 
da presença das mulheres em atividades empresariais se 
deve, entre outros, a um motivo de ordem estatística:
a. elas revelam maior sensibilidade e uma intuição agu-
çada para os negócios.
b. elas representam um contingente considerável de 
metade da população do mundo.
c. elas são capazes, em comparação com os homens, de 
acumular inúmeras tarefas.
d. elas se formam em média com rendimento maior que 
os homens nas universidades.
e. elas aumentam significativamente a produção das 
empresas em que atuam.
Leia o texto e responda às questões 04 e 05.
O pobre é pop. A periferia é o centro do mundo. 
E a música popular brasileira nunca mereceu tanto 
ser chamada assim – embora esteja cada vez mais 
distante de um certo totem conhecido como MPB.
A expansão da classe média tem impacto evi-
dente sobre os padrões de consumo no Brasil, in-
clusive cultural. Mas o protagonismo das classes 
C, D e E nos novos fluxos de produção e circu-
lação de música não é efeito colateral de um au-
mento da renda familiar, simplesmente.
A periferia (cultural, social ou econômica) do 
Brasil cansou de esperar o seu lugar ao sol. E tomou 
pra si o direito de dizer e fazer o que quer, do jeito 
que pode, sabe e gosta.
É uma mudança de paradigmas. Um processo 
cumulativo, iniciado ainda nos idos dos anos 1990 
Módulo 4
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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[do século passado], que se acentua e ganha relevo, 
sobretudo na última década. Uma força irrefreável, 
que arde em fogo brando. Ainda que só deixe a som-
bra da invisibilidade (para ocupar espaços de valida-
ção pública, como já foi a dita grande mídia) quando 
o caldo já ferve há tanto, que só lhe resta entrar em 
erupção. Por seus próprios méritos. E, não raro, seus 
próprios meios.
Foi o que se deu, em boa medida, com fenôme-
nos da “periferia do bom gosto” como o sertanejo 
(no Brasil Central), o axé (na Bahia), o rap (em São 
Paulo), o funk carioca (no Rio de Janeiro), o pagode 
(em São Paulo), o forró (no Ceará) e, mais recente-
mente, o tecnobrega (no Pará).
Em comum, uma música de “gosto duvidoso”, 
que geralmente destoa da chamada “linha evolutiva 
da MPB”. E que, na sua incontinência habitual, se 
alastra pelo país – com ou sem o suporte das gran-
des corporações da indústria fonográfica e da mídia. 
É a emergência do pobre-star. Que viceja pelos 
grotões, nos quatro cantos do país, como sintoma 
de que as coisas (há tempos...) já não estão mais tão 
“sob controle”, como se supõe que um dia estive-
ram, do ponto de vista da agenda estética da elite 
cultural.
O espanto com que o tecnobrega foi recebido 
no Sudeste, há pouco mais de um ano, como algo 
“esquisito”, que “brotou do nada”, ilustra bem a 
crônica da vida na bolha de um mundo globalizado 
que, em certos segmentos da sociedade brasileira, 
ainda não voltou o olhar (e a escuta) para além do 
próprio umbigo.
VALE, Israel do. Tecnobrega, ditadura da felicidade e a erupção 
do pobre-star. In: Cult, São Paulo: Bregantini, 2013.
04. Uneb-BA
Na linguagem cotidiana, não é raro o uso de expressões 
consideradas clichês. Já no texto formal, tal recurso é de uso 
restrito. No texto em foco, de linguagem predominantemente 
formal, a utilização do clichê encontra-se em:
a. “de um certo totem conhecido como MPB”.
b. “de esperar o seu lugar ao sol”.
c. “para ocupar espaços de validação pública”.
d. “que geralmente destoa da chamada linha evolutiva 
da MPB.”
e. “É a emergência do pobre-star.”
05. Uneb-BA
O trecho destacado em “quando o caldo já ferve há tanto, 
que só lhe resta entrar em erupção.” expressa
a. condição.
b. finalidade.
c. proporção.
d. conformidade.
e. consequência.
Leia o texto e responda às questões 06 e 07.
A solidão do meteorito
Há imagens que se tornam símbolos de uma épo-
ca. Por exemplo, a Pedra do Bendegó, sólida e negra 
como uma acusação, emergindo por entre as cinzas 
tristes do Palácio de São Cristóvão.
Penso na longa viagem que o meteorito fez até 
chegar ali – cinco toneladas de ferro e níquel na-
vegando entre as estrelas, afundando-se no sertão 
baiano, sendo resgatado e exposto (uma saga essa 
operação de resgate, daria um romance) –, enquanto 
lembro os versos da poeta norte-americana Muriel 
Rukeyser: “O Tempo entra./ Diz:/ o universo é feito 
de histórias,/ não de átomos.”.
O que desapareceu para sempre enquanto o Mu-
seu Nacional ardia não foram átomos, não foram 
artefatos, não foram múmias antiquíssimas, precio-
sas coleções de lepidópteros, vozes e canções em 
línguas que nem existem mais: foram histórias. As 
histórias de que somos feitos.
Lembramos – por isso existimos. Sempre que 
algo da nossa memória individual ou coletiva se per-
de, perde-se uma parte de nós. Estamos sempre à 
beira da extinção. Somos uma espécie ameaçada e 
somos também a nossa pior ameaça.
Com a destruição do Museu Nacional é como se 
o Brasil tivesse sofrido um grave acidente vascular 
cerebral, não socorrido a tempo. Nesse processo, o 
Brasil perdeu parte da memória. O problema de per-
der parte da memória é que não sabemos ao certo 
o que perdemos. Um homem perde um braço num 
acidente; sabe que perdeu o braço. Mas como sa-
berá, ao despertar no hospital, após um AVC, que 
perdeu a primeira gargalhada do seu filho? O aroma 
a goiabas do quintal da sua infância? A noite mais 
bela da sua vida?
O Brasil perdeu parte da memória; portanto, nem 
sequer sabe ao certo o que perdeu.
AGUALUSA, José Eduardo. O Globo, 8 set 2018. Adaptado.
Vocabulário
Pedra do Bendegó: denominação pela qual é conhecido o 
meteorito encontrado no interiordo estado da Bahia. Integra o 
acervo do Museu Nacional desde 1880, tendo resistido ao in-
cêndio que destruiu o Museu, no dia 2 de setembro de 2018.
Lepidópteros: ordem de insetos da qual fazem parte ma-
riposas e borboletas. 
Acidente vascular cerebral: muito conhecida pela sigla 
AVC, essa doença se caracteriza pela perda do correto fun-
cionamento de partes do cérebro, em decorrência de falha na 
irrigação sanguínea.
06. CPS-SP
O quinto parágrafo se constrói com base num raciocínio 
que cumpre, em relação ao parágrafo anterior, a função de
a. facilitar o entendimento, por meio de uma comparação.
b. comparar a perda do Museu com a perda de um braço.
c. contrapor um outro ponto de vista à já mencionada 
opinião do autor.
d. demonstrar o funcionamento de um Acidente Vascular 
Cerebral (AVC).
07. CPS-SP
O texto “A solidão do meteorito”, de José Eduardo Agualu-
sa, foi publicado após o trágico incêndio que devastou o Museu 
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Nacional, no dia 2 de setembro de 2018. O ponto de vista de-
fendido por Agualusa, em seu texto, pode ser entendido como
a. uma banalização da importância histórica do Museu.
b. uma valorização da materialidade perdida no incên-
dio.
c. um levantamento das causas que levaram ao terrível 
acidente.
d. um lamento pela memória que se extinguiu junto com 
o acervo.
Leia a letra de música e responda às questões 08 e 09.
Uma noite real no Museu Nacional
Gira coroa da majestade
samba de verdade, identidade cultural
Imperatriz é o relicário
no bicentenário do Museu Nacional
Onde a musa inspira a poesia
a cultura irradia o cantar da Imperatriz
é um palácio, emoldura a beleza
abrigou a realeza, patrimônio é raiz
que germinou e floresceu lá na colina
a obra-prima viu o meu Brasil nascer
no anoitecer dizem que tudo ganha vida
paisagem colorida deslumbrante de viver
bailam meteoros e planetas
dinossauros, borboletas
brilham os cristais
o canto da cigarra em sinfonia
relembrou aqueles dias que não voltarão jamais
À luz dourada do amanhecer
as princesas deixam o jardim
os portões se abrem pro lazer
pipas ganham ares
encontros populares
decretam que a Quinta é pra você
Samba de enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense 
em 2018. Compositores: Jorge Arthur, Maninho do Ponto, 
Julinho Maestro, Marcio Pessi, Piu das Casinhas. 
08. CPS-SP
O título do texto, “Uma noite real no Museu Nacional”, 
apresenta uma série de recursos linguísticos e textuais fre-
quentes em textos literários, como a rima, a intertextualidade 
e a ambiguidade. Considerando os versos do texto, o termo do 
título que foi empregado com sentido ambíguo é
a. noite.
b. real.
c. Museu.
d. Nacional.
09. CPS-SP
Os sambas de enredo são compostos para acompanhar 
o desfile das escolas de samba durante o carnaval, concreti-
zando em fantasias, alegorias e dança aquilo que é cantado 
na letra da música. No texto, a estratégia utilizada pelos auto-
res para dar vida ao Museu é
a. a personificação das peças do Museu e das persona-
gens históricas em um baile.
b. a passagem do tempo da noite para o amanhecer, que 
torna o texto mais palpável.
c. o convite das personagens históricas ao leitor para um 
“samba de verdade”.
d. a utilização de palavras como palácio, patrimônio, 
Musa, identidade.
10. CPS-SP
Leia o texto e responda à questão.
Como filha de um homem abastado, a noiva fora 
instruída nos rudimentos da leitura e da escrita [...]. 
Só que a noiva era uma criatura histriônica. Tudo 
que lia, poesia ou canção, era compartilhado com a 
Escrava; tudo que escrevia, em seguida lia em voz 
alta para a Escrava. Em segredo, a africana descon-
fiava daqueles sinais mágicos, tinha medo do papel 
que podia transportar vozes humanas. Porém, con-
tanto que fosse a sua favorita quem dava voz às pala-
vras, ela se sentia em segurança; contanto que fosse 
ela quem transformava em música os sinais no pa-
pel, a Escrava ficava contente. Agora, pela primeira 
vez, foi excluída. A mensagem do anjo tinha erguido 
uma barreira de escrita entre ambas.
NAKHJAVANI, Bahiyyih, O alforje. Porto Alegre: Dublinense, 2018. 
Vocabulário
Histriônica: relativo a histrião, aquele que representava 
as farsas, logo, comediante, farsista.
Sobre o foco narrativo do trecho transcrito, é correto afir-
mar que se trata de um narrador
a. personagem, pois apresenta fatos que ocorreram com 
ele durante sua jornada pelo deserto.
b. personagem observador, pois ele narra eventos dos 
quais não participa, mas aos quais assiste.
c. observador, pois apresenta apenas as informações 
acessíveis pelos seus sentidos (o que ouviu ou viu).
d. onisciente, pois tem acesso aos pensamentos e sen-
timentos da personagem, expressos em discurso in-
direto.
e. personagem protagonista, pois relata fatos vivencia-
dos por ele enquanto observava os trabalhos das per-
sonagens relatadas.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 79.
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Gabarito dos Exercícios Propostos
LÍNGUA PORTUGUESA 353
Módulo 1
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03. D
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05. E
06. D
07. C
08. A
09. D
10. C
Módulo 2
01. E
02. D
03. B
04. B
05. E
06. C
07. D
08. E
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Módulo 3
01. A
02. C
03. B
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06. B
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08. A
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Módulo 4
01. B
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Módulo 1 ���������������������������������������������������������������� 82
Módulo 2 ���������������������������������������������������������������� 85
Módulo 3 ���������������������������������������������������������������� 88
Módulo 4 ���������������������������������������������������������������� 92
Gabarito dos Exercícios Propostos�������������������95
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Módulo 1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Leia o texto e responda às questões de 01 a 04.
Candy Crush Saga: “70% of the people 
on the last level haven’t paid anything”
King’s games guru is Tommy Palm, on the game 
that’s being played 700m times a day on smartphones 
and tablets!
Candy Crush Saga has become a craze on 
Facebook, iOS and Android alike.
The key stat is right there in the headline: seven 
in ten people who’ve reached the last level of wildly 
popular mobile game Candy Crush Saga haven’t 
spent any money on in-app purchases.
This may come as a surprise. Hardcore gamers 
(and a fair few developers) often attack King’s 
puzzler as the epitome of dreadful, money-sucking 
freemium gaming, exploiting people too stupid to 
realise they’re being exploited.
It’s gaming snobbery of the worst kind and 
not because Candy Crush doesn’t sometimes feel 
over-aggressive in the way its difficulty curve 
nudges players towards in-app purchases – it 
sometimes does – but because it’s based on a 
view of casual gamers as little more than lab rats, 
tapping buy-buttonswhen commanded rather 
than seeking “proper” games elsewhere.
As a player, I ducked out of Candy Crush Saga 
when I hit my personal ceiling of fun versus payment. 
As a journalist, though, I feel like defending the 
game against its fiercer critics, who seem to think 
its players are incapable of making similar decisions.
Disponível em: <http://www.theguardian.com/technology/appsblog/2013/
sep/10/candy-crush-saga-king-interview>. Acesso em: jul. 2014.
01. PUC-RS 
All the words below are related to the phrasal verb “ducked 
out” (line 23), except
a. stop.
b. quit.
c. slip away.
d. step out.
e. see through
02. PUC-RS
The “-er” ending in “fiercer” (line 26) has the same 
function in
a. player.
b. seeker.
c. gamer.
d. funnier.
e. developer.
03. PUC-RS
According to the third and fourth paragraphs, what may 
come as a surprise?
a. Seven out of ten gamers reach the last levels without 
purchasing from the dealer.
b. Seven out of ten gamers can only reach the last levels 
by purchasing from the dealer.
c. Hardcore gamers strongly criticize the developers for 
exploring King’s puzzler.
d. Hardcore gamers are responsible for attacking a few 
developers of this game.
e. A few developers have been under attack by hardcore 
gamers for exploiting players.
04. PUC-RS
According to the text, it is possible to say that
a. any player can reach the last level of the game without 
spending money.
b. the author agrees with the ones who believe it is 
impossible to reach the last level without paying for it.
c. the author teaches advanced gamers how they can 
get to the highest level of the game.
d. it is unlikely for most of the gamers to be successful in 
scoping the final level.
e. it is aimed at making players aware of the hurdles to 
get to the highest level.
05. Unemat-MT
Leia o texto e responda à questão.
The Teleférico do Alemão, a gondola system 
linking the Complexo do Alemão community to the 
rest of the city, is already open at 3.5 kilometers (2.3 
miles), it’s one of the longest cable car lines in the 
world. The journey time from base to the top has been 
cut from at least an hour by foot to just 15 minutes. 
Each cabin has a solar panel installed, which powers 
the lighting, sound and video surveillance systems.
Disponível em: <www.bbc.com>. Acesso em: abr. 2019.
De acordo com o texto, o teleférico possibilitou aos mora-
dores da comunidade do Alemão uma economia no tempo de 
subida de aproximadamente
a. 30 minutos.
b. uma hora.
c. 45 minutos.
d. uma hora e meia.
e. 50 minutos.
Leia o texto e responda às questões de 06 a 10. 
A picture of Brighton beach in 1976, featured in the 
Guardian a few weeks ago, appeared to show an alien 
race. Almost everyone was slim. I mentioned it on social 
media, then went on holiday. When I returned, I found 
that people were still debating it. The heated discussion 
prompted me to read more. How have we grown so fat, 
so fast? To my astonishment, almost every explanation 
proposed in the thread turned out to be untrue. […] 
The obvious explanation, many on social media 
insisted, is that we’re eating more. […]
So here’s the first big surprise: we ate more in 
1976. According to government figures, we currently 
consume an average of 2,130 kilocalories a day, a figure 
that appears to include sweets and alcohol. But in 1976, 
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we consumed 2,280 kcal excluding alcohol and sweets, 
or 2,590 kcal when they’re included. I have found no 
reason to disbelieve the figures. […]
So what has happened? The light begins to dawn 
when you look at the nutrition figures in more detail. 
Yes, we ate more in 1976, but differently. Today, we buy 
half as much fresh milk per person, but five times more 
yogurt, three times more ice cream and – wait for it – 
39 times as many dairy desserts. We buy half as many 
eggs as in 1976, but a third more breakfast cereals and 
twice the cereal snacks; half the total potatoes, but three 
times the crisps. While our direct purchases of sugar 
have sharply declined, the sugar we consume in drinks 
and confectionery is likely to have rocketed (there are 
purchase numbers only from 1992, at which point they 
were rising rapidly. Perhaps, as we consumed just 9 kcal 
a day in the form of drinks in 1976, no one thought 
the numbers were worth collecting.) In other words, 
the opportunities to load our food with sugar have 
boomed. As some experts have long proposed, this 
seems to be the issue.
The shift has not happened by accident. As 
Jacques Peretti argued in his film The men who 
made us fat, food companies have invested heavily 
in designing products that use sugar to bypass 
our natural appetite control mechanisms, and in 
packaging and promoting these products to break 
down what remains of our defenses, including 
through the use of subliminal scents. They employ 
an army of food scientists and psychologists to 
trick us into eating more than we need, while their 
advertisers use the latest findings in neuroscience to 
overcome our resistance.
They hire biddable scientists and thinktanks to 
confuse us about the causes of obesity. Above all, 
just as the tobacco companies did with smoking, they 
promote the idea that weight is a question of “personal 
responsibility”. After spending billions on overriding 
our willpower, they blame us for failing to exercise it.
To judge by the debate the 1976 photograph 
triggered, it works. “There are no excuses. Take 
responsibility for your own lives, people!” “No one force 
feeds you junk food, it’s personal choice. We’re not 
lemmings.” “Sometimes I think having free healthcare is 
a mistake. It’s everyone’s right to be lazy and fat because 
there is a sense of entitlement about getting fixed.” The 
thrill of disapproval chimes disastrously with industry 
propaganda. We delight in blaming the victims.
More alarmingly, according to a paper in The Lancet, 
more than 90% of policymakers believe that “personal 
motivation” is “a strong or very strong influence on the 
rise of obesity”. Such people propose no mechanism by 
which the 61% of English people who are overweight 
or obese have lost their willpower. But this improbable 
explanation seems immune to evidence.
Perhaps this is because obesophobia is often 
a fatly-disguised form of snobbery. In most rich 
nations, obesity rates are much higher at the bottom 
of the socioeconomic scale. They correlate strongly 
with inequality, which helps to explain why the 
UK’s incidence is greater than in most European 
and OECD nations. The scientific literature shows 
how the lower spending power, stress, anxiety and 
depression associated with low social status makes 
people more vulnerable to bad diets.
Just as jobless people are blamed for structural 
unemployment, and indebted people are blamed 
for impossible housing costs, fat people are 
blamed for a societal problem. But yes, willpower 
needs to be exercised – by governments. Yes, 
we need personal responsibility – on the part of 
policymakers. And yes, control needs to be exerted – 
over those who have discovered our weaknesses 
and ruthlessly exploit them.
Disponível em: <https://www.theguardian.com/
commentisfree/2018/aug/15/age-of-obesity-shaming-
overweight-people/>. Acesso em: ago. 2018. Adaptado.
06. ITA-SP
De acordo com o texto, em comparação com 1976, atual-
mente nós compramos
a. 50% a mais de leite fresco.
b. 3% a mais de cereais matinais.
c. 39 vezes menos sobremesas lácteas.
d. uma quantidade três vezes maior de sorvete.
e. uma quantidade três vezes menor de batatas fritas.
07. ITA-SP
De acordo com o texto, é correto afirmar que
a. atualmente consumimos 2 130 quilocalorias por dia, 
ao passo que, em 1976, o consumo diário era de 2 280 
quilocalorias, incluindo docese álcool.
b. os dados indicam que, em comparação com 1976, 
nosso consumo de açúcar de forma indireta sofreu.
um declínio acentuado.
c. somente existem dados referentes ao consumo indi-
reto de açúcar incluindo bebidas e produtos de confei-
taria até o ano de 1992.
d. a indústria alimentícia tem recorrido à contratação de 
cientistas para orientar a população em relação às ver-
dadeiras causas da obesidade.
e. a discussão desencadeada pela foto de 1976 sinaliza 
que a estratégia de culpar o obeso por sua própria con-
dição tem se revelado eficaz.
08. ITA-SP
De acordo com o texto,
a. o posicionamento dos legisladores em relação à obe-
sidade é embasado em dados das pesquisas mais re-
centes em neurociências.
b. apenas menos de 10% dos legisladores não acreditam 
que a motivação pessoal exerça forte.influência no 
aumento da obesidade.
c. os legisladores são capazes de apontar todos os me-
canismos que são considerados responsáveis pela 
perda de força de vontade.
d. o sobrepeso e a obesidade, que atualmente afetam 
61% da população inglesa, são atribuídos, pelos legis-
ladores, a fatores como estresse e ansiedade.
e. as explicações fornecidas pelos legisladores acerca 
das causas do aumento da obesidade são plausíveis 
e encontram respaldo em evidências.
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09. ITA-SP
De acordo com o texto, é correto afirmar que o autor sus-
tenta que
a. cada pessoa deve assumir a responsabilidade por seu 
peso, uma vez que ninguém é obrigado a consumir ali-
mentos prejudiciais à saúde.
b. as pessoas são preguiçosas e não se preocupam com 
a saúde, pois sentem que têm direito assegurado a as-
sistência médica gratuita.
c. nos países ricos há menos pessoas obesas do que 
em países mais pobres, pois a ciência evidencia que a 
causa da obesidade reside no baixo poder de compra.
d. a força de vontade, bem como a responsabilidade pes-
soal, devem ser exercidas; porém, pelos governantes 
e legisladores, respectivamente.
e. o governo deve controlar as fraquezas descobertas 
nos obesos, da mesma forma que controla problemas 
como o desemprego.
10. ITA-SP
Assinale a alternativa que pode substituir as na sentença 
“As Jacques Peretti argued in his film The men who made 
us fat, food companies have invested heavily in designing 
products [...]” (paragraph 5) mantendo o mesmo sentido do 
texto e a correção gramatical.
a. In line with what 
b. In contempt of 
c. During the time
d. Considering that
e. Despite the fact that
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 95.
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Módulo 2 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. ESPM-SP
Leia a tira e responda à questão.
According to the strip,
a. Calvin has beheaded someone and kept their head in 
a bag.
b. Susie reckons the head will be most useful during 
Calvin’s test.
c. the head predicts the future and, therefore, Calvin 
won’t flunk test.
d. the “head in the bag” calls Susie a doofus and Calvin 
seems to relish it.
e. Susie’s brain is teeming with booger in the “head’s 
opinion”.
02. Fuvest-SP
Leia o texto e responda à questão.
Elevating global food security as a critical focus 
of study on a par with international security and 
cooperation, democratization, the rule of law and 
global health policy has strong justification. Over two 
billion people wake up every day with the challenge 
of securing adequate calories and nutrition for basic 
health and productivity. The majority live in remote, 
rural areas and depend on farming small plots of land 
for food and income production; land that is becoming 
increasingly stressed by water scarcity and climate 
change. The extremely poor suffer from higher rates 
of malnutrition and the spread of infectious disease 
and increasingly, live in areas prone to civil conflict 
with little, if any, rule of law. Feeding the world is no 
longer just an issue of food secutiry but is a human 
security concern that links agriculture, health, and 
political stability in ways not previously studied.
Food Sec.(2012)4:147-150. Adaptado.
De acordo com o texto, o grupo que se encontra no nível 
de pobreza extrema
a. vive, cada vez mais, em locais propensos a conflitos civis.
b. sofre, cada vez mais, com mudanças políticas.
c. está mais propenso a ter problemas com segurança.
d. possui direitos limitados com relação à posse de terra.
e. tem dificuldade de seguir as regras mínimas do bom 
preparo de alimentos.
03. UNESP
Leia os anúncios e responda à questão.
Anúncio 1
Disponível em: <www.hongkiat.com>. Acesso em: abr. 2019. Adaptado.
Anúncio 2
Disponível em: <www.crookedbrains.net>. Acesso em: abr. 2019. Adaptado.
Considerando-se o propósito do anúncio 2, a oração 
que poderia fazer parte de um texto a ser incluído nesse 
anúncio é:
a. Turn on the lights when a room is not being used.
b. Turn on the heaters and boilers on summer days.
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c. Turn off the lights when there is nobody in a room.
d. Turn on the tap before you take a bath or a shower.
e. Turn off the tap while brushing your teeth or shaving.
Leia o texto e responda às questões 04 e 05.
Analyze an advertisement
Not all advertisements make perfect sense. Not 
all of them promote or imply acceptance of social 
values that everyone would agree are what we should 
hope for, in an enlightened and civilized society. 
Some advertisements appear to degrade our images 
of ourselves, our language, and appear to move the 
emphasis of interaction in our society to (even more) 
consumerism. There may even be a dark, seamy, or 
seedy side to advertising. This is hardly surprising, 
as our society is indeed a consumer society, and it is 
highly capitalistic in the simplest sense. There is no 
doubt that advertising promotes a consumer culture, 
and helps create and perpetuate the ideology that 
creates the apparent need for the products it markets.
For our purposes here, none of this matters. Our 
task is to analyze advertisements and to see if we 
can understand how they do what they do. We will 
leave the task of how we interpret our findings in 
the larger social, moral and cultural contexts for 
another occasion.
It is often said that advertising is irrational, and, 
again, that may well be true. But this is where the 
crossover between information and persuasion 
becomes important; an advertisement does not 
have to be factually informative (but it cannot be 
factually misleading).
In a discussion of what kind of benefit an 
advertisement might offer to a consumer, Jim 
Aitchison (1999) provides the following quote from 
Gary Goldsmith of Lowe & Partners, New York. 
It sums up perfectly what it is that one should look 
for in an advertisement. The question posed is “Is 
advertising more powerful if it offers a rational 
benefit?” Here is Goldsmith’s answer: “I don’t think 
you need to offer a rational benefit. I think you need to 
offer a benefit that a rational person can understand.”
Peter Sells e Sierra Gonzalez. Disponível em: <www.
stanford.edu>. Acesso em: abr. 2019. Adaptado.
04. UNESP 
O principal objetivo do texto é analisar
a. como muitos anúncios deixam de cumprir seu papel.
b. como anúncios valorizam a imagem do consumidor.
c. aspectos racionais e irracionais contidos em anúncios.
d. anúncios e procurar entender como cumpremseu papel.
e. elementos linguísticos e valores sociais em anúncios.
05. UNESP
A expressão none of this matters, no segundo parágrafo, 
refere-se
a. às características de anúncios mencionadas no pri-
meiro parágrafo.
b. à falta de coerência e de sentido que certos anúncios po-
dem conter.
c. às características positivas de anúncios mencionadas 
no texto.
d. à interpretação de anúncios de acordo com uma ideo-
logia de consumo.
e. aos valores culturais, morais e sociais que caracterizam 
um anúncio.
Leia o texto e responda às questões de 06 a 10.
Copenhagen – The Nordic countries regularly 
appear at the top of an annual list of the world’s 
happiest nations, but their reputation as “happiness 
superpowers” masks the difficulties of a significant 
part of the population, a new analysis shows.
Finland, Norway, Denmark and Iceland led the 
2018 ranking of the World Happiness Report, and 
Sweden wasn’t far behind, placing ninth. But in the five 
Nordic countries, an average of 12.3 percent of the 
population is “struggling” or “suffering,” according to 
a report by the Nordic Council of Ministers and the 
Happiness Research Institute in Copenhagen. 
[...] 
The report, based on research conducted 
from 2012 to 2016, asked people to assess their 
satisfaction with life on a scale of zero to 10. Those 
who answered seven or higher were categorized 
as “thriving,” those who responded five or six 
were classified as “struggling,” and those who 
said four or lower were deemed to be “suffering.” 
Most respondents in the Nordic countries reported 
satisfaction of seven to nine. 
The Nordic states have a sophisticated social 
net that means that young people face less pressure 
regarding education, health or jobs than do many of 
their peers elsewhere. The countries have some of the 
world’s highest taxes, but schools and hospitals are 
free, parental leave is generous, and unemployment 
benefits and care for the elderly help those no longer 
working. But with that security and help come 
expectations to do well, and pressure to be as happy 
as one’s peers.
[...] 
The trends highlighted in the report appear to be 
backed up by various national studies conducted in 
the region. In Sweden, the number of people with 
depression increased 20 percent in 10 years, the 
national board on health and welfare said last year, a 
rise that was particularly pronounced among the young. 
In Denmark, people ages 16 to 24 are more lonely than 
are people in their grandparents’ generation, a national 
survey of 180,000 people conducted this year by the 
Danish Health Authority showed.
Mr. Birkjaer of the Happiness Research Institute 
noted that a performance culture and the growing 
use of social media contributed to depression, 
loneliness and stress. 
“These problems are difficult to solve,” he said. “Let’s 
say social media are a major cause, then what do we do? 
Ban them? Something else would come in their place.”.
Disponível em: <https://www.nytimes.com>. 
Acesso em: set. 2018.
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06. Acafe-SC 
What title is more appropriate for the text?
a. Copenhagen: something doesn't rhyme
b. In world’s “happiest” countries, signs of a happiness gap
c. Youth happiness in the Scandinavian countries
d. Nordic countries: doomed to suffering
07. Acafe-SC
What meaning does the expression “parental leave”, in 
the 4th paragraph, convey?
a. A methodology of teaching parents to be generous to 
their children.
b. A monetary benefit parents receive when they have 
more than one child.
c. A legal withdrawal from work as a benefit to care for 
one’s baby(ies).
d. Lower taxes due to those who have become parents.
08. Acafe-SC
What class of word does rise belong to in the sentence: 
“In Sweden, the number of people with depression increased 
20 percent in 10 years, the national board on health and 
welfare said last year, a rise that was particularly pronounced 
among the young” (5th paragraph)?
a. Verb
b. Noun 
c. Adjective
d. Adverb 
09. Acafe-SC
Select the correct statement(s) according to the text.
I. A new study shows that the Nordic countries’ reputation 
of “happiness superpowers” unveils the difficulties of a 
considerable part of their people. 
II. The Nordic countries population who answered four or 
lower, for their satisfaction with life, were disregarded 
to be “suffering”.
III. Due to an advanced social system, youth in the Nordic 
countries are under less distress regarding education, 
health and jobs than the elderly elsewhere.
IV. The tendency emphasized in the report by the Nordic 
Council of Ministers and the Happiness Research 
Institute in Copenhagen seems to be supported by 
several national investigations.
a. I, II, III and IV are correct.
b. Only I, II and IV are correct.
c. Only III and IV are correct
d. Only IV is correct.
10. Acafe-SC
The adjective Danish in Danish Health Autority 
(5th paragraph) refers to Denmark. Which would be the 
adjectives used to refer to the other four Nordic countries 
in the same context?
a. Finnish, Norwegian, Icelish, Swedish
b. Finnish, Norwegian, Icelandic, Swiss
c. Finnish, Norwegian, Icelandic, Swedish
d. Finlandish, Norwegian, Icelish, Swedish
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 95.
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Módulo 3 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Leia o texto e responda às questões 01 e 02.
Some rules for eating
Choose food over food-like substances, food writer 
Michael Pollan tells CDC
We Americans suffer a national eating disorder: 
our unhealthy obsession with healthy eating.
That’s the diagnosis delivered by food author 
Michael Pollan in a lecture given last week to an 
overflow crowd of Center for Disease Control (CDC) 
scientists.
Pollan says everything he’s learned about food 
and health can be summed up in seven words: “Eat 
food, not too much, mostly plants.”.
Probably the first two words are most important. 
“Eat food” means to eat real food – vegetables, fruits, 
whole grains, and, yes, fish and meat – and to avoid 
what Pollan calls “edible food-like substances”.
Here are some of his suggestions:
1. Don’t eat anything your great grandmother 
wouldn’t recognize as food. “When you pick up that 
box of portable yogurt tubes, or eat something with 
15 ingredients you can’t pronounce, ask yourself 
“What are those things doing there?”, Pollan says.
2. Stay out of the middle of the supermarket; 
shop on the perimeter of the store. Real food 
tends to be on the outer edge of the store near the 
loading docks, where it can be replaced with fresh 
foods when it goes bad.
3. Don’t eat anything that won’t eventually rot. 
“There are exceptions – honey – but as a rule, 
things like Twinkies that never go bad aren’t food”, 
Pollan says.
4. Families traditionally ate together, around a 
table and not a TV, at regular meal times. It’s a good 
tradition. Enjoy meals with the people you love.
Is this good advice? Janet Collins, PhD, director 
of the National Center for Chronic Disease 
Prevention and Health Promotion, loves the 
suggestions he makes.
“Some of the changes in our environment are 
the reasons behind our obesity epidemic”, Collins 
tells WebMD. “Pollan’s advice to eat at the table 
with your family and not the TV is excellent. And 
portions: during our grandmothers’ era, plates 
were smaller. If you took the portions that filled 
their plates and put them on ours, it wouldn’t look 
like much to eat.”
Daniel J. DeNoon. Disponível em: <www.webmd.com>. 
Acesso em: ago. 2018.Adaptado.
01. Unicesumar-PR
No texto, “Don’t eat anything that won’t eventually rot.” 
quer dizer que você não deve comer
a. qualquer coisa eventualmente estragada.
b. nada que possa estragar.
c. nada que não venha a estragar.
d. alimentos perecíveis.
e. alimentos vencidos.
02. Unicesumar-PR
Infere-se do texto que
a. substâncias comestíveis que se assemelham a ali-
mentos ficam expostas na parte central dos super-
mercados.
b. as pessoas antigamente ingeriam porções maiores do 
que atualmente.
c. nossas bisavós tinham uma visão limitada do que era 
considerado “alimento” na época.
d. os americanos têm obsessão com sua aparência física.
e. as tradições familiares garantem uma alimentação 
saudável, se bem que nem sempre saborosa.
03. PUC-PR
Leia a tira e responda à questão.
Disponível em: <http://www.thecomicstrips.com/ 
subject/The-North+Korea-Comic-Strips.php>. 
Acesso em: jul. 2018.
What is the criticism expressed in the comic strip 
below?
a. North Korea does not have the power to defeat the 
USA.
b. American society is only concerned about frivolous 
things. 
c. American news is overestimated. 
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d. Cancer spread is as common as American conflicts. 
e. TV fake news does not caught the audience attention 
anymore. 
04. PUC-PR
Leia o texto e responda à questão. 
100 facts about Nelson Mandela 
for his 100th birthday
The late anti-apartheid revolutionary and former 
South African President Nelson Mandela would 
have turned 100 years old on July 18, 2018. Look 
back at the life of the legend. 
Nelson Mandela, whose successful struggle 
against South Africa’s apartheid system of racial 
segregation and discrimination made him a global 
symbol for the cause of human rights and earned 
him the Nobel Prize, would have turned 100 years 
old on Wednesday.
Disponível em: <https://www.usatoday.com/story/news/
world/2018/07/17/nelson-mandela-100th-birthday-
south-africa/764000002/>. Acesso em: jul. 2018.
What is true according to this text? 
a. Although Mandela passed away, his legacy is 
recognized.
b. Mandela received another Nobel Prize as celebration 
of his 100th birthday.
c. Mandela is considered a symbol of discrimination.
d. Mandela’s life is remembered since he is now a 
centenarian.
e. The repercussion of a legend based on Mandela’s life.
05. PUC-PR
Leia a charge e responda à questão.
Disponível em: <https://www.comicsenglish.com/comics/do-
you-mind-if-i-text-and-drive-comic>. Acesso em: fev. 2018.
Reading the cartoon, which statement means the correct 
option?
a. Both questions show the danger of each action for 
people’s lives.
b. The first person is being rude.
c. The second person is being rude.
d. They don’t like each other’s action.
e. Both questions show how people like these actions in a car.
Leia o texto e responda às questões 06 e 07.
Most mutations in the human genome 
are recent and probably harmful 
to individuals
We really are a mutant race. Our genomes are 
scattered with millions of rare gene variations, the 
result of the very fast, very recent population growth 
of the human species. From an estimated 5 million 
individuals just 10,000 years ago, we ballooned to 
more than 7 billion. On average, every duplication 
of the human genome includes 100 new errors, so all 
that reproducing gave our DNA many opportunities 
to accumulate mutations. But evolution hasn’t had 
enough time to weed out the dangerous ones: gene 
variants that might make us prone to illness, or 
simply less likely to survive.
Joshua Akey of the University of Washington 
recently explored the average age of our species’s 
gene variants, and unveiled that most are very 
young. About three-quarters of single nucleotide 
variants – a mutation that substitutes just one 
nucleotide (an A, C, T or G) in the long string of 
DNA – occurred within the past 5,000 years. This 
is surprising considering that our species may be 
200,000 years old. Using several techniques to 
gauge the effects of these mutations, which are 
the most common type of variant in the human 
genome, Akey estimated that more than 80 percent 
are probably harmful to us.
All of these mutations – roughly 100 billion 
for each generation in the entire population – 
potentially accelerate the pace of evolution by 
giving it more raw materials with which to work. 
A small percentage of such mutations may be 
beneficial and may indeed help the lives of the 
few individuals who carry them. For instance, 
not developing wisdom teeth, producing the 
right enzyme to digest milk in adulthood, being 
taller than the previous generations, having lungs 
adapted to living at high altitudes and being born 
resistant to diseases such as HIV are some of 
the few recent acquisitions of mutations in the 
human genome. Given how many mutations are 
now circulating among living humans, we may be 
evolving new capabilities already.
Akey says that determining the age and 
frequency of our mutations is made possible only 
by the stupendous increase in gene sequencing 
speed and power. Just a few years ago, this kind 
of experiment was inconceivable. Thus, only now 
could we understand that the fast population growth 
has littered our genomes with five times as many 
rare gene variants as would be expected and such 
mutations are certainly the cause of most deadly 
diseases we fight against.
Kat McGowan. Disponível em: <http://discovermagazine.com/ 
2013/julyaug/07-most-mutations-in-the-human- 
genome-are-recent-and-probably-harmful>. 
Acesso em: jul. 2013. Adaptado.
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06. FMP-RS
In the text, the expression in parentheses that describes the idea expressed by the boldfaced word is
a. explored – line 14 (looked up to).
b. unveiled – line 15 (found out).
c. substitutes – line 17 (puts up with).
d. occurred – line 19 (looked for).
e. gauge – line 22 (bring about).
07. FMP-RS
In the text, the author points out, as one of the genetic advantages of mutations, the
a. current extinction of HIV.
b. development of healthy lungs.
c. stature of males, who may get to be taller than the average men in the past.
d. presence of healthy wisdom teeth.
e. possibility, as a grown-up, to break up milk into digestible pieces.
08. Cefet-MG
Here is an entry taken from a blog written at Harvard University.
Kindle: lo-fi v. high tech
With Amazon’s new Kindle set to debut next week, the web is abuzz with rumors about Kindle 2.0. Will it have 
web browsing?
Will there be networking features with other Kindles? Will it at least be a little less clunky?
When the original Kindle debuted in fall 2007, Jesse wrote an insightful post arguing that despite the tempting 
comparison to iPods, the Kindle is really a digital immigrant’s device. It’s designed to mimic the tactile and visual 
sensation of reading a book and it has none of the slick elegance of an iPhone. Far short of paradigm shifting, 
it looked back instead of forwards. These characteristics opened up the Kindle to criticism, but it hasn’t kept the 
device from gaining a loyal following.
Disponível em: <http://blogs.law.harvard.edu/digitalnatives/category/information-overload/>. Acesso em: 28 abr. 2011. Adaptado.
According to this text, the Amazon’s original Kindle was criticized because
a. it surely frustrated the digital native’s expectations.
b. it seemed tempting to compare it to the Apple iPod.
c. its brand new features and resources were unknown.
d. it inspired its users to get in the mood of the web 2.0.
e. it forcedlychanged the established reading paradigm.
09. Fameca-SP
Assinale a alternativa que completa a história em quadrinhos correta e adequadamente.
Disponível em: <www.seatlepi.com>. Acesso em: abr. 2019.
a. What – have ever met
b. Why – ever met
c. Where – had never met
d. When – never met
e. Which – didn’t ever met
10. Sistema COC
Leia o texto e responda à questão.
The prevalence of obesity is increasing throughout the world’s population. But the distribution varies greatly 
between and within countries. In the US, over the past 30 years, the prevalence of obesity rose from about 
12-20% of the population from 1978 to 1990. The UK has experienced an increase in the prevalence of obesity 
from 7% in 1980 to 16% in 1995. Other countries, such as The Netherlands, have experienced much smaller 
increases from a low baseline of about 5% in the 1980s to about 8% in 1997.
In Asia, the prevalence of obesity has rapidly increased. In the last 8 years the proportion of Chinese men with 
a body mass index (BMI) > 25 kg/m2 has tripled from 4 to 15% of the population and the proportion in women has 
doubled from 10 to 20%.
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The obesity epidemic moves through a population 
in a reasonably consistent pattern over time and this 
is reflected in the different patterns in low and high 
income countries. In low income countries, obesity 
is more common in people of higher socioeconomic 
status and in those living in urban communities. It is 
often first apparent among middle-aged women. In 
more affluent countries, it is associated with lower 
socioeconomic status, especially in women, and rural 
communities. The sex differences are less marked 
in affluent countries and obesity is often common 
amongst adolescents and younger children.
Brazil is an example of a country with well 
documented changes in obesity prevalence as it 
undergoes rapid nutrition transition. There has been 
a rapid increase in obesity where the prevalence 
among urban men with high incomes is about 
10%, but still only 1% in rural areas. Women in all 
regions are generally more obese than men and the 
prevalence for those on low income is still increasing. 
However, the rate of obesity among women with 
high income is becoming stable or even declining.
Public Health Nutrition, 7(1A), 123-146, 2004. Adaptado.
De acordo com o texto, a incidência da obesidade
a. está aumentando em alguns países onde a experiên-
cia para lidar com esse problema é menor.
b. tem predominado nos países pobres e nos países em 
desenvolvimento.
c. afeta, na atualidade, vários países, mas cada um está 
buscando soluções para o problema.
d. aumentou no mundo todo, mas apresenta grande 
variação de um país para outro e de uma região para 
outra de um mesmo país.
e. varia muito entre os países que desenvolvem planos 
de ação ligados à saúde pública.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 95.
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Módulo 4 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. UFG-GO
Leia o cartum e responda à questão.
Disponível em: <http://healthychaka.blogspot.com/ 
2009/08/health-cartoons.html>. 
Acesso em: abr. 2011.
According to the doctor, his patient should
a. take more medicine.
b. avoid stressful situations.
c. work fewer hours.
d. exercise more often.
e. change his eating habits.
Leia o texto e responda às questões de 02 a 04.
 I started to run because I felt desperately unfit. 
But the biggest pay-off for me was – and still is – the 
deep relaxation that I achieve by taking exercise. It 
tires me out but I find that it does calm me down. 
When I started running seven years ago, I could 
manage only 400 meters before I had to stop. 
Breathless and aching, I walked the next quarter of 
a mile, alternating these two activities for a couple 
of kilometers.
When I started to jog I never dreamt of running 
in a marathon, but a few years later I realized that 
if I trained for it, the London Marathon, one of the 
biggest British sporting events, would be within my 
reach. My story shows that an unfit 39-year-old, 
as I was when I started running, who had taken 
no serious exercise for twenty years, can do the 
marathon – and that this is a sport in which women 
can beat men. But is it crazy to do it? Does it 
make sense to run in the expectation of becoming 
healthier?
My advice is: if you are under forty, healthy 
and feel well, you can begin as I did by jogging 
gently until you are out of breath, then walking and 
alternating the two for about three kilometers. Build 
up the jogging in stages until you can do the whole 
distance comfortably.
Headway intermediate – student’s book, 
Oxford University Press. Adaptado.
02. UNESP
Indique a alternativa em que quatro adjetivos e um advér-
bio foram formados por sufixação.
a. Alternating, comfortably, dreamt, healthy, relaxation
b. Biggest, desperately, gently, relaxation, unfit
c. Aching, biggest, breathless, gently, vigorous
d. Breathless, dreamt, expectation, healthy, vigorous
e. Aching, comfortably, expectation, running, unfit
03. UNESP
Assinale a alternativa correta.
a. A autora do texto se considera uma pessoa relaxada e 
indiferente em relação à prática de esportes.
b. O texto apresenta o depoimento de uma corredora que 
iniciou sua prática nesse esporte porque se sentia 
fora de forma.
c. A autora do texto se exercitou seriamente durante vin-
te anos para poder participar da Maratona de Londres.
d. O texto apresenta argumentos contrários à prática da cor-
rida por pessoas na faixa etária acima dos quarenta anos.
e. De acordo com o texto, a prática de exercícios por vinte 
anos causa, especialmente nas mulheres, dores crô-
nicas e falta de ar.
04. UNESP
Indique a alternativa composta de duas orações cujas 
afirmações se opõem.
a. When I started running seven years ago, I could 
manage only 400 meters before I had to stop.
b. But the biggest pay-off for me was – and still is – the 
deep relaxation that I achieve.
c. It tires me out but I find that it does calm me down.
d. My story shows that an unfit 39-year-old can do the 
marathon.
e. Build up the jogging in stages until you can do the 
whole distance comfortably.
05. UEPG-PR
Leia o texto e responda à questão.
Butterfly patterns
A climate’s changes are tough to quantify. 
Butterflies can help. Entomologists prefer “junk 
species” – the kind of butterflies too common for 
most collectors – to keep up with what’s going on in 
the insect’s world. They’re easy to find and observe. 
When they do something unusual, something’s 
changed in the area.
Art Shapiro’s team at UC Davis monitors 
ten local study sites, some since the 1970s. The 
ubiquitous species are the study’s favorite ones, 
helping distinguish between lasting changes 
(climate warming, habitat loss) and ones that will 
right themselves (one cold winter, droughts that last 
years). Consistency is the key: they collect details 
year after year, no empty data sets between.
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A few species have disappeared from parts of the 
study area altogether, probably a lasting change. On 
the other hand, seemingly big news in 2012 might 
be just a year’s aberration. Two butterflies came 
back to the city of Davis last year, the umber skipper 
after thirty years, the woodland skipperafter twenty 
years – both likely a result of a dry winter with near 
perfect breeding conditions of sunny afternoons and 
cool nights.
RIZZO, Johnna. Butterfly patterns. National 
Geographic, Feb. 2013. Adapted.
No que se refere às atividades dos integrantes da equipe 
de Art Shapiro, assinale o que for correto.
01. Eles monitoram alguns sítios há cerca de quarenta 
anos.
02. O comportamento das borboletas os ajuda a distin-
guir entre mudanças climáticas permanentes e tem-
porárias.
04. Espécies de borboletas bem comuns são as preferi-
das como objetos de estudo.
08. O estudo é desenvolvido ano após ano, sem intervalos.
06. Eear-SP
Leia o cartum e responda à questão.
According to what the boy says, he
a. wants to take care of the baby.
b. is asking permission to surf the internet.
c. is curious to know the origin of the babies.
d. will be successful in downloading a baby from the 
internet. 
07. Eear-SP
Leia o texto e responda à questão. 
This recipe for chocolate cookies was sent to The 
New York Times several years ago by Mari Pfeiffer, 
a reader in California; it’s from the cookbook Great 
cookies, published in 2003 by the author and teacher 
Carole Walter. The cookies are filled with deep flavor 
from the combination of cocoa powder, unsweetened 
chocolate and espresso powder. Decorate them with 
royal icing. “Other icings would spoil the cookie’s 
simple yet amazing flavor,” said Ms. Pfeiffer, who 
often cuts the dough into letters to spell out seasonal 
messages.
Disponível em: <www.nytimes.com>. 
Acesso em: ago. 2018. Adaptado.
Choose the correct alternative, according to the text.
a. Mari Pfeiffer has developed the recipe for chocolate 
cookies and shared with Carole Walter.
b. The New York Times published Carole Walter’s book.
c. The New York Times received the recipe from a reader.
d. Great cookies is the name of the recipe.
08. UNIFESP
Leia a tira de Steinberg, publicada em seu Instagram no 
dia 20 de agosto de 2018, e responda à questão.
Colabora para o efeito de humor da tira o recurso à figura 
de linguagem denominada
a. eufemismo.
b. pleonasmo.
c. hipérbole.
d. personificação.
e. sinestesia.
09. PUC-PR
Leia o texto e responda à questão.
The effects of stress
Stress is a part of life, and it’s not always a bad part 
of life. Most of us enjoy good stress in small doses like 
roller coasters, watching sports or even a scary movie. 
That’s the kind of stress that keeps us young and on our 
toes. Then there’s bad stress, or worse, chronic stress. 
Negative stress isn’t just in your head, it can affect us 
both mentally and physically. Stress hormones in the 
body for extended periods of time can physically age 
our cells. So when you’re stressed at work or home, 
your cells look and act older, making you look older 
and even impacting your immune system. Not only 
does it add years to your appearance, it can also affect 
your memory, making brain cells shrink permanently. 
Even short-term stress can make it hard for you to 
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remember simple things. The good news is, you can 
manage stress now to prevent more damage to your 
body and mind tomorrow. Stress management is a skill 
that can be learned. 
Disponível em: <https://www.englishcentral.com/
video/21702>. Acesso em: abr. 2019.
According to the text above, what are the effects of good 
stress?
a. According to the text, good stress can be caused by 
entertainment.
b. According to the text, good stress can cure bad stress.
c. According to the text above, one can learn how to 
enjoy good stress.
d. According to the text, good stress can be negative.
e. According to the text, good stress can keep one young 
and on his or her toes.
10. PUC-PR
Leia o texto e responda à questão.
Fake news is still a problem. 
Is AI the solution?
Human fact-checkers can’t keep up with the flood of 
fraudulent stories, images, and videos.
Fake news is fueled in part by advances in 
technology – from bots that automatically fabricate 
headlines and entire stories to computer software 
that synthesizes Donald Trump’s voice and makes 
him read tweets to a new video editing app that 
makes it possible to create authentic-looking videos 
in which one person’s face is stitched onto another 
person’s body. 
But technology, in the form of artificial 
intelligence, may also be the key to solving the fake 
news problem – which has rocked the American 
political system and led some to doubt the veracity 
even of reports from long-trusted media outlets. 
Experts say AI systems would help fill the gaps 
left by Snopes, Truth or Fiction, and other online 
fact-checking outlets, whose human fact-checkers 
lack the bandwidth to evaluate every article that 
appears online. These systems could also work 
with various fake news alert plugins available from 
Google’s web store, such as the browser extension, 
This is Fake, which uses a red banner to flag 
debunked news stories on your Facebook newsfeed. 
“All of the current systems for tracking fake 
news are manual, and this is something we need to 
change as the earlier you can highlight that a story 
is fake, the easier it is to prevent it going viral,” says 
Delip Rao, founder of the San Francisco-based AI 
research company Joostware and organizer of the 
Fake News Challenge, a competition set up within 
the AI community to foster development of tools 
that can reliably spot fake content. 
David Cox. Disponível em: <https://www.nbcnews.com/mach/science/
fake-news-still-problem-ai-solution-ncna848276>. Acesso em: fev. 2018.
According to the text, read the options, considering true 
(T) or false (F), and choose the correct alternative. 
I. Technology with certain computer programs as bots 
and video editing apps fuel fake news nowadays.
II. Long-trusted media outlets and forms of artificial 
intelligence can solve some fake news problems.
III. Human fact-checkers are not capable to evaluate if 
articles are fake or not.
IV. Developing current systems, as they are still manual, 
will help to point out if a story is fake or not.
a. T – T – F – T 
b. T – F – F – T 
c. F – T – F – T
d. F – F – T – T 
e. T – F – T – F 
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 95.
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Gabarito dos Exercícios Propostos
LÍNGUA INGLESA 356
Módulo 1
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03. A
04. A
05. C
06. D
07. E
08. B
09. D
10. A
Módulo 2
01. D
02. A
03. C
04. D
05. A
06. B
07. C
08. B
09. D
10. C
Módulo 3
01. C
02. A
03. B
04. A
05. A
06. B
07. E
08. A
09. C
10. D
Módulo 4
01. E
02. C
03. B
04. C
05. 15 (01 + 02 + 04 + 08)
06. C
07. C
08. D
09. E
10. B
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Módulo 1 ���������������������������������������������������������������� 98
Módulo 2 �������������������������������������������������������������� 101
Módulo 3 ��������������������������������������������������������������104
Módulo 4 �������������������������������������������������������������� 106
Módulo 5 ��������������������������������������������������������������109
Módulo 6 �������������������������������������������������������������� 112
Módulo 7 �������������������������������������������������������������� 115
Módulo 8 �������������������������������������������������������������� 118
Gabarito dos Exercícios Propostos���������������� 121
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01. Fuvest-SP
As cidades [do Mediterrâneo antigo] forma-
ram-se opondo-se ao internacionalismo praticado 
pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e cria-
ram uma identidade própria, que lhes dava força e 
significado.
GUARINELLO, Norberto Luiz. A cidade na Antiguidade 
Clássica. São Paulo: Atual. p. 20, 2006. Adaptado.
As cidades-Estado gregas da Antiguidade Clássica podem 
ser caracterizadas pela
a. autossuficiência econômica e igualdade de direitos 
políticos entre seus habitantes.
b. disciplina militar imposta a todas as crianças durante 
sua formação escolar.
c. ocupação de territórios herdados de ancestrais e defi-
nição de leis e moeda próprias.
d. concentração populacional em núcleos urbanos e 
isolamento em relação aos grupos que habitavam o 
meio rural.
e. submissão da sociedade às decisões dos governan-
tes e adoção de modelos democráticos de organiza-
ção política.
02. UEA-AM
A história é o passado que foi verdadeiramente 
vivido por homens de carne e osso sobre essa ter-
ra concreta, mas só podemos conhecê-lo caso ele 
nos tenha deixado documentos. Como a existência 
e a conservação dos documentos dependem de um 
conjunto de circunstâncias que não foram estrutura-
das a partir dos interesses de um historiador, jamais 
saberemos tudo o que esse passado foi. As questões 
mais interessantes, muitas vezes, não são as mais 
bem documentadas; para estudarmos, por exemplo, 
a Palestina do século I, dispomos de mais informa-
ções sobre a vida sentimental do rei Herodes do que 
sobre a data de nascimento de Cristo.
MARROU, Henri-Irénée. Do conhecimento histórico, 1975. Adaptado.
O texto refere-se
a. ao ofício científico dos historiadores, realizado 
segundo os procedimentos rigorosos das experi-
mentações laboratoriais.
b. aos fatores culturais como motor da história, 
acentuando a predominância de textos filosóficos 
nos arquivos.
c. ao controle das fontes históricas pelas classes do-
minantes, eliminando da história os movimentos 
populares.
d. à impossibilidade de qualquer apreensão do pas-
sado humano, considerando a irreversibilidade 
dos fatos históricos.
e. ao conteúdo lacunar do saber histórico, depen-
dente de preservações assistemáticas de regis-
tros materiais.
Módulo 1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
03. UEPG-PR
Uma das principais características do Império Romano 
foi a sua expansão contínua pelo território europeu, che-
gando até a África e a Ásia. Ao longo de cinco séculos, o Im-
pério Romano ampliou seus domínios e controlou política, 
cultural e economicamente um grande número de povos 
existentes em três continentes. Sobre o tema, assinale o 
que for correto.
01. A vitória sobre os cartaginenses nas Guerras Púnicas 
representou a soberania romana sobre o Mar Medi-
terrâneo, o qual passou a ser chamado por estes de 
Mare Nostrum.
02. A hegemonia romana nas províncias conquistadas foi 
acompanhada por mecanismos de coerção, recom-
pensa, cooptação e destruição das formas de resis-
tência dos povos subjugados.
04. Os bretões, conhecidos por seu espírito belicoso, 
mostraram-se bastante hostis à presença romana em 
suas terras, o que dificultou o processo de conquista 
da Britânia pelo Império Romano.
08. A troca cultural entre os romanos e os povos domi-
nados pode ser compreendida como uma das prin-
cipais consequências do processo de expansão do 
Império Romano.
16. A escravidão, adotada por Roma antes do início da 
expansão do Império, foi integralmente abolida nas 
regiões conquistadas. O trabalho livre foi uma das 
formas encontradas pelos romanos para evitar as re-
voltas em suas colônias.
04. UEG-GO
Leia o texto a seguir.
Uma das mais importantes contribuições dos fe-
nícios ao legado cultural do Oriente Próximo foi o 
alfabeto [...]. O alfabeto fenício, composto por 22 le-
tras, todas consonantais, difundiu-se por todo o Me-
diterrâneo, influenciando o alfabeto grego, do qual 
derivam o latino e quase todos os alfabetos atuais 
(árabe, hebraico e outros). 
AQUINO, R. S. L.; FRANCO, D. A.; LOPES, O. G. P. C. História das 
sociedades. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico, 1980. p. 127. 
A criação do alfabeto fenício representou um considerá-
vel avanço quanto à simplificação da comunicação escrita, 
tendo sido desenvolvido inicialmente para 
a. facilitar o registro das atividades comerciais realiza-
das pelos fenícios. 
b. ajudar na propagação da religião animista praticada 
na Fenícia. 
c. contribuir com a diplomacia na instável região do Mar 
Mediterrâneo. 
d. passar mensagens em código durante os períodos de 
guerra. 
e. difundir a escrita entre as classes menos favorecidas 
e os escravos.
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05. UFSC
Os homens da Igreja e os grandes príncipes do 
Renascimento italiano costumavam exaltar o es-
plendor de seus palácios urbanos e de suas casas de 
campo com as ruínas da Roma Imperial, que jaziam 
a seu redor. Retiravam e transportavam dos locais 
em que haviam descansado durante 1 500 anos as 
estátuas de deuses e imperadores, os bustos de an-
tigos heróis e as ninfas de pedra que um dia haviam 
dançado nas bordas de antigas fontes.
ROMA: ecos da glória imperial. Rio de Janeiro: Abril/
Time Life, 1998. p. 45. (Civilizações perdidas).
Sobre o Império Romano, é correto afirmar que
01. a arquitetura do período imperial romano concentrou-
-se na construção de edifícios com finalidade religio-
sa, dedicando pouca atenção às obras de infraestru-
tura urbana.
02. o governo do imperador Constantino (313-337 d.C.) 
foi marcado pela perseguição aos cristãos, cujas 
crenças chocavam-se com o respeito religioso dos 
romanos pelos seus imperadores, que eram conside-
rados deuses.
04. a estabilização das fronteiras com a Pax Romana pra-
ticamente definiu os limites geográficos do Império 
Romano.
08. os germanos eram chamados depreciativamente de 
bárbaros pelos romanos porque não falavam o latim 
e tinham costumes diferentes, em clara referência à 
ideia de oposição entre civilização e barbárie.
16. durante o século II d.C., com a conquista de territó-
rios na Ásia, na África e na Europa, o Império Romano 
atingiu sua maior extensão, dominando toda a costa 
mediterrânea.
32. a decadência do Império Romano esteve relacionada 
ao intenso êxodo rural, desencadeado pela adoção 
progressiva do colonato em função da ampliação da 
oferta de mão de obra escrava.
06. Unitau-SP
A democracia ateniense era direta: todos os ci-
dadãos podiam participar da assembleia do povo 
(Eclésia), que tomava as decisões relativas aos as-
suntos políticos, em praça pública. Entretanto, é 
bom deixar claro que o regime democrático atenien-
se tinha os seus limites.
FUNARI, Pedro Paulo A. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2013. p. 36.
Assinale a afirmativa correta, quanto aos limites da de-
mocracia ateniense.
a. Eram considerados cidadãos apenas aqueles que 
tinham posses e terras, incluindo comerciantes e 
artesãos.
b. Eram considerados cidadãos homens maiores de 21 
anos, nascidos em Atenas e filhos de atenienses.
c. Eram considerados cidadãos homens e mulheres 
adultos, proprietários de terra ou comerciantes.
d. Eram considerados cidadãos apenas os patriarcas de 
famílias atenienses.
e. Eram considerados cidadãos os estrangeiros que ti-
vessem fixado residência emAtenas.
07. UPE
O período mais longo considerado a mais antiga 
era da Pré-história é chamado de Paleolítico. Ele 
teve início há pelo menos 2,5 milhões de anos, como 
atestam os instrumentos simples de pedra encon-
trados no sítio de Hadar, Etiópia, e estendeu-se até 
10 000 anos aproximadamente. O modo de produ-
ção de sua população hominídea pode ser descrito 
como o de carniceiros, caçadores, coletores e pes-
cadores.
GUGLIELMO, Antonio Roberto. A Pré-História: uma abordagem 
ecológica. São Paulo: Brasiliense, 1999. p. 35. Adaptado.
Sobre o período descrito no texto, assinale a alternativa 
correta.
a. Não havia a domesticação de plantas ou animais, com 
exceção dos cães e, talvez, cavalos, que surgiram só 
mais para o fim do período. 
b. Os grupos humanos organizavam-se socialmente em 
tribos, dado o recente processo de sedentarização.
c. A economia não se limitava às atividades preda-
tórias, considerando uma larga experiência com a 
agricultura.
d. O Homo sapiens sapiens não pertence a esse período, 
tendo surgido só no Neolítico.
e. Os instrumentos de pedra confeccionados pelos ho-
minídeos desse período já passavam por um processo 
manual de polimento.
08. CPS-SP
“Todos os caminhos levam a Roma”.
A frase e o mapa fazem referência a uma característica 
marcante do Império Romano (30 a.C. a 476 d.C.). Assinale a 
alternativa que apresenta essa característica. 
a. A grande extensão territorial do Império impediu a 
construção de qualquer sistema de ligação entre a ca-
pital e a periferia, fazendo com que somente a cidade 
de Roma dispusesse de estradas pavimentadas para 
a circulação de pessoas e bigas. 
b. Em seu processo de expansão, o Império Romano 
fundou colônias nos cinco continentes e estabele-
ceu órgãos administrativos que, em escala reduzida, 
reproduziam a administração central e davam aos 
habitantes de todas as partes a sensação de viver na 
própria capital, a cidade de Roma. 
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c. Diferentes pontos do Império Romano estavam 
ligados à capital, a cidade de Roma, e entre si por 
milhares de quilômetros de estradas pavimentadas 
por onde circulavam, principalmente, os mensagei-
ros do Império. 
d. O processo de desintegração do Império Romano le-
vou à construção de estradas que tinham o objetivo 
de facilitar a fuga dos habitantes da cidade de Roma, 
aterrorizados pela violência praticada pelos povos 
germânicos, que saquearam a cidade. 
e. Devido à grande influência do catolicismo na forma-
ção do Império Romano, os habitantes da capital, 
Roma, financiaram a pavimentação de milhares de 
quilômetros de estradas que eram utilizadas para a 
peregrinação à Terra Santa. 
09. Famerp-SP
A cidade grega é o modelo por excelência, ori-
gem e paradigma da democracia. É dela que reti-
ramos as exigências constituídas de toda a política 
moderna. Mas a cidade grega não é uma democra-
cia-modelo. Ela funciona à custa de exclusões.
CASSIN, Barbara et al. Gregos, bárbaros, estrangeiros: a cidade 
e seus outros. Rio de Janeiro: 34, 1993. Adaptado.
A afirmação do excerto é, aparentemente, contraditória, 
ao reafirmar a democracia grega como modelo e sustentar 
que o seu funcionamento era excludente. A aparente contra-
dição ocorre porque
a. o governo era dirigido pela classe senatorial, embora os 
senadores fossem eleitos pelo conjunto dos cidadãos.
b. o poder político era exercido diretamente no interior 
das propriedades rurais, embora dele permaneces-
sem afastados os que aravam a terra.
c. a pólis era internamente dividida em corporações de 
ofício, embora o Governo-Geral fosse composto por 
um representante de cada uma delas.
d. a assembleia de cidadãos era formada por campone-
ses e artesãos, embora eles estivessem afastados 
dos assuntos militares.
e. a participação dos cidadãos nas decisões públicas era 
plena e direta, embora mulheres, estrangeiros e escra-
vos permanecessem fora da política.
10. Unitau-SP
[...] havia as feridas internas, que foram tratadas 
por Diocleciano (285-305), que dividiu a administra-
ção imperial em quatro partes, cada uma delas go-
vernada por um general: dois principais com o título 
de Augusto e dois com o título de Cesar.
EYLER, F. M. S. História antiga – Grécia e Roma: a formação 
do ocidente. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014. p. 202. 
Sobre as reformas de Diocleciano, ocorridas após a crise 
do século III d.C., é correto afirmar: 
a. Internamente, a tetrarquia procurou reorganizar a admi-
nistração, aumentando a eficiência da máquina pública 
e da cobrança de impostos, de forma que pôde fortale-
cer o Império e resolver, indefinidamente, os problemas 
da crise. 
b. Para diminuir a inquietação social, foram elaboradas 
leis que melhoravam as condições dos escravos e dos 
devedores, de maneira a, institucionalmente, acabar 
com a escravidão em todo o Império. 
c. Estabeleceram leis que liberavam os preços dos produtos 
agrícolas, como uma tentativa de conter a crise e a inflação. 
d. Depois de 25 anos de governo, Diocleciano renunciou, 
após ter reorganizado a administração pública. Essa fase 
da história ficou conhecida como Alto Império Romano. 
e. A crise do Império não foi solucionada, e o grande fato 
novo ocorrido com o advento da difusão do cristianis-
mo ocasionou a formação da Alta Idade Média. 
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 121.
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Módulo 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. UFPR
Leia o trecho a seguir, retirado de uma carta escrita en-
tre 830 e 840 pelo aristocrata franco Eginhardo, em favor de 
camponeses.
Ao nosso mui querido amigo, o glorioso conde 
Hatton, Eginhardo, saudação eterna do Senhor. Um 
dos vossos servos, de nome Huno, veio à igreja dos 
santos mártires Marcelino e Pedro pedir mercê* 
pela falta que cometeu contraindo casamento sem 
o vosso consentimento [...]. Vimos, pois, solicitar a 
vossa bondade para que em nosso favor useis de in-
dulgência em relação a este homem, se julgais que 
a sua falta pode ser perdoada. Desejo-vos boa saúde 
com a graça do Senhor. 
Cartas de Eginhardo. Tradução de: COSTA, Ricardo da. Extratos de documentos 
medievais sobre o campesinato (sécs. V-XV). Disponível em: <https://
www.ricardocosta.com/extratos-de-documentos-medievais-sobre-o-
campesinato-secs-v-xv#footnoteref19_nuc8key>. Acesso em: 11 ago. 2018. 
*pedir mercê = pedir intercessão 
No extrato anterior, encontramos elementos da vida so-
cial e econômica do período medieval europeu (Alta Idade 
Média). Esse documento insere-se em qual sistema social, 
político e econômico predominante nesse contexto? 
a. Feudalismo, caracterizado pela ruralização da econo-
mia, pela relação senhorial entre nobres e servos e 
pela atuação social e política da Igreja Católica. 
b. Mercantilismo, caracterizado pela urbanização da eco-
nomia, pela relação senhorial entre nobres e campone-
ses e pela atuação social e política da Igreja Protestante. 
c. Socialismo, caracterizado pela ruralização da econo-
mia, pela relação remunerada entre nobres e servos e 
pela atuação cultural e política da Igreja Cristã. 
d. Mercantilismo, caracterizado pela urbanização da eco-
nomia, pela relação campesina entre nobres e vassa-
los e pela atuação social e política da Igreja Ortodoxa. 
e. Feudalismo, caracterizado pela urbanização da eco-
nomia, pela relação agrária entre o clero e os servos e 
pela atuação social e cultural da Igreja Cristã. 
02. UECE 
A historiografia recente não aceita mais uma ideia ne-
gativa sobre a Idade Média, porque considera essa ideia um 
juízo de valor do humanismo renascentistaque pretendia li-
gar-se diretamente ao pensamento clássico da Antiguidade 
Greco-Romana.
Atente ao que se diz a seguir em relação à Idade Média, 
e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Nesse período, foram extintas algumas línguas e lite-
raturas.
( ) Ocorreu aumento demográfico causado por maior 
produtividade.
( ) Houve dinamismo social impulsionado pelos comer-
ciantes e artesãos.
( ) Foram criadas as primeiras universidades.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a. F – V – V – V
b. V – F – V – F
c. V – V – F – F
d. F – F – F – V
03. VUNESP
Examine a iluminura extraída do manuscrito Al-Maqamat, 
de Abu Muhammed al-Kasim al-Hariri, 1237.
A imagem pode ser associada à tradição dos conheci-
mentos desenvolvidos no mundo árabe-islâmico durante a 
Idade Média e revela
a. a inexistência de instrumental médico nas sociedades is-
lâmicas, que impediam qualquer tipo de corte nos corpos.
b. a preparação do cadáver feminino para a cremação, 
principal culto funerário desenvolvido nas sociedades 
islâmicas.
c. a condenação imposta pelas autoridades religiosas 
islâmicas às pessoas que cuidavam de doentes e mu-
lheres grávidas.
d. o desenvolvimento da medicina nas sociedades islâ-
micas, o que permitiu avanços, como a descrição da 
varíola e o emprego de anestesia em cirurgias.
e. o repúdio, nas sociedades islâmicas, à representação 
do nu feminino, o que provocou sucessivas punições 
civis e religiosas a artistas.
04. UECE
O Corpus Juris Civilis (Corpo do Direito Civil) é a reunião e 
atualização de inúmeras leis imperiais romanas compiladas por 
ordem do imperador romano do Oriente, Justiniano. Obra exten-
sa publicada em 533 d.C. contém noções fundamentais de di-
reito civil. Sobre o Corpus Juris Civilis, assinale o que for correto. 
a. Não obstante o imenso volume da obra, representou 
a manutenção do ordenamento jurídico do direito ro-
mano sem repercussões maiores para o direito civil 
do Ocidente.
b. Base da jurisprudência latina, seus princípios jurí-
dicos influenciaram legislações europeias, sendo a 
base de vários códigos civis, inclusive no Brasil.
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c. Coleção monumental cuja repercussão esteve estrita-
mente ligada ao direito canônico e eclesiástico; uma 
coleção que constituiu a base estrutural da legislação 
cristã antiga.
d. Esse documento reuniu fragmentos de obras de ju-
ristas clássicos, entretanto Justiniano manteve sua 
posição de teocrata e de representar-se como um por-
ta-voz de Deus.
05. UEM-PR
O islamismo, nascido no século VII da Era Cristã, em decor-
rência das pregações do profeta Maomé, marcou profundamen-
te a história do Ocidente Medieval. Assinale a(s) alternativa(s) 
que corresponde(m) corretamente ao islamismo medieval.
01. O islamismo, desde o seu surgimento, opõe-se radi-
calmente às tradições religiosas judaico-cristãs ao 
pregar a crença em um só Deus, Maomé.
02. A expansão com a ocupação islâmica da Península 
Ibérica teve início no século VIII e só findou em 1492, 
quando os mouros foram expulsos do Reino de Gra-
nada pelos reis católicos Fernando e Isabel.
04. Embora a religião seja um dos fundamentos da civi-
lização islâmica, os muçulmanos exerceram forte 
influência no Ocidente Medieval ao preservarem co-
nhecimentos sobre a filosofia antiga, principalmente 
o aristotelismo e o platonismo.
08. Apesar do legado cultural na arquitetura, na ciência, 
na literatura e na agricultura, os árabes não consegui-
ram controlar o comércio no Mediterrâneo, que conti-
nuou sendo exercido exclusivamente por europeus.
16. Diferentemente do cristianismo, que se dividiu em 
duas Igrejas (Ocidental e Oriental), os muçulma-
nos, durante toda a Idade Média, preservaram uma 
religião unida, e a divisão entre xiitas e sunitas que 
conhecemos hoje resulta dos desdobramentos polí-
ticos da criação do Estado de Israel.
06. Famerp-SP
Leia o texto para responder à questão.
Enquanto nas cidades o poder ficou nas mãos dos 
bispos, nos campos, concentrou-se nas dos grandes 
proprietários. O governo romano perdeu força: já 
não era capaz de cobrar os impostos de maneira efi-
ciente, nem mesmo de pagar os exércitos. Em 476, 
o último imperador romano foi deposto. Era o fim 
do Império Romano e do mundo antigo e o início de 
uma nova era, a Idade Média.
Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.
O texto alude à gênese de duas características importan-
tes da Idade Média Ocidental. Assinale a alternativa que indi-
ca essas duas características.
a. Fim do comércio internacional e crescimento do repu-
blicanismo
b. Feudalização e aumento do poder político da Igreja
c. Desaparecimento do poder real e ruralização
d. Supressão dos exércitos nacionais e avanço do isla-
mismo
e. Igualitarismo social e autossuficiência das proprieda-
des rurais
07. PUCCamp-SP
Embora a sociedade feudal costuma ser associa-
da a um período histórico marcado pelo retrocesso 
tecnológico, inovações técnicas importantes vieram 
tornar mais rentável e menos penoso o trabalho do 
campesinato medieval. Entre elas está a invenção 
da charrua, uma espécie de arado mais eficiente, a 
reestruturação do moinho hidráulico e o desenvolvi-
mento de novas formas de atrelar os animais, o que 
aumentou o poder de tração.
MOTA, Myriam B.; BRAICK, Patrícia. História: das cavernas ao 
Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, 1997. p. 87.
Com base no texto e no conhecimento histórico, é correto 
afirmar que, no início da Baixa Idade Média, apesar de limitadas,
a. as inovações técnicas, acompanhando o crescimento 
demográfico e gerando excedentes para uma ativida-
de comercial cada vez mais intensa, proporcionaram 
transformações profundas na vida feudal.
b. as novas tecnologias no meio rural, visando reorga-
nizar a produção de forma mais eficiente, trouxeram 
mudanças profundas na economia ao formar um con-
tingente de mão de obra disponível para as indústrias.
c. as descobertas científicas, alavancadas pelo desen-
volvimento de técnicas de produção agrícola, provoca-
ram transformações nas relações de trabalho feudal, 
dissociando o trabalhador dos meios de produção.
d. as novas técnicas de produção e instrumentos ino-
vadores na agricultura e o aumento da população, na 
Europa Ocidental, permitiram a integração do trabalho 
rural ao sistema capitalista em desenvolvimento.
e. as inovações tecnológicas, embora encontrassem 
obstáculos na própria estrutura estamental, provo-
caram mudanças qualitativas na economia, abrin-
do espaço para uma nova ordem política e social no 
mundo feudal.
08. FCMSC-SP
A cidade antiga organizava-se em torno de um 
conjunto de edifícios e monumentos que desapa-
receram entre os séculos IV e VII: fóruns, templos, 
pórticos, circo, teatro, estádio, termas. […] Durante 
muito tempo, as igrejas são os únicos monumentos 
nas cidades da Alta Idade Média e nas cidades epis-
copais, onde o bispo e o clero cristão mantêm uma 
certa vida urbana.
LE GOFF, Jacques. Cidade. In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean Claude. 
(Orgs.). Dicionário analítico do Ocidente medieval, v. 1, 2017.
O texto refere-se a um aspecto da passagem da Antigui-
dade Clássica para a Idade Média, caracterizado
a. pela permanência do politeísmo romano e pelo esfor-
ço de cristianização dos pagãos.
b. pela cristianização do poder imperial e pela aliança da 
Igreja cristã com o imperador.
c. pelo avanço das atividades comerciais e pelo surgi-
mento de grandes centros urbanos.
d. pelo processo de ruralização da vida social e pela 
emergência de novos poderes políticos.
e. pelo esplendor da cultura clássica e pela ausência da 
cultura artística no mundo cristão.
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09. VUNESP
“Servir” ou, como também se dizia, “auxiliar”, 
– “proteger”: era nestes termos tão simples que os 
textos mais antigos resumiam as obrigações recípro-
cas do fiel armado e do seu chefe.
BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: 70, 1987.
O mais importante dos deveres que, na sociedade feudal, 
o vassalo tinha em relação ao seu senhor era
a. o respeito à hierarquia e à unicidade de homenagens, que 
determinava que cada vassalo só podia ter um senhor.
b. o auxílio na guerra, participando pessoalmente, montado 
e armado, das ações militares desenvolvidas pelo senhor.
c. a proteção policial das aldeias e cidades existentes 
nos arredores do castelo de seu senhor.
d. a participação nos torneios e festejos locais, sem que o 
vassalo jamais levantasse suas armas contra seu senhor.
e. a servidão, trabalhando no cultivo das terras do senhor 
e pagando os tributos e encargos que lhe eram devidos.
10. UESPI 
A cidade contemporânea, apesar das grandes 
transformações, está mais próxima da cidade me-
dieval do que esta última da cidade antiga. A cidade 
da Idade Média é uma cidade abundante, concen-
trada em um pequeno espaço, um lugar de produção 
e de trocas em que se mesclam o artesanato e o co-
mércio alimentados por uma economia monetária. 
LE GOFF, Jacques. Por amor às cidades. São 
Paulo: Editora Unesp, 2000. p. 25. 
Sobre o mundo medieval, assinale a alternativa correta. 
a. A partir do século XI, a sociedade europeia passou 
por mudanças decisivas: declínio das cidades, de-
saparecimento do comércio, retração da produtivi-
dade agrícola e da produção cultural. 
b. O estilo gótico, presente na arquitetura das cida-
des medievais, expressou a simplicidade e a bai-
xa capacidade técnica que caracterizou aquele 
mundo medieval, especialmente no final da Idade 
Média Central. 
c. Embora a vida econômica da Idade Média estives-
se organizada principalmente na produção agríco-
la, em todo o Período Medieval é possível identi-
ficar, ainda que de forma precária, a presença de 
comerciantes e artesãos habitando os burgos e 
promovendo a circulação de bens entre os domí-
nios senhoriais.
d. Por estarem integradas ao mundo medieval, des-
de sua origem, o incremento das atividades co-
merciais e manufatureiras, a partir do século XII, 
não produziu tensões entre a visão de mundo do 
senhor feudal e a dos artesãos e comerciantes .
e. A peste negra que assolou as cidades europeias 
no decorrer do século XIV, dizimando grande parte 
da população e tornando escassa a mão de obra, 
foi responsável pelo surgimento de novas e jus-
tas relações de trabalho entre os senhores e seus 
servos.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 121.
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Módulo 3
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
c. as navegações e conquistas ultramarinas e o desejo de 
implantação de uma economia mundial de livre-mercado.
d. o crescimento do contingente de mão de obra campo-
nesa e a presença da concepção burguesa de ditadura 
do proletariado.
e. o surgimento de uma vanguarda cultural religiosa e a 
forte influência do ceticismo francês defensor do di-
reito divino dos reis.
04. IFRS
No contexto da Reforma Protestante, um movimento 
movido pela burguesia europeia defendia a salvação dos ho-
mens através do acúmulo de riquezas. Assinale a alternativa 
que dá nome a esse movimento.
a. Calvinismo
b. Luteranismo
c. Anglicanismo
d. Catolicismo
e. Judaísmo
05. Faculdade Albert Einstein-SP
Leonardo [da Vinci] analisou a anatomia humana 
durante toda sua vida; considerava que a natureza 
havia criado todas as coisas visíveis que poderiam 
tornar-se pintura. […] Escrevendo sobre o horror 
de cadáveres esquartejados com os quais costuma-
va passar as noites, Da Vinci diz que de nada lhe 
serviriam caso não soubesse também desenhar per-
feitamente; a dissecção de corpos deveria ser acom-
panhada por um conhecimento da perspectiva, dos 
métodos de demonstração geométrica, do método 
do cálculo de força e de poder dos músculos. A pin-
tura deveria levar em conta os fenômenos naturais, 
a estrutura das coisas, o mecanismo dos corpos.
QUEIROZ, Teresa Aline Pereira de. O Renascimento. 
São Paulo: Edusp, 1995. p. 55.
O texto refere-se a três características centrais do Renas-
cimento Cultural dos séculos XV e XVI. Assinale a alternativa 
que indica essas características.
a. Naturalismo, rusticidade das representações e simbo-
lismo
b. Abstracionismo, contraste entre claro e escuro e despreo-
cupação com as proporções na representação do corpo
c. Experimentalismo, pesquisa científica e valorização 
do homem
d. Reconhecimento da submissão absoluta do homem a 
Deus, platonismo e ausência de perspectiva
06. Fuvest-SP
Uma observação comparada dos regimes de trabalho 
adotados nas Américas de colonização ibérica permite afir-
mar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII,
a. a servidão foi dominante em todo o mundo português, 
enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi as-
salariada. 
01. Unicamp-SP
Alexandre von Humboldt (1769-1859) foi um 
cientista que analisou o processo das descober-
tas marítimas do século XVI, classificando-o 
como um avanço científico ímpar. A descoberta 
do Novo Mundo foi marcante porque os trabalhos 
realizados para conhecer sua geografia tiveram 
incontestável influência no aperfeiçoamento dos 
mapas e nos métodos astronômicos para deter-
minar a posição dos lugares. Humboldt constatou 
a importância das viagens imputando-lhes valor 
científico e histórico.
H. B. Domingues, “Viagens científicas: descobrimento e 
colonização no Brasil no século XIX”, em Alda Heizer e Antonio 
A. Passos Videira, Ciência, civilização e Império nos trópicos. 
Rio de Janeiro: Acess Editora, 2001. p. 59. Adaptado.
Assinale a alternativa correta.
a. O tema dos descobrimentos relaciona-se ao estudo da 
inferioridade da natureza americana, que justificava a 
exploração colonial e o trabalho compulsório.
b. Humboldt retoma o marco histórico dos descobrimen-
tos e das viagens marítimas e reconhece suas contri-
buições para a expansão do conhecimento científico.
c. Os conhecimentos anteriores às proposições de Gali-
leu foram preservados nos mapas, métodos astronô-
micos e conhecimentos geográficos do mundo resul-
tantes dos descobrimentos.
d. Os descobrimentos tiveram grande repercussão no 
mundo contemporâneo por estabelecer os parâme-
tros religiosos e sociais com os quais se explica o pro-
cesso da independência nas Américas.
02. Espcex-SP/Aman-RJ
Durante a Idade Moderna, ocorreu o fortalecimento gra-
dual dos governos das Monarquias Nacionais em grande 
parte da Europa. Desse processo, resultou o Absolutismo 
monárquico. Entre os argumentos usados para se justificar 
tal condição, havia um que definia o poder absoluto como 
condição necessária para a manutenção da paz e do progres-
so. Assinale a alternativa que apresenta o responsável por tal 
pensamento. 
a. Thomas Hobbes 
b. Immanuel Kant 
c. John Locke 
d. Jean Le Rond D’ Alembert 
e. Jacques Bossuet
03. UEL-PR
Por volta do século XVI, associa-se à formação das Monar-
quias Nacionais europeias
a. a demanda de protecionismo por parte da burguesia 
mercantil emergente e a circulação de um ideário po-
lítico absolutista.
b. a afirmação político-econômica da aristocracia feudal 
e a sustentação ideológica liberal para a centralização 
do Estado.
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b. a liberdade foi conseguidaplenamente pelas populações 
indígenas da América espanhola e da América portuguesa, 
enquanto a dos escravos africanos jamais foi conseguida.
c. a escravidão de origem africana, embora presente em 
várias regiões da América espanhola, esteve mais ge-
neralizada na América portuguesa.
d. não houve escravidão africana nos territórios espa-
nhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão 
de obra indígena.
e. o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios es-
panhóis, que, em contrapartida, traficavam escravos 
indígenas para o Brasil. 
07. UFJF-MG
A Reforma Protestante foi um movimento religioso que 
ocorreu no período de transição da época medieval para a 
moderna. Esse período foi marcado por inúmeras transforma-
ções no que se refere à mentalidade e às relações sociopolíti-
cas. Sobre esse contexto, assinale a resposta incorreta.
a. A crise econômica feudal possibilitou a emergência 
de questionamentos da população em relação aos 
dogmas impostos pela Igreja Católica. Os clérigos es-
tavam mais preocupados com o poder político e com 
recursos materiais.
b. O movimento renascentista abriu espaço para ques-
tionar o papel exercido pela Igreja Católica. O heliocen-
trismo contribuiu para diminuir o monopólio da produ-
ção intelectual da Igreja.
c. A venda de títulos eclesiásticos e de indulgências era 
uma prática oficializada pelos representantes do cle-
ro, cuja ampliação e popularização desse comporta-
mento fortaleceu o poder da Igreja Católica.
d. Houve a criação de instituições religiosas cristãs que 
apresentavam novos preceitos relacionados à base 
doutrinária da Igreja Católica. O luteranismo, o calvi-
nismo e o anglicanismo foram religiões protestantes 
surgidas no século XVI.
e. As novas atividades praticadas pelos comerciantes 
burgueses no ambiente das cidades, como a prática 
da usura, eram consideradas de caráter pecaminoso 
pelo clero católico.
08. Centro Universitário Católica de Santa Catarina
Sobre a colonização da América espanhola durante o sé-
culo XVI, é correto afirmar:
a. Foi desastrosa para a população indígena, pois destruiu as 
estruturas de produção agrícolas e introduziu agentes vi-
rais que dizimaram grandes parcelas da população nativa.
b. Proporcionou um importante ciclo de industrializa-
ção na Espanha, financiado com ouro e prata ame-
ricanos, para atender às demandas por produtos 
manufaturados no mundo colonial.
c. Favoreceu a integração pacífica da população indíge-
na com os colonizadores espanhóis.
d. Originou um modelo de administração compartilhada, 
no qual as antigas lideranças indígenas atuavam em 
parceria com os vice-reis espanhóis.
e. Melhorou enormemente as condições de vida das po-
pulações nativas, em função do atendimento médico 
proporcionado pelas missões religiosas de diversas 
congregações e ordens espanholas.
09. Acafe-SC
“Erram os pregadores de indulgências quando dizem que 
pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo pecado 
e que está salvo”. Este é um dos pontos das 95 teses divulgadas 
por Martinho Lutero na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, 
em 1517, que completou 500 anos em 2017. Acerca do contexto 
da reforma protestante, da atuação de Lutero e do avanço do mo-
vimento reformista na igreja europeia, é correto afirmar, exceto:
a. Henrique VIII, rei da Inglaterra, rompeu com o catolicis-
mo publicando o Ato de supremacia, documento em 
que se tornava chefe da Igreja da Inglaterra, posterior-
mente denominada Anglicana.
b. Lutero e o teólogo Felipe Melanchton escreveram a Con-
fissão de Augsburgo, fundamentando a doutrina lutera-
na. Um dos pontos dessa obra determinava a substitui-
ção do latim pela língua nacional nos cultos religiosos.
c. As ideias protestantes influenciaram a revolta 
camponesa sob a liderança de Thomas Münzer, na 
Turíngia, que pregava o fim do Estado e da proprie-
dade privada.
d. Calvino condenava a usura e a doutrina da predestina-
ção, sendo apoiado por integrantes do clero secular e 
da própria burguesia estabelecida na Suíça.
10. IFN-MG
A figura apresenta a capa do álbum Use Your 
Illusion I, da banda de hard rock norte-americana 
Guns N’ Roses, que contém uma imagem que é par-
te do afresco intitulado Escola de Atenas, pintado por 
Rafael Sanzio, no início do século XVI, sob enco-
menda do Vaticano.
GUNS N’ ROSES. Capa do álbum Use Your Illusion, v. 1. Produtor: Mike 
Clink. Lançado em 17 de setembro de 1991. Gravadora GEFFEN: 
Estados Unidos. CD. Disponível em: <http://www.allmusic.com/album/
useyour-illusion-i-mw0000598424>. Acesso em: 26 ago. 2016.
Considerando as informações apresentadas, bem como 
seus conhecimentos sobre o assunto, é incorreto afirmar que
a. a parte do afresco de Rafael Sanzio contida na capa do 
álbum da banda evidencia o antropocentrismo renas-
centista, o humanismo.
b. é possível atestar que a imagem da capa foi retirada 
de uma obra renascentista do período do cinquecen-
to, que está entre as mais famosas de Rafael Sanzio.
c. o afresco de Rafael Sanzio, embora tenha sido enco-
mendado pelo Vaticano, é marcado pelo classicismo, 
que representa uma das características renascentistas.
d. visto que a tradução do nome do álbum é “Usa a tua ilusão”, 
é certo considerar que o objetivo da banda foi reforçar uma 
característica renascentista, ou seja, o misticismo.
Veja o gabarito desses exercícios propostos na página 121.
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Módulo 4
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se 
a todos, só obedece contudo a si mesmo, perma-
necendo assim tão livre quanto antes. Esse, o pro-
blema fundamental cuja solução o contrato social 
oferece. [...] 
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e 
todo o seu poder sob a direção suprema da vontade 
geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro 
como parte indivisível do todo.
Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1983.
O texto apresenta características
a. iluministas e defende a liberdade e a igualdade social 
plenas entre todos os membros de uma sociedade.
b. socialistas e propõe a prevalência dos interesses co-
letivos sobre os interesses individuais.
c. iluministas e defende a liberdade individual e a neces-
sidade de uma convenção entre os membros de uma 
sociedade.
d. socialistas e propõe a criação de mecanismos de 
união e defesa de todos os trabalhadores.
e. iluministas e defende o estabelecimento de um poder 
rigidamente concentrado nas mãos do Estado.
04. FEI-SP
Na perspectiva desta teoria, o capitalismo é o melhor 
sistema econômico possível, capaz de regular e encontrar 
um equilíbrio através da interação entre a oferta e a procura. 
Para alcançar-se este equilíbrio é necessário, porém, que o 
Estado não intervenha diretamente na economia. Na melhor 
das hipóteses, o Estado deve remover os obstáculos à livre 
concorrência. Nesta teoria, a desigualdade é vista como um 
incentivo ao trabalho e ao enriquecimento, pois, logicamente, 
os pobres querem ficar ricos e atingir o nível das classes mais 
abastadas e beneficiadas. Portanto, a desigualdade é uma 
condição fundamental para que as pessoas se movimentem 
e tentem atingir níveis melhores de vida.
A teoria econômica que encaixa nos preceitos descritos 
no texto é
a. a keynesiana de John Maynard Keynes.
b. a utilitarista de Alfred Marshall.
c. a fisiocrata de François Quesnay.
d. a do liberalismo de Adam Smith.
e. a mercantilista de Jean-Baptiste Colbert.
05. UNESP
A divisão capitalista do trabalho – caracterizada 
pelo célebre exemplo da manufatura de alfinetes, 
analisada por Adam Smith – foi adotada não pela 
sua superioridade tecnológica, mas porque garantia 
ao empresário um papel essencial no processo de 
produção: o de coordenador que, combinando os 
esforços separados dos seus operários, obtém um 
produto mercante.
MARGLIN,Stephen. In: GORZ, André (Org.). Crítica 
da divisão do trabalho, 1980.
01. UNESP
Todos os homens são criados iguais, dotados 
pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os 
quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felici-
dade. Para assegurar esses direitos, entre os homens 
se instituem governos, que derivam seus justos po-
deres do consentimento dos governados. Sempre 
que uma forma de governo se dispõe a destruir es-
sas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la 
ou aboli-la, e instituir um novo governo, assentando 
seu fundamento sobre tais princípios e organizan-
do seus poderes de tal forma que a ele pareça ter 
maior probabilidade de alcançar-lhe a segurança e 
a felicidade.
Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: SYRETT, 
Harold (Org.). Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.
O documento expõe o vínculo da luta pela independência 
das Treze Colônias com os princípios
a. liberais, que defendem a necessidade de impor regras 
rígidas de protecionismo fiscal.
b. mercantilistas, que determinam os interesses de ex-
pansão do comércio externo.
c. iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e 
de rebelião contra governos tirânicos.
d. luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a 
lutar pela própria salvação.
e. católicos, que justificam a ação humana apenas em 
função da vontade e do direito divinos.
02. ESPM-SP
Thomas Hobbes era admirador do método mate-
mático e da racionalidade e crítico da democracia. 
Quando, em 1628, observava os conflitos entre o rei 
e o Parlamento, traduziu e publicou um ataque ao 
grego Tucídides à democracia para mostrar, pelo 
exemplo de Atenas na Guerra do Peloponeso, os 
efeitos danosos da democracia. Hobbes se empe-
nhava em tomar o partido de Carlos I no conflito 
com o Parlamento. Em 1640, diante da guerra ci-
vil, fugiu para a França. Em 1651 publicou sua obra 
Leviatã, em que apresentou sua visão do Estado. 
Flávio de Campos. A escrita da História. 
O inglês Thomas Hobbes deve ser relacionado, respec-
tivamente, à guerra civil (mencionada no texto) e à visão de 
Estado. 
a. Primavera dos Povos – Estado liberal 
b. Comuna de Paris – Estado socialista 
c. Revolução Francesa – Estado liberal 
d. Revolução Puritana – Estado absolutista 
e. Revolução Gloriosa – Estado absolutista
03. UNESP
Encontrar uma forma de associação que defenda 
e proteja a pessoa e os bens de cada associado com 
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Ao analisar o surgimento do sistema de fábrica, o texto 
destaca
a. o maior equilíbrio social provocado pelas melhorias 
nos salários e nas condições de trabalho.
b. o melhor aproveitamento do tempo de trabalho e a au-
togestão da empresa pelos trabalhadores.
c. o desenvolvimento tecnológico como fator determi-
nante para o aumento da capacidade produtiva.
d. a ampliação da capacidade produtiva como justifica-
tiva para a supressão de cargos diretivos na organiza-
ção do trabalho.
e. a importância do parcelamento de tarefas e o estabe-
lecimento de uma hierarquia no processo produtivo.
06. FGV-SP
[...] Nós temos essas verdades como evidentes 
por si mesmas: que todos os homens nascem iguais; 
que o seu Criador os dotou de certos direitos inalie-
náveis, entre os quais a Vida, a Liberdade e a pro-
cura da Felicidade; que para garantir esses direitos, 
os homens instituem entre eles Governos, cujo justo 
poder emana do consentimento dos governados; 
que, se um governo, seja qual for a sua forma, chega 
a não reconhecer esses fins, o povo tem o direito 
de modificá-lo ou de aboli-lo e de instituir um novo 
governo, que fundará sobre tais princípios e de que 
ele organizará os poderes segundo as formas que lhe 
parecem mais próprias para garantir a sua Seguran-
ça e a sua Felicidade.
Declaração de Independência dos Estados Unidos da América 
do Norte, 4 de julho de 1776. Apud FREITAS, Gustavo de. 
900 textos de História. Lisboa: Plátano, 1976. p. 60.
Segundo o documento, é correto afirmar que
a. a separação das Treze Colônias inglesas da metrópole 
foi ilegítima, uma vez que os sagrados laços coloniais 
não foram rompidos, isto é, o antigo sistema colonial 
assimilou os princípios iluministas.
b. o rompimento dos laços políticos e econômicos com a 
metrópole baseou-se nos princípios iluministas e deu 
às ex-colônias o direito de serem Estados livres, com 
o consentimento dos governados.
c. a quebra das relações entre as Treze Colônias e a me-
trópole tem a sua legitimidade baseada nos princípios 
do antigo sistema colonial, isto é, na Igualdade, na Li-
berdade e na Felicidade.
d. os princípios iluministas fundados na Vida, na Liber-
dade e na procura da Felicidade sustentam os novos 
Estados livres e independentes com o consentimento 
da elite da metrópole.
e. os direitos inalienáveis, como a Vida, a Liberdade e a 
procura da Felicidade, referem-se tanto ao povo das 
colônias quanto ao povo da metrópole, preservando, 
assim, os sagrados vínculos coloniais.
07. Mackenzie-SP
“O Estado sou eu”, frase atribuída ao rei francês Luís XIV, 
traduzia o grau de centralização de poderes típica dos Esta-
dos absolutistas europeus. Tal forma de organização política 
destacava a figura do monarca como bem caracteriza a ima-
gem apresentada. Assinale a alternativa correta que expressa 
o papel da monarquia absolutista.
a. O regente, ao aparecer publicamente com trajes sun-
tuosos, exprimia a união entre o poder temporal e o 
espiritual, apoiado publicamente pelo papa em cada 
aparição pública.
b. O monarca, ao se utilizar da pompa e da suntuosidade, 
sintetizava os anseios da própria nação e dos diversos 
grupos religiosos existentes no território francês.
c. A exposição pública da figura do monarca enfraque-
cia a nobreza e as tradições aristocráticas, ao mesmo 
tempo em que fortalecia os interesses burgueses.
d. O rei, ao simbolizar o próprio Estado francês, consegue 
articular o anseio do grupo mercantil em ascensão, ar-
ticulando-os com os interesses da nobreza nacional.
e. Eliminar as revoltas camponesas francesas, recorren-
do ao luxo e à majestade configurados na imagem do 
monarca, garantia estabilidade à nação.
08. Unicentro-PR
Assinale a alternativa correta sobre as principais caracte-
rísticas do mercantilismo como política econômica do Estado 
absolutista.
a. Balança comercial favorável, bulionismo e sistema 
colonial
b. Liberalismo econômico, especulação financeira e ba-
lança comercial deficitária
c. Hegemonia da Igreja, contrarreforma e reforma pro-
testante
d. Livre comércio, estado mínimo e incentivo ao em-
preendedorismo
e. Desemprego estrutural, degradação da natureza e fle-
xibilização das leis trabalhistas
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09. Fuvest-SP
As chamadas “revoluções inglesas”, transcorridas entre 
1640 e 1688, tiveram como resultados imediatos 
a. a proclamação dos Direitos do Homem e do Cidadão e 
o fim dos monopólios comerciais.
b. o surgimento da monarquia absoluta e as guerras con-
tra a França napoleônica.
c. o reconhecimento do catolicismo como religião oficial e o 
fortalecimento da ingerência papal nas questões locais. 
d. o fim do anglicanismo e o início das demarcações das 
terras comuns.
e. o fortalecimento do Parlamento e o aumento, no governo, 
da influência dos grupos ligados às atividades comerciais.
10. IFBA
Observe e analise a imagem das crianças trabalhando 
nas fábricas, nos primórdios da Revolução Industrial e, em se-
guida, assinale a resposta correta acerca das condições dos 
trabalhadores no período histórico dessa revolução.
a. A atuação