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TENSÕES EM VASOS DE PRESSÃO Prof.: Gleysson Morais Andrade VASO DE PRESSÃO Consideramos que os esforços internos que atuam em certa porção da parede são tangentes à superfície do vaso. Desse modo, as tensões resultantes no elemento de parede estarão contidas em uma plano tangente à superfície do vaso de pressão. Estudaremos os vasos de pressão cilíndricos e esféricos. Critério para definir se um vaso de pressão é considerado de parede fina ou grossa. Se, 𝜶 ≥ 𝟏𝟎 vaso de pressão de parede grossa. Se 𝜶 < 𝟏𝟎 vaso de pressão de parede fina. 𝜶 = 𝒓 𝒕 VASO DE PRESSÃO VASO DE PRESSÃO CILÍNDRICO Vaso cilíndrico de raio interno r e parede de espessura t contendo fluido sob pressão. Expressaremos as tensões em elementos de parede paralelo e perpendiculares ao eixo longitudinal do cilindro. 𝝈𝟏 − 𝒕𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒍 𝝈𝟐 − 𝒕𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒍𝒐𝒏𝒈𝒊𝒕𝒖𝒅𝒊𝒏𝒂𝒍 VASO DE PRESSÃO CILÍNDRICO Para determinar 𝝈𝟏 façamos um corte transversal no cilindro conforme a imagem abaixo: Nas secções da parede, temos as forças elementares 𝝈𝟏𝒅𝑨, já a pressão do fluido exerce as forças elementares 𝒑𝒅𝑨 sendo 𝒑 a diferença entre a pressão interna do cilindro e a pressão atmosférica. Se o elemento em corte encontra-se em equilíbrio, podemos escrever: 𝑭𝒛 = 𝟎 𝝈𝟏 𝟐𝒕∆𝒙 − 𝒑 𝟐𝒓∆𝒙 = 𝟎 Logo, 𝝈𝟏 = 𝒑𝒓 𝒕 VASO DE PRESSÃO CILÍNDRICO VASO DE PRESSÃO CILÍNDRICO Determinando 𝝈𝟐: 𝑭𝒙 = 𝟎 𝝈𝟐 𝟐𝝅𝒓𝒕 − 𝒑 𝝅𝒓 𝟐 = 𝟎 Logo, 𝝈𝟐 = 𝒑𝒓 𝟐𝒕 Se usássemos o raio médio da secção transversal, 𝒓𝒎 = 𝒓 + Τ𝟏 𝟐 𝒕, no cálculo da resultante das forças na secção, encontraríamos um valor mais preciso para a tensão longitudinal, que seria: 𝝈𝟐 = 𝒑𝒓 𝟐𝒕 𝟏 𝟏 + 𝒕 𝟐𝒓 Para cilindro de paredes finas, o termo 𝒕 𝟐𝒓 é pequeno, podendo ser desconsiderado, já para paredes grossas, as tensões 1 e 2 devem ser determinadas pelos métodos da teoria da elasticidade. VASO DE PRESSÃO CILÍNDRICO VASO DE PRESSÃO ESFÉRICO Vaso de pressão esférico de raio interno 𝒓 e parede de espessura t contendo fluido a pressão 𝒑 (Pressão interna menos a pressão atmosférica). Devido a simetria, temos que: 𝝈𝟏 = 𝝈𝟐 = 𝒑𝒓 𝟐𝒕 EXEMPLO I Um tanque de ar comprimido se apóia em dois cavaletes como indica a figura abaixo; um dos cavaletes foi construído de modo a não exceder nenhuma força longitudinal no tanque. O corpo cilíndrico do tanque foi construído em chapa de aço de 10 mm de espessura, soldada ao longo de um filete que forma uma hélice com ângulo de 25° com um plano transversal ao cilindro. As calotas das extremidades são esféricas e têm espessura de 8 mm, para uma pressão interna de 1260 kPa, determinar a tensão normal máxima atuante no vaso de pressão. Calota esférica: Sendo 𝒑 = 𝟏𝟐𝟔𝟎 𝒌𝑷𝒂, 𝒓 = 𝟎, 𝟒 𝒎 𝒆 𝒕 = 𝟖𝒎𝒎 Podemos determinas as tensões 𝝈𝟏 𝒆 𝝈𝟐 sendo: Como a calota é esférica, então as tensões circunferênciais e longitudinais são iguais. 𝝈𝟏 = 𝝈𝟐 = 𝟏𝟐𝟔𝟎 𝒌𝑷𝒂 𝟎, 𝟒 𝒎 𝟐 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝒎 = 𝟑𝟏𝟓𝟎𝟎 𝒌𝑷𝒂 EXEMPLO I Corpo cilíndrico do tanque. Determina-se inicialmente a tensão tangencial e longitudinal, sendo: 𝝈𝟏 = 𝒑𝒓 𝒕 = 𝟏𝟐𝟔𝟎 𝒌𝑷𝒂 𝟎, 𝟒 𝒎 𝟎, 𝟎𝟏𝒎 = 𝟓𝟎𝟒𝟎𝟎 𝐤𝐏𝐚 𝝈𝟐 = 𝟏 𝟐 𝝈𝟏 = 𝟐𝟓𝟐𝟎𝟎 𝐤𝐏𝐚 EXEMPLO I O tubo de extremidade aberta feito de cloreto de polivinil tem diâmetro interno 100 mm e espessura de 5 mm. Se transportar água corrente à pressão de 0,42 MPa, determine o estado de tensão nas paredes do tubo. EXEMPLO II 𝝈𝟏 = 𝒑𝒓 𝒕 𝒆 𝝈𝟐 = 𝒑𝒓 𝟐𝒕 Logo, 𝝈𝟏 = 𝟎, 𝟒𝟐 × 𝟓𝟎 𝟓 = 𝟒, 𝟐 𝑴𝑷𝒂 𝝈𝟐= 𝟎 ATÉ A PRÓXIMA AULA!
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