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cuidador de idosos MÓDULO 4 Chegamos ao último módulo do curso! Abordaremos sobre a importância do sono e repouso para o idoso, transferências, prevenção de quedas, noções de primeiros socorros, violência contra o idoso e finitude. Vamos lá! 2 SONO E REPOUSO O sono é uma necessidade básica dos seres humanos. Nesse aspecto, importante papel é atribuído à qualidade do sono (MONTEIRO, 2017). Em relação as pessoas idosas a eficiência do sono é reduzida para cerca de 70% a 80%, com variação conforme o sexo e a idade (em adultos jovens esse valor é da ordem de 90%). Isso pode ocorrer devido à dificuldade de manutenção do sono noturno, o que leva o idoso a acordar facilmente durante a noite, mesmo com estímulos leves e sons de pequena intensidade (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). A falta de sono ou a sonolência em excesso interferem na rotina diária do idoso e do cuidador. Os quadros de insônia podem ser Figura 1 – Repouso Fonte: Pixabay apresentados de várias maneiras: o idoso pode demorar a dormir ou dormir por pouco tempo; acordar e não conseguir adormecer novamente; ou acordar muito cedo com a sensação de “sono que não descansa” (BRASIL, 2008). O cuidador deve saber diferenciar na pessoa idosa, as mudanças relacionadas ao sono ligadas ao processo de envelhecimento, das decorrentes das várias afecções associadas à idade (doenças crônicas, dores, quadros demenciais, etc.), que podem contribuir, direta ou indiretamente, para sua perturbação (BRASIL, 2008). 3 O sono é uma necessidade básica dos seres humanos. Nesse aspecto, importante papel é atribuído à qualidade do sono (MONTEIRO, 2017). Em relação as pessoas idosas a eficiência do sono é reduzida para cerca de 70% a 80%, com variação conforme o sexo e a idade (em adultos jovens esse valor é da ordem de 90%). Isso pode ocorrer devido à dificuldade de manutenção do sono noturno, o que leva o idoso a acordar facilmente durante a noite, mesmo com estímulos leves e sons de pequena intensidade (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). A falta de sono ou a sonolência em excesso interferem na rotina diária do idoso e do cuidador. Os quadros de insônia podem ser apresentados de várias maneiras: o idoso pode demorar a dormir ou dormir por pouco tempo; acordar e não conseguir adormecer novamente; ou acordar muito cedo com a sensação de “sono que não descansa” (BRASIL, 2008). O cuidador deve saber diferenciar na pessoa idosa, as mudanças relacionadas ao sono ligadas ao processo de envelhecimento, das decorrentes das várias afecções associadas à idade (doenças crônicas, dores, quadros demenciais, etc.), que podem contribuir, direta ou indiretamente, para sua perturbação (BRASIL, 2008). 1.1 Etapas do sono e sua relação com o processo de envelhecimento Figura 2 – Etapas do sono Fonte: Adaptado de Freepik O ciclo típico de sono é constituído pelos vários estágios sincronizados (estágios 1, 2, 3 e 4), seguidos por um período de sono paradoxal (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015; MONTEIRO, 2017). Para o entendimento desses estágios no idoso, é necessário a compreensão do seu funcionamento em indivíduos jovens. Conforme listado por Prefeitura de São Paulo (2015) e Monteiro (2017) temos: • Estágio 1 (5% do sono): é uma transição entre a vigília e a sonolência, em que predominam ondas cerebrais de baixa amplitude e alta frequência. • Estágio 2 (45% do sono): também chamado “sono superficial”, no qual existem ondas de frequência rápida e poucas ondas mais lentas, além de fusos de sono e os complexos K. • Estágio 3 (7% do sono): contém cerca de 20% a 50% de ondas delta, também chamadas de ondas lentas, que são ondas cerebrais de baixa frequência e grande amplitude. • Estágio 4 (13% do sono): são encontradas ondas delta em proporção superior a 50%. Os estágios 3 e 4 constituem o “sono profundo”. Nesse caso, para ser despertado, o indivíduo necessita de um estímulo externo muito intenso. À medida que o sono progride, há uma diminuição da ocorrência desses estágios que predominam na primeira metade de uma noite típica de sono. O sono paradoxal, também chamado sono REM, está associado à ocorrência de sonhos e ocorre a intervalos regulares (cada 90 minutos), ocupando cerca de 20 a 30% do período total de sono. Ele e o estágio 2 predominam na segunda metade de uma noite típica de sono (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). No processo de envelhecimento, o sono sofre mudanças quantitativas e qualitativas que são percebidas pelo idoso como perturbações e podem ser apresentadas na forma de queixas (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015; MONTEIRO, 2017). As queixas destacadas nessa literatura são: - Diminuição da duração relativa e absoluta do sono “profundo”; - Aumento relativo e absoluto da duração do sono superficial; - Alterações na organização temporal do sono paradoxal e diminuição da sua duração; - Maior número de transições de um estágio para o outro, inclusive para a vigília, e maior número de interrupções no sono. O cuidado com o sono requer uma avaliação do seu padrão habitual. É importante que o cuidador verifique se a pessoa idosa apresenta queixas relativas ao sono. Em seu bloco de anotação, faça um registro dos horários de dormir e despertar, quanto tempo o idoso demorou para pegar no sono, número, duração e motivo das interrupções do sono, número e duração de “sestas” ou “cochilos” e as queixas relatadas pelo companheiro de leito ou outras pessoas próximas e a satisfação do idoso com a qualidade do sono bem como a sensação de bem-estar ao despertar. Registre também se o idoso apresenta sonolência ou fadiga durante o dia. Em caso de alterações é importante agendar atendimento nos serviços de saúde para investigação (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). Também é necessário avaliar a rotina ou ritual do idoso antes de dormir, como por exemplo: tomar banho ou fazer outro tipo de higiene, rezar um terço, fazer uma refeição. Procure realizar um registro de sua regularidade e influência na qualidade do sono. O ambiente físico em que o idoso dorme também deve ser observado quanto à temperatura, iluminação, sons, presença de pessoas circulando, características da cama e segurança do local (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). Esses cuidados podem ajudar o idoso e cuidador a melhorar o padrão do sono. 4 O ciclo típico de sono é constituído pelos vários estágios sincronizados (estágios 1, 2, 3 e 4), seguidos por um período de sono paradoxal (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015; MONTEIRO, 2017). Para o entendimento desses estágios no idoso, é necessário a compreensão do seu funcionamento em indivíduos jovens. Conforme listado por Prefeitura de São Paulo (2015) e Monteiro (2017) temos: • Estágio 1 (5% do sono): é uma transição entre a vigília e a sonolência, em que predominam ondas cerebrais de baixa amplitude e alta frequência. • Estágio 2 (45% do sono): também chamado “sono superficial”, no qual existem ondas de frequência rápida e poucas ondas mais lentas, além de fusos de sono e os complexos K. • Estágio 3 (7% do sono): contém cerca de 20% a 50% de ondas delta, também chamadas de ondas lentas, que são ondas cerebrais de baixa frequência e grande amplitude. • Estágio 4 (13% do sono): são encontradas ondas delta em proporção superior a 50%. Os estágios 3 e 4 constituem o “sono profundo”. Nesse caso, para ser despertado, o indivíduo necessita de um estímulo externo muito intenso. À medida que o sono progride, há uma diminuição da ocorrência desses estágios que predominam na primeira metade de uma noite típica de sono. O sono paradoxal, também chamado sono REM, está associado à ocorrência de sonhos e ocorre a intervalos regulares (cada 90 minutos), ocupando cerca de 20 a 30% do período total de sono. Ele e o estágio 2 predominam na segunda metade de uma noite típica de sono (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). No processo de envelhecimento, o sono sofre mudanças quantitativas e qualitativas que são percebidas pelo idoso como perturbações e podem ser apresentadas na forma de queixas(PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015; MONTEIRO, 2017). As queixas destacadas nessa literatura são: - Diminuição da duração relativa e absoluta do sono “profundo”; - Aumento relativo e absoluto da duração do sono superficial; - Alterações na organização temporal do sono paradoxal e diminuição da sua duração; - Maior número de transições de um estágio para o outro, inclusive para a vigília, e maior número de interrupções no sono. O cuidado com o sono requer uma avaliação do seu padrão habitual. É importante que o cuidador verifique se a pessoa idosa apresenta queixas relativas ao sono. Em seu bloco de anotação, faça um registro dos horários de dormir e despertar, quanto tempo o idoso demorou para pegar no sono, número, duração e motivo das interrupções do sono, número e duração de “sestas” ou “cochilos” e as queixas relatadas pelo companheiro de leito ou outras pessoas próximas e a satisfação do idoso com a qualidade do sono bem como a sensação de bem-estar ao despertar. Registre também se o idoso apresenta sonolência ou fadiga durante o dia. Em caso de alterações é importante agendar atendimento nos serviços de saúde para investigação (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). Também é necessário avaliar a rotina ou ritual do idoso antes de dormir, como por exemplo: tomar banho ou fazer outro tipo de higiene, rezar um terço, fazer uma refeição. Procure realizar um registro de sua regularidade e influência na qualidade do sono. O ambiente físico em que o idoso dorme também deve ser observado quanto à temperatura, iluminação, sons, presença de pessoas circulando, características da cama e segurança do local (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). Esses cuidados podem ajudar o idoso e cuidador a melhorar o padrão do sono. 5 O ciclo típico de sono é constituído pelos vários estágios sincronizados (estágios 1, 2, 3 e 4), seguidos por um período de sono paradoxal (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015; MONTEIRO, 2017). Para o entendimento desses estágios no idoso, é necessário a compreensão do seu funcionamento em indivíduos jovens. Conforme listado por Prefeitura de São Paulo (2015) e Monteiro (2017) temos: • Estágio 1 (5% do sono): é uma transição entre a vigília e a sonolência, em que predominam ondas cerebrais de baixa amplitude e alta frequência. • Estágio 2 (45% do sono): também chamado “sono superficial”, no qual existem ondas de frequência rápida e poucas ondas mais lentas, além de fusos de sono e os complexos K. • Estágio 3 (7% do sono): contém cerca de 20% a 50% de ondas delta, também chamadas de ondas lentas, que são ondas cerebrais de baixa frequência e grande amplitude. • Estágio 4 (13% do sono): são encontradas ondas delta em proporção superior a 50%. Os estágios 3 e 4 constituem o “sono profundo”. Nesse caso, para ser despertado, o indivíduo necessita de um estímulo externo muito intenso. À medida que o sono progride, há uma diminuição da ocorrência desses estágios que predominam na primeira metade de uma noite típica de sono. O sono paradoxal, também chamado sono REM, está associado à ocorrência de sonhos e ocorre a intervalos regulares (cada 90 minutos), ocupando cerca de 20 a 30% do período total de sono. Ele e o estágio 2 predominam na segunda metade de uma noite típica de sono (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). No processo de envelhecimento, o sono sofre mudanças quantitativas e qualitativas que são percebidas pelo idoso como perturbações e podem ser apresentadas na forma de queixas (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015; MONTEIRO, 2017). As queixas destacadas nessa literatura são: - Diminuição da duração relativa e absoluta do sono “profundo”; - Aumento relativo e absoluto da duração do sono superficial; - Alterações na organização temporal do sono paradoxal e diminuição da sua duração; - Maior número de transições de um estágio para o outro, inclusive para a vigília, e maior número de interrupções no sono. O cuidado com o sono requer uma avaliação do seu padrão habitual. É importante que o cuidador verifique se a pessoa idosa apresenta queixas relativas ao sono. Em seu bloco de anotação, faça um registro dos horários de dormir e despertar, quanto tempo o idoso demorou para pegar no sono, número, duração e motivo das interrupções do sono, número e duração de “sestas” ou “cochilos” e as queixas relatadas pelo companheiro de leito ou outras pessoas próximas e a satisfação do idoso com a qualidade do sono bem como a sensação de bem-estar ao despertar. Registre também se o idoso apresenta sonolência ou fadiga durante o dia. Em caso de alterações é importante agendar atendimento nos serviços de saúde para investigação (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). Também é necessário avaliar a rotina ou ritual do idoso antes de dormir, como por exemplo: tomar banho ou fazer outro tipo de higiene, rezar um terço, fazer uma refeição. Procure realizar um registro de sua regularidade e influência na qualidade do sono. O ambiente físico em que o idoso dorme também deve ser observado quanto à temperatura, iluminação, sons, presença de pessoas circulando, características da cama e segurança do local (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015). Esses cuidados podem ajudar o idoso e cuidador a melhorar o padrão do sono. Fique sabendo Devemos utilizar medicamentos para indução do sono em idosos? Figura 3 – Remédio para dormir Fonte: Freepik 6 A prescrição de medicação de efeito sedativo ou hipnótico é de responsabilidade exclusiva do médico e deve ser realizada após minuciosa avaliação de todos os fatores que possam resultar em prejuízo para o sono do idoso. O cuidador deve ficar atento aos efeitos colaterais indesejáveis que o medicamento venha a ocasionar e nunca, em hipótese alguma, aumentar a dose prescrita sem consulta médica prévia (BRASIL, 2007; DUARTE, 2009). É proibido automedicar o idoso, pois tal conduta acarreta efeitos colaterais que podem trazer prejuízo a sua vida, como quedas, alterações do equilíbrio e outros. TRANSFERÊNCIAS Representam uma forma de auxiliar o idoso a mudar seu posicionamento. O cuidador pode alterar a posição de sentado para em pé, apoiando o paciente idoso pela cintura e colocando o joelho do paciente entre os joelhos de quem está conduzindo o processo (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS, 2005). A orientação deve ser utilizada para quaisquer tipos de dificuldades, independente da doença que o idoso apresente, podendo ser uma fraqueza muscular decorrente do envelhecimento até dependência total do cuidador para realizar a movimentação. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS, 2005). Procedimento: Se o idoso conseguir colaborar, peça que incline o tronco para frente, 7 no momento de se levantar. O posicionamento correto envolve o pé do cuidador apoiado nos pés do idoso, dando suporte. Inicie o procedimento sentando o paciente na beirada da cama. Nos casos em que o idoso apresente aumento de peso ou no caso de o cuidador apresentar quaisquer dificuldades nas transferências, é necessário a ajuda de outra pessoa. O idoso deve ser orientado sobre o processo que será realizado. Quando a transferência é realizada com o auxílio de duas pessoas, uma deve ficar posicionada na cabeça e a segunda nos pés. Quem for apoiar a parte superior do corpo do paciente deve segurá-lo próximo ao próprio corpo. O movimento de levantar o idoso deve ser realizado juntos. O cuidador deve dobrar as pernas (usando como alavanca) para não forçar a coluna (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS, 2005). Nos casos que o idoso apresente dificuldades para andar, a melhor maneira de auxiliá-lo é o cuidador apoiar o lado que apresenta maior dificuldades, colocando uma mão embaixo do braço do paciente, ou da sua axila, segurando com sua outra mão, a mão do paciente, dando-lhe apoio e segurança. Em casos de maior desequilíbrio, o cuidador deve estar à frente do paciente segurando-o firmemente entre as mãos e os cotovelos e estimulando que olhe para frente ao andar. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS, 2005). A figura abaixo demonstra a transferênciade um idoso da cama para a cadeira. Figura 4 - Transferência do idoso cama-cadeira Fonte: tuasaude.com/ 8 ADAPTAÇÕES AMBIENTAIS As adaptações são utilizadas para facilitar a autonomia do idoso e para a prevenção de quedas, já que as quedas acarretam consequências graves, incluindo fraturas, cirurgias e imobilidade, podendo chegar inclusive à morte. Além disso, são importantíssimas nos casos de Doença de Alzheimer, pois esses pacientes são mais vulneráveis a acidentes domésticos e às quedas (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS, 2005). Figura 5 - Quarto Fonte: Freepik Nicholas (2018) fornece orientações sobre adaptações que devem ser realizadas em casa, para prevenção de acidentes com idosos: - Cadeiras, camas e poltronas devem ser altas facilitando o acesso. O cuidador pode improvisar com tijolos ou blocos de madeira, ou adquirir “levantadores para cama e cadeiras" em lojas especializadas. Muito cuidado com as cadeiras de plástico, pois podem escorregar e provocar quedas; 9 - Evite posicionar camas embaixo da janela para evitar chuvas e correntes fortes de vento; - A iluminação e ventilação devem ser adequadas. Deixe uma luz acesa durante a noite, no corredor ou próximo a escadas; - As escadas devem ter corrimãos dos dois lados, boa iluminação, e terem faixa ou piso antiderrapante. Barras de apoio também devem ser instaladas no banheiro, próximo ao vaso sanitário ou dentro do box. Se for identificado risco de queda durante o banho, o cuidador deve proceder o mesmo com o paciente sentado, usando uma cadeira com braços ou cadeira para banho. Em caso de dificuldade para o idoso levantar-se do vaso sanitário, adaptar elevadores de vaso sanitários e os apoios de vaso sanitário; - O piso não deve ser escorregadio. Devem ser retirados tapetes soltos, tacos ou pisos soltos, fios e capachos, pois podem provocar quedas; - Os objetos de uso pessoal devem estar em uma altura que facilite o acesso do idoso, preferencialmente, entre os olhos e quadris; - Ao caminhar, o idoso não deve usar chinelos e sim um calçado firme e que esteja bem adaptado em seus pés. Quando for necessário o uso de andadores e bengalas, procure ajustar conforme a altura do idoso. O cuidador deve estimular caminhadas em ambientes arejados. No caso de pacientes com Alzheimer, caminhe sempre no mesmo trajeto, mostrando a ele pontos de referência. PREVENÇÃO DE QUEDAS Queda pode ser definida como "um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial" (CARVALHO et al, 1998). Esse 10 processo envolve dois fatores: a) Intrínsecos: decorrentes da alteração fisiológica do próprio corpo, como por exemplo o envelhecimento; b) Extrínsecos: estão relacionados ao ambiente. Como por exemplo uso de tapetes na casa dos idosos. Partindo desse conceito, é necessário estabelecer planos para prevenção de quedas e cuidados com idosos dentro do domicílio e áreas de circulação, conforme demostrado por Veiga, Scardielli Filho e Hammerschimidt (2014 p. 4-7) listados abaixo: 1. Banheiro Figura 6 - Banheiro Fonte: Freepik • Use tapetes emborrachados antiderrapantes; • Mantenha uma boa iluminação utilizando lâmpadas fluorescentes; • Utilizar cores diferentes na parede e no piso em relação ao assento sanitário e a pia do banheiro; 11 % • Instalar barras de apoio laterais e aumentar a altura do assento sanitário. 2. Quarto Figura 7 - Quarto Fonte: Freepik • Usar tapetes fixos ao chão e não encerar o piso; • Usar sapatos com solado antiderrapante; • Ajustar a altura da cama e colchão firme; • Ter um abajur ou interruptor de luz próximo à cama. 3. Sala Figura 8 – Sala Fonte: Freepik 12 • Deixar o caminho livre de fios e sem bagunça; • Preferir sofás firmes e altos; • Utilizar poltronas com braços. 4. Cozinha Figura 9 – Cozinha Fonte: Freepik • Utilizar armários fixos e de fácil alcance. 5. Escadas Figura 10 – Escada Fonte: Freepik 13 • Deve possuir corrimão nas laterais; • Estar livre de objetos; • Utilizar fitas antiderrapantes nos degraus; • Ter interruptores de luz na parte superior e inferior da escada. NOÇÕES DE IMUNIZAÇÃO PARA IDOSOS Figura 11 – Vacina Fonte: Freepik O Programa Nacional de Imunização trabalha com foco na prevenção de doenças controladas ou erradicadas pelo uso de vacinas (imunobiológicos). Dentro do programa está inserido o calendário de vacinação para idosos que contempla, de acordo com Brasil (2009) os seguintes insumos: 14 1) Vacina contra Influenza (gripe): protege contra cepas do vírus Influenza circulantes e coletadas através de vigilância de casos. Seu reforço é anual e acontece por volta do mês de abril. 2) Vacina contra o pneumococo (Pneumo 23-valente): a bactéria chamada Streptococcus pneumoniae coloniza o trato respiratório e está frequentemente envolvido em infecções das vias aéreas altas (rino-sinusites, otite média) e baixas (traqueobronquite, pneumonia). É uma importante causa de hospitalizações e óbitos em pacientes idosos. A vacina contra o pneumococo confere proteção contra essas patologias e precisa de reforço a cada 05 anos. São vacinados prioritariamente pessoas que estão em Instituições de Longa Permanência e idosos restritos ao leito. 3) Vacina contra tétano e difteria (dT ou dupla bacteriana): essa vacina é usada para prevenção das doenças descritas. Todos os adultos devem receber uma série de 3 doses dessa vacina, com reforço agendados para 10 anos, salvo situações como acidentes com exposição locais com grande concentração de sujidade (antecipar para 5 anos). 4) Vacina contra hepatite B: confere proteção contra essa doença. São administradas 3 doses com intervalo de 30 e 180 dias a partir do primeiro registro. Após a vacinação é necessário a realização de um exame chamado ANTI-Hbs, para verificar se o idoso foi imunizado. Não é necessário reforço. Importante: O cuidador deve conferir o cartão de vacina do idoso e guardar em um local seguro, pois é um documento. Esquemas vacinais são completados e não reiniciados. É importante também estar atendo ao aprazamento das vacinas, principalmente a dT e hepatite B. 15 VACINAS PROTEÇÃO DOSES Influenza Pneumo 23 Hepatite B dT (dupla bacteriana) Gripe Doenças provocadas pela bactéria pneumococo Hepatite B Proteção contra tétano (em menor efeito imunológico difteria) 01 dose anual 01 dose com reforço a cada 5 anos 03 doses com intervalo: 00-01-06 meses. 03 doses com intervalo: 00-02-04 meses. Reforço a cada 10 anos Quadro 1: Esquema de Imunização para idoso. Fonte: Autoria própria NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS Figura 12 – Primeiros socorros Fonte: Freepik 16 O que são Primeiros Socorros? São os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva e especializada (BRASIL, 2003). Quando devemos prestar socorro? Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria. Importante: situações que se requer atendimento imediato é fundamental que o cuidador mantenha a calma. Primeiro cheque o ambiente (antes de prestar ajuda quanto a presença de fogo, risco de desabamento, corrente elétricas); depois chame ajuda (uma forma é ligar para o Serviço de Urgência – no Espírito Santo: SAMU 192 no modo “viva voz”). POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA – PLS Também chamada de posição de recuperação, é indicada para pessoas inconscientes ou prostradas em respiração espontânea. Não deve ser usada em vítimas de trauma (crânio, coluna ou pelve) (BAPTISTA, 2008). De acordo com o autor, esse posicionamento permite: • Evitar que a língua da vítima bloqueie os canais respiratórios; • Forçar que fluidos como sangue ou vômitos sejam drenados da boca da vítima; Manter a vítima numa posição segura, caso, por algum motivo, tenha de ser deixada sozinha. 17 Figura 13 - PLS Fonte: tuasaude.com OBS: APosição Lateral de Segurança deve ser evitada em situações de suspeita de fratura da coluna vertebral ou do pescoço. Em casos de fratura de braços ou de pernas, ou se por qualquer razão um desses membros não puder ser movido, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desobstruídas (FUNDAÇÃO LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA, 2013). 6.1 PRINCIPAIS SITUAÇÕES RELACIONADAS AOS PRIMEIROS SOCORROS ENGASGOS Ocorre quando algum alimento líquido ou sólido passa da glote para a traqueia interrompendo o fluxo respiratório. O problema ainda pode ser causado por um corpo estranho entalado na garganta, vômito, sangue e outros fluidos (SILVA, 2016). 18 Figura 14: Manobra de Heimlich Fonte: rdlider.com.br Os episódios de engasgo são comuns em idosos, devido a mudanças fisiológicas naturais que interferem na capacidade de deglutição. Problemas como Alzheimer, Parkinson ou sequelas de AVC são condições que torna a pessoa propensa a engasgar porque, o ato de engolir se torna mais difícil. Por causa disso, é fundamental que certos cuidados sejam mantidos em relação aos mais velhos a fim de evitar os engasgos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2016; SILVA, 2016). Para os autores, quando um idoso engasga, é importante que algumas medidas sejam tomadas imediatamente para evitar que o problema se agrave. Primeiramente, é preciso salientar que nunca devemos dar água para alguém engasgado, pois piora o quadro, já que a pessoa tem algo entalado na garganta. Silva (2016) salienta que é possível tentar remover o que está causando o engasgo, desde que o corpo estranho esteja visível na garganta do idoso. Se estiver, tente enfiar o dedo para remover o alimento ou objeto entalado. Em algumas situações, é preciso que o corpo estranho seja removido por meio cirúrgico. Fique atento pois a demora no atendimento de engasgados é prejudicial e pode levar ao óbito. 19 Outra assistência a ser prestada é a Manobra de Heimlich. A manobra foi descrita pela primeira vez em 1974, pelo médico Henry Heimlich. O procedimento consiste em pressionar a região do diafragma, comprimindo os pulmões da vítima e a obrigando a tossir, o que ajuda o indivíduo a expelir o corpo estranho (BRASIL, 2003; SILVA, 2016). Realizando a manobra: Netto, 2017 orienta o passo a passo para a realização da Manobra de Heimlich: 1 - Peça para que a pessoa que está engasgada levante-se e posicione suas mãos em seu próprio pescoço; 2 - Posicione-se atrás da vítima; 3 - Posicione uma de suas pernas entre as pernas da pessoa, servindo como apoio; 4 - Abrace a vítima por trás posicionando suas mãos pouco acima do umbigo; 5 - Cerre sua mão dominante direcionando o polegar contra o abdome da vítima; 6 - Cubra sua mão cerrada com a outra mão; 7 - Realize um empurrão firme e forte contra o abdômen da vítima realizando um movimento para dentro e para cima ao mesmo tempo, como se estivesse empurrando o alimento para fora; 8 - Realize o passo 7 pelo menos por 5 vezes seguidas, ou até que a pessoa expulse o alimento que estava a asfixiando. O autor destaca a importância de não dar “tapas nas costas” pois contribui para que o corpo estranho entre na traqueia dificultando a sua remoção. Como prevenir engasgos? Silva (2016) descreve algumas medidas simples que podem ajudar a evitar os engasgos em idosos. Sempre que possível, o cuidador deve 20 segui-las para que o problema não se torne constante: • O ideal é que o idoso se alimente sempre na posição sentada ou com o tronco mais inclinado verticalmente; • Os líquidos devem ser tomados em pequenas porções, com bastante cuidado; • Quem usa prótese dentária precisa consultar com o dentista regularmente para verificar sua adaptação; • Durante a alimentação, deve-se evitar distrações como conversar, assistir TV ou realizar outras atividades; • Alguns alimentos muito secos, como farinha, torradas e bolachas podem causar o engasgo e devem ser evitados. CONVULSÕES É uma contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda de consciência (BRASIL, 2003). Na maior parte das ocasiões, as convulsões caracterizam-se pela perda súbita de consciência, seguida de contração de todo o corpo e cianose (cor arroxeada) da face. Podem ser seguidas de uma fase de movimentos bruscos de todo o corpo, respiração ruidosa e perda de controle da urina e fezes. Têm uma duração que vai de poucos segundos a muitos minutos (TAVARES, 2012). Figura 15 - Crise convulsiva Fonte: BELTRAME, 2007 21 O que fazer: Segundo BRASIL (2003) cuidados importantes em caso de convulsões envolvem: - Tentar evitar que a vítima caia desamparadamente, cuidando para que a cabeça não sofra traumatismo e procurando deitá-la no chão com cuidado, acomodando-a; - Deitar a vítima em posição lateral de segurança, de modo a impedir engasgamento ou aspiração de vômito; - Retirar qualquer objeto que possa machucar a vítima; - Não colocar nenhum objeto na boca ou entre os dentes; - Afrouxe as roupas; - Quando a convulsão acabar, mantenha a vítima deitada até que recupere plenamente a consciência e o autocontrole. - Contate o serviço de Urgência (no Espírito Santo – SAMU 192). CRISE DE HIPOGLICÊMIA A diabetes é uma doença em que o pâncreas não produz quantidade suficiente de insulina e os níveis de açúcar (glicose) estão aumentados no sangue e na urina. A complicação mais grave e frequente no portador de diabetes é a crise de hipoglicemia (TAVARES, 2012). Essa crise ocorre quando a insulina é administrada em excesso ou quando o paciente não se alimenta adequadamente ou se exercita demais. O açúcar (glicose) é rapidamente retirado do sangue para as células, faltando em quantidade suficiente no sangue para a nutrição do cérebro, que requer um suprimento constante de glicose e oxigênio para o seu funcionamento. A falta de suprimento, leva ao desenvolvimento rápido de inconsciência e lesão cerebral permanente (BRASIL, 2003). É importante que o cuidador conheça os sintomas iniciais da 22 hipoglicemia, principalmente se o idoso for portador de diabetes e necessitar de injeções de insulina. Brasil (2003) lista esses sinais e sintomas: • Palidez, suores e tremores das mãos; • Fome intensa ou enjoo e vômitos; • Confusão mental, raciocínio lento, bocejos repetidos, expressão apática; • Voz enrolada; • Alterações de humor; • Palpitações, pulso rápido; • Perda da fala e dos movimentos ativos; • Desmaio, convulsão, coma. Como o cuidador deve proceder? • Lidar com a pessoa com calma, meiguice e delicadeza (habitualmente há rejeição e teimosia em relação ao que lhe é proposto); • Nos casos sintomáticos, oferecer água com açúcar, suco ou bala se estiver consciente. Em caso de perda da consciência, contatar o serviço de urgência. PERDA SÚBITA DE CONSCIÊNCIA A lipotimia chamada frequentemente de desmaio, é uma situação de perda momentânea da consciência, sem que se paralisem o coração e a respiração (TAVARES, 2012). O autor relata como primeiro atendimento, o cuidador deve proceder da seguinte forma: • Soltar toda a roupa que o idoso estiver usando até o nível da cintura; • Dispor o idoso em posição horizontal, com as pernas levantadas para facilitar o retorno sanguíneo; • Conversar com o idoso, de modo a perceber se este recuperou 23 a consciência; • Tratar da deslocação ao Serviço de Urgência do hospital mais próximo. Figura 16: Posicionamento em caso de lipotimia Fonte: HOSPITAL SANTA LÚCIA, 2016 QUEDA Situação comum em idoso podendo danificar várias estruturas corporais com risco de sofrer lesões irreversíveis (alterações de consciência, da sensibilidade e da mobilidade, ou até morte) (TAVARES, 2012). Nos casos de queda, o cuidador deve avaliar o estado da vítima quanto a extensão e localização dos ferimentos (TAVARES, 2012). A principal consequência é a fratura de fêmur (maior osso do corpo humano). O rompimento pode causarperda da funcionalidade e aumento da mortalidade na população idosa (BOLONEZI, 2018). 24 Figura 17: Idoso que sofreu queda Fonte: BOLONEZI, 2018 LESÕES Pode ser entendido por lesão qualquer dano provocado no tecido (pele) humano (BRASIL, 2003). De acordo com o autor, elas podem ser classificadas em: Fechadas: equimoses e hematomas; Abertas: escoriações, feridas incisivas, perfurantes, entre outras. O que o cuidador deve fazer: • Equimoses: aplicar frio (saco de gelo), para diminuir o edema, mas também a hemorragia e a dor; • Hematomas: além da aplicação do frio, deve imobilizar a zona afetada, para evitar o agravamento da hemorragia; • Hemorragias e/ou escoriações: agir em conformidade com os 25 procedimentos indicados para cada situação. Importante: por serem situações extremamente delicadas, ter sempre em mente que o socorro incorreto pode agravar ou criar outras lesões. Avalie o ferimento e o sangramento apresentado pelo idoso (FUNDAÇÃO LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA, 2012). ESCORIAÇÕES As escoriações são consideradas como o tipo de lesão mais habitual. Consistem numa lesão superficial na pele, provocada por um traumatismo ligeiro, que se cura rapidamente sem deixar cicatrizes (FUNDAÇÃO LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA, 2012). Os primeiros socorros a tomar numa situação de escoriação, segundo a Fundação Luiz Bernado Almeida (2012) envolve: • Aplicar sobre a escoriação, o mais rápido possível, gelo protegido numa compressa ou pano; • Se possível, elevar a zona ferida acima do nível do coração. Manter a zona elevada por 10 a 15 minutos, se for uma escoriação pequena, ou uma ou duas horas, se a escoriação for externa e grave; • Se a dor for mantida 24 após a lesão ou o aspecto da escoriação não for o melhor, persistir na aplicação de gelo, envolto em compressa ou pano, várias vezes ao dia, nas 24 a 48 horas; • Encaminhar ao serviço de saúde. HEMORRAGIAS É o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos através de uma ruptura nas suas paredes (PARANÁ, 2013). O autor classifica a 26 hemorragia em: • Externa - visível porque extravasa para o meio ambiente; • Interna - o sangue extravasa para o interior do próprio corpo, dentro dos tecidos ou cavidades naturais. As hemorragias podem ser classificadas de acordo com o tipo de vaso sanguíneo lesado. Para Paraná (2013) essa classificação descreve a gravidade da hemorragia, conforme apresentado abaixo: • Hemorragia arterial – perda de sangue de uma artéria. O sangue é de coloração viva, vermelho claro e derramado em jato, conforme o batimento cardíaco. Geralmente é rápida e de difícil controle. • Hemorragia venosa – perda de sangue por uma veia. Sangramento de coloração vermelho-escuro, em fluxo contínuo, sob baixa pressão. Considerada grave se a veia comprometida for de grosso calibre. • Hemorragia capilar – sangramento por um leito capilar. Flui de diminutos vasos da ferida. De coloração avermelhada, menos vivo que o arterial e é facilmente controlado. O controle da hemorragia deve ser feito imediatamente, pois uma hemorragia abundante e não controlada pode causar morte em 3 a 5 minutos (BRASIL, 2003). Figura 18: Classificação das hemorragias Fonte: Reis, 2020 27 O que fazer em casos de sangramento? Primeiro: nunca esqueça de usar o seu equipamento de proteção. Brasil (2003) e Paraná (2013) descrevem os cuidados em caso de sangramentos: Figura 19: Compressão para casos de sangramento Fonte: PARANÁ, 2013 O que NÃO deve fazer Não retire corpos estranhos dos ferimentos. Não aplique substâncias como pó de café ou qualquer outro produto (BRASIL, 2003). a) O que fazer em caso de sangramentos externos? • Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração; • Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das mãos; • Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos. • Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos. 28 b) Sangramentos internos - como verificar e o que fazer Nos acidentes graves com presença de fraturas podem causar sangramentos internos. Esse quadro pode levar rapidamente ao estado de choque e, por isso, a situação deve ser acompanhada e controlada com muita atenção para os sinais externos como pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e da boca pálida, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea, sede, tontura e inconsciência. Não dê alimentos e nem aqueça demais com cobertores (BRASIL, 2003; PARANÁ, 2013). Sangramentos nasais - o que fazer: As hemorragias nasais em geral não são graves, podendo ser controladas. O processo envolve: inclinar a cabeça da pessoa para frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja engolido, provocando náuseas. Comprimir a narina que sangra e aplique compressas frias no local. Em alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz. Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure atendimento no serviço de saúde (BRASIL, 2003; FUNDAÇÃO LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA, 2012). Figura 20: Compressão nasal Fonte: aprendinosenac.com.br/ 29 FRATURAS Qualquer interrupção na continuidade do osso provocada por trauma (PARANÁ, 2013). O autor classifica em: - Fechadas: a integridade da pele é mantida e com isso o osso quebrado não tem conexão com a área corporal externa; - Abertas: comunicação da fratura com o meio externo. Fraturas abertas e fechadas podem produzir hemorragias e dependendo da quantidade de sangue perdido, o idoso corre o risco de evoluir para choque hipovolêmico. Figura 20: Compressão nasal Fonte: PARANÁ, 2013 Sinais e sintomas De acordo com Paraná (2013) são: - Dor. - Impotência funcional (a fratura impede movimentos do segmento fraturado). 30 - Deformidade do segmento fraturado. - Aumento de volume (por edema ou sangramento). - Crepitação (causada pelo atrito dos fragmentos ósseos fraturados – não a provocar intencionalmente). O que fazer em caso de fraturas? Geral: chame o serviço de Urgência e Emergência (no ES: 192). • Não mova o idoso até que as fraturas estejam imobilizadas, exceto se estiver perto de fogo, com perigo de explosões, etc. Nesses casos, resgatá-lo no sentido do maior eixo do corpo; • Aplicar uma leve tração (mantém o comprimento de um membro, bem como o alinhamento e a estabilidade no local da fratura.) enquanto proceder a imobilização, mantendo-a até que a tala esteja no lugar; • Imobilizar as fraturas, incluindo a articulação proximal e distal; • Nas fraturas abertas, controlar o sangramento e cobrir a ferida com gaze limpa antes da imobilização (não limpar a ferida); • Se houver exposição óssea (fratura exposta), não tente colocar o osso no lugar; • Se houver fratura em joelho, tornozelo, punho e cotovelo, acerte os ossos do local; imobilizar na posição da deformidade que se encontra; • Deixar firmes as talas, mas não apertadas a ponto de interferir na circulação. Fraturas da cabeça: podem ser graves pelo risco de lesão cerebral. Podem ser sinais e sintomas de fratura de crânio: tontura, desmaios, perda de consciência, sangramento pelo nariz, boca e/ou ouvido e alteração de pupilas. Cuidados: manter a vítima deitada, quieta; proteger a ferida, cuidando para não comprimir o local; acionar imediatamente o SAMU (PARANÁ, 2013). Fraturas de coluna: essas fraturas envolvem outras estruturas, geralmente a medula espinhal, responsável pela condução de 31 impulsos nervosos do cérebro para as extremidades. Sinais e sintomas de lesões medulares são: perda total ou parcial dos movimentos nas extremidades (paralisia ou paresia) e/ou perda total ou parcialda sensibilidade nas extremidades (anestesia ou parestesia). É importante que, no primeiro atendimento, o idoso não seja manipulado de maneira brusca e intempestiva. A remoção desse tipo de vítima de maneira inadequada pode resultar em lesões irreversíveis. Acione o SAMU imediatamente (PARANÁ, 2013). Fraturas da pelve (bacia): são consideradas graves, devido a possibilidade de perfuração de estruturas como bexiga, intestinos, etc. A vítima pode apresentar sinais de choque por perda de sangue (externo ou interno), dor intensa e falta de movimentos de membros inferiores. Não movimente a pessoa. Acione o SAMU (PARANÁ, 2013). Fraturas de fêmur (coxa): podem produzir sangramento considerável levando ao choque hipovolêmico. Cuidados: manter a vítima deitada e aquecida. Acionar imediatamente o SAMU (PARANÁ, 2013). QUEIMADURAS São lesões da pele resultantes do contato com o calor, agentes químicos ou radiações (BAPTISTA, 2008). Segundo o autor, as queimaduras podem ser classificadas de acordo com: 1) Extensão: relacionada à dimensão da área corporal atingida. 2) Profundidade: relacionada às camadas da pele atingidas. Classificada em: - 1.º Grau – atinge a camada superficial da pele, que se apresenta vermelha, sensível e dolorosa; - 2.º Grau – atinge a primeira (epiderme) e segunda (derme) camadas da pele. Caracteriza-se por ser dolorosa e apresentar bolhas; Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador. 32 - 3.º Grau – caracterizada pela destruição da pele e de outros tecidos subjacentes. Apresenta-se com uma coloração castanha ou preta (tipo carvão). Na maioria dos casos, não há referência de dor devido ao fato de existir destruição dos terminais nervosos existentes na pele, responsáveis pela transmissão da dor ao cérebro. Figura 22: Lesão por queimadura relacionada a profundidade Fonte: BAPTISTA, 2008 O que o cuidador deve fazer? Os perigos de uma queimadura estão relacionados a infecção e a dor. Baptista (2008) descreve os cuidados para queimadura provocada pelo calor: • Acalmar o idoso; • Em caso de grandes queimaduras, observar se não houve comprometimento da face e das vias aéreas; • Limpar a zona queimada, retirando a roupa e acessórios (anel, relógios, pulseiras). Se a roupa estiver aderida sobre a pele, não remover; • Lavar a zona queimada com soro fisiológico ou água fria; • Cobrir o local com tecido limpo e esterilizado; • Nas zonas articulares (mãos, pés, etc.) proteger de contacto. Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grandeno cuidador. 33 INTOXICAÇÃO Para Baptista (2008) as intoxicações podem essencialmente ter três origens: acidental, voluntária ou profissional. A mais frequente a intoxicação acidental acontece, normalmente, por uso ou acondicionamento incorreto dos produtos. Conforme o autor, a entrada do agente tóxico no organismo humano pode ser por uma das seguintes vias: - Via digestiva – é a mais frequente e normalmente associada a ingestão de alimentos deteriorados ou a ingestão de medicamentos; - Via respiratória – inalação de gases, fumos ou vapores, ocorrendo na maioria dos casos em situações de incêndio ou de uma deficiência nas instalações de gás para uso doméstico; - Via cutânea – o produto entra em contato com o organismo através da pele; - Via ocular – geralmente acontece por acidente, quando um jato de um produto atinge os olhos; - Via parenteral – ocorre com frequência nos dependentes de substância psicoativas (usuário de drogas injetáveis) ou num caso de erro terapêutico, quer ao nível da dose quer ao nível da própria substância; - Picada de animal – picadas de escorpião, alguns insetos, víboras e peixes; - Via retal ou vaginal – situações raras, que podem surgir em alguns casos de tentativas de aborto com recurso de substâncias químicas ou pela utilização de alguns medicamentos. O que fazer? - No caso de alimentos: verificar o prazo de validade; - Utilizar medicamentos somente com prescrição médica, atentando para o prazo de validade, dose e via de administração; Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador. 34 - Procurar identificar o produto: nome, embalagem, cor, cheiro, entre outros. - Ligar para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica – CIAtox-ES (antigo Toxcen): 0800 283 9904. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA É a cessação abrupta das funções cardíaca, respiratória e cerebral. São sinais clínicos da PCR: inconsciência; ausência de pulso; ausência de movimentos ventilatórios (apneia) ou respiração agônica (gasping) (GONZALES et al 2013). SEQUÊNCIA DE ATENDIMENTO Gonzales et al (2013) descreve que para uma boa taxa de sobrevida, é necessário a realização da sequência chamada "CABD primário". O "C" corresponde a Checar responsividade e respiração da vítima, Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima, Compressões (30 compressões), Abertura das vias aéreas, Boa ventilação (2 ventilações). RCP IMEDIATA DE ALTA QUALIDADE: após o acionamento do serviço médico, deve-se iniciar as compressões torácicas e ventilação em todos os pacientes adultos com PCR, seja por causa cardíaca ou não cardíaca. Uma RCP de qualidade, de acordo com as Diretrizes do Suporte Básico de Vida descritas no ano de 2015, significa “comprimir o tórax na frequência e profundidade adequada, permitir o retorno do tórax a cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva” (BRASIL, 2016). PROCEDIMENTO • Com as mãos sobre a metade inferior do esterno, sem flexionar os cotovelos; Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violênciacontra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador. 35 • Frequência: 100 a 120 compressões/ minuto; • Profundidade: mínima de 2 polegadas (5 cm) e máximo 2,4 polegadas (6 cm); • Permitir retorno total do tórax após cada compressão. Não se apoiar sobre o tórax entre as compressões; • Minimizar as interrupções nas compressões. Não interromper as compressões por mais de 10 segundos; • Colocar a prancha rígida embaixo do tórax do paciente, assim que disponível; • Realizar abertura de vias aéreas e ventilação numa relação: 30:2, ou seja, 30 compressões: 2 ventilações (até a garantia de uma via aérea avançada). A relação compressão/ventilação recomendada é de 30 compressões para cada 2 ventilações como aprendemos acima, mas se o socorrista não possuir equipamento para ventilar a vítima (máscara com válvula antirrefluxo ou lenço facial), que proteja sua integridade, e optar por não ventilar, ele poderá realizar apenas as compressões de forma ininterrupta em uma frequência de no mínimo 100 compressões por minuto (AHA, 2010). Figura 23: RCP Fonte: unasus2.moodle.ufsc.br Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador. 36 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI São equipamentos utilizado com o objetivo de proteção da integridade física do profissional (nesse caso, que presta atendimento na área de saúde) durante a realização das atividades que apresentam riscos potenciais. São exemplos: as luvas de látex descartáveis, óculos e máscaras faciais de proteção (BATISTA; SANTOS; SIMÃO, 2016). VIOLÊNCIA E A PESSOA IDOSA Conceito: Segundo Minayo (2005 p. 13) pode ser definida como: “Ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional das pessoas desse grupo etário e impedindo o desempenho de seu papel social. A violência acontece como uma quebra de expectativa positiva dos idosos em relação às pessoas e instituições que os cercam (filhos, cônjuge, parentes, cuidadores e sociedade em geral)”. Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador.37 Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador. 38 Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador. Casos de violência devem ser notificados ao serviço de saúde e direcionado a rede de proteção ao idoso. 39 Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contraa pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador. CUIDADOS NO FINAL DA VIDA Os temas relacionados à morte e ao morrer remete-nos a reflexões mais íntimas e profundas relacionadas à vida, ao viver e ao envelhecer, Terminalidade é um neologismo, diz respeito à terminal (do latim terminale), cujo significado refere-se à demarcação de campos, algo que termina, extremidade, fim. Este termo tem a mesma origem de terminar (também do latim terminale) que significa por termo a, acabar, findar, concluir; demarcar, delimitar, delinear. Morte por sua vez, significa o fim da vida, fim. Seu sentido figurativo associa-se a grande dor, pesar profundo. Morrer significa perder a vida, falecer, expirar, perecer. A ele associam-se dezenas de termos populares com o mesmo significado. Assim pode-se entender terminalidade como demarcação de campos, entre fases (com respeito às diversas facções religiosas ou crenças), térmico de um ciclo (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, 2015 p. 210-211). Auxiliar o idoso, nesse momento, é fundamental, mas não é fácil. Uma intervenção inadequada pode canalizar toda a ira, frustração e inabilidade em lidar com a situação por parte da família e quebrar um vínculo que pode ser precioso para todos nesse momento (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, 2020). Em algumas situações, o cuidador pode se deparar com interesses 40 Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta situações que podem favorecer a violência contra a pessoa idosa, entre elas: – A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica); – Desestruturação das relações familiares; – Existência de antecedentes de violência familiar; – Isolamento social; – Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool); – Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor; – Comportamento difícil da pessoa idosa; – Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador. distintos, os do idoso e os dos familiares. Nesse caso, o comportamento ético, deve prevalecer. Cabe a ele ter seu olhar voltado para as necessidades do idoso de quem cuida que pode, por impossibilidade do meio em absorver tais demandas, não ter como expressar seus sentimentos, angústias e temores. A intervenção do cuidador deve estar voltada para a qualificação do processo de morrer do idoso preservando, ao máximo, sua dignidade enquanto ser humano e o respeito em seu entorno (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, 2020). Datas importantes: 1º de outubro – dia nacional do idoso e dia internacional da terceira idade 15 de julho – dia mundial da conscientização da violência contra a pessoa idosa. GLOSSÁRIO A anestesia: condição de ter a sensibilidade (incluindo dor) bloqueada ou temporariamente removida. c Choque Hipovolêmico: ocorre com a perda de grandes volumes de sangue e outros líquidos corporais, o que faz com que o coração perca a capacidade de bombear o sangue necessário para o corpo todo. Complexo K: onda bifásica que ocorre no estágio 2 do sono que podem estar relacionados ao processo de despertar 41 Para a autora essa violência recebe diversas tipologias, podendo ser classificada em: a) Violência Física - é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. b) Violência Psicológica - corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convívio social. c) Violência Sexual - refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. d) Abandono - é a violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. e) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. f) Violência Financeira ou Econômica - consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. g) Autonegligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. h) Violência Medicamentosa - é a administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida: aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. I) Violência Emocional e Social - refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. A cartilha elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo (2007) apresenta
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