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AUDITORIA, AVALIAÇÃO E FINANCIAMENTO DA SAÚDE Faculdade de Minas 2 Sumário INTRODUÇÃO................................................................................................. 4 O PAPEL DA AUDITORIA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE .................... 4 AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE .................................................................. 9 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE ................................................... 10 AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE ............................................ 15 O FINANCIAMENTO DA SAÚDE ANTES DO SUS (1988) ........................... 19 A SEGURIDADE SOCIAL E SEU ORÇAMENTO (OSS) ............................... 22 MUDANÇAS NA ORDEM FISCAL: A NOVA PARTILHA TRIBUTÁRIA E AS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS .................................................................................... 23 PLANO PLURIANUAL (PPA) E LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS .. 25 CONCLUSÃO ................................................................................................ 27 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 28 Motta ALC. Auditoria de enfermagem no processo de credenciamento. 1a ed. São Paulo: Iátria; 2003. ............................................................................................ 28 Faculdade de Minas 3 FACUMINAS A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. Faculdade de Minas 4 INTRODUÇÃO Discorrer criticamente sobre a auditoria frente ao Pacto de Gestão do SUS, além de fazer algumas abordagens sobre auditoria; apresentar as diretrizes estabelecidas pelo Pacto de Gestão da Saúde; discutir sobre o papel da auditoria frente ao Pacto de Gestão do SUS, ressaltando a sua possível contribuição na garantia de maior eficiência, eficácia, resolutividade e economicidade das agoes em Saúde Púbica. A auditoria como instrumento de gestão permitira dentro da visão do Pacto de Gestão avaliar o contexto de um sistema de saúde; avaliar a eficiência eficácia efetividade e economicidade das ações e serviços de saúde; prestar cooperação técnica em tempo real e propor medidas corretivas; servir de suporte ao Controle Social; subsidiar o Planejamento e o Monitoramento com informações validadas e confiáveis, sendo uma marcante contribuição para a saúde pública brasileira. O PAPEL DA AUDITORIA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE Esta definição proveniente do Latim, inevitavelmente sugere-nos que o profissional de auditoria, no exercício da profissão, deve mais ouvir do que falar. A profissão de auditoria, assim entendida a sua pratica, exige a obediência a Princípios éticos profissionais que, fundamentalmente, se apoiam em Independência, Integridade, Honestidade, Eficiência, Confidencialidade, Responsabilidade, Conhecimento técnico e educação. Faculdade de Minas 5 A maior e mais importante decisão de reforma da nova carta constitucional se verificou no setor da saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque “foi a Única das politicas sociais em que se reuniram condições institucionais para que se tomassem decisões em favor de uma reforma efetiva”, com relação ao seu conteúdo, natureza, importância e extensão das decisões tomadas (ARRETCHE Foi a partir da extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), em 1993 que a Lei 8.689/93, “cria o Sistema Nacional de Auditoria (SNA) e estabelece como competência o acompanhamento, a fiscalização, o controle e a avaliação técnico-cientifico, contábil, financeira e patrimonial das ações e serviços de saúde.” O SNA enquanto “sistema” deveria englobar as três esferas de governo - neste período de sua criação, esteve estagnado, demandando, portanto a edição de instrumentos de forma a avançar a sua consolidação e para que pudesse ser reconhecida sua importância. A partir da reestruturação do Ministério da Saúde (MS), a Portaria MS n°. 1069, de 19 de agosto de 1999, estabelece nova organização de atividades do SNA: “as de controle e avaliação ficam com a Secretaria de Assistência a Saúde, e as atividades de auditoria com o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), representados em todos os estados da federação e no Distrito Federal (DF)”. (httb://sna.saudeoov.br/historia.cfm, pesquisado em fev/2007). Conforme Eduardo, no início da década de 80, procurou-se consolidar o processo de expansão da cobertura assistencial iniciado na segunda metade dos Faculdade de Minas 6 anos 70, em atendimento às proposições formuladas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) na Conferência de Alma-Ata, que preconizava “Saúde para Todos no Ano 2000”, principalmente por meio da Atenção Primária à Saúde. De acordo com a Constituição da República do Brasil promulgada em 1988(3), no seu capítulo da Saúde, artigo 196, assegura que: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”. A Lei Orgânica da Saúde, 8.080 de setembro de 1990, regulamenta o SUS e dispõe sobre a capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência. Partindo do princípio de que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada e na mesma Lei (8.080) em seu Artigo 22, atribui que “Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do SUS quanto às condições de seu funcionamento”, faz-se necessário aprimorar e desenvolver a qualidade em qualquer setor do mercado de assistência à saúde. O setor saúde veio, durante os últimos anos, passando por profundas mudanças e reordenamento das ações do atendimento. O estabelecimento da universalidade do atendimento público, a definição da política de saúde baseada na economia da oferta, as questões do financiamento da atenção e as dificuldades em estabelecer controles e mecanismos adequados de regulação, determinaram o estilo da gestão do setor. Estes fatores explicam, em parte, a demora do setor saúde em incorporar as práticas de Garantia da Qualidade. Apesar de evidenciadas algumas iniciativas na aplicação de ferramentas de qualidade, o setor não firmou o conceito como um modelo gerencial. Faculdade de Minas 7 A globalização e o atual cenário político-financeiro do país acabaram por impulsionar o setor de saúde a procurar novas alternativas para a gestão, com foco na necessidade das organizações de saúde (tanto públicas como privadas) adaptar- se a um mercado que se vemtornando cada vez mais competitivo. A necessidade de garantir resultados positivos, mantendo clientes satisfeitos num mercado em permanente evolução, onde tecnologias similares estão cada vez mais acessíveis, requer mais que bons produtos e serviços, requer qualidade na forma de atuar Segundo Donabedian qualidade é o cumprimento de requisitos básicos de segurança e processos, garantindo a conformidade do atendimento. Segundo de Teboul, cientista francês, consultor de qualidade, “investir em qualidade é investir no conhecimento do processo, na prevenção, em know-how para obter um resultado sem erro”. Se observarmos, as instituições/empresas tendem à acomodação, aceitando falhas e concessões em termos de diminuição da qualidade de seus produtos e serviços, ou seja: a rotina, o costume faz com que as pessoas aceitem o erro. Em consequência, a melhor forma de iniciar a implantação da filosofia da qualidade é esquadrinhar a história institucional a fim de realizar um trabalho de fundo, a longo prazo e, como afirma o famoso provérbio: “Quem não aprende com o passado, com os erros do passado, está condenado a repeti-los”. Assim a “qualidade possibilitará a produtividade e preparará a flexibilidade”. A qualidade constitui hoje questão relevante no meio empresarial, na indústria e no contexto da Teoria da Administração; alguns autores já comentam Faculdade de Minas 8 sobre a Revolução da Qualidade, constituindo, assim, uma profunda mudança na teoria administrativa, colocando por terra uma série de preceitos, anteriormente estabelecidos no modelo de administração de origem Taylorista. O Código de Defesa do Consumidor, regulamentado pela Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, estabelece como direitos básicos do consumidor a proteção, saúde e segurança contra riscos decorrentes da prestação de serviços à saúde. Isso vem ao encontro da Lei 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde; em seu parágrafo 17, diz que as operadoras de serviços de saúde têm co-responsabilidade em relação à assistência fornecida aos seus usuários (respondem solidariamente pelos erros médicos e dos demais profissionais da assistência médica, bem como por condições inadequadas de atendimento pela rede prestadora de serviços); sendo assim, faz-se necessário conhecer a rede prestadora de serviços, qualificando-a tecnicamente e administrativamente. Existem vários pontos fundamentais discutidos nessa nova legislação, sendo que, além dessa co-responsabilidade, estabelece limites para o descredenciamento de hospitais, laboratórios e clínicas de saúde; logo, a operadora de saúde deve estar certa, em todos os aspectos (técnicos e administrativos), de quem participará da sua rede referendada. O conhecimento globalizado expôs as Instituições de Saúde, uma vez que os indivíduos são cada vez mais informados e passam a ter amplo poder de crítica e escolhas; com isso, traz o público a discussão sobre os riscos existentes, quando do não cumprimento de normas básicas de segurança, no atendimento em estabelecimentos de saúde. Os pacientes começam a identificar seus direitos e reivindicar por eles. O objetivo deste trabalho é enfatizar a importância da auditoria de avaliação da qualidade dos serviços de saúde dentro do processo de gestão das operadoras de planos de saúde. Faculdade de Minas 9 AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE O Brasil dispõe de 10 agências reguladoras, entre elas está a Agência Nacional de Saúde, mais conhecida como ANS. Segundo a Lei no 11.292, de 26 de abril de 2006, o conceito de agência reguladora é que todas regulam serviços públicos (concessões) ou privados; mercados essenciais e imperfeitos (monopólio natural, assimetria de informações) e tem por característica o poder regulador, dirigente com mandato não coincidente; aprovação pelo Senado, decisões colegiadas; diretrizes políticas e acompanhamento por Conselho Setorial específico e estrutura de direção diferenciada. Em 2000 a Lei no 9.961 criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar e definiu a sua finalidade, estrutura, atribuições, sua receita, a vinculação ao Ministério da Saúde e sua natureza. A lei foi alterada por Medidas Provisórias, sendo que a Lei no 11.292 veio para dar outras providências. A Agência Nacional de Saúde tem por finalidade institucional promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais – inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores – e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. Ela regula a cobertura assistencial e condições de acesso; condições de ingresso, operação e saída do setor; o preço de comercialização dos planos; fiscaliza diretamente e indiretamente a efetividade da regulação e faz a integração ao SUS (ressarcimento). Faculdade de Minas 10 Em 3 de junho de 1998 foi aprovada no Senado a Lei 9.656, que regula os planos e seguros privados de assistência à saúde; o foco inicial era a atividade econômica e assistência à saúde. O ano de 1999 foi o início da vigência dessa lei, sendo que os consumidores que adquiriram contratos antes da lei tiveram um período e a livre decisão em migrar e fazer as adaptações, principalmente financeiras que esse processo acarretou. Podendo destacar e comparar alguns pontos principais que essa lei regulamentou. A lei em seu artigo 8º impõe que todas as operadoras de planos de saúde devem ter a descrição pormenorizada das instalações, equipamentos e recursos humanos dos serviços de saúde sejam próprios ou terceirizados, oferecidos aos seus usuários, sendo ela coresponsável pela assistência prestada ao usuário; logo, a partir desse artigo, as grandes operadoras se atentaram para a necessidade de desenvolver o processo de auditoria de qualidade nos prestadores credenciados e a credenciar. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE É consenso que a preocupação com a qualidade na prestação de serviços de saúde não é recente; o crescente surgimento de novos procedimentos e tecnologias que se superam em períodos cada vez menores, requer qualidade. Faculdade de Minas 11 O conceito de Qualidade foi primeiramente associado à definição de conformidade às especificações. Posteriormente o conceito evoluiu para a visão de Satisfação do Cliente. Segundo a American Society for Quality Control “Qualidade é a totalidade de aspectos e características de um produto ou serviço que proporcionam a satisfação de necessidades declaradas e implícitas”. Sendo assim a implantação de Sistema de qualidade é enfocada como o início mais viável para projetos voltados à qualidade total, que representa a busca da satisfação não só do cliente, mas de todas as entidades significativas na existência e da excelência organizacional da empresa, proporcionando um posicionamento estratégico perante o mercado. Para Nogueira a qualidade deixou de ser um pré-requisito opcional, mas é um requisito obrigatório de sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. Em se tratando de serviços de saúde, podemos dizer que os critérios de qualidade dos processos hospitalares estão bem definidos, já alguns anos, os hospitais buscam selos de qualidade como forma de aprimorar seus processos e receber crédito mediante a população, em relação à qualidade dos serviços que oferece. De acordo com Zanon a primeira tentativa de avaliar objetivamente a assistência hospitalar foi feita em 1912 por Codman, um cirurgião de Boston, que pressupõe o conceito de que “a observação de tudo o que acontece durante e após o tratamento é a melhor maneira de avaliar a qualidade da assistência prestada”. Faculdade de Minas 12 Já naquela época, Codman colocava o cliente como principal foco de atenção dos profissionaisde saúde. Codman foi um dos precursores do movimento pela iniciativa de implantação de padrões para avaliação da qualidade nas instituições de saúde; em 1913 publicou uma obra intitulada “O produto dos hospitais”, sendo que o objetivo principal era a discussão da padronização das organizações por meio de avaliação por indicadores. Em 1917, o recém-criado Colégio Americano de Cirurgiões, baseando-se nessa ideia, desenvolveu o chamado Minimum Standard for Hospitals, com requisitos básicos para a avaliação de hospitais. De acordo com Mello e Camargo, no começo da implantação desses sistemas de acreditação dos hospitais americanos, as instituições trabalhavam com requisitos de padrão de qualidade mínimos (base Standards), pois todos os hospitais que recebiam pela seguridade social (Social Security), eram obrigados a ter os padrões propostos. Em 1972, o Congresso americano, por meio do Social Security Act, criou a Professional Standard Review Organization, com o objetivo de regulamentar a avaliação dos serviços de saúde. Foram criadas as unidades de auditoria e ampla rede de especialistas dedicados ao monitoramento desse processo. Em 1986 o Colégio Brasileiro de Cirurgiões inspirou-se no trabalho da Joint Comission on Acreditation of Health Care Organization (JCAHCO), dos Estados Unidos da América, que focava a exigência de métodos objetivos para verificação e documentação da qualidade nas organizações de saúde. Com a Constituição de 1988, que definiu saúde direito de todos e dever do Estado, criou-se a necessidade de desenvolver instrumentos gerenciais para avaliar a qualidade dos serviços prestados à população. As iniciativas de criar requisitos de avaliação da qualidade hospitalar no Brasil vêm ocorrendo desde 1990. A primeira entidade a estimular os hospitais a desenvolverem programas de qualidade foi a Associação Paulista de Medicina (APM), não necessariamente a buscarem o selo de Acreditação. Faculdade de Minas 13 Iniciaram com o Programa de Qualidade do Atendimento Médico Hospitalar – CQH, no Estado de São Paulo. Em 1992 a OPAS promoveu, em Brasília, o primeiro seminário relacionado à Acreditação e a proposta principal foi a introdução de um Manual de Acreditação para toda a América Latina. Em 1995 o Ministério da Saúde desenvolveu o Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde (PGAQS), definindo estratégias para o estabelecimento das diretrizes do programa. O grupo técnico do programa iniciou levantamento de Manuais de Acreditação utilizados no exterior - Estados Unidos, Canadá, Catalunha/Espanha, Inglaterra e outros. Foram definidas metas para implantação de um processo de certificação de hospitais identificado como Acreditação Hospitalar e, a partir do manual editado pela OPAS (Organização Pan-americana de Saúde) e das experiências estaduais, buscou-se estabelecer um consenso de opiniões para alcançar padrões de avaliação comuns a todos. No Brasil a introdução do programa de qualidade (Acreditação) ocorreu pela primeira vez em 1994, regulamentada pelo Ministério da Saúde e em 1997 foi implantado o Programa Nacional de Acreditação Hospitalar. Surge então, em 1998, o “Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar”. Em julho de 1999, foi criada e registrada a entidade que ficaria responsável pelo processo ONA (Organização Nacional de Acreditação), devido à necessidade da existência de um conjunto de regras, normas e procedimentos relacionados com um sistema de avaliação para a certificação dos serviços de saúde, iniciando-se a Faculdade de Minas 14 implantação das normas técnicas, o credenciamento de instituições acreditadoras, código de ética, qualificação e capacitação de avaliadores. Os selos de qualidade tanto a Acreditação Hospitalar (ONA) como a Joint Comission (JCAHO), Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH), entre outros, são métodos desenvolvidos para diagnosticar a assistência médico- hospitalar prestada e sistematizar os processos, visando a melhoria da qualidade na prestação de serviços. As exigências e normas a serem cumpridas são determinadas pelas instituições acreditadoras, que se baseiam em critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Vigilância Sanitária e normas de qualidade relacionadas aos recursos físicos, humanos, funcionamento, organização, segurança e práticas de excelência. Os selos de qualidade tanto a Acreditação Hospitalar (ONA) como a Joint Comission (JCAHO), Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH), entre outros, são métodos desenvolvidos para diagnosticar a assistência médico- hospitalar prestada e sistematizar os processos, visando a melhoria da qualidade na prestação de serviços. As exigências e normas a serem cumpridas são determinadas pelas instituições acreditadoras, que se baseiam em critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Vigilância Sanitária e normas de qualidade relacionadas aos recursos físicos, humanos, funcionamento, organização, segurança e práticas de excelência. Esse processo, até então, é voluntário, aqueles que o desejam sofrem uma mudança e aprimoramento geral para adequação de suas estruturas: área física, recursos humanos e equipamentos, para que se enquadrem nas condições estabelecidas por essas organizações. Faculdade de Minas 15 AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE Referendando o controle da qualidade e a busca da origem da auditoria, segundo Pereira e Takahashi, a auditoria na área da saúde aparece pela primeira vez em um trabalho realizado por um médico dos Estados Unidos em 1918, Dr. George Gray Ward; neste trabalho foi realizada a verificação da qualidade assistencial prestada ao paciente através de registros em prontuário. Segunda Mota diz que a auditoria trata da avaliação sistemática da qualidade da assistência prestada ao cliente, e hoje esse trabalho tomou grandes proporções no contexto dos hospitais e operadoras de planos de saúde; com isso é necessário que a prática, em qualquer ramo da auditoria, seja baseada em evidências por meio da formação de conceitos sólidos fundamentando a prática. Para Chiavenato a auditoria é um sistema de revisão de controle, para informar a administração sobre a eficiência e eficácia dos programas em desenvolvimento; sua função não é somente indicar os problemas e as falhas, mas, também, apontar sugestões e soluções, assumindo, portanto um caráter eminentemente educacional. Aquino considera auditoria como uma investigação profunda sobre o sistema, em seus aspectos qualitativos e não apenas rotineiros e burocráticos, podendo ser definida como um conjunto de técnicas analíticas destinadas a efetuar diagnósticos, prognósticos e recomendações. A auditoria pode ser desenvolvida em vários setores da saúde e por diferentes profissionais; destacam-se entre eles a auditoria médica, que segundo Faculdade de Minas 16 Loverdos “é a análise, à luz das boas práticas de assistência à saúde e do contrato entre as partes – paciente, médico, hospital e patrocinador do evento – dos procedimentos executados e conferindo os valores cobrados, para garantir que o pagamento seja justo e correto” e a auditoria de enfermagem, conceituada como tratar da avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem prestada ao cliente. Ambas essas auditorias dispõem de áreas específicas de atuação, sendo que a característica do serviço em saúde definirá o papel do auditor e lembrando que seus objetivos são sempre os mesmos, ou seja, garantir a qualidade no atendimento ao cliente, evitar desperdícios e auxiliar no controle dos custos. Em se tratando de operadoras de planos de saúde, as auditorias mais comuns dessas duas categorias profissionais são auditoria de contas, que é a análise do faturamento das cobranças efetuadas, análise de sinistros. Paternoentende como um conjunto de medidas através das quais peritos internos ou externos revisam as atividades operacionais de determinados setores de uma instituição, com a finalidade de medir a qualidade dos serviços prestados; auditoria de autorizações, que implica liberar procedimentos médico-hospitalares ou de diagnóstico conforme normas e requisitos técnicos e auditoria no setor de credenciamento, que consiste em avaliar os serviços credenciados e a credenciar de forma sistemática, auxiliando nas negociações contratuais, revisão e formulação de adendos. De acordo Mills define auditoria de avaliação como sendo: “Um exame sistemático e independente para determinar se as atividades da qualidade e respectivos resultados cumprem as providências planejadas e se estas providências são implementadas de maneira eficaz, e se são adequadas para atingir os objetivos”. Baseado na legislação já mencionada neste artigo (Lei 9.656), teve o interesse em mencionar a importância da auditoria de avaliação da qualidade dos serviços de saúde dentro do processo de gestão das operadoras de planos de saúde. Faculdade de Minas 17 Quanto a qualidade de atendimento prestado aos seus usuários, as operadoras de planos de saúde devem ter como meta o desenvolvimento de um programa de visitas de qualidade à rede credenciada, estabelecendo critérios de atuação e inspeção. A Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (FESP) em 2004 propôs em seu manual de auditoria interno uma nova configuração para o sistema básico de informação em saúde; o foco principal seria permitir o exercício contínuo da avaliação dos serviços de saúde, incorporando um conjunto mais complexo de indicadores, abrangendo os propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com mais alguns já consagrados na prática epidemiológica e na administrativa em geral. A proposta era obter um melhor nível de informação do prestador de serviços em relação à qualidade. Os principais itens propostos para avaliar são: estrutura física e organizacional, com foco no cumprimento das normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde; desses incluíam se os sistemas de informação e indicadores de produção de serviços, recursos humanos, sistema de referência contra-referência, recursos financeiros/custos, estoque de materiais e medicamentos de consumo em geral, qualidade e disponibilidade dos recursos de equipamentos médico-hospitalares e grau de satisfação dos usuários. A auditoria de avaliação dos serviços de saúde dentro das operadoras de planos de saúde, como já mencionado, está ligada ao setor de credenciamento em caráter de assessoria. Segundo Dallari, credenciamento “é o ato ou contrato formal pelo qual a administração pública confere a um particular, pessoa física ou jurídica, a prerrogativa de exercer certas atividades materiais ou técnicas, em caráter instrumental ou de colaboração com o poder público, a título oneroso, remuneradas diretamente pelos interessados, sendo que o resultado dos trabalhos executados desfruta de especial credibilidade, tendo o outorgante o poder/dever de exercer a Faculdade de Minas 18 fiscalização, podendo até mesmo extinguir a outorga assegurados os direitos e interesses patrimoniais do outorgado inocente e de boa fé”. Contratos, tabelas de preços e rede credenciada são as ferramentas que o auditor, de apoio do credenciamento, utiliza no dia a dia e é fruto do trabalho do credenciamento. Cabe ao setor manter atualizada a área de análise quanto a negociações, alterações contratuais, modificações de tabela, extensões de credenciamento, toda a mudança que gerar impacto na cobrança do prestador. Segundo Loverdos ao credenciamento interessa informações quanto à evolução da atividade de um prestador, seu crescimento ou oscilações relevantes. A partir desses dados pode ser ampliado ou reduzido o credenciamento em determinada área ou região, bem como revisões de credenciamento e novas visitas para reavaliação da qualidade do serviço dos prestadores. A avaliação prévia de recursos para o credenciamento tem como finalidade principal estabelecer uma rede adequada de prestadores, atendendo a população de usuários do ponto de vista quantitativo e qualitativo. Desta forma, não se restringe apenas ao momento da contratação, mas deve ter um caráter contínuo de monitoramento. Não cabe à auditoria de avaliação a decisão quanto a credenciar ou manter credenciado determinado serviço, porém seu parecer pode sinalizar a possibilidade Faculdade de Minas 19 do prestador não reunir as qualidades necessárias para o estabelecimento de parceria comercial. A avaliação é a dimensão básica de todo o processo de gerenciamento. Consiste no processo de análise e comparação dos objetivos propostos no planejamento e na organização com os resultados obtidos na operacionalização das atividades das ações de saúde. A avaliação e o controle em saúde constituem-se em instrumentos fundamentais de monitoramento das políticas de saúde, para redefinição dos objetivos da instituição, realocação dos recursos e readequação de suas ações. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para a avaliação em saúde seria necessário ter à disposição um número mínimo básico de indicadores para se conhecer os aspectos principais relativos à situação de saúde da população e da atuação desses serviços. Tais indicadores poderiam ser específicos, isto é, aqueles que refletissem as mudanças decorrentes da introdução de uma determinada medida de saúde, ou não específicas, como aqueles que se referissem a inúmeros fatores relacionados com o estado de saúde, como, por exemplo, devido aos desenvolvimentos socioeconômicos e sanitários, dentre outros. O FINANCIAMENTO DA SAÚDE ANTES DO SUS (1988) Faculdade de Minas 20 Até outubro de 1988, o sistema oficial de saúde disputava recursos, na esfera federal, em duas arenas distintas. Na primeira, situada na órbita previdenciária, a partição dos recursos entre as três áreas (benefícios previdenciários, assistência social e atenção médico- hospitalar) ocorria autonomamente: o orçamento do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas) não era apreciado pelo Congresso Nacional e, na prática, sua elaboração não sofria interferência do órgão orçamentário central. A maior parcela da receita do Sinpas era arrecadada pelo próprio Sistema, não se confundindo, portanto, com os recursos que compunham o orçamento fiscal. A contribuição da União para o Sinpas, retirada do orçamento fiscal, era relativamente pouco expressiva com tendência de queda. Entre 1971 e 1988, só em dois exercícios (1971 e 1984) correspondeu a mais de 10% da receita total do Sinpas. Os dois últimos anos desse período registraram as menores taxas (0,8% e 0,6%). Na segunda arena, a do orçamento fiscal, os programas a cargo do Ministério da Saúde concorriam com educação, justiça, transportes, defesa nacional, Faculdade de Minas 21 previdência do servidor público e outras responsabilidades da União, inclusive os Poderes Legislativo e Judiciário. Os dois orçamentos, fiscal e previdenciário, tiveram, historicamente, importância bastante distintas no financiamento do sistema de saúde. Entre 1980 e 1986, o Tesouro teve participação relativa crescente no gasto federal com saúde, aqui incluídos os dispêndios da assistência médico-hospitalar da Previdência Social, embora nunca tenham alcançado a 23% do total (Tabela 2). Em 1987, o dispêndio federal com serviços de saúde aproximou-se dos Cz$ 300 bilhões. Esse montante correspondia a 70% do gasto público total (três esferas de governo) no setor. Os recursos oriundos do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), por sua vez, oscilaram entre 85% e 76,9% do gasto federal totalcom saúde. A contribuição de empregados e empregadores sobre a folha de salário era a principal fonte dos recursos desse Fundo. A participação da União (receita de impostos), grosso modo correspondendo ao orçamento do MS, oscilou entre 12,9% e 22,7% do total (Tabela 2). (ANC) chegou ao seu final em outubro de 1988, de forma não inteiramente coincidente com o que vinha sendo formulado no âmbito do movimento sanitário, embora a ANC tenha incorporado o fundamental: os princípios que passaram a Faculdade de Minas 22 conformar a doutrina do Sistema Único de Saúde definidos na histórica VIII Conferência Nacional de Saúde (VIII CNS). As principais diferenças foram a criação da Seguridade Social e a rejeição da vinculação permanente de recursos para o setor proposta pela Comissão Nacional da Reforma Sanitária (CNRS). Outras inovações constitucionais importantes com repercussão no financiamento e planejamento da saúde foram as que ocorreram na ordem tributária, a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e o Plano Plurianual (PPA). A SEGURIDADE SOCIAL E SEU ORÇAMENTO (OSS) Definida como um “conjunto de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social” (CF, art. 194), a seguridade social não estava entre as intenções iniciais do legislador constituinte. As primeiras versões do projeto constitucional não cogitavam integrar as três áreas. Inúmeras propostas que, de alguma forma, subsidiaram esses anteprojetos, tanto as oriundas de grupos e entidades da sociedade civil (RODRIGUES NETO, 2003) como, em especial, as recomendações da VIII CNS (1986) e da CNRS (1987), propunham solução diametralmente oposta, ou seja, separar saúde das áreas de previdência e assistência social. Dessa forma, o sistema de saúde passaria a ser financiado com recursos tributários, enquanto as contribuições sociais custeariam somente pensões, aposentadorias e outras prestações de cunho previdenciário e assistencial (VIANNA, 1992). A Constituição de 1988 estabeleceu também que a lei anual de meios, aprovada pelo Congresso, passaria a compreender três orçamentos (CF, art. 195, § 2º): o fiscal, o de investimentos das estatais e o Orçamento da Seguridade Social (OSS). Faculdade de Minas 23 Até então, o Parlamento apreciava somente o orçamento fiscal. Este, durante o regime autoritário, como já mencionado, não podia ser alterado por emenda congressual. O orçamento do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas), justo onde estava a parcela mais expressiva dos recursos federais, mesmo antes de 1964, não era submetido à deliberação do Congresso. Somente após a Constituição de 1988, os recursos previdenciários passaram a ser apreciados pelo Legislativo, que também retomou a prerrogativa de emendar o orçamento. A criação do OSS parecia ter como desdobramento natural atribuir à Seguridade Social o recolhimento de todas as contribuições sociais e não apenas a proveniente da taxação sobre folha de salário, como já ocorria na previdência. Essa pretensão, que aumentaria, em escala sem precedentes, a autonomia da Seguridade Social, não prosperou. MUDANÇAS NA ORDEM FISCAL: A NOVA PARTILHA TRIBUTÁRIA E AS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS A nova Constituição brasileira reverteu o centralismo imposto pela reforma de 1976, ao instituir uma nova partilha tributária que favoreceu os entes subnacionais, principalmente os municípios, em detrimento da União. Em meados da década de 1970, mais de 68% da receita tributária disponível ficava com a União. Aos estados e municípios cabiam, respectivamente, 23,3% e Faculdade de Minas 24 8,6%. Em 1993, ao fim da implementação gradual da reforma, esses percentuais ficaram em 57,8 % (União), 26,4% (estados) e 15,8% (municípios) (ARAÚJO, 2006). Em outras palavras, enquanto a participação relativa da União caiu dez pontos percentuais, estados e municípios tiveram um incremento da ordem de 13,3% e 83,7%, respectivamente, na receita disponível. As “perdas” da União, entretanto, ficaram circunscritas ao campo dos tributos, Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados, que compõem o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), deixando incólume, sob plena governança federal, a receita, tão ou mais substancial, oriunda das Contribuições Sociais criadas pela nova Constituição. Por inúmeros fatores, as Contribuições Sociais constituem uma fonte bastante atraente para a União, vis a vis outros tributos. Primeiro, por sua magnitude, já que correspondem a mais da metade da receita tributária federal. Segundo, por não estarem sujeitas ao princípio da anualidade (CF Art. 150, III b), já que podem ser recolhidos noventa dias depois de sua criação (CF Art.195, § 6º). Terceiro, sua vinculação a uma causa nobre (área social) as torna mais palatáveis pela sociedade do que outros acréscimos fiscais sem destinação explícita ou para algum uso polêmico. Por tudo isso e também por terem base populacional mais ampla, sua arrecadação tem crescido mais do que a de outros tributos. Entre 1997 e 2007, Cofins e CPMF cresceram, respectivamente, 435,95% e 428,02%. Em contrapartida, o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados cresceram bem menos: 338% e 100,75%. Não são outras as razões para o governo federal preferir ampliar a carga tributária preferentemente através dessas fontes. Faculdade de Minas 25 Entretanto, com a extinção da CPMF, a partir de janeiro de 2008, o governo aumentou o percentual de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que cresceu 106,96% entre 1997 e 2007 e 159,67% de 2007 para 2008. preferentemente através dessas fontes. Entretanto, com a extinção da CPMF, a partir de janeiro de 2008, o governo aumentou o percentual de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que cresceu 106,96% entre 1997 e 2007 e 159,67% de 2007 para 2008. PLANO PLURIANUAL (PPA) E LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) O Orçamento Programa (OP) gerado pela Reforma Administrativa de 1967 (D. L. 200), o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), criados pela Constituição de 1988, são, possivelmente, as principais ferramentas introduzidas nas últimas seis décadas no campo das finanças públicas em geral e no do planejamento governamental, em particular. O OP, um avanço notável em transparência e racionalidade, ainda não é utilizado em toda a plenitude. Para tanto, seria necessária a implantação de sistema permanente de contabilidade de custos ainda não institucionalizado na administração pública brasileira. O governo ordena suas ações com a finalidade de atingir objetivos e metas por meio do Plano Plurianual. Este é um plano de médio prazo elaborado no primeiro ano de mandato do presidente eleito, para execução nos quatro anos seguintes, terminando, portanto, no primeiro ano do mandato do presidente seguinte. O PPA é instituído por lei, estabelecendo, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para aquelas referentes a programas de duração continuada. Faculdade de Minas 26 Os investimentos cuja execução seja levada a efeito por períodos superiores a um exercício financeiro só poderão ser iniciados se previamente incluídos no PPA ou se nele incorporados por autorização legal. A não observância desse preceito caracteriza crime de responsabilidade (Lei n. 8074/92). A Lei de Diretrizes Orçamentárias, por sua vez, tem por finalidade precípua orientar a elaboração dos três orçamentos previstos na Constituição: o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social (OSS) e o Orçamentode Investimentos das Empresas Estatais. A LDO busca sintonizar a Lei Orçamentária Anual (LOA) com as diretrizes, objetivos e metas fixados no PPA. Faculdade de Minas 27 CONCLUSÃO O desenvolvimento de sistemas de qualificação deve ser entendido como um primeiro passo das organizações no sentido de alcançarem maior eficiência e eficácia dos seus processos, visando à melhoria e a satisfação dos seus clientes. Dentro desta filosofia, a auditoria de avaliação dos serviços de saúde é um ótimo instrumento para as operadoras de planos de saúde avaliar a qualidade dos serviços oferecidos para os seus usuários, além de disponibilizar informações que instrumentalizarão o setor de credenciamento a realizar comparativos de qualidade e perfil dos prestadores, ganhando maior poder de negociação e auxiliando no encaminhamento da clientela, permitindo oferecer aos clientes um atendimento diferenciado e específico para a sua necessidade. O sucesso de qualquer organização depende diretamente da sua capacidade em mobilizar e organizar os meios e os recursos necessários que satisfaçam as exigências, as necessidades e as expectativas, em um processo mútuo de crescimento, resultando em qualidade e otimização dos serviços proporcionados pelos prestadores. “Quando se pode medir aquilo a respeito de que se está falando e expressá- lo em números obtém-se conhecimento; mas quando não se pode medir, quando não se pode expressar em números, o conhecimento que se tem é escasso e insatisfatório”. Faculdade de Minas 28 REFERÊNCIAS Dallari AA. Credenciamento. Revista eletrônica de direito do Estado. Salvador. Instituto de direito público da Bahia, n. 5, Jan/Fev/Mar 2006. http:www.direitodoestado.com.br (acessado em 08/08/2006). Lei n. 9961, de 28 de janeiro de 2000. Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS e dá outras providências. Diário Oficial da União 2000; Poder Executivo, 29 jan. American Society for Quality Control. Quality. http: //asqc.org/ (acessado em 07/07/2006). OPAS (Escritório Regional). Série Economia e Financiamento n. 1, 1990, 70 p. OMS. Informe sobre La Salud en el Mundo 2000 – Mejorar el desempeño de los sistemas de salud, 2000 Motta ALC. Auditoria de enfermagem no processo de credenciamento. 1a ed. São Paulo: Iátria; 2003. Mills CA. A Auditoria da Qualidade. São Paulo: Editora Makron Books; 1994. 27. Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (FESP). Manual de Auditoria Médica e Enfermagem. 2a edição; 1999 Chiavenato I. Administração: teoria, processo e prática. São Paulo: Editora Mc Graw-Hill; 1985; p. 381. 4. Loverdos A. Auditoria e análise de contas médico-hospitalares. 3a edição. São Paulo: Editora STS; 2003. Teboul J. Gerenciando a dinâmica da qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark/Fundação Dom Cabral, Rio de Janeiro; 1991. RODRIGUEz NETO, E. Saúde Promessas e limites da Constituição. Orgs. TEMPORÃO, J. G. & ESCOREL, S. Edd. Fiocruz, 2003, 260 p. Faculdade de Minas 29 VIANNA; PIOLA. Políticas e Prioridades do Sistema Único de Saúde SUS. Brasília, dez 1991 (não publicado) 138 p. VIANNA, S. M. A seguridade social, o sistema único de saúde e a partilha de recursos. Saúde e Sociedade, v. 1 n. 1, 1992, p. 43-59. VIANNA, S. M.; PIOLA, S. F.; GUERRA, A. J.; CAMARGO, S. F. O financiamento da descentralização dos serviços de saúde: critérios para transferências de recursos federais para estados e municípios (cols. Mandelli, MJ e Alvares da Silva, JA), nov.
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