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EDU682_TEORIAS E PRÁTICAS DE APRENDIZAGEM ATIVA

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Metodologias Ativas versus 
Aprendizagem Ativa
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Diferenciar metodologias ativas de aprendizagem ativa.
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem 
Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela 
editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/797809310
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 3/12
Introdução 
Vamos começar nosso estudo enfatizando que evidentemente o ambiente acadêmico 
se encontra, neste momento, em plena ebulição, causada por uma série de fatores 
que vêm se acumulando ao longo dos últimos anos. (Munhoz, 2019)
Se antes da pandemia muito já se falava sobre a substituição das metodologias 
tradicionais pelas novas, que inserem intensivamente as Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs) no ambiente educacional e que levam em conta as características 
e peculiaridades de cada ser humano, após o período de ensino remoto, ao qual 
estudantes e professores foram submetidos durante a pandemia que se instalou 
no mundo em 2019, chamada de SARS-CoV-2, a Covid-19, no retorno ao ensino 
presencial, ainda mais explora-se o assunto, principalmente porque agora, de uma 
forma ou de outra, ainda que sem escolha, os docentes tiveram contato com uma 
nova forma de educar e tiveram que se (re)adequar e se reinventar para continuar 
ensinando aos seus alunos de suas casas, em isolamento, para tentar manter a educação 
em continuidade.
Na verdade, foi a única forma que o mundo encontrou para que crianças, jovens 
e adultos não precisassem interromper seus estudos durante um período que era 
desconhecido em extensão (e em gravidade, diga-se de passagem). A dúvida que 
pairava no ar era: como manter os alunos estudando? Como continuar desenvolvendo 
a educação, em todos os níveis, em um momento tão incerto?
E a decisão foi inserir, sem prévio aviso ou preparo, (não houve tempo para isso) 
alunos e professores no ensino remoto (vale ressaltar que falaremos sobre a diferença 
entre o ensino remoto e o ensino a distância mais adiante na disciplina). Porém, agora, 
estamos novamente diante de um ‘novo’ ensino presencial, e digo ‘novo’ porque 
mais uma vez estamos nos (re)adequando. Aliás, muitos docentes dizem que estão 
tendo que reaprender a ensinar, visto que muita coisa mudou nesse período, como 
veremos ao longo de nossas aulas.
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 4/12
Portanto, vamos aprender nesta disciplina sobre o que de fato são as metodologias 
ativas, qual a sua importância, como elas foram e estão sendo inseridas no sistema 
educacional, e principalmente quais os tipos de metodologias ativas que podem 
ser utilizadas nas práticas pedagógicas a fim de construir, verdadeiramente, uma 
aprendizagem significativa, focada no novo perfil estudantil e nas necessidades da 
sociedade do século XXI, levando em consideração um período de pós-pandemia, 
porque ainda estamos nos recuperando das perdas e mudanças ocorridas.
Então, a partir de agora, está convidado a me acompanhar neste percurso!
Aprendizagem Ativa ou Metodologia Ativa? Será que existe di-
ferença?
Há muitos renomados autores que vêm pesquisando e debatendo sobre metodologias 
ativas há alguns anos… ou será que estão discutindo sobre aprendizagem ativa? Será 
que existe diferença entre os conceitos?
Boa parte da literatura considera as metodologias ativas como estratégias pedagógicas 
que colocam o estudante como foco no processo de ensino e aprendizagem, 
contradizendo a abordagem pedagógica tradicional, que sempre esteve centrada 
no professor como único e melhor transmissor de informação aos seus alunos, que 
geralmente adotavam uma atitude passiva, de meros recebedores de conhecimento. 
O fato de essas novas estratégias serem caracterizadas como ativas tem a ver com 
a execução de práticas pedagógicas que envolvam os estudantes, que os engajem 
em atividades práticas e mais lúdicas, dentro do possível, nas quais eles são os 
protagonistas do seu aprendizado. 
Pode-se dizer, então, que as metodologias ativas procuram criar situações de 
aprendizagem em que os alunos fazem coisas, colocam conhecimentos em prática, 
pensam e conceituam o que fazem, criam saberes sobre os conteúdos vistos nas 
atividades, e também desenvolvem estratégias cognitivas, capacidade crítica e de 
reflexão sobre suas ações, dão e recebem feedback sobre as atividades realizadas, 
aprendem sobre a importância de interagir com seus colegas e professores e exploram 
atitudes e valores pessoais e sociais (Berbel, 2011; Morán, 2015; Pinto et al., 2013, 
como citados em Valente, Almeida & Geraldini, 2017).
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 5/12
No que se refere ao termo ‘aprendizagem ativa’, muitos estudiosos o têm usado 
para caracterizar situações de aprendizagem em que o aluno tem uma postura ativa, 
denominada, na língua inglesa, de active learning (aliás, denominação que era usada 
desde 1991).
Barbosa e Moura (2013) relatam que, de maneira geral, a expressão aprendizagem ativa, 
(que também pode ser compreendida como ‘aprendizagem significativa’,como será 
estudado mais adiante), vem sendo usada de maneira vaga e imprecisa, visto que, de 
forma intuitiva, professores consideram que toda aprendizagem é, de certa forma, 
inerentemente ativa porque o estudante sempre está ativamente envolvido enquanto 
assiste a uma aula, ainda que ela seja expositiva. Entretanto, pesquisas indicam que 
o aprendiz deve fazer algo a mais em sala de aula, e não apenas ouvir, para ter uma 
aprendizagem realmente efetiva.
Ele precisa ler, escrever, perguntar, debater ou resolver problemas e desenvolver 
projetos. Também deve realizar atividades mentais de alto nível, como analisar, 
sintetizar e avaliar informações, portanto, as estratégias que geram aprendizagem 
ativa podem ser definidas como aquelas atividades que fazem com que o estudante 
faça, realmente, alguma coisa e, simultaneamente, reflita sobre ela.
Então, infere-se que a aprendizagem ativa ocorre sempre que o estudante interage 
com o assunto estudado, ouvindo, falando, questionando, debatendo, fazendo e 
ensinando (por que não?), sendo estimulado a construir o seu saber ao invés de 
somente recebê-lo passivamente do professor. No ambiente de aprendizagem ativa, 
o docente assume a função de orientador, de supervisor, de intermediador e de 
facilitador do processo de ensino-aprendizagem.
Em outras palavras, pode-se dizer que a característica fundamental de um ambiente 
de aprendizagem ativa é a atitude ativa da inteligência, em contraposição à atitude 
passiva encontrada nos métodos tradicionais de ensino.
Ressalta-se ainda que, sentir o que está fazendo é tão importante quanto pensar 
sobre. Shah e Nihalani (2012 como citado em Barbosa & Moura, 2013) asseveram 
que a participação dos sentimentos no processo de aprendizagem é um fator 
muito relevante na fixação do conhecimento. Pode-se dizer que o bom humor, a boa 
disposição e a alegria são as bases da compreensão, do engajamento e do aprendizado.
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 6/12
Entende-se, portanto, que a aprendizagem ativa diz respeito às estratégias que são 
empregadas para ativar o aluno. Sendo assim, o docente deve (ou deveria) adotar uma 
postura ativa ao ministrar suas aulas, porque precisa estudar, selecionar informação, 
empregar a melhor terminologia a ser usada com seus educandos, explicar um 
conteúdo de diferentes maneiras, bem como fazer relações, comparações, e analogias. 
Fica subentendido que, se o docente adotar o mesmo plano de aula várias vezes, 
sem inovar, é provável que sua exposição se torne rotineira, monótona, automática e, 
consequentemente, terá um caráter passivo e não ativo.
Sobre a diferença (ou não) entre os termos ‘metodologia ativa’ e ‘aprendizagem 
ativa’, Valente, Almeida e Geraldini (2017) explicam que ‘aprendizagem ativa’ é uma 
expressão redundante,em vista do que se sabe atualmente sobre o processo de 
ensino-aprendizagem, mas principalmente sobre o funcionamento do cérebro. 
A aprendizagem ocorre em função da ação do sujeito e em sua interação com o meio. 
Ainda que ela se limite à memorização de informação, entende-se que o aprendiz 
precisa ser ativo, realizando atividades mentais. Assim, não é possível compreender que 
um indivíduo aprenda algo sem ser ativo, e nesse sentido, a expressão ‘metodologias 
ativas’ parece ser mais adequada ao caracterizar práticas criadas pelo docente visando 
que o aprendiz tenha um papel mais significativo no seu aprendizado.
Saiba Mais
Quer saber mais sobre a diferença entre Metodologia Tradicional e 
Metodologia Ativa? Então veja os seguintes vídeos 
1. Rebeca Toyama. (2021) https://www.youtube.com/
watch?v=d1aO7Yc18Zg 
2. Aprendizagem Ativa – O que você precisa saber. RH Academy 
https://www.rhacademy.com.br/2019/10/17/aprendizagem-ativa-
oque-voce-precisa-saber/ 
https://www.youtube.com/watch?v=d1aO7Yc18Zg
https://www.youtube.com/watch?v=d1aO7Yc18Zg
https://www.rhacademy.com.br/2019/10/17/aprendizagem-ativa-oque-voce-precisa-saber/
https://www.rhacademy.com.br/2019/10/17/aprendizagem-ativa-oque-voce-precisa-saber/
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 7/12
Colocando a Aprendizagem Ativa em prática
Estudos indicam que a aprendizagem ativa é uma estratégia de ensino muito eficaz 
quando comparada com os métodos tradicionais como a aula expositiva comum. 
Quando estão diante de métodos ativos, os estudantes guardam um maior volume 
de conteúdo, retêm a informação por mais tempo e aproveitam as aulas com maior 
engajamento, satisfação e prazer. 
A experiência mostra que a aprendizagem ocorre de forma mais significativa 
quando realizada com metodologias ativas, isso porque os alunos vão adquirindo 
mais confiança em suas decisões e na aplicação do saber em situações práticas. Eles 
melhoram a inter relação com os colegas, aprendem a se expressar melhor, e ainda 
adquirem gosto pela resolução de problemas, reforçando sua autonomia no pensar 
e agir. (Barbosa & Moura, 2013)
https://player.vimeo.com/video/797809596
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 8/12
Mas afinal, o que é Aprendizagem Ativa?
Há um provérbio chinês que diz: “O que eu ouço, eu esqueço; o que eu vejo, eu 
lembro; o que eu faço, eu compreendo.” Essa frase foi dita pelo filósofo Confúcio e 
tem relação direta com o conceito de aprendizagem ativa. 
Silberman (1996, como citado em Barbosa & Moura, 2013, p.10) modificou esse 
provérbio para ajudar na compreensão do que são métodos ativos de aprendizagem, 
dando a ele a seguinte redação: 
• O que eu ouço, eu esqueço; 
• O que eu ouço e vejo, eu me lembro; 
• O que eu ouço, vejo e pergunto ou discuto, eu começo a compreender; 
• O que eu ouço, vejo, discuto e faço, eu aprendo desenvolvendo conhecimento 
e habilidade; 
• O que eu ensino para alguém, eu domino com maestria 
Essa citação resume os princípios das metodologias ativas e se a prática docente 
possibilitar ao aluno saber ouvir, ver, questionar, debater, fazer e ensinar, estaremos 
no caminho da aprendizagem ativa. 
Em Resumo
Nesta aula, tivemos a oportunidade de conhecer as expressões Metodologia Ativa e 
Aprendizagem Ativa, que indicam que o conhecimento precisa ser assimilado pelo 
aprendiz por meio do uso de algumas competências como o saber ouvir, o questionar, 
o debater, o fazer e o ensinar, gerando engajamento, comprometimento e criticidade, 
transformando-o em um ser autônomo, independente, e dono do seu processo de 
aprendizagem. Levando em conta que cada pessoa tem seu ritmo de aprendizagem e 
suas necessidades, o uso de metodologias ativas propicia a aquisição de conhecimentos 
deveras significativos.
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 9/12
Aplicação prática
Agora que já compreendeu um pouco sobre as expressões Metodologia 
Ativa e Aprendizagem Ativa, pegue um papel e uma caneta, ou abra um 
arquivo do Word em seu computador, e crie o seu próprio conceito. 
Mãos à obra!
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 10/12
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/797809742
Metodologias Ativas versus Aprendizagem Ativa • 11/12
Referências Bibliográficas
Barbosa, Eduardo Fernandes; & Moura, Dácio Guimarães de. (2013). Metodologias 
Ativas de aprendizagem na educação profissional e tecnológica. B. Tec. Senac. Rio de 
Janeiro, v. 39, n.2, p.48-67 mai-ago.
Munhoz, Antonio Siemsen. (2019). Aprendizagem Ativa via Tecnologias. [livro 
eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Valente, José Armando; Almeida, Maria Elizabeth Bianconcini de; & Geraldini, 
Alexandra Fogli Serpa. (2017) Metodologias Ativas: das concepções às práticas em 
distintos níveis de ensino. Rev. Diálogo Educ. Curitiba, v. 17, n. 52, p. 455-478, abr./
jun.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Aprendizagem ativa via tecnologias
Antonio Siemsen Munhoz
InterSaberes, 2019
A Aprendizagem Significativa
A Aprendizagem Significativa • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender em que consiste a aprendizagem significativa, suas características 
e importância.
A Aprendizagem Significativa
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem 
Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela 
editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/797809808
A Aprendizagem Significativa • 3/11
Introdução 
Com a chegada de uma nova geração de estudantes aos bancos escolares, mais 
dinâmicos, hiperativos, e principalmente conectados, mudanças precisaram acontecer 
no processo de ensino e aprendizagem, visto que essas crianças e jovens não estão mais 
dispostos a ficar horas sentados nas carteiras ouvindo aulas expositivas enfadonhas, 
afinal, as informações que eles encontram nas palmas de suas mãos (literalmente) 
hoje em dia, com certeza são muito mais interessantes e divertidas do que as que são 
trazidas por esses professores tradicionais.
No ensino tradicional ainda predomina o aspecto coercitivo imposto pelo docente, 
instituições de ensino que insistem em tentar provar que são o único lugar no qual as 
pessoas podem realmente aprender, professores como seres supremos, detentores 
de todo o conhecimento que pode ser transmitido e ainda práticas arcaicas que não 
levam em conta os interesses e necessidades dos educandos.
Apesar de esse estilo de ensino ainda existir, e muitas vezes até predominar, alunos 
e, diga-se de passagem, boa parte da sociedade, não o aceitam mais, e exigem 
que conhecimentos e práticas ultrapassadas sejam substituídas por novas formas de 
ensinar, que sejam mais condizentes com o mundo conectado e globalizado que hoje 
impera no mundo.
Por meio dos trabalhos de muitos estudiosos, estamos diante de uma modernização 
do conceito de estudar (e ensinar), baseado em metodologias que se alicerçam em 
tecnologias de informação e comunicação (TICs), que se mostram muito mais próximas 
de ideias pragmáticas que procuram compartilhar conhecimentos úteis, superando o 
imobilismo reinante em boa parte das instituições de ensino. (Munhoz, 2019)
Vamos estudar, então, um pouco desse processo de mudança e conhecer com mais 
profundidade a ideia de aprendizagem significativa. 
Um novo olhar para o processo de ensino-aprendizagem
Devemos observar atentamente que um novo olhar vem sendo lançado, ainda que 
aos poucos, sobre velhas propostas e práticas educacionais, (re)adequando-as a um 
ambiente repleto de tecnologias, criatividade e inovação. 
A Aprendizagem Significativa • 4/11
Além da mudança nas formas de ensinar e aprender, aos poucos a educação aberta 
vem se firmando, possibilitando que todas as pessoas interessadas em aprender 
possam fazê-lo, escolhendo o que desejam aprender, da forma como desejam 
aprender, quando e onde quiserem aprender, ampliando em todos os aspectos as 
possibilidades de assimilar novos saberes.A evolução constante e rápida das tecnologias associada à presença, cada vez maior, 
de computadores e outras ferramentas tecnológicas nos ambientes escolares (e 
empresariais também), traz a possibilidade de se expandir a aprendizagem adaptativa.
No que se refere ao ambiente empresarial, os jogos de empresas, também chamados 
de small games e good games, vêm sendo cada vez mais utilizados em atividades 
educacionais realizadas por organizações antenadas na tecnologia.
Esse mesmo mercado já está de olho na chamada aprendizagem rápida (rapid 
learning) visando aumentar consideravelmente a velocidade na aquisição de novas 
competências e habilidades organizacionais, motivando a criatividade, a inovação e a 
capacidade de iniciativa dos seres humanos.
Voltando para os bancos escolares cada dia mais vem ocorrendo uma fuga das salas 
de aula para ambientes semi presenciais (b-learning), não presenciais (e-learning), 
por meio de dispositivos móveis (m-learning) e de forma ubíqua (u-learning), esta 
última ocorrendo quando a pessoa desenvolve seu aprendizado de forma paralela 
a outras atividades.
Todos esses ambientes propiciam o aprendizado por meio de metodologias inovadoras 
e mais lúdicas, como a sala de aula invertida, a aprendizagem baseada em projetos, 
a aprendizagem baseada em problemas, a gamificação (que une o entretenimento e 
a aprendizagem, chamada de edutainment), que devolvem ao processo de ensino e 
aprendizagem suas origens, (re)transformando o processo em uma atividade agradável 
e prazerosa em todos os sentidos. Pelo menos essa é a ideia.
Ambientes com essas características transformam a aprendizagem ativa apoiada pelas 
tecnologias em um campo que mistura o tecnicismo, o didático e o pedagógico de 
forma natural e espontânea.
Tornar agradável a tarefa de ensinar e aprender, recuperando o prazer e a vontade 
dos estudantes pela aquisição do saber é o grande foco da educação moderna.
A Aprendizagem Significativa • 5/11
Efetivar a aprendizagem ativa possibilita atingir os diferentes estilos de aprendizagem 
de nossos alunos, flexibilizando o ambiente educativo. Possibilita exercitarmos a 
proposta de colocar em prática o aprender a aprender, o aprender pelo erro e o 
aprender fazendo, que somados resultam na aprendizagem significativa. (Munhoz, 
2019)
Aprendizagem significativa versus aprendizagem mecânica
Por falar em aprendizagem significativa, ela pode ser comparada com a aprendizagem 
mecânica. Enquanto a primeira diz respeito à associação que pode ser feita entre 
uma nova informação recebida e o conhecimento prévio do estudante, na segunda, a 
mesma nova informação recebida não interage com aquela já existente na estrutura 
cognitiva do aluno. 
Portanto, um estudante que precisa memorizar fórmulas, leis, informações colocadas 
em um resumo, etc. para fazer uma avaliação, provavelmente esquecerá tudo logo 
após sua realização, sem ter assimilado, realmente, aquele conhecimento. 
https://player.vimeo.com/video/797810072
A Aprendizagem Significativa • 6/11
Ao passo que o estudante que em vez de decorar, compreender a informação, 
principalmente se tiver refletido sobre ela, provavelmente a terá assimilado e se for de 
seu interesse, e se atender às suas necessidades, não deverá esquecê-la brevemente. 
(Barbosa & Moura, 2013)
Saiba Mais
Quer saber mais sobre a diferença entre a aprendizagem significativa e 
a mecânica? E entre a ativa e passiva? Então leia os seguintes textos.
1. O que é a aprendizagem significativa e qual a sua importância. 
https : / /poseducacao.un is inos.br /b log/aprendizagem-
significativa#:~:text=A%20diferen%C3%A7a%20entre%20
aprend izagem%20mec%C3%A2nica ,de%20forma%20
arbitr%C3%A1ria%20e%20literal. acessado em 13 de julho de 
2022
2. Quais as diferenças entre aprendizagem mecânica e significativa, 
afinal? (2021) https://blog.elevaplataforma.com.br/aprendizagem-
mecanica-e-significativa/ acessado em 13 de julho de 2022
3. Aprendizagem ativa X aprendizagem passiva: qual a mais eficaz? 
(2022) https://www.mosalingua.com/pt/aprendizagem-ativa/ 
acessado em 13 de julho de 2022
https://blog.elevaplataforma.com.br/aprendizagem-mecanica-e-significativa/
https://blog.elevaplataforma.com.br/aprendizagem-mecanica-e-significativa/
https://www.mosalingua.com/pt/aprendizagem-ativa/
A Aprendizagem Significativa • 7/11
A evolução da aprendizagem significativa 
A tecnologia possibilita que a comunicação e a transmissão de informações seja 
ofertada de forma variada. Com a evolução dos telefones móveis (smartphones) e com 
o aumento de potência dos tablets, ampliou-se também, e de maneira exponencial, a 
mobilidade dos usuários do sistema educacional. 
Hoje é possível aprender o que quiser, de qualquer lugar e quando quiser, e com 
isso ampliaram-se as possibilidades de comunicações síncronas (em tempo real) e 
assíncronas (no tempo do aluno), independente da distância entre os interlocutores 
ou do momento em que esses encontros ocorrem, visto que atualmente muitos dos 
momentos síncronos são gravados para que todos os participantes possam assistir 
quando quiserem, caso não tenham podido participar, ou caso tenham interesse em 
ouvir novamente o que foi transmitido.
É claro que hoje nos tornamos dependentes de uma boa conexão da internet e de 
boas ferramentas de transmissão de informações, porém, sendo utilizada de maneira 
adequada, a tecnologia pode potencializar a aprendizagem significativa.
Para Gadotti (1994, como citado em Barbosa & Moura, 2013) a aprendizagem 
significativa ocorre quando o aprendiz percebe que o conteúdo a ser estudado 
está conectado com os seus objetivos. O aprendizado torna-se mais fácil quando o 
estudante participa ativa e responsavelmente do seu processo.
Quanto maior for o envolvimento do estudante com o seu processo de aprendizagem, 
vinculado aos seus objetivos, maiores serão as chances de que ocorra uma 
aprendizagem significativa e uma mudança conceitual efetiva e perene. (Aguiar, 
1995 como citado em Barbosa & Moura, 2013)
Portanto, a aprendizagem significativa acontece quando o aluno sabe o que está 
aprendendo, entende o motivo de estar aprendendo aquele conteúdo, relaciona o 
que está aprendendo com o que ocorre no ambiente empresarial ou social e consegue 
atingir os objetivos propostos. 
Vale ressaltar que para que a aprendizagem significativa ocorra verdadeiramente, é 
preciso que os conhecimentos prévios dos aprendizes sejam levados em consideração 
na hora de planejar o conteúdo que será transmitido.
A Aprendizagem Significativa • 8/11
Aplicação prática
Retomando os textos lidos no Saiba Mais deste Tema, faça uma 
comparação entre a aprendizagem significativa e a aprendizagem 
mecânica. Insira as características no quadro abaixo e finalize colocando 
os benefícios da aprendizagem significativa em detrimento da mecânica.
Ausubel (2000, como citado em Munhoz, 2019), criador do conceito de 
aprendizagem significativa, explica que quanto mais conhecimentos a pessoa 
adquire, mais facilidade ela tem para assimilar cada vez mais conhecimentos.
Em Resumo
No decorrer desta aula, compreendemos que a aprendizagem significativa equivale 
a ampliar e reconfigurar conhecimentos já existentes na estrutura mental dos seres 
humanos, criando links e conexões com os novos saberes. Diferenciamos a aprendizagem 
significativa da aprendizagem mecânica que é realizada principalmente por meio da 
memorização de conhecimentos que logo serão esquecidos visto não haver nenhuma 
relação mais efetiva que faça com que esse saber seja assimilado. Portanto, frisamos a 
importância da inserção das tecnologias no contexto educativo, proporcionando um 
saber mais ativo e condizente com as necessidades do século XXI.
A Aprendizagem Significativa • 9/11
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/797810354
A Aprendizagem Significativa • 10/11
Referências Bibliográficas
Barbosa, Eduardo Fernandes; & Moura, Dácio Guimarães de. (2013). Metodologias 
Ativas de aprendizagem na educação profissionale tecnológica. B. Tec. Senac. Rio de 
Janeiro, v. 39, n.2, p.48-67 mai-ago.
Munhoz, Antonio Siemsen. (2019). Aprendizagem Ativa via Tecnologias. [livro 
eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
A Aprendizagem Significativa • 11/11
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Aprendizagem ativa via tecnologias
Antonio Siemsen Munhoz
InterSaberes, 2019
A docência digital
A docência digital • 2/13
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar quem é o docente digital.
• Compreender o perfil do docente digital.
A docência digital
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem 
Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela 
editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/797810435
A docência digital • 3/13
Introdução 
Hoje em dia estamos diante de uma explosão de novos recursos, ferramentas e 
tecnologias que surgem cada vez mais sofisticadas, e muitas vezes nem percebemos 
o caminhar ou a velocidade desse processo. A medida que os dias passam, vamos 
nos ocupando com nossas obrigações, que exigem cada vez mais dinamicidade e 
velocidade, a assim vamos nos readequando, nos modificando, assimilando inovações 
e novos saberes, adquirindo novas competências e habilidades, e nem percebemos o 
quanto éramos tecnologicamente ingênuos no início dos anos 1990.
Houve um boom de novas tecnologias, o surgimento de uma infinidade de novos 
cursos e de novas profissões, cada vez mais midiáticas e complexas, e nos vimos 
submersos por esse mundo de informações globalizadas e digitais.
Sob a ótica do professor e do pesquisador, muitas foram as adaptações e alterações 
necessárias em suas práticas, muito se aprendeu, muito se evoluiu, e muito se exigiu 
desses profissionais nos últimos dez anos.
Preconceitos diante de super máquinas modernas foram superados e elas foram 
colocadas como ferramentas auxiliares que podem muito, mas não tudo. 
Os docentes aos poucos foram utilizando programas de computador e fazendo 
pesquisas na rede, passaram a assistir programas na TV a cabo e a empunhar handycams 
para fazer vídeos educativos. Passaram a trabalhar em conjunto na criação de home 
pages para cursos e instituições de ensino, participaram de listas de discussões, 
videoconferências, chats e outras conversas on-line.
Foram aprendendo a não temer as máquinas e a não achar que elas poderiam 
substituir a figura docente em suas aulas. Certamente foi uma década de imenso 
aprendizado docente, de superação de medos e ansiedade, e imersão plena em 
novos conhecimentos e assimilação de conhecimentos midiáticos.
Foi a década do saber fazer e do saber usar as novas tecnologias digitais de 
informação e comunicação como aliadas e não como concorrentes, não só em sala de 
aula, mas em todos os âmbitos, inclusive em seus lares.
E agora é preciso que aprendam mais um pouco, visto que essas tecnologias avançam 
velozmente e as necessidades dos educandos mudam constantemente. Então, vamos 
acompanhar como se deu esse processo. (Kenski, 2015)
A docência digital • 4/13
A evolução da construção do novo perfil docente
Com o passar do tempo, um pouco após o surgimento e expansão das tecnologias, 
o docente se depara com outro momento. Ainda não se tem muitos conhecimentos 
a respeito dessas novas tecnologias, mas fica claro que é preciso conhecê-las, 
compreendê-las e dominá-las. A cada dia que passa surgem inovações, e sempre há 
o que aprender.
Ainda sente-se insegurança, mas de certa forma aprende-se (ou exige-se) a ir além, a 
aprender a fazer, ou aprender pelo erro. Tentando, errando, ajustando, corrigindo, 
tentando novamente, errando novamente, até que aos poucos alcança-se o sucesso e 
seus intentos, no uso dessas novas tecnologias, começam a dar frutos, passam a fazer 
sentido, e aos poucos ganha-se confiança. 
São pequenos passos que aos poucos vão levando o professor para a autonomia da 
ação de ensinar mediada pelas tecnologias, e surge então um perfil docente criador 
e construtor, jamais imaginado ou discutido nas literaturas e cursos, e, diga-se de 
passagem, ainda pouquíssimo discutido nos cursos de formação docente.
Porém, não há mais tempo a perder, porque o futuro é agora e o estudante do século 
XXI precisa desse docente ativo, criativo, reativo, inspirador, mediador, motivador, 
modelo, que tem muito a transmitir, mas que precisa atrair a atenção de um novo 
público, praticamente nascido no ambiente tecnológico, e isso é assustador, mas 
também desafiador, e a verdade é que todo mundo gosta de desafios.
Precisamos agora refletir mais profundamente sobre as novas práticas docentes 
e reconhecer as fragilidades técnicas e operacionais do ambiente de trabalho, ter 
consciência que a sociedade contemporânea exige uma educação para todos, que 
o governo está equipando as escolas cada vez mais para sua informatização e que 
está havendo uma reformulação na formação dos professores, porém o essencial 
ainda precisa ser feito, que é a conscientização sobre as fragilidades emocionais e 
tecnológicas de cada docente e de cada instituição que ainda está longe de estar 
imersa, realmente, no contexto tecnológico. (Kenski, 2015)
A docência digital • 5/13
Saiba Mais
Para conhecer um pouco mais sobre o processo de ensino e aprendizagem 
assista ao filme ‘Ao mestre com carinho’ estrelado por Sidney Poitier.
Trata de um engenheiro que aceita dar aulas em uma escola barra-
pesada de Londres, na qual tem como alunos estudantes rebeldes que 
querem expulsá-lo, porém, quando tratados com carinho e respeito, 
terminam afeiçoando-se ao mestre.
O filme ensina que mesmo quando diante do método tradicional de 
ensino, o aspecto emocional é fundamental para motivar os estudantes 
e fazer acontecer o aprendizado.
https://player.vimeo.com/video/797810649
A docência digital • 6/13
A Origem do Docente Digital
Mas afinal quem é o docente digital e o que se espera dele?
Aranha (2006 como citado em Munhoz, 2019) afirma que o bom docente digital:
●	 Inspira esperança, estimula a imaginação e faz com que os seus alunos recuperem 
a vontade de aprender pela simples satisfação de adquirir conhecimentos;
●	 É o responsável pela formação de profissionais de todas as áreas;
●	 Sabe que a tecnologia nunca irá substituí-lo, e sabe também que aquele que a 
domina substituirá aquele que não o faz.
●	 É aquele que corresponde aos desejos da sociedade moderna e que conduz a 
geração atual de aprendizes.
A ideia do ‘docente digital’ surgiu porque a nova geração de estudantes, denominada 
digital, que vive e aprende de forma completamente diferente das antecessoras, não 
aceita mais os docentes tradicionais, de tradição jesuítica. Exige um perfil docente mais 
dinâmico e moderno, que insira em suas práticas as novas tecnologias e que leve 
em conta os seus anseios e desejos, criando ambientes educacionais mais híbridos, 
divertidos e empáticos.
As tecnologias antigas como o giz e a lousa tradicional estão perdendo espaço para 
apontadores eletrônicos e lousas digitais, as imagens, recortadas de jornais e revistas 
estão sendo retiradas dos tablets, smartphones e notebooks, no entanto, a forma de 
passar os conteúdos permanece inalterada, e isso não tem sido mais aceito pelos 
alunos.
As bases da educação permanecem as mesmas, visto que as mudanças estruturais 
normalmente demoram a ocorrer, e ainda existe um grande número de docentes 
e agentes educacionais que resistem a elas, porém não há mais tempo, e nem 
possibilidade de escolha, porque as necessidades modernas estão engolindo esses 
profissionais, deixando-os isolados, confusos e temerosos.
A docência digital • 7/13
Quase que diariamente os docentes se deparam com alunos que tiram de suas 
mochilas um iPad no lugar de um livro, um tablet no lugar de um caderno e seus olhos 
não se descolam de seu smartphone, que com certeza, tem informações muito mais 
interessantes do que as que o professor trouxe para a sala de aula, e ele, então, deve 
se perguntar: o que estou fazendo aquise poderia estar em outro lugar muito mais 
interessante? E pior, muitas vezes enquanto um professor explica ele se pergunta: o 
que ainda estou fazendo aqui se para ler essa informação bastaria procurar no meu 
celular?
É por esses e outros motivos que a sociedade atual exige uma virada de página (ainda 
que metaforicamente falando) e a inserção imediata de tecnologia nas salas de aula (ou 
fora delas), visto que muitas práticas vêm sendo executadas nos ambientes externos 
às salas como nas quadras poliesportivas, pátios, nos jardins e até mesmo do outro 
lado dos muros das escolas.
Há um certo determinismo tecnológico que anseia por aulas mais agradáveis, e nesse 
sentido surgem as metodologias ativas que trazem inovações e criatividade para 
as práticas docentes, mas claro, que quando bem empregadas, posto que não basta 
a escola disponibilizar ferramentas tecnológicas se não tiver pessoal treinado para 
utilizá-las efetivamente. (Munhoz, 2019)
O perfil (ideal) do docente digital
Quando se pensa no perfil ideal para o docente do século XXI, ou docente digital, ou 
ainda docente independente, muito ainda se debate, mas algumas ideias já podem 
ser esboçadas.
Estudo feito por Munhoz (2019), com alunos de cursos de pedagogia oferecidos a 
distância em seu trabalho do mestrado, ajuda a definir algumas características que 
poderiam ser colocadas para esses docentes digitais. 
●	 Alta qualidade e especialização na área de conhecimento ministrada pelo 
professor;
●	 Ótima expertise tecnológica que lhe permita trabalhar com segurança e domínio 
nos ambientes tecnológicos;
A docência digital • 8/13
●	 Capacidade para compreender que sua prática exige elevada responsabilidade 
social;
●	 Capacidade de criar situações problema conectadas ao currículo que precisa 
desenvolver, avaliar o alcance desse problema na vida pessoal e profissional dos 
estudantes e finalmente apresentar as soluções e resultados desses problemas;
●	 Elevado nível de profissionalismo em sua área de trabalho;
●	 Produção de trabalhos acadêmicos com rigor científico;
●	 Capacidade de envolver a comunidade nas práticas educacionais realizadas;
●	 Alto nível de criatividade, senso crítico, inovação e iniciativa;
●	 Busca constante por inovação tecnológica nas suas práticas;
●	 Uso dos mais modernos meios de comunicação;
●	 Estímulo aos alunos para que realizem leituras, interpretação de texto e escrita;
●	 Elevado nível de comunicação interpessoal com todos os envolvidos no processo 
de ensino e aprendizagem;
●	 Capacidade de avaliar objetiva e claramente as tarefas realizadas por seus alunos 
e de aplicar avaliações não punitivas;
●	 Capacidade de desenvolver ações psicológicas e emocionais motivando o 
desenvolvimento mental e afetivo seu com o aluno e do aluno com os demais 
colegas e com a sociedade.
E para trabalhar com tecnologias modernas, Munhoz (2019) complementa, detalhando 
que o professor deve ainda:
●	 Ser capaz de desmotivar a memorização e o ‘decoreba’ nos alunos e estimular um 
processo de assimilação do conhecimento do mais simples ao mais complexo;
●	 Estar focado no futuro;
●	 Transferir e compartilhar o seu saber com todos aqueles com os quais está 
vinculado;
●	 Assumir papel de liderança diante de seu alto nível de conhecimento;
●	 Ser capaz de refletir sobre e de aplicar continuamente novas formas de ensino;
A docência digital • 9/13
●	 Manter sempre um comportamento respeitoso e resiliente;
●	 Ser persistente e idealista;
●	 Proporcionar uma boa sinergia na interação entre as pessoas que estão 
desenvolvendo atividades em grupos, colaborativos e cooperativos;
●	 Ser corajoso, imparcial e sistemático;
●	 Ser sensível, confiável e ter a autoestima elevada;
●	 Agir de forma objetiva e com foco;
●	 Agir sempre democraticamente e ser tolerante;
●	 Ser minucioso;
●	 Assumir desafios;
●	 Ser flexível e empreendedor;
●	 Ser alegre e desenvolver sua tarefa sempre de forma agradável e divertida;
●	 Ser capaz de gerenciar conflitos em grupos;
●	 Ser capaz de desenvolver projetos de gestão do tempo; e ainda,
●	 Ser capaz de pesquisar e desenvolver novos saberes na produção de textos e 
artigos em sua área de conhecimento.
Essas habilidades e competências apresentadas no estudo são consideradas core 
competences (competências essenciais) para os docentes.
A docência digital • 10/13
Em Resumo
Foi possível estudarmos, nesta aula, que o aluno moderno exige um perfil docente 
mais dinâmico e atualizado, em constante capacitação, que insira em suas práticas as 
novas tecnologias e que leve em conta os seus anseios e desejos, criando ambientes 
educacionais mais híbridos, divertidos e democráticos. O estudo realizado por Munhoz 
com alunos do curso de pedagogia trouxe como respostas algumas características que os 
docentes digitais precisam ter para atuar neste mundo conectado e globalizado, como 
ter muito conhecimento em sua área de atuação e em tecnologias, ser criativo, inovador 
e ter iniciativa, ser persistente, assumir desafios, motivar seus alunos a deixarem de ser 
memorizadores de informações para refletirem sobre aquilo que aprendem, dentre 
várias outras características que precisam ser desenvolvidas, se ainda não foram.
A docência digital • 11/13
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/797810889
A docência digital • 12/13
Referências Bibliográficas
Kenski, Vani Moreira. (2015). Tecnologias e ensino presencial e a distância. [livro 
eletrônico]. Campinas: Papirus.
Munhoz, Antonio Siemsen. (2019). Aprendizagem Ativa via Tecnologias. [livro 
eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Aprendizagem ativa via tecnologias
Antonio Siemsen Munhoz
InterSaberes, 2019
O Ensino Remoto e a Pandemia da 
Covid-19
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 2/13
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar em que consiste o ensino remoto;
• Identificar a influência da Covid-19 para a inserção do ensino remoto 
emergencial no contexto educacional;
• Compreender a diferença entre o ensino remoto, o ensino a distância e o 
homeschooling.
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem 
Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela 
editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/797811003
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 3/13
Introdução 
No final do ano de 2019, apareceu na China uma nova doença, assustadora e enigmática, 
que recebeu o nome de SARS-CoV-2. Era o início de mais uma transformação no 
universo educacional, dentro de uma transformação maior ainda que já vinha 
ocorrendo em função das inovações tecnológicas que obrigaram professores, alunos 
e instituições de ensino a se adequarem a uma nova realidade.
A pandemia da Covid-19, ao expandir-se por praticamente todos os países do mundo, 
trouxe para os envolvidos no processo educacional uma emergência e necessidade 
de adaptação ao que foi chamado de ensino remoto emergencial (ERE), no intuito 
de estabelecer o distanciamento social e barrar a transmissão desse perigoso agente 
patogênico desconhecido, o que o transformou em ainda mais perigoso. (Santos & 
Zaboroski, 2020)
Desde o início da pandemia, as aulas tiveram que ser interrompidas, de forma imediata 
e emergencial, e para continuarem funcionando e não deixar estudantes do mundo 
todo sem conhecimento, as escolas precisaram se adequar e professores e alunos 
passaram a assistir às aulas de suas casas.
Passado o susto inicial que não permitiu a ninguém pensar ou titubear, ou mesmo 
recusar, professores tiveram que reaprender a ensinar e a usar tecnologias com as 
quais não estavam (ainda) habituados, apesar do contexto mundial já vir inserindo 
novas tecnologias em todos os âmbitos da sociedade.
Foi quase como uma avalanche de novos conhecimentos para os professores, que 
precisaram ser assimilados em questão de semanas, porque urgiaretomar as aulas e 
inserir os estudantes nessa nova prática. Foi quase como trocar o pneu de um carro 
com ele em movimento.
E para os estudantes não foi muito diferente, visto que sabe-se que boa parte da 
população mundial não tem em suas casas um bom computador ou uma internet de 
ponta que facilite assistir aulas on-line, e nem tem o hábito e o poder de concentração 
para em seu lar, local no qual estão acostumados a descansar ou se divertir, concentrar-
se o suficiente para ouvir aulas, fazer anotações e conviver com ruídos de todos os tipos 
a atrapalhar esse momento que deveria ser especialmente dedicado à assimilação de 
novos conhecimentos. (Santos & Zaboroski, 2020)
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 4/13
Também há que se considerar que o currículo da maior parte das instituições de 
ensino não foi criado para ser aplicado de forma remota, e nem se refletiu sobre a 
possibilidade de isso ser necessário ao ser elaborado, o que dificultou, ainda mais, 
essa adaptação. (Behar, 2020)
Mas não houve escolha, para ninguém.
Mas afinal o que é o ensino remoto?
Hodges et al. (2020, como citado em Santos & Zaboroski, 2020) afirmam que o ensino 
remoto de emergência, diferente do que ocorre com as práticas que são planejadas 
diretamente para serem on-line, é uma mudança temporária na forma de ensinar 
e aprender para um modo alternativo devido a algum momento de crise, e foi o 
que aconteceu com a chegada da Covid-19. O objetivo é proporcionar um acesso 
temporário à educação de forma rápida, para que esteja disponível durante uma 
emergência. Sendo assim, é necessário separá-la do aprendizado on-line.
Essa nova técnica de ensino frente à pandemia da Covid-19, possibilita aulas virtuais 
por meio de plataformas on-line de educação, aulas ao vivo pelas redes sociais e pelo 
envio de materiais digitais aos estudantes, com a presença (ainda que remota) do 
professor.
Porém, é preciso ressaltar que essa nova técnica traz consigo muitas limitações de 
cunho social, estrutural e econômico que comprometem o ensino, visto alunos e 
instituições não estarem preparados para tal empreitada.
Foi necessário montar novas plataformas de ensino, lidar com professores sem preparo 
para o trabalho remoto, e com alunos sem computadores e internet em casa. (Santos 
& Zaboroski, 2020)
Vale a pena fazer um aparte e ressaltar também, conforme explica Nairim (2021), 
que o ensino remoto no contexto da pandemia também pode ocorrer sem muita 
tecnologia ou sem nenhuma tecnologia, mediado pelo envio de material impresso 
aos estudantes e por meio de aulas gravadas e transmitidas pela televisão ou pelo 
rádio, dentre outras estratégias que podem ser adotadas.
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 5/13
É um estilo de ensino temporário, que tem a duração do período de calamidade 
e durante o qual os docentes continuam cumprindo com suas cargas horárias, 
interagindo, sempre que possível com seus aprendizes, solucionando suas dúvidas, 
dentro do horário de suas aulas.
Quando comparado com as aulas presenciais, o ensino remoto é uma medida tomada 
de forma urgente para que as aulas presenciais interrompidas possam continuar 
durante o isolamento social, porém sem que sejam muito diferentes, em tese. 
Na prática, dentro do possível, por meio de plataformas virtuais de aprendizagem, 
os professores se encontram com os seus alunos nos mesmos dias e horas de suas 
aulas presenciais, utilizando softwares que possibilitam interações com o uso de 
vídeos, áudios, chats, compartilhamentos de telas e outras ferramentas interativas. 
Essa interação se chama ‘presença social’.
A maior diferença é a ausência do ambiente físico escolar que permite o contato 
social direto, cara a cara, tirando isso, a ideia é que tudo se mantenha igual mesmo 
com os alunos em casa. Em tese, é claro, porque na prática os professores puderam 
sentir na pele as dificuldades emocionais, técnicas e de recursos (como computadores 
ultrapassados ou com memória insuficiente para se fazer o que era feito em casa antes 
do ERE). (Dau, 2021)
Vantagens e desvantagens do ensino remoto
Dentre as vantagens do ensino remoto podem-se citar:
●	 A maior flexibilidade e liberdade de tempo para o estudo, o aumento do alcance 
geográfico e uma maior autonomia do discente. (Santos & Zaboroski, 2020);
●	 A economia de tempo com relação à locomoção de casa ou do trabalho (no 
caso dos alunos) para a escola e vice-versa, o compartilhamento de conteúdos 
e informações de forma imediata, a produção e o envio de atividades por 
e-mail, tirar dúvidas, ainda que on-line, diretamente com o professor, além da 
flexibilidade de horário e maior autonomia dos alunos, já citadas anteriormente. 
(Dau, 2021)
E dentre as desvantagens estão:
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 6/13
●	 As altas taxas de evasão, o sentimento de solidão dos alunos cada vez mais 
crescente, a preocupação em manter a qualidade das aulas e do estudo, a 
apreensão com relação às novas formas de avaliação, e ainda as dificuldades 
de acesso ligadas às diferenças socioeconômicas existentes entre as populações. 
(Santos & Zaboroski, 2020)
●	 A perda de contato com os colegas, as inúmeras distrações existentes no lar (ou 
no local de trabalho, no caso de algumas pessoas), a queda de energia ou da 
conexão com a internet, isso sem contar com o fato de que nem todos (alunos 
e professores) têm equipamentos adequados como computadores, tablets ou 
smartphones. (Dau, 2021)
Saiba Mais
Quer saber mais sobre o ensino remoto e os desafios dos professores 
durante esse período? Então leia os seguintes textos e bons estudos.
1. Oliveira, Edinaldo Aguiar de. (2021) Ensino remoto: o desafio 
na prática docente frente ao contexto da pandemia. Revista 
Educação Pública, v. 21, nº 28. https://educacaopublica.cecierj.edu.
br/artigos/21/28/ensino-remoto-o-desafio-na-pratica-docente-
frente-ao-contexto-da-pandemia acessado em 14 de julho de 
2022.
2. Alves, Lynn (2020). Educação remota: entre a ilusão e a realidade. 
Revista Interfaces científicas - Educação, vol. 8 n.3, p. 348–
365. https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/9251 
acessado em 14 de julho de 2022.
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/28/ensino-remoto-o-desafio-na-pratica-docente-frente-ao-contexto-da-pandemia
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/28/ensino-remoto-o-desafio-na-pratica-docente-frente-ao-contexto-da-pandemia
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/28/ensino-remoto-o-desafio-na-pratica-docente-frente-ao-contexto-da-pandemia
https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/9251
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 7/13
Ensino Remoto versus Educação a Distância
No ensino a distância, são usadas as tecnologias digitais de informação e comunicação 
e as atividades são realizadas pelos estudantes em tempos diferentes. No ensino 
remoto, os conhecimentos são transmitidos de forma síncrona, durante o período 
das aulas. 
Na EaD, o aluno tem acesso a um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) que contém 
todos os materiais e recursos dos quais ele precisa, como fóruns e bibliotecas virtuais 
que ele acessa no tempo que quiser, onde quiser e como quiser, com aulas que ficam 
gravadas para que ele as possa assistir conforme sua escolha. (Dau, 2021)
A educação a distância é uma modalidade de ensino na qual a mediação didático-
pedagógica ocorre por meio das TICs, com estudantes, tutores (que fazem a 
mediação) e professores (que elaboram os conteúdos e avaliações) em lugares e 
tempos diversos para cada usuário.
Na EaD, existe um modelo pedagógico, um planejamento estruturado, formado 
pelos aspectos organizacionais, de conteúdo, metodológicos, tecnológicos e pelas 
estratégias pedagógicas que serão executadas.
https://player.vimeo.com/video/797811288
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 8/13
Nessa modalidade de ensino, o aprendiz precisa reunir algumas características como 
ser (ou se tornar) comunicativo através da escrita (e da oralidadequando acontecerem 
aulas síncronas), e precisa ser automotivado e autodisciplinado para conseguir 
organizar seus estudos e definir horários fixos em casa ou no trabalho para se dedicar 
ao curso.
No ensino a distância, é essencial levar em conta os aspectos sociais, emocionais e 
pessoais do estudante, portanto, recomenda-se a individualização/personalização do 
ensino baseado nas necessidades, nas preferências e nos interesses do aluno. (Behar, 
2020)
E o Homeschooling?
Será que existe algum tipo de semelhança entre o ensino remoto, o ensino a distância 
e o homeschooling? Vamos começar compreendendo o que é esse ‘ensino em casa’.
No homeschooling, o processo de ensino-aprendizagem é feito completamente na 
casa do estudante, por seus pais, que é o responsável pelas aulas e pela educação 
formal da criança ou jovem, sem nenhum tipo de material enviado por alguma escola, 
e nem com o acompanhamento de algum educador. 
No entanto, esse acompanhamento pode ser feito caso haja a contratação de um 
professor particular, que possa auxiliar essa criança ou adolescente que não está 
matriculado em nenhuma instituição escolar.
Essa educação domiciliar ou doméstica é permitida em mais de 60 países, como 
Austrália, Japão, Estados Unidos, Canadá, Paraguai, Portugal, França e Reino Unido, 
mas é proibida em outros países, como na Espanha, na Alemanha e na Suécia. 
No Brasil, ainda não há regulamentação sobre isso, apesar de estar sendo discutida. 
Sendo assim, pessoas que dizem ter estudado dessa forma não recebem nenhuma 
certificação. Conforme a Constituição Federal do Brasil e a Lei de Diretrizes e Bases 
(LDB), a educação é “dever do Estado e da família”. 
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 9/13
Quadro 1 - Diferenças entre as modalidades de ensino
Fonte: Nairim, 2021, n.p.
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 10/13
Em Resumo
Foi possível conhecer um pouco sobre o ensino remoto e sua diferença com relação 
ao ensino a distância e o homeschooling. O primeiro é aquele que ocorreu, de forma 
emergencial, ao surgir no mundo a temível Covid-19, que exigiu que toda a estrutura 
escolar fosse adaptada para trabalhar de sua própria casa, em isolamento. Professores, 
estudantes e demais agentes tiveram que se reinventar para que o processo educacional 
não fosse interrompido durante a pandemia. Já o ensino a distância é aquele que ocorre 
por decisão do aluno, que por questões de tempo e distância não quer se locomover até 
uma instituição de ensino e opta por estudar de forma mais autônoma, com a ajuda de 
tutores e a inter relação com ambientes virtuais de aprendizagem e as TICs. Por sua vez, 
o homeschooling é a modalidade de ensino adotada por alguns pais ou responsáveis 
por crianças ou jovens de forma a ministrar totalmente em casa e por sua conta os 
conhecimentos a esses estudantes. Espero que tenha gostado dessa experiência de 
conhecer novas modalidades de ensino.
Aplicação prática
Agora que já conheceu um pouco sobre cada uma dessas modalidades 
de ensino (remoto, a distância e homeschooling) faça o seu próprio 
quadro com as diferenças mais importantes entre elas e crie um conceito 
próprio de cada uma.
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 11/13
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/797811548
O Ensino Remoto e a Pandemia da Covid-19 • 12/13
Referências Bibliográficas
Behar, Patrícia Alejandra. (2020). O Ensino Remoto Emergencial e a Educação a 
Distância. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. https://www.ufrgs.br/coronavirus/
base/artigo-o-ensino-remoto-emergencial-e-a-educacao-a-distancia/ acessado em 14 
de julho de 2022.
Dau, Gabriel. (2021) O que é Ensino Remoto e o seu papel fundamental em 2021. 
Rede Jornal Contábil. https://www.jornalcontabil.com.br/o-que-e-ensino-remoto-e-o-
seu-papel-fundamental-em-2021/ acessado em 14 de julho de 2022.
Nairim, Bernardo. (2021). Ensino remoto não é EAD, e nem homeschooling. Nova 
Escola. https://novaescola.org.br/conteudo/20374/ensino-remoto-nao-e-ead-e-nem-
homeschooling acessado em 14 de julho de 2022.
Santos, Jamilly Rosa dos; & Zaboroski, Elisângela Aparecida. (2020). Ensino remoto 
e pandemia Covid-19: desafios e oportunidades de alunos e professores. Revista 
Interacções. n. 55, p. 41-57. https://revistas.rcaap.pt/interaccoes/article/view/20865 
acessado em 14 de julho de 2022.
https://www.ufrgs.br/coronavirus/base/artigo-o-ensino-remoto-emergencial-e-a-educacao-a-distancia/
https://www.ufrgs.br/coronavirus/base/artigo-o-ensino-remoto-emergencial-e-a-educacao-a-distancia/
https://www.jornalcontabil.com.br/o-que-e-ensino-remoto-e-o-seu-papel-fundamental-em-2021/
https://www.jornalcontabil.com.br/o-que-e-ensino-remoto-e-o-seu-papel-fundamental-em-2021/
https://novaescola.org.br/conteudo/20374/ensino-remoto-nao-e-ead-e-nem-homeschooling
https://novaescola.org.br/conteudo/20374/ensino-remoto-nao-e-ead-e-nem-homeschooling
https://revistas.rcaap.pt/interaccoes/article/view/20865
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Aprendizagem ativa via tecnologias
Antonio Siemsen Munhoz
InterSaberes, 2019
O Ensino Híbrido
O Ensino Híbrido • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Investigar em que consiste o ensino híbrido;
• Conhecer as características do ensino híbrido e os motivos para usá-lo;
• Compreender o papel do professor e o papel do aluno nesse tipo de ensino.
O Ensino Híbrido
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem 
Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela 
editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/797811677
O Ensino Híbrido • 3/11
Introdução 
Ao começar a pensar sobre a educação híbrida, também chamada de blended 
learning ou b-learning, é necessário entender que o professor se depara muitas vezes 
com questionamentos mesmo não lecionando nesse ambiente blended. Vira e mexe 
os alunos perguntam: professor, o sr. pode mandar o conteúdo por e-mail ou no 
grupo do Whatsapp? Professor, podemos postar o nosso trabalho nas redes sociais 
da escola?, dentre outras várias indagações nesse sentido. 
Portanto, o professor do século XXI precisa conhecer, ao menos um pouco, esse 
universo híbrido que possibilita o seu trabalho tanto no meio físico/físico quanto no 
meio físico/virtual. (Souza, Bailão, & Veraszto, 2018)
Mas afinal o que é blended? Será que só tem um significado? Morán (2015) relata 
que na educação há vários tipos de blended: saberes e valores, quando conectamos 
várias áreas de conhecimento, blended de metodologias, quando docentes inserem 
diferentes desafios, atividades, projetos e games, em suas práticas. 
Também fala-se sobre tecnologias blended, que são aquelas que fazem parte das 
atividades propostas, juntando a sala de aula com as atividades digitais, e as presenciais 
com as virtuais. Blended também pode representar um currículo que seja mais flexível.
Blended significa a conexão entre processos de ensino mais formais e informais, de 
educação aberta e em rede. E o blended ainda pode ser inserido em escolas mais 
estruturadas, mas também nas mais carentes, porque nem todas as atividades realizadas 
no ensino híbrido precisam de tecnologias de ponta. (Morán, 2015)
Portanto, vamos conhecer um pouco mais sobre esta metodologia que vem ganhando 
cada vez mais espaço e importância na educação.
Conceito de Blended Learning
Podemos definir o ensino híbrido como um tipo de programa educacional formal, 
que possibilita que o aluno realize suas tarefas integrando o on e o off-line, ou seja, o 
ambiente físico e o digital. 
O Ensino Híbrido • 4/11
Ao levarmos em conta que as pessoas não aprendem no mesmo ritmo e nem da 
mesma forma, para que todos os estudantes tenham sucesso na sua vida escolar, 
a personalização do ensino seria muito interessante, de forma a tentar atingir as 
diferentes necessidades de aprendizagem, e o ensino híbrido possibilita isso.
Nesses moldes, aqueles alunos que já dominamdeterminado conteúdo, conseguem 
avançar sem prejudicar aqueles que precisam de um pouco mais de tempo para 
assimilá-lo. (Silva & Sanada, 2018)
No ensino híbrido, parte do ensino ocorre em sala de aula, na qual os alunos 
conseguem interagir e trocar experiência entre si e com o tutor e parte ocorre pelos 
meios digitais, dando-lhes mais autonomia.
Vale ressaltar que ambos se completam, visto que oferecem diferentes experiências de 
aprendizagem, e que para que o ensino híbrido ocorra de fato, tanto a aprendizagem 
presencial quanto a digital precisam ter o mesmo objetivo. (Bacarin, 2020)
Uma outra definição de ensino híbrido o coloca como um programa de educação 
formal por meio do qual, pelo menos em parte, o aprendiz aprende na modalidade 
on-line, controlando seus tempos, o lugar onde quer estudar, o ritmo que quer estudar, 
e em outra parte do tempo estuda em um ambiente físico, supervisionado, que não 
é sua casa. (Horn & Staker, 2015 como citado em Mello, Neto & Petrillo, 2019)
Características do b-learning
Está cada vez mais evidente que na contemporaneidade as pessoas usam as mais 
variadas tecnologias digitais para conseguir informações e conhecimentos, o que 
vem causando uma mudança cultural visto que essas pessoas sentem a necessidade e 
querem estar conectadas a todo momento.
Isso posto, precisamos pensar sobre qual educação queremos oferecer aos estudantes 
hoje e no futuro, levando em conta tanto as necessidades do mercado de trabalho, 
quanto da sociedade globalizada e digital como um todo.
Hoje em dia os ambientes semipresenciais ou mistos vem sendo mais e mais usados 
nos processos de ensino-aprendizagem porque são disruptivos e facilitadores da 
transmissão de conhecimentos.
O Ensino Híbrido • 5/11
Se observarmos as grandes universidades internacionais, elas estão adotando 
diferentes formas de ensinar como a presença conectada, o e-learning, m-learning e 
u-learning.
Vale ressaltar que a explosão do uso de tecnologias de ponta, como a 3D, a inteligência 
artificial, e a realidade aumentada e virtual, vem criando um conjunto das chamadas 
‘melhores práticas’, mas por outro lado vem deixando os professores bastante 
assustados, e criando em outros a ideia de que ‘essa forma de ensinar deixa tudo a 
cargo do aluno e o professor não faz nada’.
O que tem ocorrido também é que muitos professores, mesmo com medo e sem 
preparo, estimulados por um salário maior para ministrar aulas nesses ambientes 
mais tecnológicos, chegam às salas de aula sem mudar sua forma de atuar, obtendo 
resultados insatisfatórios.
Mas o que deve ocorrer de fato? Essas novas modalidades de ensino, que incluem 
o ensino híbrido, vem estimulando que o docente seja colocado na posição de 
orientador, mediador e conselheiro, saindo da inércia da sua função puramente 
expositiva e detentora de todo o conhecimento.
O blended learning exige do professor que mantenha contato com seu educando 
mesmo fora de seu tempo em sala de aula, isso porque algumas dessas ‘melhores 
práticas’ exigem a presença não física, mas social do educador, até que seu aprendiz 
atinja o estado de heutagogia, no qual ele atinge o grau de independência total de 
seus orientadores. (Munhoz, 2019)
O Ensino Híbrido • 6/11
Saiba Mais
Explore o seguinte endereço eletrônico para conhecer mais sobre 
‘melhores práticas’ internacionais que vêm sendo aplicadas no ambiente 
semipresencial no mundo.
1. Blended Learning Toolkit. http://blended.online.ucf.edu acessado 
em 20 de agosto de 2022
Veja também o seguinte vídeo. Prof. Me. Eduardo Gula. Educação 
a distância ou e-learning: é diferente? https://www.youtube.com/
watch?v=O9gRiVslidY acessado em 20 de agosto de 2022
http://blended.online.ucf.edu
https://www.youtube.com/watch?v=O9gRiVslidY
https://www.youtube.com/watch?v=O9gRiVslidY
https://player.vimeo.com/video/797811855
O Ensino Híbrido • 7/11
O papel do professor no Ensino Híbrido
Há que se ressaltar que neste estilo de ensino, que mistura a sala de aula presencial 
e a eletrônica, o docente é o responsável total pelo planejamento da educação do 
aprendiz, o que é uma vantagem, e o trabalho conjunto com seus alunos permite 
fortalecer o vínculo perdido atualmente nos ambientes tradicionais, obtendo, com 
certeza, resultados mais efetivos.
Sugere-se que ao longo do processo de ensino e aprendizagem o professor observe:
●	 A capacidade do educando com relação à tecnologia que está sendo empregada, 
e se for preciso, pode-se realizar um nivelamento;
●	 As formas individuais de aprendizagem, aproveitando a flexibilidade oferecida 
pelo b-learning;
●	 O gerenciamento do tempo para que as atividades sejam efetivamente 
desenvolvidas a contento;
●	 O grau de satisfação dos estudantes, acompanhamento que deve ser rotineiro. 
(Munhoz, 2019)
O papel do estudante no Ensino Híbrido
Com relação ao que se espera do aprendiz, a primeira coisa que ele deve saber e 
compreender é o grau de responsabilidade que terá sobre o seu aprendizado. O seu 
papel mudou e ele deixou de ter aquele ‘inculcador de informações’ para conviver 
com um orientador e mediador do conhecimento.
Caso ele não leve em consideração isso, desistirá do estudo, visto que sua autonomia 
é colocada em xeque e espera-se que ele conduza o seu processo de ensino e 
aprendizagem conforme seus anseios e necessidades.
No ambiente centrado no aluno, tudo precisa ser decidido em conjunto.
Vejamos algumas características que o estudante deve ter para estudar em um 
ambiente semipresencial:
●	 Objetivos bem estabelecidos;
●	 Capacidade de participar de debates, apresentações e brainstormings;
O Ensino Híbrido • 8/11
●	 Capacidade de desenvolver mapas conceituais e mentais;
●	 Capacidade de realizar estudos independentes;
●	 Capacidade de agir em cooperação e colaboração.
Assim, os alunos devem ser vistos como sujeitos ativos, engajados e comprometidos 
com sua aprendizagem, definindo os rumos de sua educação de forma responsável, 
visando o futuro. (Munhoz, 2019)
Melhores Práticas no b-learning
Para funcionarem efetivamente, os ambientes b-learning precisam ser bastante 
interativos e os alunos precisam ter um feedback imediato (ou o mais próximo disso) 
no caso das comunicações assíncronas. Redes sociais também devem ser utilizadas e 
devem-se privilegiar as atividades nas quais se aprende fazendo, mediante oficinas 
e laboratórios nos momentos presenciais.
Também aconselha-se o desenvolvimento de simulações, estudos de casos e técnicas 
de role-playing nos momentos de presença física em sala de aula. Os alunos também 
precisam produzir textos e utilizar o brainstorming.
Deve-se sempre partir do conhecimento e das técnicas mais simples para as mais 
complexas, conforme sugerido por Bloom (Taxonomia de Bloom).
O uso da aprendizagem ativa, com estratégias metacognitivas e suporte do aprendizado 
pelos pares, também deve ser explorada.
Em Resumo
Apreendemos, neste tema, que o blended learning é aquela forma de aprendizagem que 
mistura o ensino on-line com o presencial, por isso é também chamado de ensino misto. 
Nele, o professor assume o papel de mediador, orientador do aprendizado, guiando o 
aluno tanto nos momentos presenciais quanto nos momentos assíncronos, dando seu 
respaldo a todo momento (dentro do possível), enquanto o papel do estudante é de se 
transformar em um sujeito autônomo e ativo, que organiza os seus tempos para estudar 
tanto presencialmente quanto de forma virtual. Pode-se dizer que essa modalidade 
pode vir a ser a forma de ensino e aprendizagem das gerações futuras.
O Ensino Híbrido • 9/11
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/797812128
O Ensino Híbrido • 10/11
Referências Bibliográficas
Bacarin, Ligia Maria Bueno Pereira. (2020) Metodologias Ativas. [livro eletrônico] 
Curitiba: Contentus.
Mello, Cleyson de Moraes; Neto, José Rogério Moura de Almeida; & Petrillo, Regina 
Pentagna. (2019) Metodologias Ativas: desafios contemporâneos e aprendizagem 
transformadora. [livro eletrônico] 2ª ed. Riode Janeiro: Freitas Bastos.
Morán, José. (2015) Mudando a Educação com metodologias ativas. PROEX/UEPG. 
Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: 
aproximações jovens. Vol. II. 
Munhoz, Antonio Siemsen. (2019). Aprendizagem Ativa via Tecnologias. [livro 
eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Silva, Ivaneide Dantas da.& Sanada, Elizabeth dos Reis. (2018) In: Bacich, Lilian; & 
Morán, José. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem 
teórico prática. Ed. Penso, Porto Alegre. https://ifce.edu.br/tabuleirodonorte/campus_
tabuleiro/coordenacao-de-pesquisa-e-extensao/grupos-de-pesquisa/metodologias-
ativas-e-ensino-de-linguas-matel/sugestoes-de-leitura/metodologias-ativas-para-uma-
educacao-inovadora-lilian-bacich-e-jose-moran.pdf/view acessado em 01 de julho de 
2022.
Souza, Henderson Tavares de. Baião, Emerson Rodrigo; & Veraszto, Estéfano 
Vizconde. (2018) Tecnologias Educacionais: aplicações e possibilidades. Tendências 
em Tecnologias Educacionais em Educação a Distância. Ufscar.
https://ifce.edu.br/tabuleirodonorte/campus_tabuleiro/coordenacao-de-pesquisa-e-extensao/grupos-de-pesquisa/metodologias-ativas-e-ensino-de-linguas-matel/sugestoes-de-leitura/metodologias-ativas-para-uma-educacao-inovadora-lilian-bacich-e-jose-moran.pdf/view
https://ifce.edu.br/tabuleirodonorte/campus_tabuleiro/coordenacao-de-pesquisa-e-extensao/grupos-de-pesquisa/metodologias-ativas-e-ensino-de-linguas-matel/sugestoes-de-leitura/metodologias-ativas-para-uma-educacao-inovadora-lilian-bacich-e-jose-moran.pdf/view
https://ifce.edu.br/tabuleirodonorte/campus_tabuleiro/coordenacao-de-pesquisa-e-extensao/grupos-de-pesquisa/metodologias-ativas-e-ensino-de-linguas-matel/sugestoes-de-leitura/metodologias-ativas-para-uma-educacao-inovadora-lilian-bacich-e-jose-moran.pdf/view
https://ifce.edu.br/tabuleirodonorte/campus_tabuleiro/coordenacao-de-pesquisa-e-extensao/grupos-de-pesquisa/metodologias-ativas-e-ensino-de-linguas-matel/sugestoes-de-leitura/metodologias-ativas-para-uma-educacao-inovadora-lilian-bacich-e-jose-moran.pdf/view
O Ensino Híbrido • 11/11
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Aprendizagem ativa via tecnologias
Antonio Siemsen Munhoz
InterSaberes, 2019
A Sala de Aula Invertida ou Flipped 
Classroom.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar em que consiste a Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom.
• Compreender os seus objetivos, estratégias e regras básicas.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom.
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem 
Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela 
editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/797998209
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 3/12
Introdução 
Embora a Sala de Aula Invertida seja uma metodologia já em voga nos últimos anos, 
alguns autores ainda a consideram em construção. Tem sido a queridinha de alunos e 
professores porque é um processo simples que tem a ver com a entrega ou indicação 
de um conteúdo por meio de texto, vídeos, podcasts ou qualquer outro recurso com 
o qual o estudante aprenderá de forma independente, quando e onde quiser, em 
momento extra sala de aula (on-line), e no momento in classroom o aluno desenvolverá 
a atividade proposta pelo docente, tendo como base aquele conhecimento que foi 
previamente adquirido.
Aquela tarefa que antes era chamada de ‘dever de casa’ passa a ser desenvolvida em 
sala de aula, com o suporte do professor, que será um mediador entre o estudante e 
o material, estimulando debates, sessões de perguntas e respostas, apresentação de 
dúvidas e dos resultados desenvolvidos.
É necessário, para essa prática, que o estudante tenha acesso ao conteúdo de forma 
antecipada, e ainda é fundamental que ele se engaje e que esmiúce esse material 
antes do momento no qual estará em sala de aula, já seja de forma física, conectada 
ou virtual. (Munhoz, 2019)
Então, vamos conhecê-la um pouco mais!
Características da Sala de aula invertida ou Flipped classroom
Apesar de alguns estudiosos entenderem a sala de aula invertida como uma metodologia 
inovadora, outros não a veem do mesmo modo. Alguns autores a consideram apenas 
como uma forma diferente de desenvolver o conteúdo para motivar o aluno.
Nessa metodologia, o conteúdo não é mais entregue ao aluno pelo professor, via 
o texto de um livro ou de outra bibliografia. Passa a ser ‘entregue’ por indicações 
de pesquisas, bibliotecas virtuais, ou links (por meio de um ambiente virtual de 
aprendizagem) e novos materiais podem (e devem) ser acrescentados, até a sua 
completa compreensão.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 4/12
Vale ressaltar que geralmente, quando a proposta é inicialmente passada aos alunos, 
causa certa surpresa e até mesmo um certo pânico, visto ser diferente e os alunos 
serem desafiados a fazer algo novo, a ‘sair da caixinha’ como se diz.
Nessa situação, o aluno precisa assumir o papel central nessa ‘imersão’ no material 
e o professor passa a assumir um papel de orientador, o que não é fácil, porque 
ele também é desafiado a ensinar de forma diferente, estimulando outras formas de 
assimilação do conhecimento.
O processo tem alguns aliados de peso, como o conectivismo, a aprendizagem baseada 
em problemas (ABProb.) e a aprendizagem em grupo, que serão vistas mais adiante, e 
várias outras aprendizagens ativas visando aproximar as metodologias atuais à geração 
digital. (Munhoz, 2019)
Saiba Mais
Quer conhecer exemplos de sucesso no uso da metodologia de ensino 
híbrido rotação sala de aula invertida? Então leia os seguintes artigos.
1. Souza & Andrade. (2016). Modelos de rotação do ensino híbrido: 
estações de trabalho e sala de aula invertida. https://etech.sc.senai.
br/revista-cientifica/article/view/773 acessado em 11 de julho de 
2022
2. Pavanelo & Lima. (2017). Sala de Aula Invertida: a análise de uma 
experiência na disciplina de Cálculo I. https://www.scielo.br/j/
bolema/a/czkXrB369jBLfrHYGLV4sbb/?format=pdf&lang=pt 
acessado em 11 de julho de 2022.
https://etech.sc.senai.br/revista-cientifica/article/view/773
https://etech.sc.senai.br/revista-cientifica/article/view/773
https://www.scielo.br/j/bolema/a/czkXrB369jBLfrHYGLV4sbb/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/bolema/a/czkXrB369jBLfrHYGLV4sbb/?format=pdf&lang=pt
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 5/12
Vale ressaltar que para que a aprendizagem realmente ocorra é essencial que os 
docentes insiram os quatro pilares fundamentais que formam a sigla FLIP, ou seja, é 
preciso que a prática ocorra em ambiente flexível (F - Flexible Environment), que esteja 
focada na cultura da aprendizagem (L - Learning Culture), que seja proposto com um 
conteúdo dirigido (I - Intentional Contents) e que o educador seja profissional (P - 
Professional Educator).
Figura 1 - Pilares da Aprendizagem Invertida
Fonte: Flipped Learning (FLN), 2014 como citado em Mello, Neto & Petrillo, 2019, p. 74
É uma abordagem pedagógica na qual a aula tradicionalmente expositiva se transforma 
de uma abordagem grupal para uma aprendizagem individual, proporcionando ao 
ambiente presencial restante um momento de aprendizado flexível, dinâmico e 
interativo.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 6/12
É necessário perceber que não basta pedir aos alunos que leiam um texto ou assistam 
um vídeo previamente. Muitos professores devem ter pedido isso aos seus alunos em 
algum momento de suas práticas. É fundamental que os alunos se engajem e que 
esgotem as pesquisas sobre o assunto, com uma preparação prévia, anotando suas 
dúvidas para que sejam sanadas coletivamente, no momento do encontro presencial 
(ou síncrono, no caso das aulas a distância), antes de que ocorra efetivamente o 
desenvolvimento da tarefa proposta.
Morán (2015, como citado em Bacarin, 2020), um dos estudiosos da educação mais 
conceituados, considera a salade aula invertida como uma das metodologias mais 
interessantes da atualidade para misturar tecnologias e práticas de ensino, porque 
concentra no virtual a aquisição da informação mais básica e deixa para o presencial (ou 
síncrono no caso do ensino a distância) as atividades mais criativas e supervisionadas, 
que combinam desafios, projetos, problemas reais e jogos.
Como não há um modelo único para a inversão em sala de aula, o docente pode 
inserir diversas atividades práticas e/ou ainda permitir que os alunos trabalhem 
em atividades diferentes, ao mesmo tempo, que estudem em grupos ou de forma 
individual e que sejam avaliados quando se sentirem preparados.
https://player.vimeo.com/video/797998406
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 7/12
Objetivos da Flipped Classroom
Para que a prática funcione efetivamente, estudiosos elencam alguns objetivos que 
precisam ser atingidos. São eles:
●	 Propor aulas menos expositivas, que sejam mais produtivas e participativas, que 
façam com que o aprendiz se engaje em relação com o conteúdo a ser estudado, 
transformando a sala de aula em um ambiente colaborativo;
●	 Proporcionar um ambiente mais interativo entre professor e alunos, alunos e 
alunos, e ainda entre alunos e material, gerando a assimilação do conteúdo de 
forma efetiva;
●	 Favorecer uma melhor otimização do tempo em sala de aula (e fora dela também);
●	 Permitir que alunos com dificuldade de aprendizagem tenham um melhor 
aproveitamento; (Mello, Neto e Petrillo, 2019)
Estratégias de Aplicação
Antes da Aula
1- O docente determina os objetivos a serem atingidos, prepara o material que 
o estudante precisa ler/ver/ouvir extra sala de aula e o disponibiliza ou faz as 
indicações;
2- O estudante lê, vê e/ou ouve os materiais em um momento extra sala de aula 
escolhido por ele, de onde quiser.
Na sala de aula
3- Nos primeiros minutos, o professor/orientador cede um tempo para que os 
estudantes tirem as dúvidas que tiveram ao estudar o material, e na sequência 
usam os conceitos/conteúdos aprendidos para resolver os problemas/
questionamentos propostos pelo professor em sala de aula. As atividades 
realizadas na sala de aula devem estimular atividades cognitivas mais complexas 
como aplicar, criar, analisar, avaliar, idear, tendo o apoio dos colegas e do 
professor. (Mello, Neto & Petrillo, 2019)
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 8/12
Regras básicas para inverter a sala de aula
Além de conhecermos os objetivos e as estratégias de aplicação da sala de aula 
invertida, ainda precisamos assimilar quais são as suas regras básicas, ou cairemos no 
erro de apenas criar uma atividade diferenciada no mesmo contexto tradicional, sem 
uma aprendizagem significativa. Então, vejamos o que o Relatório Flipped Classroom 
Field Guide (Valente, 2018) diz a esse respeito.
●	 As atividades que ocorrem no momento in classroom devem envolver 
questionamentos, a resolução de problemas e outras atividades de aprendizagem 
ativa que levem o estudante a recuperar, aplicar e aumentar o material apreendido 
extra classe (on-line);
●	 Os aprendizes precisam receber o feedback logo após a realização das atividades 
presenciais;
●	 Os estudantes precisam ser estimulados a participar tanto das atividades on-line 
como das in classroom, tendo ciência que ambas as participações valerão nota e 
farão parte da avaliação;
●	 Tanto o material a ser explorado extraclasse quanto os ambientes de aprendizagem 
de sala de aula (presenciais ou não) precisam ser muito bem estruturados e 
planejados. 
Vale ressaltar que não é para o professor passar aos seus estudantes textos enfadonhos 
ou vídeos longos, visto que os alunos costumam reclamar que a aula expositiva é muito 
chata e cansativa. A ideia não é substituir uma aula ‘chata’ presencial por uma pesquisa 
‘chata’ on-line. O propósito é explorar outros recursos como animações, simulações, 
estudos de caso, integrando as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) com 
as atividades curriculares.
O ideal é que o professor possa acessar as informações dos alunos nas plataformas de 
ensino, observando as pesquisas realizadas, as auto avaliações feitas, observando os 
pontos críticos que precisam ser fortalecidos e que precisam ser retomados em sala 
de aula.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 9/12
O Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Harvard adotaram 
a estratégia da sala de aula invertida em algumas disciplinas e com isso elas têm inovado 
seus métodos de ensino, adequando-os para que possam usar os avanços das TICs e 
diminuir a evasão. (Valente, 2018)
A grande vantagem da junção da Sala de Aula invertida e da Aprendizagem Ativa é 
fomentar o aprendizado no Ensino Híbrido, possibilitando ao professor compreender 
e trabalhar quase que de forma individual o aprendizado de cada aluno. (Souza, Baião 
& Veraszto, 2018)
Em Resumo
Conhecemos um pouco mais sobre a famosa sala de aula invertida compreendendo que 
não é simplesmente uma metodologia por meio da qual o professor passa o conteúdo 
para o aluno aprender sozinho em casa. Para que a aprendizagem ocorra efetivamente 
é preciso engajamento, planejamento prévio, inserção do material pelo docente no 
ambiente virtual, de forma que o aluno tenha acesso a ele de onde quiser e quando 
quiser e é fundamental que no momento presencial (ou síncrono no caso de aulas a 
distância) esse conhecimento previamente assimilado seja trazido de volta e colocado 
em prática pela aplicação de atividades que envolvam debates, análises, aplicações 
de ações, ou qualquer outra prática que gere aprendizagem significativa. Espero que 
tenha gostado.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 10/12
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/797998575
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 11/12
Referências Bibliográficas
Bacarin, Ligia Maria Bueno Pereira. (2020) Metodologias Ativas. [livro eletrônico] 
Curitiba: Contentus.
Mello, Cleyson de Moraes; Neto, José Rogério Moura de Almeida; & Petrillo, Regina 
Pentagna. (2019) Metodologias Ativas: desafios contemporâneos e aprendizagem 
transformadora. [livro eletrônico] 2ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos.
Munhoz, Antonio Siemsen. (2019). Aprendizagem Ativa via Tecnologias. [livro 
eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Souza, Henderson Tavares de. Baião, Emerson Rodrigo; & Veraszto, Estéfano 
Vizconde. (2018) Tecnologias Educacionais: aplicações e possibilidades. Tendências 
em Tecnologias Educacionais em Educação a Distância. Ufscar.
Valente, José Armando, A sala de aula invertida e a possibilidade de ensino 
personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia. In: Bacich, Lilian; 
& Morán, José. (2018) Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma 
abordagem teórico-prática. [livro eletrônico] Porto Alegre: Penso.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 12/12
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Aprendizagem ativa via tecnologias
Antonio Siemsen Munhoz
InterSaberes, 2019
A Aprendizagem Baseada em Projetos ou 
Project Based Learning.
A Aprendizagem Baseada em Projetos ou Project Based Learning. • 2/13
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar em que consiste a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABProj.)
• Compreender suas características, os tipos, as categorias, os elementos e os 
passo;
• Conhecer os objetivos e as estratégias de aplicação.
A Aprendizagem Baseada em Projetos ou 
Project Based Learning.
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem 
Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela 
editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/797998652
A Aprendizagem Baseada em Projetos ou Project Based Learning. • 3/13
Introdução 
Para começarmos a entender do que trata esta metodologia moderna, precisamos 
compreender que projetos são ações finitas que apresentam objetivos bem delimitados 
e que nascem de um problema, de uma necessidade,

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