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AULA 10

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- -1
PROCESSO DE TRABALHO EM SERVIÇO 
SOCIAL II
TERCEIRO SETOR E SERVIÇO SOCIAL
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Relacionar os aspectos constitutivos das ações de responsabilidade social empresarial praticada pelas
organizações do mercado.
2. Identificar os rebatimentos da responsabilidade social sobre o Serviço Social.
3. Reconhecer as críticas em torno das ações de responsabilidade social empresarial.
1 Introdução
Com base no conteúdo estudado na disciplina de Processo de Trabalho I, nesta aula abordaremos as
reestruturações no mundo do trabalho e um conjunto de intervenções sócio-institucionais que repercutem no
Serviço Social. Trata-se de uma reflexão introdutória sobre aspectos relacionados ao trabalho profissional que
serão aprofundados nas próximas aulas através da temática “Processos de Trabalho e Serviço Social”. As
alterações no mundo do trabalho que trazem à tona o debate que contempla as abordagens teóricas da tradição
marxista. Como pensar a categorização do trabalho proposto por Marx diante das novas reconfigurações do
trabalho? As inovações científicas e tecnológicas adentram no universo conceitual com implicações próprias à
análise do processo de trabalho no contexto da experiência histórica do século XX. Autores influentes fomentam
a reflexão da categoria trabalho no contraponto com as vertentes clássicas, em especial com a abordagem
marxista. Indica-se uma suposta incapacidade dessa vertente em legitimar a análise das mudanças significativas
observadas na esfera do trabalho atualmente. Em outro extremo, defende-se que essas críticas são superficiais e
ocultam o caráter ontológico, de totalidade e historicidade presente na obra de Marx.
2 Organização do movimento operário
Diante da organização do movimento operário em torno dos seus direitos e formas de pressão (greve), o
empresariado sentiu-se obrigado a sair de sua “zona de segurança” e assumir parte do financiamento e da gestão
do sistema de proteção social. É emblemático desse período o exemplo do empresário e industrial Jorge Street,
um dos promotores do movimento do Centro Industrial do Brasil, no governo de Afonso Pena, que propugnava
pelo protecionismo industrial.
- -3
Inaugurou em sua fábrica de juta, Maria Zélia, a primeira creche para filhos de operários. Em 1919, defendeu o
direito de greve e mais tarde, com a criação do Ministério do Trabalho (1930), dirigiu o Departamento Nacional
da Indústria e Comércio. Publicou muitos artigos na imprensa diária e em revistas, esclarecendo a necessidade
da formação de uma consciência capitalística brasileira e de medidas de proteção aos operários.
3 As parcerias
Como destaca Montãno (2002), as parcerias do Estado com as organizações sociais e de mercado, na área social
mais do que compensar a retirada estratégica do Estado na área, elas atendem a uma função ideológica: encobrir
o processo de vulnerabilização dos direitos sociais e produzir a aceitação do vazio que aí se instaura. Daí, por
que a ênfase em destacar a excelência dessas organizações, por meio do recurso, por exemplo, a premiações e
reconhecimentos públicos.
O marco atual de referência das parcerias público-privadas tem âncora na já referida Reforma do Estado,
proposta e iniciada no governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), sob a batuta do Ministro Bresser
Pereira, e denúncia do Estado como o principal responsável pela crise.
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4 Causa da crise
Essa grande crise teve como causa fundamental a , que, de fator docrise do Estado intervencionista
desenvolvimento, se transforma em obstáculo. [...] Na medida em que o Estado via sua poupança pública tomar-
se negativa, perdia autonomia financeira e se imobilizava. Suas limitações gerenciais apareciam com mais
nitidez. A crise de governança, que no limite se expressava em episódios hiperinflacionários, tomava-se total: o
Estado, de agente do desenvolvimento, se transformava em seu obstáculo.
Uma crise fiscal do Estado, uma crise do modo de intervenção do Estado no econômico e no social e uma crise da
forma burocrática de administrar o Estado. Está pressuposto que o Estado, além de garantir a ordem interna, a
estabilidade da moeda e o funcionamento dos mercados, tem um papel fundamental de coordenação econômica.
[...] Sua causa fundamental será agora a crise do Estado.
5 Responsabilidade social
Se à década de 80 (século XX) é consagrado o mérito da emergência desses novos mecanismos empresarias, os
anos 90 notabilizaram-se pelo crescimento e o aprofundamento das práticas fundadas sob o paradigma da
responsabilidade social, tendo em vista:
O reconhecimento do agravamento dos problemas sociais no Brasil e de que as empresas não podem se eximir
dessa responsabilidade.
O reconhecimento de que práticas sociais e rentabilidade não são excludentes.
O reconhecimento da importância da imagem da empresa como promotora da ética, do bem comum e da
cidadania; d) o princípio de que o Estado não detém conhecimento e domínio suficiente das tecnologias de gestão,
e que, portanto, não intervém de forma competente no âmbito social — produção de bens e serviços,
redistribuição de renda e poder.
O reconhecimento da importância da comunicação com a sociedade (produção e divulgação de informações,
prêmios, selos, redes de interação).
Sobre o discurso da “crise do Estado” repassa para a sociedade, via solidariedade e filantropia, como
responsabilidade pelo atendimento das demandas sociais resultantes da questão social. Menezes (2010, p. 525)
afirma que esse enfraquecimento do Estado acaba por reforçar uma percepção acerca dos atendimentos das
demandas sociais no campo do “não direito”, da benesse, da filantropia.
- -5
6 O profissional do serviço social
Qual é o lugar ocupado pelo Serviço Social neste novo cenário? Quais demandas e expectativas profissionais são
postas para o serviço Social frente às ações de responsabilidade social, como mais uma área de atuação
profissional na contemporaneidade?
Como ressalta Menezes (2010, p. 525):
“Isso não significa que o profissional deva recusar-se a ocupar esse espaço de atuação profissional. (...) Enquanto
trabalhador, o assistente social necessita vender a sua força de trabalho. Mas não deve também nutrir ilusões
quanto à possibilidade de as práticas sociais das empresas serem a solução para o pauperismo em que se
encontra grande parcela da profissão e nem deve se enganar, acreditando que o mercado está comprometido
realmente com a desigualdade social, pois o trabalho apesar do discurso da construção da cidadania, se restringe
a uma prática assistencialista”.
Atenção
Ocorre o que a autora chama de “revisitação das ações caritativas tradicionais” e uma distorção do que seja
democracia, solidariedade, cidadania e participação.
Sobre essa ausência do Estado, Iamamoto afirma (1998, p.142) que:
“a luta pela efetivação da democracia é indissociável da ampliação progressiva do Estado, ou seja apesar do que
tem sido apregoado pelas empresas , não há como construir e consolidar espaços democráticos a partir do
mercado , que tem uma lógica própria, que é, sem dúvida, privatista – de lucratividade”.
Acrescenta a autora, fica evidente aqui a incompatibilidade existente entre o Projeto Ético Político hegemônico
da profissão no Brasil, os princípios norteadores do Código de Ética, onde a democracia, a autonomia dos
indivíduos e a defesa dos direitos humanos compõem seu conjunto de diretrizes.
- -6
“As intenções do capital continuam as mesmas - lucro e acumulação, até como forma de sua sobrevivência, mas
agora revestidas do sutil e eficaz verniz da respeitabilidade” (Menezes, 20102, p. 527)”.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Relacionou os aspectos constitutivos das ações de responsabilidade social empresarial praticadas pelas 
Saiba mais
• ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a 
centralidade do mundo do trabalho. São Paulo, Cortez/ Unicamp, 1985.
• BEGHIN, N. A. A filantropia empresarial: nem caridade, nemdireito. São Paulo: 
Cortez,2005.
• BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. Rio de Janeiro: 
Guanabara, 1987.
• IAMAMOTO, Marilda Vivela. Serviço social em tempo de capital fetiche - capital 
financeiro trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.
• Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 5. ed. 
São Paulo: Cortez, 2001.
• OFFE, C. Trabalho e sociedade. Problemas estruturais e perspectivas para o 
futuro da sociedade do trabalho. V.1. A crise. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 
1989.
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• Relacionou os aspectos constitutivos das ações de responsabilidade social empresarial praticadas pelas 
organizações do mercado.
• Identificou os rebatimentos da responsabilidade social sobre o Serviço Social.
• Reconheceu as críticas em torno das ações de responsabilidade social empresarial.
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	Olá!
	1 Introdução
	2 Organização do movimento operário
	3 As parcerias
	4 Causa da crise
	5 Responsabilidade social
	6 O profissional do serviço social
	CONCLUSÃO

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