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Ligações Químicas QUÍMICA A - QUI09677 Aula 4 19/04/2023 Prof. Dr. Zeca 1 RESUMO 2 3 1 1A 2 2A 3 3B 4 4B 5 5B 6 6B 7 7B 8 9 8B 10 11 1B 12 2B 13 3A 14 4A 15 5A 16 6A 17 7A 18 8A 1 3 4 5 6 7 2 𝒏 s f d p𝒍 = 19K 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 REVISÃO – Propriedades periódicas 11Na 1s 2 2s2 2p6 3s1 20Ca 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 33As 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p3 7N 1s 2 2s2 2p3 Só de localizar o elemento na Tabela Periódica é possível saber sua distribuição eletrônica 4 Tabela periódica Metais alcalinos Metais alcalinos terrosos Metais de transição Metais represen -tativos Não metais Halogên eos Gases nobres Lanta- nídeos Actiní- deos Meta- lóides Bloco s Bloco f Bloco d Bloco p ORBITAIS! 5 REVISÃO – Propriedades periódicas Carga nuclear efetiva (Zeff ou Z*) Os elétrons das camadas mais externas não experimentam a força total de atração do núcleo devido à repulsão com os elétrons mais internos Efeito chamado de blindagem: Blindagem da carga nuclear pelos elétrons internos 6 Raio atômico: • Distância entre o núcleo até a camada eletrônica estável mais externa • Definido a partir de 3 tipos de ligações químicas – Covalente, Metálica e Iônica Energia de ionização (EI): • Energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo • Quanto menor a EI → Mais fácil arrancar um elétron e formar um cátion (ex: metais alcalinos) Afinidade eletrônica (AE): • Variação de energia de um átomo quando recebe um elétron • Quanto maior a AE → Mais fácil o átomo recebe um elétron para formar um ânion (halogênios) Eletronegatividade: • Habilidade de um átomo atrair a nuvem eletrônica para si numa ligação química • Energia de Ionização (EI) e Afinidade Eletrônica (AE) são propriedades de átomos livres; Eletronegatividade é uma propriedade de um átomo numa molécula REVISÃO – Propriedades periódicas (𝑋 + 𝑒− → 𝑋−) (𝑋 → 𝑋+ + 𝑒−) 7 Como os conhecimentos vistos até agora se conectam? Ligações químicas Modelos atômicos • Estrutura do átomo • Como o átomo funciona Estrutura eletrônica • Elétrons de Valência • Propriedades químicas Tabela periódica Organização dos elementos de acordo com suas propriedades Tendencias químicas • Garantir uma estrutura eletrônica mais estável • Ganhar / perder / compartilhar elétrons Ligações químicas Como os elementos se ligam 8 Identificando as ligações Químicas • Covalente, iônica e metálica Ligação covalente • Estruturas de Lewis • Modelo Valence Shell Electron Pair Repulsion (VSEPR) • Teoria da Ligação de Valência (TLV) • Teoria do Orbital Molecular (TOM) Química dos sólidos • Sólidos iônicos, metálicos e covalentes • Estrutura eletrônica dos sólidos Interações intermoleculares Ligações químicas – Conteúdo 9 Porque os elementos se combinam? • Atingir configuração eletrônica mais estável – Camadas eletrônicas completas • Alcançar estabilidade através de outros caminhos de estabilização • Ex) Ligação iônica Na + Cl formando Na+Cl– ou cloreto de sódio, NaCl: Ligações químicas 3s1 0 3s2 3p5 0 – 1 0 + 1 Na Cl + 3s0 0 3s2 3p6 0 – 1 0 + 1 Na Cl+ – 10 Tipos de ligações químicas Covalente Iônica Metálica Resulta do compartilhamento de e– entre 2 átomos Resulta da força de atração eletrostática entre 2 íons de cargas opostas Cada átomo está ligado à vários outros, formando uma rede 3D onde os e– tem livre mobilidade C + 2O → CO2 Ca2+ + 2Br− → CaBr2 Elemento eletronegativo + Elemento eletropositivo Elemento eletronegativo + Elemento eletronegativo Elemento eletropositivo + Elemento eletropositivo 11 Tipos de ligações químicas A diferença de eletronegatividade (Δχ) dos elementos ligantes dá o caráter da ligação química Eletronegatividade X Tipo de ligação química Δχ grande Ligação iônica Δχ pequeno ou zero: • χ grande Ligação covalente • χ pequeno Ligação metálica 12 Tipos de ligações químicas Polaridade da ligação e eletronegatividade A polaridade da ligação é uma medida de quão igual ou desigual é o compartilhamento dos elétrons em qualquer ligação covalente; Uma ligação covalente apolar é aquela na qual os elétrons são compartilhados igualmente; Em uma ligação covalente polar, um dos átomos exerce maior atração sobre os elétrons da ligação que o outro; Se a diferença na capacidade relativa de atrair elétrons é suficientemente grande, uma ligação iônica é formada; 13 Polaridade da ligação e eletronegatividade Usamos uma quantidade chamada eletronegatividade para estimar se uma determinada ligação é iônica, covalente polar ou covalente apolar; A eletronegatividade é definida como a capacidade de um átomo em uma molécula de atrair elétrons para si; 14 O químico norte-americano Linus Pauling (1901-1994) desenvolveu a primeira e a mais amplamente utilizada escala de eletronegatividade, feita com base em dados termoquímicos; Polaridade da ligação e eletronegatividade 15 Podemos usar a diferença de eletronegatividade entre dois átomos para medir a polaridade da ligação; Polaridade da ligação e eletronegatividade Composto Diferença de eletronegatividade Tipo de ligação F2 HF LiF 4,0 4,0 − = 0 F F − Covalente apolar 4,0 2,1 − = 1,9 H F − Covalente polar 4,0 1,0 − = 3,0 Li F− Iônica 16 No HF, o átomo de flúor mais eletronegativo atrai a densidade eletrônica do átomo de hidrogênio menos eletronegativo, resultando em uma carga parcial positiva (δ+) no átomo de hidrogênio e uma carga parcial negativa (δ−) no átomo de flúor; Polaridade da ligação e eletronegatividade H F δ+ δ− 17 O deslocamento da densidade eletrônica no sentido do átomo mais eletronegativo em uma ligação pode ser visto nos resultados de cálculos de distribuições de densidade eletrônica; Polaridade da ligação e eletronegatividade 18 Os momentos de dipolo são experimentalmente mensuráveis e costumam ser registrados em debyes (D), uma unidade que equivale a 3,34 × 10−30 C m; Polaridade da ligação e eletronegatividade 19 Quando a ligação covalente é dominante, espera-se que os compostos sejam encontrados na forma de moléculas e tenham todas as propriedades relacionadas às moléculas, como pontos de fusão e de ebulição relativamente baixos, e comportamento de não eletrólito quando dissolvidos em água; Polaridade da ligação e eletronegatividade Quando a ligação iônica é dominante, espera-se que os compostos sejam sólidos quebradiços, com ponto de fusão elevado, e estruturas reticulares expandidas, exibindo comportamento de eletrólito forte quando dissolvidos na água; 20 Grau de covalência x Grau de ionicidade • Uma ligação química pode ser puramente covalente, quando a diferença de eletronegatividade entre os átomos ligantes for igual a zero (Δχ = 0) • Exemplos: Moléculas diatômicas homonucleares – H2, N2, O2, F2, Cl2... • Porém, uma ligação não pode ser puramente iônica. Sempre haverá um certo caráter covalente, ou seja, caráter de compartilhamento de e– NaCl • Alto caráter iônico • Baixo caráter covalente BrF3 • Baixo caráter iônico • Alto caráter covalente 21 Substâncias iônicas possuem várias propriedades características, como: costumam ser quebradiças, cristalinas e ter altos pontos de fusão; Além disso, os cristais iônicos podem, muitas vezes, ser clivados; ou seja, quebram ao longo de superfícies planas e lisas; Ligação iônica 22 A formação de substâncias iônicas é muito exotérmica, como indica os altos valores negativos de entalpia de formação; Isso se explica por causa da disposição de íons com cargas opostas em um sólido iônico; A essa disposição está associada a energia reticular (Eel), que é a energia necessária para separar completamente um mol de um composto iônico sólido em seus íons no estado gasoso; A magnitude da energia reticular em um sólido iônico depende das cargas dos íons, dos seus tamanhos e de seu arranjo no sólido; Ligação iônica 23=Eel k Q1 Q2 d Q1 e Q2 = cargas das partículas k = constante (8,99 × 109 J m C−2) d = distância entre os centros E n e rg ia NaCl(s) −∆Hf [NaCl(s)]° Na(s) + Cl2(g) 1 2 ∆Hf [Na(g)]° Na(g) + Cl2(g) 1∆Hf [Cl(g)]° 2 Na(g) + Cl(g) I1(Na) Na+(g) + e− + Cl(g) E(Cl) Na+(g) +Cl−(g) − E n e rg ia r e ti c u la r d o N a C l I1 = primeira energia de ionização E = afinidade eletrônica 411 kJ 108 kJ 122 kJ 496 kJ −349 kJ 7 8 8 k J 24 Ligação iônica Para uma determinada disposição de íons, a energia reticular aumenta à medida que as cargas dos íons aumentam e seus raios atômicos diminuem; Ligação iônica 25 Como a energia reticular diminui à medida que a distância entre os íons aumenta, as energias reticulares seguem tendências semelhantes às observadas para o raio iônico; Ligação iônica 26 27 Ligação Covalente • Proposição feita antes da mecânica quântica e do conceito de orbitais • Os elétrons de valência determinam as propriedades de um elemento. G. N. Lewis (1879–1955) Uma ligação covalente é um par de elétrons compartilhados por 2 átomos. • A estrutura de Lewis não retrata a geometria da molécula – Ela indica simplesmente como os átomos se ligam e indica os pares de elétrons ligantes e não-ligantes 28 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Camada de valência dos elementos representativos 29 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Como construir estruturas moleculares As 4 regras de Lewis devem ser seguidas na ordem: 1. Determinação do átomo central 2. Contagem de quantos e– existem na camada de valência (total) 3. Formação das ligações simples 4. Distribuição dos pares eletrônicos restantes Molécula de exemplo: Formaldeído, CH2O 30 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Como construir estruturas moleculares 1. Determinação do átomo central • Geralmente o átomo de menor afinidade eletrônica (normalmente, menor eletronegatividade) • Frequentemente temos como átomo central C, N, P, S • Halogênios são normalmente átomos terminais, porém, podem ser também átomos centrais, como nos oxiácidos (HClO4) • Hidrogênio é sempre átomo terminal No nosso exemplo Formaldeído CH2O Átomo central: C 31 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Como construir estruturas moleculares 2. Contagem de e– total na camada de valência • C 1s2 2s2 2p2 4 e– • 2H 1s1 (x2) 2 e– • O 1s2 2s2 2p4 6 e– Total = 12 e– • Deve-se levar em conta se a estrutura em questão é um íon! Cátion: Subtrair e– da camada de valência Ânion: Somar e– à camada de valência 32 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Como construir estruturas moleculares 3. Formação das ligações simples • Unir o átomo central aos periféricos – Para cada ligação simples é utilizado um par de elétrons entre cada par de átomos ligados No nosso exemplo Dessa forma, C H H O•• •• •• C H H O ׀ ׀ ׀ • Formamos 3 ligações simples • Para isso, utilizamos 6 e– • Restaram 6 e–, ou 3 pares de e– cam. valência = 12 e– 33 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Como construir estruturas moleculares 4. Distribuição dos pares de e– restantes • Os pares de e– restantes são distribuídos nos átomos periféricos (exceto H), de tal forma que o número total seja de 8 e– → Regra do octeto No nosso exemplo Restaram 3 pares de e– C H H O•• •• •• •• •• •• C H H O Estrutura de Lewis do Formaldeído, CH2O 34 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Exceções à regra do octeto B F F F • Átomos centrais se estabilizando com menos que 8 e– • Átomos centrais se estabilizando com mais que 8 e– na camada de valência 35 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Ressonância eletrônica O O O O OOO O O O O O • Existem duas maneiras de se montar a estrutura de Lewis do ozônio, O3: 1. 2. Ressonância = Deslocalização eletrônica Estas duas estruturas são equivalentes e devem ser escritas como apenas uma estrutura de Lewis 36 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Ressonância eletrônica O O 147 pmLigação simples: O O 121 pmLigação dupla: • Estruturas ressonantes indicam a estrutura eletrônica real quando uma única estrutura de Lewis não é o suficiente Importante: A geometria do O3 é angular, mas Lewis não dá a geometria! 127,8 pm Ozônio: Ligação intermediária O O OO O A real disposição dos elétrons em moléculas como as de O3 deve ser considerada um híbrido de duas (ou mais) estruturas de Lewis; O ozônio (O3) O O: 8e− 1s2 2s2 2p4 6e− de valência 3× 6 = 18e− 37 Ligação Covalente Observe que a densidade eletrônica está distribuída simetricamente na molécula 38 Ligação Covalente 39 Ligação Covalente Estruturas de Lewis: Ressonância eletrônica Ânion nitrato Benzeno A ressonância é um conceito importante na descrição das ligações em moléculas orgânicas, particularmente nas aromáticas, categoria que inclui o hidrocarboneto benzeno (C6H6): C C C C C C HH H H HH C C C C C C HH H H HH 40 Ligação Covalente ou Por convenção, a ressonância na molécula é representada por duas estruturas separadas por uma seta dupla (⟷) ou por uma notação abreviada, na qual traçamos um hexágono com um círculo dentro, enfatizando que as ligações duplas C═C não podem ser colocadas em lados específicos do hexágono; 41 Ligação Covalente 42 Ligação Covalente VSEPR: Valence Shell Electron Pair Repulsion RPECV: Repulsão dos Pares Eletrônicos da Camada de Valência • As estruturas de Lewis não fornecem a geometria espacial da molécula • Mas dão uma boa noção para entender a disposição tridimensional dos átomos • O conhecimento da estrutura e a compreensão dos tipos de ligações envolvidas são pré-requisitos para explicar as propriedades químicas de diferentes compostos 43 Ligação Covalente Modelo VSEPR • Geometria molecular: Definida pela repulsão dos pares de elétrons • Moléculas assumem a geometria que minimiza as repulsões dos pares de elétrons • Ordem de intensidade de repulsão eletrostática: Par livre – par livre > par livre – par ligante > par ligante – par ligante • O modelo VSEPR funciona bem para moléculas de elementos representativos (orbitais s e p), mas geralmente não se aplica VSEPR para sistemas metais d e f Modelo VSEPR O VSEPR se baseia no comportamento dos elétrons nas moléculas; Um par de elétrons ligantes pode definir a região, denominada domínio eletrônico, na qual os elétrons são encontrados com maior probabilidade; Da mesma maneira, um par de elétrons não ligantes (ou par isolado) define um domínio eletrônico que está localizado predominantemente em um único átomo; 44 Modelo VSEPR Cada par não ligante, ligação simples ou ligação múltipla produz um único domínio eletrônico ao redor do átomo central de uma molécula; Utilizando a amônia (NH3) como exemplo: N H H H Par não ligante Pares ligantes 45 46 Ligação Covalente Modelo VSEPR Nº pares de elétrons Geometria dos pares eletrônicos Geometria molecular 0 par e– ñ ligante 1 par e– ñ ligante 2 par e– ñ ligante 3 par e– ñ ligante 4 par e– ñ ligante Geometria dos pares eletrônicos: Estrutura que leva em consideração todos os pares de elétrons, ligante e não ligantes Geometria molecular: Estrutura que leva em consideração apenas os pares de elétrons ligantes, isto é, apenas o átomos 2 3 4 5 6 Linear Trigonal planar Tetra- edro Bipirâmide trigonal Octa- edro Linear Trigonal planar Tetraedro Bipirâmide tri. Octaedro Angular Pirâmide tri. Gangorra Forma “T” Angular Linear Pirâmide quad. Quadrado planar Forma “T” Linear 47 Ligação Covalente Metano – CH4 Amônia – NH3 Água – H2O G par e–: Tetraédrica G Mol: Tetraédrica G par e–: Tetraédrica G Mol: Piramidal G par e–: Tetraédrica G Mol: Angular 48 Ligação Covalente As 4 regras de Lewis devem ser seguidas na ordem 1. Determinação do átomo central 2. Contagem de e– na camada de valência 3. Formação das ligações simples 4. Distribuição dos pares eletrônicos restantes Ex) Construa aestrutura de Lewis da molécula da água, H2O 1. Átomo central: O 2. e– na camada de valência: • O 1s2 2s2 2p4 6 e– • 2 H 1s1 (x2) 2 e– 8 e– 3. Formação das ligações simples: H O H H O H 4. Distribuição dos pares de e– restantes: H O H 49 Ligação Covalente VSEPR: Valence Shell Electron Pair Repulsion RPECV: Repulsão dos Pares Eletrônicos da Camada de Valência • Moléculas assumem a geometria que minimiza as repulsões dos pares de elétrons • Ordem de intensidade de repulsão eletrostática: Par livre – par livre > par livre – par ligante > par ligante – par ligante • O modelo VSEPR funciona bem para moléculas de elementos representativos (orbitais s e p), mas geralmente não se aplica VSEPR para metais d e f 50 Ligação Covalente Ex) Dê a estrutura de Lewis e a geometria molecular do clorofórmio, CHCl3 Cl C H Cl Cl 1. Átomo central: C 2. e– na camada de valência: • C 1s2 2s2 2p2 4 e– • H 1s1 1 e– • 3 Cl 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 21 e– 26 e– 3. Formação das ligações simples: Cl C H Cl Cl 4. Distribuição dos pares de e– restantes: Cl C H Cl Cl Usamos 4 pares de e– para fazer ligações Sobraram 9 pares de e– 51 Ligação Covalente Cl C H Cl Cl 1. Quantos pares eletrônicos ligados ao átomo central? Resposta: 4 Nº pares de elétrons Geometria dos pares eletrônicos Geometria molecular 0 par e– ñ ligante 1 par e– ñ ligante 2 par e– ñ ligante 3 par e– ñ ligante 4 par e– ñ ligante 2 3 4 5 6 Linear Trigonal planar Tetra- edro Bipirâmide trigonal Octa- edro Linear Trigonal planar Tetraedro Bipirâmide tri. Octaedro Angular Pirâmide tri. Gangorra Forma “T” Angular Linear Pirâmide quad. Quadrado planar Forma “T” Linear 2. Quantos desses pares eletrônicos são não-ligantes? Resposta: Zero Geometria tetraédrica 52 Ligação Covalente Ex) Construa as estruturas moleculares empregando o modelo VSEPR a) H2O c) PF5b) ClF3 F Cl F F F P F F F F 2 ligantes + 2 par e– livres Angular 3 ligantes + 2 par e– livres Forma “T” 5 ligantes + 0 par e– livres Bipirâmide trigonal H O H 53 Novas teorias para explicar as ligações químicas Teoria da Ligação de Valência (TLV) Teoria do Orbital Molecular (TOM) • Os e– de valência estão localizados, ou entre os átomos (ligações) ou em pares isolados • Orbitais atômicos semipreenchidos se sobrepõem para formar as ligações químicas • Os e– de valência são deslocalizados • Os orbitais atômicos são combinados para formar orbitais moleculares, que comportam os elétrons de forma deslocalizada por toda a molécula Linus Pauling (1901–1994) Robert Mulliken (1896–1986) 54 Teoria da Ligação de Valência Distância H–H > 74 pm • Ligação fraca devido à baixa sobreposição dos orbitais Distância H–H < 74 pm • Força repulsão > atração • Os átomos devem se afastar Distância H–H = 74 pm • Sobreposição ideal • Forte ligação química • Mínimo de energia Sobreposição de orbitais atômicos: Molécula H2 55 Teoria da Ligação de Valência Ligações 𝜎 1 1 1 1 + H 1s1 H 1s1 H2 (1s 2) • Definição: Todas as ligações sigmas são covalentes simples. • H2 – Molécula mais simples de todas • É cilindricamente simétrica ao longo do eixo internuclear – livre rotação • A mistura de dois orbitais atômicos é chamada de superposição de orbitais • Quanto maior a superposição de orbitais mais forte a ligação 56 Teoria da Ligação de Valência Molécula H2 Molécula HF Molécula F2 57 Teoria da Ligação de Valência • Definição: A ligação π é formada quando os elétrons de dois orbitais p perpendiculares se emparelham • Ligação σ: sobreposição frontal dos orbitais atômicos • Ligação π: sobreposição lateral dos orbitais atômicos • Ligação simples 1 σ • Ligação dupla 1 σ + 1 π • Ligação tripla 1 σ + 2 π p x p x Sobreposição lateral Ligação π Possui um plano nodal, localizado entre os dois lóbulos da ligação π, passando pelo eixo internuclear 58 Teoria da Ligação de Valência Conceito de hibridação (ou hibridização) dos orbitais atômicos Os orbitais híbridos de um átomo são formados para reproduzir o arranjo eletrônico e a geometria molecular, ambos determinados experimentalmente Hibridação sp Geometria linear Hibridação sp2 Trigonal planar Hibridação sp3 Tetraédrica Hibridação sp3d Bipirâmide trigonal Hibridação sp3d2 Octaédrica 59 Teoria da Ligação de Valência Hibridação sp: Caso do BeCl2 1 orbital 2s preenchido 3 orbitais 2p vazios • Nenhuma ligação covalente possível 2 orbitais 2sp semipreenchidos 2 orbitais 2p vazios • Duas ligações covalentes possíveis! sp 60 Teoria da Ligação de Valência Hibridação sp2: Caso do BF3 1 orbital 2s preenchido 1 orbital 2p semipreenchido 2 orbitais 2p vazios • Uma ligação covalente possível 3 orbitais 2sp2 semipreenchidos 1 orbital 2p vazio • Três ligações covalentes possíveis! sp2 61 Teoria da Ligação de Valência Hibridação sp2: Caso do BF3 sp2 62 Teoria da Ligação de Valência Hibridação sp2: Caso do Benzeno • 6 carbonos com hibridação sp2 – Ligações simples C–C + ligação simples C–H • Ligações duplas C=C – Sistema π conjugado • Elétrons π deslocalizados – Todas as ligações entre carbonos são idênticas Orbitais atômicos 2pLigações sigma Ligações deslocalizadas 63 Teoria da Ligação de Valência Hibridação sp3: Caso do CH4 sp3 1 orbital 2s preenchido 2 orbitais 2p semipreenchido 1 orbital 2p vazio • Duas ligações covalente possíveis 4 orbitais 2sp3 semipreenchidos • Quatro ligações covalentes possíveis! ⇀ A formação de orbitais híbridos sp3d é exemplificado pelo átomo de fósforo no PF5: P 1s2 2s215e− ⇀ ⇀ 2p6 ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ 3s2 ⇀ ⇀ 3p3 ⇀ ⇀ ⇀ 3d0 64 Teoria da Ligação de Valência A formação de orbitais híbridos sp3d é exemplificado pelo átomo de fósforo no PF5: P 3s2 ⇀ ⇀ 3p3 ⇀ ⇀ ⇀ 3d0 Excitar 65 Teoria da Ligação de Valência A formação de orbitais híbridos sp3d é exemplificado pelo átomo de fósforo no PF5: P 3s1 ⇀ ⇀ 3p3 ⇀ ⇀ ⇀ 3d1 Hibridizar 66 Teoria da Ligação de Valência A formação de orbitais híbridos sp3d é exemplificado pelo átomo de fósforo no PF5: P sp3d ⇀ ⇀⇀ ⇀ ⇀ 3d 67 Teoria da Ligação de Valência 68 Teoria da Ligação de Valência Hibridação sp3d: Caso do PF5 Estado Fundamental Estado Excitado Orbitais Híbridos sp3d Composto PF5 3s 3p 3d sp3d F F F F F P F P F F F F Bipirâmide trigonal 69 Teoria da Ligação de Valência Hibridação sp3d2: Caso do SF6 Estado Fundamental Estado Excitado Orbitais Híbridos sp3d2 Composto SF6 3s 3p 3d sp3d2 F F F F F S Octaedro F 70 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Principais conceitos: • Os e– de valência são deslocalizados • Os orbitais atômicos são combinados para formar orbitais moleculares, que comportam os elétrons de forma deslocalizada por toda a molécula Robert Mulliken (1896–1986) Combinação linear dos orbitais atômicos (CLOA) • Orbitais atômicos (OA) → Funções de onda • Combinação entre duas ondas → Interferências construtivas e destrutivas • 2 OA se combinam e formam 2 OM Interf. Construtiva OM ligante Interf. Destrutiva OM antiligante Alguns aspectos da ligação são mais bem explicados por um modelo sofisticado, chamado teoria dos orbitais moleculares (TOM), que descreve os elétrons da molécula, usando funções de ondas específicas chamadas de orbital molecular (OM); Orbitais moleculares têm muitas características semelhantes às dos orbitais atômicos, mas estão associados com toda a molécula e não apenas com um átomo; Sempre que dois orbitais atômicos se sobrepõem, dois orbitais moleculares são formados; 71 Teoria do Orbital Molecular (TOM) *σ1s Vejamos os exemplo da formação da molécula de H2: Combinação destrutiva que leva ao orbital molecular antiligante H2 H H 1s 1s Orbitais atômicos de H + Combinação construtiva que leva ao orbital molecular ligante H2 Nóσ1s* σ1s Orbitais moleculares de H2 E n e rg ia Densidade eletrônica concentrada entre os núcleos Plano nodal entre os núcleos Nó 72 Teoria do Orbital Molecular (TOM) ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀⇀ As energias relativas de dois orbitais atômicos 1s e dois orbitais moleculares formados são representadas por um diagrama de níveis de energia (também chamado de diagrama de orbital molecular); E n e rg ia Molécula estável Molécula instável *σ1s σ1s 1s2 1s2 σ1s 2 OM antiligante livre Átomo de HÁtomo de H Molécula de H2 *σ1s σ1s 1s2 1s2 σ1s 2 OM antiligante ocupado Átomo de He Molécula de He2 Átomo de He σ1s *2 73 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Moléculas diatômicas do segundo período Em resumo, temos, para moléculas diatômicas homonucleares do segundo período: E n e rg ia 2p Orbitais atômicos 2p Orbitais atômicos π2p *π2p 2s 2s σ2s *σ2s Orbitais moleculares σ2p *σ2p 74 Moléculas diatômicas do segundo período Em resumo, temos, para moléculas diatômicas homonucleares do segundo período: + 2p 2p π2p *π2p 2s 2s σ2s *σ2s σ2p *σ2p 75 76Moléculas diatômicas do segundo período π2p σ2s *σ2s σ2p E n e rg ia d o o rb it a l m o le c u la r Interação 2s−2p crescente O2, F2, Ne2 B2, C2, N2 Interação σ2s−σ2p causa um desdobramento de energia σ2p vai para maior energia σ2s vai para menor energia 76 ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ Moléculas diatômicas do segundo período E n e rg ia 2p 2p π2p *π2p 2s 2s σ2s *σ2s σ2p *σ2p Orbitais atômicos de N Orbitais atômicos de N Orbitais moleculares de N2 ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ Orbital molecular ocupado de maior energia (do inglês highest occupied molecular orbital, HOMO) Orbital molecular não ocupado de menor energia (do inglês lowest unoccupied molecular orbital, LUMO) *π2p 77 *σ2s* ⇀ ⇀ ⇀⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀⇀ ⇀ ⇀⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀⇀ ⇀ ⇀ ⇀⇀ ⇀⇀ ⇀⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ Moléculas diatômicas do segundo período Maior interação 2s−2p B2 Menor interação 2s−2p C2 N2 O2 F2 Ne2 *σ2p *π2p σ2p π2p σ2s *σ2p *π2p π2p σ2p σ2s ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ σ2s 78 Moléculas diatômicas do segundo período Em alguns casos, a maneira como as substâncias se comportam em um campo magnético pode fornecer informações sobre o arranjo de seus elétrons; Moléculas com um ou mais elétrons desemparelhados são atraídas por um campo magnético; Esse tipo de comportamento magnético é chamado de paramagnetismo; Por outro lado, substâncias sem elétrons desemparelhados são fracamente repelidas por um campo magnético, sendo essa propriedade chamada de diamagnetismo; 79 Moléculas diatômicas do segundo período ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ Como as moléculas de O2 são paramagnéticas... ...elas são atraídas para o campo magnético 80 no de elétrons ligantes Na TOM, a estabilidade de uma ligação covalente está relacionada com sua ordem de ligação, definida como metade da diferença entre o número de elétrons ligantes e o número de elétrons antiligantes: Uma ordem de ligação igual a 1 representa uma ligação simples, uma ordem de ligação 2 representa uma ligação dupla e uma ordem de ligação 3 representa uma ligação tripla; = Ordem de ligação − no de elétrons antiligantes 1 2 Como a TOM também considera moléculas com número ímpar de elétrons, ordens de ligação 1/2, 3/2 ou 5/2 também são possíveis; 81 Teoria do Orbital Molecular (TOM) ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ E n e rg ia Molécula estável Molécula instável *σ1s σ1s 1s2 1s2 σ1s 2 OM antiligante livre Átomo de HÁtomo de H Molécula de H2 *σ1s σ1s 1s2 1s2 σ1s 2 OM antiligante ocupado Átomo de He Molécula de He2 Átomo de He σ1s *2 = Ordem de ligação 1 2 2 − 0 = 1 = Ordem de ligação 1 2 2 − 2 = 0 82 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Molécula estável ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ ⇀ E n e rg ia ⇀ ⇀ ⇀ ⇀⇀ ⇀ *σ1s σ1s 1s2 1s1 Íon He Íon He2 Átomo de He σ1s 2 σ1s *1 + 1s2 Átomo de Li 1s2 Átomo de Li 2s1 2s1 σ1s *σ1s σ2s *σ2s σ1s 2 Molécula de Li2 σ1s *2 σ2s 2 Molécula estável = Ordem de ligação 1 2 2 − 1 = 1 2 = Ordem de ligação 1 2 4 − 2 = 1 83 84 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Exercício: Qual é a ordem de ligação H2 He2 e He2 + ? Disserte os resultados obtidos. 85 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 86 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Exercício: Qual é a ordem de ligação H2 He2 e He2 + ? Disserte os resultados obtidos. 87 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 88 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 89 Teoria do Orbital Molecular (TOM) OL = 3,0 OL = 2,5 OL = 2,0 90 Teoria do Orbital Molecular (TOM) O comprimento de ligação é a distância entre os centros de dois núcleos atómicos envolvidos numa ligação química. O comprimento de ligação está relacionado com outros parâmetros referentes à ligação química, nomeadamente: Ordem de ligação: quanto maior for a ordem de ligação, isto é, quanto maior for a densidade electrônica na região situada entre dois átomos ligados quimicamente, que se traduz num aumento do carácter duplo ou triplo da ligação, menor é o seu comprimento; Energia de ligação: quanto maior for a energia de uma ligação química entre dois átomos, menor é o comprimento dessa mesma ligação 91 REVISÃO • Lewis: Determinação das ligações químicas e dos pares de e– não ligantes em uma molécula; Não dá a geometria molecular! • VSEPR: Determina a geometria molecular a partir do conhecimento das estruturas de Lewis; É necessário determinar a geometria dos pares eletrônicos primeiro! • TLV: Ligação química – Sobreposição espacial dos orbitais atômicos (OAs) semipreenchidos; Ligação σ – Sobreposição frontal; Ligação π – sobreposição lateral • TOM: Ligação química – A sobreposição dos OAs dá origem aos orbitais moleculares (OMs); 2 átomos ligando seus 2 OAs geram 2 OMs – Ligante e Antiligante OM ligante – Estabiliza a molécula; OM antiligante – Desestabiliza a molécula 92 Sólidos iônicos, metálicos e covalentes • Um sólido iônico não se mantem juntos por ligações entre pares específicos de íons • Portanto, deve considerar que: 1. Os cátions atraem todos os ânions do cristal 2. Os ânions atraem todos os cátions do cristal 3. Todos os cátions repelem-se uns aos outros 4. Todos os ânions repelem-se uns aos outros • As interações 1–4 são dependentes da distância entre íons A ligação iônica é uma característica do cristal como um todo Ligação iônica: Resulta da força de atração eletrostática entre 2 íons de cargas opostas 93 Sólidos iônicos, metálicos e covalentes Exemplos de sólidos iônicos • Sais [NaCl] • Óxidos [MgO] • Hidróxidos [Mg(OH)2] Propriedades dos sólidos iônicos • Ligações fortes não direcionais • Altos pontos de fusão (PF) e ebulição (PE) • Baixa condutividade elétrica • Elevada dureza e rigidez, logo, quebradiços • Solúveis em solventes polares Ligação iônica: Resulta da força de atração eletrostática entre 2 íons de cargas opostas Impacto Repulsão Fratura + Deslocamento 94 Sólidos iônicos, metálicos e covalentes Escala de Mohs Mineral / Estrutura 10 9 8 7 6 5,5 5 4 3,5 3 2,5 2 1 Diamante Coríndon Topázio Quartzo Microclínio Aço Apatita Fluorita Moeda de cobre Calcita Unha humana Gesso Talco Cloreto de sódio (NaCl) Sólido iônico Diamante (C) Sólido covalente Cobre (Cu) Sólido metálico 95 Sólidos iônicos, metálicos e covalentes Estrutura eletrônica dos sólidos • Imagine uma molécula e suas ligações explicadas pela Teoria dos Orbitais moleculares • Ex) 2 átomos → 2 orbitais atômicos ligantes → 2 orbitais moleculares • Agora imagine um sólido iônico, metálico ou covalente... QUANTOS OMs??? 96 Sólidos iônicos, metálicos e covalentes 1 átomo de sódio possui 1 e– de valência 2 átomos de sódio compartilham seus e– de valência s2s2 3 átomos de sódio compartilhamseus e– de valência 4 átomos de sódio compartilham seus e– de valência (formam-se 2 orbitais ligantes e 2 antiligantes) N átomos de sódio compartilham seus e– de valência; os níveis de energia dos N orbitais se tornam muito próximos, constituindo quase que contínuo de energia → Bandas! A Teoria de bandas é uma extensão da TOM aplicada para sólidos 97 Sólidos iônicos, metálicos e covalentes • Banda de valência Orbitais de maior energia que são preenchidos por e– • Banda de condução Conjunto de orbitais vazios Metais Si, Ge Diamante, sólidos iônicos Propriedades dos sólidos metálicos • Alto brilho • Alta condutividade elétrica • Alta maleabilidade • Alta ductibilidade • Obrigado. • zeka6@hotmail.com 98