Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Célio Ávila UNIDADE I Planejamento de Negócios da Saúde A ideia de empreender ganha cada vez mais força no Brasil, a partir da década de 1990. Entretanto, no Brasil, governo e entidades de classe têm como principal preocupação a criação de pequenas empresas duradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade desses empreendimentos. Diversos estudos apontam uma melhora no ambiente empreendedor, porém o índice de mortalidade empresarial ainda é muito elevado. Empreendedorismo Fonte: PowerPoint Mortalidade de pequenas empresas Fatores para o encerramento prematuro dos negócios: Ausência de um comportamento empreendedor; Ausência de um planejamento prévio adequado; Deficiências no processo de gestão empresarial; Insuficiência de políticas públicas de apoio aos pequenos negócios; Dificuldades decorrentes da conjuntura econômica; Impacto dos problemas pessoais sobre o negócio. Empreendedorismo Fonte: PowerPoint Empreendedores: são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser somente mais um, querem ser reconhecidas, admiradas, ou seja, querem deixar um legado. A palavra empreendedor tem origem francesa e significa aquele que assume riscos e começa algo novo (DORNELAS, 2008). Empreendedorismo é um neologismo utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, origens, sistemas de atividades e universo de atuação (DOLABELA, 2008). A história do empreendedorismo Fonte: PowerPoint Marco Polo é considerado o primeiro exemplo de definição de empreendedorismo. Tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente, onde assinou um contrato com um homem para vender as mercadorias deste (DORNELAS, 2008). Esse homem representa o “capitalista”, visto como alguém que assumia riscos de forma passiva. Marco Polo, por sua vez, o “aventureiro empreendedor”, assumia um papel mais ativo, correndo riscos físicos e emocionais. Definição do termo “empreendedorismo” Fonte: PowerPoint Nos dias atuais: o empreendedorismo significa a atividade de toda pessoa que está na base de uma empresa, desde o franqueado ou um dono de uma oficina mecânica até alguém que criou e desenvolveu uma multinacional. O Sebrae é hoje um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junto a essa entidade todo o suporte para iniciar sua empresa, assim como consultorias para resolver problemas pontuais de seu negócio. Definição do termo “empreendedorismo” Fonte: PowerPoint Um importante projeto que deve ser mencionado é a Pesquisa GEM, que é atualmente a mais abrangente pesquisa anual sobre atividade empreendedora no mundo, que explora o papel do empreendedorismo no desenvolvimento social e econômico. A pesquisa nesse projeto apresenta aspectos distintivos que ressaltam a importância de seus resultados para a formulação de políticas e programas de apoio à criação e desenvolvimento de novos empreendimentos. A participação brasileira na Pesquisa GEM ocorre desde o segundo ano de sua realização, sendo aperfeiçoada a cada edição com a consideração de novos temas, indicadores e envolvimento de especialistas que atuam nesse campo no país. A história do empreendedorismo no Brasil Fonte: PowerPoint A análise do empreendedorismo que é feita na Pesquisa GEM adota uma visão processual. Considera as diversas etapas que caracterizam o fenômeno, conforme apresentado a seguir: A história do empreendedorismo no Brasil Fonte: Global Entrepreneurship Monitor (2017) CONTEXTO EMPREENDEDOR INTENÇÕES NASCENTES NOVOS ESTABELECIDOS POTENCIAL EMPREENDEDOR CARACTERÍSTICA DO INDIVÍDUO POSTURA DA SOCIEDADE AMBIENTE INSTITUCIONAL FASES DO EMPREENDIMENTO DESCONTINUIDADE Vê oportunidades Tem conhecimento e habilidades Não tem medo do fracasso Atitude positiva O que o país precisa buscar é a otimização do seu empreendedorismo de oportunidade, embora ainda faltem políticas públicas duradouras dirigidas à consolidação do empreendedorismo por aqui, como alternativa à falta de emprego. Incubadoras de empresas: são entidades sem fins lucrativos destinadas a amparar o estágio inicial de empresas nascentes que se enquadram em determinadas áreas de negócios, buscando atender uma necessidade prévia. Aceleradoras: não são focadas em uma necessidade prévia, mas em empresas com potencial para crescerem muito rápido; são geridas por empreendedores ou investidores experientes. A história do empreendedorismo no Brasil O emprego não é mais visto pelo jovem como um projeto de vida. Ofertas reduzidas, salários baixos e instabilidade são alguns dos fatores para essa mudança de pensamento. Para as gerações anteriores, conseguir um emprego no governo ou em uma grande empresa era um grande sonho (DOLABELA, 2008). Ainda hoje, algumas pessoas estão presas no que Dolabela (2008) chama de “síndrome do empregado”, uma consequência tanto de uma cultura como de um sistema de ensino que ainda forma pessoas com exclusiva ênfase na tecnologia, mas sem a preocupação de encontrar formas novas para a sua aplicação. Atenção! Este não é o perfil do empreendedor e nem do profissional moderno. A capacidade de empreender requer habilidades como: correr riscos na decisão, saber aproveitar oportunidades, conhecer o mercado de atuação etc. Características do empreendedor – O emprego formal O profissional contaminado com a “síndrome do empregado” apresenta as seguintes características, dentre outras: É dependente: necessita de alguém para se tornar produtivo; Descuida de outros conhecimentos diferentes da tecnologia do seu produto/especialidade; Domina somente parte do processo; Não é autossuficiente: exige supervisão e espera que alguém lhe forneça o caminho; Não busca conhecer o negócio como um todo; Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: Entende/melhora só o que já existe; Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos/serviços; Etc. Síndrome do empregado As características empreendedoras podem ser resumidas como segue: Buscar Oportunidades e Iniciativa; Persistência; Correr Riscos Calculados; Exigência de Qualidade e Eficiência; Comprometimento; Busca de Informações e estabelecimento de Metas; Planejamento e Monitoramento Sistemáticos; Persuasão e Rede de Contatos; Independência e Autoconfiança. Características empreendedoras e do empreendedor Empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser somente mais um, querem ser reconhecidas, admiradas, ou seja: a) Querem ganhar muito dinheiro. b) Querem ser independentes. c) Querem desenvolver amizades. d) Querem deixar uma herança. e) Querem deixar um legado. Interatividade Empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser somente mais um, querem ser reconhecidas, admiradas, ou seja: a) Querem ganhar muito dinheiro. b) Querem ser independentes. c) Querem desenvolver amizades. d) Querem deixar uma herança. e) Querem deixar um legado. Resposta O TED é uma organização sem fins lucrativos dedicada a disseminar ideias, na forma de curtas e poderosas palestras. Inicia-se em 1984 como uma conferência em que tecnologia, entretenimento e design se convergem. Hoje abrange diversos tópicos desde ciências a negócios e questões globais. O TEDx foi criado em 2009 e são eventos locais organizados e executados de forma independente que ajudam a compartilhar ideias em comunidades ao redor do mundo. Ao longo do tempo, a lista de apresentadores do TED é ampliada e inclui cientistas, filósofos, músicos, líderes empresariais e religiosos, filantropos e muitos outros. O TED atua hoje como uma comunidade global, que acolhe pessoas de todasas disciplinas e culturas que buscam uma compreensão mais profunda do mundo. Acredita no poder das ideias para mudar atitudes, vidas e o mundo, conduzido pelo lema: Ideias que valem ser compartilhadas. TED e TEDx – conceitos e história O Brasil é hoje o maior consumidor do setor de beleza e bem-estar da América Latina e o quarto maior consumidor mundial, atrás apenas dos USA, China e Japão, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). O país possui quase 64 mil empresas ativas e emprega mais de 1 milhão de pessoas. Com a aprovação da Lei do Salão e Profissional Parceiro em 2016, o setor ganhou ainda mais impulsos com a entrada e regularização dos profissionais do mercado. É um mercado promissor para quem deseja empreender em cosméticos e serviços estéticos. Negócios na área da saúde, beleza e bem-estar Além da oferta, o consumo de produtos de beleza cresceu 124% nos últimos 10 anos no Brasil e o mercado nunca fica estagnado. Produtos e serviços seguem tendências mundiais e buscam por ingredientes naturais e produtos/serviços sustentáveis. A vida saudável se torna uma tendência no mundo de hoje, onde consumidores conferem cada vez mais valor em ser saudável. A própria definição de saúde e bem-estar evoluiu para um estado de ser mais holístico; a saúde física, emocional e mental está em sincronia. Atualmente, com um mercado ativo de produtos e serviços que reflete essa filosofia, a indústria global de saúde e bem- estar vem experimentando um crescimento acelerado. Negócios na área da saúde, beleza e bem-estar Gerson et al. (2011) afirmam ainda que a estética, de uma forma geral, é um campo bastante promissor, sempre em expansão. As possibilidades dessa área, portanto, são muitas. Os profissionais de estética podem fazer atendimentos em domicílio, em suas casas, salões de beleza, clínicas de estética, centros estéticos, spas etc. Negócios na área da saúde, beleza e bem-estar Figura – Saúde, beleza e bem-estar Fonte: https://pixabay.com/photos/s pa-massage-relax-salon- 3184610/ Os centros estéticos buscam oferecer cuidados faciais e corporais que visam ao descanso do organismo e à melhoria estética dos clientes. Lançam mão de procedimentos já conhecidos pelo público e novidades na área, apresentadas pelo Sebrae-SC (2018): Os tratamentos de estética corporal buscam definir os contornos do corpo. Com uso de cremes, géis, argilas e dispositivos tecnológicos. Atuam sobre estrias, celulites, gorduras localizadas e demais elementos que podem comprometer a aparência da silhueta. Tratamentos, dentre outros: Drenagem linfática: circulação e vascularização sanguínea e acelerar o metabolismo. Crioterapia: resfria partes do corpo por meio do uso de géis e argilas ou aparelhos específicos, para recuperar a elasticidade e o tônus da pele. Também realizada no rosto. Negócios na área da saúde, beleza e bem-estar Endermoterapia: diminuir a celulite e a flacidez do corpo por meio de aparelhos que utilizam sucção e movimentos de aspiração, para eliminar a gordura acumulada e algumas toxinas. Bronzeamento artificial: bronzeamento por câmaras que fornecem radiação UVA e UVB. Depilação: retirada de pelos de diversas regiões do corpo. A mais comum é com cera quente, mas já existem procedimentos definitivos com uso de lasers e luz pulsada. Massagem: produz estímulos em regiões como costas, ombros, pernas e rosto com efeito relaxante nos músculos, elimina dores e corrige a postura. Pode ser realizada com as mãos ou com o uso de dispositivos específicos. Tratamentos de beleza, saúde e bem-estar oferecidos Peeling: esfoliação da pele do rosto com pequenos cristais, para promover a renovação celular e afinar a camada mais superficial da pele. Limpeza de pele: uso de cosméticos para desobstruir os poros, remover células mortas e prevenir cravos e espinhas. Pode ser acompanhada por uma massagem de relaxamento. Máscaras faciais: aplicação de cremes à base de nutrientes e vitaminas e com diversos tipos de efeitos, como hidratante, calmante, relaxante, tonificante, entre outros. Maquiagem definitiva: micropigmentação facial que define ou corrige contornos de sobrancelhas, olhos e lábios por meio de dispositivo próprio. Discromia: aplicação de peelings faciais para formar um novo colágeno na pele do rosto, para clarear manchas e atenuar rugas e demais marcas faciais. Entre outros. Tratamentos de beleza, saúde e bem-estar oferecidos Clínicas de Estética: Registro no Conselho Regional de Medicina; Responsável técnico: Médicos especializados, como cirurgião plástico; Oferecem procedimentos invasivos ou não; Fiscalização feita pelo CRM e pela Vigilância Sanitária; Não podem vender produtos estéticos. Centros de Estética: Registro na junta comercial; Responsável técnico: Esteticistas ou cosmetólogos; Não oferecem procedimentos invasivos; Fiscalização feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Podem vender produtos estéticos. Diferenças entre Clínicas de estética e Centros de estética Muitos profissionais que entram na área da saúde, beleza e bem-estar pensam em abrir um negócio próprio. É importante estar focado, ser disciplinado e orientado aos objetivos. A motivação e a dedicação são apenas o início de uma longa caminhada. Para o sucesso é preciso energia, visão clara do que se deseja e habilidades sólidas para o negócio, além de experiência prática no setor, conforme alertam Gerson et al. (2011). D’Angelo (2010) reforça essa ideia ao dizer que, para iniciar a jornada, é importante avaliar suas qualificações, personalidade, objetivos, motivações e habilidades para o negócio. Negócio Próprio – Primeiros Passos Administrar o próprio negócio envolve grandes responsabilidades e exige horas de planejamento e preparação de detalhes. É importante se familiarizar com princípios básicos como contabilidade, finanças, leis fiscais e comerciais, seguros, vendas, relações com funcionários e clientes etc. Requer a capacidade de resolver problemas regularmente como cronograma dos funcionários, marcação de horários, controle de estoque, solicitação de materiais etc. É fundamental elaborar um plano de ação e um bom plano de negócios. É necessário analisar e estudar qual o tipo de empresa mais adequado ao seu negócio. Negócio Próprio – Primeiros Passos O Brasil é hoje o maior consumidor do setor de beleza e bem-estar da América Latina e o quarto maior consumidor mundial, atrás apenas de: a) USA, China e Japão. b) USA, Alemanha e França. c) França, China e Índia. d) França, Japão e Alemanha. e) Argentina, México e USA. Interatividade O Brasil é hoje o maior consumidor do setor de beleza e bem-estar da América Latina e o quarto maior consumidor mundial, atrás apenas de: a) USA, China e Japão. b) USA, Alemanha e França. c) França, China e Índia. d) França, Japão e Alemanha. e) Argentina, México e USA. Resposta Empresário Individual: Exerce em nome próprio uma atividade empresarial sem sociedade. Sua responsabilidade é ilimitada (responde com seus bens pessoais pelas obrigações assumidas). Pode exercer atividade industrial, comercial ou prestação de serviços. Não pode ser empresário o prestador de serviços que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, como médicos, engenheiros, arquitetos, psicólogos, entre outros. Esses atuarão individualmente como autônomos (pessoa física com registro na Prefeitura Municipal) ou com sócios. Negócio Próprio – Tipos de Empresas Microempreendedor Individual (MEI): É o empresário individual com receita bruta anual até R$ 81.000,00 no ano (1º de janeiro a 31 de dezembro) ou R$ 6.750,00 em média por mês de atuação para o primeiro ano de exercício das atividades, optante pelo Simples Nacional e Simei. O SimplesNacional estabelece valores fixos mensais para o MEI. Negócio Próprio – Tipos de Empresas Microempreendedor Individual (MEI): O MEI paga os seus tributos na forma do Simei por valores fixos mensais (5% de um salário mínimo, relativo ao INSS do Empresário + R$ 1,00 relativo ao ICMS (indústria, comércio ou serviço de transporte intermunicipal ou interestadual) + R$ 5,00 relativos ao ISS (prestação de serviços)). Está dispensado de escrituração contábil e é segurado da Previdência Social. Negócio Próprio – Tipos de Empresas Figura: Simples Nacional Fonte: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Documentos/Pagina.aspx?id=3 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli): Atuação individual – sem sócios. A responsabilidade do empresário é limitada ao capital social (valor do investimento, em dinheiro ou bens). Obrigatoriedade de capital social integralizado de no mínimo 100 salários mínimos. Possibilita a atuação individual – sem sócios – porém, com responsabilidade limitada. Protege o patrimônio pessoal do empresário através da separação patrimonial. Negócio Próprio – Tipos de Empresas Sociedade Empresária: Neste tipo de empresa é possível a atuação coletiva entre 2 ou mais sócios, sendo sua responsabilidade limitada ao capital social. Deverá adotar uma das espécies de sociedades existentes (S/A, Sociedade Limitada – LTDA etc.). A espécie de sociedade empresária mais adotada no Brasil é a Sociedade Limitada (LTDA.), por ser mais simples e pela proteção ao patrimônio pessoal dos sócios. Os sócios podem responder com seus bens pessoais nos casos de comprovação de má-fé, sonegação fiscal, confusão patrimonial, estelionato, fraude contra credores etc. Negócio Próprio – Tipos de Empresas Sociedade Simples: Pessoa Jurídica com atuação Coletiva com 02 (dois) ou mais sócios. A responsabilidade é ilimitada. Poderá adotar a espécie societária de Sociedade Limitada – Sociedade Simples Ltda. Trata-se de prestação de serviços de profissão intelectual, científica, artística ou literária (ex.: médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos etc.). Negócio Próprio – Tipos de Empresas Sociedade Limitada Unipessoal: Pelo advento da Lei n. 13.874, de 20 de Setembro de 2019 (Lei da Liberdade Econômica), a Sociedade Limitada, que poderia ser constituída na forma pluripessoal (duas ou mais pessoas), passou a ser admitida na forma unipessoal. Negócio Próprio – Tipos de Empresas Jucesp (Junta Comercial do Estado) – nesse caso, São Paulo. Nire (número de identificação do registro e empresas) ou Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas. - Receita Federal: CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. - Secretaria da Fazenda: IE – Inscrição Estadual. - Prefeitura: CCM ou IM – Cadastro de Contribuinte Mobiliário ou Inscrição Municipal. - INSS: Instituto Nacional do Seguro Social. Negócio Próprio – Órgão de registro empresarial De acordo com o Ministério da Fazenda do Brasil, o Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Negócio Próprio – Simples Nacional Algumas das condições para ingressar no Simples: enquadrar-se na definição de microempresa ou empresa de pequeno porte; cumprir requisitos previstos na legislação; formalizar a opção pelo Simples Nacional; recolher os tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação; apresentar declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais; etc. Negócio Próprio – Simples Nacional É o empresário individual com receita bruta anual até R$ 81.000,00 no ano (1º de janeiro a 31 de dezembro) ou R$ 6.750,00 em média por mês de atuação para o primeiro ano de exercício das atividades, optante pelo Simples Nacional e Simei. Trata-se de: a) Sociedade Limitada Pessoal. b) Sociedade Simples (MEI). c) Microempreendedor Individual (MEI). d) Sociedade Empresária. e) Sociedade Anônima. Interatividade É o empresário individual com receita bruta anual até R$ 81.000,00 no ano (1º de janeiro a 31 de dezembro) ou R$ 6.750,00 em média por mês de atuação para o primeiro ano de exercício das atividades, optante pelo Simples Nacional e Simei. Trata-se de: a) Sociedade Limitada Pessoal. b) Sociedade Simples (MEI). c) Microempreendedor Individual (MEI). d) Sociedade Empresária. e) Sociedade Anônima. Resposta O sistema de franchising pode ser entendido como uma técnica de crescimento e de desenvolvimento de negócios em rede. Dornelas (2008) define ainda esse sistema como um modelo de negócios que visa a estabelecer uma estratégia para a distribuição e comercialização de produtos e serviços com dois atores principais: o franqueador e o franqueado – relação de parceria. Franchising – Conceito Lei n. 13.966, de 26 de dezembro de 2019 – Sistema de franquia empresarial Disciplina o sistema, pelo qual um franqueador autoriza através de contrato um franqueado a usar marcas e outros objetos de propriedade intelectual, métodos e sistemas. Dentre outras: o franqueador deve ser titular/requerente de direitos sobre as marcas e outros objetos de propriedade negociados no âmbito do contrato de franquia, ou estar autorizado pelo titular. a franquia pode ser adotada por empresa privada, empresa estatal ou entidade sem fins lucrativos, independentemente do segmento em que desenvolva as atividades. Franchising – Lei das Franquias Para a implantação da franquia, o franqueador deve fornecer ao interessado Circular de Oferta de Franquia, de forma objetiva e acessível, contendo, dentre outras: histórico resumido do negócio franqueado; qualificação completa do franqueador e das empresas a que esteja ligado; balanços e demonstrações financeiras franqueadoras (2 últimos exercícios); indicação das ações judiciais relativas à franquia que questionem o sistema; descrição detalhada da franquia e descrição geral do negócio e das atividades; Franchising – Lei das Franquias perfil do franqueado ideal (experiência anterior, escolaridade e outras características); requisitos para o envolvimento do franqueado na operação/administração do negócio. Especificações quanto ao: total estimado do investimento inicial necessário; valor da taxa inicial de filiação ou taxa de franquia; valor das instalações, equipamentos e estoque inicial e condições de pagamento. Franchising – Lei das Franquias Informações claras quanto a taxas periódicas e outros valores a serem pagos pelo franqueado indicando, especificamente, o seguinte: remuneração periódica pelo uso; aluguel de equipamentos ou ponto comercial; taxa de publicidade ou semelhante; seguro mínimo; relação de franqueados, subfranqueados e subfranqueadores, e os que se desligaram. Franchising – Lei das Franquias Informações relativas à política de atuação territorial, devendo ser especificado: se é garantida ao franqueado a exclusividade ou a preferência; se há possibilidade do franqueado realizar vendas/prestar serviços fora do território; se há e quais as regras de concorrência entre unidades próprias e franqueadas. Informações quanto à obrigação do franqueado de adquirir bens, serviços ou insumos de sua franquia apenas de fornecedores indicados e aprovados pelo franqueador; Indicação do que é oferecido ao franqueado e em quais condições, no que se refere a: suporte; supervisão de rede; serviços; incorporação de inovações tecnológicas; treinamento do franqueado especificando duração, conteúdo e custos; manuais de franquia; auxílio na análise e na escolha do ponto onde será instalada a franquia; leiaute e padrões arquitetônicos das instalações. Franchising – Lei das Franquias informações sobre a situação da marca franqueada e de outros direitos de propriedade intelectual relacionados à franquia. situaçãodo franqueado, após a expiração do contrato de franquia, em relação a: know-how e informações confidenciais que venha a ter acesso em função da franquia; implantação de atividade concorrente à da franquia; modelo do contrato padrão com texto completo, anexos, condições e prazos de validade; indicação da existência de regras de transferência ou sucessão e quais são elas; Franchising – Lei das Franquias indicação das situações em que são aplicadas penalidades, multas ou indenizações e dos respectivos valores estabelecidos no contrato de franquia; informações sobre a existência de cotas mínimas de compra pelo franqueado e as condições para a recusa dos produtos ou serviços exigidos pelo franqueador; indicação de existência de conselho ou associação de franqueados, com as atribuições, os poderes e os mecanismos de representação perante o franqueador. indicação das regras de limitação à concorrência entre o franqueador e os franqueados, e entre os franqueados, durante a vigência do contrato de franquia. Franchising – Lei das Franquias especificação precisa do prazo contratual e das condições de renovação, se houver; local, dia e hora para recebimento da documentação proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, quando se tratar de órgão ou entidade pública. Nos casos em que o franqueador subloque ao franqueado o ponto comercial, qualquer uma das partes terá legitimidade para propor a renovação do contrato. Os contratos de franquia obedecerão às seguintes condições: os que produzirem efeitos exclusivamente no território nacional serão escritos em língua portuguesa e regidos pela legislação brasileira; os contratos de franquia internacional serão escritos originalmente em língua portuguesa ou terão tradução certificada para a língua portuguesa custeada pelo franqueador, e os contratantes poderão optar, no contrato, pelo foro de um de seus países de domicílio. Franchising – Lei das Franquias Bernard (2007) apresenta dez principais fatores de sucesso das empresas franqueadoras no Brasil, sendo os oito primeiros fatores internos e os dois últimos, fatores externos: A adequabilidade da opção pelo sistema de franchising com o negócio do mercado; A qualidade dos produtos e dos serviços, e este é um pré-requisito e não um diferencial; Um consumidor que percebe e valoriza o diferencial criado pela empresa; Um processo eficiente de seleção de franqueados; Um programa de treinamento eficiente e estruturado, ajustado para o perfil do franqueado; Empresas Franqueadoras – Fatores para o sucesso O planejamento e controle do desenvolvimento da rede; Franqueados que respeitam o know-how do franqueador, o seu controle e sua supervisão; Um processo de inovação e desenvolvimento contínuos. O forte crescimento do setor de atividade; Evoluções tecnológicas viabilizando novos conceitos. Empresas Franqueadoras – Fatores para o sucesso Dornelas (2008) afirma ainda que o Brasil é um dos países com maior número de franquias do mundo nos mais variados setores. A ABF possui vários programas para auxiliar franqueadores e franqueados e candidatos a empreendedores no mundo do franchising. Esses programas têm o objetivo de fortalecer o sistema de franquias, dar suporte a questões de legislação e oferecer capacitação em gestão empresarial, crédito e assessoria técnica. Empresas Franqueadoras – Fatores para o sucesso Dornelas (2008) afirma que a decisão de se tornar um empreendedor pode ocorrer a partir de fatores externos, ambientais e sociais ou mesmo por conta de aptidões pessoais, dando início ao chamado processo empreendedor, que pode ser compreendido a partir de 4 etapas: Identificar e avaliar oportunidades; desenvolver um plano de negócios; determinar e captar recursos necessários; gerenciar a empresa. Ideias X Oportunidades Não saber distinguir ideias de oportunidades é uma das grandes causas de insucesso entre os empreendedores iniciantes: Oportunidades são ideias vinculadas a produtos ou serviços que agregam valor ao consumidor (inovação ou diferenciação). Elas têm algo de novo e atendem a uma demanda, são atrativas, têm potencial para gerar lucro e surgem no momento adequado. Os pré- requisitos para identificar boas oportunidades são: conhecimento do setor de atuação e uma boa rede de relações. Na identificação de oportunidades deve-se ainda estar atento aos movimentos demográficos, transformações e tendências de mercado (DOLABELA, 2008). Diferença entre Ideias e Oportunidades Ideias vinculadas a produtos ou serviços que agregam valor ao consumidor (inovação ou diferenciação) são: a) Ideias geniais. b) Oportunidades. c) Franchising. d) Riscos operacionais. e) Riscos alavancados. Interatividade Ideias vinculadas a produtos ou serviços que agregam valor ao consumidor (inovação ou diferenciação) são: a) Ideias geniais. b) Oportunidades. c) Franchising. d) Riscos operacionais. e) Riscos alavancados. Resposta BERNARD, Daniel Alberto. Como tornar sua empresa uma franquia. Brasília: Sebrae, 2007. D’ANGELO, Janet M. Estratégias de negócios para salões de beleza e spas. São Paulo: Cengage Learning, 2010. DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. GERSON, Joel et al. Milady’s standard esthetics fundamentals. São Paulo: Cengage Learning, 2011. GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR. Empreendedorismo no Brasil: 2016. Simara Maria de Souza Silveira Greco (coord.); diversos autores. Curitiba: IBQP, 2017. Disponível em: http://ibqp.org.br/wp-content/uploads/2017/07/AF-GEM-Nacional-BAIXA.pdf. Acesso em: 13 mai. 2020. SEBRAE-SC. Centros de estética: Tendências e oportunidades para empreender no mercado de beleza. 2018. SIMPLES NACIONAL. Disponível em: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Documentos/Pagi na.aspx?id=3 Referências ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar