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As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: PEDIATRIAPEDIATRIAPEDIATRIA EBOOK PNEUMONIA - TUBERCULOSE - IMUNIZAÇÃO - FIBROSE CÍSTICA - FARINGOAMIGDALITE - SINUSITE - OTITE QUALITY EDUCAÇÃO MÉDICA http://qualitycursosmedicos.com QUALITY EDUCAÇÃO MÉDICA © 2018 by Quality Health Todos os direitos reservados. A cópia, venda, distribuição ou reprodução deste material, total ou parcial mente, é expressamente proibido. Texto: Bianca Beatriz de Oliveira Capa, projeto gráfico e diagramação: Jorge L. G. M. Herrero Revisão geral: Cleiton Mendes Lopes e Bianca Beatriz de Oliveira Autor: Cleiton Mendes Lopes Revisão especialidades: Pediatria - Dr. Orígenes José Capellani (CRM 12564); Ginecologia - Profª. Tatiana Pinheiro Rocha de Souza Alves; Neurologia - Profº. Elton Gomes da Silva; Clínica médica - Profº. André Fernandes Ribeiro Maia; Clínica cirúrgica - Profº. Amon Mendes Franco Sousa; SUS e Saúde coletiva - MSc. Sandro Jair Moisés Bottini Scarpetta. Este material foi desenvolvido para contribuir na preparação do aluno para o processo de revalidação do diploma médico. Os protocolos do ministério da saúde serviram de principal base para o desenvolvimento deste conteúdo, sendo assim, podem existir divergências em relação às demais fontes (livros, associações, instituições, etc). Av. José Maria de Brito, 1000, Centro Comercial Rorato CEP 85864-320, Sala 04, Segundo Andar Bairro Jardim das Nações, Foz do Iguaçu - PR www.qualitycec.com EBOOK - PEDIATRIA 2018 PNEUMONIA - TUBERCULOSE - IMUNIZAÇÃO - FIBROSE CÍSTICA - FARINGOAMIGDALITE - SINUSITE - OTITE PEDIATRIA Pneumonia comunitária Epidemiologia Etiologia Aspectos clínicos Avaliação da gravidade Conduta geral Tuberculose O diagnóstico da tuberculose na criança Tuberculose pulmonar na criança Tuberculose extrapulmonar na criança Tratamento Imunização Calendário nacional Contraindicações em situações especiais Contraindicações comuns Adiamento da vacinação Vacinação simultânea Falsas contraindicações 06 06 06 07 09 11 07 11 11 13 13 14 14 15 15 15 16 16 Tuberculose perinatal 13 Vacinas 16 Fibrose cística 27 Etiologia 27 Diagnóstico Tratamento Faringoamigdalite Clínica Diagnóstico Complicações 27 27 28 28 28 29 Terapêutica 29 Sinusite aguda 30 Sinais e sintomas 30 Complicações Diagnóstico Otite média aguda 30 30 32 Infecção 32 06 PEDIATRIAPEDIATRIA PNEUMONIA COMUNITÁRIA pneumonia adquirida na comunidade é uma das infecções do trato respiratório inferior. A história relatada pela mãe ou cuidador é seme- lhante ao da bronquite aguda, bronquiolite e outras afecções respiratórias. Há um processo infla- matório que é a resposta do hospedeiro ao agente agressor. O quadro clínico é semelhante, independen- te do agente etiológico – tosse, febre e dificuldade respiratória. A maioria das crianças tem de 4 a 6 infecções respiratórias agudas (IRA) por ano. Dessas, apenas 2-3% evoluem para pneumonia. Entretanto, 80% das mortes por IRA é devido à pneumonia. São vários os fatores de risco para as IRA de uma maneira geral e para a pneumonia em particular. Os mais importantes são a desnutrição, a baixa idade e as comorbidades que, juntamente com a gravidade da doença, podem concorrer para o desfecho letal. Outros fatores como baixo peso ao nascer, permanên- cia em creche, episódios prévios de sibilos e pneumo- nia, ausência de aleitamento materno, vacinação incompleta, variáveis sócio-econômicas e variáveis ambientais também contribuem para a morbidade e a mortalidade. As IRA representam uma das cinco principais causas de óbito em crianças menores de cinco anos de idade nos países em desenvolvimento, sendo responsáveis por cerca de 3 milhões de mortes/ano. Um grande número de agentes etiológicos é identificado como causa de pneumonia adquirida na comunidade (PAC). A dificuldade de se obter amostras fidedignas e de respostas em tempo hábil tornam a realização da coleta de exames específicos uma práti- ca não habitual. A EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA O patógeno não é identificado em até 60% dos casos de pneumonia, mas o conhecimento do perfil etiológico das pneumonias é indispensável para orientar a terapêutica. A maioria dos estudos publicados na literatura especializada é originária de países desenvolvidos e, a despeito da elevada freqüência das pneumonias em nosso meio, as investigações nacionais sobre esse tema ainda são escassas. Agentes mais comumente relacionados a pneumonia adquirida na comunidade em crianças: Os agentes encontrados são diferentes para cada faixa etária. O conhecimento dos agentes espe- rados irá orientar o tratamento específico. Os vírus predominam nos primeiros anos e vão deixando lugar para as bactérias Chlamydia pneumo- niae e Mycoplasma pneumoniae a partir do final do período pré-escolar.(2,3,7,8) Até três dias após o nascimento provavelmen- te se trata de pneumonia adquirida intra-útero, sendo os agentes etiológicos mais prováveis Streptococcus do Grupo B, organismos Gram negativos e Listeria monocytogenes. A partir do terceiro dia, devemos considerar S. Aureus e Staphylococcus epidermidis, além dos gram-negativos. Entre um e três meses de vida, além dos agen- tes bacterianos, os agentes da "pneumonia afebril do lactente" devem ser lembrados: Chlamydia trachoma- tis, Ureaplasma urealyticum e o vírus respiratório sincicial Acima dos três meses de idade, por ordem de freqüência, os agentes seriam os vírus (respiratório sincicial, sobretudo), S. pneumoniae, H. influenzae (tipo b e cepas não tipáveis); S. Aureus, Chlamydia spp e Mycoplasma pneumoniae têm relevância ainda desconhecida, mas sempre devem ser considerados no diagnóstico diferencial. Em pré-escolares, a participação do S. Aureus reduz-se e, inversamente, o envolvimento do M. pneu- moniae se eleva paulatinamente a partir dos 4-5 anos. Os agentes bacterianos principais continuam sendo S. pneumoniae e H. influenzae, mas com progressivo destaque para o primeiro. Nos escolares e adolescentes, S. pneumoniae continua sendo o agente bacteriano mais freqüente. M. pneumoniaee Chlamydia pneumoniae são microor- ganismos de prevalência crescente. H. influenzae e vírus têm participação reduzida. A escolha terapêutica realizada empiricamente deve ser baseada em agentes esperados para cada faixa etária (PAC). Vírus Micoplasma Chlamydia Bactérias Vírus respiratório sincicial, Influenza A ou B, Parainfluenza, Adenovírus Mycoplasma pneumoniae Streptococcus pneumoniae, Mycobacte- rium tuberculosis, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae Chlamydia trachomatis, Chlamydia pneumoniae As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 07 ASPECTOS CLÍNICOS AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE Os agentes encontrados são diferentes para cada faixa etária. O conhecimento dos agentes espe- rados irá orientar o tratamento específico. Os vírus predominam nos primeiros anos e vão deixando lugar para as bactérias Chlamydia pneumo- niae e Mycoplasma pneumoniae a partir do final do período pré-escolar.(2,3,7,8) A pneumonia adquirida na comunidade costu- ma ser precedida por um quadro de infecção viral alta. A mudança de sinais e sintomas do quadro viral para o bacteriano pode não ser evidente para os fami- liares. O diagnóstico de pneumonia pode se basear em dados clínico-radiológicos. Os dados clínicos são essenciais na prática médica, principalmente nos países em desenvolvimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem preconizando há mais de duas décadas a valorização da queixa de "tosse e freqüên- cia respiratória elevada" como indicativo de pneumo- nia em crianças menores de 5 anos. O Ministério da Saúde do Brasil adotou e adaptou tais normas, trans- formando-as em política pública de saúde no país há cerca de 20 anos, através da ação de saúde denomi- nada Controle das Infecções Respiratórias Agudas (IRA). A valorização de dados clínicos, acrescidos de parâmetros objetivos, como a medida da saturação periférica de oxigênio (SpO2), devem ser emprega- Até três dias após o nascimento provavelmen- te se trata de pneumonia adquirida intra-útero, sendo os agentes etiológicos mais prováveis Streptococcus do Grupo B, organismos Gram negativos e Listeria monocytogenes. A partir do terceiro dia, devemos considerar S. Aureus e Staphylococcus epidermidis, além dos gram-negativos. Entre um e três meses de vida, além dos agen- tes bacterianos, os agentes da "pneumonia afebril do lactente" devem ser lembrados: Chlamydia trachoma- tis, Ureaplasma urealyticum e o vírus respiratório sincicial Acima dos três meses de idade, por ordem de freqüência, os agentes seriam os vírus (respiratório sincicial, sobretudo), S. pneumoniae, H. influenzae (tipo b e cepas não tipáveis); S. Aureus, Chlamydia spp e Mycoplasma pneumoniae têm relevância ainda desconhecida, mas sempre devem ser considerados no diagnóstico diferencial. Em pré-escolares, a participação do S. Aureus reduz-se e, inversamente, o envolvimento do M. pneu- moniae se eleva paulatinamente a partir dos 4-5 anos. Os agentes bacterianos principais continuam sendo S. pneumoniae e H. influenzae, mas com progressivo destaque para o primeiro. Nos escolares e adolescentes, S. pneumoniae continua sendo o agente bacteriano mais freqüente. M. pneumoniaee Chlamydia pneumoniae são microor- ganismos de prevalência crescente. H. influenzae e vírus têm participação reduzida. A escolha terapêutica realizada empiricamente deve ser baseada em agentes esperados para cada faixa etária (PAC). Na PAC, o quadro clínico pode ser mais grave, a febre mais elevada, a prostração mais evidente e a tosse mais produtiva. A pneumonia afebril não é freqüente e é mais encontrada em crianças até os 3 meses de idade. A intensidade da febre e o comportamento do quadro febril podem nos ajudar na distinção clínica. Os qua- dros virais podem apresentar febre superior a 39 °C, mas após a diminuição da temperatura com anti-tér- micos ou banhos térmicos, apresenta uma grande melhora do estado geral, ao passo que nas infecções bacterianas a prostração se mantêm. Toxemia, palidez e cianose acompanham a prostração e mostram rela- ção com a gravidade do caso. dos na prática para avaliação da gravidade da pneu- monia. A taquipnéia com ou sem dispnéia é mais encontrada nos casos de PAC, sendo este o sintoma mais importante no seu diagnóstico. Quanto menor for a criança, mais perceptível será a dificuldade ventilató- ria. A taquipnéia, na presença de febre, deve ser reava- liada após a diminuição da temperatura. A tosse é um dos sintomas mais encontrados nas doenças respiratórias, não sendo específica da PAC. A história de outros episódios de desconforto respiratório chama a atenção para doença com hiper- reatividade brônquica. Outras manifestações clínicas, tais como irrita- bilidade, cefaléia, redução do apetite e vômitos podem ser relatados. O meningismo pode ser encontrado nas PAC de acometimento dos segmentos posteriores. A dor pleurítica, com respiração entrecortada e posição antálgica, pode ocorrer no derrame pleural. A dor abdominal caracteriza derrame pleural mais diafragmá- tico, não sendo infreqüente o diagnóstico de pneumo- nias com base em uma radiografia de abdômen. O exame físico e a avaliação geral da criança devem ser realizados. A modificação do humor, a irrita- bilidade, a falta de atenção ao ambiente, a habilidade para mamar ou tomar líquidos, a movimentação, o sorri- so e a vocalização devem ser observados. No exame físico do aparelho respiratório deve- mos identificar a taquidispnéia. A medida da freqüên- cia respiratória (FR) mostra uma relação estreita com a gravidade da PAC e com a hipoxemia. Os valores con- siderados normais variam de acordo com a idade: até os 2 meses, FR = 60 ipm; de 2 meses a 12 meses FR = 50 ipm; acima de 12 meses, FR = 40 ipm. A presença de retração intercostal é um sinal de gravidade da doença e seu achado é indicativo de internamento. É mais observado em crianças peque- nas de até dois anos de idade. O batimento de asas nasais pode ser observado, assim como a presença de um estridor expiratório contínuo, decorrente do fecha- mento das cordas vocais com intuito de elevar a pres- são expiratória final, o que é um sinal de gravidade. A ausculta pulmonar varia de acordo com o padrão anatômico e a extensão da pneumonia. Deve ser realizada após a inspeção torácica. O choro pode prejudicar a ausculta. Em crianças, é freqüente o comprometimento brônquico com estertores finos médios e grossos. À ausculta, o murmúrio vesicular poderá estar diminuído na condensação por pneumo- nia, como também nas grandes atelectasias e nos derrames pleurais. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 08 PEDIATRIAPEDIATRIA O diagnóstico de pneumonia pode se basear em dados clínico-radiológicos. Os dados clínicos são essenciais na prática médica, principalmente nos países em desenvolvimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem preconizando há mais de duas décadas a valorização da queixa de "tosse e freqüên- cia respiratória elevada" como indicativo de pneumo- nia em crianças menores de 5 anos. O Ministério da Saúde do Brasil adotou e adaptou tais normas, trans- formando-as em política pública de saúde no país há cerca de 20 anos, através da ação de saúde denomi- nada Controle das Infecções Respiratórias Agudas (IRA). A valorização de dados clínicos, acrescidos de parâmetros objetivos, como a medida da saturação periférica de oxigênio (SpO2), devem ser emprega- dos na prática para avaliação da gravidade da pneu- monia. A taquipnéia com ou sem dispnéia é mais encontrada nos casos de PAC, sendo este o sintoma mais importante no seu diagnóstico. Quanto menor for a criança, mais perceptível será a dificuldade ventilató- ria. A taquipnéia, na presença de febre, deve ser reava- liada após a diminuição da temperatura. A tosse é um dos sintomas mais encontrados nas doenças respiratórias, não sendo específica da PAC. A história de outros episódios de desconforto respiratório chama a atenção para doença com hiper- reatividade brônquica. Outras manifestações clínicas, tais como irrita- bilidade, cefaléia, redução do apetite e vômitos podem ser relatados. O meningismo pode ser encontrado nas PAC de acometimento dos segmentos posteriores. A dor pleurítica, com respiração entrecortada e posição antálgica, pode ocorrer no derrame pleural. A dor abdominal caracteriza derrame pleural mais diafragmá- tico, não sendo infreqüente o diagnóstico de pneumo- nias com base em uma radiografia de abdômen. O exame físico e a avaliação geral da criança devem ser realizados. A modificação do humor, a irrita- bilidade, a falta de atenção ao ambiente, a habilidade para mamar ou tomar líquidos, a movimentação, o sorri- so e a vocalização devem ser observados. No exame físico do aparelho respiratório deve- mos identificar a taquidispnéia. A medida da freqüên- cia respiratória (FR) mostra uma relação estreita com a gravidade da PAC e com a hipoxemia. Os valores con- siderados normais variam de acordo com a idade: até os 2 meses, FR = 60 ipm; de 2 meses a 12 meses FR = 50 ipm; acima de 12 meses, FR = 40 ipm. A presença de retração intercostal é um sinal de gravidade da doença e seu achado é indicativo de internamento. É mais observado em crianças peque- nas de até dois anos de idade. O batimento de asas nasais pode ser observado, assim como a presença de um estridor expiratório contínuo, decorrente do fecha- mento das cordas vocais com intuito de elevar a pres- são expiratória final, o que é um sinal de gravidade. A ausculta pulmonar varia de acordo com o padrão anatômico e a extensão da pneumonia. Deve ser realizada após a inspeção torácica. O choro pode prejudicar a ausculta. Em crianças, é freqüente o comprometimento brônquico com estertores finos médios e grossos. À ausculta, o murmúrio vesicular poderá estar diminuído na condensação por pneumo- nia, como também nas grandes atelectasias e nos derrames pleurais. Os lactentes com menos de dois meses com pneumonia representam um grupo especial de pacientes, para os quais está indicada a internação, devido ao risco de agentes Gram negativos, estrepto- cocos b hemolíticos e Staphylococcus aureus como causadores de pneumonia. Nesta faixa etária, portan- to, qualquer pneumonia é considerada grave. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA GRAVIDADE DE PNEUMONIAS EM CRIANÇAS DE 2 MESES A 5 ANOS SEGUNDO A OMS (2005) Sinal ou Sintoma Classificação Cianose central Pneumonia muito grave Pneumonia muito grave Pneumonia muito grave Pneumonia grave Pneumonia Pneumonia Dificuldade respiratória grave ( por exemplo, movimentos involuntários da cabeça) Incapacidade de beber Tiragem subcostal Estertores crepitantes à ausculta pulmonar Nenhum dos sinais Respiração rápida ≥ 60 rpm em < 2 meses ≥ 50 rpm de 2 meses a 1 ano ≥ 40 rpm de 1 a 4 anos Não é pneumonia As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 09 CONDUTA GERAL INDICAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA PARA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA INVESTIGAÇÃO RADIOLÓGICA E LABORATORIAL Recomenda-se a transferência para uma unida- de de terapia intensiva o paciente que apresente: Recomenda-se a transferência para uma unidade de terapia intensiva o paciente que apresen- te: A agitação pode ser o primeiro sinal de hipo- xemia em crianças, antes mesmo da cianose. Subentende-se que, se o paciente chega ao serviço de saúde com pelo menos um desses sinais ou sintomas, ele deva ser encaminhado para uma unidade de terapia intensiva. A transferência para a unidade de terapia inten- siva deve ocorrer na presença de hipoxemia não responsiva, na presença de instabilidade hemodinâmi- ca e na falência respiratória A radiografia de tórax é utilizada no diagnóstico de pacientes com suspeita de pneumonia. A utilidade clínica do diagnóstico da radiografia deve ser acopla- da ao diagnóstico clínico com exame físico, que sempre deve anteceder qualquer exame laboratorial ou radiológico. • SpO2 < 92% com fração inspirada de oxigênio > 60% • Hipotensão arterial • Evidência clínica de grave falência respiratória e exaustão • Apnéia recorrente ou respiração irregular • Tiragem subcostal grave • Taquipnéia de acordo com a faixa etária. • Gemência respiratória. • Cianose central • Incapacidade de deglutição pela dificuldade respiratória • Leucograma • PCR • Hemocultura • Pesquisa de vírus respiratórios Administração de líquidos : A administração de líquidos por via intravenosa (IV) deve ser vigiada atentamente pelo risco de sobrecarga hídrica. Isso inclui a antibioticoterapia, que pode ser via intramuscular ou preferencialmente oral, sempre que possível A utilização da via intravenosa (IV), para a reposição de líquidos é recomendada apenas em casos de desidratação grave, choque séptico e situações em que a via oral não possa ser utilizada. Nestas circunstâncias, uma vez que a hipovolemia tenha sido corrigida, os líquidos devem ser administrados em cerca de 80% das necessidades básicas para a criança. Antibióticos de primeira escolha são a amoxicilina ou a penicilina procaína. Apesar do aumento da resistência do pneumococo nos últimos anos, recomendamos as doses habituais dos betalactâmicos no tratamento da pneumonia adquirida na comunidade. O uso abusivo de antibióticos em quadros virais pode aumentar a resistência à penicilina. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 10 PEDIATRIAPEDIATRIA ANTIBIOTICOTERAPIA RECOMENDADA Administração de líquidos : A administração de líquidos por via intravenosa (IV) deve ser vigiada atentamente pelo risco de sobrecarga hídrica. Isso inclui a antibioticoterapia, que pode ser via intramuscular ou preferencialmente oral, sempre que possível A utilização da via intravenosa (IV), para a reposição de líquidos é recomendada apenas em casos de desidratação grave, choque séptico e situações em que a via oral não possa ser utilizada. Nestas circunstâncias, uma vez que a hipovolemia tenha sido corrigida, os líquidos devem ser administrados em cerca de 80% das necessidades básicas para a criança. Antibióticos de primeira escolha são a amoxicilina ou a penicilina procaína. Apesar do aumento da resistência do pneumococo nos últimos anos, recomendamos as doses habituais dos betalactâmicos no tratamento da pneumonia adquirida na comunidade. O uso abusivo de antibióticos em quadros virais pode aumentar a resistência à penicilina. MEDICAMENTO DOSE Amicacina 15 mg/kg/dia (8/8 ou 12/12h) IV 50 mg/kg/dia (8/8 h) VO 100 mg/kg/dia (6/6 h) VO/200 mg/kg/dia (6/6h) IM/IV 100-200 mg/kg/dia (6/6 h) IV 50 mg/kg/dia (6/6 h) VO 50-100 mg/kg/dia (12/12 h) IV 30-100 mg/kg/dia VO (12/12 h) IV ou IM (8/8h ou 12/12h) 50 A 70 mg/kg/dia (6/6 h); máximo de 1g por dia VO ou IV 100-200 mg/kg/dia (6/6 h) IV 30-40 mg/kg/dia (6/6 h) VO 5-7,5 mg/kg/dia (8/8 h) VO 100.000 U/kg/dia (4/4 h ou 6/6 h) IV 50.000 U/kg/dia (12/12 h ou 24/24 h) IM 40 mg/kg/dia de SMZ ou 8mg/kg/dia de TMP (12/12h) VO Amoxicilina Ampicilina Cefalotina Cefalexina Ceftriaxona Cefuroxima Cloranfenicol Oxacilina Eritromicina Gentamicina Penicilina G Cristalina Penicilina G Procaína SMZ + TMP IV: intravenosa - VO: via oral - IM: intramuscular SMZ: sulfametoxazol - TMP: trimetroprim Fontes: Diretrizes brasileiras em pneumonia adquirida na comunidade em pediatria: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-37132007000 700002&script=sci_arttext As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 11 TUBERCULOSE tuberculose (TB), no Brasil, representa um grande desafio à saúde pública. Apesar dos atuais esforços para seu controle, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o Brasil está entre os 22 países com maior número de casos de TB, sendo responsável por 82% dos casos mundiais e 75% dos casos envolven- do crianças.1 Há aproximadamente 1 milhão de casos de TB na população infantil mundial, e a doença é responsável por 130 mil mortes por ano, o que faz com que a TB seja uma das 10 principais causas de morte em crianças no mundo. O grande desafio relacionado à TB infantil é o seu diagnóstico, dificultado pela ausência de um exame que possa ser considerado padrão-ouro. As técnicas diagnósticas classicamente utilizadas em adultos apresentam baixa sensibilidade e especifici- dade em crianças, e a confirmação pela identificação bacteriológica nem sempre é possível. A tuberculose é uma doença infecciosa causa- da pelo Mycobacterium tuberculosis, bactéria transmi- tida por via aérea em praticamente a totalidade dos casos. A infecção ocorre a partir da inalação de núcle- os secos de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro de doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea). Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja baciloscopia de escarro é positiva, são a principal fonte de infec- ção. Doentes de tuberculose pulmonar com bacilos- copia negativa, mesmo que tenham resultado positivo à cultura, são muito menos eficientes como fontes de transmissão, embora isto possa ocorrer. A TB na criança (menores de 10 anos) apre- senta especificidades que devem ser consideradas durante sua investigação diagnóstica. A forma pulmo- nar difere do adulto, pois costuma ser abacilífera, isto é, negativa ao exame bacteriológico, pelo reduzido número de bacilos nas lesões. Além disso, crianças, em geral, não são capazes de expectorar. A O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE NA CRIANÇA TUBERCULOSE PULMONAR NA CRIANÇA Ao término da infância e ao início da adoles- cência (10 anos ou mais) aparecem formas seme- lhantes às encontradas em adultos. As lesões passam a ser mais extensas, nos terços superiores dos pulmões, escavadas e disseminadas bilateral- mente. Os pacientes quase sempre têm sintomas respiratórios e são mais frequentes resultados positi- vos à baciloscopia. Nessa faixa de idade, é fácil reali- zar o exame de escarro e o diagnóstico pode ser comprovado pelos métodos bacteriológicos conven- cionais (baciloscopia e cultura). As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 12 PEDIATRIAPEDIATRIA • 40 pontos – permite iniciar o tratamento do paciente; • 30 pontos – pode ser considerado como indicativo de tuberculose e orienta o início de trata- mento da criança a critério clínico; e As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: A prova tuberculínica pode ser interpretada como sugestiva de infecção por M. tuberculosis quando igual ou superior a 5mm em crianças não vacinadas com BCG, crianças vacinadas há mais de dois anos ou com qualquer condição imunodepresso- ra. Em crianças vacinadas há menos de dois anos, considera-se sugestivo de infecção PT igual ou supe- rior a 10mm. • < 30 pontos – a criança deverá continuar a ser investigada. Deverá ser feito diagnóstico diferencial com outras doenças pulmonares e podem ser empre- gados métodos complementares de diagnóstico nesse sentido como lavado gástrico, broncoscopia, escarro induzido, punções e métodos rápidos. DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE PULMONAR EM CRIANÇAS E EM ADOLESCENTES NEGATIVOS À BACILOSCOPIA QUADRO CLÍNICO - RADIOLÓGICO 15 pts 5 pts 15 pts 5 pts10 pts 0 pts 0 pts0 pts 15 pts CONTATO COM ADULTO TUBERCULOSO TESTE TUBERCULÍNICO* ESTADO NUTRICIONAL Febre ou sintomas como: tosse, adinamia, expecto- ração, emagrecimento, sudorese > 2 semanas Assintomático ou com sintomas < 2 semanas Infecção respiratória com melhora após uso de antibióticos para germes comuns ou sem antibióti- cos Condensação ou infiltrado de qualquer tipo < 2 semanas Radiografia normal Próximo, nos últimos dois anos Ocasional ou negativo 0 - 4mm Desnutrição grave ≥ 5mm em não vacinados com BCG; vacinados ≥ 2 anos; imunossuprimidos ou ≥ 10mm em vacinados < 2 anos Adenomegalia hilar ou padrão miliar Condensação ou infiltrado (com ou sem escavação) inalterado >2 semanas Condensação ou infiltrado (com ou sem escavação) > 2 semanas evoluindo com piora ou sem melhora com antibióticos para germes comuns INTERPRETAÇÃO: Maior ou igual a 40 PONTOS Diagnóstico muito provável 30 a 35 PONTOS Diagnóstico possível Igual ou inferior a 25 PONTOS Diagnóstico pouco provável 13 Fontes: MANUAL DE RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE NO BRASIL: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_reco mendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR NA CRIANÇA TRATAMENTO TUBERCULOSE PERINATAL Cerca de 20% dos casos de TB em crianças têm apresentação extrapulmonar. As formas mais frequentes são: ganglionar periférica, pleural, óssea e a meningoencefálica. É a forma de TB do recém-nascido, cuja trans- missão pode ocorrer durante a gravidez (TB congêni- ta) ou no período neonatal. Na TB congênita, a trans- missão ocorre por disseminação hematogênica da TB materna, da tuberculose genital (endometrite, cervici- te) e por aspiração ou ingestão do líquido amniótico infectado ou das secreções genitais ou do colostro. É uma forma rara. No período pós-natal, a transmissão pode ocorrer por meio do contato intradomiciliar do recém-nascido com indivíduos com TB pulmonar bacilífera. Na TB congênita, o parto prematuro ocorre em cerca de 50% dos casos. O recém-nascido cursa com quadro de infecção congênita ou sepse bacte- riana: febre, letargia ou irritabilidade, dificuldade respiratória, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, distensão abdominal, otorreia, lesões dermatológicas, anorexia, vômitos, diarreia com sangue, icterícia, con- vulsões, cianose, apneia, ascite, pouco ganho de peso, anemia, plaquetopenia. A letalidade é superior a 50%, mesmo com o tratamento adequado. A TB perinatal pode ser suspeitada em recém- –nascidos, cuja mãe teve TB ativa grave durante a gravidez ou, após o parto, esteve em contato com qualquer pessoa da família com TB. Justifica-se o exame da placenta (histopatologia e cultura para M. tuberculosis) no caso de recém-nascido, cuja mãe está com TB em atividade no momento do parto. No recém-nascido, aparece o padrão miliar à radiografia em metade dos casos; a ultrassonografia abdominal pode mostrar pequenos focos no fígado e baço, macronódulos e dilatação do trato biliar; podem ser necessárias biópsias de fígado ou medula óssea. O tratamento segue o esquema básico associado à piridoxina até o final, para reduzir o risco dos efeitos colaterais da isoniazida. em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: O lavado gástrico somente é indicado quando for possível a realização de cultura para M. tuberculo- sis. O exame de escarro (baciloscopia e cultura), em geral, somente é possível a partir dos 5 ou 6 anos de idade. Em crianças menores de 5 anos que apresen- tem dificuldade para ingerir os comprimidos, reco- menda-se o uso dos medicamentos em forma de xarope ou suspensão. Esquema básico 2RHZ/4RH para criança (EB) (2RHZ /4RH) Indicação: A. Casos novos de crianças (< 10 anos), de todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica), infectados ou não pelo HIV; e B. Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) ou retorno após abandono com doença ativa em crianças (< 10 anos), exceto a forma meningoencefálica. ESQUEMA BÁSICO PARA O TRATAMENTO DA TB EM CRIANÇAS (< 10 ANOS) FASES DO TRATAMENTO FÁRMACOS PESO DO DOENTE 2 RHZ Fase de Ataque 4 RHZ Fase de Manutenção R H Z R H 10 10 35 10 10 300 200 1000 300 200 450 300 1500 450 300 600 400 2000 600 400 Até 20kg mg/kg/dia mg/dia mg/dia mg/dia > 21 kg a 35kg > 36 kg a 45kg > 45kg 14 PEDIATRIAPEDIATRIA • Os tipos de vacina; • O número de doses do esquema básico e dos reforços; • A idade para a administração de cada dose; e • O intervalo entre uma dose e outra no caso do imunobiológico cuja proteção exija mais de uma dose. • Saturação periférica de oxigênio (SpO2) menor que 92% • evidência epidemiológica; • eficácia e segurança da vacina; e • garantia da sustentabilidade da estratégia, como, por exemplo, pela capacidade de produção dos laboratórios públicos nacionais e capacidade institu- cional de armazenamento e distribuição. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRAINDICAÇÕES, SITUAÇÕES ESPECIAIS, ADIAMENTO, VACINAÇÃO SIMULTÂNEA E FALSAS CONTRAINDICAÇÕES em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de saúde são definidas nos calendários de vacinação, nos quais estão estabelecidos: Alguns fatores, situações e condições podem ser considerados como possíveis contraindicações gerais à administração de todo imunobiológico e devem ser objeto de avaliação, podendo apontar a necessidade do adiamento ou da suspensão da vaci- nação. Especial atenção deve ser dada às falsas con- traindicações, que interferem de forma importante para o alcance das metas e dos percentuais de cobertura dos grupos-alvo. Em geral, as vacinas bac- terianas e virais atenuadas não devem ser administra- das a usuários com imunodeficiência congênita ou adquirida, portadores de neoplasia maligna, em trata- mento com corticosteroides em dose imunossupres- Considerando o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais, o programa nacional de imunizações (PNI) define calendários de vacinação com orientações específicas para crianças, adoles- centes, adultos, gestantes, idosos e indígenas. As vacinas recomendadas para as crianças têm por obje- tivo proteger esse grupo o mais precocemente possí- vel, garantindo o esquema básico completo no primeiro ano de vida e os reforços e as demais vacina- ções nos anos posteriores. A inserção de um novo imunobiológico no programa e o estabelecimento de novos grupos populacionais são decisões respaldadas em bases técnicas e científicas, tais como: IMUNIZAÇÃO sora e em outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia, radioterapia etc.), bem como gestan- tes, exceto em situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais preveníveis por vacinas, como, por exemplo, a febre amarela. 15 • A ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior; e • História de hipersensibilidade a qualquer com- ponente dos imunobiológicos. • Usuário de dose imunossupressora de corticoi- de – vacine 90 dias após a suspensão ou o término do tratamento. • Usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados – não vacine com vacinas de agentes vivos atenuados nas quatro semanas que antecedem e até 90 dias após o uso daqueles produtos. • Usuário que apresenta doença febril grave – não vacine até a resolução do quadro, para que os sinais e sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacio- nados à vacina • Usuários que fazem uso de terapia com corti- costeroides devem ser vacinados com intervalo de, pelo menos, três meses após a suspensão da droga. • Usuários infectados pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças imunopreveníveis, mas é necessário avaliar cada caso, considerando-se que há grande heterogeneidade de situações, desde o soropositivo (portador assintomático) até o imunode- primido, com a doença instalada. • Crianças filhas de mãe com HIV positivo, meno- As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: A contraindicação é entendida como uma con- dição do usuário a ser vacinado que aumenta, em muito, o risco de um evento adverso grave ou faz com que o risco de complicações da vacina seja maior do que o risco da doença contra a qual se deseja prote- ger. Para todo imunobiológico, consideram-se como contraindicações: Situações para o adiamento da administração de um imunobiológico: São situações que devem ser avaliadas em suas particularidades para a indicação ou não da vacinação: CONTRAINDICAÇÕES COMUNS A TODO IMUNOBIOLÓGICO ADIAMENTO DA VACINAÇÃO SITUAÇÕES ESPECIAIS NOTAS: • A ocorrência de febre acima de 38,5ºC, após a administração de uma vacina, não constitui contraindicação à dose subse- quente. • Quando ocorrer febre, administre antitérmico de acordo com a prescrição médica. • Não indique o uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação para não interferir na imunogenicidade da • É considerada imunossupressora a dose superior a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente para crianças e acima de 20 mg/kg/dia para adultos por tempo superior a 14 dias. • Doses inferiores às citadas, mesmo por período prolongado, não constituem contraindicação. • O uso de corticoides por via inalatória ou tópicos ou em esquemas de altas doses em curta duração (menor do que 14 dias) não constitui contraindicação de vacinação. res de 18 meses de idade, mas que não apresentam alterações imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) o mais preco- cemente possível. • Usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não devem receber vacinas de agentes vivos atenuados. • O usuário que fez transplante de medula óssea (pós-transplantado) deve ser encaminhado ao CRIE de seis a doze meses após o transplante, para revacinação conforme indicação. 16 PEDIATRIAPEDIATRIA • Doença aguda benigna sem febre – quando a criança não apresenta histórico de doença grave ou infecção simples das vias respiratórias superiores. • Prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, com exceção para a vacina BCG, que deve ser administrada nas crianças com peso ≥ 2 kg. • Ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a exemplo da reação local (dor, verme- lhidão ou inflamação no lugar da injeção). • Diagnósticos clínicos prévios de doença, tais como tuberculose, coqueluche, tétano, difteria, polio- mielite, sarampo, caxumba e rubéola. • Doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente. • Antecedente familiar de convulsão ou morte súbita. • Alergias, exceto as alergias graves a algum componente de determinada vacina (anafilaxia com- provada). • História de alergia não específica, individual ou familiar. • História familiar de evento adverso à vacinação (exemplo: convulsão). As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: A vacinação simultânea consiste na adminis- tração de duas ou mais vacinas no mesmo momento em diferentes regiões anatômicas e vias de adminis- tração. De um modo geral, as vacinas dos calendá- rios de vacinação podem ser administradas simulta- neamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica, exceto as vacinas FA, tríplice viral, contra varicela e tetra viral, que devem ser administra- das com intervalo de 30 dias. São exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas contraindicações: VACINAÇÃO SIMULTÂNEA FALSAS CONTRAINDICAÇÕES VACINAS • Uso de antibiótico, profilático ou terapêutico e antiviral. • Tratamento com corticosteroides em dias alternados em dose não imunossupressora. • Uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos ou com dose de manutenção fisiológica. • Quando o usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo, da caxumba ou da rubéola. • Convalescença de doenças agudas. • Usuários em profilaxia pós-exposição e na reexposição com a vacina raiva (inativada). • Internação hospitalar. • Mulheres no período de amamentação (consi- dere as situações de adiamento para a vacina febre amarela). Vacina BCG A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guérin) é apresentada sob a forma liofilizada em ampola multidose, acompanhada da ampola do diluente específico para a vacina. Composição : A vacina é preparada com bacilos vivos, a partir de cepas do Mycobacterium bovis, atenuadas com glutamato de sódio. A subcepa utilizada no Brasil é a Moureau-Rio de Janeiro, mantida sob sistema de lote-semente no Status Serum Institut de Copenhagen, na Dinamarca. Indicação : A vacina é indicada para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea). Contraindicação: A vacina é contraindicada nas situações gerais já citadas anteriormente, bem como para os usuários a partir dos 5 anos de idade portadores de HIV, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. A administração da vacina BCG deve ser adiada quando a criança apresentar peso inferior a 2 kg, devido à escassez do tecido cutâneo (panículo adiposo), e quando apresentar lesões graves de pele. Esquema, dose e volume : O esquema de vacinação com a vacina BCG corresponde à dose única o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Na rotina, a vacina pode ser administrada em crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias. No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de hanseníase que não apresenta sinais e sintomas, independentemente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), o esquema de vacinação deve considerar a história vacinal do contato da seguinte forma: • Contatos intradomiciliares com menos de 1 ano de idade comprovadamente vacinados não necessitam da administração de outra dose de BCG. • Para contatos intradomiciliares com mais de 1 ano de idade, adote o seguinte esquema: • - contato domiciliar sem cicatriz vacinal ou na incerteza da existência de cicatriz vacinal – administre uma dose de BCG; • - contato domiciliar comprovadamente vacinado com a primeira dose – administre outra dose de BCG (mantenha o intervalo mínimo de seis meses entre as doses); • - contato domiciliar com duas doses/cicatrizes – não administre nenhuma dose adicional. • A vacina BCG para crianças e adultos com HIV positivo também segue tais recomendações: Crianças filhas de mãe com HIV positivo podem receber a vacina o mais precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência. • Crianças com idades entre 18 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV; para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada. • A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Entretanto, os portadores de HIV que são contatos intradomiciliares de paciente com hanseníase devem ser avaliados do ponto de vista imunológico para a tomada de decisão. Pacientes sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm3 não devem ser vacinados. • A presença da cicatriz vacinal é considerada como dose para efeito de registro, independentemente do tempo transcorrido desde a vacinação até o aparecimento da cicatriz. • Para crianças que foram vacinadas com a vacina BCG e que não apresentem cicatriz vacinal após 5 meses, revacine-as apenas uma vez, mesmo que não apresentem cicatriz novamente. • Os recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após o tratamento da infecção latente da tuberculose ou a quimioprofilaxia. • Ao administrar dose adicional em contato de paciente de hanseníase, respeite o intervalo de seis meses da dose anterior. Administre um pouco acima (+ou- 1cm) da cicatriz existente. • Em gestante contato de indivíduo portador de hanseníase, a vacinação com BCG deve ser adiada para depois do parto • A realização do teste tuberculinico é dispensável antes ou depois da administração da vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseníase. • O volume de cada dose corresponde rigorosamente a 0,1 mL. • A vacina pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do Ministério da Saúde. • A vacina é administrada por via intradérmica, na região do músculo deltoide, no nível da inserção inferior, na face externa superior do braço direito. 17 As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: Vacina BCG A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guérin) é apresentada sob a forma liofilizada em ampola multidose, acompanhada da ampola do diluente específico para a vacina. Composição : A vacina é preparada com bacilos vivos, a partir de cepas do Mycobacterium bovis, atenuadas com glutamato de sódio. A subcepa utilizada no Brasil é a Moureau-Rio de Janeiro, mantida sob sistema de lote-semente no Status Serum Institut de Copenhagen, na Dinamarca. Indicação : A vacina é indicada para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea). Contraindicação: A vacina é contraindicada nas situações gerais já citadas anteriormente, bem como para os usuários a partir dos 5 anos de idade portadores de HIV, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. A administração da vacina BCG deve ser adiada quando a criança apresentar peso inferior a 2 kg, devido à escassez do tecido cutâneo (panículo adiposo), e quando apresentar lesões graves de pele. Esquema, dose e volume : O esquema de vacinação com a vacina BCG corresponde à dose única o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Na rotina, a vacina pode ser administrada em crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias. No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de hanseníase que não apresenta sinais e sintomas, independentemente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), o esquema de vacinação deve considerar a história vacinal do contato da seguinte forma: • Contatos intradomiciliares com menos de 1 ano de idade comprovadamente vacinados não necessitam da administração de outra dose de BCG. • Para contatos intradomiciliares com mais de 1 ano de idade, adote o seguinte esquema: • - contato domiciliar sem cicatriz vacinal ou na incerteza da existência de cicatriz vacinal – administre uma dose de BCG; • - contato domiciliar comprovadamente vacinado com a primeira dose – administre outra dose de BCG (mantenha o intervalo mínimo de seis meses entre as doses); • - contato domiciliar com duas doses/cicatrizes – não administre nenhuma dose adicional. • A vacina BCG para crianças e adultos com HIV positivo também segue tais recomendações: Crianças filhas de mãe com HIV positivo podem receber a vacina o mais precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência. • Crianças com idades entre 18 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV; para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada. • A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Entretanto, os portadores de HIV que são contatos intradomiciliares de paciente com hanseníase devem ser avaliados do ponto de vista imunológico para a tomada de decisão. Pacientes sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm3 não devem ser vacinados. • A presença da cicatriz vacinal é considerada como dose para efeito de registro, independentemente do tempo transcorrido desde a vacinação até o aparecimento da cicatriz. • Para crianças que foram vacinadas com a vacina BCG e que não apresentem cicatriz vacinal após 5 meses, revacine-as apenas uma vez, mesmo que não apresentem cicatriz novamente. • Os recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após o tratamento da infecção latente da tuberculose ou a quimioprofilaxia. • Ao administrar dose adicional em contato de paciente de hanseníase, respeite o intervalo de seis meses da dose anterior. Administre um pouco acima (+ou- 1cm) da cicatriz existente. • Em gestante contato de indivíduo portador de hanseníase, a vacinação com BCG deve ser adiada para depois do parto • A realização do teste tuberculinico é dispensável antes ou depois da administração da vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseníase. • O volume de cada dose corresponde rigorosamente a 0,1 mL. • A vacina pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do Ministério da Saúde. • A vacina é administrada por via intradérmica, na região do músculo deltoide, no nível da inserção inferior, na face externa superior do braço direito. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 18 PEDIATRIAPEDIATRIA Vacina hepatite b (recombinante) A vacina hepatite B (recombinante) é apresentada sob a forma líquida em frasco unidose ou multidose, isolada ou combinada com outros imunobiológicos. Composição : A vacina contém o antígeno recombinante de superfície (HBsAg), que é purificado por vários métodos físico-químicos e adsorvido por hidróxido de alumínio, tendo o timerosal como conservante. Indicação: A vacina previne a infecção pelo vírus da hepatite B. A vacina é indicada: • Para recém-nascidos, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade ou na primeira visita ao serviço de saúde, até 30 dias de vida. • Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional. • Para a população de 1 a 49 anos de idade. • Para indivíduos integrantes dos grupos vulneráveis, independentemente da faixa etária ou da comprovação da condição de vulnerabilidade: - população indígena; - população de assentamentos e acampamentos; - trabalhadores de saúde; - população reclusa em presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de reeducação de menores; - usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; - agentes de segurança atuantes em presídios e delegacias penitenciárias; - doadores de sangue; - potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos; - portadores de doenças sexualmente transmissíveis; - caminhoneiros; - comunicantes sexuais de pessoas portadoras do vírus da hepatite B; - prostitutos e prostitutas; - homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT); - pessoas que convivem continuamente em domicílio com pessoas portadoras do vírus da hepatite B; - vítimas de abuso sexual; - coletadores de lixo hospitalar e domiciliar; - pessoal vinculado às instituições de defesa, segurança e resgate (forças armadas, polícia militar, civil e rodoviária, corpo de bombeiros); - vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de contaminação; - manicures, pedicuros e podólogos. • Para situações em que há indicação, conforme exemplos listados na sequência, a vacina a hepatite B (recombinante) pode ser administrada na sala de vacinação ou no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), para os usuários: - portadores de HIV/aids; - portadores de asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; - em convívio domiciliar contínuo com portadores do vírus da hepatite B; - doadores e transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea; - com imunodeficiência congênita ou adquirida; - com doenças autoimunes; - com doenças do sangue; - com fibrose cística (mucoviscidose); - portadores de hepatopatias crônicas e hepatite C; - portadores de doenças renais crônicas e/ou que fazem diálise e/ou hemodiálise; - imunodeprimidos; - portadores de neoplasias. Esquema, dose e volume : O esquema de administração corresponde, de maneira geral, a três doses, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira doses (0, 1 e 6). Recém-nascidos devem receber a primeira dose (vacina monovalente) nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade ou na primeira visita ao serviço de saúde, até 30 dias de vida. A continuidade do esquema vacinal será com a vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae b (conjugada) – penta e, nesta situação, o esquema corresponderá a quatro doses, para as crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de idade até 4 anos, 11 meses e 29 dias. Para usuários com 5 anos e mais sem comprovação vacinal, administre três doses da vacina hepatite B, conforme intervalos estabelecidos. Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas o completar de acordo com a situação encontrada. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 19 Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite b (recombinante) e haemophilus influenzae b (conjugada) (penta) A vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae b (conjugada) apresenta-se sob a forma líquida em frascos multidose. Composição: É composta pela combinação de toxoides purificados de difteria e tétano, suspensão celular inativada de Bordetella pertussis (células inteiras), antígeno de superfície da hepatite B (recombinante) e oligossacarídeos conjugados de Haemophilus influenzae b (conjugada). Indicação: A vacina protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche, a hepatite B e as infecções causadas pelo Haemophilus influenzae b. É indicada para a vacinação de crianças menores de 5 anos de idade como dose do esquema básico. Contraindicação: A vacina não deve ser administrada quando a criança apresentar quadro neurológico em atividade ou quando, após dose anterior de vacina com estes componentes, a criança registrar qualquer das seguintes manifestações: • Convulsão nas primeiras 72 horas após a administração da vacina. • Episódio hipotônico-hiporresponsivo nas primeiras 48 horas após a administração da vacina. • Encefalopatia aguda grave depois de sete dias após a administração de dose anterior da vacina. • História de choque anafilático após administração de dose anterior da vacina. • Usuários a partir de 7 anos de idade. Esquema, dose e volume: O esquema corresponde a três doses, administradas aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. São necessárias doses de reforço com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), que devem ser administradas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. O volume a ser administrado é de 0,5 mL. A idade máxima para se administrar as vacinas com o componente pertussis de células inteiras é 6 anos, 11 meses e 29 dias. Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (dtp) A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP ou tríplice bacteriana) é apresentada sob a forma líquida, em frasco multidose. Indicação : A vacina protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche. É indicada para a vacinação de crianças menores de 7 anos de idade como dose de reforço do esquema básico da vacina penta. Composição: É composta pela combinação de toxoides purificados de difteria e tétano, suspensão celular inativada de Bordetella pertussis (células inteiras). Contraindicação: A vacina também não deve ser administrada quando a criança apresentar quadro neurológico em atividade ou quando, após dose anterior de vacina com estes componentes, a criança registrar qualquer das seguintes manifestações: • convulsões até 72 horas após a administração da vacina; • colapso circulatório, com estado de choque ou com episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH), até 48 horas após a administração da vacina; • encefalopatia nos primeiros sete dias após a administração da vacina; • usuários a partir de 7 anos de idade. Esquema, dose e volume : A vacina DTP é indicada para os reforços do esquema básico de vacinação com os componentes diftérico, tetânico e pertussis. O primeiro reforço deve ser administrado aos 15 meses e, o segundo, aos 4 anos de idade. A idade máxima para administrar as vacinas com o componente pertussis de células inteiras é 6 anos, 11 meses e 29 dias. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 20 PEDIATRIAPEDIATRIA Vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) (vip) Apresentação A vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) é apresentada sob a forma líquida em frasco multidose ou em seringa preenchida (unidose). Composição: A vacina é trivalente e contém os vírus da poliomielite dos tipos 1, 2 e 3, obtidos em cultura celular e inativados por formaldeído. Indicação: A vacina é indicada para prevenir contra a poliomielite causada por vírus dos tipos 1, 2 e 3. O PNI recomenda a vacinação de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade, como doses do esquema básico. Contraindicação: A vacina está contraindicada na ocorrência de reação anafilática após o recebimento de qualquer dose da vacina ou aos seus componentes. Esquema, dose e volume : Esta vacina integra o esquema sequencial com a vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) (VOP). O esquema sequencial corresponde a três doses, sendo duas doses da vacina VIP (aos 2 e 4 meses) e uma dose da VOP (aos 6 meses), com intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo de 30 dias. Vacina poliomielite 1, 2, 3 (atenuada) (vop) A vacina poliomielite 1, 2, 3 (atenuada) é apresentada sob a forma líquida em frasco multidose. A enfrascagem depende do laboratório produtor, sendo apresentada, geralmente, em bisnaga conta-gotas de plástico. Composição: A vacina é trivalente, ou seja, contém os três tipos de poliovírus 1, 2 e 3. A vacina usada no Brasil tem, atualmente, a seguinte concentração de partículas virais em cada dose: Vacina pneumocócica conjugada 10 valente (pneumo 10) É apresentada sob a forma líquida em frasco unidose. Composição: Vacina preparada a partir de polissacarídeos capsulares bacterianos purificados do Streptococcus pneumoniae (pneumococo), com 10 sorotipos de pneumococo (1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F). Indicação: É indicada para prevenir contra infecções invasivas (sepse, meningite, pneumonia e bacteremia) • poliovírus tipo 1: 1.000.000 DICT50; 1 • poliovírus tipo 2: 100.000 DICT50; • poliovírus tipo 3: 600.000 DICT50. Indicação: A vacina é indicada para prevenir contra a poliomielite causada por vírus dos tipos 1, 2 e 3. O PNI recomenda a vacinação de crianças de 6 meses até menores de 5 anos de idade como dose do esquema básico ou reforço. Contraindicação: A vacina é contraindicada nas situações gerais já referidas e também nos seguintes casos: • usuários com hipersensibilidade sistêmica conhecida a qualquer componente da vacina; • usuários com imunodeficiência humoral ou mediada por células com neoplasias ou usuários que estão fazendo uso de terapia imunossupressora; • usuários que apresentaram poliomielite paralítica associada à dose anterior desta mesma vacina; • usuários que estejam em contato domiciliar com pessoas imunodeficientes suscetíveis; • lactentes e crianças internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Esquema, dose e volume : Esta vacina integra o esquema sequencial com a vacina poliomielite 1, 2 e 3 inativada (VIP). O esquema sequencial corresponde a três doses, sendo duas doses da vacina VIP (aos 2 e 4 meses) e uma dose da VOP (aos 6 meses), com intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo de 30 dias. Administre duas doses de reforço com a VOP aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Cada dose da vacina corresponde a duas gotas. A vacina pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do Ministério da Saúde. e otite média aguda (OMA) causadas pelos 10 sorotipos de Streptococus pneumonia, contidos na vacina, em crianças menores de 2 anos de idade. Esquema, dose e volume: A vacina deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo de 30 dias, em crianças menores de 1 ano de idade. O reforço deve ser feito entre 12 e 15 meses, preferencialmente aos 12 meses, considerando-se o intervalo de 6 meses após o esquema básico. Administre o reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose em crianças que iniciam o esquema básico após 6 meses de idade. Em crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal ou com esquema incompleto, administre uma única dose. Pode ser administrada simultaneamente (ou com qualquer intervalo) com outras vacinas do calendário nacional de vacinação. O volume a ser administrado é de 0,5 mL. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico que chama atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose é feita em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns. Há predomínio da localização pulmonar sobre as demais formas de tuberculose, isto é, as formas extrapulmonares. Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crian- ças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar). O diagnóstico de tuberculose pulmonar, na prática, segundo o sistema de escore validado em nosso meio, pelo sistema de pontuação: 21 Vacina pneumocócica conjugada 10 valente (pneumo 10) É apresentada sob a forma líquida em frasco unidose. Composição: Vacina preparada a partir de polissacarídeos capsulares bacterianos purificados do Streptococcus pneumoniae (pneumococo), com 10 sorotipos de pneumococo (1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F). Indicação: É indicada para prevenir contra infecções invasivas (sepse, meningite, pneumonia e bacteremia) Vacina rotavírus humano g1p1[8] (atenuada) (vorh) A vacina é apresentada na forma líquida, acondicionada em um aplicador, semelhante a uma seringa. Composição: A vacina é constituída por um sorotipo do rotavírus humano atenuado da cepa (RIX4414). Indicação: É indicada para a prevenção de gastroenterites causadas por rotavírus dos sorotipos G1 em crianças menores de 1 ano de idade. Embora seja monovalente, a vacina oferece proteção cruzada contra outros sorotipos de rotavírus que não sejam G1 (G2, G3, G4, G9). Contraindicação: Sua principal contraindicação é a administração fora da faixa etária preconizada. Mesmo que a criança esteja na faixa etária preconizada, a vacina é contraindicada: • na presença de imunodepressão severa; • na vigência do uso de corticosteroides em doses imunossupressoras ou quimioterápicos; ou • para crianças que tenham histórico de invaginação intestinal ou com malformação congênita não corrigida do trato gastrointestinal. Esquema, dose e volume: O esquema corresponde a duas doses, administradas aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. Mantenha intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. O volume a ser administrado é 1,5 mL. Vacina meningocócica c (conjugada) (meningo c) A vacina é apresentada em frasco-ampola de pó liofilizado injetável, além de um frasco-ampola de solução diluente. Composição: É constituída por polissacarídeos capsulares purificados da Neisseria meningitidis do sorogrupo C. Indicação : Está indicada para a prevenção da doença sistêmica causada pela Neisseria meningitidis do sorogrupo C em crianças menores de 2 anos. Esquema, dose e volume: O esquema corresponde a duas doses, administradas aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo de 30 dias. O reforço deve ser feito entre 12 e 15 meses (preferencialmente aos 15 meses). Em crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal ou com esquema incompleto, administre uma única dose. O volume da vacina a ser administrado é de 0,5 mL. Vacina febre amarela (atenuada) (fa) A vacina febre amarela é apresentada sob a forma liofilizada em frasco multidose, além de uma ampola de diluente. Composição: É composta de vírus vivos atenuados da febre amarela derivados da linhagem 17 DD. Indicação: Está indicada para prevenir contra a febre amarela em residentes ou viajantes que se deslocam para as áreas com recomendação de vacinação (ACRV) e países com risco para a doença, a partir dos 9 meses de idade, conforme Calendário Nacional de Vacinação. A vacina também é indicada para profissionais que trabalham manipulando o vírus da febre amarela. e otite média aguda (OMA) causadas pelos 10 sorotipos de Streptococus pneumonia, contidos na vacina, em crianças menores de 2 anos de idade. Esquema, dose e volume: A vacina deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo de 30 dias, em crianças menores de 1 ano de idade. O reforço deve ser feito entre 12 e 15 meses, preferencialmente aos 12 meses, considerando-se o intervalo de 6 meses após o esquema básico. Administre o reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose em crianças que iniciam o esquema básico após 6 meses de idade. Em crianças
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