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NUTRIÇÃO ENTERAL Definição: “Alimentos para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaborada para o uso por sondas ou via oral, industrializados ou não, utilizado exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar (home care), usando a síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas” (Portaria 337 – ANVISA/MS). BRASIL. Regulamento Técnico para a Terapia de Nutrição Enteral – Portaria337 do Ministério da Saúde- Resolução RDC n° 63. DOU. 7 de Julho de 2000. Características: ◼ É uma dieta de transição entre a nutrição parenteral e a oral. ◼ SSiittuuaaççõõeess ddee iinnddiiccaaççããoo ddee NNEE ••DDiissffaaggiiaa ee aannoorreexxiiaa ((VVOO << 6600%% ddaass NNCC)) ••CCoommaa oouu rriissccoo ddee aassppiirraaççããoo ••PPaacciieennttee eemm vveennttiillaaççããoo mmeeccâânniiccaa ••PPóóss--ooppeerraattóórriioo TTGGII ee ffííssttuullaass TTGGII aallttoo ••TTuummoorreess ddee ccaabbeeççaa ee ppeessccooççoo ee TTGGII ssuuppeerriioorr ◼ SSiittuuaaççõõeess ddee ccoonnttrraa –– iinnddiiccaaççããoo ddee NNEE ••IInnssttaabbiilliiddaaddee hheemmooddiinnââmmiiccaa ••OObbssttrruuççããoo iinntteessttiinnaall ccoommpplleettaa ••ÍÍlleeoo oouu hhiippoommoottiilliiddaaddee iinntteessttiinnaall ••DDiiaarrrrééiiaa ggrraavvee ••HHeemmoorrrraaggiiaa ddiiggeessttiivvaa ggrraavvee ••IInnccaappaacciiddaaddee ddee aacceessssoo aaoo TTGGII ((qquueeiimmaadduurraass oouu ppoolliittrraauummaa)) ••CCoonnssiiddeerraaççõõeess ééttiiccaass ((ccuuiiddaaddooss tteerrmmiinnaaiiss)) Vias de Administração: Pode ser administrada por SNG (sonda naso-gástrica), SNE (sonda naso- entérica), ou pelas ostomias* (gastrostomia, jejunostomia e esofagostomia). • Ostomias: são vias formadas no lado externo do corpo para colocação de uma sonda. São indicadas quando há previsão de uso de nutrição enteral por mais de 6 semanas. ✓ Características das sondas comerciais ➢ Sonda Levine: sonda de plástico (PVC) ou borracha, de grande calibre, por isso pode causar faringite, otite e maior risco de refluxo e broncoaspiração, se utilizadas a longo prazo. ➢ Sonda Dobbhoff: sonda de poliuretano/polietileno com cerca de 105 cm, flexível, de pequeno calibre para uso nasogástrico e nasoduodenal e com peso de mercúrio na extremidade. Formas de administração: Método Intermitente: administrada por etapas, permitindo um espaço livre entre as tomadas. Pode ser de 2 tipos: • Alimentação em bolo (gavagem): ingestão da alimentação por sonda, durante 30 a 60’ dentro do estômago, com auxílio de uma seringa de grande calibre. • Alimentação por gravidade (gotejamento): ingestão da alimentação enteral por frascos ou via bomba infusora. É mais indicada em casos de SNG, pois o estômago suporta maiores quantidades de alimentos. Se a SNG for de grande calibre, fórmulas viscosas ou alimentos batidos no liquidificador fluem facilmente. Retardam o esvaziamento gástrico, logo apresentam maior risco de aspiração. Método Contínuo: a dieta é administrada de forma lenta, sem interrupção e por longos períodos. • Alimentação contínua (gastróclise): ingestão da alimentação enteral através de gotejamento contínuo por meio de uma bomba infusora. Em geral, esse método é usado para levar nutrientes diretamente ao duodeno. http://images.quebarato.com.br/photos/big/E/5/3F50E5_1.jpg http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.medsonda.com.br/images/sonda12.gif&imgrefurl=http://www.medsonda.com.br/sondas_gastrica.htm&usg=__FkUu37vwLmn-ZHg5ALEXE3Y82j0=&h=235&w=300&sz=31&hl=pt-BR&start=3&um=1&tbnid=KFCJ0bBvBjEW3M:&tbnh=91&tbnw=116&prev=/images%3Fq%3DSONDA%2BALIMENTA%25C3%2587%25C3%2583O%2BLEVINE%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR%26um%3D1 http://www.zerbinimedical.com.br/admin/app/uploads/produtos/kendall/sondadobbhoffenteral.jpg http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.virali.com.br/img/bomba_infusora_clip_image002.jpg&imgrefurl=http://www.virali.com.br/bomba_infusora.asp&usg=__0lmJNe0ibSK26zuczEgBwGgj09w=&h=172&w=189&sz=5&hl=pt-BR&start=1&tbnid=t1_Uerp9_z4nZM:&tbnh=94&tbnw=103&prev=/images%3Fq%3Dbomba%2Binfusora%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR Via de administração Principais formas de administração Vantagens Desvantagens SNG ou intra- gástrica ou pré- pilórica Gavagem ou gotejamento gravitacional intermitente (até 120gotas/minuto) - Maior tolerância à fórmulas variadas - Boa aceitação de osmolaridade - Permite um intervalo de tempo livre entre as refeições - Evolução rápida para a via oral - Tolerância a grandes volumes de dieta - Fácil de administrar - Barato, pois não usa bomba e pode utilizar dietas artesanais - Usados em períodos mais curtos de alimentação - Maior risco de broncoaspiração se o paciente estiver com tosse e vômitos persistentes - Maior risco do paciente arrancar a sonda - Maior risco de contaminação, por causa do uso da artesanal SNE ou trans- pilórica Jejunostomia Gotejamento gravitacional ou com uso de Bomba Infusora (BI) (60 a 100gotas/minutos) - - Menor risco de broncoaspiração e distúrbios metabólicos (ex: hiperglicemia pós-prandial) - - Menor estímulo pancreático - Maior risco de alterações gastrintestinais, devido a menor tolerância à osmolaridade das fórmulas - Restringe deambulação se utilizar BI - Maior custo devido ao equipamento e equipos - Tolera poucos volumes (até 300 ml/h) Gastrostomia Gavagem ou gotejamento gravitacional intermitente - Nutrição maior que 6 semanas - Maior tolerância à fórmulas variadas, osmolaridade e à grandes volumes - Intervalo de tempo entre as refeições - Requer muita higienização ao redor do cateter para evitar contaminação Técnicas para colocação das sondas e cuidados de higiene 1) Proporcionar privacidade ao paciente 2) Explicar ao mesmo o procedimento e seu objetivo 3) Colocar o paciente sentado com o pescoço um pouco para trás e a cabeceira do leito elevada 45o 4) Lubrificar o estilete e introduzi-lo na sonda de alimentação 5) Examinar as narinas do paciente e verificar se estão desobstruídas 6) Calcular a distância aproximada até o estômago medindo a distância da ponta do nariz até o lobo da orelha e depois do lobo da orelha até o processo xifóide. Acrescente 50 cm ao resultado 7) Lubrifique a extremidade do cateter** e passe-o posteriormente pela narina até a nasofaringe. Se o paciente cooperar, peça-lhe para engolir água para facilitar a passagem da sonda ** Cateter: um tubo muito fino que pode ser colocado dentro do lúmen de um vaso sanguíneo para a infusão de fluidos ou retirada de sangue. 8) Deixe o paciente repousar um pouco 9) Peça ao paciente para fletir o pescoço e engolir a sonda. Quando o paciente não consegue engolir a sonda, um guia de arteriografia lubrificado pode ser colocado junto ao estilete interno 10) Se o paciente começar a tossir, puxe a sonda até a nasofaringe e depois tente avançá-la novamente 11) Em caso de SNG confirme sua introdução no estômago aspirando o conteúdo gástrico, com auxílio de uma seringa ou ausculte o epigástrico, pois a presença de sons transitórios indica que o cateter foi introduzido na árvore brônquica. 12) Retire o estilete 13) Prenda o cateter no nariz ou no lábio superior do paciente com o esparadrapo 14) Em caso de SNE, após a extremidade da sonda penetrar no estômago, o paciente deve ser colocado em decúbito lateral esquerdo de modo que a peristalse gástrica empurre a sonda através do piloro até o duodeno. Se a sonda não penetrar espontaneamente no duodeno em 24 horas, pode- se medicar o paciente com 10mg de plasil a cada 6 horas porvia oral ou endovenosa, para estimular o esvaziamento gástrico. CARACTERÍSTICAS DAS DIETAS ENTERAIS OSMOLARIDADE Quanto à osmolaridade a dieta pode ser: HIPOTÔNICA 280 – 300 mOsm/Kg de água; ISOTÔNICA 300 – 350 mOsm/Kg de agua; LEVEMENTE HIPERTÔNICA 350 – 550 mOsm/Kg HIPERTÔNICA 550 – 750 mOsm/Kg de água ACENTUADAMENTE HIPERTÔNICA Maior que 750 mOsm/Kg de água O ideal é em torno de 300 a 350mmOsm (isotônica). Quanto mais hipertônica maior o risco de diarréia. OBS: Deve-se ter cuidado quando uma fórmula hipertônica chega no intestino, pois esta necessita de maior quantidade de água para a absorção. Se for administrada lentamente para que haja (ou não) adaptação intestinal à hiperosmolaridade, nada ocorrerá, caso contrário, resultará em um quadro de diarréia osmótica Maior osmolaridade = nutrientes muito hidrolisados. Os componentes de uma dieta que elevam a osmolaridade de uma solução são: Os carboidratos simples (monossacarídeos - glicose, frutose e galactose – e dissacarídeos - maltose, sacarose e lactose), que apresentam um efeito osmótico maior do que os carboidratos de maior peso molecular' (amido e dextrinas); Os eletrólitos, por estarem dissociados em meio aquoso (ex: NaCI, Na+ e Cl-) As proteínas hidrolisadas e os aminoácidos cristalinos, Os triglicerídios de cadeia média, por serem mais solúveis do que os de cadeia longa. DENSIDADE CALÓRICA - Relação Kcal/ml. - Importante na escolha de uma fórmula extremamente calórica para um paciente com restrição hídrica. - Para pacientes com restrição de volumes a melhor escolha é uma dieta de alta densidade calórica, ou seja maior que 1. VISCOSIDADE - Importante para controlar episódios de diarréia, principalmente se a fórmuila for de alta osmolaridade - Quanto maior o teor de fibras da dieta maior a viscosidade, logo menor a velocidade de escoamento da dieta RELAÇÃO KCAL NÃO PROTÉICAS/gN2 - Importante na escolha do teor protéico da dieta. Quanto menor for o resultado desta relação, maior será o teor protéico da dieta. < 150 a dieta hiperprotéica 160 – 250 (aproximadamente) dieta normoprotéica > 250 dieta hipoprotéica Como calcular? gN2 : pega o total de proteínas que deve ser fornecido ao paciente e divide por 6,25 Kcal não-protéicas: total de calorias de carboidratos e lipídios. Para isso pega o percentual de carboidratos e de lipídios do VET e soma. RESÍDUO GÁSTRICO É a quantidade de alimento que permaneceu no estômago após um determinado de tempo. No caso de um paciente que esteja sendo alimentado pelo estômago (gastrostomia ou sonda naso-gástrica), deve-se fazer a aspiração do conteúdo estomacal a cada 4 a 8 horas para conferir um bom esvaziamento gástrico. Caso o volume exceda a 50% volume infundido, alimentação deve ser interrompida e o volume revisto. Uma falha na conferência do volume residual pode resultar em aspiração pulmonar. CARACTERÍSTICAS DOS NUTRIENTES DAS DIETAS ENTERAIS Proteínas As proteínas, em geral, correspondem a 14% a 20% do valor calórico total da formulação enteral. Entretanto, sua presença não está vinculado ao fornecimento de calorias, mas sim ao fato de proverem aminoácidos, com o fim de promoverem a retenção nitrogenada e o conseqüente aumento da massa muscular. Os aminoácidos são categorizados em essenciais, condicionalmente essenciais e não essenciais são aqueles que o organismo não produz e que não pode ficar sem o seu suprimento. Os condicionalmente essenciais são aqueles que se tornam essenciais em condições clínicas especiais, como, por exemplo, a glutamina em situação de jejum digestivo e/ou na vigência c/e estresse. Os não essenciais são aqueles que podem ter produção endógena, a partir de outros aminoácidos e de vitaminas, dependendo das necessidades orgânicas. Cabe à. terapia nutricional bem planejada fornecer a quantidade de aminoácidos adequada à condição clínica e metabólica do enfermo As fontes protéicas predominantes nas formulações enterais são as sojas e as caseínas, e, em menor escala, a lactoalbumina, clara de ovo e o soro de leite. Carboidratos Os carboidratos são nutrientes, responsáveis por fornecer energia na ordem de 40 a 60% do valor calórico total da dieta enteral. Aparecem, na forma de mono, di, oligo e polissacarídeos. As principais fontes destes, por estarem contidos nos alimentos utilizados para o preparo da formulação, são respectivamente, as frutoses, a sacarose, a maltodextrina e o amido de milho. Os oligossacarídeos, cada vez mais utilizados nas dietas enterais, apresentam como vantagem o fato de serem mais eficientemente digeridos e absorvidos pelo trato gastrointestinal, mesmo em condições de síndromes de má absorção, além de interferirem menos nos valores de osmolaridade de solução, quando comparados com os carboidratos mais simples. Fibras Alimentares As fibras alimentares são constituídas de polissacarídeos não-amiláceos e lignina, que resistem à hidrólise pelas enzimas do aparelho digestivo humano. Entretanto, são fermentadas pelas bactérias intestinais, passando, então, por um especial processo digestivo, ainda na luz intestinal. Cada vez mais, as fibras alimentares vêm integrando a formulação enteral, sendo atualmente consideradas nutrientes. Mas a presença desta na fórmula enteral exige uma preocupação dos profissionais quanto ao calibre da sonda enteral a ser utilizada evitar intercorrências corno obstrução de equipos e sondas. As recomendações de fibras para pacientes em terapia nutricional enteral não são numericamente definidas. A sugestão da literatura é iniciar com uma quantidade mínima e evoluir segundo a tolerância digestiva do enfermo. Não há necessidade de serem atingidas as recomendações para indivíduos adultos normais (25 a 30g/dia), considerando a imobilidade e a mudança de hábito alimentar significativo que acomete a maioria dos pacientes em nutrição enteral. As fontes de fibras mais comumente empregadas em nutrição enteral têm sido a pectina, de característica solúvel, a goma guar e o polissacarídeo da soja, que, apesar de conter um fração insolúvel importante, são submetidos a um processo de micro pulverização de suas partículas, o que confere uma ação, no organismo humano, como se fosse uma fibra tipo solúvel. Lipídeos Os são lipídeos são os nutrientes de maior densidade calórica e, portanto substratos energéticos de grande importância clínica. Correspondem, em geral, a 30 a 35% do valor calórico total da formulação, excetuando aquelas desenhadas como dietas hipolipídicas. Dependendo da capacidade digestiva e absortiva e da respectiva tolerância clínica do paciente, estes são veiculados sob a forma de triglicerídeos compostos de ácido graxo de cadeia longa (TCL), curta (TCC) e média (TCM). As dietas enterais contêm em suas formulações quantidades diferenciadas de TCL e TCM são rapidamente absorvidos pelas células intestinais, pois parte desses compostos não necessita ser emulsificado e hidrolisado pela lípase pancreática através da veia porta, onde são rapidamente metabolizados, fornecendo assim caloria imediata. Os TCLs diferem dos TCMs, visto que necessitam ser emulsificados e hidrolisados pela lípase pancreática para serem absorvidos. Uma vez absorvidos, fazem parte dos Quilomicrons, quando então são transportados, através dos vasos linfáticos, para serem metabolizados no fígado. As fontes mais comuns de TCL são o óleo de girassol, de algodão, de milho, de soja e de canola. Já as fontes de TCM mais comuns são o óleo de coco, a gordura de coco e o TCM industrializado. Vitaminas e Minerais O fornecimento de vitaminas e minerais varia com as necessidades específicas, do doente e a doença de base. A maioria das dietas enterais disponíveis no mercado nacional é adequada quanto ao fornecimento de vitaminas e minerais quando fornecidana quantidade indicada pelo fabricante e atingindo as cotas de calorias e de macronutrientes programadas para o enfermo. Nas síndromes de má absorção, deve-se atentar para possível deficiência das vitaminas lipossolúveis e adicioná-las tão logo se verifique uma ingestão aquém das cotas recomendadas. Não existem ainda recomendações específicas de vitaminas e minerais para pacientes críticos. Entretanto, o aumento de necessidade de nutrientes antioxidantes é teoricamente plausível, destacando-se, então, as vitaminas A, C e E. CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS As dietas enterais podem ser classificadas quanto ao preparo e quanto aos nutrientes. 1 – Quanto ao preparo • Industrializadas São formulas preparadas industrialmente e que se caracteriza por possui composição padronizadas, sendo necessário muito cuidado na hora da seleção. Alguns fabricantes possuem fórmulas direcionados para determinada doença. Apresentam-se infusão e em sistema fechado, as quais são administradas sem nenhum contato manual e já vem conectada ao equipo. São microbiologicamente mais seguras e mais caras que as artesanais. • Artesanal São fórmulas preparadas à base de alimentos in natura, produtos alimentícios e/ou módulos de nutrientes. Com o avanço das dietas enterais industrializadas sua utilização no meio hospitalar deixou de ser comum, uma vez que se deve ter cuidado com a quantidade de nutrientes que se está ofertando. Durante seu preparo pode se perder muitos nutrientes, principalmente vitaminas e minerais. • Mista São fórmulas totalmente individualizadas, as quais são preparadas com módulos de nutrientes, ou adicionando-se algum módulo a dieta industrializada para que esta se adeqüe a necessidade do paciente. 2 – Quanto aos Nutrientes: • Polimérica Caracteriza-se por apresentar nutrientes intactos, ou seja, é composta por proteínas íntegras, carboidratos complexos (oligossacarídeos, polissacarídeos, maltodextrinas), lipídeos (sob a forma de TCM e TCL), minerais e vitaminas na quantidade recomendada pela RDA. As formulações poliméricas são as de primeira escolha para utilização, tanto como suplemento oral, quarto para alimentação por sondas, isto quando as funções de digestão e absorção do trato gastrintestinal encontram-se preservados. Obs: As fontes mais usadas de proteínas são: ovo, leite, soja e módulos protéicos; de carboidratos são açúcar, xarope de milho, cereais industrializados e módulos de oligossacarídeos: de lipídeos: óleos vegetais e TCM. • Oligomérica Caracteriza-se por apresentar nutrientes na forma quase elementar, ou seja, composta por proteína hidrolisada ou parcialmente quebradas, TCM, amido/dextrinas, minerais e vitaminas nas quantidades recomendadas. • Monomérica ou Elementar Caracterizei-se por apresentar nutrientes de forma elementar, ou seja, na forma pela qual esses nutrientes são absorvidos, é composta por aminoácidos, glicose, TCM,, minerais e vitaminas nas quantidades recomendadas. Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de fórmulas enterais DIETA OLIGOMERICA DIETA POLIMERICA Menor digestão/absorção Maior digestão/absorção Maior osmolaridade Menor osmolaridade Menor resíduo Maior resíduo Maior custo Menor custo COMPLICAÇÕES DO USO DA NUTRIÇÃO ENTERAL • Gastrointestinais Diarréias - dentre as complicações é a mais comum. Pode ter como causa a rápida infusão da dieta, a contaminação bacteriana da fórmula e a administração de dietas hiperosmolares. Náuseas e vômitos - podem ter como causa a rápida infusão, a intolerância a lactose, o conteúdo de gordura da dieta, a alta osmolaridade da solução e o esvaziamento gástrico retardado. Distensão abdominal - pode ter como causa o grande volume da dieta, a administração em bolos, a rápida infusão e a intolerância a lactose. • Metabólicas Desidratação - dentre as causas podemos citar uso de fórmulas hipertônicas, diarréia e baixa oferta de água. Hiperglicemia – pode-se citar como causa a deficiência de insulina (diabetes, trauma, sepse, uso de corticóides). Hipoglicemia - pode ter como causa a suspensão súbita da dieta em pacientes com hiperglicêmicos e o excesso de administração de insulina. • Mecânicas Faringite, Esofagite, Broncoaspiração
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