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A-Mente-Moralista_Resumo

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PARECER DO ALUNO 
 
Neste livro, Johnathan Haidt realiza além de diversas pesquisas, uma extensa revisão na literatura que 
aborda a origem moralidade nos campos psicossocial, antropológico, evolutivo e da neurociência. 
Descreve a moralidade como sendo uma construção intuitivo‐social, em alternativa às teorias 
empiristas, inatistas e racionalistas, enfatizando que, ao realizar julgamentos morais, as intuições vêm 
primeiro (emoções), depois é que surge o raciocínio estratégico (razão). Tal mecanismo pode, segundo 
ele, ser comprovado, através de estudos de neuroimagem que localizam as áreas emocionais do 
cérebro como as que são imediatamente acionadas diante dos raciocínios morais.  
Haidt também destaca que a moralidade varia de acordo com a cultura e que sociedades individualistas 
(como EUA e Europa Ocidental), possuem um domínio moral mais limitado do que sociedades 
sociocêntricas, onde abrange mais aspectos da vida. E vai além, ao propor que moralidade envolve bem 
mais do que dano e justiça, desenvolvendo o que ele chama de “teoria dos alicerces morais”, segundo a 
qual os desafios enfrentados por nossos ancestrais por milhares de anos passam a constituir módulos 
cognitivos, transmitidos adiante por meio da seleção natural e que são ativados via gatilhos na vida 
real: 1) cuidado e dano; 2) justiça e trapaça; 3) lealdade e traição; 4) autoridade e subversão; 5) pureza 
e degradação; 6) liberdade e opressão. Exemplo: o alicerce do cuidado ou dano evoluiu em resposta ao 
desafio de cuidar dos filhotes vulneráveis (gatilho original); ele nos torna sensíveis a sinais de 
sofrimento e necessidade (gatilho real), despertando nosso desejo em ajudar (emoção característica). 
Para completar seu raciocínio, o autor aponta o surgimento da moralidade – o desenvolvimento de 
normas comuns para julgar o comportamento alheio – como subproduto necessário para a formação 
de grupos. E defende que nossa evolução se deu de maneira multinível ‐ a maior parte da seleção 
natural operando no nível individual, mas parte dela operando em nível de grupo, fazendo com que o 
homem comporte‐se 90% como chimpanzé (egoísta e competindo entre indivíduos) e 10% como 
abelhas (quando determinadas condições nos tornam capazes de bloquear sentimentos mesquinhos e 
nos transformam em células de um organismo maior – altruísmo, contudo, direcionado principalmente 
para membros do próprio grupo). 
Assim, a moralidade, fenômeno intrínseco à natureza humana, ao mesmo tempo que nos agrega em 
grupos que compartilham matrizes morais semelhantes, nos cega para o fato de que em outros grupos 
também existem pessoas com coisas importantes para dizer. 
OPINIÃO 
O trabalho de Jonathan Haidt afasta o foco reducionista de que moral seria o mero julgamento de 
valores (onde há o certo e o errado, o bem e o mal) e traz o debate da moralidade para a esfera dos 
fenômenos cognitivos e sociais, trazendo a discussão para uma esfera passível de investigação científica 
e abrindo a possibilidade de ações efetivas tanto para problemas atuais, como é o caso das polarizações 
diversas, como para os mais antigos, que é o caso do preconceito e discriminação.

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