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VOLUME 1 
 
NOTAS DE AULA 
 
AMPLITUDE E FREQUENCIA 
 
RUIDO = SOM QUE NÃO É AGRADEVAEL E INDESEJOSO E 
 
RUIDO CONTINUO, INTERMITENTE E DE IMPACTO 
NIS – NIVEL DE INTENSIDADE SONORA 
 
NPS – NIVEL DE PRESSÃO SONORA 
 
NWS – NIVEL DE POTENCIA SONORA 
 
EFEITO DOS RUIDOS TEM VÁIOS 
 
PAIR – PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDA 
PAIRO - PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDO OCUPACIONAL 
 
definimos como ruído. O efeito do ruído sobre o indivíduo não depende somente de 
suas propriedades físicas, mas também do modo como o indivíduo o percebe, sendo 
esta percepção subjetiva (GERGES, 2000).É considerado um fenômeno físico que 
indica uma mistura de sons, cujas frequências não seguem uma regra precisa. 
Pode se apresentar nas seguintes formas: 
• Ruído contínuo: permanece “estável”, com variações máximas de 3 dB durante um 
longo período (superior a 15 minutos). Por exemplo, o ruído oriundo de máquinas 
em operação contínua. 
• Ruído intermitente: ruído com variações, maiores que 3 dB, em períodos curtos 
(menores que 15 minutos). Por exemplo: ruído oriundo de máquinas que operam 
em ciclos repetitivos ao longo do dia.• Ruído de impacto: apresenta picos com duração menor 
que 1 segundo a intervalos 
superiores a 1 segundo. Por exemplo, uma prensa que realiza menos de 30 
prensagens por minuto (SALIBA, 2018). 
O ruído possui limite de tolerância, que é a intensidade máxima relacionada com a 
natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador 
durante a sua vida laboral. 
 
CURVAS ISOAUDIVEIS 
 
A audição humana tem sensações diferentes conforme a frequência do som. 
Considerando este princípio, foram traçadas as curvas isoaudíveis, ou curvas de igual 
audibilidade ao ouvido humano, a partir da resposta produzida por determinado NPS 
em relação a uma frequência padrão de 1.000Hz. A unidade é o fon, que equivale ao 
decibel a 1.000Hz. (SALIBA, 2018). 
12 
 
Perda de Audição 
A exposição a altos níveis de ruído, por períodos de tempo prolongado, pode 
levar o indivíduo à perda de audição. A perda auditiva é configurada pela redução da 
sensibilidade de audição que ocorre devido aos danos causados às células da cóclea 
(GERGES, 2000). 
 
Audiometria 
A perda auditiva pode ser mensurada através de um exame denominado audiometria. 
Neste exame são medidos os limiares auditivos do indivíduo em várias frequências. 
Quando a perda auditiva é menor que 25,0 dB(A), entende-se que ela está 
dentro da normalidade. Perdas auditivas entre 30,0 a 35,0 dB(A) são consideradas 
pequenas, sobretudo, se ocorrerem em uma frequência específica. Já as perdas maiores 
que 35,0 a 40,0 dB(A) são consideradas significativas, devendo-se considerar, 
inclusive, outras causas isoladas ou associadas à exposição ao ruído (SALIBA, 2018). 
Trauma Acústico 
Sons de curta duração e alta intensidade podem causar o trauma acústico. Este é 
configurado pela perda auditiva imediata, severa e permanente (SALIBA, 2018). 
 
Outras Considerações sobre a PAIR 
O trabalhador portador de PAIR não deve ser excluído do trabalho em função de 
seu quadro audiométrico. Sua capacidade laboral poderá ser reconhecida, desde que 
considerando outros fatores, tais como: 
• A idade do trabalhador; 
• O histórico clínico e ocupacional do trabalhador; 
• Os resultados dos exames médicos audiológicos; 
• O tempo de exposição pregressa e atual do trabalhador a níveis de pressão sonora 
elevados; 
• A demanda auditiva da atividade; 
• A exposição não ocupacional a níveis de pressão sonora elevados; 
• A exposição a agentes ototóxicos (substâncias químicas que podem causar dano no 
sistema auditivo); 
• A capacitação do trabalhador; 
• Os programas de segurança que o trabalhador estará incluído. 
18 
 
 
VOLUME 2 
 
Ruído Contínuo e Intermitente 
Considera-se ruído contínuo aquele cuja variação de nível de pressão sonora varia 
± 3dB durante um período longo de observação (maior que 15 minutos). O ruído intermitente 
possui variação igual ou maior que ± 3dB em curtos intervalos de tempo (menor que 
15 minutos) e superior a 0,2 segundos (SALIBA, 2018). Do ponto de vista ocupacional, 
não há diferenciação entre o ruído contínuo e o ruído intermitente. Portanto, considera- 
-se ruído contínuo ou intermitente o ruído que não é de impacto (BRASIL, 1978). Diz o 
anexo 1 da NR-15: 
 
Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de 
Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. 
7. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, 
contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, 
oferecerão risco grave e iminente. 
 
Ruído de Impacto 
Considera-se ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de 
duração inferior a um segundo, a intervalos superiores a um segundo (BRASIL, 1978). 
Diz o anexo 2 da NR-15: 
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, 
a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no 
circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito 
de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. 
 
NR-9: Programa de Prevenção de Riscos ambientais (PPRA) 
A Norma Regulamentadora 9 (NR-9) estabelece a obrigatoriedade de criar e implementar o 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) com o objetivo de proteger a saúde e a 
integridade dos trabalhadores, através da identificação, avaliação e controle de riscos 
ambientais no ambiente de trabalho. O PPRA deve seguir as seguintes etapas: 
Antecipação e reconhecimento dos riscos: Nesta fase, é feita uma análise detalhada do 
ambiente de trabalho para identificar riscos presentes ou potenciais. Isso inclui a identificação 
das fontes geradoras, trajetórias e meios de propagação dos agentes no ambiente, o número 
de trabalhadores expostos, a caracterização das atividades e exposições, além de consultar 
dados existentes que indiquem possíveis danos à saúde dos trabalhadores e descrever medidas 
de controle já em vigor. 
Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle: O responsável pelo PPRA 
define as ações necessárias para avaliar e controlar os riscos, priorizando medidas para 
eliminar ou neutralizar esses riscos. 
Avaliação dos riscos e exposição dos trabalhadores: Realiza-se a avaliação da exposição dos 
trabalhadores aos riscos, usando ferramentas adequadas. Para riscos como o ruído, pode ser 
necessária uma avaliação quantitativa para verificar a exposição dos trabalhadores e apoiar a 
definição das medidas de controle. 
Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia: Se os riscos exigirem medidas 
de controle, esta etapa é onde essas medidas são implementadas e sua eficácia é avaliada. Isso 
é particularmente importante quando se trata de riscos como ruído excessivo. 
Monitoramento da exposição aos riscos: Após a implementação das medidas de controle, é 
necessário monitorar novamente a exposição dos trabalhadores para garantir que os riscos 
estejam sob controle. 
Registro e divulgação dos dados: Deve ser mantido um registro estruturado de todas as etapas 
do PPRA, servindo como um histórico técnico e administrativo. Esses registros devem ser 
mantidos por no mínimo 20 anos e estar disponíveis para trabalhadores interessados, seus 
representantes e autoridades competentes. 
Em resumo, a NR-9 estabelece um processo sistemático para identificar, avaliar e controlar os 
riscos ambientais nos locais de trabalho, visando à proteção da saúde e segurança dos 
trabalhadores e à documentação adequada de todas as etapas do programa. 
 
NR-7: Programa de Controle Médico de saúde Ocupacional (PCMSO) 
A NR-7 é uma norma regulamentadora que estabelece a obrigatoriedade de criar e 
implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) nas empresas, 
com o objetivo de promover e preservara saúde dos trabalhadores. O PCMSO tem foco na 
prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce de problemas de saúde relacionados ao 
trabalho, incluindo aqueles de natureza subclínica, além de identificar casos de doenças 
profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. 
O PCMSO inclui a realização de diferentes exames médicos, tais como admissional, periódico, 
de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. Esses exames abrangem a 
avaliação clínica, que envolve a coleta de informações sobre a ocupação do trabalhador e 
exames físicos e mentais, bem como exames complementares que são realizados de acordo 
com os requisitos específicos da NR-7 e seus anexos. 
Em casos onde há evidência de exposição do trabalhador a níveis elevados de ruído, conforme 
identificado no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), o PCMSO deve seguir os 
requisitos do Quadro I do Anexo II, que estabelece as diretrizes e parâmetros mínimos para a 
avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos a altos níveis de pressão 
sonora. Isso significa que esses trabalhadores devem realizar exames audiológicos de 
referência e acompanhamento para avaliar a saúde auditiva ao longo do tempo de exposição 
ao risco. Esses exames incluem anamnese clínico-ocupacional, exame otológico, audiometria 
de acordo com as normas técnicas e outros exames audiológicos complementares, conforme 
determinado pelo médico responsável. 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
A legislação previdenciária, regulada pelo Decreto 3.048/99, oferece benefícios e serviços aos 
segurados do sistema previdenciário, incluindo aposentadoria por invalidez, por idade, por 
tempo de contribuição, especial, auxílio-doença, salário-família, salário-maternidade e auxílio-
acidente. 
Atualmente, um trabalhador comum pode se aposentar após 35 anos de contribuição 
(homens) ou 30 anos (mulheres). No caso de trabalhadores expostos a altos níveis de ruído, a 
aposentadoria especial é concedida após 25 anos de trabalho, dependendo da intensidade do 
ruído ao longo do período: 
Acima de 80 decibéis até 05/03/1997; 
Acima de 90 decibéis de 06/03/1997 até 18/11/2003; 
Acima de 85 decibéis a partir de 19/11/2003. 
O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) não é suficiente para anular a 
aposentadoria especial por exposição ao ruído, conforme entendimento do Poder Judiciário, 
pois não elimina os efeitos prejudiciais à saúde causados pelo ruído. Portanto, a aposentadoria 
especial é devida mesmo com o uso de EPI, desde que as condições de ruído se enquadrem 
nos critérios estabelecidos pela legislação previdenciária. 
LTCAT 
O Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT) desempenha um papel 
essencial na concessão da aposentadoria especial, pois é necessário comprovar: 
Tempo de trabalho contínuo. 
Exposição do trabalhador a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou sua combinação, 
como no caso de exposição permanente a níveis elevados de ruído. 
A comprovação da exposição a agentes nocivos é feita por meio de um formulário emitido pela 
empresa ou seu representante legal, baseado em um laudo técnico elaborado por médico do 
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Este laudo deve conter informações sobre a 
eficácia de tecnologias de proteção coletiva ou individual e deve seguir as normas do 
Ministério do Trabalho e Emprego, bem como os procedimentos estabelecidos pelo INSS. 
Empresas que não mantêm um LTCAT atualizado, que não reflete as condições reais de 
exposição ao risco dos trabalhadores, ou que emitem documentos que não condizem com o 
laudo estão sujeitas a penalidades previstas na legislação. 
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) 
A empresa é responsável por criar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador, 
que contém informações sobre suas atividades durante o período de trabalho. Este documento 
deve ser fornecido ao trabalhador em até trinta dias após o término do contrato de trabalho. O 
não cumprimento dessa obrigação sujeita a empresa a sanções previstas na legislação. 
O perfil profissiográfico é um registro que segue um modelo definido pelo INSS e inclui 
detalhes como os resultados de avaliações ambientais, nomes dos responsáveis pela 
monitorização biológica e ambiental, resultados dessa monitorização e informações 
administrativas relacionadas. 
Além disso, o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) possui uma seção específica, a Seção 
15, que trata da exposição a fatores de risco, como o ruído. Nessa seção, devem ser 
preenchidos detalhes como o período de exposição, o tipo de fator de risco, sua intensidade ou 
concentração (medido em dB, no caso de ruído), a técnica de avaliação utilizada, se 
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é eficaz (sim ou não), se Equipamento de Proteção 
Individual (EPI) é eficaz (sim ou não), e o Certificado de Aprovação (CA) do EPI utilizado, se 
aplicável. 
 
Programa de Conservação Auditiva (PCA) 
A Ordem de Serviço INSS/DAF/DSS nº 608, de 05/08/1998, aprova a norma técnica 
para lidar com a perda auditiva neurossensorial devido à exposição contínua a níveis elevados 
de pressão sonora no ambiente de trabalho. Seu anexo II estabelece as diretrizes para o 
Programa de Conservação Auditiva (PCA), que se baseia nos princípios do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) para o risco físico relacionado ao ruído. 
De acordo com essa ordem de serviço, um PCA eficaz deve incluir: 
Monitorização da exposição ao ruído elevado para avaliar a exposição dos trabalhadores, 
determinar se afeta a comunicação e percepção auditiva, priorizar medidas de controle, 
identificar participantes do programa e avaliar a eficácia das ações. 
Controles de engenharia e administrativos para reduzir a exposição, como modificações de 
equipamentos e mudanças nas operações. 
Monitorização audiométrica para acompanhar a saúde auditiva dos trabalhadores, identificar 
alterações e encaminhar para avaliação médica quando necessário. 
Indicação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como protetores auriculares 
adequados. 
Educação e motivação dos trabalhadores sobre os efeitos do ruído, interpretação dos 
resultados dos exames auditivos, medidas de proteção e participação em programas de 
treinamento e informação. 
 
Conservação de registros de audiometrias, avaliações ambientais e medidas de proteção por 
30 anos, disponíveis para trabalhadores e autoridades. 
Avaliação regular da eficácia do PCA, incluindo a revisão dos componentes do programa, 
análise dos dados auditivos, e consideração da opinião dos trabalhadores. 
O eSocial e a Simplificação da Prestação de Informações Trabalhistas e 
Previdenciárias 
O Decreto nº 8.373/14 instituiu o eSocial, um sistema que permite que os empregadores 
comuniquem, de forma unificada, informações sobre os trabalhadores ao governo. Isso inclui 
dados de várias obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, como GFIP, CAGED, RAIS, CAT, 
entre outros. O eSocial simplifica a prestação de informações, reduzindo a burocracia ao 
eliminar a necessidade de preenchimento e entrega de formulários e declarações individuais 
para cada órgão. 
O eSocial é uma colaboração entre órgãos governamentais, incluindo a Receita Federal, Caixa 
Econômica Federal, INSS e Ministério do Trabalho. Ele abrange informações sobre ambientes 
de trabalho, equipamentos de proteção, acidentes de trabalho, monitoramento da saúde dos 
trabalhadores, condições ambientais de trabalho, treinamentos e capacitações. A integração e 
coerência entre programas de saúde e segurança do trabalho são cruciais, pois os dados são 
cruzados e compartilhados por meio do eSocial. 
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
O Artigo 225 da Constituição Federal garante o direito a um meio ambiente 
ecologicamente equilibrado. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e a legislação 
federal, como a Lei nº 6.938/81 e o Decreto nº 99.274/90,regulamentam a Política Nacional do 
Meio Ambiente. O CONAMA também emitiu a Resolução nº 001/1990, que estabelece critérios 
para a emissão de ruídos decorrentes de diversas atividades, e a Resolução nº 002/1990, que 
cria o Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora. 
As normas técnicas nº 10.151 e 10.152 da ABNT abordam a avaliação de ruído em 
áreas habitadas e os níveis de ruído para conforto acústico, respectivamente. Municípios 
podem realizar o controle de atividades ruidosas, especialmente quando há reclamações da 
população. 
Na esfera municipal, a cidade de São Paulo implementou o Programa Silêncio Urbano 
(PSIU) para fiscalizar e combater a poluição sonora em estabelecimentos comerciais, 
instituições de ensino, templos religiosos, entre outros, exceto residências e obras. A Lei 
16.402/16 e o Decreto nº 57.443/16 estabelecem parâmetros de incomodidade para ruído, 
vibração, radiação, odores, gases e material particulado, com proibição de emissão de ruídos 
acima dos limites determinados pela legislação, prevalecendo a mais restritiva. 
A avaliação de ruído em São Paulo segue a legislação e as normas técnicas, incluindo 
normas específicas para aeronaves em aeroportos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VOLUME III 
 
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE RUÍDO 
 
Um sistema básico de medição de ruído inclui um microfone, pré-amplificadores, 
circuitos de compensação ou filtros de frequências/bandas, um amplificador, um detector RMS 
e um sistema de saída. O microfone é responsável por captar a pressão acústica e convertê-la 
em um sinal elétrico, protegido contra interferências do vento com um protetor de espuma de 
células abertas. O sinal elétrico passa pelos circuitos de compensação e filtros, resultando em 
uma resposta de saída rápida ou lenta, seja analógica ou digital. Além disso, os equipamentos 
de medição devem aderir a normas e especificações internacionais de fabricação. (GERGES, 
2000) 
 
Medidores de Nível de Pressão Sonora 
Os medidores de níveis de pressão sonora, também chamados de decibelímetros ou 
sonômetros, são usados para medir o NPS instantâneo. Eles podem ser simples, fornecendo 
apenas o nível global em dB(A), ou mais avançados, com recursos para leitura em várias 
escalas, como dB linear (A, B, C ou D), dB impulso, dB pico, entre outras. Além disso, 
atualmente, existem aplicativos para smartphones que podem realizar essa medição, sendo 
capazes de proporcionar resultados semelhantes aos medidores digitais, como mostrado na 
Figura 2. (GERGES, 2000; SALIBA, 2018) 
Analisadores de Frequência: São acessórios que podem ser adicionados aos medidores de 
nível de pressão sonora para obter informações sobre o espectro sonoro, ou seja, o nível de 
pressão sonora em diferentes frequências. A análise da frequência do ruído é importante para 
a seleção de materiais isolantes e o cálculo da atenuação de protetores auditivos. 
Dosímetros: São dispositivos usados para medir a dose de ruído ou o efeito combinado de 
ruído durante a jornada de trabalho, especialmente quando o ruído é variável. Existem vários 
modelos de dosímetros no mercado, que também fornecem outros parâmetros relevantes na 
avaliação do ruído. Eles podem registrar dados com histogramas para análise posterior. 
Calibradores: Equipamentos usados para calibrar medidores de ruído antes e após cada 
medição. Isso é feito usando uma fonte padrão que emite som a uma frequência de 1.000Hz e 
a intensidade emitida pelo calibrador pode ser de 94dB, 114dB ou outro valor específico. A 
calibração é essencial para garantir a precisão das medições. Se o equipamento mostrar valores 
diferentes do calibrador durante a calibração, ele pode ser ajustado. Após a medição, o 
calibrador é novamente conectado ao equipamento para verificar se houve variação entre a 
calibração inicial e final, sendo uma variação de ±1dB considerada aceitável, caso contrário, a 
medição deve ser descartada. 
 
 
 
Certificação dos Equipamentos 
A certificação dos medidores de ruído e calibradores é essencial e deve ser realizada 
regularmente em laboratórios especializados. De acordo com a norma NBR-10151/00, essa 
certificação deve ser feita pela Rede Brasileira de Calibração (RBC) do Instituto Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) e precisa ser renovada a cada dois 
anos, no mínimo (SALIBA, 2018). No entanto, em casos que possam comprometer a 
integridade dos equipamentos, como quedas ou manutenções, a calibração e certificação 
podem ocorrer em intervalos menores, geralmente a cada ano ou de acordo com a 
necessidade. 
 
 
Parâmetros da Avaliação de Ruído 
A avaliação de ruído envolve a distinção entre ruído contínuo e intermitente. O ruído contínuo 
varia dentro de ± 3dB ao longo de um período longo (maior que 15 minutos), enquanto o 
intermitente possui variação igual ou maior que ± 3dB em intervalos curtos (menor que 15 
minutos) e superior a 0,2 segundos. Do ponto de vista ocupacional, não há diferença entre 
eles, sendo ambos considerados como ruído não de impacto. O ruído de impacto, por outro 
lado, tem picos de energia acústica com duração inferior a um segundo e intervalos superiores 
a um segundo. 
Para avaliar os níveis de ruído contínuo, intermitente ou de impacto, é necessário calcular a 
dose equivalente de ruído ou efeitos combinados. Isso é feito somando as frações de tempo de 
exposição a diferentes níveis de ruído, levando em conta os limites permitidos definidos nas 
regulamentações. Se a dose equivalente exceder 100%, o limite de tolerância terá sido 
ultrapassado. Esse cálculo é importante para caracterizar a exposição ao ruído com base em 
parâmetros pré-estabelecidos, como fator de duplicação de dose, critério de referência e nível 
limiar de integração. 
 
 
VOLUME IV 
 
 
Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01) 
 
A Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01) é uma norma técnica desenvolvida pela 
Fundacentro, órgão de pesquisa do Ministério do Trabalho no Brasil, com o propósito de 
estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao ruído que 
pode resultar em risco potencial de surdez ocupacional. Ela se aplica a situações de exposição a 
ruídos contínuos, intermitentes ou de impacto, mas não se destina a avaliar as condições de 
conforto acústico. 
A norma estabelece que a avaliação do ruído deve ser realizada de maneira a abranger todos 
os trabalhadores incluídos no estudo. No entanto, é possível agrupar os trabalhadores em 
grupos homogêneos, ou seja, aqueles que estão expostos às mesmas condições de trabalho. 
Avaliar um representante de um grupo homogêneo é considerado suficiente para avaliar todo 
o grupo. Se houver dúvidas sobre a redução do número de trabalhadores a serem avaliados, a 
norma recomenda avaliar todos os trabalhadores expostos. 
As medições devem ser representativas das condições reais de exposição, levando em conta 
todas as condições operacionais e ambientais habituais que afetam os trabalhadores em suas 
funções. O período de amostragem deve ser escolhido de modo a representar a jornada de 
trabalho, considerando ciclos repetitivos e variações de ruído. 
Se um trabalhador executar duas ou mais rotinas independentes de trabalho durante a 
jornada, a avaliação pode ser realizada separadamente em cada rotina, e depois os resultados 
podem ser usados para calcular a exposição diária. 
Em casos de dúvida sobre a redução do tempo de amostragem, a avaliação deve cobrir toda a 
jornada de trabalho. Os procedimentos de avaliação não devem interferir nas medições, e 
condições não rotineiras ou eventuais devem ser avaliadas e interpretadas separadamente. 
Além disso, informações administrativas que confirmem as condições observadas no local de 
trabalho devem ser obtidas. 
Um exemplo prático é dado na norma: Se uma fábrica tem dois galpões, cada um com cinco 
prensas, e em cada prensa trabalham três prensistas,a estratégia de avaliação depende de 
vários fatores, como se as prensas são iguais ou diferentes, se as condições nos galpões são 
iguais ou diferentes, e assim por diante. O número de medições necessárias varia de acordo 
com essas condições, mas a norma fornece diretrizes para determinar a abordagem adequada. 
Em resumo, a NHO-01 estabelece diretrizes e procedimentos para avaliar a exposição 
ocupacional ao ruído, levando em consideração vários fatores, como as características do 
ambiente de trabalho e as atividades dos trabalhadores, a fim de proteger a saúde auditiva dos 
trabalhadores. 
 
Relatório de Medição 
A NHO-01 recomenda que no relatório técnico sejam abordados no mínimo: 
• Introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que 
foram desenvolvidas as avaliações; 
• Critério de avaliação adotado; 
• Instrumental utilizado; 
• Descrição das condições de exposição avaliadas; 
• Dados obtidos; 
• Interpretação dos resultados. 
O relatório de medição deve possibilitar a compreensão, por leitor qualificado, do 
trabalho desenvolvido, além de documentar a avaliação (BRASIL, 2001). 
Não há um modelo de relatório padrão. Estes podem ser desenvolvidos em forma de 
texto corrido ou em formato de tabela. Segue um modelo para ilustrar o exposto: 
 
Avaliação de Ruído para Caracterização da Insalubridade 
Normas de Insalubridade: A insalubridade devido à exposição ao ruído físico é regulamentada 
nos Anexos 1 e 2 da NR-15. Os limites de tolerância variam de acordo com o tempo de 
exposição e o tipo de ruído. 
Dose e Lavg: A insalubridade é caracterizada quando a dose ou o Lavg (nível médio ponderado 
no tempo) ultrapassam os limites de tolerância e quando o trabalhador não utiliza 
equipamentos de proteção. 
Medição de Ruído: A medição pode ser realizada com um medidor de nível de pressão sonora 
ou um audiodosímetro, sendo este último mais preciso. 
Configuração dos Equipamentos: A configuração dos equipamentos depende do tipo de ruído 
(contínuo, intermitente ou de impacto). 
Documentos de Segurança: Em uma avaliação pericial, o perito solicita documentos de 
segurança da empresa, como PPRA, LTCAT e relatórios de avaliação de ruído. 
 
Reconhecimento da Exposição: Se a empresa reconhece a exposição acima dos limites de 
tolerância, a medição de ruído não é necessária, e o documento da empresa pode ser usado 
como prova. 
Medições Necessárias: Quando a empresa informa exposição abaixo do limite de tolerância ou 
não possui documentos de segurança, e há uma fonte significativa de ruído, o perito deve 
realizar medições. 
Laudo Pericial: Após a perícia, o perito elabora um laudo pericial que descreve as condições 
verificadas, os métodos utilizados e os resultados encontrados em conformidade com a 
legislação. 
Conclusões do Laudo: O laudo pericial inclui informações sobre o histórico do trabalho do 
reclamante, local e atividades avaliadas, documentos fornecidos pela empresa, resultados das 
medições de ruído, conformidade com critérios normativos e a conclusão sobre a 
caracterização da insalubridade. 
Quesitos Complementares: Após o protocolo do laudo pericial, as partes podem apresentar 
quesitos complementares, que o perito também deve responder. 
Avaliação do Juiz: O juiz não é obrigado a aceitar o laudo pericial e pode designar uma nova 
perícia se o laudo for inadequado ou insuficiente. 
Este resumo fornece uma visão geral do processo de avaliação de ruído para determinar a 
insalubridade no ambiente de trabalho 
 
Avaliação de Ruído para Fins de Aposentadoria Especial 
O INSS emitiu a Instrução Normativa nº 45 de 2010 para abordar as diferenças no fator 
de duplicação de dose entre a NR-15 (q=5) e a NHO-01 (q=3) relacionadas à exposição ao ruído. 
Essa instrução estabeleceu critérios para aposentadoria especial com base nos níveis de pressão 
sonora. Basicamente, a exposição ocupacional ao ruído se qualifica para aposentadoria especial 
se os níveis de pressão sonora excederem 80 dB(A) antes de 05/03/1997 
 
Avaliação de Ruído para Conforto da Comunidade e Perturbação do 
Sossego Público 
Para atender às regulamentações ambientais brasileiras em relação à poluição sonora, é 
necessário avaliar o ruído de acordo com as normas técnicas nº 10.151 e 10.152 da ABNT. A NBR 
10151 estabelece condições para avaliar a aceitabilidade do ruído em comunidades, fornecendo 
um método de medição de ruído, correções para características especiais do ruído e 
comparações com critérios considerando vários fatores. 
As medições devem ser realizadas fora dos limites da propriedade que contém a fonte 
de ruído, mas podem ser ajustadas de acordo com as reclamações dos moradores. A norma 
abrange medições em ambientes internos ou externos, conforme exigido. 
Dependendo das características do ruído, os valores medidos podem ser corrigidos para 
refletir melhor a situação. Por exemplo, ruídos contínuos ou intermitentes não são corrigidos, 
enquanto ruídos de impacto são ajustados adicionando 5 dB(A) ao valor máximo medido. Ruídos 
com componentes tonais também têm seus próprios métodos de cálculo. 
As medições não devem ocorrer em condições climáticas adversas e devem ser 
representativas da situação em questão. Os valores medidos devem ser arredondados para o 
inteiro mais próximo. 
Os horários limites para o período diurno e noturno podem ser determinados pelas 
autoridades, mas o período noturno não deve começar após as 22h e não deve terminar antes 
das 7h, a menos que seja um domingo ou feriado, caso em que o término pode ser às 9h. 
O relatório de avaliação deve incluir informações sobre os equipamentos de medição 
utilizados, sua calibração, detalhes da localização das medições, horários e duração das 
medições, valores de pressão sonora corrigidos, níveis de ruído ambiente, critérios de avaliação 
aplicados e referência à norma. 
 
Avaliação de Ruído para Fins de Conforto e Incômodo 
A Norma Regulamentadora 17 (NR-17) aborda a ergonomia no ambiente de trabalho. O 
item 17.5.2 da NR-17 recomenda que locais de trabalho que envolvam atividades que exijam 
concentração mental constante, como salas de controle, laboratórios, escritórios, entre outros, 
devem atender a condições de conforto, incluindo níveis de ruído de acordo com a NBR 10152, 
uma norma brasileira registrada no INMETRO. 
Para atividades que não se correlacionem diretamente com a NBR 10152, o nível de 
ruído aceitável para conforto deve ser de até 65 dB(A), com a curva de avaliação de ruído (NC) 
não superior a 60 dB. 
A NBR 10152 estabelece níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em diversos 
tipos de ambientes. A medição de ruído deve seguir as diretrizes da NBR 10151. Para determinar 
o conforto acústico no local de trabalho, os níveis de ruído em diferentes frequências e bandas 
de oitava devem ser medidos e comparados com os valores de conforto (dB(A)) e as curvas de 
avaliação de ruído (NC) conforme uma tabela específica. 
 
Valores dentro da faixa inferior (dB(A)) indicam níveis de ruído confortáveis, enquanto 
os valores dentro da faixa superior (NC) são considerados aceitáveis para a finalidade. Níveis de 
ruído superiores aos estabelecidos na tabela são considerados desconfortáveis, mas não 
necessariamente representam risco à saúde. 
Os resultados da avaliação de ruído devem ser documentados em um relatório, que pode 
incluir medidas coletivas, administrativas ou no trabalhador que contribuem para manter níveis 
de conforto no local avaliado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VOLUME V 
 
Medidas de Controle 
om se propaga em ondas esféricas a partir de sua fonte, mas essa propagação pode ser 
dificultada por obstáculos no caminho ou pela não uniformidade do meio, como ventos e 
gradientes de temperatura. A NR-9, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
(PPRA), estabelece uma hierarquia de medidas de proteção coletiva a serem adotadas no 
ambiente de trabalho:Medidas que eliminam ou reduzem a utilização ou formação de agentes prejudiciais à 
saúde. 
Medidas que previnem a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de 
trabalho. 
Medidas que reduzem os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de 
trabalho. 
Se for comprovado que não é tecnicamente viável adotar medidas de proteção coletiva, 
ou se essas medidas não forem suficientes, estiverem em fase de estudo, planejamento, 
implantação, ou forem complementares ou emergenciais, devem ser adotadas outras medidas, 
seguindo esta hierarquia: 
Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho. 
Utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI). 
Portanto, a hierarquia de controle começa atuando na fonte dos riscos, depois na 
trajetória e, por último, no trabalhador. É importante também acompanhar a implantação das 
medidas de controle com o treinamento dos trabalhadores e a avaliação de sua eficácia. 
(Referências: Gerges, 2000; Saliba, 2018; Brasil, 1978). 
 
 
 
Controle na Fonte 
É a medida mais indicada no controle de ruído, vez que elimina ou reduz os níveis de 
ruído emitidos no ambiente. O momento mais apropriado é no planejamento das 
instalações, 
onde pode-se optar por adquirir equipamentos menos ruidosos e sistematizar o 
layout da forma mais conveniente (SALIBA, 2018). 
Uma vez que a instalação já existe, o controle na fonte pode ser feito através de outras 
medidas, como por exemplo: 
• Substituição de equipamentos por outros menos ruidosos; 
• Manutenção preventiva nos equipamentos; 
• Lubrificação periódica das partes e componentes dos equipamentos; 
• Reduzir impactos, quando estes existirem e forem possíveis; 
Medidas de Controle do Ruído 
• Programar as operações de modo que o mínimo de equipamentos permaneça ligados 
simultaneamente; 
• Entre outras (SALIBA, 2018). 
 
Controle na Trajetória 
Quando o controle na fonte não é possível, deve-se estudar a possibilidade de medidas 
de controle na trajetória de propagação do som. Neste caso, a intensidade do ruído 
produzida é a mesma, porém, é atenuada através de absorção ou isolamento (SALIBA, 2018). 
A absorção ocorre quando o som encontra uma superfície composta de materiais 
porosos ou fibrosos. Os coeficientes de absorção dos materiais variam conforme a 
frequência do som. Já o isolamento consiste em evitar a transmissão do som de um 
ambiente para outro, fazendo o uso de materiais isolantes (SALIBA, 2018) 
No caso do isolamento, é possível se isolar a fonte, por exemplo, na construção de 
uma barreira entre a fonte de ruído e o meio para evitar a propagação do som. Também 
épossível isolar o receptor, quando se impõe uma barreira entre a fonte e o indivíduo expostoao 
ruído, por exemplo, na implantação de cabines em equipamentos (SALIBA, 2018). 
 
Controle no Trabalhador 
Não sendo possível o controle na fonte e na trajetória, deve-se adotar medidas no 
trabalhador,que contemplam medidas administrativas para reduzir sua exposição ou o uso de 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI). 
Quanto às medidas administrativas, a limitação do tempo de exposição do trabalhador 
consiste em reduzir o tempo de exposição aos níveis de ruído elevados. Isso pode ser 
feito, por exemplo, através de rodízio entre os trabalhadores. Para o sucesso dessas 
medidas,um estudo sistemático do tempo das tarefas, métodos de trabalho, monitoramento e 
ruído etc., deve ser cuidadosamente realizado (SALIBA, 2018). 
Já o controle do ruído feito pelo uso de EPI deve considerar alguns fatores, tais como: 
• Seleção do EPI; 
• Fator de atenuação; 
• Uso efetivo durante a exposição; 
• Vida útil e periodicidade de troca (SALIBA, 2018). 
 
 
 
Norma Regulamentadora 6 (NR-6) 
A Norma Regulamentadora 6 (NR-6) estabelece critérios para o fornecimento de Equipamentos 
de Proteção Individual (EPI) aos trabalhadores, com o objetivo de proteger sua segurança e 
saúde no trabalho. EPI refere-se a dispositivos individuais usados pelos trabalhadores para 
proteção contra riscos no ambiente de trabalho. Aqui estão os principais pontos da NR-6 
A definição de EPI: A NR-6 define EPI como qualquer dispositivo ou produto de uso individual 
destinado a proteger o trabalhador contra riscos que possam ameaçar sua segurança e saúde no 
trabalho. 
Certificado de Aprovação (CA): Equipamentos de proteção individual, seja fabricados 
nacionalmente ou importados, só podem ser vendidos ou utilizados se possuírem um Certificado 
de Aprovação (CA) emitido pelo órgão nacional competente em segurança e saúde no trabalho 
do Ministério do Trabalho e Emprego. 
Obrigatoriedade de fornecimento: As empresas têm a obrigação de fornecer gratuitamente EPI 
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes 
situações: 
a) Quando medidas de proteção coletiva não oferecem proteção completa contra riscos de 
acidentes ou doenças no trabalho. 
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estão sendo implementadas. 
c) Em situações de emergência. 
Recomendação do EPI: O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT), em consulta à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e aos 
trabalhadores, é responsável por recomendar ao empregador o EPI adequado para atividades 
específicas. Em empresas sem SESMT, o empregador deve selecionar o EPI adequado com a 
orientação de um profissional qualificado, ouvindo a CIPA ou, se não houver, um representante 
designado pelos trabalhadores. 
Responsabilidades do empregador: O empregador deve adquirir os EPI adequados, exigir seu 
uso, fornecer apenas EPI aprovado, orientar e treinar os trabalhadores sobre seu uso adequado, 
substituí-los quando danificados, responsabilizar-se pela higienização e manutenção, relatar 
irregularidades ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e manter registros do fornecimento 
de EPI aos trabalhadores. 
Responsabilidades do empregado: O empregado deve usar o EPI conforme a finalidade a que se 
destina, responsabilizar-se por sua guarda e conservação, comunicar ao empregador qualquer 
alteração que torne o EPI impróprio para uso e cumprir as determinações do empregador quanto 
ao uso adequado. 
EPI para proteção auditiva: O Anexo I da NR-6 lista os EPI para proteção auditiva, incluindo 
protetores auditivos circum-auriculares, de inserção e semiauriculares, destinados a proteger o 
sistema auditivo contra níveis de pressão sonora acima dos limites estabelecidos na NR-15, 
anexos n.º 1 e 2. 
Essa norma visa garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, assegurando que eles tenham 
acesso a EPI adequados para proteção contra riscos específicos no ambiente de trabalho. 
 
Protetores Auditivos 
 
Os protetores auditivos são dispositivos de proteção individual que evitam a exposição do 
sistema auditivo ao som excessivo. Existem três tipos principais de protetores auditivos: 
Protetores Circum-Auriculares (Concha): Também chamados de protetores tipo concha, 
consistem em um arco plástico conectado a duas conchas plásticas revestidas internamente por 
espuma que se posicionam sobre as orelhas. Podem ser usados de forma simples sobre a cabeça 
ou acoplados a capacetes. São fáceis de limpar, protegem tanto o canal auditivo quanto a orelha 
e oferecem alta atenuação. No entanto, podem ser volumosos, dificultando o armazenamento e 
restringindo movimentos da cabeça, especialmente com cabelos longos, barba ou óculos 
Protetores Semiauriculares: Também conhecidos como protetores tipo capa, consistem em uma 
haste plástica resistente com plugues de espuma substituíveis em suas extremidades, que se 
acomodam na entrada do canal auditivo sem penetrá-lo. Podem ser usados com a haste atrás 
da cabeça ou debaixo do queixo, permitindo o uso com outros EPIs. São de fácil asseio, pois basta 
substituir os plugues, mas podem ser desconfortáveis durante longos períodos de uso, pois 
pressionam a entrada do canal auditivo. 
Protetores de Inserção (Plugue): Existemdois tipos de protetores auriculares de inserção: pré-
moldados, com três flanges flexíveis de diferentes tamanhos, e moldáveis, feitos de espuma que 
se adapta ao canal auditivo do usuário. São compatíveis com outros EPIs, fáceis de transportar e 
armazenar, não restringem os movimentos e podem ser usados por pessoas com cabelos longos, 
barba, etc. No entanto, podem se deslocar com movimentos como fala e mastigação, são 
pequenos e podem ser perdidos facilmente, além de serem mais difíceis de limpar. Devem ser 
usados apenas em canais auditivos saudáveis, pois podem transmitir infecções se trocados entre 
ouvidos. A eficácia depende da correta colocação. 
A escolha entre esses tipos de protetores auditivos depende de fatores como conforto, facilidade 
de uso, ambiente de trabalho e preferências pessoais. 
A atenuação, que representa a capacidade de reduzir os níveis de ruído captados pelo ouvido, é 
medida através de ensaios em laboratórios especializados. Existem dois métodos de ensaio: o 
método longo, que analisa a atenuação em diferentes bandas de frequência, e o método 
simplificado, que calcula a atenuação total com base no Nível de Redução de Ruído subject fit 
(NRRsf), um valor único. Se dois protetores auditivos forem usados simultaneamente, a 
atenuação estimada é o maior NRRsf + 6dB, embora seja aconselhável medir a atenuação em 
laboratório quando se utiliza dupla proteção. 
 
VALIDADE DO PROTETOR AUDITIVO 
 
Este texto discute a validade e vida útil dos protetores auditivos, bem como problemas comuns 
na utilização desses dispositivos e o registro de fornecimento de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI) de acordo com a NR-6 (Norma Regulamentadora 6). 
Validade do Protetor Auditivo: A validade do protetor auditivo é determinada pelo fabricante e 
é contada a partir da data de fabricação. No exemplo citado, um protetor de inserção de silicone 
da 3M do Brasil pode ser estocado por até 3 anos após a data de fabricação, desde que seja 
mantido em condições adequadas. 
Vida Útil do Protetor: Não há uma legislação que estipule a vida útil de um protetor auricular, 
pois isso depende de vários fatores, como o cuidado do usuário e as condições ambientais do 
local de trabalho. Um estudo mencionado sugere que um protetor tipo concha pode durar até 
um ano, enquanto um protetor de inserção de silicone pode durar até seis meses. 
Problemas na Utilização dos Protetores Auriculares: Além da atenuação, vários fatores devem 
ser considerados na escolha e uso dos protetores auditivos, incluindo higiene, desconforto 
inicial, efeitos na comunicação verbal, influência na localização direcional, sinalização de alarme 
e custos. É importante que os protetores sejam substituídos quando estiverem deteriorados ou 
sujos. 
Registro de Fornecimento: De acordo com a NR-6, o empregador deve registrar o fornecimento 
de EPI aos trabalhadores. Isso pode ser feito por meio de livros, fichas ou sistemas eletrônicos. 
O registro deve conter informações como nome e função do trabalhador, setor de trabalho, data 
de entrega do EPI, modelo e certificado de aprovação do EPI, data de devolução do EPI anterior 
(se aplicável) e a assinatura do trabalhador (se necessário). 
O texto enfatiza a importância de garantir que os protetores auditivos sejam usados 
corretamente, considerando não apenas a atenuação do ruído, mas também outros fatores que 
afetam o conforto e a segurança dos trabalhadores. Além disso, destaca a necessidade de 
registro e controle adequados do fornecimento de EPIs, como os protetores auditivos, para 
garantir a segurança dos trabalhadores em ambientes ruidosos.

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