Buscar

Ética jurídica_ a advocacia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 1/29
Ética jurídica: a advocacia
Prof. Paulo Machado
false
Descrição
Origem e evolução da atividade de advogado, bem como sua divulgação.
Propósito
Conhecer acerca do surgimento e do desenvolvimento da advocacia, além de saber como divulgar a atividade advocatícia, é essencial para a
construção de uma carreira sólida e de sucesso.
Preparação
Tenha em mãos a Lei nº 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da OAB), o Regulamento Geral do EAOAB e o Código de Ética e Disciplina.
Objetivos
Módulo 1
Origem, evolução e divulgação da atividade de advogado
Reconhecer a origem e evolução da atividade de advogado, assim como sua divulgação.
Módulo 2
Advogado sócio e advogado empregado
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 2/29
Distinguir a figura do advogado sócio do advogado empregado.
Módulo 3
Direitos e prerrogativas. Honorários advocatícios
Analisar os direitos, prerrogativas e honorários advocatícios.
1 - Origem, evolução e divulgação da atividade de advogado.
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a origem e evolução da atividade de advogado,
assim como sua divulgação.
Origem e evolução da advocacia
Conhecer as bases, os princípios e as regras éticas da nossa profissão é essencial para um futuro promissor.
A deontologia jurídica ensina que de nada adianta o advogado saber muito sobre determinado ramo do Direito, mas não utilizar seus
conhecimentos de forma ética.
Por conseguinte, um advogado que infringe as normas éticas pode colocar a história de sua carreira em risco.
Introdução
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 3/29
Origem e evolução da advocacia
Você conhece a origem da advocacia? E quanto à sua evolução? Vamos acompanhar o professor Paulo Machado discorrer sobre o assunto.
Origem e evolução da advocacia
Não temos como precisar quem foi o primeiro advogado do mundo.
Rui Barbosa dizia que o primeiro foi aquele que defendeu alguém de uma injustiça, de uma lesão ou de uma ameaça.
Alguns historiadores tentam se ater a alguns pontos, até mesmo da Bíblia, para achar algum registro de quando a advocacia se tornou profissão.
Isso se dá porque antigamente essa profissão estava entre atividades não especulativas, assim como médicos, professores e amas de leite.
No entanto, existe um registro de quem foi o primeiro advogado no Brasil. Trata-se de Duarte Perez, um português degredado em 1502.
Em linhas gerais, podemos organizar o surgimento e a evolução da advocacia em três momentos (sem nos prender a lugar e tempo).
Você deve estar se perguntando como isso se deu no Brasil, certo?
Curiosidade
No Brasil, os principais acontecimentos do surgimento da advocacia foram em 1825, mais precisamente no dia 11 de agosto, quando foi autorizada
a criação da primeira faculdade de Direito do país, que acabou não acontecendo.

Primeiro momento 
Segundo momento 
Terceiro momento 
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 4/29
Selo postal de 1977 homenageando a lei imperial de 11 de agosto de 1827 que criou os cursos em Olinda e São Paulo.
Entretanto, aproveitando o ensejo, Visconde de Cachoeira criou o primeiro estatuto das faculdades de Direito.
Em 1827, de fato, foram criadas as primeiras faculdades de Direito do país, mais precisamente em Olinda e São Paulo.
Divulgação e publicidade da advocacia
A questão da publicidade dos serviços advocatícios está abordada nos arts. 39 a 47 do Novo Código de Ética e Disciplina, que manteve a permissão
da publicidade, mas com algumas restrições.
Saiba mais
Diferentemente de outros lugares (como, por exemplo, nos EUA, onde a publicidade pode ser feita com mais liberdade), no Brasil não se admite o
uso de mecanismos ou de expressões que possam captar clientes nem a divulgação da advocacia com outra atividade. Vedam-se ainda a
veiculação pelo rádio e pela televisão e a denominação de nome fantasia.
A fim de alcançar todos os detalhes acerca desse relevante tema, veremos a seguir as regras básicas a respeito dele trazidas no Código de Ética e
Disciplina (CED).
Regramento da divulgação e publicidade na advocacia
O art. 39 do CED determina que a publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e
sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.
Já o art. 40 do mesmo diploma traz as principais diretrizes acerca do tema ao dizer que são vedados:
I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; II - o uso de outdoors, painéis luminosos
ou formas assemelhadas de publicidade; [...] III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em
qualquer espaço público; IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou
a indicação de vínculos entre uns e outras; V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone,
em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim
quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 5/29
internet, sendo permitida a referência a e-mail; VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou
formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
(BRASIL, 2022, art. 39)
Entretanto, exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições
em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39.
Outro ponto importante é o que está determinado no art. 41: as colunas que o advogado mantiver nos meios de
comunicação social ou os textos que, por meio deles, divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover,
dessa forma, a captação de clientela.
Ainda podemos citar como vedações ao advogado aquelas elencadas no art. 42 do CED:
I. responder com habitualidade à consulta sobre matéria jurídica nos meios de comunicação social;
II. debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;
III. abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega;
IV. divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
V. insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
Além disso, podemos destacar outras regras:
O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem
televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos,
educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho
usados por seus colegas de profissão.
Quando convidado para manifestação pública por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse
geral, deve o advogado evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter
sensacionalista (art. 43, parágrafo único, do CED).
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 6/29
Na publicidade profissional que o advogado vier a promover ou nos cartões e material de escritório dos quais se utilizar, ele fará
constar seu nome, o nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED).
Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem
como as instituições jurídicasdas quais faça parte e as especialidades às quais se dedica, o endereço, e-mail, site, página eletrônica,
QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.
Nos cartões de visitas do advogado, é proibida a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros, bem como menção a qualquer
emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 7/29
Ressalte-se que o art. 45 do CED admite, como formas de publicidade, o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim
como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique
adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.
É importante lembrar ainda que a publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas no
CED/OAB. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos,
desde que isso não implique o oferecimento de serviços ou represente forma de captação de clientela.
Em 2021, o Conselho Federal editou o novo provimento que trata da publicidade da advocacia (Provimento 205/2021).
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 8/29
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(XVII Exame ‒ FGV) O advogado Nelson, após estabelecer seu escritório em local estratégico, nas proximidades dos prédios que abrigam os
órgãos judiciários representantes de todas as esferas da Justiça, resolve publicar anúncio em que, além dos seus títulos acadêmicos, expõe a
sua vasta experiência profissional, indicando os vários cargos governamentais ocupados, inclusive o de ministro de prestigiada área social. Nos
termos do Código de Ética da Advocacia, assinale a afirmativa correta.
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
paragraph'%3EO%20C%C3%B3digo%20de%20%C3%89tica%20e%20Disciplina%20da%20OAB%20trata%20da%20publicidade%20da%20advocacia%20a
professor%20de%20Direito).%3C%2Fp%3E%0A%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%
Questão 2
(FGV ‒ VI Exame de Ordem ‒ Duque de Caxias) O escritório de advocacia do Dr. Zangão decide patrocinar um programa televisivo com um
supermercado e uma companhia de cervejas. O programa é de estilo popular, com belas mulheres vestidas de forma apropriada ao verão
brasileiro. No intervalo dele, o apresentador apresenta homenagens aos seus patrocinadores e, em relação ao escritório de advocacia, recita um
texto: “Caso você tenha um problema com a Justiça, procure quem é bom. Consulte um dos advogados do escritório do Dr. Zangão. Pode não
ser uma rima, mas é a solução”. Essa situação caracteriza:
A O anúncio está adequado aos termos do Código, pois indica os títulos acadêmicos e a experiência profissional.
B O anúncio está adequado aos termos do Código por não conter adjetivações ou referências elogiosas ao profissional.
C
O anúncio colide com as normas do Código, pois a referência a títulos acadêmicos é vedada por indicar a possibilidade de
captação de clientela.
D
O anúncio colide com as normas do Código, que proíbem a referência a cargos públicos capazes de gerar captação de
clientela.
E O Código de Ética da OAB não trata do tema acerca da publicidade da advocacia.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 9/29
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20artigo%2039%20e%20os%20seguintes%20do%20CED%20da%20OAB%20trazem%20as%20regras%20acerca%20da%20publicidad
2 - Advogado sócio e advogado empregado.
Ao �nal deste módulo, você será capaz de distinguir a �gura do advogado sócio do advogado
empregado.
Formação de sociedade
A publicidade imoderada.
B propaganda regular.
C patrocínio cultural.
D atividade permitida pelo Estatuto.
E instituto não previsto.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 10/29
Advogado sócio e advogado empregado
Neste vídeo, o professor Paulo Machado discorre sobre a atuação do advogado como sócio e como empregado, trazendo suas principais
características.
Advogado sócio
Quando um advogado começa a assumir uma quantidade considerável de causas, chega o momento de se unir a outro(s) advogado(s),
constituindo, juntos, uma sociedade de advogados. Os sócios dividem as tarefas e rateiam os lucros auferidos.
Nos termos do art. 15, §2º, da Lei nº 8.906/1994, isso se aplica à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética
e Disciplina, no que couber.
Advogado empregado
O advogado empregado é aquele que mantém um vínculo empregatício com uma empresa ou uma sociedade de advogados para a qual presta os
seus serviços de advocacia.
Ele preenche todos estes requisitos caracterizadores do mencionado vínculo:

Habitualidade

Onerosidade

Pessoalidade

Subordinação
Pela primeira vez, essa forma de advocacia recebeu sua tutela legal com o advento do atual Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906/94) nos
arts. 18 ao 21. O Regulamento Geral também tratou do assunto nos arts. 11 ao 14.
A relação de emprego não retira do advogado a isenção técnica, tampouco reduz a independência profissional inerente à advocacia.

22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 11/29
O advogado empregado não está obrigado a prestar serviços pro�ssionais de interesse pessoal dos
empregadores fora da relação empregatícia.
Vejamos alguns aspectos importantes relacionados a essa espécie de advogado:
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Piso salarial 
Jornada de trabalho e hora extra 
Os honorários de sucumbência e o advogado empregado 
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 12/29
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(FGV ‒ VI Exame de Ordem ‒ Duque de Caxias) No concernente à sociedade de advogados, é correto afirmar, à luz do Estatuto e do Código de
Ética e Disciplina da OAB, que:
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ENos%20termos%20do%20art.%2015%2C%20%C2%A72%C2%BA%2C%20da%20Lei%20n%C2%BA%208.906%2F94%2C%20o%20C%C3%
Questão 2
O Estatuto da OAB prevê mais de um tipo de advogado: o advogado empregado e o advogado sócio. Desse modo, assinale a alternativa que
corresponde corretamente às disposições do referido estatuto quanto ao advogado empregado.
A pode se organizar de forma mercantil, com registro na Junta Comercial.
B está vinculada às regras de ética e disciplina dos advogados.
C seus sócios estão imunes ao controle disciplinar da OAB.
D seus componentes podem isoladamente representar clientes com interesses conflitantes.
E a lei não permite o registo das sociedades de advogados na OAB, devendo ser feito na junta comercial.
A A relação de emprego retira do advogado a isenção técnica, respeitando a diretriz da empresa empregadora.
B
O advogado empregado está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da
relação empregatícia.
C
Nas causas em que o empregador (ou pessoa por ele representada) for parte, os honorários de sucumbência serão devidos
aos advogados empregados.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html#13/29
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20reda%C3%A7%C3%A3o%20do%20art.%2021%20do%20estatuto%20prev%C3%AA%20que%2C%20nas%20causas%20em%20que%
3 - Direitos e prerrogativas. Honorários advocatícios.
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os direitos, prerrogativas e honorários advocatícios.
Advocacia e seus direitos
Direitos do advogado
O estatuto trata indistintamente as expressões “direitos” e “prerrogativas” do advogado. Desse modo, inicialmente nos cabe fazer um breve
esclarecimento sobre a diferença técnica entre ambas.
D A jornada de trabalho do advogado empregado é de, no mínimo, oito diárias horas contínuas.
E As horas trabalhadas que excederem a jornada normal serão remuneradas com um adicional não inferior a 50%.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 14/29
Direito
Podemos dizer que o “direito” está relacionado a todas as pessoas.
Prerrogativa
Já a “prerrogativa” é um direito exclusivo de determinada profissão para o seu pleno exercício.
Desse modo, todos têm o direito à livre locomoção no território nacional em tempo de paz (art. 5º, XV, Constituição Federal), mas os advogados têm
a prerrogativa visitar clientes presos, sem procuração, como determina o art. 7º, III, da Lei nº 8.906/1994.
Comentário
Entretanto, por questões didáticas, também empregaremos as expressões “direitos” e “prerrogativas” sem distinção, como se fossem sinônimos.
O Estatuto da Advocacia e da OAB disciplina os direitos dos advogados ao longo de toda a lei, sendo que as
concentra em maior número no Capítulo II do Título I (arts. 6º e 7º).
Sendo a advocacia indispensável à realização da justiça – ao lado da magistratura do Ministério Público –, o art. 6º logo determina que não há
hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratarem-se com consideração e
respeito recíprocos. Para que o advogado possa exercer de maneira plena e sem embaraços a sua atividade, impõe-se às autoridades, aos
servidores públicos e aos serventuários da justiça o dever de tratar os advogados, no exercício da profissão, de forma compatível com a dignidade
da advocacia, inclusive com condições adequadas ao seu desempenho.
Conforme o disposto no art. 7º do estatuto, são direitos do advogado:
I – exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional.
O advogado devidamente inscrito em um determinado conselho seccional da OAB pode exercer a profissão em todo o país. É importante apenas
lembrar que tal prerrogativa permite que o profissional advogue ilimitadamente no respectivo conselho e eventualmente em qualquer outro estado.

22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 15/29
Se passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder as cinco causas por ano, em outro
estado, ele deverá providenciar outra inscrição (inscrição suplementar - art. 10, § 2º, do EAOAB). Desse modo, é garantido o direito de advogar
livremente dentro do território nacional, sendo que, em alguns casos, essa atuação é condicionada à realização de outra inscrição.
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita,
eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.
Esta é a nova redação dada a tal inciso pela Lei nº 11.767/2008. Essa lei também acrescentou os parágrafos 6º e 7º ao art. 7º do Estatuto da
Advocacia, o qual, em linhas gerais, melhor tratou do tema da inviolabilidade referida nesse inciso.
A inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de
trabalho, não é absoluta.
Uma vez presentes os indícios de autoria e materialidade da prática de crime pelo advogado, a autoridade judiciária competente poderá, em decisão
motivada, decretar a quebra da inviolabilidade de que trata esse inciso, expedindo, para tanto, o devido mandado de busca e apreensão, específico e
pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB.
É de salientar que, em qualquer hipótese ‒ mesmo nesses casos ‒, é proibida a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos que pertencem
aos clientes do advogado averiguado, muito menos dos demais instrumentos de trabalho que tenham informações acerca de clientes, a não ser que
algum cliente do advogado averiguado seja formalmente investigado como partícipe ou coautor pela prática do mesmo crime que deu origem à
quebra da inviolabilidade.
III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando eles se acharem presos, detidos ou recolhidos
em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis.
A Constituição Federal garante a todo preso a assistência de advogado (art. 5º, LXIII). Ao encontro da Lei Maior, o Estatuto da Advocacia e da OAB
confere ao advogado esse direito.
Apenas por questão de debate, ainda que de forma bem sucinta, no que tange à incomunicabilidade do preso (tratada no art. 21 do Código de
Processo Penal), acompanhamos o entendimento de renomados autores, entre eles, Fernando da Costa Tourinho Filho (2012): na atualidade, pelo
fato de a Constituição Federal determinar que é vedada a incomunicabilidade do preso na vigência do estado de defesa, com mais razão tal
incomunicabilidade não deve existir na ausência dele.
Reforçando esse entendimento, o ilustre professor (2012) afirma que, “se por acaso, houver entendimento contrário, não se deve olvidar que a
incomunicabilidade é medida perversa e que, no fundo, o seu objetivo, que é impedir a comunicação do preso com o mundo exterior, se reduz a uma
nonada, em face do direito conferido ao advogado de se comunicar com o incomunicável pessoal e reservadamente”. De qualquer forma, a
incomunicabilidade não alcança o advogado.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 16/29
IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para a lavratura do auto
respectivo, sob pena de nulidade, e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB.
Este inciso foi objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 1.127-8), proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em
relação à expressão “ter a presença de representante da OAB”, que chegou a ficar suspensa desde 1994. Contudo, o STF, no julgamento do mérito,
ocorrido em 17 de maio de 2006, decidiu pela integral constitucionalidade do inciso.
Ressalte-se que os ministros do pretório excelso destacaram que, se a OAB não remeter um representante em tempo hábil, não haverá de se falar
em invalidade da prisão em flagrante.
Em complementação, o parágrafo 3º do art. 7º do estatuto garante ao advogado o direito de somente ser preso em flagrante em caso de crime
inafiançável, desde que por motivo ligado ao exercício da profissão e, mesmo assim, com as observações indicadas no inciso IV.
Ainda sobre o assunto:
Imunidade profissional do advogado
A imunidade profissional do advogado é tratada no artigo 7º, parágrafo 2º, do Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906/1994):
“O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício
de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que cometer”.
Saiba mais
Acontece que a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) propôs uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 1.127-8) na qual o
Supremo Tribunal Federal, em 1994, suspendeu liminarmente a eficácia da expressão “desacato”, tendo o mérito sido julgado em 17 de maio de
2006e, nessa parte, julgado procedente, ou seja, o advogado não tem mais imunidade profissional em relação ao crime de desacato.
V – não ser recolhido preso, antes da sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas,
assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar.
Mais uma vez, a AMB insurgiu-se, por meio de ADI, contra a Lei nº 8.906/1994. Nesse caso, foi em relação à expressão “assim reconhecidas pela
OAB”. O STF, confirmando a liminar antes concedida, julgou, nessa parte, procedente a ação, ou seja, declarou a inconstitucionalidade da expressão
“assim reconhecidas pela OAB”.
A prerrogativa de prisão domiciliar, na ausência de sala de Estado Maior, continua valendo. Esse é o entendimento do Supremo Tribunal Federal.
VI – ingressar livremente:
a. nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
b. nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro e, no caso de delegacias e
prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 17/29
c. em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou
informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer
servidor ou empregado;
d. em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual ele deva comparecer, desde que munido
de poderes especiais;
Com essas prerrogativas, o estatuto garante ao advogado o pleno exercício de sua atuação a fim de que ele possa representar os interesses de seus
clientes de maneira eficaz. Qualquer impedimento a essas garantias deve ser entendido como ilegal e, nos casos de violações às alíneas a, b e c,
como crime de abuso de autoridade, previsto no art. 3º, f, da Lei nº 4.898/1995.
Na alínea d, encontramos um direito que, para ser exercido, exige procuração com poderes especiais.
VII – permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença.
Conforme o art. 6º do estatuto, não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público. Nesse mesmo
sentido, esse inciso assegura ao advogado decidir a melhor maneira de ficar nos locais onde precisa estar para o exercício da advocacia, sem
qualquer interferência por parte dos agentes públicos (nem mesmo das autoridades policiais e judiciárias).
Importa em desprestígio para a classe - e nenhum advogado pode a isso condescender - quando o magistrado determina o local onde o advogado
deve ficar com a clara intenção de menoscabo ou em atitude arbitrária.
VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra
condição, observando-se a ordem de chegada.
Justamente em razão de não haver hierarquia nem subordinação entre advogados e magistrados, e pelo fato de ser o advogado um dos figurantes
essenciais à justiça, é assegurado o seu livre acesso aos magistrados.
Entretanto, é razoável que, em razão de um ato processual estar sendo realizado, a autoridade judiciária solicite ao advogado que aguarde o término
do aludido ato. O que não se admite é a restrição para atendê-lo somente em alguns dias da semana e em horários previamente estipulados.
Comentário
Para fins de prova (Exame de Ordem), é direito do advogado - e não do estagiário.
IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou
administrativa, pelo prazo de 15 minutos, salvo se prazo maior for concedido.
O STF declarou inconstitucional todo o conteúdo desse inciso por ocasião do julgamento da ADI nº 1.127-8 proposta pela Associação dos
Magistrados Brasileiros.
Quis o legislador garantir ao advogado o direito de sustentar oralmente as razões recursais “após o voto do relator”, o que contribuiria muito para a
realização da justiça, uma vez que, após ouvir o voto do relator, o advogado melhoraria sua argumentação para o melhor esclarecimento das razões
para os demais julgadores do órgão colegiado.
Com a declaração de inconstitucionalidade, o advogado deve prever o voto do relator e preparar uma sustentação oral a mais completa e sintetizada
possível.
Observe que, no Novo Código de Ética e Disciplina (art. 60, §4º), ainda consta que, no processo disciplinar na OAB,
a sustentação oral do advogado será após o voto do relator!
X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em
relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas.
Aqui temos uma importantíssima prerrogativa garantida pelo estatuto aos advogados. Trata-se da utilização da expressão “pela ordem” quando se
verificar a necessidade de esclarecer algum equívoco ou uma dúvida relevante que possa influir no julgamento, ou ainda como forma de defesa
contra acusações ou censura que lhe forem feitas.
XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou
regimento.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 18/29
Este inciso traz mais uma forma de o advogado reclamar para as autoridades contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento. A
diferença entre o inciso anterior e este é que, no primeiro, a intervenção deve ser sumária, de modo a evitar um prejuízo maior, enquanto, no último,
pode-se esperar um momento mais oportuno para intervir.
XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo.
O advogado tem o direito de se manifestar oralmente, sentado ou em pé, em qualquer órgão do Poder Judiciário, do Legislativo ou da Administração
Pública, não podendo nenhum ato normativo interno estabelecer forma diversa.
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em
andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com
possibilidade de tomar apontamentos (Redação dada pela Lei nº 13.793, de 2019).
O direito ao exame dos autos e o de vista dos autos não se confundem:

Direito ao exame dos autos
Tal direito nada mais é do que a simples consulta dos autos no cartório.

Direito de vista
É a retirada dos autos pelo advogado mediante registro em livro de carga ou em documento que declare a saída dos autos.
Por vezes, o exame dos autos é necessário para suprir uma dúvida urgente ou até mesmo para que o advogado decida se irá ou não ingressar na
causa.
Assim, o estatuto assegura ao advogado examiná-los em qualquer órgão do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e da Administração Pública em
geral, findos ou em andamento, mesmo sem procuração, desde que não estejam submetidos a sigilo, sendo assegurada a obtenção de cópia, além
de ele poder tomar apontamentos.

22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 19/29
Em relação ao direito de obtenção de cópia mesmo sem procuração explicitado nesse inciso, explica Geronimo Theml de Macedo (2009, p. 81):
“aqui é fundamental ter em mente que o direito não é de retirar os autos de cartório para levá-los até a copiadora mais próxima. O direito é de obter
as cópias, o que implica dizer quecada cartório judicial deverá disponibilizar os mecanismos adequados para garantir tal direito, alguns, por
exemplo, possibilitam que servidores acompanhem o advogado até a copiadora”.
A novidade trazida pela Lei nº 13.793/2019 foi para permitir o acesso dos advogados aos processos eletrônicos mesmo sem procuração, desde que
eles não estejam sujeitos a sigilo (art. 7º, XIII, §13, do EAOAB).
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de
qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou
digital.
Este inciso foi alterado pela Lei nº 13.245/2016. Antes, em seu texto original, não constavam as expressões “em qualquer repartição policial
responsável por conduzir investigação” e “investigações de qualquer natureza” (constava apenas “autos de flagrante e de inquérito policial”), bem
como a questão da obtenção de cópias por meio digital, como, por exemplo, a fotografia por scanner portátil ou por aparelho de telefone celular.
Comentário
Tais alterações vieram em boa hora, pois há muito tempo já se discutia o direito de acesso do advogado aos procedimentos investigatórios nos
mais variados setores, e não só em sede policial (como é o caso do procedimento investigatório criminal feito pelo Ministério Público).
Para assegurar esse direito, a Lei nº 13.245/2016 também acrescentou o §12, determinando que: “A inobservância aos direitos estabelecidos no
inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo
implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de
prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.”
Assim, entendemos que o mesmo direito deve ser estendido para se ter vista e cópia de registros de ocorrência (ou boletins de ocorrência), de
termos circunstanciados e de qualquer procedimento anterior à instauração do inquérito policial, como o comumente chamado procedimento de
“verificação das procedências das informações” (na prática penal denominada VPI), tratado no art. 5º, §3º, do Código de Processo Penal (CPP).
Afinal, se pode o mais (inquérito policial), pode o menos (VPI, registro de ocorrência ou boletim de ocorrência).
É importante observar o seguinte: embora o art. 20 do CPP estabeleça que “a autoridade assegurará no inquérito o
sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”, essa sigilosidade – característica
do IP – não alcança o advogado em virtude do que lhe é garantido pelo art. 7º, inciso XIV, da Lei nº 8.906/1994.
Em razão disso, em fevereiro de 2009, o Supremo Tribunal Federal editou a súmula vinculante nº 14 com o seguinte teor: “É direito do defensor, no
interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
Nesse sentido, a Lei nº 13.245/2016 acrescentou os §§10 e 11, que esclarecem mais ainda esse tema. Vejamos:
No §10, consta o seguinte: “nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso
XIV”. Isso ocorre porque, como já comentamos, o sigilo do inquérito policial não alcança o advogado.
No entanto, há casos em que pode haver uma interceptação telefônica decretada pelo juiz ou a quebra de sigilo bancário. Assim, documentos e
informações sigilosas são juntadas aos autos do inquérito policial. Nessa hipótese, para que o advogado tenha acesso, ele deverá ter procuração.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 20/29
Já o §11 atesta que, “no caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova
relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia
ou da finalidade das diligências”. Esse inciso esclareceu melhor o teor da aludida Súmula Vinculante 14.
XV – ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos
prazos legais.
XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias.
Os direitos trazidos nos incisos XV e XVI não se aplicam aos seguintes casos mencionados no § 1º do art. 7º:
a. quando o processo estiver sob o regime do segredo de justiça;
b. quando houver nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos
no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido ex officio, mediante representação ou
requerimento da parte interessada;
c. até o encerramento do processo ao advogado que tenha deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal e só o fizer depois de intimado.
XVII – ser publicamente desagravado quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela.
O estatuto tratou o desagravo público como um direito do advogado, tendo o Regulamento Geral especificado o tema nos arts. 18 e 19.
O desagravo público é um procedimento formal utilizado pela Ordem dos Advogados do Brasil para mostrar o repúdio e prestar uma solidariedade
às ofensas sofridas pelo advogado no exercício da sua profissão, ou de cargo ou função nos órgãos da OAB, sem prejuízo das sanções penais em
que incorrer o ofensor. Não raramente, os advogados são ofendidos por juízes, promotores de justiça ou delegados de polícia no desempenho de
seu mister, devendo o desagravo ser promovido pelo conselho competente, de ofício, a requerimento do próprio advogado ou de qualquer outra
pessoa.
O desagravo público, como meio de defesa dos direitos e das prerrogativas da advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode
dispensá-lo, sendo, portanto, um critério do próprio conselho. Uma vez ocorrendo a ofensa no espaço territorial da subseção a que se vincule o
inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da subseção, com representação do conselho seccional.
Com razão, se o advogado foi ofendido num município distante da sede do Conselho Seccional, de nada adiantará a solenidade ser lá realizada.
Atenderá melhor ao seu objetivo se ela for feita em um local mais próximo de onde ocorreu a ofensa.
Por outro lado, competirá ao Conselho Federal promover o desagravo público nos casos de ofensa a conselheiro federal ou a presidente de conselho
seccional, quando eles forem ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave
violação às prerrogativas profissionais com repercussão nacional. Dessa forma, o Conselho Federal indica seus representantes para a sessão
pública de desagravo, que será realizado na sede do conselho seccional, exceto no caso de ofensa a conselheiro federal, caso em que ela
acontecerá no próprio Conselho Federal.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 21/29
O procedimento do desagravo público é disciplinado nos parágrafos do art. 18 do Regulamento Geral.
Na sessão do desagravo público, o presidente lê a nota a ser publicada na imprensa, encaminhada ao ofensor e às autoridades e registrada nos
assentamentos do inscrito.
XVIII – usar os símbolos privativos da profissão de advogado.
Apenas o advogado devidamente inscrito na OAB pode utilizar os símbolos privativos da advocacia. São anéis, adornos e outros itens relacionados
à profissão. Compete ao Conselho Federal criar ou aprovar o seu uso (art. 10, incisoX, EAOAB): “Compete ao Conselho Federal: X – dispor sobre a
identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos”.
Não se deve confundir essa competência do Conselho Federal com o que está disposto no art. 58, XI, do mesmo diploma: compete ao conselho
seccional determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados no exercício profissional. Um fala sobre os símbolos; o outro, sobre o
traje.
XIX – recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem
seja ou tenha sido advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte.
A recusa em depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deve funcionar, ou até mesmo sobre algum fato vinculado à pessoa de
quem seja ou foi advogado, é um direito assegurado pelo estatuto, mas também é um dever imposto pelo Código de Ética e Disciplina (arts. 35 a 38
do Novo CED).
XX – retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após 30 minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha
comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
O advogado ganhou com esse inciso uma importantíssima prerrogativa. Para evitar abusos lamentavelmente cometidos por alguns magistrados,
garantiu-lhe o Estatuto da Advocacia e da OAB o direito de se retirar do recinto onde está aguardando para a realização do ato judicial após
passados 30 minutos do horário marcado e sem que a respectiva autoridade tenha chegado.
Esse direito não se aplicará quando o magistrado, já estando no local, esteja realizando outro ato processual, como é o caso de uma audiência
designada para um horário anterior, mas que ainda não terminou.
Saiba mais
É mister salientar que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) traz um prazo menor. Assim, para os advogados que atuarem perante a Justiça
Trabalhista, o tempo de espera será de apenas 15 minutos a partir do horário designado (art. 815, CLT).
Em qualquer caso, obviamente exige-se a comunicação protocolizada em juízo.
Compete ao relator, convencendo-se da existência de prova ou indício de ofensa relacionada ao exercício da profissão ou cargo da
OAB, propor ao presidente que solicite informações da pessoa ou autoridade ofensora, que serão fornecidas no prazo de 15 dias, a
não ser que haja urgência ou notoriedade do fato.
Pode o relator propor o arquivamento do pedido se: (1) a ofensa tiver natureza pessoal; (2) se não estiver ligada ao exercício
profissional ou às prerrogativas gerais do advogado; ou (3) se configurar crítica de caráter doutrinário, político ou religioso.
Sendo recebidas ou não as informações solicitadas e convencendo-se da procedência da ofensa, o relator emitirá um parecer, que
será submetido ao conselho. Em caso de acolhimento do parecer, é designada a sessão de desagravo, que será amplamente
divulgada.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 22/29
XXI - assistir seus clientes investigados durante a apuração de infrações sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou
depoimento e subsequentemente de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente,
podendo inclusive no curso da respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos;
Essa inovação trazida pela Lei nº 13.245/2016 traduz um relevante avanço para a Justiça e para o exercício do direito de defesa. Embora o princípio
da ampla defesa não seja aplicado à fase da investigação policial, a presença e a participação do advogado evitam que se cometam abusos contra
os investigados.
Honorários advocatícios
Honorários advocatícios
Neste esclarecedor vídeo, o professor Paulo Machado discorre sobre os principais aspectos dos honorários advocatícios, assim como sobre sua
cobrança e prescrição.
Advogar é muito mais do que defender direitos e pensar em ganhar dinheiro. Trata-se de entender que o advogado é um dos agentes indispensáveis
à administração da Justiça.
A Lei nº 8.906/1994 (EAOAB) traz uma hipótese em que o advogado trabalha gratuitamente. Isso ocorrerá quando ele defender outro colega em
processo originário de ação ou omissão no exercício da profissão.
Entende-se aqui que as prerrogativas da advocacia estão em debate, motivo pelo qual há interesse de toda a classe, e não só daquele profissional.
Veja que o defensor dativo nomeado pela OAB faz a representação do advogado processado disciplinarmente por delegação da própria Ordem,
constituindo um múnus (e um motivo) extremamente célebre.
O Novo Código de Ética e Disciplina passou a tratar da advocacia pro bono no art. 30 e seus parágrafos. No exercício da advocacia pro bono e ao
atuar como defensor nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de modo que a parte por ele assistida
se sinta amparada e confie no seu patrocínio.
dvocacia pro bono
Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos
e de seus assistidos sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional.

22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 23/29
A advocacia pro bono poderá ser exercida em favor de pessoas naturais que igualmente não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio
sustento, contratar advogado. Ela não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais nem beneficiar instituições que visem a tais
objetivos, tampouco como instrumento de publicidade para captação de clientela.
O Estatuto da Advocacia e da OAB apresenta três tipos de honorários advocatícios:
Pacto quota litis
Pacto ou cláusula quota litis é a participação do advogado no resultado ou ganho obtido na causa. Paulo Lôbo (2021) lembra que o direito romano e
as ordenações filipinas condenavam essa forma de contratar - e com razão.
Nesse caso, o advogado se transforma em “sócio” do cliente naquela demanda. Tal profissisonal, nessa situação, é “quase” parte.
Entretanto, o Código de Ética e Disciplina trouxe a possibilidade de ser feito esse pacto, desde que estejam presentes as condições do art. 50 e seus
parágrafos:
Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessariamente representados
por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens
advindas a favor do cliente.
§ 1º A participação do advogado em bens particulares do cliente só é admitida em caráter excepcional, quando
esse, comprovadamente, não tiver condições pecuniárias de satisfazer o débito de honorários e ajustar com o
seu patrono, em instrumento contratual, tal forma de pagamento.
§ 2º Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e vincendas, os honorários
advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os requisitos da moderação e da
razoabilidade.
(BRASIL, 2022, art. 50)
Convencionados 
Arbitrados judicialmente 
Sucumbenciais 
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 24/29
De toda forma, apesar da permissão dada pelo Código de Ética, o advogado deve ter todo zelo para que não incorra em infração disciplinar.
Formas judiciais de cobrança
Na hipótese de o constituinte faltar com a obrigação de pagar os honorários ao advogado, o profissional deverá procurar ao máximo resolver a
situação amigavelmente. Chegando ao ponto de não haver mais solução pela forma preliminar, surge a necessidade de se buscar a via judicial.
Para isso, o advogado precisa renunciar ao patrocínio da causa e constituir outro advogado para
fazer a cobrança, conforme dispõe o art. 54 do Novo Código de Ética e Disciplina.
O art. 24 do estatuto determina que o contrato feitopor escrito (contrato de honorários advocatícios) constitui título executivo. Desse modo, o
advogado não precisará propor ação de conhecimento. A cobrança será feita, nesse caso, por meio da execução por quantia certa.
Quando o advogado contrata de forma verbal, resta claro que não há o que executar, ensejando, assim, uma ação de cobrança. Quando for o caso de
ele juntar aos autos o contrato de honorários advocatícios antes da expedição do mandado de levantamento ou precatório, o juiz terá de determinar
que lhe sejam pagos diretamente, deduzindo o valor respectivo da quantia a ser recebida pelo constituinte, a não ser que ele comprove que já o
pagou.
Os honorários incluídos na condenação, seja por arbitramento, seja por sucumbência, pertencem ao advogado, tendo o profissional direito
autônomo de exigir o cumprimento da sentença, podendo ainda solicitar ao juiz que o precatório seja expedido em seu nome, quando for o caso.
O art. 24 do estatuto enfatiza que a decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato feito por escrito têm força de título executivo e
constituem crédito privilegiado em falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
Quando o advogado receber um substabelecimento com reserva de poderes, ele não poderá cobrar os honorários respectivos sem a intervenção
daquele que lhe substabeleceu (art. 26 do EAOAB).
Prescrição (art. 25, EAOAB)
A ação de cobrança de honorários advocatícios prescreve em cinco anos, que serão contados a partir:
a. do vencimento do contrato, quando houver;
b. do trânsito em julgado da decisão que os fixar ou arbitrar;
c. da finalização do serviço extrajudicial (assessoria, consultoria e direção jurídicas ou acompanhamento de inquérito policial);
d. da desistência ou transação;
e. da renúncia ou revogação de mandato.
Saiba mais
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 25/29
Em 2009, foi acrescentado o art. 25-A, que também trouxe o prazo prescricional de cinco anos para a ação de prestação de contas das quantias
recebidas pelo advogado do seu cliente ou de terceiros por conta dele.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(FGV ‒ XXI - Exame de Ordem) Adolfo, policial militar, consta como envolvido em fato supostamente violador da integridade física de terceiros e
apurado em investigação preliminar perante a Polícia Militar. No curso dessa investigação, Adolfo foi notificado a prestar declarações e, desde
logo, contratou a advogada Simone para sua defesa. Ciente do ato, Simone dirige-se à unidade respectiva, pretendendo solicitar vista quanto
aos atos já concluídos da investigação e buscando tirar cópias com seu aparelho celular. Além disso, ela pretende acompanhar Adolfo durante
o seu depoimento designado.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 26/29
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ENos%20termos%20do%20art.%207%C2%BA%2C%20XIV%2C%20do%20estatuto%2C%20com%20a%20reda%C3%A7%C3%A3o%20dada
Questão 2
(FGV – XXVII - Exame de Ordem) O advogado Sebastião é empregado de certa sociedade limitada, competindo-lhe, entre outras atividades da
advocacia, atuar nos processos judiciais em que a pessoa jurídica é parte. Em certa demanda na qual foram julgados procedentes os pedidos
formulados pela sociedade, foram fixados honorários de sucumbência em seu favor. Considerando o caso narrado e o disposto no
Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
A
É direito de Simone e de seu cliente Adolfo o exame dos autos da investigação no que se refere aos atos já concluídos e
documentados, porém a possibilidade de emprego do telefone celular para tomada de cópias fica a critério da autoridade
responsável pela investigação. Também é direito de ambos que Simone esteja presente no depoimento de Adolfo, sob pena
de nulidade absoluta do ato e de todos os elementos investigatórios dele decorrentes.
B
É direito de Simone e de seu cliente Adolfo que a advogada examine os autos no que se refere aos atos já concluídos e
documentados, bem como empregue o telefone celular para a tomada de cópias digitais, o que não pode ser obstado pela
autoridade responsável pela investigação. Também é direito de ambos que Simone esteja presente no depoimento de Adolfo,
sob pena de nulidade absoluta do ato e de todos os elementos investigatórios dele decorrentes.
C
É direito de Simone e de seu cliente Adolfo que a advogada examine os autos no que se refere aos atos já concluídos e
documentados, bem como empregue o telefone celular para a tomada de cópias digitais, o que não pode ser obstado pela
autoridade responsável pela investigação. Também é direito de ambos que Simone esteja presente no depoimento de Adolfo,
sob pena de nulidade relativa apenas do ato em que embaraçava a sua presença.
D
Considerando cuidar-se de mera investigação preliminar, Simone não possui o direito de examinar os atos já concluídos e
documentados ou tomar cópias. Do mesmo modo, por não se tratar de interrogatório formal, mas mera investigação
preliminar, sujeita à disciplina da legislação castrense, não configura nulidade se obstada a presença de Simone no
depoimento de Adolfo.
E O estatuto não traz previsões acerca do tema.
A
Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão considerados para efeitos trabalhistas, embora não
sejam considerados para efeitos previdenciários.
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 27/29
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ENos%20termos%20do%20art.%2014%20e%20seu%20par%C3%A1grafo%20%C3%BAnico%20do%20Regulamento%20Geral%2C%20os%
Considerações �nais
Como vimos neste conteúdo, a ética da advocacia constitui a base sólida de qualquer profissional. Além das regras deontológicas trazidas no
Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado também precisa conhecer seus direitos, os quais, por sua vez, são tratados no Estatuto da
Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906/1994).
Outro ponto importante para o desenvolvimento da atividade é saber os mandamentos acerca do advogado sócio e do advogado empregado, pois
também existem normas a serem seguidas nessa seara. Por fim, verificamos que o estudo do instituto dos honorários advocatícios, em conjunto
com o demais, também faz parte da trajetória de sucesso do profissional do Direito.
Podcast
Neste podcast, um especialista irá discorrer sobre os principais direitos do advogado, trazendo exemplos de aplicação dos mais relevantes.
B
Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão considerados para efeitos trabalhistas e
previdenciários.
C
Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião nem serão considerados para efeitos trabalhistas, embora
sejam considerados para os previdenciários.
D
Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião nem serão considerados para efeitos trabalhistas e
previdenciários.
E O Regulamento Geral não trata do tema.

22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 28/29
Explore +
Assista ao filme O homem que fazia chover, que mostra condutas éticas e antiéticas praticadas pelos personagens.
Leia o livro Responsabilidade civil do advogado, de Antonio Laert, publicado pela Editora Lumen Juris.
Referências
BRASIL. Casa Civil. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal.
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 8.906, de 4 de julho 1994. Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
BRASIL.Casa Civil. Lei nº 13.245, de 12 de janeiro de 2016. Altera o art. 7º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da Ordem dos
Advogados do Brasil).
BRASIL. Ordem dos Advogados do Brasil. Código de Ética e Disciplina. OAB. Consultado em: 27 jan. 2022.
LÔBO, P. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo: Saraiva, 2021.
MACEDO, G. T. Deontologia jurídica. 1. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
MACEDO JR., M. A. S.; COCCARO, C. Ética profissional e Estatuto da Advocacia – coleção OAB Nacional. São Paulo: Saraiva, 2009.
MACHADO, P. 10 em ética! 8 ed. Salvador: Jus Podivm, 2021.
TOURINHO FILHO, F. da C. Manual de processo penal. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Material para download
Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF.
Download material
O que você achou do conteúdo?
Relatar problema
javascript:CriaPDF()
22/09/2023, 13:25 Ética jurídica: a advocacia
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03194/index.html# 29/29

Continue navegando