Prévia do material em texto
MUTUCAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA CENTRO MULTIDISCIPLINAR CAMPUS BARRA COMPONENTE CURRICULAR: PARASITOLOGIA VETERINÁRIA DOCENTE: DÉBORA COSTA VIEGAS DE LIMA ANA CAROLINA MENDES DOS SANTOS AUGUSTO SILVA MACEDO NETO JESSICA NASCIMENTO SILVA LIMA MARIA EUNICE ALVES MELO SUZY CATARINNE MACIEL FERREIRA CLASSIFICAÇÃO DipteraOrdem Brachycera TabanomorphaSubordem Tabanidae 3.000 espécies, distribuídas em 137 gêneros. Família Tabanus e Chrysops Gêneros 2 MORFOLOGIA MUTUCAS 3 Morfologia � 4https://forum.mundofotografico.com.br/index.php/topic,109091.0.html Morfologia Possuem antenas curtas formadas por três segmentos: escapo, segmento basal; pedicelo e flagelo. Não apresentam sutura ptilineal na cabeça. São conhecidas como mutucas ou mosca dos cavalos. Cabeça semicircular e mais larga que o tórax e abdome. Os olhos são grandes, contíguos nos machos e separados nas fêmeas por uma faixa frontal nas fêmeas. � 5 https://agro20.com.br/mutuca/ http://www.klimanaturali.org/2011/06/mutuca-tabanus- Morfologia O aparelho bucal das fêmeas possui um labro e uma hipofaringe, canal alimentar; um par de mandíbulas largas, achatadas e com pequenos dentes na borda interna; um par de maxilas largas lâminas quitinosas armadas com dentes; lábio e duas labelas. Na base das maxilas, estão inseridos um par de palpos maxilares com dois artículos. Os machos não apresentam mandíbulas e as peças bucais são reduzidas devido o hábito alimentar (alimentam-se de néctar). 6 � https://agro20.com.br/mutuca/ Morfologia Chrysops: O tórax é mais estreito que a cabeça e o abdome. As asas podem apresentar manchas e a terceira nervura longitudinal e bifurcada. As asas são bem desenvolvidas e largas, com venação característica. Tabanus: As pernas são bem desenvolvidas com dois esporões na extremidade distal da tíbia. O abdome é mais largo que o tórax e é formado por cinco a sete segmentos bem distintos. � 7 http://www.klimanaturali.org/2011/06/mutuca-tabanus- https://www.researchgate/Mutuca-na-pata-do-Equideo Morfologia � Chrysops Tabanus 8 https://portal.tribunadolitoral.com/2016/11/01/novembro-calor-e-butucas/https://forum.mundofotografico.com.br/index.php/topic,109091.0.html CICLO BIOLÓGICO As mutucas fêmeas colocam de 25 e 1000 ovos. Um número tão grande exige um grande espaço, mas a mutuca resolve esse problema colocando seus ovos em fileiras. Eles são escuros e têm forma de haste, são colocados em plantas que pendem sobre a água e eclodem entre cinco e doze dias. Ovos 9 � https://www.researchgate.net/Mutuca-na-pata-do-Equideo CICLO BIOLÓGICO O estágio larval da mutuca ocorre na lama ou em terra úmida, assim como o da mosca-do-veado. Esta fase pode durar de um a três anos. As larvas caem dos ovos na lama e refugiam-se no solo. E las t ambém poderão ca i r na água e se r transportadas para a terra. Ela se alimenta de detritos orgânicos, insetos e minhocas, bem como de outras larvas de mutuca. Amadurecem na primavera e entram na fase de pupa. Larvas 10 � https://agro20.com.br/mutuca/ http://www.klimanaturali.org/2011/06/mutuca-tabanus- CICLO BIOLÓGICO A fase de pupa da mutuca em crescimento, ocorre gera lmente em so lo seco . E la t ambém é conhecida como fase de casulo. Dependendo do ambiente e da espécie, essa fase pode durar entre seis e doze dias. Pupa 11 � https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabanidae CICLO BIOLÓGICO A mutuca adulta emergirá das pupas quando a fase estiver completa. Essa fase geralmente ocorre no final do verão. As mutucas adultas são boas voadoras e partem imediatamente à procura de alimento e de um parceiro. Enquanto as fêmeas procuram por uma refeição de sangue, que por sua vez, possuem picada cortante e dolorosa, os machos se alimentam de néctar e de secreções das plantas. Adulto 12 � https://agro20.com.br/mutuca/ CICLO BIOLÓGICO 13 � https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabanidae CICLO BIOLÓGICO ● Holometábolo; ● Botam centenas de ovos em lotes após repasto sanguíneo; ● Cópula inicia no ar e termina no chão; ● Macho morre após a cópula; ● Fêmea vive por até 2 meses; ● Ciclo completo dura cerca de 4 meses; ● Larvas (até 8 estágios) → Lodo. Se alimentam de invertebrados ou larvas menores → 10 a 11 semanas; ● Pupa → 1 a 3 semanas. 14 � IMPORTANCIA VETERINÁRIA ● Vetores mecânicos de vírus, bactérias e helmintos ● Ferida aberta ○ Invasão bacteriana e miíases (família Tabanidae não são produtoras de miíase) ● Picada dolorosa ○ Ação irritativa e até alérgica (pelo conteúdo de sua saliva) em equinos e bovinos ● Durante a hematofagia das fêmeas gera desconforto, insônia e irritabilidade 15 � http://www.klimanaturali.org/2011/06/mutuca-tabanus- 1) Deve-se eliminar o habitat de criação de larvas (como terrenos mal drenados), pois os adultos permanecem em reg iões p róx imas a desenvo lv imen to das l a rva . 2) O controle químico, deve ser feito utilizando inseticida de contato, com efeito residual nos estábulos e nos animais. 3) Fitas escuras adesivas colocadas nos estábulos funcionam como armadilhas para capturar esses insetos. 16 CONTROLE � http://www.klimanaturali.org/2011/06/mutuca-tabanus- bovinus.html DIAGNÓSTICO MUTUCAS 17 As mutucas são parecidas com moscas, mas são maiores e robustas. Ela também se alimenta de sangue humano, durante a picada o inseto suga-o dolorosamente. Inicialmente, a pele fica vermelha e com uma pequena mancha, com o tempo a região fica inchada e com bastante coceira. 18 � DIAGNÓSTICO Os animais com pelagem mais escura são os preferidos pelas mutucas. Os objetos que se movem, especialmente os de cor escura são os preferidos para o ataque. http://www.klimanaturali.org/2011/06/mutuca-tabanus-bovinus.html https://forum.mundofotografico.com.br/ind ex.php/topic,109091.0.html 19 � DIAGNÓSTICO Mutucas Moscas 19https://portal.tribunadolitoral.com/2016/11/01/novembro-calor-e-butucas/https://forum.mundofotografico.com.br/index.php/topic,109091.0.html REFERÊNCIAS ABRAMOV, I. V.; GROBOV, O. F. Transmission ofthe agent of bovine anaplasmosis (Anaplasma marginale Theiler 1910) by Tabanidae. Preliminary communication. In: LEVINE, N. D. (Ed.). Natural nidality of diseases and questions of parasitology. Urbana: Univ. of Illinois Press, 1968. p. 158. BRAZILIAN NATIONAL GENOME PROJECT CONSORTIUM. The complete genome sequence of Chromobacterium violaceum reveals remarkable and exploitable bacterial adaptability. Proc. Natl. Acad. Sci, v. 100, n. 20, p. 11660-5, 2003. DOBY, J. M. Borrelia burgdorferi agent de la borreliose de Lyme et Tabanidae et Muscidade stomoxynae. Recherche negative chez plus de 200 diperes in Bretagne. Bull. Soc. Fr. Parasitol, n. 9, p. 119-32, 1991. EDWARDS, P. R.; EWING, W. H. 1986. Identification of enterobacteriaceae. 4th. ed. New York: Elsevier Science Publishing, 1986. 362 p. EUZEBY, J. P. Borrelia burgdorfei et la maladie de Lyme chez les animaux. Revue generale. Rev. Med. Vet., Tolouse, n. 140, p. 371-88, 1989. FOIL, L. D. Tabanids as vectors of disease agents. Parasitol. Today, n. 5, p. 88-96, 1989. GORAYEB, I. S. Tabanidae (Diptera) da Amazônia Oriental: Sazonalidade, Ataque e Estratificação Arbórea, 1985. 205 p. Tese (Doutorado) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Fundação Universidade do Amazonas, Manaus, 1985. GORAYEB, I. S. Tabanidae (Diptera) da Amazônia. XI - Sazonalidade das espécies da Amazônia oriental e correlação com fatores climáticos. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi, ser. Zool., Belém, v. 9, n. 1, p. 241-281, 1993. 20 �