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Escola de Enfermagem Santa Clara Curso Técnico em enfermagem Reinaldo Aparecida Chaves TRABALHO EM CAMPO: SAÚDE COLETIVA I Professora: Enf. Franciele Oliveira Lagoa da Prata /MG Agosto/2023 Escola de Enfermagem Santa clara Curso Técnico em Enfermagem Reinaldo Aparecida Chaves LEPTOSPIROSE Professora: Enf. Franciele Oliveira Lagoa da Prata/MG Agosto/2023 INTRODUÇÃO A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. Neste trabalho vou falar sobre o resultado de minhas pesquisas sobre a doença, seus sinais e sintomas, tratamento e medidas para evitar o contágio e a ação do técnico em enfermagem no auxilio a pacientes com leptospirose. LEPTOSPIROSE A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida ao homem pela urina de roedores, principalmente por ocasião das enchentes. É a zoonose mais conhecida do mundo. A doença é causada por uma bactéria chamada Leptospira, (uma espiroqueta, bactéria gram-negativa), presente na urina de ratos e outros animais (bois, porcos, cavalos, cabras, ovelhas e cães também podem adoecer e, eventualmente e raramente, transmitir a leptospirose ao homem). São bactérias pouco resistentes à luz solar direta, aos desinfetantes comuns e aos antissépticos. A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial e endêmica em países de clima tropical devido a s suas condições climáticas, geológicas e sociais, que favorecem sua transmissão e contribuem para sua maior ocorrência.. TRANSMISSÃO: Roedores são portadores assintomáticos. Esses animais vão contaminar o ambiente e a transmissão será indireta ou essa transmissão pode ser direta quando um ferimento (mesmo que pequeno é grande para uma bactéria) entra em contato com a urina do rato. No modelo urbano, que é importante para a medicina, a transmissão ocorre pelo contato direto com a urina, pela inundação. Também pode ocorrer pelo acúmulo de lixo e gambás, por exemplo. No ambiente rural é comum ocorrer surtos dentre os participantes de triatlo e competições de aventura envolvendo natação em águas contaminadas. Mineiros, fazendeiros e indivíduos que trabalham em redes de esgoto exibem risco elevado. Observação: a leptospirose precisa de água e umidade, quando o ambiente se encontra seco a bactéria morre. Sendo assim, não é transmiti da por latas de refrigerante ou cerveja. Os animais excretam leptospiras na urina, a qual contamina a água e o solo. A infecção humana ocorre quando leptospiras são ingeridas ou a travessam as membranas mucosas ou pele. As bactérias circulam pelo sangue e multiplicam - se em vários órgãos, produzindo febre e disfunção hepática (icterícia), renal (uremia), pulmonar (hemorragia), e do sistema nervoso central (meningite asséptica). A enfermidade é tipicamente bifásica – após melhora inicial, desenvolve-se a segunda fase, que é quando os títulos de anticorpos Gim aumentam: 1ª fase – após entrar em contato com a pessoa, a bactéria atravessa a mucosa e chega até a corrente sanguínea, causando febre, calafrios, cefaleia intensa. Como tem uma disseminação hematogênica muito rápida, logo os sintomas somem, à medida que as bactérias vão deixando a corrente sanguínea. Ela sai do sangue para que não possam ser detectadas por Gim. As que estavam no sangue morrem e as que saem sobrevivem. A leptospiremia da resposta imunológica ocorre de 7 a 10. 2ª fase – apesar de i r para órgãos altamente vascularizados, elas ficam longe dos vasos (na trabécula hepática, parênquima). A fase “imune”, é frequentemente caracterizada pelos achados de meningite asséptica e, em casos severos, dano hepático (icterícia) e insuficiência renal. A segunda fase prejudica a administração do antibiótico, já que acaba não fazendo efeito. O antibiótico faz efeito apenas na primeira fase em que ela se encontra no sangue. Nessa fase, tem 50% ou mais de chance de a pessoa morrer, in dependente do que é feito, pois trata-se de uma descompensação imune, antibiótico não serve. São fases bastante pontuai s. PRIMEIRA FASE SEGUNDA FASE Entrada: pele lesionada e mucosas Disseminação hematogênica rápida Leptospiremia seguida de resposta imune: 7 a 10 dias Órgãos alvo: rins, pulmões, fígado, a parelho reprodutor Musculatura esquelética Lesão endotelial: vasculite e isquemia SINAIS E SINTOMAS O ser humano é sempre o hospedeiro final e acidental. O período de incubação varia de acordo com a quantidade de bactéria que foi exposta, podendo variar de 1 -30 dias. A maioria são infecções são assintomáticas ou sub clínicas (90%). Ainda assim é importante, pois há uma grande chance de reinfecção o que aumenta a chance de uma infecção mais grave. Podemos dizer que há duas formas: anictérica e ictérica. A forma anictérica será responsável por 70-90% dos casos. É uma Influenza- like, ou seja, seus sintomas se assemelham a uma infecção pelo vírus Influenza: Mortalidade muito baixa. Tríade clássica: febre + cefaleia + dores pelo corpo (principalmente na panturrilha, indicando uma suspeita importante). Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival. A forma ictérica é a forma mais grave da doença geralmente aparece: Icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) Hemorragias. Meningite., Aumento do fígado e/ou baço. Insuficiência renal, hepática e respiratória que podem levar à morte. TRATAMENTO: Os casos leves de leptospirose são tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um médico e relatar o contato com exposição de risco. A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia parece ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. Através da terapia antimicrobiana: Recomendada: penicilina ou doxiciclina; Correção dos desvios hidroeletrolíticos; Corticoterapia em casos graves. PREVENÇÃO: • Medidas ambientais de saneamento, dragagem dos rios e controle de roedores; • Vacinação de cães e animais de produção; • Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas • Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés); • Uso de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) • IMPORTANCIA DA ENFERMAGEM • Orientar o paciente sobre o tratamento e formas de prevenção • Auxiliar o paciente nas atividades necessárias de banho corporal e alimentação • Proporcionar privacidade durante a rotina de banho. • Avaliar o tipo, a intensidade, a localização e a duração da dor; • Administrar medicação conforme prescrição médica e avaliar sua eficácia; • Verificar e anotar a temperatura corporal frequentemente; • Administrar antitérmicos conforme prescrição médica; • Higienização das mãos antes e após os procedimentos; • Reduzir o fluxo de pessoas na unidade do paciente; CONCLUSÃO Para o controle da leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras de saneamento básico, melhorias nas casas e o combate aos ratos. Aos profissionais da enfermagemé necessário conhecer a doença seus sintomas para saber se estão na normalidade do esperado para a doença, e saber como melhor orientar e auxiliar o paciente. REFERENCIAS • http://ww.minhavida.com.br/saude/temas/leptospirose • http://drauziovarella.com.br/letras/l/leptospirose/ • http://www.infoescola.com/doencas/leptospirose/ • http://www.unimedcuritiba.com.br/wps/wcm/connect/portal/portal/sua- saude/doenças_e_tratamentos/ • http://ww.minhavida.com.br/saude/temas/leptospirose http://drauziovarella.com.br/letras/l/leptospirose/ http://www.infoescola.com/doencas/leptospirose/ http://www.unimedcuritiba.com.br/wps/wcm/connect/portal/portal/sua-saude/doenças_e_tratamentos/ http://www.unimedcuritiba.com.br/wps/wcm/connect/portal/portal/sua-saude/doenças_e_tratamentos/