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AÇOS INOXIDÁVEIS MARTENSÍTICOS - Lippold & Kotecki - E. Folkhard - S. Henke ► Generalidades / Tipos Principais / Metalurgia Física ► Metalurgia da Soldagem ZF e ZAC Transformações de Fase Recomendações para Tp, Ti e TTPS ► Soldabilidade Trincas de Solidificação Trincas de Reaquecimento Trincas a Frio ► Supermartensíticos INOX MARTENS ÍTICOS Tal como aços comuns baixa-liga austenitizam entre 900 -1100oC e temperam ao ar. 11.5 a 18% Cr 0 a 6% Ni 0.02 a 1.0% C ( Mo, V, W, Nb conferem resistência a alta T formando carbetos estáveis) Limite de escoamento: 275 MPa (estado recozido) a 1900 MPa (alto C, temperados-e-revenidos). Resistência à corrosão < aços inox austeníticos ou ferríticos (mais alto Cr) Usados a T < 650ºC devido à degradação das propriedades mecânicas e resistência à corrosão . Soldabilidade → a pior entre os inox pois formam martensita não revenida na soldagem → exigem cuidados especiais sobretudo quando C > 0,1 % Generalidades • pás de turbinas de vapor ou gás / turbinas hidráulicas • tubulações e válvulas • revestimento de cilindros para lingotamento continuo. • instrumentos cirúrgicos, cutelaria, engrenagens e eixos. tipos alto Cr + alto C → combinam dureza e resistência a corrosão → resistência ao desgaste) • supermartensiticos (extra baixo C) destacada demanda em tubulações submarinas em todo mundo e pela PETROBRÁS. INOX MARTENS ÍTICOS Aplicações Típicas Ligas disponíveis Conformados ou fundidos são divididos em 3 grupos, conforme a susceptibilidade a trincas a frio: • C 0,06% → dureza máxima 35 RC. Cuidados na soldagem similares aos dos aços ARBL. • C = 0,06 -0,30% → dureza „como-soldado‟ 35-55 RC. maior risco de trincas a frio → pré-aquecimento chega até 315ºC. • C > 0,30% → Dureza „como-soldado‟ 55-65 RC. Cuidados especiais para evitar TF. INOX MARTENS ÍTICOS Ligas Típicas Comerciais Consumíveis Prefere-se soldar com MA similar, que permite resistência mecânica e resposta ao TT similares às do MB. Prefere-se usar MA inox austenitico ou ligas de Ni : • quando há risco de TF (austenita é macia e retém o H). • quando MB está recozido e a solda será usada „as welded‟ (sem TTPS) • Ligas de Ni darão solda austenítica pura (se a diluição for baixa). São úteis em juntas de transição entre aços inox martensíticos e austeniticos, pois o coeficiente de dilatação é intermediário. Desvantagens menor resistência e maior custo. precaução no TTPS de MS contendo ferrita, para evitar a fragilização pela formação de fase sigma durante o revenido. Consumíveis Metalurgia física AIM contêm elementos como o C que expandem o campo gama => pseudo-binários adequados para descrever o equilibrio entre as fases Com C = 0,1 a 0,25 %C solidificam como F, mas se forma A ou mistura F+A no final da solidificação. Para T<800ºC estão em equilíbrio F + carbonetos (Cr23C6). Diagrama pseudo-binário Fe-Cr-C para 13%Cr. No resfriamento de uma solda, a austenita transforma em martensita (fora do equilíbrio). Pode haver F residual na matriz martensítica, em função do balanço de elementos ferritizantes e austenitizantes. Diagrama pseudo-binário Fe-Cr-C para 13%Cr. Metalurgia física O “nariz” da curva de formação da ferrita ocorre para tempos >100 s => na maioria das soldagens, forma-se martensita. Diagrama de transformação isotérmica para o aço 410. Metalurgia física • Soldagem com eletrodos revestidos: • Linha 1 cordão sobre chapa de 20 mm / aporte 5 kJ/cm • Linha 2 cordão sobre chapa de 10 mm / aporte 30 kJ/cm • Linha 3 como caso 2 + To = 350 oC Diagrama TRC-S Aço tipo 410 12 Cr / 0,13C / 0,28 Si 0,38 Mn / 0,1 Mo / 0,4 Ni Austenita resfriada abaixo de 700ºC em t < 200 s, permanece estável a T>Ms por mais de 1 semana. Prática de revestimento de rolos de lingotamento continuo: To e Ti > Ms evita TF e permite difusão do H. No final da soldagem multipasses reduz-se T Com aumento de volume na transformação A M cladding fica sob tensões compressivas. Diagrama de transformação isotérmica para o aço 410. Metalurgia física O revenido promove a formação de carbetos ricos em Cr ou outros elementos de liga e a transição da estrutura TCC da martensita para a estrutura CCC da ferrita. Microestrutura do aço 410 no estado temperado-e-revenido Metalurgia física Previsão de Ms Quase todos os elementos de liga (exceto Co) diminuem Ms. Grandes diferenças nas previsões, donde: Se a preocupação é definir To para evitar M, usar maior valor Ms previsto. Se desejável a transformação A M prévia ao TTPS, escolher o menor valor Ms e descontar 100ºC (para obter Mf). Previsão de Ms Equação de Payson para o aço 410 Ms= 92ºC<< experimental (330ºC). Todas equações (exceto a de Self) valores absurdamente baixos para aços alto C. Previsão de Ms Na maioria dos AIM, com C= 0,1- 0,25%C, Ms é alta (200-400ºC). Como MfMs-100ºC, a Tambiente a transformação é completa. Em aços altamente ligados, particularmente com Ni (p.ex. Ni 4%), Mf <Tambiente. Nos aços CA-6NM austenita retida é benéfica para a tenacidade. Previsão de Ms USINA DE ITAIPU Manutenção - 12 ª Unidade 950 kg de eletrodos Peso do rotor = 296 t Cavitação rotor - Turbina Francis Hélio 2007 • Md30 é a temperatura na qual 50% da austenita transforma-se em martensita com redução de 30% de área em tração e indica a estabilidade do aço austenítico. • M d30 (oC) = 497 – 462(C+N) - 9,2Si - 8,1Mn - 13,7Cr - 20Ni - 18,5Mo-3Co Previsão de Md Em sua pesquisa Procopiak estimou que as ligas comerciais (Hidroloy® 913 e Conargem E 725) apresentaram temperaturas diferentes de início de transformação martensítica, sendo Md30 (HQ913) = -43°C e Md 30(E725) = - 3°C ou seja, a liga HQ913 é mais estável que a E725 o que significou que possui uma maior dificuldade em transformar-se de fase e conseqüentemente resultou numa maior resistência a erosão por cavitação. Hélio 2007 Fase austenítica Baixa EFE Deslizamento planar Refinamento microestrutural Encruamento quando submetidos a cavitação Requisitos para ligas resistente à erosão por cavitação σ erosão por cavitação = período de incubação + taxa de erosão Transformação de fase (lenta) Remover partículas pequenas (Refinamento microestrutural) Martensita ’ (ccc) e ε (hc) Maclas finas de deformação Justificativa para a escolha dos elementos Manganês (10 a 25%) Austenitizante Regula a presença da martensita ε e ’ Com o N contribuí para estabilizar a austenita, ampliar o campo γ e diminuir a EFE Incrementa a solubilidade do N Substituto parcial do Ni. Avaliação das fases presentes nos revestimentos antes e após a cavitação (transformação de fase) 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0(%) γ ε α' γ ε α' γ ε α' Antes da cavitação (%) Após a cavitação (%) L01 L05L03* Mn18,2%336HVMn11,8% - 325HVMn10,9% - 440HV Avaliação do Nieq, Creq e temperatura Md 0 20 40 60 80 100 30,00 31,00 32,00 33,00 34,00 35,00 36,00 37,00 Creq+Nieq P o rp o rç ã o d e f a s e s (5 ) autenita martensita epsulon martensita alfa α` γ ε Simoneau ε γ α` Liga Simoneau Procopiak Rao Angel Creq + Nieq Md Md Md L01 30,3 96 96 12 L05 36,3 -1 -1 -85 L03* 34,7 19 19 -65 Cavitec 44,80 -56 -29 -113 Solidificação e transformações na Zona Fundida A ZF dos AIM com 11-14%Cr e 0,1-0,25%C tem solidificação primária ferrítica. A segregação de C e elementos de liga na solidificação pode resultar na formação de A, ou numa mistura de F+A, no final da solidificação. Enquanto a ZF esfria no estado sólido, a austenita consumirá a ferrita, resultando em estrutura totalmente austenitica a T<1100ºC. No resfriamento subseqüente a austenita transformará em martensita. Seqüência de transformação 1: L L + Fp Fp Fp + A A M METALURGIA DA SOLDAGEM Aço 410totalmente martensítico No resfriamento de uma solda, a austenita transforma em martensita (fora do equilíbrio). Pode haver F residual na matriz martensítica, em função do balanço de elementos ferritizantes e austenitizantes. Diagrama pseudo-binário Fe-Cr-C para 13%Cr. Se alguma F se formar no final da solidificação, pode-se enriquecer em elementos ferritizantes (Cr, Mo,...), de modo que ficará estável (não transformará em A a T<solidus). Essa F forma-se nos contornos de grão e sub-grão. A estrutura final consistirá de uma mistura de martensita e de ferrita eutética. Solidificação e transformações na Zona Fundida Seqüência de transformação 2 L L + Fp Fp + (A +Fe) Fp + A + Fe A + Fe M + Fe Fe= ferrita eutética Aço 12Cr-1Mo (tipo HT9): M + F nos contornos de sub-grão (fase escura) METALURGIA DA SOLDAGEM Também pode ocorrer que parte da Fp não transforme em A a elevadas T e permaneça até a Tambiente. Seqüência de transformação 3: L L + Fp Fp A + Fp M + Fp Fp= ferrita primária Solidificação e transformações na Zona Fundida Aço 410: M com F retida (fase clara) METALURGIA DA SOLDAGEM Zona Afetada pelo Calor- ZAC Macrografia de uma solda autógena em aço 12Cr-1Mo com baixo C (0,15%) Perfil de dureza no estado como-soldado METALURGIA DA SOLDAGEM Zona Afetada pelo Calor- ZAC Região 1, ZAC alta T: Martensita não-revenida e Ferrita (presente nos CG da austenita prévia). Baixa dureza. Macrografia de uma solda autógena em aço 12Cr-1Mo com baixo C (0,15%) METALURGIA DA SOLDAGEM Zona Afetada pelo Calor- ZAC Diagrama pseudo-binário Fe-Cr-C para 13%Cr METALURGIA DA SOLDAGEM Zona Afetada pelo Calor- ZAC Solda autógena em aço 12Cr-1Mo Região 2 da ZAC: a elevadas T será A homogênea (dissolução de carbonetos) e com crescimento de grão. Ao resfriar produz M de alto C (maior dureza). METALURGIA DA SOLDAGEM Zona Afetada pelo Calor- ZAC Solda autógena em aço 12Cr-1Mo Região 3 da ZAC: Austenitiza no aquecimento, com dissolução incompleta dos carbetos e pouco crescimento de grão (pinning dos carbetos). Austenita com menor %C gera M menos dura. METALURGIA DA SOLDAGEM Zona Afetada pelo Calor- ZAC Solda autógena em aço 12Cr-1Mo Região 4 da ZAC: Transformação austenítica parcial ou inexistente. Nesta faixa de T (800 a 950ºC) podem coalescer os carbonetos, resultando em dureza < MB. METALURGIA DA SOLDAGEM Transformações de fase Se houver F, deve-se considerar as diferenças nas propriedades mecânicas entre a F e M: • Na laminação a quente, não há problema, pois as regiões de F e M ficam paralelas à direção de laminação, de modo que as deformações serão distribuídas uniformemente. • Num MS as regiões de F tendem a ficar perpendiculares à superfície, portanto um esforço paralelo à superfície causa deformação concentrada na F e a fratura com baixa carga e ductilidade. Ferrita num MS martensítico. METALURGIA DA SOLDAGEM • Prevê o teor de F no MS no estado como-soldado (sem TTPS ou passes subseqüentes). • Os aços 410 e 420 podem apresentar F no MS. Diagrama de Balmforth, para prever teor de F em AIM. Transformações de fase METALURGIA DA SOLDAGEM Tratamento térmico pós-soldagem (TTPS) • É quase sempre requerido nos AIM, pois mesmo com C baixos (0,1%) a dureza pode ser 30-35 Rc. • TTPS é usado principalmente para revenir a martensita, mas também produz alivio de tensões. • Normalmente é realizado em T= 480 a 750ºC, pois não há amolecimento abaixo dessas T. • Entretanto, pode ser feito a T de até 200ºC, para melhorar a tenacidade e a estabilidade dimensional. • Tempo de tratamento depende da espessura. Normalmente 30 min- 2h são suficientes. • Para ocorrer o revenido deve-se permitir a transformação martensítica. Portanto, não deve ser feito diretamente após a manutenção de uma solda a Ti> Ms. METALURGIA DA SOLDAGEM Se o tempo de manutenção da solda a Ti>Ms for longo demais (p.ex. 16 h a 565ºC ), a austenita transformará em F+ carbonetos. A dureza resultante será muito baixa (p.ex. 90 Brinell, bom para usinagem), mas a resistência mecânica e vida útil do componente serão baixas. Diagrama de transformação isotérmica para o aço 410. Tratamento térmico pós-soldagem (TTPS) METALURGIA DA SOLDAGEM • O revenido promove a transformação da M em F+ carbonetos, o que reduz a resistência, mas aumenta a ductilidade e tenacidade. • Se houver elementos de liga que formem carbonetos à T revenido, pode haver endurecimento secundário. • Deve ser tomado cuidado para não revenir aços com alto Cr durante longos tempos, pois pode ocorrer precipitação de fase sigma, que fragilizará o aço. Revenido de MS de AIM: 420: 0,2C; 1,2Mn; 0,5Si; 12Cr; 423L: 0,15Mn; 0,15C; 1,2Mn; 0,4Si; 11,5Cr; 2,0Ni; 1,0Mo; 0,15V Tratamento térmico pós-soldagem (TTPS) METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM • Revenido na faixa de 480-750ºC. • A dureza diminui com o tempo e, principalmente, com a temperatura (parâmetro de Larson-Miller). • O revenido a baixas T (p.ex. < 600ºC) é ineficaz Curvas de revenido do MS e ZAC de aço 2Cr-1Mo-0,5W- 0,3V-0,2C. Tratamento térmico pós-soldagem (TTPS) METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM • Para otimizar as propriedades e obter uma microestrutura homogênea na solda, o ideal seria solubilizar a solda inteira (para dissolver os carbonetos e obter uma austenita homogênea) e depois fazer a têmpera e revenido. • Entretanto, a solubilização a alta T não é prática, pois implica restrições de tamanho e logística. Também pode resultar em distorções significativas de componentes grande e/ou complexos. Tratamento térmico pós-soldagem (TTPS) METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM Diretrizes para o pré-aquecimento e TTPS Os AIM com C<0,06% (p.ex. 410NiMo e CA-6NM) não requerem To para e< 12 mm. Para espessuras maiores To mínima = 120ºC. AIM com C= 0,06-0,3% exigem pré-aquecimento: • Em seções finas, são usadas geralmente To e Ti < Ms, para permitir completa transformação da martensita e a difusão do H. • Em seções espessas, se usam To e Ti > Ms para evitar trincas durante a soldagem. Depois a solda é resfriada lentamente até Tambiente, para permitir difusão do H. METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM AIM com C>0,3%, deve ser usada To e Ti> Ms. Há duas opções: • resfriamento lento após a soldagem até Tambiente, seguido de revenimento. • após a soldagem, manter a solda a T>Ms, para promover a transformação isotérmica da A em F+carbonetos. O MB é fortemente revenido. Isso deixa a solda mole, própria para a usinagem. Depois é realizado TT de austenitização, seguido de têmpera e revenido. . Diretrizes para o pré-aquecimento e TTPS METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM Diretrizes para o pré-aquecimento e TTPS METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM Diretrizes para o pré-aquecimento e TTPS METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM • 5. Na termoelétrica Jorge Lacerda tubulações em aço inox martensítico de grande diâmetro foram soldadas com eletrodo de composição similar, sob um préaquecimento de 300C, segundo a sequência de ciclos térmicos da figura A (soldagem austenítica). • Entretanto, mesmo para materiais temperáveis também pode ser considerado o procedimento com “contrôle da temperatura” da sequência B (soldagem martensítica!). • Na soldagem de reparo de materiais muito temperáveis é também muito comum o emprêgo de eletrodos austeníticos ( aço inox ou ligas de níquel). Nesse caso qual dos ciclos térmicos acima você usaria? Ou nenhum dos dois?? Que vantagens e desvantagens você pode enumerar para uso do metal de adição austenítico ? METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM Trincas induzidas por hidrogênio • Presença de martensita não revenida torna AIM susceptíveis ao trincamento a frio induzido por H. • Em geral é recomendado o uso de pré-aquecimento e TTPS. • Processos e práticas de baixo H são essenciais. SOLDABILIDADE Trincas induzidas por hidrogênioSOLDABILIDADE Trincas de solidificação e de liquação • A maioria dos aços inox martensíticos solidifica como ferrita => tem baixa susceptibilidade às trincas de solidificação. • Alguns fatores promovem as TS: presença de Nb (que tende a segregar) e baixos níveis de Mn. • Aços inox martensíticos com alto teor de C podem solidificar como austenita e => são mais susceptíveis às TS. • As trincas de liquação são raras nos AIM . SOLDABILIDADE Aços inox supermartensíticos • Foram introduzidos nos anos 90, como alternativas de baixo custo dos aços inox austeníticos e duplex, para uso em tubulações submarinas. Hoje em dia são utilizados em tubulações coletoras de óleo e gás em que o fluido contem altos teores de CO2 e H2S antes de ser separado e tratado. • A sua soldabilidade é maior que a dos AIM, graças à redução do C<0,02%. A martensita formada terá baixa dureza (<30 Rc) e será menos susceptível às TF. • Também exigem o TTPS de revenido para aumentar a tenacidade, mas, em alguns casos podem ser utilizados no estado como-soldado. Nos AISM são utilizados elementos como: • Ni, para compensar o efeito austenitizante perdido ao diminuir o teor de C. • Mo, para melhorar a resistência à corrosão. • Ti, para estabilizar o C (através da formação de TiC) e para refinar o grão. Aços inox supermartensíticos • Quando o revenido é feito a 600ºC, pode ficar até 30% de austenita retida Teor de austenita a T elevada e Tambiente, num AISM com 13%Cr-6Ni. Aços inox supermartensíticos Revisão Bibliográfica • Aços Inox. Supermartensíticos • Liga Fe-Cr-Ni-(Mo) C < 0,02%p. • Uso na condição temperada e revenida. • Crescente emprego no setor petrolífero e de gás (substituição do aço inox. Duplex). • Alta resistência mecânica, boa resistência à corrosão e boa soldabilidade. • Material alternativo para o uso em componentes de bombas hidráulicas e mecânicas, e turbinas hidráulicas. S. Henke 2010 Revisão Bibliográfica • Fases principais • Martensita revenida – fase desejável • Resistência mecânica • Austenita retida - fase desejável • Melhora a tenacidade • Absorve Hidrogênio, reduz corrosão sob-tensão. • Ferrita delta - fase indesejável • Aumenta a TTDF • Baixa resistência à propagação de trincas por fadiga • Torna o aço susceptível à corrosão sob-tensão • Reduz a resistência à cavitação Aços Inox. Supermartensíticos S. Henke 2010 Revisão Bibliográfica Soldagem dos aços Inox. Martensíticos de baixo C (Folkhard, 1988) Melhor soldabilidade comparada ao outros inoxidáveis martensíticos (menor risco de trincas a frio). Sem pré-aquecimento e T. interpasse entre Ms e Mf. Soldagem com eletrodo similar, resultando num máximo de 5% de ferrita delta na região da solda. Efeito do teor de carbono em relação à dureza para um aço 13Cr4Ni (Gooch -1977 ). Revisão Bibliográfica Diagrama esquemático ilustrando mudanças estruturais que ocorrem na ZTA do aço inoxidável Supermartensítico (adaptado de ENERHAUG et al, 2001). Esquema revelando a evolução da microestrutura na ZTA de granulação grosseira (ZTA-GG) durante a soldagem ( CARROUGE 2002). d ferrita delta, AgAustenita alotriomórfica, IgAustenita intragranular, Wg Austenita de Widmanstätten. Revisão Bibliográfica Região de Granulação Grosseira da ZTA de um aço inoxidável Supermartensítico revelando a presença de diferentes morfologias de austenita ( CARROUGE 2002) Revisão Bibliográfica Esquema revelando a evolução da microestrutura na ZTA de dupla fase (ZTA-DF) durante a soldagem (CARROUGE, 2002). d ferrita delta, gAustenita. Revisão Bibliográfica Soldagem Pulsada – Efeitos Metalúrgicos • Possibilidade de obter refino da granulação da solda com consequente benefício das propriedades mecânicas; • Redução na largura da ZTA; • Menor tensão residual; • Reduzida possibilidade de defeitos (ex. trincas de solidificação e porosidades). • Promove superesfriamento e reaquecimento da região soldada. Revisão Bibliográfica Revisão Bibliográfica Morfologia da granulação obtida na zona fundida de um aço inoxidável AISI 316 F sem e com aplicação de pulsação de corrente. (LUCAS, 1982; STREET, 1990) Soldagem Pulsada – Efeitos Metalúrgicos Revisão Bibliográfica Granulação equiaxial obtida em solda pulsada de uma liga de Al 6061 (KOU, 2002). Soldagem Pulsada – Efeitos Metalúrgicos RESULTADOS Macro e micrografias obtidas sobre a superfície do Cordão Convencional, não pulsado, destacando a distribuição homogênea da ferrita delta ao longo do mesmo. Análise metalográfica - Ferrita delta RESULTADOS Macro e micrografias obtidas sobre a superfície do cordão Pulsado B (1 Hz) destacando a distribuição da ferrita delta na forma de bandas ao longo do mesmo. Análise metalográfica - Ferrita delta RESULTADOS Resultados de composição (%p) obtidos via EDS sobre banda de ferrita delta e fora desta. Análise metalográfica - Ferrita delta AB Região Cr Ni Mo Si A 11,1 ± 0,1 5,5 ± 0,3 1,6 ± 0,1 0,6 ± 0,1 B 11,1 ± 0,1 5,7 ± 0,1 1,6 ± 0,1 0,6 ± 0,1 RESULTADOS Cordão Convencional revelando a distribuição de ferrita delta (áreas escuras) na ZF e na ZTA-DF. 500 mm Cordão Pulsado A (5Hz) revelando a distribuição de ferrita delta na forma de bandas junto à parte superior do mesmo e na ZTA-DF. Cordão Pulsado B (1Hz) revelando a distribuição de ferrita delta na forma de bandas ao longo de todo metal fundido e na ZTA-DF. Análise metalográfica RESULTADOS Microestruturas obtidas sobre a ZTA-AT do Cordão Convencional destacando a presença de ferrita delta (áreas escuras entre as linhas tracejadas). 50 mm 200 mm 20 mm Análise metalográfica - Ferrita delta - ZTA RESULTADOS Largura da ZTA-GG e % de ferrita delta na ZTA-DF em função do processo utilizado. Análise metalográfica 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 % d e F e rr it a D e lt a ZT A - D F 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Convencional Pulsado A Pulsado B Pulsado C Pulsado D La rg u ra d a ZT A -G G µ m CONCLUSÕES • O processo de soldagem plasma utilizando corrente pulsada não resultou em um completo refino da granulação na região da solda quando comparado ao modo convencional. • O uso da corrente pulsada promoveu na zona fundida a formação de bandas alternadas de ferrita delta e martensita. • Na ZTA-AT do aço estudado foi constatada uma redução significativa nos percentuais de ferrita delta de 18 para 7% bem como na largura da ZTA-GG (aprox. 50%) quando do uso da corrente pulsada frente à convencional. • Quanto à formação de austenita retida por meio da ciclagem térmica imposta pela pulsação de corrente, a mesma não foi obtida.
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