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612 Fundamentos da Biologia Celular A atividade dos complexos ciclina-Cdk depende de fosforilação e desfosforilação O aumento e a diminuição da concentração de proteínas ciclina têm um papel importante na regulação da atividade de Cdk durante o ciclo celular, mas deve haver mais nessa história: embora as concentrações de ciclina aumentem de forma gradual, a atividade dos complexos ciclina-Cdk associados tende a ser iniciada abruptamente no momento apropriado do ciclo celular (ver Figura 18- 5). O que poderia acionar tal ativação abrupta desses complexos? Descobriu- -se que o complexo ciclina-Cdk contém fosfatos inibidores, e que, para se tor- nar ativa, a Cdk deve ser desfosforilada por uma proteína-fosfatase específica (Figura 18-10). Portanto, as proteínas-cinase e as fosfatases regulam a ativi- dade de complexos ciclina-Cdk específicos e ajudam a controlar a progressão pelo ciclo celular. A atividade de Cdk pode ser bloqueada por proteínas inibidoras de Cdk Além da fosforilação e da desfosforilação, a atividade das Cdks também pode ser modulada pela ligação de proteínas inibidoras de Cdk. O sistema de controle do ciclo celular utiliza esses inibidores para bloquear a formação ou a atividade de certos complexos ciclina-Cdk. Algumas proteínas inibidoras de Cdk, por exem- plo, ajudam a manter as Cdks em um estado inativo durante a fase G1 do ciclo, retardando, assim, a progressão para a fase S (Figura 18-11). A pausa nesse ponto de verificação dá à célula mais tempo para crescer, ou permite que ela espere até que as condições extracelulares sejam favoráveis para a divisão. O sistema de controle do ciclo celular pode pausar o ciclo de várias formas Como mencionado antes, o sistema de controle do ciclo celular pode atrasar transitoriamente o progresso pelo ciclo em vários pontos de transição para as- segurar que os principais eventos do ciclo ocorram em uma ordem específica. Nessas transições, o sistema de controle monitora o estado interno da célula e as condições no seu ambiente, antes de permitir que a célula inicie a próxima etapa Figura 18-9 A atividade de algumas Cdks é regulada pela degradação da cicli- na. A ubiquitinação da ciclina S ou ciclina M pelo APC marca a proteína para degra- dação nos proteassomos (como discutido no Capítulo 7). A perda de ciclina torna inativa sua Cdk parceira. UBIQUITINAÇÃO DA CICLINA POR APC DESTRUIÇÃO DA CICLINA NO PROTEASSOMO + Cdk inativaComplexo ciclina- -Cdk ativo Cdk ativa Ciclina Cadeia de ubiquitina Figura 18-10 Para que o complexo M-Cdk seja ativo, os fosfatos inibidores devem ser removidos. Logo que o com- plexo ciclina M-Cdk é formado, ele é fos- forilado em dois locais adjacentes por uma proteína-cinase inibidora chamada Wee1. (Para simplificar, apenas um fosfato inibidor é mostrado). Essa modificação mantém M-Cdk em um estado inativo até que esses fosfatos sejam removidos por uma proteína- -fosfatase ativadora chamada Cdc25. Ainda não está claro como o momento crítico da etapa de ativação da fosfatase Cdc25, mos- trado aqui, é controlado. Cdk mitótica Ciclina M M-Cdk inativa Cinase inibidora (Wee1) M-Cdk ativaFosfatase ativadora (Cdc25) Fosfatase inibidora P Pi Alberts_18.indd 612Alberts_18.indd 612 16/01/2017 11:29:3416/01/2017 11:29:34
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