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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
 
 
1. (ENEM). Leia o texto abaixo 
 
Cabeludi 
 
Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele 
foi estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição 
deslocada me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino está 
fantasiado de palhaço. Minha avó entendia dregências verbais. Ela falava de sério. Mas 
todo-mundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de uma informação 
um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade 
de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino 
gritou: Disilimina esse, Cabeludinho.Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo 
trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras 
mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela 
que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam 
do que pelo que elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudade: Ai 
morena, não me escreve / que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu 
ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro. 
 
BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003. 
 
No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da 
língua e sobre os sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das expressões 
“voltou de ateu”, “disilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca: 
 
a) Os desvios linguísticos cometidos pelos personagens do texto. 
b) A importância de certos fenômenos gramaticais para o conhecimento da língua 
portuguesa. 
c) A distinção clara entre a norma culta e as outras variedades linguísticas. 
d) O relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante as suas férias. 
e) A valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais da lin- 
guagem. 
 
2. (ENEM - Adaptada). Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato 
pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é: 
 
a) Predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas. 
b) Vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português. 
c) Realização do plural conforme as regras da tradição gramatical. 
d) Ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados. 
e) Presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante. 
 
3. (UFMA). Analise a charge abaixo para responder a questão. 
2 
 
 
 
 
Considerando a fala dos interlocutores, pode-se concluir que: 
 
a) O uso de “excelência” denota desrespeito, pois o depoente não vê o depu-tado 
como autoridade. 
b) O efeito humorístico é provocado pela passagem brusca da linguagem formal para 
a informal. 
c) O uso da linguagem formal e da informal evidencia a classe social a que perten-cem 
as personagens. 
d) A linguagem empregada no texto serve apenas para compor as imagens do deputado 
e do depoente. 
e) O pronome “seu” foi usado pelo depoente como sinal de respeito para com o 
parlamentar ilustre. 
 
4. Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, 
observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido: 
 
a) À adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela infor-malidade. 
b) À iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. 
c) Ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). 
d) À intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. 
e) Ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio. 
Gerente: Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? 
Cliente: Estou interessado em financiamento para compra de veículo. 
Gerente: Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é 
 
 
banco. 
 César Fontoura, também sou funcionário do 
Gerente: Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei 
que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente 
conversar com calma. 
 
 
3 
 
 
5. (ENEM - Adaptada). 
 
 
De acordo com o texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Manihot 
utilissima, nome científico da mandioca. Esse fenômeno revela que: 
 
a) Existem variedades regionais para nomear uma mesma espécie de planta. 
b) Mandioca é nome específico para a espécie existente na região amazô-nica. 
c) “Pão-de-pobre” é designação específica para a planta da região amazônica. 
d) Os nomes designam espécies diferentes da planta, conforme a região. 
e) A planta é nomeada conforme as particularidades que apresenta. 
 
6. (ENADE- Adapatada). Analise a tirinha abaixo: 
 
( ) Considerando a transposição do cartum acima, analise os excertos e marque V para 
verdadeiro e F para falso: 
( ) A concepção de linguagem que a professora revela em sua prática disvincula a llingua 
de seu funcionamento social e histórico. 
( ) No segundo quadrinho, é possível perceber exemplos de variação linguística diatópica, 
ou seja, regionalismos. 
( ) A abordagem da professora, ao se referir a questões de linguagem, demonstra respeito 
com as variedades llinguísticas da língua portuguesa. 
( ) Nessa situação do cartum, a professora poderia ter utilizado os conhecimentos 
linguísticos de que os alunos dispõem para abordar as diferenças que ocorrem na língua 
MANDIOCA — mais um presente da Amazônia 
 
Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designações da 
Manihot utilissima podem variar de região, no Brasil, mas uma delas 
deve ser levada em conta em todo o território nacional: pão-de- pobre 
— e por motivos óbvios. Rica em fécula, a mandioca — uma planta 
rústica e nativa da Amazônia disseminada no mundo inteiro, 
especialmente pelos colonizadores portugueses — é a base de 
sustento de muitos brasileiros e o único alimento disponível para mais 
de 600 milhões de pessoas em vários pontos do planeta, e em particular 
em algumas regiões da África. 
O melhor do Globo Rural, fev. 2005. (fragmento). 
4 
 
 
de acordo com as regiões, ou seja, explicar variação linguística geográfica. 
 
a) V- V- V- V. 
b) V- F- F- V. 
c) F- F- F- F. 
d) F- V- V- F. 
e) V- V- F- F. 
 
7. Leia o fragmento de texto abaixo. 
 
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim 
sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber: 
 
a) Descartar as marcas de informalidade do texto. 
b) Reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla. 
c) Moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico. 
d) Adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto. 
e) Desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela 
escola. 
 
8. (UEFS). Leia o texto abaixo para responder a questão. 
 
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: 
aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que 
a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades 
escritas? Não deve mais corrigir? Não! 
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da 
escrita, não existe ape¬nas um português correto, que valeria para 
todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais 
de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelis¬tas; 
o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos 
mes¬mos jornais. Ou do de seus colunistas. 
POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67 
A língua sem erros 
 
Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia 
a dia, como se fosse toda errada, uma forma corrompida de falar “a 
língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de que é missão da escola 
“consertar” a língua dos alunos, principalmente dos que frequentam a 
escola pública. Com isso, abriu-se um abismo profundo entre a língua (e 
a cultura) própria dosalunos e a língua (e a cultura) própria da escola, uma 
instituição comprometida com os valores e as ideologias dominantes. 
Felizmente, nos últimos 20 e poucos anos, essa postura sofreu muitas 
críticas e cada vez mais se aceita que é preciso levar em conta o saber 
prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, 
5 
 
 
 
 
 
De acordo com a leitura do texto, a língua ensinada na escola: 
 
a) Ajuda a diminuir o abismo existente entre a cultura das classes consideradas he- 
gemônicas e das populares. 
b) Deve ser banida do ensino contemporâneo, que procura basear-se na cultura e nas 
experiências de vida do aluno. 
c) Precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu conhecimento prévio e 
respeitando a sua cultura de origem. 
d) Tem como principal finalidade cercear as variações linguísticas que comprome-tem o 
bom uso da língua portuguesa. 
e) Torna-se, na contemporaneidade, o grande referencial de aprendizagem do aluno, 
que deve valorizá-la em detrimento de sua variação linguística de origem. 
 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
 
1. (ENEM-2020). Nessa campanha publicitária, a imagem da família e o texto verbal 
unem-se para reforçar a ideia de que: 
 
a) a família que adota é mais feliz. 
b) a adoção tardia é muito positiva. 
c) as famílias preferem adotar bebês. 
d) a adoção de adolescentes é mais simples. 
e) os filhos adotivos são companheiros dos pais 
 
2. Leia o fragmento de texto abaixo: 
para, a partir daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural. 
 
Disponível em: https://bit.ly/3wpei1L. Acesso em: 5 nov. 2020 
6 
 
 
 
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da 
linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da 
crônica “Desabafo”, a função da linguagem predominante é a emotiva ou ex-pressiva, 
pois: 
 
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. 
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. 
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. 
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. 
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 
 
3. Leia a canção de Geraldo Vandré: 
 
 
Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, 
que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem. Pela análise do texto, 
entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, 
por meio da qual o emissor: 
 
a) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos. 
b) transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção. 
c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento. 
d) procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção. 
e) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada. 
 
 
4. (ENEM- 2020). Leia o texto abaixo para responder a questão. 
Desabafo 
 
[...] Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida 
hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica 
manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci 
ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária 
eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. 
Estou nervoso. Estou zangado. 
 
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). 
Pequeno concerto que virou canção 
Não, não há por que mentir ou esconder 
A dor que foi maior do que é capaz meu coração 
Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar 
Ah, eu vou voltar pra mim 
Seguir sozinho assim 
Até me consumir ou consumir toda essa dor 
Até sentir de novo o coração capaz de amor 
7 
 
 
 
 
 
 
Os processos de interação comunicativa preveem a presença ativa de múltiplos 
elementos da comunicação, entre os quais se destacam as funções da linguagem. Nesse 
fragmento, a função da linguagem predominante é: 
 
a) emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de angústia que o levaram à Criação 
poética. 
b) referencial, porque o texto informa sobre a origem do nome empregado em um 
famoso poema de Bandeira. 
c) metalinguística, porque o poeta tece comentários sobre a gênese e o processo de 
escrita de um de seus poemas. 
d) poética, porque o texto aborda os elementos estéticos de um dos poemas mais 
conhecidos de Bandeira. 
e) apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores sobre sua dificuldade de compor 
um poema. 
 
Texto para as questões 5 e 6 (adaptadas do ENEM) 
Vou-me embora p'ra Pasárgada foi o poema de mais longa gestação em toda a minha obra. 
Vi pela primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num 
autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas” ou “tesouro 
dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um pais de delícias, 
como o de L'invitation au Voyage, de Baudelaire. Mais de vinte anos depois, quando eu 
morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desâ¬nimo, da 
mais aguda sensação de tudo o que eu não tinha feito em minha vida por mo¬tivo da 
doença, saltou-me de súbito do subconsciente este grito estapafúrdio: “Vou-me embora 
p'ra Pasárgada!” Senti na redondilha a primeira célula de um poema, e ten¬tei realizá-lo, 
mas fracassei. Alguns anos depois, em idênticas circunstâncias de desalento e tédio, me 
ocorreu o mesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez o poema saiu sem esforço 
como se já estivesse pronto dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em 
escorço, toda a minha vida; [...] Não sou arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma 
casa, mas reconstruí e “não de uma forma imperfeita neste mundo de aparências”, uma 
cidade ilustre, que hoje não é mais a Pasárgada de Ciro, e sim a “minha” Pasárgada. 
 
BANDEIRA. Minerário de Pasárgada Rio de Janeiro Nova Fronteira, Brasília INL, 1984 
8 
 
 
 
 
5. Predomina no texto a função da linguagem: 
 
a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação. 
b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões. 
c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação. 
d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais. 
e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura 
do texto. 
 
6. Na estruturação do texto, destaca-se: 
 
a) a construção de oposições semânticas. 
b) a apresentação de ideias de forma objetiva. 
c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo. 
d) a repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes. 
e) a inversão da ordem sintática das palavras. 
 
7. Analise o texto abaixo e identifique qual é a função da linguagem predominante: 
Canção do vento e da minha vida 
 
O vento varria as folhas, 
O vento varria os frutos, 
O vento varria as flores... 
E a minha vida ficava 
Cada vez mais cheia 
De frutos, de flores, de folhas. 
[...] 
O vento varria os sonhos 
E varria as amizades... 
O vento varria as mulheres... 
E a minha vida ficava 
Cada vez mais cheia 
De afetos e de mulheres. 
O vento varria os meses 
E varria os teus sorrisos... 
O vento varria tudo! 
E a minha vida ficava 
Cada vez mais cheia 
De tudo. 
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. 
9 
 
 
 
a) Fática, pois o foco está no receptor do texto. 
b) Poética, já que a ênfase é dada à elaboração da mensagem. 
c) Metalinguística, uma linguagem sendo explicada por ela mesma.. 
d) Conativa, pois pretende persuadir o receptor da mensagem. 
e) Referencial, pois objetiva informar. 
 
8. Leia a notícia abaixo: 
 
Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados 
de uma pesquisa científica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação 
específica de comunicação, a função referencial da linguagem predomina, porque o 
autor do texto prioriza:a) as suas opiniões, baseadas em fatos. 
b) os aspectos objetivos e precisos. 
c) os elementos de persuasão do leitor. 
d) os elementos estéticos na construção do texto. 
e) o canal de comunicação. 
 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
 
 
1. (ENEM- 2019). Leia o trecho da canção abaixo: 
Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) 
apontaram o Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do plane¬ta. 
Com volume estimado em 86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva 
subter¬rânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. “Essa quantidade 
de água seria suficiente para abastecer a população mundial durante 500 anos”, diz Milton 
Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o dobro do 
volume de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani 
era a maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasil, Argentina, Paraguai e 
Uruguai. 
(Época, N° 623, 26 de Abril, 2010) 
10 
 
 
 
Todo gênero apresenta elementos constitutivos que condicionam seu uso em sociedade. 
A letra de canção identifica-se com o gênero ladainha, essencial-mente, pela utilização 
da sequência textual: 
 
a) Expositiva, por discorrer sobre um dado tema. 
b) Narrativa, por apresentar uma cadeia de ações. 
c) Injuntiva, por chamar o interlocutor à participação. 
d) Descritiva, por enumerar características de um personagem. 
e) Argumentativa, por incitar o leitor a uma tomada de atitude. 
 
2. (ENEM- 2020). Leia o texto abaixo; 
 
 
 
 
É comum coexistirem sequências tipológicas em um mesmo gênero textual. Nes¬se 
fragmento, os tipos textuais que se destacam na organização temática são: 
 
a) Descritivo e argumentativo, pois o enunciador detalha cada lugar por onde pas¬sa, 
Blues da piedade 
Vamos pedir piedade 
Senhor, piedade 
Pra essa gente careta e covarde 
Vamos pedir piedade 
Senhor, piedade 
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem 
 
CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro: Universal Music, 2000 (fragmento). 
Caminhando contra o vento, 
Sem lenço e sem documento 
No sol de quase dezembro 
Eu vou 
O sol se reparte em crimes 
Espaçonaves, guerrilhas 
Em cardinales bonitas 
Eu vou 
Em caras de presidentes 
Em grandes beijos de amor 
Em dentes, pernas, bandeiras 
Bombas e Brigitte Bardot 
O sol nas bancas de revista 
Me enche de alegria e preguiça 
Quem lê tanta notícia 
Eu vou 
 
VELOSO, C. Alegria, alegria. In: Caetano Veloso. São Paulo 
11 
 
 
argumentando contra a violência urbana. 
b) Dissertativo e argumentativo, pois o enunciador apresenta seu ponto de vista sobre as 
notícias relativas à cidade. 
c) Expositivo e injuntivo, pois o enunciador fala de seus estados físicos e psicológicos e 
interage com a mulher amada. 
d) Narrativo e descritivo, pois o enunciador conta sobre suas andanças pelas ruas da 
cidade ao mesmo tempo que a descreve. 
e) Narrativo e injuntivo, pois o enunciador ensina o interlocutor como andar pelas ruas 
da cidade contanto sobre sua própria experiência. 
 
3. Leia atentamente o texto e analise as informações: 
 
 
I. O texto é predominantemente descritivo, pois apresenta verbos que indicam ações 
habituais, ocorridas no passado. 
II. A presença dos sentidos do tato, do olfato, da visão e da audição acentua o caráter 
descritivo do texto. 
III. A expressão “imediatamente”, presente no trecho, por indicar a ideia de ação, permite 
concluir que ele é predominantemente narrativo. 
 
Em relação a essas informações, é correto afirmar que: 
 
a) Apenas a I é verdadeira. 
b) Apenas a II é verdadeira. 
c) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.. 
d) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. 
e) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. 
 
Leia o texto abaixo para responder as questões 4 e 5. 
A carreira do crime 
Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recru¬tados 
pelo tráfico de drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas qua¬drilhas, 
contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime 
organizado. 
O tráfico oferece ao jovem de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados ha¬via 
completado o ensino fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários 
[...] Vovó me contava uma ou duas histórias, acariciava minha face, beijava 
a minha testa e imediatamente a esfregava com um lencinho perfumado , 
que mantinha sempre enfiado dentro da manga esquerda para espanar ou 
esmagar os micróbios, e apagava a luz. Mesmo no escuro, ela continuava a 
cantarolar, não era em cantarolar, nem murmurar, nem mesmo um zumbir 
baixinho, como posso dizer, ela fazia surgir de dentro dela própria uma voz 
distante, onírica , um som cor de nozes, escuro e agradável , que lentamente 
se transformava num eco, num tom, um matiz, um cheiro, uma leve aspereza, 
um calor, uma cálida água de poço[...] toda a noite. 
 
OZ, Amós. De amor e de trevas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005 
12 
 
 
que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. Para uma base de comparação, convém 
notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira com mais de 
dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’ 
oferecido pelo crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 
2.000 mensais; já na população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%. 
Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola 
(que paga R$ 15 mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que 
o narcotráfico continue aliciando crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais 
políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos 
estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela delinquência. No mesmo 
sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escola, 
oficinas de cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema. 
A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta 
os riscos para os que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes 
provam isso: eles são elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso não é 
desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as organizações 
paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos 
salários do crime. 
Editorial. Folha de São Paulo. 
 
4. No Editorial, o autor defende a tese de que “as políticas sociais que procuram evitar 
a entrada dos jovens no tráfico não terão chance de sucesso enquanto a remuneração 
oferecida pelos traficantes for tão mais compensatória que aquela oferecida pelos 
programas do governo”. Para comprovar sua tese, o autor apresenta: 
 
a) Instituições que divulgam o crescimento de jovens no crime organizado. 
b) Sugestões que ajudam a reduzir a atração exercida pelo crime organizado. 
c) Políticas sociais que impedem o aliciamento de crianças no crime organizado. 
d) Pesquisadores que se preocupam com os jovens envolvidos no crime organizado. 
e) Números que comparam os valores pagos entre os programas de governo e o crime 
organizado. 
 
5. Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para: 
 
a) Uma denúncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotráfico. 
b) A constatação de que o narcotráfico restringe-se aos centros urbanos. 
c) O convencimento do leitor de que para haver a superação do problema do nar-cotráfico 
é preciso aumentar a ação policial. 
d) Uma exposição numérica realizada com o fim de mostrar que o negócio do 
narcotráfico é vantajoso e sem riscos. 
e) Nenhuma das alternativas acima 
 
6. Analise as afirmações sobre o texto abaixo e marque a sequência correta: 
13 
 
 
 
 
I. O trecho apresenta sequência dissertativa argumentativa.II. Trata-se do um trecho de uma narrativa que apresenta elementos descritivos. 
III. A voz narrativa é de primeira pessoa. Trata-se de um narrador-personagem. 
IV. É possível perceber tanto a descrição objetiva quanto subjetiva no trecho transcrito. 
 
a) V- V- V- V. 
b) V- F- V- F. 
c) F- F- F- F. 
d) F- V- F- V. 
e) F- V- V- V. 
 
Leia os textos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
Tarde de verão, é levado ao jardim na cadeira de braços –sobre a palhinha 
dura a capa de plástico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabeça 
caída no peito, um fio de baba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da 
corruíra, um cacho dourado de giesta e, ao arrepio da brisa, as folhinhas do 
chorão fais¬cando –verde, verde! primeira vez depois do insulto cerebral 
aquela ânsia de viver. De novo um homem, não barata leprosa com caspa 
na sobrancelha –e, a sombra das folhas na cabecinha trêmula adormece. 
Gritos: Recolha a roupa. Maria, feche a janela. Prendeu o Nero? Rebenta com 
fúria o temporal. Aos trancos João ergue o rosto, a chuva escorre na boca 
torta. Revira em agonia o olho vermelho –é uma coisa, que a família 
esquece na confusão de recolher a roupa e fechar as janelas? 
 
Trevisan, Dato In: Ah, é?. 2.ed. Rio de Janeiro: Record, 1994). 
Medo de ser feliz 
De onde vem a sensação de que a nossa felicidade pode ser destruída a 
qualquer momento? (IVAN MARTINS) 
Por uma razão ou outra, a gente vive com medo. A sensação de que as 
coisas podem repentinamente dar errado faz parte da nossa essência, eu 
acho. Alguns a têm mais forte; outros, mais fraca. Mas a ansiedade essencial 
em relação ao futuro está lá, em todos nós – mesmo quando estamos 
apaixonados e contentes. Ou, sobretudo, quan¬do apaixonados e contentes. 
[...] 
Já vi pessoas ficarem com tanto medo do futuro que detonam o presente. 
É uma espécie de pânico em câmera lenta. O sentimento de desastre 
iminente é tão forte, a sensação de insegurança é tão grande, que a pessoa 
conclui (mesmo que se¬ja de maneira inconsciente) que é melhor chutar 
logo o pau da barraca e sair correndo, em qualquer direção – deixando para 
14 
 
 
 
 
 
7. (COTEC). Em “A sensação de que as coisas podem repentinamente dar errado faz 
parte da nossa essência, eu acho.”, a expressão em destaque demonstra: 
 
a) Uma certeza científica em relação ao que o autor afirma anteriormente. 
b) Que várias pessoas compartilham da mesma opinião do autor em relação ao que foi 
dito. 
c) Que o autor não concorda com a afirmação feita anteriormente. 
d) Que a afirmação anterior é uma consideração do autor. 
e) Que o autor é uma autoridade nesse assunto. 
 
8. Observando a predominância da sequência textual, com base no que você conhece 
sobre tipologia textual, pode-se afirmar que: 
 
a) O texto é predominantemente descritivo. 
b) Trata-se de um texto narrativo. 
c) Têm-se um exemplo de tipologia dissertativa. 
d) O texto é injuntivo. 
trás o relacionamento, o emprego, o futuro e tudo o mais que estava dando 
certo e por isso mesmo parecia estar sob ameaça. É uma piração, claro, mas 
gente normal faz essas coisas todos os dias. 
Existe uma coisa chamada medo de ser feliz. Não estou falando daquele 
clichê sobre as pessoas terem medo de se entregar ao sentimento do amor 
e por isso não darem bola ao que sentimos por ela. Em geral, essa situação 
esconde um equívoco: a pessoa em questão não sente nada relevante por 
nós, mas preferimos acreditar que ela tem “medo de amar”. É uma ficção 
que protege a nossa autoestima e rende uma boa história para contar aos 
amigos. Mas quase nunca é verdade. 
Existem, porém, pessoas tocadas por dores tão intensas, por experiências 
tão sofridas, que não conseguem evitar a sensação de que tudo de mau 
vai se repetir, de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde. Esse 
sentimento é ainda mais forte quando tudo vai bem e existe algo importante 
a ser perdido. Apaixonada e feliz, a pessoa começa a ser perseguida por seus 
medos. 
15 
 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
 
1. Leia o poema abaixo. 
 
Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de determi-nadas 
construções e expressões linguísticas, como o uso da mesma conjunção para estabelecer 
a relação entre as frases. Essa conjunção estabelece, entre as ideias relacionadas, um 
sentido de: 
 
a) Comparação 
b) Conclusão. 
c) Oposição. 
d) Alternância. 
e) Finalidade 
 
2. "Há pessoas com quem as admoestações são inúteis, pois são refratárias às or-dens." 
O período coeso e coerente que é paráfrase perfeita do texto é: 
 
a) Existe pessoas para as quais as críticas são inócuas uma vez que desobedecem a todas 
as ordens. 
b) Existem pessoas com quem as repreensões são vãs, porquanto resistem a ordens. 
c) Existem pessoas para as quais os conselhos são embalde desde que são submis¬sas 
às ordens recebidas. 
d) Há pessoas com as quais exortações não funcionam uma vez que são insubmissas as 
ordens superiores. 
e) Existem pessoas para as quais as críticas são em vão pois uma vez que desobedecem 
todas as ordens 
 
3. Leia o texto abaixo para responder a questão. 
O mundo é grande 
O mundo é grande e cabe 
Nesta janela sobre o mar. 
O mar é grande e cabe 
Na cama e no colchão de amar. 
O amor é grande e cabe 
No breve espaço de beijar. 
 
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983.) 
16 
 
 
DE QUEM SÃO OS MENINOS DE RUA? 
 
Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa 
que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha. Certa de que ele estava pedindo di- 
nheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse um Menino De Família, mas 
também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é 
aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe 
dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que 
quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, 
trombadinha, ladrão. 
Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito 
naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não 
uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, 
sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das 
outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, 
que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou 
num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, 
ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num 
sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos 
afastamos pensando vagamente no seu abandono. 
Na verdade, não existem meninos De Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez 
que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos 
aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são 
postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê. 
No Brasil temos 36 milhões de crianças carentes. Na China existem 35 milhões 
de crianças superprotegidas. São filhos únicos resultantes da campanha Cada Casal 
um Filho, criada pelo governo em 1979 para evitar o crescimento populacional. O filho 
único, por receber afeto "em demasia", torna-se egoísta, preguiçoso, dependente, e 
seu rendimento é inferior ao de uma criança com irmãos. Para contornar o problema, 
já existem na China 30 mil escolas especiais. Mas os educadores admitem que "ainda 
não foram desenvolvidos métodos eficazes para eliminar as deficiências dos filhos 
únicos". 
O Brasil está mais adiantado. Nossos educadores sabem perfeitamente o que 
seria necessário para eliminar as deficiências das crianças carentes. Mas aqui também 
os "métodos ainda não foram desenvolvidos". 
Quando eu era criança, ouvi contar muitas vezesa história de João e Maria, dois 
irmãos filhos de pobres lenhadores, em cuja casa a fome chegou a um ponto em que, não 
havendo mais comida nenhuma, foram levados pelo pai ao bosque, e ali abandonados. 
Não creio que os 7 milhões de crianças brasileiras abandonadas conheçam a história 
de João e Maria. Se conhecessem talvez nem vissem a semelhança. Pois João e Maria 
tinham uma casa de verdade, um casal de pais, roupas e sapatos. João e Maria tinham 
começado a vida como Meninos De Família, e pelas mãos do pai foram levados ao 
abandono. 
Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos "crianças 
abandonadas" subentendemos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, 
embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família 
17 
 
 
 
 
 
A partir da discussão do sentido da preposição e do nosso comportamento fren¬te a um 
problema social, é possível inferir que: 
 
a) A sociedade é responsável pelo abandono de crianças na rua. 
b) As crianças carentes só se identificam com histórias infantis. 
c) As crianças carentes vivem melhor no Brasil do que na China. 
d) A sociedade cuida muito bem das crianças de rua. 
e) Os termos “crianças de rua” e “crianças na rua” possuem o mesmo valor semân-tico. 
 
4. Em “meninos de rua”, a expressão destacada funciona como um operador 
argumentativo e indica a ideia de: 
 
a) Permanência 
b) Procedência 
c) Qualidade 
d) Companhia 
e) Posse 
 
5. Com ênfase no sentido das conjunções, marque a opção correta. Se for preciso, releia 
o texto: 
No trecho transcrito, Mantendo-se o seu sentido original e sem alterar a primeira oração, 
a palavra destacada poderia ser substituída por: 
 
a) Pela conjunção “embora”, apresentando a ideia de concessão. 
b) Pelo vocábulo “nem”, para estabelecer a ideia de soma. 
c) Pela conjunção “porque”, configurando causa e consequência. 
d) Pela palavra “entretanto”, que estabelece relação de oposição. 
e) Pelo vocábulo “portanto”, apresentando uma ideia de conclusão. 
 
6. Leia a canção “Valsinha” e identifique a afirmativa correta: 
gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos 
meter. Apaziguamos assim nossa consciência, enquanto tratamos, isso sim, de cuidar 
amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que "nos pertencem". 
Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez 
crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser 
abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse 
abandono ao governo, responsabilizando-o por isso, mas, em tempos de Nova 
República, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos 
apenas passar adiante a responsabilidade. A hora chegou, portanto, de irmos ao 
bosque, buscar as crianças brasi¬leiras que ali foram deixadas. 
 
COLASSANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002 
“Mas os educadores admitem que “ainda não foram desenvolvidos métodos eficazes 
para eliminar as deficiências dos filhos únicos”. 
18 
 
 
 
 
No que concerne à coerência e coesão do texto: 
 
a) Dentre as marcas verbais presentes na progressão do texto, há a predominância do 
pretérito perfeito para indicar fatos passados habituais, de ação mais curta. 
b) A progressão do texto se opera por modelo narrativo, em que o desenvolvimento 
dos acontecimentos se dá por meio da repetição do conectivo “e” e das expres-sões de 
tempo verbais e adverbiais. 
c) Percebe-se a descrição de um encontro amoroso e para isso foi utilizado o regis-tro 
informal da língua, próprio de uma canção. 
d) A gradação dos substantivos – praça, vizinhança, cidade, mundo – constrói um sentido 
de crítica incompatível com as atitudes dos personagens envolvidos na história narrada. 
e) As diferentes marcas da relação de causa-consequência (tanto que/e) ocorrem ao 
longo do texto, para explicitar a construção linguística do desencontro amo-roso. 
 
7. (ENEM – Adaptada). 
 
Valsinha 
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar 
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar 
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar 
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar 
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar 
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar 
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar 
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar 
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou 
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou 
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais 
Que o mundo compreendeu 
E o dia amanheceu 
Em paz.” 
 
Chico Buarque de Holanda e Vinicius de Moraes 
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco 
de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que 
manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, 
por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o 
controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também 
ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, 
reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento 
médico e moderação, é altamente recomendável. 
 
ATALIA, M. Nossa vida. Época . 23 mar. 2009 
19 
 
 
As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na 
construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que: 
 
a) A expressão “Além disso” marca uma sequência de ideias. 
b) O conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste. 
c) O termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização. 
d) O termo “Também” exprime uma justificativa. 
e) O termo “fatores” funciona como elemento coesivo e retoma “níveis de colesterol e de 
glicose no sangue”. 
 
8. (UNIFOR - CE). Analise os fragmentos textuais abaixo: 
 
 
Os textos I e II apresentam intertextualidade, que, para Julia Kristeva, é um conjunto de 
enunciados, tomados de outros textos, que se cruzam e se relacionam. Dessa forma, 
pode-se dizer que o tipo de intertextualidade do texto I em relação ao texto II é: 
 
a) Citação, porque há transcrição de um trecho do texto II ao longo do texto. 
b) Epígrafe, pois o texto I recorre a trecho do texto II para introduzir o seu texto. 
c) Paráfrase, porque apesar das mudanças das palavras no texto I, a ideia do texto II é 
confirmada pelo novo texto. 
d) Paródia, pois a voz do texto II é retomada no texto I para transformar seu sentido, 
levando a uma reflexão crítica. 
e) Alusão, porque faz referência, de modo implícito, ao texto II para servir de termo de 
comparação. 
 
Peixinho sem água, floresta sem mata 
É o planeta assim sem você 
Rios poluídos, indústria do inimigo 
É o planeta assim sem você. 
Avião sem asa 
Fogueira sem brasa 
Futebol sem bola 
Piu-Piu sem Frajola 
 
 
(Claudinho e Buchecha) 
20 
 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
 
1. Da forma como foi escrito, este texto, retirado de uma propaganda, apresenta mais de 
um sentido. 
 Não se deixe explorar pela concorrência! Compre na nossa loja. 
 
O sentido que prejudica a imagem da loja junto a seus clientes é: 
 
a) a concorrência explora os clientes da loja. 
b) a loja explora tanto quanto a concorrência. 
c) comprar nessa loja ajuda a concorrência. 
d) explorar o cliente é objetivo da concorrência. 
e) não há possibilidade de ambiguidade. 
 
2. A frase em que o termo sublinhado está empregado no sentido denotativo é: 
 
a) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu frutos políticos.” 
b) “...com percentuais capazes de causar inveja ao presidente.” 
c) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...” 
d) “...aindústria disparou gordos investimentos.” 
e) “Colheu uma revelação surpreendente:...” 
 
3. (IFMG- Adaptada) Analise a linguagem verbal e não verbal do cartum e marque a 
opção correta: 
 
a) a casa do homem é perto do bar onde ele se encontra. 
b) a expressão “no caminho de casa” é ambígua. 
c) a imagem apresentada contradiz a fala do marido. 
d) a palavra “bar” foi utilizada em sentido conotativo. 
e) a expressão “no caminho de casa” é uma figura de linguagem. 
 
4. (ENEM- Adaptada) Analise a charge para responder a questão 
21 
 
 
 
 
 
Com foco nas questões semântica, pode-se dizer que o recurso utilizado para produzir 
humor é a: 
 
a) transformação da inércia em movimento por meio do balanço. 
b) universalização do enunciador por meio do uso da primeira pessoa do plural. 
c) polissemia da palavra balanço, ou seja, seus múltiplos sentidos. 
d) pressuposição de que o ócio é melhor que o trabalho. 
e) metaforização da vida como caminho a ser seguido continuamente. 
 
5. (ENEM) Analise a charge para responder a pergunta. 
 
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e 
recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à: 
 
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a 
ideia que pretende veicular. 
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”. 
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o 
espaço da população rica. 
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico. 
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de 
descanso da família. 
 
6. (ENADE) Em um portal de notícias sobre celebridades, lê-se o seguinte enunciado: 
 
Considerando que o propósito do enunciador- de enaltecer a resistência dos famosos 
à ação do tempo- é comprometido pela ambiguidade de sentido decorrente da estrutura 
sintática do enunciado, avalie as seguintes propostas de reescrita , para evitar a 
ambiguidade da sentença. 
22 
 
 
I. Confira quem são os famosos cinquentões que, com o tempo, só melhoram. 
II. Confira quem são os famosos cinquentões que melhoram só com o tempo. 
III. Confira quem são os famosos cinquentões que, só com o tempo, melhoram. 
 
É correto o que se propõe em: 
 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
7. (IFMG - adaptada). Leia o texto abaixo. 
 
Em tempos de WhatsApp, mineiro distribui cartas por Belo Horizonte 
 
Em tempos de textos instantâneos, o ator e publicitário Ramon Brant se dedica a 
resgatar a escrita por meio das cartas. “A tecnologia tem dessas coisas. Ela aproxima 
os distantes e afasta os próximos. Você pode estar conversando, dentro do seu quarto, 
com um amigo que está do outro lado do mundo, sendo que a sua mãe está perto, na 
cozinha. E a carta pede que você dedique seu tempo àquela pessoa. É um resgate do 
cuidado”, disse Brant. 
O mineiro começou o projeto “Chá com Cartas” há três anos depois de receber a 
correspondência de uma amiga cujo texto tinha apenas uma frase: “Saudade é o amor 
que fica”. “Aquela carta mexeu tanto comigo que eu achei que as pessoas deveriam 
sentir isso também”, disse. 
Ramon usou a tecnologia como aliada e escreveu um post nas redes sociais que dizia: 
“escrevendo cartas para inverno passar depressa. Quer receber, dê um like”. Centenas 
de pessoas curtiram a mensagem e Ramon escreveu para todas elas. “A partir daí, 
eu comecei a escrever cartas anônimas e as distribuía em ruas que eu escolhia 
aleatoriamente. Eu escrevia instruções para que elas escrevessem uma carta para 
alguém querido. Aí eu dizia que o carteiro iria buscar a carta no dia seguinte. O carteiro, 
no caso, sou eu mesmo”, contou. 
“As pessoas acham que sou louco. ‘Escrevendo carta? Vai demorar 5 dias pra chegar!’. 
Mas receber uma carta é algo muito especial. 
É um outro tipo de conexão, de conversa. Pra mim, a carta é um objeto de arte”, disse. 
 
PIMENTEL, Thais. Disponível em: https://glo.bo/3ul3rE7. Acesso em: 1 out. 2020 (Adaptação). 
 
Após a leitura do texto, conclui-se que o título: 
 
a) deixa implícito que o mineiro é um povo acolhedor e de hábitos tradicionais. 
b) faz propaganda de um aplicativo de celular que ajuda na comunicação entre as 
pessoas. 
c) induz o leitor a pensar que a tecnologia torna as relações interpessoais mais eficazes. 
d) sugere para o leitor que escrever e enviar cartas é algo inusitado na atualidade. 
 
 
d)Antecipa um juízo de valor sobre o povo mineiro. 
 
8. (UFLA – MG) Aponte a alternativa que justifica corretamente o emprego das vír-gulas 
na seguinte frase: 
 
 
a) Isolar o aposto em uma oração. 
b) Isolar o vocativo em uma oração. 
c) Separar orações coordenadas assindéticas em um mesmo período. 
d) Separar expressão com valor adverbial na frase. 
e) Separar palavras com a mesma função sintática. 
 
 
 
 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
 
1. Leia o texto abaixo. 
 
O segundo parágrafo do texto, em relação ao primeiro, funciona como: 
 
a) Oposição; 
“Guri que finta banco, escritório, repartição, fila, balcão, pedido de certidão, imposto a 
pagar.” 
(Lourenço Diaféria) 
Comunicar é agir 
 
Quando um enunciador comunica alguma coisa, tem em vista agir no mundo. Ao 
exercer seu fazer informativo, produz um sentido com a finalidade de influir sobre os 
outros. Deseja que o enunciatário creia no que ele lhe diz, faça alguma coisa, mude 
de comportamento ou de opinião etc. Ao comunicar, age no sentido de fazer-fazer. 
Entretanto, mesmo que não pretenda que o destinatário aja, ao fazê-lo saber alguma 
coisa, realiza uma ação, pois torna o outro detentor de um certo saber. 
Comunicar é também agir num sentido mais amplo. Quando um enunciador reproduz 
em seu discurso elementos da formação discursiva dominante, de certa forma, 
contribui para reforçar as estruturas de dominação. Se se vale de outras formações 
discursivas, ajuda a colocar em xeque as estruturas sociais. No entanto, pode-se estar 
em oposição às estruturas econômico-sociais de uma maneira reacionária, em que se 
sonha fazer voltar um mundo que não mais existe, ou de uma maneira progressista, em 
que se deseja criar um mundo novo. Sem pretender que o discurso possa transformar 
o mundo, pode-se dizer que a linguagem pode ser instrumento de libertação ou de 
opressão, de mudança ou de conservação. 
José Luiz Fiorin 
 
 
b) Retificação; 
c) Acréscimo; 
d) Concessão; 
e) Explicação. 
 
2. “Comunicar é também agir num sentido mais amplo”; com esta frase inicial do 
segundo parágrafo, o autor do texto: 
 
a) Amplia o significado do verbo “agir”, empregado no parágrafo anterior; 
b) Reforça a mesma ideia de “ação” atribuída anteriormente ao ato de comunicar; 
c) Corrige o emprego do verbo “agir”, utilizado no primeiro parágrafo; 
d) Quer mostrar que “comunicar” e “agir” são ações equivalentes 
e) Mostra certa ironia diante da ação humana de comunicar algo. 
 
3. (ENEM). Analise a charge abaixo: 
 
 
A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tec- 
nologia para fins de interação e de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma 
argumentativa, por meio de uma atitude: 
 
a) Crítica, expressa pelas ironias. 
b) Resignada, expressa pelas enumerações. 
c) Indignada, expressa pelos discursos diretos. 
d) Agressiva, expressa por contra-argumentos. 
e) Alienada, expressa pela negação da realidade. 
 
Comunicar é também agir num sentido mais amplo. Quando um enunciador reproduz 
em seu discurso elementos da formação discursiva dominante, de certa forma, 
contribui para reforçar as estruturas de dominação. Se se vale de outras formações 
discursivas, ajuda a colocar em xeque as estruturas sociais. No entanto, pode-se estar 
em oposição às estruturas econômico-sociais de uma maneira reacionária, em que se 
sonha fazer voltar ummundo que não mais existe, ou de uma maneira progressista, em 
que se deseja criar um mundo novo. Sem pretender que o discurso possa transformar 
o mundo, pode-se dizer que a linguagem pode ser instrumento de libertação ou de 
opressão, de mudança ou de conservação. 
 
 
4. Leia o texto para responder a questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Com base na leitura do texto, pode-se afirmar que: 
 
a) O diminutivo em Quequinha tem o mesmo valor semântico que o empregado em 
mulherzinha. 
b) O diminutivo e o aumentativo, em português, referem-se invariavelmente a “tamanho, 
dimensão”. 
c) O diminutivo mulherzinha tem o mesmo valor semântico que o diminutivo na frase 
“Que garotinho lindo!” 
d) Há um processo de depreciação quando Norberto emprega o demonstrativo Aquilo 
pa ra se referir à mulher. 
e) Na expressão A mulher aqui, o substantivo mulher foi empregado, no contexto, em 
oposição a marido. 
 
Ele usa armas químicas.) 
Com o tempo, Norberto passou a tratar a mulher por “Ela”. 
– Ela odeia o Charles Bronson. 
– Ah, não gosto mesmo. 
Deve-se dizer que o Norberto, a esta altura, embora a chamasse de Ela, ainda 
usava um vago gesto de mão para indicá-la. Pior foi quando passou a dizer “essa aí” e 
apontar com o queixo. 
– Essa aí... 
E apontava com o queixo, até curvando a boca com um certo desdém. 
(O tempo, o tempo captura o amor e não o mata na hora. Vai tirando uma asa, depois 
a outra...) 
Hoje, quando quer contar alguma coisa da mulher, o Norberto nem olha na sua 
direção. Faz um meneio de lado com a cabeça e diz: 
– Aquilo... 
Luís Fernando Veríssimo 
Inimigos 
 
O apelido de Maria Teresa, para Norberto, era “Quequinha”. 
Depois do casamento, sempre que queria contar para os outros uma da sua mulher, o 
Norberto pegava sua mão, carinhosamente, e começava: 
– Pois a Quequinha... 
E a Quequinha, dengosa, protestava: 
– Ora, Beto! 
Com o passar do tempo, o Norberto deixou de chamar a Maria Teresa de Quequinha. 
Se ela estivesse ao seu lado e quisesse se 
referir a ela, dizia: 
– A mulher aqui... 
Ou, às vezes: 
– Esta mulherzinha... 
Mas nunca mais de Quequinha. 
(O tempo... O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. Este ataca em silêncio. 
 
 
5. No texto de Luís Fernando Veríssimo, fica evidente o quanto a escolha das palavras e 
importante para gerar o efeito de sentido pretendido. A esse respeito, marque a resposta 
que melhor define a organização textual: 
 
a) À medida em que o tempo passa, os personagens demonstram mais amor e respeito 
um ao outro. 
b) Os apelidos, de forma gradativa, demonstram o quanto o tempo faz bem para as 
relações. 
c) Os vocábulos utilizados para denominar um ao outro vão, gradualmente, apre- 
sentando o desgaste na relação do casal. 
d) A seleção lexical na crônica nada tem a ver com a relação do casal, trata-se apenas de 
palavras aleatórias. 
e) Os apelidos utilizados pelos personagens do texto denotam amizade e companheirismo 
entre eles. 
 
6. (ENEM – 2020). Leia o texto abaixo. 
 
 
 
As aspas sinalizam expressões metafóricas empregadas intencionalmente pelo autor do 
texto para: 
 
a) Imprimir um tom irônico à reportagem. 
b) Incorporar citações de especialistas à reportagem. 
c) Atribuir maior valor aos metais, objeto da reportagem. 
d) Esclarecer termos científicos empregados na reportagem. 
e) Marcar a apropriação de termos de outra ciência pela reportagem. 
 
7. Leia a definição de resenha e analise os excertos sobre esse gênero textual: 
O ouro do século 21 
 
Cério, gadolínio, lutécio, promécio e érbio; sumário, térbio e disprósio; hólmio, túlio e 
itérbio. Essa lista de nomes esquisitos e pouco conhecidos pode parecer a escalação 
de um time de futebol, que ainda teria no banco de reservas lantânio, neodímio, 
praseodímio, európio, escândio e ítrio. Mas esses 17 metais, chamados de terras-raras, 
fazem parte da vida de quase todos os humanos do planeta. Chamados por muitos 
de “ouro do século 21”, “elementos do futuro” ou “vitaminas da indústria”, eles estão 
nos materiais usados na fabricação de lâmpadas, telas de computadores, tablets e 
celulares, motores de carros elétricos, baterias e até turbinas eólicas. Apesar de tantas 
aplicações, o Brasil, dono da segunda maior reserva do mundo desses metais, parou 
de extraílos e usá-los em 2002. Agora, volta a pensar em retomar sua exploração. 
 
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3rBdva7. Acesso em: 6 dez. 2020 (adaptado). 
 
 
 
 
I. A resenha é a síntese de uma obra, que além do resumo, deve vir acompanha-da de 
uma posição crítica por parte do resenhista. 
II. Para elaborar uma resenha é necessário que o resenhista tenha capacidade de 
síntese, seja objetivo, tenha domínio do assunto tratado na obra e saiba argu-mentar 
e fundamentar as suas críticas. 
III. A resenha consiste na leitura, resumo, na crítica e na formulação de um concei-to de 
valor da obra feitos pelo resenhista. 
IV. A resenha apresenta os resultados de uma pesquisa original, inédita e criativa, 
contribuindo para a divulgação do conhecimento científico. 
 
Está correto o que se afirma em: 
 
a) I, II, III e IV 
b) II e IV apenas 
c) I e II apenas 
d) II e III apenas 
e) III e IV apenas 
 
8. (ENEM- 2019- Adaptada). 
 
Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. 
Esse fragmento é um: 
 
Resenhar consiste em examinar e apresentar o conteúdo de obras prontas e publicadas, 
sendo considerado o nível mais elementar de texto científico, caracterizando como 
um trabalho exploratório, pois embora o texto contenha uma crítica, o texto-base já 
está pronto. (SANTOS, 2015, p. 29) 
 
SANTOS, Antônio Raimundo dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 8.ed. 
Rio de Janeiro: Lamparina, 2015. 
A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma,narradora mórbida, 
surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, 
a morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas, de 1939 a 1943. Traços de uma 
sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para 
o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por 
dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um 
livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. 
O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. A vida ao redor é 
a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à 
eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. A Morte, perplexa diante 
da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto 
entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto – e raro 
– de crítica e público. 
Fonte: Disponível em https://bit.ly/2PERCJN. Acesso em: 22 mar. 2021 
 
 
a) A reportagem, pois busca convencer o interlocutor da tese defendida ao longo do 
texto. 
b) Resumo, pois promove o contato rápido do leitor com uma informação desco-nhecida. 
c) Uma notícia, pois objetiva relatar um fato atual. 
d) Instrução, pois ensina algo por meio de explicações 
e) Resenha, pois apresenta uma produção intelectual deforma crítica. 
 
	FIXANDO O CONTEÚDO
	Cabeludi
	5. (ENEM - Adaptada).
	Texto para as questões 5 e 6 (adaptadas do ENEM)
	7. (ENEM – Adaptada).
	FIXANDO O CONTEÚDO (1)
	8. (ENEM- 2019- Adaptada).

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