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HISTÓRIA DO BRASIL - 01 - Formação de portugal e navegações ultramarinas

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1. (CFTRJ) Após a morte do rei D. Fernando I em 1383,
Portugal caiu em uma crise de sucessão que só foi
resolvida com a subida ao trono de D. João I (mestre de
Avis), através da chamada “Revolução de Avis”,
finalizada na batalha de Aljubarrota em 1385.
A vitória de D. João I representou a consolidação da
aliança da burguesia portuguesa junto ao poder real. Tal
fato favoreceu
a) o fim da nobreza portuguesa, que se viu expulsa de
Portugal.
b) o apoio da realeza portuguesa a empreendimentos que
interessavam à burguesia, como a expansão marítima.
c) a oposição da realeza portuguesa a empreendimentos que
não interessavam à burguesia, como a expansão marítima.
d) a aliança dos reis de Portugal com os reis da Espanha e da
Itália.
2. (UFF) Considerando o processo de expansão da
Europa moderna a partir dos séculos XV e XVI, pode-se
afirmar que Portugal e Espanha tiveram um papel
predominante. Esse papel, entretanto, dependeu, em
larga medida, de uma rede composta por interesses
a) políticos, inerentes à continuidade dos interesses feudais
em Portugal; intelectuais, associados ao desenvolvimento da
imprensa, do hermetismo e da astrologia no mundo ibérico;
econômicos, vinculados aos interesses italianos na Espanha,
nos quais a presença de Colombo é um exemplo; e sociais,
vinculados ao poder do clero na Espanha.
b) políticos, vinculados ao processo de fragmentação política
das monarquias absolutas ibéricas; sociais, associados ao
desenvolvimento de novos setores sociais, como a nobreza;
coloniais, decorrentes da política da Igreja Católica que via os
habitantes do Novo Mundo como o homem primitivo criado
por Deus; e econômicos, presos aos interesses mouros na
Espanha.
c) políticos, vinculados às práticas racistas que envolviam a
atuação dos comerciantes ibéricos no Oriente; científicos, que
viam na expansão a negação das teorias heliocêntricas;
econômicos, ligados ao processo de aumento do tráfico de
negros para a Europa através de alianças com os Países
Baixos; e religiosos, marcados pela ação ampliada da
Inquisição.
d) políticos, associados ao modelo republicano desenvolvido
no Renascimento italiano; religiosos, decorrentes da vitória
católica nos processos da Reconquista ibérica; econômicos,
ligados ao movimento geral de desenvolvimento do
mercantilismo; e sociais, inerentes à vitória do campo sobre a
cidade no mundo ibérico.
e) políticos, vinculados ao fortalecimento da centralização dos
estados ibéricos; econômicos, proveniente do avanço das
atividades comerciais; religiosos, relacionados com a
importância do Papado na península Ibérica; e intelectuais,
decorrentes dos avanços científicos da Renascença e que
viram na expansão a realidade de suas teorias sobre
Geografia e Astronomia.
3. (Albert Einstein - Medicina) “Mas Colombo não estava
tão longe de certas concepções correntes durante a
Idade Média acerca da realidade física do Éden, que
descresse de sua existência em algum lugar do globo. E
nada o desprendia da ideia, verdadeiramente obsessiva
em seus escritos, de que precisamente as novas Índias,
para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na
orla do Paraíso Terreal.”
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do Paraíso. São Paulo: Editora
Nacional, 1985, p. 15.
A partir do texto, é possível afirmar que Colombo
a) simbolizava o conquistador moderno, marcado pela
valorização da razão, da aventura e do sucesso individual.
b) demonstrava a persistência, durante o período da
expansão marítima, de traços de uma mentalidade mística e
fabulosa.
c) simbolizava o conquistador moderno, movido pela
ganância financeira e pela busca incessante de novos
mercados.
d) demonstrava a persistência, em meio à conquista europeia
do Atlântico, da lógica maniqueísta do pensamento medieval.
4. (Albert Einstein - Medicina) “As grandes mudanças que
se verificam na arte náutica durante a segunda metade do
século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se,
contornando o continente africano, às terras do Oriente.
Não se pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir
por via marítima esses países de fábula presidissem as
navegações do período henriquino, animada por
objetivos estritamente mercantis. (...) Com a expedição
de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro
para o Reino (...) Da mesma viagem procede o primeiro
ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naquelas
partes. O marfim, cujo comércio se achava até então em
mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os
barcos lusitanos, por volta de 1447.”
HOLANDA, Sérgio Buarque de, Etapas dos descobrimentos
portugueses.
Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do
trecho acima:
a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e
depois, por portugueses, revela o grande anseio dos
navegadores ibéricos por chegar às riquezas do Oriente
através de uma rota pelo Ocidente.
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de
descoberta para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes
bastavam as riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro,
marfim e escravos.
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente
fosse para os portugueses, algo cada vez mais realizável em
@study_perform - 1
razão dos avanços técnicos, foi a exploração comercial da
costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do
período.
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique,
eram motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do
Oriente; secundariamente, contudo, dedicavam-se os
portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim,
sobretudo na costa africana.
e) Durante o período henriquino, os grandes
aperfeiçoamentos técnicos na arte náutica permitiram aos
portugueses chegar ao Oriente contornando o continente
africano.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não
foram subitamente subtraídos da mentalidade coletiva
europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de
Mello e Sousa, “parece lícito considerar que, conhecido o
Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o
Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário
do europeu quatrocentista”.
VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas,
projeções e descobertas portuguesas no Índico (1498-1554). São
Paulo: Annablume, 2010, p. 197.
5. (PUC-CAMP) Oimaginário que povoou as crenças dos
viajantes no contexto da expansão marítima europeia
pressupunha a
a) presença de perigos mortais advindos de forças
sobrenaturais no então denominado Mar Sangrento ou
Vermelho em função do número de tragédias que ocorriam
durante sua travessia.
b) certeza de que o chamado Mar Oceano se conectava ao
Pacífico, por meio de uma passagem que posteriormente
seria nomeada como Estreito de Gibraltar.
c) existência de monstros marinhos, ondas gigantescas e
outros tipos de ameaça no chamado Mar Tenebroso, como
era conhecido o Atlântico.
d) dúvida em relação à possibilidade de circunavegação da
terra, pois a primeira volta completa ao mundo só ocorreu no
final do século XVI, quando Colombo prosseguiu em sua
busca de uma rota para as Índias.
e) necessidade de que em toda expedição houvesse um
padre e um grande crucifixo, artifícios que impediriam
qualquer ameaça durante a travessia, inclusive epidemias
como o escorbuto, causadas pela falta de higiene.
6. (ESPCEX - AMAN) As viagens mercantis e os
descobrimentos de rotas marítimas e de terras além-mar
ocorridas no que conhecemos por expansão europeia,
mudou o mundo conhecido até então.
Foram etapas na conquista dos novos caminhos, rotas e
descobrimentos os seguintes eventos:
1. Bartolomeu Dias atingiu a extremidade sul do continente
africano, nomeando-a de Cabo das Tormentas.
2. Fernão de Magalhães, português, deu início à primeira
viagem ao redor da Terra.
3. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
4. Conquista de Ceuta pelos portugueses.
5. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou ser o caminho
para as Índias, mas na verdade havia aportado em terras
desconhecidas.
A sequência cronológica correta dos fatos listados é
a) 1, 2, 3, 4 e 5.
b) 3, 5, 4, 1 e 2.
c) 5, 2, 1, 4 e 3.
d) 2, 4, 1, 5 e 3.
e) 4,1, 5, 3 e 2.
7. (Fuvest) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta
cruzadística da expansão portuguesa não implica, de
modo algum, que os interesses comerciais estivessem
dela ausentes – como tampouco o haviam estado das
cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e
financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da
Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o
território cristão com as aspirações por lucro mercantil
que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D.
João II não hesitava em mencionar entre os serviços
prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da
Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o
nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer
conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas...
THOMAZ, Luiz Felipe. D. Manuel, a Índia e o Brasil. Revista de
História (USP), 161, 2o semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.
Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a
expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um
empreendimento
a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos
séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes
empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana.
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum,
à época, a concepção de que a expansão da cristandade
servia à expansão econômica e vice-versa.
c) por meio do qual os desejos por expansão territorial
portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos
mercados para a economia europeia mostrar-se-iam
incompatíveis.
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e
no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como
complemento apenas ocasional.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio
intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades
políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a
expansão da fé cristã.
8. (Unicamp) Contestando o Tratado de Tordesilhas, o rei
da França, Francisco I, declarou em 1540: “Gostaria de
ver o testamento de Adão para saber de que forma este
dividira o mundo”.
(Citado por Cláudio Vicentino, História Geral, 1991.)
a) O que foi o Tratado de Tordesilhas?
@study_perform - 2
b) Por que alguns países da Europa, como a França,
contestavam aquele tratado?
9. (Fuvest)
Observe as rotas no mapa e responda:
a) O que representou, para os interesses de Portugal, a
rota marítima Lisboa-Cabo da Boa Esperança-Calicute?
b) O que significou a expedição de Pedro Álvares Cabral
para o Império Português?
10. (Unicamp) Segundo o historiador indiano K. M.
Panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à Índia
inaugurou aquilo que ele denominou como a época de
Vasco da Gama da história asiática. Esse período pode
ser definido como uma era de poder marítimo, de
autoridade baseada no controle dos mares, poder detido
apenas pelas nações europeias.
Adaptado de: Boxer, C.R. O Império Marítimo Português,
1415-1835. Lisboa: Edições 70, 1972, p. 55.
a) Quais fatores levaram à expansão marítima europeia
dos séculos XV e XVI?
b) Qual a diferença entre o domínio dos portugueses no
Oriente e na América?
GABARITO
1. B
2. E
3. B
4. C
5. C
6. E
7. B
8. a) O Tratado de Tordesilhas, de 1494, foi um acordo
firmado entre Portugal e Espanha e com mediação do Papa,
para garantir a partilha e dominação das novas terras
descobertas a partir das Grandes Navegações. O tratado
estabelecia que as terras que ficassem até a uma distância
de 370 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde seriam de
dominação portuguesa. Dessa distância em diante, o domínio
pertenceria à Espanha.
b) O tratado foi contestado principalmente pelo fato de que os
demais países ficavam de fora da partilha dos novos
territórios, que garantiam grandes lucros às nações em
decorrência do comércio, da exploração dos novos territórios
e das minas de metais preciosos que poderiam ser
encontradas.
9. a) Em relação à rota marítima Lisboa Cabo da Boa
Esperança-Calicute, estabeleceu-se a ligação comercial
marítima de Portugal com as Índias e, por conseguinte, o
acesso direto aos produtos do Oriente e quebra do monopólio
italiano desses produtos, levados à Europa via Mediterrâneo.
b) A expedição de Pedro Álvares Cabral confirmou a
existência e a posse das terras no Ocidente pertencentes a
Portugal conforme as determinações do Tratado de
Tordesilhas. Estabeleceu, ainda, a consolidação do domínio
português no Atlântico Sul.
10. a) A Expansão Marítima e Comercial europeia nos
séculos XV e XVI decorreu das demandas geradas pelo
desenvolvimento do comércio no final da Idade Média. Dentre
os fatores que a estimularam, pode-se apontar: a escassez
de metais preciosos na Europa, pois as minas europeias não
conseguiam atender a demanda estimulada pelo crescimento
das trocas monetárias e era preciso, portanto, encontrar
novas minas fora do continente; a aliança entre o rei e a
burguesia, pois ambos almejavam, respectivamente, a
valorização do comércio e a conquista de novos domínios
visando centralização do poder; a procura de um caminho
para as índias (Oriente), pois, desde o século XI, as cidades
de Gênova e Veneza dominavam as rotas de comércio no
Mediterrâneo Oriental e os avanços tecnológicos do século
XV.
b) As feitorias foram entrepostos comerciais, geralmente
fortificados e instalados em zonas costeiras, sobretudo na
África e no Oriente, que os portugueses construíram para
centralizar e, assim, dominar o comércio dos produtos locais
para o reino. No Brasil, durante o período pré-colonial,
também foi adotado o sistema de feitorias para a exploração
do pau-brasil. Com a colonização efetivada a partir de 1530,
Portugal estimulou a produção açucareira orientada para
exportação.
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