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UFMG Relatório Experimental nº1 Instituto de Ciências Exatas - Departamento de Química Disciplina: Química Geral Experimental C – Turma: PE4 Professor: Gabriel Heerdt Alunos: Iara Lima Publio e Lucas Vinícius Cecilio Ferreira Data da prática: 13/09/2022 1.1 - Experiência: Medida da temperatura de ebulição da água 1.2 - Introdução: A temperatura de ebulição da água ao nível do mar é de 100°C. Porém, nem todos os laboratórios estão na mesma altitude e, portanto, não possuem a mesma pressão atmosférica. Então, qual seria a temperatura de ebulição da água no laboratório da UFMG? Como a diferença de altitude e pressão atmosférica influencia a temperatura de ebulição? 1.3 - Objetivos: Medir a temperatura de ebulição da água nas condições do laboratório da UFMG; Introduzir ao aluno os equipamentos do laboratório e a forma de expressar e lidar com medidas. 1.4 - Procedimentos: 1.4.1 - Colocar 150 mL de água destilada em um béquer de 250 mL; 1.4.2 - Colocar o béquer sobre a chapa de aquecimento; 1.4.3 - Acrescentar três pequenos pedaços de porcelana à água; 1.4.4 - Ligar a chapa de aquecimento; 1.4.5 - Inserir um termômetro na água, verificar a temperatura no momento da ebulição e anotar o resultado. 1.5 - Resultados e discussão: A temperatura de ebulição da água ao nível do mar é de 100°C. Belo Horizonte está a cerca de 852 metros acima do nível mar, o que influencia o resultado da experiência. Após o experimento ser concluído, foi verificado que a temperatura de ebulição da água, nas condições do laboratório, estava em torno de ‘94°C’. Esse resultado foi ‘6°C’ a menos do que a temperatura de ebulição da água ao nível do mar. Isso ocorre porque quanto maior for a altitude, menor será a pressão atmosférica e, quanto menor for a pressão atmosférica, menor será a temperatura de ebulição. 1.6 - Conclusão: Foi concluído que a temperatura de ebulição da água, no laboratório da UFMG está em torno de ‘94°C’ devido à altitude de Belo Horizonte. Pode-se, portanto, concluir que o aumento da altitude determina a diminuição da temperatura de ebulição. 2.1 - Experiência: Cálculo do desvio padrão de uma série de medidas 2.2 - Introdução: Todas as medidas estão sujeitas a um certo grau de incerteza, e podem diferir do valor de referência (X). É trabalho do químico saber reconhecer e calcular essas incertezas, visando diminuir a incerteza e imprecisão dos cálculos químicos em laboratório. 2.3 - Objetivos: Observar de forma prática a incerteza de medidas, à qual todos os experimentos (mesmo os realizados em laboratório, em ambiente isolado) estão sujeitos; acostumar os alunos com medições e introduzi-los às técnicas de laboratório. 2.4 - Procedimentos: 2.4.1 - Encher uma bureta com água; 2.4.1 - Zerar a bureta; 2.4.1 - Encher um tubo de ensaio com a bureta e fazer a leitura do volume; 2.4.1 - Esvaziar o tubo, passando um pouco de etanol, para facilitar a sua secagem; 2.4.1 - Repetir o processo três vezes; 2.4.1 - Calcular o desvio padrão das medidas; 2.4.1 - Expressar o valor da medida em notação com desvio. 2.5 - Resultados e discussão: As medidas foram feitas utilizando-se três tubos, numerados de 1 a 3, e uma bureta com precisão de 0,05 ml. Feitas as medições, obteve-se três resultados similares,± mas diferentes. Tubo Volume (ml) 1 24,70 0,05± 2 24,30 0,05± 3 25,00 0,05± Calculando primeiro a média dessas medidas, temos: 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 24,70 + 24,30 + 25,003 𝑚é𝑑𝑖𝑎 ≅ 24, 67 𝑚𝑙 O valor da média é uma dízima periódica 24 e foi aproximada para 24,67 para os23 cálculos de desvio padrão, que se seguem: 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = (24,70−24,67) 2+ (24,30−24,67)2+(25,00−24,67)2 3 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = (0,03) 2+ (0,37)2+(0,33)2 3 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = 0,0009 + 0,1369 + 0,10893 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = 0,24673 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 ≅ 0, 08223 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 ≅ 0, 2867 𝑚𝑙 2.6 - Conclusão: Nota-se, portanto, que o desvio padrão é uma ferramenta bastante útil para se analisar a dispersão dos dados obtidos experimentalmente. É possível perceber, por exemplo, que o resultado do tubo 1 é muito próximo da média das medidas e portanto o desvio padrão não é muito útil quando comparado somente a ele; enquanto os outros dois tubos têm uma dispersão muito próxima do desvio padrão. 3.1 - Experiência: Determinação da densidade de um líquido. 3.2 - Introdução: Conseguir identificar diversos produtos e reagentes é uma competência necessária para os químicos. Nem sempre se saberá especificamente com o que se está trabalhando, portanto é imprescindível que todos tenham a habilidade básica de identificação de substâncias diversas. 3.3 - Objetivos: Introduzir os alunos às práticas comuns, básicas e necessárias de laboratório. 3.4 - Procedimentos: 3.4.1 - Pesar em uma balança dois béqueres de 50ml e anotar suas massas; 3.4.1 - Adicionar 10 ml do líquido X (líquido desconhecido), ao béquer 1, utilizando uma pipeta graduada; 3.4.1 - Adicionar 10 ml do líquido X, diretamente ao béquer 2; 3.4.1 - Medir novamente a massa dos béqueres; 3.4.1 - Fazer o cálculo da densidade do líquido, medido com a pipeta e medido com o béquer; 3.4.1 - Realizar um teste de solubilidade do líquido X, em água; 3.4.1 - Medir a temperatura de ebulição do líquido; 3.4.1 - Identificar o líquido X e determinar o erro da densidade referente à medida de volume feita com a pipeta. 3.5 - Resultados e discussão: Feitas as medidas em ambos o béquer e através da pipeta, chegou-se a dois resultados similares, mas não iguais. Os próprios béqueres variam levemente de massa, pesando 32,60 g e 32,82 g. Após a adição da água diretamente no béquer e feita com a pipeta, as massas finais resultaram em, respectivamente, 39,74 g e 41,01 g. Já pôde-se observar a diferença da precisão, seguindo o método de medida da água. Ao calcular as densidades, obtivemos os resultados de e .714 𝑘𝑔 𝑚−3 819 𝑘𝑔 𝑚−3 De acordo com a tabela de líquidos do material de referência, reproduzida a seguir, o resultado não identificou o líquido específico, mas reduziu as opções em três substâncias com densidades similares: acetona, etanol e ciclohexano. Substância Temperatura de Fusão / Cº Temperatura de Ebulição / Cº Solubilidade em água Densidade / 𝑔 𝑚𝑙−1 Acetona - 95 56 Solúvel 0,79 Benzeno 5,5 80 Insolúvel 0,88 Etanol - 112 78 Solúvel 0,79 Água 0 100 ------- 1,00 Ciclohexano 6,5 80,7 Insolúvel 0,78 Éter dietílico - 116 34,5 Insolúvel 0,71 Feito o teste de solubilidade em água, eliminou-se a possibilidade do ciclohexano, visto que o mesmo é apolar e o líquido X era solúvel em água. Por fim, o teste de ebulição revelou que o líquido X era, na verdade, o etanol. No momento da ebulição, a medida da temperatura foi em cerca de 77 ºC, muito mais alto que da acetona (de cerca 56 ºC). 3.6 - Conclusão: Foi um experimento útil principalmente por dois fatores: um primeiro contato com o processo de identificação de substâncias desconhecidas e, ainda, comprovação da necessidade do uso de instrumentos de medição apropriados para cada situação. Caso a densidade imprecisa, com o líquido x despejado diretamente no béquer, fosse o referencial, o líquido seria dado como éter dietílico, numa conclusão equivocada. Referências: Apostila de Química Geral Experimental, Departamento de Química, UFMG, 2022.
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