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Estudo dirigido 4 
 
1) Conceitue Farmacocinética. 
 
Por definição, podemos afirmar que farmacocinética é o caminho do fármaco, uma 
vez dentro do organismo, além de envolver toda a ação que essa droga sofre pelo 
organismo. Sendo assim, é correto dizer que o conceito de farmacocinética está 
envolvido com a mensuração e interpretação formal de alterações que ocorrem nas 
concentrações de um fármaco ao longo do organismo, que podem acontecer em 
uma ou mais regiões, em relação à dose administrada. 
 
2) Qual a importância da farmacocinética? 
 
No que tange às questões da importância da farmacocinética, podemos afirmar que 
esta possui relevância em muitos aspectos, tais como a determinação da posologia 
adequada, uma vez que tal determinação indicará qual a forma farmacêutica que 
devo utilizar, que por sua vez será importante para determinar a via de 
administração, além da dose indicada para administrar, e o regime e procedimento 
de dosagem. Além disso, pode-se afirmar que a farmacocinética também tem 
importância quanto a indicação do reajuste da posologia de acordo com a resposta 
clínica, e na interpretação de respostas inesperadas, a exemplo da presença de 
efeitos tóxicos no organismo em que esse fármaco foi administrado, ou até mesmo 
a ausência de algum efeito. Por fim, podemos citar a relevância da farmacocinética 
nos aspectos do auxílio da compreensão da ação dos fármacos, a exemplo do 
entendimento quanto a questão de absorção, distribuição, metabolização e 
excreção; a determinação da posologia deste fármaco em casos especiais, a 
exemplo de pacientes com determinados problemas como doenças renais e 
hepáticas; e também na questão da pesquisa de novos fármacos, haja vista que o 
entendimento da farmacocinética possibilitará aos pesquisadores a entenderem 
sobre o funcionamento dos fármacos e assim possibilitará o estudo de novos 
princípios ativos. 
 
3) Quais características devem ser observadas para a 
escolha da via ou sistema de administração de um 
fármaco? 
 
Quando fazemos a determinação da melhor via de administração dos fármacos 
devemos estar atentos a várias questões, que vão determinar qual a melhor via para 
que esse fármaco seja administrado no organismo. Sendo assim, a primeira e mais 
importante dessas questões relaciona-se a forma farmacêutica, que está 
relacionada a forma que esse fármaco terá após as suas diversas operações 
farmacêuticas; dessa forma, ela é de grande relevância, haja vista que dependendo 
da forma farmacêutica algumas vias de administração devem ser evitadas (um 
fármaco que tem forma farmacêutica gasosa não pode ser administrado via 
intravenosa por exemplo). Isto posto, algumas outras questões também possuem 
grande relevância quanto a escolha da via de administração, a exemplo do efeito 
desejado, que pode ser local ou sistêmico; as propriedades do fármaco; a idade do 
paciente; o tempo necessário para que se inicie o tratamento e a duração dele 
(como por exemplo nos casos de urgência em que deve-se escolher uma via de 
administração que faça o paciente alcançar rapidamente a concentração plasmática 
terapêutica); além da obediência do paciente quanto ao regime terapêutico e 
conveniência. 
 
4) Cite 15 vias de administração de um fármaco. 
 
Oral, sublingual, intravenosa, tópica e transdérmica, oftálmica, respiratória, 
intraóssea, epidural, intranasal, vaginal, intrauterina, uretral e peniana, 
subaracnoideia, retal, intramuscular e intracardíaca 
 
 
5) Explique porque a lipossolubilidade e 
hidrossolubilidade interferem na absorção de um fármaco. 
 
A permeabilidade de membrana refere-se ao número de moléculas que a 
atravessam por uma unidade de área, sendo assim, a lipossolubilidade e a 
hidrossolubilidade das moléculas irão interferir nessa permeabilidade, haja vista que 
ambas possuem polaridades diferente, pois as moléculas lipossolúveis serão 
apolares enquanto as hidrossolúveis serão polares. Isto posto, sabe-se que para 
duas substâncias poderem se misturar elas devem ter polaridades iguais, sendo 
assim, a lipossolubilidade está intrinsecamente ligada à capacidade do fármaco de 
se solubilizar em lipídeos, e por isso, tais fármacos conseguirão penetrar nas 
membranas biológicas. Quanto aos fármacos hidrossolúveis, estes possuem maior 
capacidade de se dissolverem em meio aquoso, e assim, menor capacidade de 
atravessar a membrana. Portanto, pode-se constatar que o fármaco lipossolúvel terá 
maior facilidade para atravessar a membrana, mas para que este fármaco seja 
dissolvido em algum fluido corpóreo ele deve ter características hidrossolúveis. 
 
6) Qual a importância do coeficiente de dissociação iônica 
(pK) para a absorção de um fármaco? 
 
O pk é a constante de dissociação iônica, e por sua vez é importante uma vez que 
ele determina a capacidade de uma devida substância doar ou receber prótons. 
Dessa forma, o Pka é a indicação do PH ideal onde tem-se dissociação de pelo 
menos 50%, o Pka implica na ionização do fármaco, sendo assim, medicamentos 
com Pka alto não consegue se dissociar em PH baixo e vice-versa, o que por sua 
vez interfere no grau de ionização e por conseguinte no grau de absorção e 
distribuição, pois para percorrer o medicamento no corpo do animal o princípio ativo 
deve ser não ionizado. Portanto, pode-se aferir que, um medicamento com caráter 
ácido, quando submetido a um compartimento em que o PH se equivale ao seu PKA 
terá 50% da sua forma ionizada e 50% não-ionizada. Caso esse compartimento 
possua um ph maior do que o valor do seu PKA o fármaco tenderá a permanecer na 
sua forma ionizada (A-) enquanto que em uma situação contrária, em que o ph do 
compartimento tenha valor menor do que o seu PH o fármaco permanecerá na sua 
forma protonada (AH), a mesma situação se repete para o caso das substâncias de 
caráter básica, em que se o fármaco estiver em um compartimento em que o 
PH>PKA o fármaco permanecerá na sua forma (B), e na situação contrária na forma 
(BH+), e por fim em uma situação em que PH=PKA terá se uma divisão igualitária 
entre as partes. 
 
7) Cite as modalidades de absorção de um fármaco. 
 
Os fármacos podem ser absorvidos por processos distintos, como o processo 
passivo e o processo ativo, o primeiro caracteriza-se por ser sem gasto de energia, 
podendo destacar a filtração, difusão simples e difusão facilitada, de forma que a 
difusão simples caracteriza-se por um transporte passivo de substâncias através da 
membrana, em que as substâncias vão do meio mais concentrado para o meio 
menos concentrado, enquanto a filtração refere-se também a uma passagem 
passiva pela membrana, porém, o soluto e o solvente movem-se juntos pela 
membrana, e por fim, a difusão facilitada ocorre por meio de proteínas de 
membrana, que irão atuar como carreadora das moléculas. Quanto ao processo 
ativo,pode-se destacar, o transporte ativo e por meio vesicular (pinocitose e 
fagocitose). No caso do transporte ativo, este ocorrerá também por meio de 
moléculas carreadoras, entretanto, nessa modalidade o transporte ocorre contra o 
gradiente de concentração; e por fim; no caso da difusãopor meio vesicular ela 
pode ocorrer de duas formas diferentes, a pinocitose e a fagocitose, em que ambas 
possuem como características o englobamento de partículas para fazer o 
transporte, contudo a pinocitose está ligada ao englobamento de partículas líquidas 
e a pinocitose de partículas sólidas. 
 
Ainda temos outras modalidades de transporte, tais como a difusão lipídica, em que 
moléculas lipossolúveis irão atravessar a membrana, uma vez que, como dito 
anteriormente, a sua molécula é apolar e conseguirá atravessar a membrana mais 
facilmente. Por fim, temos o transporte mediado por transportadores, em que os 
transportadores carreadores, que por sua vez são solúveis e também ligados ao 
ATP, dentre eles temos os transportadores de cátions e ânions orgânicos e os 
transportadores de glicoproteína P 
 
 
 
8) Qual a importância da área sob a curva (ASC) e quais 
parâmetros farmacocinéticos podem ser obtidos a partir 
dela? 
 
A elaboração de um gráfico do tipo área sob curva nos auxilia na quantificação da 
absorção de um fármaco, e isto é muito importante na medida em que tal 
mensuração pode nos auxiliar a quantificar a taxa de absorção, ou seja, quando o 
fármaco irá atingir a concentração plasmática, nos auxiliando por exemplo a 
escolher a melhor via de administração que fará o paciente chegar no pico máximo 
da concentração plasmática no tempo em que é desejado para o tratamento, além 
disso deve-se ressaltar que com tal curva pode ser mensurada a extensão da taxa 
de absorção através da biodisponibilidade do fármaco. Sendo assim, isso possui 
grande relevância, haja vista que com essa medida pode-se calcular o tempo 
necessário para administrar mais uma dose do fármaco, sendo que quanto menores 
as doses e mais frequentes, menores serão as oscilações na concentração. 
 
9) Explique bioequivalência de um fármaco. 
 
A bioequivalência é calculada por meio da comparação entre dois fármacos, 
utilizando como critério a biodisponibilidade. Dessa forma, para realizar tal 
mensuração devemos levar em conta alguns aspectos de ambos os princípios 
ativos, tais como a dosagem, taxa de absorção, a via de administração e princípio 
ativo, uma vez que eles devem ser iguais em ambos os fármacos. Portanto, após 
essas medições pode-se realizar uma curva de concentração em função do tempo 
(ASC) e assim fazer uma comparação dos fármacos, casos eles possuam áreas 
sobre curvas iguais eles são bioequivalentes, caso contrário, eles não são 
 
 
10) Quais fatores influenciam na biodisponibilidade de um 
fármaco? 
 
Dentre os fatores que influenciam a biodisponibilidade de um fármaco podemos citar 
inativação antes da absorção, a absorção incompleta (que interferir na concentração 
plasmática terapêutica), a biotransformação na parede intestinal ou no fígado (efeito 
do metabolismo de primeira passagem). No que tange a questão da forma 
farmacêutica pode-se afirmar que os fatores que influenciarão serão os excipientes 
do fármaco e o estado físico das drogas, haja vista que fatores como o tamanho da 
partícula, a granulação, compressão dos comprimidos e drageamento podem 
interferir na absorção da droga e por conseguinte na sua biodisponibilidade. Além 
disso, pode-se considerar alguns outros fatores como a interação com outras 
substâncias no TGI, como alimentos ou drogas. Por fim, pode-se citar as 
características especificas do paciente (como o ph do seu TGI, a perfusão, a sua 
microbiota, a sua estrutura, estado nutricional, a função hepática, fenótipo, dentre 
outros…) 
 
11) Qual a importância das proteínas plasmáticas no 
processo de distribuição de um fármaco? 
 
As proteínas plasmáticas possuem grande importância na medida em que os 
fármacos, quando estão em concentrações terapêuticas no plasma encontram-se, 
em sua grande maioria, na forma ligada, contudo, o que determina a forma 
farmacologicamente ativa é a porção livre desse fármaco, ou seja, a forma que não 
está ligada a essas proteínas. Ainda pode-se citar que dentre essas proteínas 
presentes no plasma, a mais comum delas é a albumina. Sendo assim, alguns 
fatores como a concentração de proteínas e de fármaco livre e a sua afinidade pelos 
locais de ligação irão determinar a quantidade de ligação de um fármaco livre a 
essas proteínas no organismo. Dessa forma, caso seja administrado dois ou mais 
fármacos em conjunto, estes podem competir entre si, e o fármaco que tiver maior 
afinidade conseguirá se ligar a albumina, aumentando assim a concentração 
plasmática do outro. 
 
12) Qual a finalidade da metabolização de um fármaco? 
 
A metabolização tem como finalidade a destoxificação e diminuição da reatividade 
de substâncias químicas que o organismo considera como estranhas, sendo assim, 
o metabolismo do fármaco irá realizar a sua modificação bioquímica e o seu 
processo de degradação, de forma que tal metabolização ocorre por sistemas 
enzimáticos. O processo de metabolismo consiste em anabolismo, que consiste na 
degradação de substâncias, e catabolismo, que consiste na construção de 
substância, de forma que tais processos ocorrem dentro do organismo. 
 
Além disso no caso de alguns fármacos denominados pró-fármacos, o metabolismo 
também tem a função de ativar esses fármacos, haja vista que eles ​são 
administrados no organismo em sua forma inativa, sendo ativados somente após o 
processo de biotransformação. 
 
 
13) Diferencie Reação Metabólica de Fase I e Fase II, dando 
ênfase às reações em cada uma delas. 
 
Fase 1 → ​Essa fase caracteriza-se por ser uma fase ​catabólica​, nessa fase é 
introduzida um grupo reativo na molécula que será metabolizada, esse grupo reativo 
que irá ser introduzido pode ser uma hidroxila, dessa forma tal molécula tem como 
função ser o ponto de ataque para que o sistema de conjugação ligue um 
substituinte, a exemplo dos glicuronídeos. Sendo assim, em relação a esta primeira 
fase, podemos dar destaque ao fígado, uma vez que este órgão possui as enzimas 
na qual participarão desse processo, a exemplo da enzima CYP. 
 
Sendo assim, nessa fase pode ocorrer diversas reações como oxidação (consiste 
na adição de oxigênio ou remoção de hidrogênio, envolve as enzimas flavoproteína 
e Citocromo P450), redução ( é o inverso da oxidação e também envolve as 
enzimas do citocromo P450), hidrólise (consiste na clivagem da molécula da droga 
pela junção da água), ciclização ( forma-se a estrutura cíclica) e desciclização (a 
abertura da estrutura em anel de moléculas cíclicas ) 
 
Fase 2 → ​Quanto as reações de fase 2, pode-se afirmar que elas, 
contrariamente às reações de fase 1, são caracterizadas por serem ​anabólicas​. 
Nessa fase tem-se a conjugação, em que é realizada a ligação de um grupo 
substituinte. Dessa forma, após o fármaco passar pela fase 1, em que a molécula é 
adicionada a um determinado grupo ele irá passar pela fase 2, caracterizada pela 
conjugação de um grupo químico, que geralmente é um carboidrato ou aminoácido. 
Sendo assim, nessa fase, podem ocorrer reações de glicuronidação, sulfatação, 
conjugação de glutationa, conjugação com a glicina e metilação, acetilação. 
 
14) Qual o papel das enzimas citocromo P450no 
metabolismo dos fármacos? 
 
O citocromo p450 tem um grande papel quanto a oxidação durante a metabolização 
dos fármacos, de forma que durante o ciclo da mono-oxigenase P450 (reação mais 
comum que é catabolisada pelo citocromo P450) esta enzima liga-se com uma 
molécula do fármaco e recebe um elétron por meio da NADPH-P450 redutase, que 
vai reduzir o ferro férrico (Fe3+) que contém no P450 para Fe2+, posteriormente a 
isso, virá uma série de reações como a NADPH-P450 e o citocromo b5 que irão 
formar um complexo que irá se combinar com um outro próton, e após mais 
algumas reações será liberado o fármaco oxidado (FOH) e terá-se a regeneração da 
enzima P450. 
 
 
15) Explique metabolismo de primeira passagem e quais 
suas consequências. 
 
O metabolismo de primeira passagem consiste no metabolismo da droga no que se 
refere a sua passagem no local de absorção para a circulação sistêmica, a exemplo 
dos fármacos que são absorvidos pelo intestino e vão, através da veia porta, para o 
fígado, e assim, ao entrar no fígado o fármaco que foi administrado irá sofrer a sua 
metabolização, sendo que algumas vezes apenas uma pequena quantidade desse 
fármaco ativo sai do fígado para a circulação sanguínea. Dessa forma, essa 
metabolização irá diminuir a biodisponibilidade do fármaco na circulação sanguínea 
e por isso, quando deseja-se que essa biodisponibilidade não seja diminuída por 
conta da metabolização, deve-se fazer uma via de administração como a 
intravenosa, ou outras vias que não sofram com o metabolismo de primeira 
passagem, haja vista que os fármacos feitos por administração oral estão sujeitos a 
enzimas metabolizadoras na parede intestinal e no fígado. Tal metabolismo também 
pode ocorrer em menor magnitude na pele e nos pulmões 
 
16) Qual a importância da indução e inibição das enzimas 
de metabolização? 
 
A indução e a inibição enzimática podem afetar o metabolismo da enzima p450, 
resultando em um aumento ou diminuição do seu metabolismo. Nesse viés, a 
indução enzimática pode ocorrer através de algumas drogas que induzem o 
metabolismo da enzima P450, de forma a amplificar e aumentar a sua taxa de 
síntese ou diminuir a sua taxa de degradação, sendo assim, essa indução irá 
acarretar na aceleração do metabolismo do substrato, e consequentemente na 
diminuição da ação farmacológica do indutor e das drogas administradas, em 
contrapartida, a inibição enzimática terá um efeito de diminuição da atividade 
enzimática do citocromo P450, de forma que algumas drogas podem reduzir esse 
metabolismo através de inibição competitiva. 
 
17) Explique excreção biliar e circulação enterohepática. 
 
A excreção biliar e a circulação entero hepática ocorre quando as células hepáticas 
transferem esses fármacos para a bile, realizado por meio de alguns sistemas de 
transporte, sendo que estes são enviados para o intestino, de forma que o 
glicuronídeo pode ser hidrolisado e o fármaco ativo regenerado, isso faz com que o 
fármaco possa ser reabsorvido, e por conseguinte o ciclo se repetirá, tal processo é 
denominado circulação entero-hepática, de forma que é observado um reservatório 
de fármaco recirculante que prolonga a sua ação. 
 
18) Quais processos são importantes para que se tenha 
excreção renal? Como o pH urinário pode afetar a 
excreção? 
 
A excreção renal é feita a partir de 3 processos, sendo eles a filtração glomerular, a 
secreção tubular ativa e por fim a reabsorção passiva (difusão pelo fluido tubular 
concentrado e reabsorção pelo epitélio tubular) respectivamente. O primeiro 
processo refere-se ao processo em que as moléculas de fármacos (abaixo de 
20kda) passam para o filtrado glomerular, portanto, uma vez que a membrana 
desses capilares são impermeáveis às proteínas, aqueles fármacos ques estiverem 
ligados a albumina plasmática não conseguiram passar para o filtrado glomerular, 
de forma que apenas aqueles fármacos que estão livres na circulação conseguirão 
passar. A segunda fase refere-se secreção tubular, em que as moléculas do 
fármaco irão para o lúmen tubular através de transportadores que vão mover as 
moléculas desse fármaco contra o gradiente eletroquímico, e por fim, a última fase 
está envolvida com a difusão desses fármacos para o túbulo renal para no fim 
ocorrer a excreção. Além disso o ph urinário pode afetar na excreção na medida em 
que o nível de ionização de muitos fármacos depende do PH, e por causa do efeito 
de aprisionamento iônico as bases são mais rapidamente excretadas em urinas de 
caráter ácida, haja vista que ela favorece a forma carregada inibindo a sua 
reabsorção, enquanto que os ácidos são excretados mais rapidamente em urinas de 
caráter básica 
 
19) Explique meia-vida dos fármacos. 
 
A meia-vida de um fármaco trata-se de um conceito que indica o tempo que a 
concentração desse fármaco reduz a metade, sendo assim, a meia vida é um índice 
da farmacocinética que irá fornecer dados que possibilitarão a interpretação dos 
efeitos tóxicos e terapêuticos do fármaco, o tempo de duração do efeito 
farmacológico bem como possibilitará a formulação de um regime posológico 
adequado 
 
20) Como é possível alcançar a concentração plasmática 
máxima média? 
 
Ao administrarmos um fármaco em doses repetidas, com determinados intervalos, 
podemos obter a concentração plasmática máxima média, de forma, que ela é 
importante na medida em que ela controla e orienta o regime posológico. Sendo 
assim, o platô da concentração constante é mantido a partir da repetição das doses 
desse fármaco, uma vez que, como dito anteriormente, a concentração plasmática 
de um fármaco vai decaindo com o passar do tempo. Sendo assim, pode-se 
mensurar a concentração plasmática máxima média a partir da razão dos produtos 
da biodisponibilidade da droga e dose da droga, pelos produtos da constante de 
eliminação, volume aparente de distribuição e intervalo entre drogas.Dessa forma, 
pode-se alcançar a concentração plasmática máxima média após 4 a 6 meia-vidas. 
 
 
21) Por que a concentração plasmática é importante para 
determinar o limiar terapêutico? 
 
A concentração plasmática é importante pois a partir da elaboração de um gráfico 
da constante de taxa de eliminação, ou seja concentração plasmática x tempo, 
pode-se mensurar se esse fármaco está assumindo um valor de nível terapêutico, 
ou se a sua concentração está exacerbada a ponto de tornar-se tóxica para o 
organismo, ou até mesmo se está em um nível subótimo (não terá o efeito 
desejado), além disso, pode-se mensurar também em quanto tempo essa 
concentração irá diminuir, indicando o momento em que, se necessário, as próximas 
doses devem ser feitas, de modo a não aumentar muito a concentração e levar à 
toxicidade.

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