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APOSTILA-POLITICA EM SAÚDE

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Prévia do material em texto

BASES FUNDAMENTAIS PARA
O EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM II
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
FICHA TÉCNICA 
 
Preparação de Conteúdo: 
Liliane Teodósio, Bruno Costa e Gessildo Barbosa 
 
Formatação e Normalização (ABNT): 
Ediane Souza 
 
Revisão Gramatical, Semântica e Estilística: 
Ediane Souza 
 
Capas: Aporte Comunicação 
 
Editoração e Revisão Técnica/Final: 
Ediane Souza 
 
Diagramação: 
Ediane Souza 
 
Impressão: 
Provisual Gráfica e Editora 
 
 
 
 
 
Avenida Conde da Boa Vista, 1209 
Soledade – Recife/PE – Brasil 
CEP: 50.060-000 
Telefone: (81) 4062-9222 
www.grautecnico.com.br 
 
 
Este material é exclusivo para uso do aluno Grau Técnico. 
Para dúvidas ou sugestões, envie-nos um e-mail: 
contato@grautecnico.com.br 
http://www.grautecnico.com.br/
mailto:contato@grautecnico.com.br
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
5 
REGULAMENTO INTERNO – VERSÃO 2020.11 
 
Caro(a) aluno(a), 
 
Seja bem-vindo(a)! Para que possamos desenvolver as atividades de formação técnica, com 
profissionalismo e excelência, se faz necessário o cumprimento de algumas normas, as quais 
estão descritas a seguir. 
 
1 MATRÍCULA 
1.1 O(a) aluno(a) deverá, no ato da matrícula, fazer a leitura do regulamento interno e do 
contrato de prestação de serviços com bastante atenção, para que possa conhecer seus 
direitos e deveres no decorrer do curso. 
 
2 DIAS/HORÁRIOS 
2.1 Turmas de segundas, quartas e sextas-feiras, nos turnos da manhã, tarde e noite. 
2.2 Turmas de terças e quintas-feiras, nos turnos da manhã, tarde e noite, e aos sábados, pela 
manhã e tarde. 
2.3 A pontualidade e a assiduidade, bem como a postura pessoal serão pontuadas como 
indicadores do processo de avaliação. 
Atenção: observe em seu contrato os dias e horários das aulas. 
 
3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
3.1 As atividades extraclasse (palestras, seminários, Visitas Pedagógicas Orientadas (VPOs) 
serão obrigatórias para o complemento da carga horária, sendo realizadas nos mesmos 
horários das aulas, em dias alternados ou de acordo com a disponibilidade da escola ou da 
empresa (no caso das VPOs). 
3.2 As visitas pedagógicas orientadas acontecerão de acordo com a disponibilidade da escola 
e das empresas parceiras. Cabe ao aluno interessado realizar o pagamento da taxa de 
transporte na secretaria, se houver. 
3.3 O uso do fardamento é obrigatório para todas as visitas e aulas práticas (dentro e fora da 
instituição). 
 
4 CERTIFICAÇÃO 
4.1 A frequência nas aulas deve ser igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) em 
cada disciplina. 
4.2 A média em cada disciplina deve ser igual ou superior a 7,0 (sete). 
4.3 O(a) aluno(a) que for reprovado(a) em alguma das disciplinas deverá pagar o valor de uma 
parcela para cursar novamente a disciplina, a fim de obter frequência e nota necessárias 
para a aprovação e para o recebimento do certificado. 
4.4 Estar com todas as parcelas pagas. 
4.5 Estar com toda documentação exigida pela Secretaria Estadual de Educação, conforme 
orientado no ato da matrícula. 
4.6 Solicitar, por escrito, a emissão do diploma. O prazo de entrega, após solicitação, será de 
até 60 (sessenta) dias. 
 
1 O regimento em vigor será sempre a última versão, informada no título deste documento. 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
6 
4.7 Os cursos que possuem estágio obrigatório terão os seus diplomas entregues após o 
cumprimento da carga horária total, incluindo estágio. 
 
5 REPOSIÇÃO DE AULA 
5.1 Em caso de falta justificada, o(a) aluno(a) terá o direito de realizar a aula ou atividade 
perdida em outra turma, de acordo com a disponibilidade da escola, sem custo adicional. 
5.2 A falta só poderá ser justificada perante atestado médico ou documento comprovando o 
motivo da ausência. 
5.3 Em caso de falta sem justificativa, o(a) aluno(a) poderá requerer na secretaria a reposição 
da aula ou atividade, efetuando o pagamento referente à taxa do serviço. 
5.4 Observa-se que a justificativa não anula a falta, apenas faz valer o direito de reposição da 
aula ou atividade. 
 
6 CONSERVAÇÃO 
6.1 No caso de danos ao espaço da escola ou a equipamentos pertencentes à mesma, o(a) 
aluno(a) ou seu representante legal será responsabilizado pelos gastos com o reparo, bem 
como, se necessário, submetido(a) às medidas disciplinares, quando for cabível. 
6.2 Ao término de cada aula, teórica ou prática, a sala ou laboratório utilizado deverá ser 
deixado organizado para a próxima turma. 
 
7 SAÚDE E BEM-ESTAR GERAL 
7.1 Não será permitida a utilização de aparelhos celulares ou fones de ouvido em salas de aula. 
7.2 Não será permitida a permanência de pessoas em salas de aula e dependências internas 
da escola, a não ser alunos, instrutores ou funcionários em seus respectivos horários. 
7.3 Não será permitida a entrada de alimentos ou bebidas nas salas de aula, laboratórios ou 
biblioteca. 
7.4 Deve-se manter a limpeza, organização e conservação da escola como um todo. Devem-
se utilizar os cestos de lixo disponibilizados em cada ambiente. 
7.5 A escola não se responsabilizará por perdas ou danos de pertences dos alunos. 
7.6 É obrigatório tratar os demais alunos, docentes e funcionários com respeito e civilidade, 
sob pena de aplicação de medida disciplinar de advertência, suspensão ou expulsão, a 
depender da gravidade da infração. 
7.7 Temos câmeras sendo utilizadas em toda a escola, a fim de proporcionar maior segurança 
aos nossos alunos. 
 
8 BIBLIOTECA/ACESSO À INTERNET 
8.1 A utilização da biblioteca será mediante agendamento com a coordenação pedagógica, 
fora do horário normal, com apresentação de documento para uso de livros. 
8.2 O uso desta sala é exclusivo para estudo e pesquisa, portanto, deverão ser mantidos o 
silêncio e a disciplina, para não interferir na concentração dos demais alunos. 
8.3 O uso dos computadores para pesquisa tem o tempo máximo de 30 minutos. 
8.4 Não é permitida a retirada de livros para empréstimo. 
 
9 AVALIAÇÃO 
9.1 As provas serão realizadas durante o turno em que o aluno estuda e sempre na última aula 
da disciplina, tendo a duração média de 01h30. 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
7 
9.2 O(a) aluno(a) que faltar à prova deverá comparecer à coordenação pedagógica da escola 
para requerer a avaliação em segunda chamada, agendar uma data para a realização desta, 
bem como efetuar o pagamento da taxa na secretaria. 
9.3 As provas de recuperação ou segunda chamada acontecem na última semana de cada mês, 
conforme informado pela coordenação, no site e nos quadros de avisos. 
 
10 CANCELAMENTO DO CONTRATO 
10.1 O cancelamento do contrato poderá ocorrer a qualquer momento, sob autorização da 
diretoria da escola, em caso de indisciplina por parte do(a) aluno(a). Quanto a sua defesa, 
caberá aos dispositivos legais vigentes. 
10.2 O cancelamento por parte do(a) aluno(a) deverá ser feito na coordenação da escola, 
mediante requerimento e pagamento da multa de cancelamento, conforme contrato de 
prestação de serviços. 
10.3 O(a) aluno(a) que cancelar e desejar retornar ao curso poderá reverter sua multa em 
pagamentos de parcelas, sendo o valor descontado das últimas parcelas restantes. 
10.4 Para o(a) aluno(a) retornar, deverá ser efetuado o pagamento do valor de uma parcela. 
10.5 O aluno que for cancelado por motivo de indisciplina não poderá voltar a estudar no Grau 
Técnico. 
 
11 PORTAL ACADÊMICO 
11.1 Todos os informativos, notas, oportunidades e materiais extras serão disponibilizados 
Portal Acadêmico, no Website do Grau Técnico. 
11.2 O acesso ao portal acadêmico é por meio do endereço eletrônico: 
www.grautecnico.com.br, no qual o(a) aluno(a) colocará o seu número de matrícula no 
campo ‘usuário’ e no campo referente à ‘senha’ colocará o número do CPF (11 dígitos, 
apenas números); 
11.3 Para a solicitação de declarações, deve-se respeitar o prazo de até 05 dias. 
 
12 TRANSFERÊNCIA DE TURMA/SALA/INSTRUTOR/UNIDADES 
12.1 A transferência de turma estará sujeita à disponibilidadede vagas nas turmas em 
andamento. 
12.2 A transferência de Unidade terá o valor de uma parcela com desconto. Para tanto, o(a) 
aluno(a) tem que estar com as parcelas em dia, bem como a transferência deverá estar 
condicionada à confirmação da unidade destino, conforme disposição nas turmas. 
12.3 O aluno (a) que requerer transferência de unidade sem nunca ter cursado na unidade de 
origem e desejar outro curso, ficará isento de multa na unidade de origem e adiantará 
uma parcela com desconto na unidade de destino, se adequando ao plano de pagamento 
deste. 
12.4 Para a otimização do espaço e aproveitamento das turmas, o Grau Técnico poderá mudar 
de sala durante o decorrer do curso, bem como unir duas ou mais turmas. 
12.5 Durante o decorrer do curso, pode haver mudança de instrutor. Tendo em vista que os 
nossos cursos seguem um plano de aula, os alunos não terão nenhum prejuízo em relação 
ao aprendizado. 
13 DIAS E HORÁRIOS DE RECEBIMENTO DA ESCOLA 
13.1 As parcelas do curso terão descontos de pontualidade, para os pagamentos efetuados 
até a data de vencimento. Para pagamentos após o vencimento, será cobrado o valor 
integral, mais multa acrescida de juros. 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
8 
13.2 O desconto de pontualidade só será válido para pagamentos em espécie. Para todo o tipo 
de cartão, a parcela será cobrada em valor integral. 
13.3 A solicitação de declarações, diploma e histórico escolar é gratuita para a primeira via. As 
emissões extras destes documentos devem ser feitas mediante o pagamento de taxa de 
serviços, cujo valor será informado na secretaria da escola. 
13.4 No ato da matrícula, será impresso o primeiro boleto relativo à mensalidade do curso. Os 
demais deverão ser impressos a partir do portal acadêmico, no site 
www.grautecnico.com.br, acessando-o com o login e senha do aluno, no item financeiro, 
no link ‘Impressão de Boletos’, ou solicitando a sua impressão na secretaria da escola. O 
pagamento do boleto poderá ser realizado em qualquer banco, por meio do internet 
banking ou caixa de pagamentos diversos. 
 
14 AGÊNCIA DE ENCAMINHAMENTO GRAU TÉCNICO 
14.1 Os alunos do Grau Técnico dispõem de uma Agência de Encaminhamento Profissional, 
que tem como objetivo realizar parceria com empresas para disponibilizar vagas de 
estágio e/ou emprego. Para participar, basta estar dentro do seguinte regulamento: 
apresentar nota igual ou superior a 7,0 (sete), ter frequência nas aulas igual ou superior 
a 75%, ter idade superior a 16 anos, ter concluído o primeiro módulo, estar em dia com 
as parcelas e participar de, no mínimo, 50% do ciclo de palestras disponibilizadas pela 
agência de encaminhamento. 
14.2 O compromisso de encaminhamento profissional não é garantia de emprego ou de 
estágio, visto que a decisão da contratação é da empresa contratante e não do Grau 
Técnico. 
14.3 Para os cursos de estágio não obrigatório, os alunos terão acesso às vagas disponíveis por 
meio da coordenação e por agências de integração entre empresa e escola. O estágio 
deverá ser feito fora do horário no qual o aluno esteja estudando. 
14.4 Para os cursos de estágio obrigatório, os alunos deverão seguir o planejamento, 
conforme orientado pela coordenação pedagógica. 
 
15 ENFERMAGEM/RADIOLOGIA/ANÁLISES CLÍNICAS 
15.1 O estágio é obrigatório para os cursos de Enfermagem e Radiologia, podendo ser 
realizado no decorrer ou ao final do curso, em qualquer turno (manhã, tarde e noite), 
ocorrendo de acordo com a disponibilidade das unidades de saúde, em dias e horários 
diferentes (hospitais, postos de saúde, clínicas, UPAs, etc.), ficando o aluno ciente que 
não há garantia quanto ao turno e local onde serão ministrado os estágios, podendo 
ocorrer, inclusive, dentro da região metropolitana ou em municípios circunvizinhos, haja 
vista que as vagas disponíveis dependem de terceiros (hospitais, clínicas, UPAs, etc.). 
15.2 Caso o aluno não conclua a disciplina do estágio, deverá realizar o pagamento de uma 
taxa referente a uma parcela, para poder refazer a disciplina. 
15.3 É vedado ao aluno exigir que sejam ministrados nos estágios conteúdo pedagógico 
diverso daquele que foi ofertado pela instituição responsável. 
15.4 O estágio para Análises Clínicas atenderá à regulamentação local vigente. 
15.5 Materiais imprescindíveis para as aulas práticas (laboratório) – sob total 
responsabilidade do aluno: 
▪ No caso de Enfermagem: jaleco, luvas de procedimento, luvas estéreis, seringas, agulhas, 
gazes, esparadrapo, máscaras, toucas, gorros, jelco calibre 22, scalp calibre 21 (verde), 
estetoscópio, tensiômetro, garrote, termômetro (digital). 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
9 
▪ No caso de Análises Clínicas: jaleco, luvas de procedimento, luvas estéreis, seringas, 
agulhas, gazes, esparadrapo, máscaras, toucas, gorros, jelco calibre 22, scalp calibre 21 
(verde), garrote. 
15.6 Materiais Necessários para os estágios curriculares: 
▪ No caso de Enfermagem: todo e qualquer material necessário às atividades práticas serão 
de responsabilidade do aluno e deverão ser entregues 
antecipadamente para garantia dos campos, tais como: jaleco, luvas de procedimento, 
máscaras, propés, toucas, gorros, capote descartável, toalhas de papel, sabão ou 
sabonete líquido, ou quaisquer outros materiais solicitados pela instituição de saúde. 
▪ No caso de Radiologia: o uso do jaleco pelo aluno é obrigatório (responsabilidade do 
aluno), bem como, estar munido do dosímetro (este dosímetro é disponibilizado pela 
escola, mas, em caso de perda, será de responsabilidade do aluno). 
 
16 ELETROTÉCNICA/ELETRÔNICA/INFORMÁTICA/MANUTENÇÃO E SUPORTE DE 
INFORMÁTICA/REDE DE COMPUTADORES 
16.1. Materiais imprescindíveis para as aulas práticas (laboratório) – sob total 
responsabilidade do aluno: 
▪ No caso de Eletrotécnica: chave de fenda (8x200mm), chave Philips (8x200mm), alicate 
de corte; alicate de bico; alicate universal; alicate desencador, chave teste e 1 rolo de fita 
isolante. 
▪ No caso de Eletrônica: protoboard 1x, resistores 5 de cada(100R,220R, 330R, 1k, 2k, 100k 
de 1/4W), capacitores 2 de cada(470uF, 10uF, 1uF, 1nF de 50V), jumpers 20 macho-
macho, Leds 3x (alta potência: verde, amarelo, vermelho e baixa potência: verde, 
amarelo, vermelho), Botão 3 pushbutton, diodo silício 5x 1N14007, multímetro 1x e 
potenciômetro 2 de cada (10k, 100k). 
▪ No caso de Informática, Manutenção e Suporte de Informática e Rede de Computadores: 
1 chave Phillips nº2, 1 alicate de crimpagem, 20 conectores RJ-45, 1 multímetro digital, 
10 DVDs virgens e 1 pen drive. 
 
Ciente e de acordo. 
 
_____________________________________________ 
Aluno(a)/Responsável 
 
 
Para sugestões e informações, enviar e-mail para: contato@grautecnico.com.br 
 
SEJA BEM-VINDO(A)! 
 
Atenciosamente, 
A Direção. 
 
 
mailto:contato@grautecnico.com.br
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
10 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11 
 
2 OBJETIVO DO CURSO................................................................................................. 11 
 
3 TÉCNICO EM ENFERMAGEM - MÓDULO 2 ................................................................ 13 
 
4 POLÍTICAS DE SAÚDE ................................................................................................. 17 
 
5 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL.................................................................................... 53 
 
6 SAÚDE DO TRABALHADOR ....................................................................................... 79 
 
7 INFORMÁTICA BÁSICA ............................................................................................ 117 
 
8 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM ........................................................................ 221 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
11 
1 INTRODUÇÃO 
 
O avanço tecnológico é inevitável. No mundo todo, ele vemquebrando fronteiras 
econômicas, sociais e culturais, trazendo consigo toda uma facilidade no acesso à informação, à 
liberdade de expressão e à inclusão social. Ao mesmo tempo, também se lida com certa 
desintegração dos valores humanos, com o consumo desenfreado, a marginalização social e a 
agressão ao meio ambiente. 
 
É necessário despertar o ser humano para a importância do conhecimento técnico e suas 
consequências. Também é preciso conscientizá-lo para a solidariedade, o respeito a si mesmo e ao 
outro e o trabalho em equipe. 
 
A atuação do Grau Técnico, portanto, é abrir caminho para oportunidades que beneficiem 
tanto o indivíduo, quanto o coletivo. É orientar para a realização profissional e inserção social, por 
meio de uma educação estimuladora e operadora de inovações na sociedade. 
 
2 OBJETIVO DO CURSO 
 
Este curso tem como objetivo formar profissionais técnicos em Enfermagem, capazes de 
desenvolver assistência integral, pautados pelos princípios da ética, da qualidade, humanização, 
desenvolvendo assistência em enfermagem, baseada em competências e habilidades, atendendo 
ao contexto das ações de saúde e necessidades da clientela num mundo em mudanças. 
 
2.1 Objetivos Específicos 
 
a) Estimular o desenvolvimento de competências e habilidade dos alunos nos 
processos de assistência de enfermagem nos vários níveis de atenção à saúde; 
b) Destacar a qualidade e a humanização da assistência como foco prioritário das 
ações do cuidar; 
c) Enfatizar que o processo educacional converge para um modelo de vida 
sustentável, marcado pela qualidade e bem-estar dos clientes em todos os níveis da 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
12 
assistência; 
d) Atender ao cliente de forma holística, ética, inovando a prática educativa, com 
enfoque na liderança, trabalho em equipe, comunicação responsabilidade técnico-
científica; 
e) Estimular a consciência crítica, reflexiva, criativa para a solução de situações de 
conflito nas diversas atividades da vida pessoal e profissional; 
f) Enfatizar a responsabilidade profissional da educação continuada para atuação 
responsável da assistência. 
APROVEITE BEM O CURSO E TRANSFORME O CONHECIMENTO ADQUIRIDO NAS AULAS EM 
OPORTUNIDADES DE TRABALHO! 
 
Atenciosamente, 
 
Ruy Maurício Loureiro Porto Carreiro Filho 
Diretor Geral 
 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
13 
3 TÉCNICO EM ENFERMAGEM - MÓDULO 2 
 
Este segundo módulo do curso diz respeito às bases fundamentais para o exercício da 
Enfermagem. Nele serão desenvolvidas as Habilidades e Competências descritas a seguir. 
 
3.1 Competências e Habilidades 
 
a) Conhecer a evolução histórica da saúde pública no Brasil. 
b) Diferenciar os modelos de atenção à saúde que já vigoraram no Brasil e o modelo atual. 
c) Conhecer a origem do Sistema Único de Saúde e sua relação com a Constituição Federal. 
d) Conhecer a legislação que determina os princípios e diretrizes do SUS e o seu 
funcionamento. 
e) Reconhecer a organização do SUS em seus níveis de complexidade e competências das 
esferas governamentais. 
f) Identificar os organismos de gestão para a implementação da prática assistencial na 
perspectiva da coletividade. 
g) Compreender a relação homem, saúde, trabalho e meio ambiente; 
h) Conhecer as causas de morbidades mais prevalentes na área da saúde e a legislação em 
saúde do trabalhador; 
i) Conhecer as relações técnicas, econômicas, culturais e biopsicossociais que influenciam 
o mundo do trabalho e o meio ambiente; 
j) Compreender a forma de organização do processo de trabalho e a influência desta sobre 
o sofrimento, o adoecimento e a morte dos trabalhadores; 
k) Compreender as bases epidemiológicas da relação saúde, trabalho e meio ambiente; 
l) Identificar as situações de risco e agravos relacionadas ao trabalho; 
m) Identificar os fatores que influenciam a ergonomia. 
n) Valorizar o uso dos EPI’S como instrumentos de segurança e de proteção tanto individual 
como coletiva; 
o) Orientar a organização e implantação do Programa de Controle da Infecção Hospitalar. 
p) Conhecer as finalidades, estrutura e funcionamento da comissão de controle de infecção 
hospitalar. 
q) Identificar fontes de infecção hospitalar relacionadas a artigos, meio ambiente, paciente 
e equipe de saúde. 
r) Realizar atividades de limpeza, desinfecção e esterilização de materiais e equipamentos. 
s) Desenvolver eficazmente a técnica de lavagem das mãos. 
t) Realizar procedimentos de admissão do paciente, encaminhamento de exames e 
adoção de medidas para o tratamento. 
u) Executar assistência de enfermagem relacionado à higiene corporal, movimentação, 
sono e repouso, alimentação, hidratação, e eliminações renal e intestinal. 
v) Aferir sinais vitais, registrar e efetuar balanço hídrico com segurança. 
w) Executar banho no leito, colocar oxigênio, realizar nebulização, colocar sonda vesical, 
coletar material para exames. 
x) Executar crioterapia e termoterapia. 
y) Preparar e administrar medicamentos em várias vias de administração. 
z) Conhecer as partes de um prontuário e reconhecer do ponto de vista ético, 
administrativo e legal, a importância de realizar os registros das atividades 
corretamente. 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
14 
aa) Identificar os sistemas de informação utilizados na assistência de enfermagem. 
bb) Conhecer e desenvolver habilidades em relação aos fundamentos básicos da 
sistematização da assistência de enfermagem. 
cc) Efetuar o preparo do corpo após a morte com os princípios da ética da ciência. 
 
Bom estudo! 
POLÍTICAS DE SAÚDE
 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
17 
4 POLÍTICAS DE SAÚDE 
 
Esta disciplina tem por objetivo oferecer elementos que facilitem a análise de políticas de 
formação para o trabalho em saúde a partir de uma perspectiva histórica e crítica do Sistema Único 
de Saúde e seus modos de formulação e dedução de políticas de saúde no Brasil. 
 
4.1 História das Políticas de Saúde no Brasil 
 
Conforme Polignano (2005) a crise do sistema de saúde no Brasil se evidencia em fatos 
amplamente conhecidos e divulgados pela mídia, como: 
 
▪ Filas frequentes de pacientes nos postos de saúde; 
▪ Falta de leitos hospitalares para atender a demanda da população; 
▪ Escassez de recursos financeiros, materiais e humanos para manter os serviços de saúde 
operando com eficácia e eficiência; 
▪ Atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde para os serviços conveniados; 
▪ Baixos valores pagos pelo SUS aos diversos procedimentos médico-hospitalares; 
▪ Aumento de incidência e o ressurgimento de diversas doenças transmissíveis; 
▪ Denúncias de abusos cometidos pelos planos privados e pelos seguros de saúde. 
 
Para que possamos analisar o contexto atual é necessário conhecer os determinantes 
históricos envolvidos neste processo. Assim como somos frutos do nosso passado e da nossa 
história, o setor da saúde também sofreu as influências de todo o contexto político-social pelo qual 
o Brasil passou ao longo do tempo (POLIGNANO, 2005). 
 
▪ Evolução Histórica: 1500 até Primeiro Reinado: 
 
A vinda da família real ao Brasil criou a necessidade da construção de uma estrutura 
sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro. Até 
1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte contexto: 
 
▪ Delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais; 
▪ Controle de navios e saúde dos portos. 
 
O interesse primordial estava restrito ao estabelecimento de um controle sanitário mínimo 
da capital do império, tendência que se alongou por quase um século. O fato de não existir uma 
assistência médica estruturada fez com que proliferassem pelo país os Boticários (farmacêuticos). 
Aos boticários seriam atribuídas as manipulações das fórmulas prescritas pelos médicos, mas a 
verdade é que eles próprios tomavam a iniciativa de indicá-los, fato comum até os dias de hoje 
(POLIGNANO, 2005). 
 
Em 1808,Dom João VI fundou na Bahia o Colégio Médico - Cirúrgico no Real Hospital Militar 
da Cidade de Salvador. No mês de novembro do mesmo ano foi criada a Escola de Cirurgia do Rio 
de Janeiro, anexa ao real Hospital Militar. 
 
 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
18 
▪ Início da República 1889 até 1930: 
 
De acordo com o autor supracitado, com a Proclamação da República, foi estabelecida uma 
forma de organização Jurídico-Política típica do estado capitalista. No entanto, essa nova forma de 
organização do aparelho estatal assegurou apenas as condições formais da representação burguesa 
clássica, especialmente a adoção do voto direto pelo sufrágio universal. 
 
Os programas partidários nunca chegaram a se configurar numa perspectiva de âmbito 
nacional, das dezenove organizações políticas que atuaram até o movimento de 1930, nenhuma 
excedeu a disciplina imposta pela defesa de interesses regionais, embora pudessem compor, 
eventualmente, alianças que dominaram as práticas políticas até aquela data. 
 
No início desse século, a cidade do Rio de Janeiro apresentava um quadro sanitário caótico, 
caracterizado pela presença de diversas doenças graves que acometiam à população, como a 
varíola, a malária, a febre amarela, e posteriormente a peste (POLIGNANO, 2005). 
 
Rodrigues Alves, presidente do Brasil neste período, nomeou Oswaldo Cruz, como Diretor 
do Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre amarela 
na cidade do Rio de Janeiro. 
 
Foi criado então um verdadeiro exército de 1.500 pessoas que passaram a exercer 
atividades de desinfecção no combate ao mosquito, vetor da febre-amarela. A falta de 
esclarecimentos e as arbitrariedades cometidas pelos “guarda - sanitários” causaram revolta na 
população. Este modelo de intervenção ficou conhecido como campanhista, e foi concebido dentro 
de uma visão militar em que os fins justificam os meios, e no qual o uso da força e da autoridade 
eram considerados os instrumentos preferenciais de ação (POLIGNANO, 2005). 
 
A população, com receio das medidas de desinfecção, trabalho realizado pelo serviço 
sanitário municipal, revoltou-se tanto que, certa vez, o próprio presidente Rodrigues Alves chamou 
Oswaldo Cruz ao Palácio do Catete, pedindo-lhe para, apesar de acreditar no acerto da estratégia 
do sanitarista, não continuar queimando os colchões e as roupas dos doentes (CAMAROTTO, 2014). 
 
A onda de insatisfação se agravou com outra medida de Oswaldo Cruz, a Lei Federal nº 
1261, de 31 de outubro de 1904, que instituiu a vacinação contra a varíola obrigatória em todo o 
território nacional. Surgiu, então, um grande movimento popular de revolta que ficou conhecido na 
história como a Revolta da Vacina. 
 
Neste período Oswaldo Cruz procurou organizar a diretoria geral de saúde pública, criando 
uma seção demográfica, um laboratório bacteriológico, um serviço de engenharia sanitária e de 
profilaxia da febre amarela, a inspetoria de isolamento e desinfecção, e o instituto soroterápico 
federal, posteriormente transformado no Instituto Oswaldo Cruz. 
 
Na reforma promovida por Oswaldo Cruz foram incorporados como elementos das ações 
de saúde: 
 
▪ O registro demográfico, possibilitando conhecer a composição e os fatos vitais de 
importância da população; 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
19 
▪ A introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico; 
▪ A fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa. 
 
Em 1920, Carlos Chagas, sucessor de Oswaldo Cruz, reestruturou o Departamento Nacional 
de Saúde, então ligado ao Ministério da Justiça e introduziu a propaganda e a educação sanitária na 
técnica rotineira de ação, inovando o modelo campanhista de Oswaldo Cruz que era puramente 
fiscal e policial. 
 
Criaram-se órgãos especializados na luta contra a tuberculose, a lepra e as doenças 
venéreas. A assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial se destacaram como problemas 
individualizados. Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados, além do Rio de 
Janeiro e criou-se a Escola de Enfermagem Anna Nery (POLIGNANO, 2005). 
 
Desde o final do século XIX até o início dos anos 60, predominou o modelo do sanitarismo 
campanhista (MENDES, 1992 apud POLIGNANO, p.6, 2005). 
 
Gradativamente, com o controle das epidemias nas grandes cidades brasileiras o modelo 
campanhista deslocou a sua ação para o campo e para o combate das denominadas endemias rurais, 
considerando que a agricultura era a atividade predominante na época. Este modelo de atuação foi 
amplamente utilizado pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) no combate 
a diversas endemias (Chagas, Esquistossomose e outras), sendo esta posteriormente incorporada à 
Fundação Nacional de Saúde. 
 
▪ O Nascimento da Previdência Social no Brasil: 
 
No início do século XX a economia brasileira era basicamente agroexportadora, assentada 
na monocultura do café. Os imigrantes, especialmente os italianos traziam consigo a história do 
movimento operário na Europa e dos direitos trabalhistas que já tinham sido conquistados pelos 
trabalhadores europeus, e desta forma procurou mobilizar e organizar a classe operária no Brasil na 
luta pela conquista dos seus direitos (POSSAS, 1981). 
 
Em função das péssimas condições de trabalho existentes e da falta de garantias de direitos 
trabalhistas, o movimento operário organizou e realizou duas greves gerais no país, uma em 1917 e 
outra em 1919. 
 
Em 24 de janeiro de 1923, foi aprovada pelo Congresso Nacional a Lei Eloi Chaves, marco 
inicial da previdência social no Brasil. Através desta lei foram instituídas as Caixas de Aposentadoria 
e Pensão (CAP). 
 
Em relação a esta lei, devem ser feitas as seguintes considerações: 
 
▪ A lei deveria ser aplicada somente ao operariado urbano. Para que fosse aprovado no 
Congresso Nacional, dominado na sua maioria pela oligarquia rural, foi imposta a 
condição de que este benefício não seria estendido aos trabalhadores rurais. Fato que na 
história da previdência social do Brasil perdurou até a década de 60, quando foi criado o 
Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural). 
▪ As caixas deveriam ser organizadas por empresas e não por categorias profissionais. 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
20 
▪ A criação de uma CAP também não era automática, dependia do poder de mobilização e 
organização dos trabalhadores de determinada empresa para reivindicar a sua criação. 
 
A primeira CAP criada foi a dos ferroviários, o que pode ser explicado pela importância que 
este setor desempenhava na economia do país naquela época e pela capacidade de mobilização 
que a categoria dos ferroviários possuía. 
 
A comissão que administrava a CAP era composta por três representantes da empresa, um 
dos quais assumindo a presidência da comissão, e de dois representantes dos empregados, eleitos 
diretamente a cada três anos. 
 
O regime de representação direta das partes interessadas, com a participação de 
representantes de empregados e empregadores, permaneceu até a criação do Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS) (1967), quando foram afastados do processo administrativo (POSSAS, 
1981). 
 
O Estado não participava propriamente do custeio das Caixas, que de acordo com o 
determinado pelo artigo 3º da lei Eloy Chaves, eram mantidas por: empregados das empresas (3% 
dos respectivos vencimentos); empresas (1% da renda bruta); e consumidores dos serviços das 
mesmas (OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1989). 
 
No sistema das Caixas estabelecido pela lei Eloy Chaves, as próprias empresas deveriam 
recolher mensalmente o conjunto das contribuições das três fontes de receita, e depositar 
diretamente na conta bancária da sua CAP (OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1989). 
 
Além das aposentadorias e pensões, os fundos proviam os serviços funerários, médicos, 
conforme explicitado no artigo 9º da Lei Eloy Chaves: 
 
▪ Socorro médico em caso de doençaem sua pessoa ou pessoa de sua família, que 
morassem sob o mesmo teto e sob a mesma economia; 
▪ Medicamentos obtidos por preço especial determinado pelo Conselho de Administração; 
▪ Pagamentos das aposentadorias; 
▪ Pensão para os herdeiros em caso de morte. 
 
Entre 1922 a 1930, sucederam-se crises econômicas e políticas em que se conjugaram 
fatores de ordem interna e externa, e que tiveram como efeito a diminuição do poder das 
oligarquias agrárias. Em particular, atuaram no Brasil as crises internacionais de 1922 a 1929, 
tornando mais agudas as contradições e instalações contra a política dos governadores (STIVAL; 
STIVAL, 2017). 
 
Em 1939 regulamentou-se a justiça do trabalho e em 1943 foi homologada a Consolidação 
das Leis Trabalhistas (CLT). 
 
Foram promulgadas as leis trabalhistas, que procuraram estabelecer um contrato capital-
trabalho, garantindo direitos sociais ao trabalhador, ao mesmo tempo, surgiu a estrutura sindical 
do estado. Estas ações transpareceram como dádivas do governo e do estado, e não como conquista 
dos trabalhadores. O fundamento dessas ações era manter o movimento trabalhista contido dentro 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
21 
das forças do estado. 
 
▪ A Previdência Social no Estado Novo: 
 
As antigas CAPs são substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP), nestes 
institutos os trabalhadores eram organizados por categoria profissional (marítimos, comerciários, 
bancários) e não por empresa (BRASIL, 1933). 
 
Em 1933, foi criado o primeiro Instituto de Aposentadoria e Pensões: o dos Marítimos 
(IAPM). Seu decreto de constituição definia, no artigo 46, os benefícios assegurados aos associados: 
 
▪ Pagamentos das aposentadorias; 
▪ Pensão em caso de morte. Para os membros de suas famílias ou para os beneficiários, na 
forma presente no artigo 55; 
▪ Assistência médica e hospitalar, com internação até trinta dias; 
▪ Socorros farmacêuticos, mediante indenização pelo preço do custo acrescido das 
despesas de administração. 
 
§2° - O custeio dos socorros mencionados na alínea c não deverá exceder à importância 
correspondente ao total de 8%, da receita anual do Instituto, apurada no exercício anterior, sujeita 
a respectiva verba à aprovação do Conselho Nacional do Trabalho (BRASIL, 1933). 
 
Os IAPs foram criados de acordo com a capacidade de organização, mobilização e 
importância da categoria profissional em questão. Em 1933 foi criado o primeiro instituto, o de 
Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), em 1934 o dos Comerciários (IAPC) e dos Bancários 
(IAPB), em 1936 o dos Industriários (IAPI), e em 1938 o dos Estivadores e Transportadores de Cargas 
(Iapetel). 
 
Em 1949 foi criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (Samdu) 
mantido por todos os institutos e as caixas ainda remanescentes. 
 
▪ A Lei Orgânica da Previdência Social e o Processo de Unificação dos IAPS: 
 
O processo de unificação dos IAPs já vinha sendo programado desde 1941 e sofreu em todo 
este período grandes resistências, pelas radicais transformações que implicava. Após longa 
tramitação, a Lei Orgânica de Previdência Social só foi finalmente sancionada em 1960, 
acompanhada de intenso debate político a nível legislativo em que os representantes das classes 
trabalhadoras se recusavam à unificação, uma vez que isto representava o abandono de muitos 
direitos conquistados, além de se constituírem os IAPs naquela época em importantes feudos 
políticos e eleitorais (VOLTOLINI, 2004). 
 
Finalmente em 1960 foi promulgada a lei 3.807, nomeada Lei Orgânica da Previdência 
Social, que veio estabelecer a unificação do regime geral da previdência social, destinado a abranger 
todos os trabalhadores sujeitos ao regime da CLT, excluídos os trabalhadores rurais, os empregados 
domésticos e naturalmente os servidores públicos e de autarquias e que tivessem regimes próprios 
de previdência (OLIVEIRA; TEIXEIRA, 1989). 
 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
22 
Os trabalhadores rurais só viriam a ser incorporados ao sistema três anos mais tarde, 
quando foi promulgada a lei 4.214 de 2/3/63 que instituiu o Fundo de Assistência ao Trabalhador 
Rural (Funrural). 
 
A lei previa uma contribuição tríplice com a participação do empregado, empregador e a 
União. O governo federal nunca cumpriu a sua parte, o que evidentemente comprometeu 
seriamente a estabilidade do sistema (POSSAS 1981). 
 
▪ O Movimento de 1964 e suas consequências: 
 
O movimento de 64 contava com suportes políticos extremamente fortes, a maioria dos 
burgueses defendia a internacionalização da economia e das finanças brasileiras, ampliando o 
processo que era ainda complicado, segundo os capitalistas, pela proposta populista de 
fortalecimento das empresas estatais e de economia mista do governo João Goulart. 
 
Criaram-se atos institucionais, principalmente o de AI5 de 1968, que limitavam as 
liberdades individuais e constitucionais. O regime militar que se instalou a partir de 1964, de caráter 
ditatorial e repressivo, procurou utilizar-se das forças policiais e do exército e dos atos de exceção 
para impor ordem (POLIGNANO, 2005). 
 
▪ Ações do Regime Militar na Previdência Social: 
 
A repressão militar seria incapaz de justificar por um longo tempo um governo ditatorial. O 
processo de unificação previsto em 1960, se efetivou em 2 de janeiro de 1967, com a implantação 
do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), reunindo os seis Institutos de Aposentadorias e 
Pensões, o Serviço de Assistência Médica e Domiciliar de Urgência (Samdu) e a Superintendência 
dos Serviços de Reabilitação da Previdência Social. 
 
O INPS, produto da fusão dos IAPs, sofre a forte influência dos técnicos oriundos do maior 
deles, o IAPI. Estes técnicos, que passam a história conhecidos como “os cardeais do IAPI”, de 
tendências absolutamente privatizantes criam as condições institucionais necessárias ao 
desenvolvimento do “complexo médico-industrial”, característica marcante deste período (NICZ, 
1982). 
 
Ao unificar o sistema previdenciário, o governo militar se viu na obrigação de incorporar os 
benefícios já instituídos fora das aposentadorias e pensões, um destes era a de assistência médica, 
que já era oferecido pelos vários IAPs, sendo que alguns destes já possuíam serviços e hospitais 
próprios (VOLTOLINI, 2004). 
 
Conforme a autora supracitada, foram estabelecidos convênios e contratos com a maioria 
dos médicos e hospitais existentes no país, pagando-se pelos serviços produzidos (pró-labore), o 
que propiciou a estes grupos se capitalizar, provocando um efeito cascata com o aumento no 
consumo de medicamentos e de equipamentos médico-hospitalares, formando um complexo 
sistema médico-industrial. 
 
Este sistema foi se tornando cada vez mais complexo tanto do ponto de vista administrativo 
quanto financeiro dentro da estrutura do INPS, que acabou levando a criação de uma estrutura 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
23 
própria administrativa, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) 
em 1978. 
 
Em 1974 o sistema previdenciário saiu da área do Ministério do Trabalho, para se 
consolidar como um ministério próprio, o Ministério da Previdência e Assistência Social. 
 
Juntamente com este Ministério foi criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social 
(FAS), a criação deste fundo proporcionou a remodelação e ampliação dos hospitais da rede privada, 
através de empréstimos com juros subsidiados. A existência de recursos para investimento e a 
criação de um mercado cativo de atenção médica para os prestadores privados levou a um 
crescimento próximo de 500% no número de leitos hospitalares privados no período 69/84, de tal 
forma que subiram de 74.543 em 1969 para 348.255 em 1984 (CUNHA; CUNHA, 2018). 
 
▪ Ações de Saúde Pública no Regime Militar: 
 
O Decreto Lei 200 (1967), estabeleceu as competências do Ministério da Saúde: 
 
▪ Formulação e coordenação da política nacional de saúde;▪ Responsabilidade pelas atividades médicas ambulatoriais e ações preventivas em geral; 
▪ Controle de drogas e medicamentos e alimentos; pesquisa médico-sanitário. 
 
Em 1970 criou-se a Superintendência de Campanhas da Saúde Pública (Sucam) com a 
atribuição de executar as atividades de erradicação e controle de endemias, sucedendo o 
Departamento Nacional de Endemias Rurais (Deneru) e a campanha de erradicação da malária. 
 
Em 1975 foi instituído no papel o Sistema Nacional de Saúde, que estabelecia de forma 
sistemática o campo de ação na área de saúde, dos setores públicos e privados, para o 
desenvolvimento das atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. O documento 
reconhece e oficializa a dicotomia da questão da saúde, afirmando que a medicina curativa seria de 
competência do Ministério da Previdência, e a medicina preventiva de responsabilidade do 
Ministério da Saúde (POLIGNANO, 2005). 
 
Tendo como referência as recomendações internacionais e a necessidade de expandir 
cobertura, em 1976 inicia-se o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento 
(Piass). Concebido na secretaria de planejamento da presidência da república, o Piass se configura 
como o primeiro programa de medicina simplificada do nível Federal e vai permitir a entrada de 
técnicos provenientes do movimento sanitário no interior do aparelho de estado. O programa é 
estendido a todo o território nacional, o que resultou numa grande expansão da rede ambulatorial 
pública. 
 
▪ A Crise econômica e social de 1975: 
 
A população com baixos salários, contidos pela política econômica e pela repressão, passou 
a conviver com o desemprego e as suas graves consequências sociais, como aumento da 
marginalidade, das favelas, da mortalidade infantil. O modelo de saúde previdenciário começa a 
mostrar as suas mazelas: 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
24 
▪ Por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os 
principais problemas de saúde coletiva, como as endemias, as epidemias, e os 
indicadores de saúde (mortalidade infantil, por exemplo); 
▪ Aumentos constantes dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médico-
hospitalar de complexidade crescente; 
▪ Diminuição do crescimento econômico com a respectiva repercussão na arrecadação do 
sistema previdenciário reduzindo as suas receitas; 
▪ Incapacidade do sistema em atender a uma população cada vez maior de marginalizados, 
que sem carteira assinada e contribuição previdenciária, se viam excluídos do sistema; 
▪ Desvios das verbas do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros setores e 
para realização de obras por parte do governo federal; 
▪ O repasse de recursos do tesouro nacional para o sistema previdenciário pela união, não 
vinha acontecendo, visto ser este tripartite (empregador, empregado e união). 
 
Devido à escassez de recursos para a sua manutenção, ao aumento dos custos 
operacionais, e ao descrédito social em resolver a agenda da saúde nacional, o modelo proposto 
entrou em crise. 
 
Na tentativa de conter custos e combater fraudes, o governo criou em 1981 o Conselho 
Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (Conasp), ligado ao INAMPS. 
 
O Conasp passa a absorver, em postos de importância, alguns técnicos ligados ao 
movimento sanitário, o que dá início a ruptura, por dentro, da dominância dos anéis burocráticos 
previdenciários, e encontrou oposição da Federação Brasileira de Hospitais e de medicina de grupo, 
que viam nesta tentativa a perda da sua hegemonia dentro do sistema e a perda do seu status 
(LEITE, 1981). 
 
Em 1983 foi criado a AIS (Ações Integradas de Saúde), um projeto interministerial 
(Previdência-Saúde-Educação), visando um novo modelo assistencial que incorporava o setor 
público, procurando integrar ações curativo-preventivas e educativas ao mesmo tempo. Assim, a 
Previdência passa a comprar e pagar serviços prestados por estados, municípios, hospitais 
filantrópicos, públicos e universitários. 
 
Conforme Leite (1981) este período coincidiu com o movimento de transição democrática, 
com eleição direta para governadores e vitória esmagadora de oposição em quase todos os estados 
nas primeiras eleições democráticas deste período (1982). 
 
4.2 Reforma Sanitária Brasileira 
 
O movimento das DIRETAS JÁ (1985) e a eleição de Tancredo Neves, marcaram o fim do 
regime militar, gerando diversos movimentos sociais inclusive na área de saúde, que culminaram 
com a criação das associações dos secretários de saúde estaduais (Conass) ou municipais 
(Conasems), e com a grande mobilização nacional por ocasião da realização da VIII Conferência 
Nacional de Saúde (CONGRESSO NACIONAL, 1986), a qual lançou as bases da reforma sanitária e do 
Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), ou seja, a base de criação do Sistema Único de 
Saúde (SUS) que foi instituído pela Constituição Federal de 1988 (PAIVA; TEIXEIRA, 2014). 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
25 
▪ VIII Conferência Nacional de Saúde: 
 
O Relatório da VIII Conferência Nacional de Saúde já trouxe em seu texto a saúde como um 
direito de todo cidadão a ser garantido pelo Estado, esses fatos ocorreram concomitantemente com 
a eleição da Assembleia Nacional Constituinte em 1986 e a promulgação da nova Constituição em 
1988. 
 
▪ Artigos 196 a 198 da Constituição em 1988: 
 
A constituinte de 1988, no capítulo VIII da Ordem Social e na secção II referente à Saúde 
define no artigo 196 que: 
A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais 
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação (BRASIL, 2016, p.118). 
 
▪ O SUS é definido pelo artigo 198, a saber: 
 
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada, e constituem um sistema único, organizado de acordo com as 
seguintes diretrizes: 
Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais; 
Participação da comunidade. 
Parágrafo único - O sistema único de saúde será financiado, com recursos do 
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, além de outras fontes (BRASIL, 2016, p.119). 
 
O texto constitucional deixa claro que a concepção do SUS estava baseada na formulação 
de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando resgatar o 
compromisso do estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere à saúde coletiva, 
consolidando-o como um dos direitos da cidadania. Esta visão refletia o momento político porque 
passava a sociedade brasileira, recém-saída de uma ditadura militar onde a cidadania nunca foi um 
princípio de governo. Embalada pelo movimento das diretas já, a sociedade procurava garantir na 
nova constituição os direitos e os valores da democracia e da cidadania (CAMARGO, 2016). 
 
Apesar de o SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi 
regulamentado em 19 de setembro de 1990 através da Lei 8.080. 
 
4.3 Leis Orgânicas da Saúde: 8.080/90 e 8.142/90 
 
Em 1990 o Governo edita as Leis 8.080 e 8.142, conhecidas como Leis Orgânicas da Saúde. 
Destas, a primeira lei, define o modelo operacional do SUS, propondo a sua forma de organização 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
26 
e de funcionamento (CAMPOS; OLIVEIRA E TONON, 1998). 
 
 A saúde passa a ser definida de forma mais abrangente, presente no artigo 3° como se 
observa a seguir: 
 
A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a 
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais: 
os níveis de saúde da população expressam a organizaçãosocial e econômica do 
país (BRASIL, 1990). 
 
O SUS é concebido como o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e 
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das 
fundações mantidas pelo Poder Público; podendo a iniciativa privada participar do SUS em caráter 
complementar. 
 
▪ Princípios doutrinários do SUS: 
 
▪ Universalidade - o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, 
independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais ou 
pessoais; 
▪ Equidade - é um princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência à saúde, 
sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve estar atenta 
às necessidades reais da população a ser atendida; 
▪ Integralidade - significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de saúde 
procurar atender à todas as suas necessidades (BRASIL, 2000). 
 
▪ Destes derivaram alguns princípios organizativos: 
 
▪ Hierarquização - Entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os 
níveis de complexidade do sistema; referência e contra referência; 
▪ Participação Popular - a democratização dos processos decisórios consolidada na 
participação dos usuários dos serviços de saúde nos chamados Conselhos Municipais de 
Saúde; 
▪ Descentralização Política Administrativa - consolidada com a municipalização das ações 
de saúde, tornando o município gestor administrativo e financeiro do SUS. 
 
▪ Os objetivos e as atribuições do SUS foram assim definidos (Art.5): 
 
▪ Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
▪ Formular as políticas de saúde; 
▪ Fornecer assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades 
preventivas; 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
27 
▪ Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica; 
▪ Executar ações visando a saúde do trabalhador; 
▪ Participar na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; 
▪ Participar da formulação da política de recursos humanos para a saúde; 
▪ Realizar atividades de vigilância nutricional e de orientação alimentar; 
▪ Participar das ações direcionadas ao meio ambiente; 
▪ Formular políticas referentes a medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, e outros 
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; 
▪ Controle e fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; 
▪ Fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; 
▪ Participação no controle e fiscalização de produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
▪ Incremento do desenvolvimento científico e tecnológico na área da saúde; 
▪ Formulação e execução da política de sangue e de seus derivados. 
 
Pela abrangência dos objetivos propostos e pela existência de desequilíbrios 
socioeconômicos regionais, a implantação do SUS não tem sido uniforme em todos os estados e 
municípios brasileiros, pois para que isto ocorra é necessário uma grande disponibilidade de 
recursos financeiros, de pessoal qualificado e de um efetiva política federal, estadual e municipal 
para viabilizar o sistema. A Lei 8.080 estabeleceu que os recursos destinados ao SUS fossem 
provenientes do Orçamento da Seguridade Social (POLIGNANO, 2005). 
 
▪ Complementaridade do Setor Privado; 
 
A Constituição definiu que quando, por insuficiência do setor público, for necessária a 
contratação de serviços privados, isto deve observar sob três condições (BRASIL, 2000): 
 
▪ A Celebração do contrato conforme as normas de direito Público; 
▪ A Instituição Privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas 
do SUS; 
▪ A Integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do SUS em termos de 
posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. 
 
Dentro dos serviços privados, devem ter preferência os serviços não lucrativos (Hospitais 
Filantrópicos e Santas Casas), conforme determina a constituição, assim cada gestor deverá planejar 
primeiro o setor público e na sequência complementar a rede assistencial com o setor privado não 
lucrativo, com os mesmos conceitos de regionalização, hierarquização e universalização. 
 
 
▪ Lei 8.142/90: Controle Social 
 
A LEI 8.142/1990 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as 
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. 
 
Definição: o SUS contará, em cada esfera do governo, sem prejuízo ao poder legislativo, 
com duas instâncias colegiadas – Conferências de Saúde e Conselhos de Saúde. 
 
▪ Conferências Nacional, Estadual e Municipal de Saúde - Reúnem-se a cada quatro anos, 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
28 
com representação de vários segmentos sociais, para avaliação da a situação de saúde e 
propor as diretrizes para a formulação das políticas de saúde nos níveis correspondentes, 
convocado pelo poder executivo ou pelo conselho de saúde. 
 
▪ Conselhos de Saúde - De caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto 
por representante do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, 
atuando na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na 
instancia correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, tendo as 
decisões homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do 
governo. Tanto o Conass quanto o Conasems possuem representação no CNS (BRASIL, 
1990). 
 
A representação dos usuários nos Conselhos e Conferências de Saúde é paritária em 
relação ao conjunto dos demais segmentos, que têm sua organização e normas de funcionamento 
definidas em regime próprio, aprovada pelo respectivo conselho. 
 
4.4 Normas Operacionais Básicas 
 
Conforme Gentian (2008) a Norma Operacional Básica (NOB) trata da edição de normas 
operacionais para o funcionamento e operacionalização do SUS de competência do Ministério da 
Saúde, tendo sido editadas até hoje: a NOB-SUS 01/91, NOB-SUS 01/93, NOB- SUS 01/96. 
 
Apesar das dificuldades enfrentadas pode-se dizer que a atenção primária o SUS 
apresentou progressos significativos no setor público, mas enfrenta problemas graves com o setor 
privado, que detém a maioria dos serviços de complexidade e referência a nível secundário e 
terciário. 
 
Estes setores não se interessam em integrar o modelo atualmente vigente em virtude da 
baixa remuneração paga pelos procedimentos médicos executados, o que vem inviabilizando a 
proposta de hierarquização dos serviços. 
 
A NOB 01/91 sob o argumento da inviabilidade conjuntural de regulamentar o artigo 35 da 
Lei 8.080 que definia o repasse direto e automático de recursos do fundo nacional aos fundos 
estaduais e municipais de saúde, sendo 50% por critérios populacionais e os outros 50% segundo o 
perfil epidemiológico e demográfico, a capacidade instalada e a complexidade da rede de serviços 
de saúde, a contrapartida financeira, etc. redefiniu toda a lógica de financiamento e, 
consequentemente, de organização do SUS, instituindo um sistema de pagamento por produção de 
serviços que permanece, em grande parte, vigorando até hoje (BRASIL, 2003). 
 
Estados e municípios passaram a receber por produção de serviços de saúde, nas mesmas 
tabelas nacionais existentes para o pagamento dos prestadores privados, impondo um modelo de 
atenção à saúde voltado para a produção de serviços, e avaliado pela quantidade de procedimentos 
executados, independentemente da qualidade e dos resultados alcançados. 
 
Em 1993, outra NOB buscava um caminho de transição entre o anacrônico sistema 
implantado pela NOB 01/91 e o que era preconizado na Constituição Federal e nas leis que 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
29 
regulamentaramo SUS. A NOB 01/93 criou critérios e categorias diferenciadas de gestão para a 
habilitação dos municípios, e segundo o tipo de gestão implantado (incipiente, parcial, semiplena), 
haveria critérios também diferenciados de formas de repasse dos recursos financeiros. 
 
Em função da criação do SUS e do comando centralizado do sistema pertencer ao 
Ministério da Saúde, o INAMPS torna-se obsoleto e é extinto em 1993. 
 
Na busca de uma alternativa econômica como fonte de recurso exclusiva para financiar a 
saúde, o então Ministro da Saúde, Adib Jatene, propôs a criação da CPMF (contribuição provisória 
sobre movimentação financeira). O ministro realizou um intenso lobby junto aos congressistas para 
a sua aprovação pelo congresso nacional, o que aconteceu em 1996, passando a vigorar a partir de 
1997. Vale salientar que o imposto teria uma duração definida de vigência, que seria por um período 
de um ano, e que os recursos arrecadados somente poderiam ser aplicados na área de saúde 
(BRASIL, 2003). 
 
O governo edita a NOB-SUS 01/96, o que representa um avanço importante no modelo de 
gestão do SUS, principalmente no que se refere à consolidação da Municipalização. 
 
Esta NOB revoga os modelos anteriores de gestão propostos nas NOB anteriores (gestão 
incipiente, parcial e semiplena), e propõe aos municípios se enquadrarem em dois novos modelos: 
Gestão Plena de Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal. Estes modelos propõem a 
transferência para os municípios de determinadas responsabilidades de gestão, conforme pode ser 
visto abaixo. 
 
A NOB/ 96 reformular e aperfeiçoar a gestão do SUS, na medida em que redefine: 
 
▪ Os papéis de cada esfera de governo e, em especial, no tocante à direção única; 
▪ Os instrumentos gerenciais para que municípios e estados superem o papel exclusivo de 
prestadores de serviços e assumam seus respectivos papéis de gestores do SUS; 
▪ Os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo progressiva e continuamente a 
remuneração por produção de serviços e ampliando as transferências de caráter global, 
fundo a fundo, com base em programações ascendentes, pactuadas e integradas; 
▪ A prática do acompanhamento, controle e avaliação no SUS, superando os mecanismos 
tradicionais, centrados no faturamento de serviços produzidos, e valorizando os 
resultados advindos de programações com critérios epidemiológicos e desempenho com 
qualidade. 
▪ Os vínculos dos serviços com os seus usuários, privilegiando os núcleos familiares e 
comunitários, criando, assim, condições para uma efetiva participação e controle social. 
 
É fundamental destacar que uma das alterações mais importante introduzidas pela NOB 96 
refere-se à forma de repasse dos recursos financeiros do governo federal para os municípios, que 
passa a ser feito com base num valor fixo per capita e não mais vinculado a produção de serviços, o 
que possibilita aos municípios desenvolverem novos modelos de atenção à saúde da população 
(GENTIAN, 2008). 
 
Gentian (2008) no trás que o Piso Assistencial Básico (PAB) consiste em um montante de 
recursos financeiros destinado ao custeio de procedimentos e ações de assistência básica, de 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
30 
responsabilidade tipicamente municipal. Esse Piso é definido pela multiplicação de um valor per 
capita nacional (atual) pela população de cada município (fornecida pelo IBGE) e transferido regular 
e automaticamente ao fundo de saúde ou conta especial dos municípios. Além disto, o município 
poderá receber incentivos para o desenvolvimento de determinadas ações de saúde agregando 
valor ao PAB. As ações de saúde que fornecem incentivos são: Programa de Agentes Comunitários 
de Saúde (PACS); Programa de Saúde da Família (PSF); Assistência Farmacêutica básica; Programa 
de combate as Carências Nutricionais; ações básicas de vigilância sanitária; ações básicas de 
vigilância epidemiológica e ambiental. 
 
A NOB passa a vigorar efetivamente somente a partir de janeiro de 1998, o governo 
regulamentou a lei 9656/98 sobre os planos e seguros de saúde, que fora aprovada pelo congresso 
nacional em junho daquele ano. Se por um lado houve uma limitação nos abusos cometidos pelas 
empresas, por outro a regulamentação oficializa o universalismo excludente, na medida em que cria 
quatro modelos diferenciados de cobertura de serviços, a saber (GENTIAN, 2008): 
 
▪ Plano ambulatorial - compreende a cobertura de consultas em número ilimitado, exames 
complementares e outros procedimentos, em nível ambulatorial, incluindo 
atendimentos e procedimentos caracterizados como urgência e emergência até as 
primeiras 12 horas; 
▪ Plano Hospitalar sem obstetrícia - compreende atendimento em unidade hospitalar com 
número ilimitado de diárias, inclusive UTI, transfusões, quimioterapia e radioterapia 
entre outros, necessários durante o período de internação. Inclui também os 
atendimentos caracterizados como de urgência e emergência que evoluírem para 
internação ou que sejam necessários à preservação da vida, órgãos ou funções; 
▪ Plano Hospitalar com obstetrícia - acresce ao Plano Hospitalar sem obstetrícia, a 
cobertura de consultas, exames e procedimentos relativos ao pré-natal, à assistência ao 
parto e ao recém-nascido durante os primeiros 30 dias de vida; 
▪ Plano odontológico - cobertura de procedimentos odontológicos realizados em 
consultórios; 
▪ Plano referência - representa a somatória dos quatro tipos de plano anteriores. 
 
4.5 Consolidação do SUS 
 
Em 22 de Fevereiro de 2006 o Ministério da Saúde lança a Portaria Nº 399, que divulga os 
pactos pela saúde, pela vida e de gestão e consolida o SUS. 
 
▪ Pacto pela Saúde: 
 
O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais pactuado entre as três esferas 
de gestão (União, estados e municípios) do Sistema Único de Saúde, com o objetivo de promover 
inovações nos processos e instrumentos de gestão. Sua implementação se dá por meio da adesão 
de municípios, estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG), que, renovado 
anualmente, substitui os anteriores processos de habilitação e estabelece metas e compromissos 
para cada ente da federação (PIOLA, 2017). 
 
As transferências dos recursos também foram modificadas, passando a ser divididas em 
seis grandes blocos de financiamento (Atenção, Básica, Média e Alta Complexidade da Assistência, 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
31 
Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Gestão do SUS e Investimentos em Saúde). 
 
▪ Pacto pela Vida: 
 
O Pacto pela Vida reforça no SUS o movimento da gestão pública por resultados, estabelece 
um conjunto de compromissos sanitários considerados prioritários, pactuado de forma tripartite, a 
ser implementado pelos entes federados. Esses compromissos deverão ser efetivados pela rede do 
SUS, de forma a garantir o alcance das metas pactuadas. Prioridades estaduais, regionais ou 
municipais podem ser agregadas às prioridades nacionais, a partir de pactuações locais. Os estados 
e municípios devem pactuar as ações que considerem necessárias ao alcance das metas e objetivos 
gerais propostos. 
 
O Pacto pela Vida contém os seguintes objetivos e metas prioritárias (Portaria GM/MS nº 
325, de 21 de fevereiro de 2008): 
 
I- Atenção à saúde do idoso; 
II- Controle do câncer de colo de útero e de mama; III- Redução da mortalidade infantil e 
materna; 
III- Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com 
ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, AIDS; 
IV- Promoção da saúde; 
V- Fortalecimento da atenção básica; 
VI- Saúde do trabalhador; 
VII- Saúde mental; 
VIII- Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com 
deficiência; 
IX- Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; XI- Saúde do homem. 
 
4.6 Atenção Básica 
 
A Portaria Nº 648/GM de 28 de março de 2006 aprova a Política Nacional de Atenção 
Básica, estabelecendo a revisão dediretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o 
Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS): 
 
O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições, e considerando a 
necessidade de revisar e adequar as normas nacionais ao atual momento do 
desenvolvimento da atenção básica no Brasil; 
Considerando a expansão do Programa Saúde da Família (PSF) que se consolidou 
como a estratégia prioritária para reorganização da atenção básica no Brasil; 
Considerando a transformação do PSF em uma estratégia de abrangência nacional 
que demonstra necessidade de adequação de suas normas, em virtude da 
experiência acumulada nos diversos estados e municípios brasileiros; 
Considerando os princípios e as diretrizes propostos nos Pactos pela Vida, em 
Defesa do SUS e de Gestão, entre as esferas de governo na consolidação do SUS, 
que inclui a desfragmentação do financiamento da Atenção Básica (BRASIL, 2007). 
 
 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
32 
Resolve: 
 
Art. 1º Aprovar a Política Nacional de Atenção Básica, com vistas à revisão da 
regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, nos termos constantes do Anexo a 
esta Portaria. 
 
Parágrafo único. A Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde (SAS/MS) 
publicará manuais e guias com detalhamento operacional e orientações específicas desta Política. 
 
Art. 2º Definir que os recursos orçamentários de que trata a presente Portaria corram por 
conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar os seguintes Programas de Trabalho: 
 
I - 10.301.1214.0589 - Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do 
Piso de Atenção Básica; 
 
II - 10.301.1214.8577- Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros; 
 
III - 10.301.1214.8581 - Estruturação da Rede de Serviços de Atenção Básica de Saúde. 
 
Artigo 3º “Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação”. 
 
▪ Responsabilidades das Esferas Gestoras em Atenção Básica Federal: 
 
▪ Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção básica; 
▪ Cofinanciar o sistema de atenção básica; 
▪ Ordenar a formação de recursos humanos; 
▪ Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da atenção 
básica; 
▪ Manter as bases de dados nacionais. 
 
▪ Responsabilidades da Esfera Gestora em Atenção Básica Estadual: 
 
▪ Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção básica em seu território; 
▪ Regular as relações intermunicipais; 
▪ Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu 
território; 
▪ Cofinanciar as ações de atenção básica; 
▪ Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da atenção básica em seu território. 
 
▪ Responsabilidades da Esfera Gestora em Atenção Básica Municipal: 
 
▪ Definir e implantar o modelo de atenção básica em seu território; 
▪ Contratualizar o trabalho em atenção básica; 
▪ Manter a rede de unidades básicas de saúde em funcionamento (gestão e gerência); 
▪ Cofinanciar as ações de atenção básica; 
▪ Alimentar os sistemas de informação; 
▪ Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob sua supervisão. 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
33 
4.6.1 Estratégia de Saúde da Família 
 
A expansão e a qualificação da atenção básica, organizadas pela estratégia Saúde da 
Família, compõem parte do conjunto de prioridades políticas apresentadas pelo Ministério da Saúde 
e aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde. 
 
Esta concepção supera a antiga proposição de caráter exclusivamente centrado na doença, 
desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a 
forma de trabalho em equipes, dirigidas às populações de territórios delimitados, pelos quais 
assumem responsabilidade. 
 
Os princípios fundamentais da atenção básica no Brasil são: integralidade, qualidade, 
equidade e participação social. Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde da Família 
estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a corresponsabilidade 
destes profissionais com os usuários e a comunidade. Seu desafio é o de ampliar suas fronteiras de 
atuação visando uma maior resolubilidade da atenção, onde a Saúde da Família é compreendida 
como a estratégia principal para mudança deste modelo, que deverá sempre se integrar a todo o 
contexto de reorganização do sistema de saúde (PSF, 2000). 
 
A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo 
assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades 
básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido 
de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de 
promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e 
na manutenção da saúde desta comunidade (BRASIL, 1997). 
 
A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da 
família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no 
Brasil, especialmente no contexto do SUS. 
 
A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela 
evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de expansão da Saúde 
da Família comprova a adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. Iniciado em 
1994, apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos (BRASIL, 1997). 
 
A consolidação dessa estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que 
permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios e pela 
capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de vida 
da população assistida. 
 
O trabalho de equipes da Saúde da Família é o elemento-chave para a busca permanente 
de comunicação e troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes da equipe e desses 
com o saber popular do Agente Comunitário de Saúde. 
 
4.6.2 Composição da Equipe de Saúde da Família 
 
As equipes são compostas, no mínimo, por um médico generalista ou especialista em saúde 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
34 
da família, um enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, um auxiliar ou técnico de 
enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS). O quantitativo de ACS varia de acordo com a 
necessidade local, tendo em vista que 100% da população cadastrada deve estar coberta, porém 
obedecendo a regra de no máximo 750 pessoas por agente e de 12 ACS por equipe de Saúde da 
Família (PSF, 2000). 
 
A cobertura quando ampliada, conta ainda com cirurgião-dentista generalista ou 
especialista em saúde da família e auxiliar ou técnico em saúde bucal. 
 
 Cada equipe de Saúde da Família se responsabilizará pelo acompanhamento de, no 
máximo, 4 mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil habitantes de uma determinada 
área, e estas passam a ter corresponsabilidade no cuidado à saúde. 
 
A atuação das equipes ocorre principalmente nas unidades básicas de saúde, nas 
residências e na mobilização da comunidade, caracterizando-se como porta aberta de um sistema 
hierarquizado e regionalizado de saúde; por ter território definido, com uma população delimitada, 
sob a sua responsabilidade; por intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está 
exposta; por prestar assistência integral, permanente e de qualidade; por realizar atividades de 
educação e promoção da saúde (PSF, 2000). 
 
4.6.3 Programa dos Agentes Comunitário de Saúde 
 
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde é uma importante estratégia do Ministério 
da Saúde, oficialmente implantado em 1991, que busca promover a reorientação do modelo 
assistencial no âmbito do município, a quem compete à prestação da atenção básica à saúde. Por 
isso, tanto a Lei nº 10.507/2002, no seu art. 4º, como a Portaria n°1.886/1997 do Ministro de Estado 
da Saúde, no subitem 7.6 do seu Anexo I, preveem que o agente comunitário de saúde prestará os 
seus serviços ao gestor local do SUS (a Secretaria Municipal de Saúde) (BRASIL, 2001). 
 
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde é hoje considerado parte da Saúde da 
Família, nos municípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um programa de 
transição para a Saúde da Família. No PACS, as ações dos agentes comunitários de saúde são 
acompanhadas e orientadas por um enfermeiro/supervisor lotado em uma unidade básica de 
saúde. 
 
Os agentes comunitários de saúde podem ser encontrados em duas situações distintas em 
relação à rede do SUS: 
 
a) Ligados a uma unidade básica de saúde ainda não organizada na lógica da Saúde da 
Família; 
b) Ligados a uma unidade básica de Saúde da Família como membro da equipe 
multiprofissional. 
 
Por meio de ações individuais ou coletivas, o agente comunitário de saúde realiza atividade 
de prevenção de doenças e promoção da saúde sob supervisão do gestor local do SUS, a Secretaria 
Municipal de Saúde. Quanto às atribuições desse profissional, estão previstas na Política Nacional 
de Atenção Básica (PSF, 2001). 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
35 
4.6.4 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) 
 
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família foram criados em 2008 através da Portaria Nº 154, 
de 24 de Janeiro pelo Ministério da Saúde, com o objetivo principal de ampliar a inserção e a 
abrangência das ações da estratégia de Saúde da Família, pelo processo de territorialização e 
regionalização apresentando assim maior resolubilidade na Atenção Básica. Um dos diferenciais 
desse serviço está na composição de sua equipe multidisciplinar, que é composta de especialistas 
de diversas áreas, em um apoio matricial para desenvolver ações básicas em saúde (BRASIL, 2008). 
 
Em 28 dezembro de 2012 a Portaria de nº 3.124, atualizou as definições das modalidades 
1 e 2, além de criar a modalidade 3, assim permitindo que todos os municípios do país tenham a 
implantação de equipes NASF. 
 
1- As modalidades de NASF encontram-se assim organizadas: 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde (2020) 
ECR - Equipe Consultório na Rua; ESFR - Equipe Saúde da Família Ribeirinha; ESFF - Equipe Saúde 
da Família Fluvial. 
 
2- Composição da equipe e jornada de trabalho: 
 
A composição da equipe deverá ser definida de acordo com a necessidade de cada local, 
seguindo a ordem por prioridades a partir dos dados epidemiológicos, cabendo ao gestor essa 
análise e decisão (BRASIL, 2008). 
 
Podem agregar às equipes os seguintes profissionais, médico acupunturista; assistente 
social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; 
ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; psiquiatra; 
terapeuta ocupacional; geriatra; médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico 
veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde 
sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública 
ou saúde coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. Vale ressaltar que a jornada de 
trabalho de todos os profissionais deverá ter carga horária semanal mínima de 20hrs (BRASIL, 2008). 
 
MÓDULO 2 ENFERMAGEM 
36 
3- Formação dos Núcleos: 
 
Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma única unidade de saúde, 
localizada preferencialmente dentro do território de atuação das equipes de Saúde da Família às 
quais está vinculado. 
 
As ações de responsabilidade de todos os profissionais que compõem os NASF, a serem 
desenvolvidas em conjunto com as equipes de SF, estão descritas no Anexo I desta Portaria (BRASIL, 
2008). 
 
4- Processo de Implantação dos NASF: 
 
Artigo 9: 
 
▪ A implantação dos Nasfs está vinculada à Estratégia Saúde da Família; 
▪ Ter aprovação da Comissão Intergestores Bipartite de cada Estado. 
▪ Os recursos orçamentários de que trata esta Portaria façam parte da fração variável do 
Piso de Atenção Básica (PAB variável) e componham o Bloco Financeiro de Atenção 
Básica. 
▪ Incidem nos fluxos e requisitos mínimos para manutenção da transferência e solicitação 
de crédito retroativo os requisitos definidos pela Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 
2006. 
▪ O Ministério da Saúde suspenderá os repasses, dos incentivos referentes aos NASF aos 
Municípios e/ou ao Distrito Federal nas mesmas situações previstas para as equipes de 
Saúde da Família e de Saúde Bucal, conforme o estabelecido na Portaria nº 648/GM, de 
28 de março de 2006, Capítulo III, item 5, "da suspensão do repasse de recursos do PAB". 
 
4.6.5 Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) 
 
 Em julho de 2011 o Ministério da Saúde lançou a Portaria Nº 1.654 que instituía o 
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, com o intuito de 
incentivar gestores e equipes de saúde a melhorarem a qualidade de seus serviços, através de 
estratégias de qualificação, acompanhamento e avaliação de seus trabalhos. Tendo ainda o 
impulso pelo repasse de recursos federais para os municípios que apresentassem melhoria no seu 
padrão de qualidade. Em 02 de Outubro de 2015 a Portaria Nº 1.645 revoga a anterior, 
modificando a composição do programa (BRASIL, 2015). 
 
Em seu artigo 3º essa portaria trata sobre as diretrizes do Programa, sendo elas: 
 
▪ I - definir parâmetro de qualidade, considerando-se as diferentes realidades de saúde, de 
maneira a promover uma maior resolutividade das equipes de saúde da atenção básica; 
▪ II - estimular processo contínuo e progressivo de melhoramento dos padrões e 
indicadores de acesso e de qualidade que envolva a gestão, o processo de trabalho e os 
resultados alcançados pelas equipes de saúde da atenção básica; 
▪ III - transparência em todas as suas etapas, permitindo-se o contínuo acompanhamento 
de suas ações e resultados pela sociedade; 
▪ IV - envolver e mobilizar os gestores federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais, 
 
ENFERMAGEM MÓDULO 2 
37 
as equipes de saúde de atenção básica e os usuários em um processo de mudança de 
cultura de gestão e qualificação da atenção básica; 
▪ V - desenvolver cultura de planejamento, negociação e contratualização, que implique na 
gestão dos recursos em função dos compromissos e resultados pactuados e alcançados; 
▪ VI - estimular o fortalecimento do modelo de atenção previsto na Política Nacional de 
Atenção Básica, o desenvolvimento dos trabalhadores e a orientação dos serviços em 
função das necessidades e da satisfação dos usuários; 
▪ VII - caráter voluntário para a adesão tanto pelas equipes de saúde da atenção básica 
quanto pelos gestores municipais, a partir do pressuposto de que o seu êxito depende da 
motivação e proatividade dos atores envolvidos. 
 
1- Composição do Programa: 
 
O PMAQ-AB acontece em ciclos, tendo cada um deles 24 meses de duração. Um ciclo será 
composto por três fases (Adesão e contratualização, Certificação e Recontratualização) somado ao 
Eixo Estratégico Transversal de Desenvolvimento. 
 
Fase 1 – Adesão e Contratualização (Artigo 5.): 
 
 As equipes da Atenção Básica que aderirem ao Programa deverão preencher ao formulário 
eletrônico indicado pelo Ministério da Saúde. A contratualização da equipe e do gestor do Distrito 
Federal ou Municipal ocorrerá de acordo com as diretrizes e critérios definidos pelo manual do 
PMAQ-AB. Ao final dessa primeira fase será informado aos Conselhos Municipal de Saúde e à 
Comissão Intergestores Regional sobre a adesão do município. Essa fase só será realizada pela 
equipe que ingressar pela primeira vez em cada ciclo (BRASIL, 2015). 
 
Fase 2 – Certificação (Artigo 6.): 
 
 Instituições de ensino e pesquisa serão responsáveis pela avaliação externa do 
desempenho das equipes de saúde e da gestão da

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