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34 DICAS PARA VOCÊ DESENVOLVER (E MANTER) A SUA AUTO DISCIPLINA ORGANIZE A SUA VIDA TOME DECISÕES MELHORES ATINJA OS SEUS OBJETIVOS DI SAVAL Introdução: Nós somos o que repetidamente fazemos. Excelência, então, não é um ato, mas um hábito. Aristóteles A palavra disciplina nos acompanha desde a infância e dos nossos tempos de escola. Lembra-se de quando, volta e meia, o seu professor lhe dizia – ou falava para a classe inteira – que você precisava ou até que deveria ser mais disciplinado se quisesse se dar bem nas matérias? Na época, você, assim como todos os outros podem ter sarcasticamente revirado os olhos. Talvez tenha pensando assim: “Lá vem esse chato/a com essa história de disciplina!”. Mas, hoje a autodisciplina provavelmente deve ter um significado mais amplo de que tinha naquela época. A verdade é que ninguém faz nada sem ter disciplina. Essa habilidade, aliada ao foco e à determinação são os elementos básicos para qualquer um chegar aonde quiser. Alguns pesquisadores descobriram que pessoas que têm um maior autocontrole, outra forma de se referir à autodisciplina, tendem a ser mais saudáveis e felizes. “Em um experimento, os estudantes que apresentaram maior autodisciplina tiveram melhores notas, pontuações mais altas nos testes e tinham mais probabilidade de serem admitidos em um programa acadêmico concorrido. O estudo também descobriu que, quando se tratava de sucesso acadêmico, o autocontrole era um fator mais importante do que as pontuações de QI. “ Não, só a força de vontade não é suficiente. Todos nós somos disciplinados de vez em quando, pois é assim que realizamos as nossas coisas. Mas o problema é ficarmos “ligando” e “desligando” a nossa disciplina sem nos darmos conta de como isso acontece. https://www.taylorfrancis.com/books/e/9781315175775/chapters/10.4324/9781315175775-5 O que fazemos de modo inconsciente não nos serve, pois não sabemos como funciona e nem dominamos aquela habilidade. A autodisciplina precisa ser uma habilidade consciente, controlada e acionável de acordo com a nossa necessidade. Mas por que naturalmente não somos ou não gostamos de disciplina? Numa expressão? Gratificação imediata. Nos anos 1970, o psicólogo Walter Mischel conduziu uma série de experimentos que investigavam a importância da gratificação tardia. Naquelas experiências, era dada às crianças uma escolha: elas poderiam optar por comer uma guloseima imediatamente (geralmente era um biscoito ou um marshmallow) ou poderiam esperar um curto período de tempo para ganhar dois lanches. Nessa hora, o pesquisador deixava a criança sozinha em uma sala com uma guloseima apenas. Não foi nenhuma surpresa notar que muitas crianças optaram por pegar a guloseima que estava diante delas, no momento em que os pesquisadores saíram da sala! Contudo, algumas crianças foram capazes de aguardar pela segunda guloseima. E a educadora Kendra Cherry, conclui: “Os pesquisadores descobriram que as crianças que foram capazes de adiar a gratificação no intuito de receber uma recompensa maior também tiveram maior probabilidade de ter um melhor desempenho escolar do que as crianças que cederam à tentação de imediato.” E essa é função desse livro: ensinar você a ser alguém mais organizado e deliberadamente mais disciplinado para resistir às tentações do dia-a-dia e conseguir um sucesso maior e melhor posteriormente. Como nos explica a coach de vida saudável e preparadora de elenco de várias séries, Jennifer Cohen: “Há muitas qualidades importantes que podem contribuir para as realizações e a felicidade de uma pessoa, mas há apenas uma que gera https://psycnet.apa.org/record/2014-43233-000 sucesso sustentável a longo prazo em todos os aspectos da vida: A autodisciplina. Seja com relação à dieta, ao condicionamento físico, à ética no trabalho ou aos relacionamentos, a autodisciplina é a característica número um necessária para se atingir metas, levar um estilo de vida saudável e, finalmente, ser feliz. Num primeiro momento (capítulo 1), vamos entender o que é essa tal de autodisciplina, quais os seus benefícios e como devemos nos preparar para desenvolvê-la. Num segundo momento (capítulo 2), vamos conhecer quais são as condições prévias ou o “material” necessário para você construir a sua autodisciplina de modo eficiente. Num terceiro momento (capítulo 3), vamos sugerir um passo a passo para você realmente ativa-la de maneira funcional e estrutura-la na sua vida. O quarto momento (capítulo 4), é quando vamos elencar uma série de estratégias fortalecedoras que você precisa acionar para que a autodisciplina vá além de uma tática a qual se recorre de vez em quando e se torne uma característica do seu comportamento de vida. E finalmente (capítulo 5), vamos abordar as atitudes que você precisa tomar quando você ficar desorientado diante das adversidades e obstáculos que certamente surgirão para sabotarem os seus projetos: o que você deve fazer para superá-los, aprender com eles e seguir em frente. Boa leitura! Autor/Editor: Di Saval - C & T books Obra: 34 dicas para você Desenvolver (e Manter) a sua AUTODISCIPLINA. 2020 - C & T books ©Todos os direitos reservados (Di Saval/C &T books) Essa é uma publicação independente (C&T books) Revisão, preparação, capa, diagramação: C & T books ©Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução desse livro, total ou em partes, através de quaisquer meios. Os direitos autorais e morais do autor foram contemplados. A violação dos direitos autorais constitui um crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, Lei nº 6.895, de 17/12/1980), sujeitando-se à busca, apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610, de 19/02/1998). Pedido ao Leitor: O seu apoio é muito importante para o nosso trabalho. Portanto, se você gostar do livro, deixe uma AVALIAÇÃO na página da Amazon. É só procurar o livro, clicar em “escrever uma avalição” e “enviar”. Isso fará com que continuemos produzindo material relevante sobre Desenvolvimento Pessoal e Autoconhecimento e Qualidade de Vida com preços acessíveis para todos. https://www.amazon.com.br/dp/B07L7H92M5 Sumário Introdução: 1 Afinal, o que é essa tal de Autodisciplina? 1. O que queremos dizer quando falamos autodisciplina? 2. O que esse conjunto inteligente de atitudes eficazes gera de maneira prática? 3. Então, quais os são benefícios resultantes da autodisciplina? 4. O que é preciso para desenvolver a autodisciplina depois? 2 Os pré-requisitos da autodisciplina duradoura 5. É hora de tomar uma decisão. 6. Esqueça a motivação, escolha o hábito! 7. Que todos os “seus movimentos sejam friamente calculados”. 8. Otimize os processos: quanto mais difícil, mais fácil! 9. Use a técnica do “Quando... Então”. 10. Mas e “quando” eu escorregar, “então” eu vou... 11. Discipline-se pondo o seu foco nos outros. 12. Seja um minimalista digital. 13. Ritualize os seus hábitos. 14. Crie um ambiente competitivo. 15. O que você não faz é tão importante quanto o que você faz. 16. Você só precisa de um dia para ser disciplinado. 3 Um passo a passo para a Autodisciplina 17. Defina o que você deseja. (#Etapa 1) 18. Elenque as mudanças necessárias. (#Etapa 2) 19. Encontre “figuras-modelo” que lhe deem inspiração. (#Etapa 3) 20. Identifique motivos e obstáculos. (#Etapa 4) 21. Desenvolva um plano de ação. (#Etapa 5) 22. Preste contas a alguém. #Etapa 6 4 Dicas para fortalecer a sua Autodisciplina 23. Cultive uma mentalidade disciplinada. 24. Visualize seus resultados desejados. 25. Crie um ambiente de apoio. 26. Priorize suas tarefas e atividades. 27. Acompanhe seu progresso. 28. Torne as coisas agradáveis e divertidas. 5 Como manter a autodisciplina diante das adversidades? 29. Nada de desculpas ou reclamações! 30. Evite cair na armadilha da procrastinação. 31. Simplifique, simplifique o máximo que puder. 32. Reconheça que a sua capacidade de resistir às tentações é limitada. 33. Você prefere provar a Delícia ou evitar a Desgraça? 34. Lembre-se de que o fracasso sempre faz parte do sucesso. DicaBônus: 35. Autodisciplina não tem nada a ver com Perfeccionismo. Conclusão: Fontes: Meus outros livros: QUER LER DE GRAÇA? Meus Contatos Sobre o Autor: 1 Afinal, o que é essa tal de Autodisciplina? 1. O que queremos dizer quando falamos autodisciplina? Então, o que é a autodisciplina, realmente? O que significa ser alguém disciplinado? Uma definição poderia ser que a autodisciplina consiste em encontrar razões convincentes para fazer algo e depois comprometer-se em concluir essa tarefa. Para possuir autodisciplina é necessário ter um desejo, um impulso e uma motivação internos que façam você avançar na direção de um objetivo, seja ele qual for. No entanto, não se trata apenas da busca de um objetivo. A autodisciplina é a capacidade de controlar ou gerenciar desejos e impulsos, com o intuito de manter o foco em tudo aquilo que precisa ser feito – por tempo suficiente – para se alcançar alguma coisa. Assim, a autodisciplina exige que nós nos comprometamos com ganhos a longo prazo, e que não nos deixemos influenciar pelas armadilhas das gratificações instantâneas que tentarão nos seduzir nessa jornada. Ou, como diz o coach Remez Sasson: “Ao contrário do que se pensa, a autodisciplina não significa ser duro consigo mesmo ou viver um estilo de vida limitado e cheio de restrições. Autodisciplina quer dizer autocontrole, que é um sinal de que a pessoa tem firmeza interior e que é capaz de gerenciar a si mesma, em suas ações e reações.” Embora seja boa essa definição, ela não descreve inteiramente ainda o que realmente significa nos disciplinarmos. Portanto, precisamos destrinchar o tema mais um pouco e irmos um pouco além, a fim de relacioná-la com o processo de formação de hábitos. Sim, porque a autodisciplina se traduz em operacionalidade, ela é basicamente feita de atitudes inteligentes. Com isso em mente, a autodisciplina se torna um processo de construção de hábitos diários consistentes que vai ajudar você a obter os resultados desejados. Ou, dito de outro modo: Quando você tomar atitudes consistentes que lhe sirvam para a criação de hábitos que subsequentemente o levarão a atingir os seus objetivos, pode-se dizer que você se tornou uma pessoa autodisciplinada. A autodisciplina, diretamente falando, é a capacidade de decidir e de tomar atitudes inteligentes em função de um ou de vários objetivos específicos. 2. O que esse conjunto inteligente de atitudes eficazes gera de maneira prática? Ter autodisciplina não é apenas fazer algo de maneira consistente, mas sim se regular de forma sistemática, saber corrigir e adaptar o próprio comportamento diante das mudanças nas condições e das circunstâncias da vida. A autodisciplina, portanto, prepara você para seguir um conjunto específico de regras e de padrões que moldam e alinham os seus pensamentos e comportamentos de acordo com as tarefas que você tem para realizar. A posse dessa habilidade faz com que você persista em suas decisões e planos até que você os tenha cumprido, haja o que houver durante o percurso. A firmeza interior que a autodisciplina gera, faz você superar vícios e manias; ajuda a evitar a procrastinação e a preguiça; e a levar adiante o que quer que você decida fazer. Diante disso, é bastante claro ver o valor de cultivar a autodisciplina. Por ser um dos ingredientes importantes do sucesso ela não somente vai melhorar a sua produtividade, mas também aumentará: A sua perseverança, para continuar em frente em meio às dificuldades. A sua resiliência diante dos fracassos e contratempos. O seu autodomínio, que é a capacidade de se conter perante as distrações. A sua eficácia, pois cada vez você fará tudo mais rápido e com menos esforço. A sua percepção para identificar e afastar as emoções e os pensamentos destrutivos. A sua responsabilidade e confiabilidade, com relação a você e àqueles que por acaso dependam do seu trabalho. 3. Então, quais os são benefícios resultantes da autodisciplina? Os benefícios mais imediatamente perceptíveis da autodisciplina, caso lhe interesse, são a autoconfiança e a autoestima. E por que esses dois? Porque esses dois componentes que compõem o tripé da nossa saúde emocional (o outro elemento é a autoimagem ou autoconceito) se alimentam de conquistas. Ou seja, essas duas características só existirão em nós se estivermos crescendo na vida. Quanto mais disciplinado você se mostra, mais amor próprio você sente e mais autoconfiante você se torna. Quanto mais você confia em si e gosta de você, mais você avança, e cada vez de modo mais rápido e fácil. A disciplina melhora também. E qual poderiam ser os outros benefícios de um processo de realização pessoal bem-sucedido como esse? Se você disse felicidade e satisfação, você acertou! Por outro lado, a falta de autodisciplina leva a diversos fracassos e perdas: na área da saúde física, nos relacionamentos afetivos, na vida estudantil, profissional ou financeira. O mais curioso é que a maioria das pessoas reconhece a importância e os benefícios da autodisciplina. Muitas até seriam capazes de fazer uma lista quase perfeita desses benefícios. Mas muito poucas pessoas tomam as medidas necessárias para desenvolver e fortalecer a autodisciplina. Falando em lista, quer mais alguns motivos para se tornar uma pessoa disciplinada? Vamos a eles. A autodisciplina ajuda você a: ü Evite tomar atitudes precipitadas e por impulso. ü Cumprir as promessas que você fizer para si e para os outros. ü Continuar trabalhando em um projeto, mesmo depois que a empolgação inicial já tiver ido para o brejo; ü Ir à academia, correr ou nadar, mesmo que sua vontade seja a de ficar em casa, navegando ou vendo séries. ü Continuar empenhado naquela dieta e resistir às tentações alimentares ou de sedentarismo; ü Acordar cedo, quando necessário; ü Superar o hábito de ficar navegando na internet sem sentido ou propósito; ü Começar a ler um livro e só parar quando termina-lo. ü Ter uma vida produtiva, organizada e satisfatória. 4. O que é preciso para desenvolver a autodisciplina depois? A autodisciplina, como você já deve ter percebido, não é algo com o que nascemos, mas uma habilidade que aprendemos a desenvolver ao longo de muitos anos. Na verdade, ela é muita parecida com um músculo que vai se fortalecendo quanto mais o exercitamos. Como toda habilidade, afinal. Para começar a cultivar a autodisciplina, no entanto, alguns fatores ou elementos precisam estar presentes. Alguns deles vêm de dentro de você, enquanto outros vêm de fontes externas. Vamos explorar esses fatores abaixo. Mas há algo principal e que deve estar na raiz de toda essa sua busca: Você precisa ter um PORQUÊ! A autodisciplina só se desenvolve se você tiver um desejo muito forte de alcançar um objetivo específico. Esse é o seu porquê. Sem esse porquê na raiz de todo o processo, há muito pouca esperança de que você se torne alguém realmente disciplinado. Fato. Como diz Simon Sinek no seu ótimo livro Comece pelo Porquê, e depois em outro volume instigante Encontre o seu Porquê, você pode se esforçar, se esmerar, imitar os outros, seguir todas as técnicas, mas sem um porquê não demorará para você esmorecer e largar tudo de lado. O porquê. O porquê é que faz você se levantar e seguir adiante quando cai. Esse é o segredo das pessoas que perseveram, e que você tanto admira. O porquê. É tudo do que você precisa para começar e continuar até o fim. A autodisciplina precisa de combustível, e esse combustível precisa vir de dentro, daquele porquê. Caso contrário, será uma luta para você manter o foco por muito tempo. https://amzn.to/2IoGYjx https://amzn.to/38tor02 Você precisa de inspiração e motivação. Inspiração, podemos obter de muitas coisas, às vezes até provenientes de fora. Já a motivação, não. Essa tem que ser algo que vem do seu interior, ela nasce do porquê. Sobre motivação extrínseca e intrínseca, eu já falei nesse livro: MOTIVAÇÃO: Um Manual (quase) Definitivo Você tem inspiração e motivação quando possui razõesconvincentes o bastante para levar a cabo qualquer tarefa ou projeto com que você tenha se comprometido. Logo, se você quiser se inspirar e se motivar de maneira de maneira consistente – você precisa, antes de qualquer coisa, se conhecer. Pergunte a si mesmo: O que eu quero? Por que eu quero isso? Por que especificamente eu preciso seguir adiante e fazer isso? Quanto mais motivos convincentes e apaixonantes você conseguir identificar, mais combustível, você terá para impulsionar a construção da sua disciplina. O porquê é o mesmo que um propósito, o que por sua vez se manifesta por meio das coisas pelas quais você tem paixão. Sempre que se fala de disciplina, se cita uma das famosas frases do escritor e poeta americano Charles Bukowsk – que embora não seja um exemplo de inspiração nos diversos outros aspectos da sua vida, se mostrou persistente e perseverante para se tornar um grande escritor depois dos 40 anos: “Descubra o que você ama e depois deixe que isso te mate.” É claro que ninguém precisa literalmente morrer por coisa alguma, mas a ideia quase explícita é que o indivíduo precisa gostar muito de algo, antes de querer desenvolver aquilo até não poder mais. Ou seja, na base de tudo o que você quiser fazer, seja produzir, seja ter foco, seja se autodisciplinar, você precisa aplicar o que ficou conhecido como o https://amzn.to/30iCuFM “Efeito Bukowski”, expresso na frase acima. 2 Os pré-requisitos da autodisciplina duradoura Você sabe por que é tão difícil desenvolver uma habilidade como a autodisciplina? Porque ela é uma daquelas habilidades que exigem, mais do que qualquer outra, absoluto e extremo compromisso. E compromisso não é algo assumido por decreto, mas depende de certas condições. O erro de muito manuais de disciplina é começar elencando as técnicas e estratégias, sem considerar antes as condições e elementos fundamentais que farão com que aprendamos uma habilidade e a mantenhamos para a vida. Essa é a razão desse capítulo. 5. É hora de tomar uma decisão. Todo autodisciplina, na verdade, começa com a decisão de se tornar alguém mais disciplinado. A tomada de decisão é um processo cognitivo que ajuda a mapear as consequências de suas ações. É a decisão que, por fazer você ir ao encontro dos seus objetivos, acaba sendo o que moldará o seu destino. Em outras palavras, é nos momentos que você toma as decisões que você dá direção à sua vida. Sim, é claro que isso é óbvio. Mas essa obviedade que muitas vezes é negligenciada e faz você se condenar à “boa” e velha rotina. Portanto, não interessa se as decisões são grandes ou pequenas, muito ou pouco significativas. Elas fazem toda a diferença. Qualquer decisão que você tome ao longo do dia, do mês, da semana, moldará a sua vida de inúmeras e imprevisíveis maneiras. De fato, sua vida é como é hoje por causa de todas as decisões que você tomou no passado. Se você foi se decidiu pelo caminho mais fácil e “imediatamente gratificante”, você só podia chegar aonde chegou. Da mesma maneira, se algumas das suas decisões forem um pouco diferentes agora, você poderá estar em um lugar muito diferente em muito pouco tempo. Saiba que algumas decisões, se tomadas de maneira correta, poderão mudar sua vida de hoje para amanhã, literalmente! Portanto, todas as decisões que você toma são importantes e todas as decisões que você toma influenciam de algum modo a direção que a sua vida toma. Está disposto a se decidir pela autodisciplina? O jogo começa aqui. Essa é a “estaca zero”. Como estamos falando de disciplina e isso às vezes envolve outros fatores externos, há um processo racional do qual é bom se dar conta nesse ponto inicial. Ele se baseia em quatro tipos de decisão: ü Decisões que só você pode tomar. ü Decisões que as outras pessoas podem (ou influenciam você) a tomar. ü Decisões que você não pode se dar ao luxo de tomar. ü Decisões que você não pode deixar de tomar. Aparentemente, essas quatro decisões podem não ter muito significado num primeiro momento. No entanto, se você colocar essas decisões no contexto de sua vida em busca da disciplina pessoal, descobrirá que elas se tornam de extrema importância. Vejamos isso mais de perto. Há certas decisões que você deve tomar sozinho ao longo do dia. Coisas como escovar os dentes, escolher que roupa usar, fazer uma pausa no banheiro, almoçar etc. Essas são decisões que você provavelmente toma sozinho, sem depender de ninguém. Depois, há decisões que outras pessoas podem tomar por você. Naturalmente, essas decisões variam de acordo com a sua idade, vida e circunstâncias (caso você tenha um chefe, um cônjuge ou more com alguém, por exemplo). No entanto, o que é significativo aqui é perceber se você está colocando algumas decisões nas mãos de outras pessoas, para o seu bem ou para o seu mal. Essas outras pessoas estão tomando essas decisões por você e, desta maneira, estão controlando a direção de sua vida. Considere por um momento: Que decisões eu estou permitindo que outras pessoas tomem por mim? Como essas decisões afetam a minha vida e as minhas circunstâncias? Eu mesmo poderia tomar essas decisões? Seria mais vantajoso que eu tomasse essas decisões eu mesmo? É perfeitamente aceitável que outras pessoas tomem decisões por você, desde que seja sua escolha e você esteja feliz com a direção que sua vida está seguindo. No entanto, certamente isso não está certo se sua vida está sendo controlada por outras pessoas ou fatores externos – a menos que, é claro, seja para o seu bem maior. De qualquer forma, você deve reconhecer áreas da sua vida em que não está no controle do processo de tomada de decisão e ver a quem isso de fato interessa, se a você ou somente a eles – à família, à empresa, ao mundo... Saber disso de maneira muito clara faz toda a diferença na hora de você assumir os seus compromissos que vão mudar o rumo da sua vida. Enquanto você não separar bem isso, e se responsabilizar pelo que pode e deve fazer, estará sempre culpando os outros quando as coisas saírem do seu controle, e derem errado. O terceiro tipo de decisão que você normalmente toma são as decisões que você não pode se dar ao luxo de tomar. Essas são decisões que o desviam do seu objetivo. Quais decisões típicas me afastam dos resultados desejados? Como essas decisões afetam a minha vida de maneira negativa? Infelizmente, todos nós tendemos a tomar esse tipo de decisão por um motivo ou outro. A história do experimento do marshmallow, lembra-se? Às vezes, você pode se envolver demais com alguma coisa ou cair na armadilha de alguma gratificação imediata. Todos nós caímos na armadilha de tomar decisões que nos prejudicam e, logo em seguida nos vemos sobrecarregados, infelizes ou frustrados. E por que nos sentimos assim? Por que não estamos vivendo de acordo com as nossas prioridades e valores originais. E autodisciplina tem tudo a ver com aquilo que, lá no fundo, você valoriza e assume como verdade que se alinha com a vida que você está buscando. Tudo o que você precisa é aprender e entender quais atitudes vão promover ou melhorar a sua vida e quais não vão. Evidentemente você já está percebendo que autodisciplina tem uma íntima relação com o autoconhecimento. Portanto, sugiro que você se conheça melhor antes, para que consiga se tornar alguém disciplinado de verdade depois, e não apenas alguém que segue métodos de disciplina. Veja o meu livro: 5O Questões Provocativas para você desenvolver AUTOCONHECIMENTO Por outro lado, existe o quarto tipo de decisões. São aquelas decisões que nós não podemos deixar de tomar. Por exemplo: Você identificou que um dos seus hábitos mais prejudica do que ajuda você? Livre-se dele ou você não irá a lugar nenhum. Você não pode deixar de se livrar dele, se quiser crescer de algum modo. A falta de dinheiro para um projeto poderia deixar de ser um problema, caso você cortasse pequenos gastos diários? Risque tudo o que for supérfluo da sua lista de compras desde já. Toda e qualquer transformaçãona sua vida começa com a decisão consciente e deliberada de querer mudar. https://amzn.to/33UNTJL 6. Esqueça a motivação, escolha o hábito! Quando as pessoas pensam em motivação, elas geralmente esperam que algo exterior as faça se mover (daí vem o termo) na direção do que elas querem. Se no começo e superficialmente isso é bom, a longo prazo essa estratégia não tem como funcionar. Por exemplo: Vamos imaginar que você tenha um vizinho ou amigo que vive lhe dizendo que gostaria de perder peso. Quais as atitudes que ele toma para atingir esse objetivo? Assiste a vários vídeos fitness do YouTube! Lê todos os artigos sobre o assunto. Talvez ele compre revistas como a Runner’s Brasil ou a Men’s ou Women’s Health ou passe a acessar sites sobre boa forma física. E, para todo mundo saber, o que não faltam são fotos e imagens de gente sarada e se exercitando no seu Instagram! A maioria das pessoas funciona como esse seu amigo ou vizinho: primeiro procura o que as motivam e só depois procuram o que fará com que elas realmente se disciplinem. Não há problema algum em fazer isso. Mas elas param por aí, como se a motivação vinda do exterior, por si só, fosse leva-las a algum lugar. Elas confundem o ato de se motivar com o trabalho que precisa acontecer antes para que elas sigam em frente. E é exatamente isso que as impede de se tornarem disciplinadas. Obviamente é assim porque como elas não tem um porquê bem definido que lhe gere a motivação interior necessária. Mas mesmo a motivação intrínseca, gerada por aquele porquê, para se desenvolver precisa de uma coisinha simples: atitude consistente e coerente com ela. Em um estudo com 210 mulheres tentando parar de fumar, as participantes que imaginavam que chegariam lá sem muitos obstáculos eram menos propensas a reduzir o consumo de cigarros. Nem era preciso um estudo para que vejamos algo tão óbvio: ao tentar se motivar pensando somente nos elementos positivos da jornada ou do processo, isso pode dificultar até mais o alcance de seja qual for a meta. Ao pensar apenas no que pode acontecer de positivo, as suas atitudes serão menores ou mais tímidas, porque, motivado por uma visualização ingênua, a sua mente o leva a acreditar que aquele objetivo está ao alcance da mão e não será tão difícil atingi-lo. Você precisa, sempre que for se desenvolver em qualquer coisa, não agir como um ingênuo ou uma criança e tentar se motivar apenas por tudo de bom encontrará, mas deve considerar a realidade como um todo: com tudo o que ela exigirá de esforço, de esperteza e às vezes de sagacidade para superar os obstáculos! Voltando ao seu amigo ou vizinho preguiçoso e sedentário: ele pode achar, ainda que de modo inconsciente, que só o “exercício” de procurar material sobre boa forma já é muito e que não precisa se esforçar. Ou a disposição dele poderá se esgotar só nessa busca. Já viu ou viveu situações assim? A pessoa fala tanto em fazer ou realizar algo, que se cansa só na “preparação”, na “motivação”, e o “evento” em si nunca acontece. Quanto ao seu amigo, não podemos fazer nada por ele aqui. Mas e quanto a você, quer se disciplinar de verdade? Então, em vez de se concentrar em se motivar externamente concentre-se no trabalho: nos hábitos e rotinas necessários para atingir os seus objetivos. É a ação que gerará ou alimentará a motivação interior, e não o contrário. E você já deve ter ouvido aquela máxima: Não espere ter vontade para fazer alguma coisa, comece a fazer que a vontade aparecerá. Pense nas coisas que você deve fazer e comece a criar sistemas para torná-las parte de sua rotina diária. Se você quer perder peso, não faça exercícios apenas quando tiver tempo livre ou sentir vontade. Marque um horário e um número de dias da semana para fazer isso e saia de casa na data e hora marcada como se ela estivesse pegando fogo! Se você escreve (como eu) não escreva apenas quando se sentir motivado. Faça isso diariamente por pelo menos 3 horas! Está a fim de economizar mais dinheiro, não faça uma reserva apenas quando quiser comprar algo. Crie um sistema financeiro para reservar uma parte de sua renda: Dica: Sabe aqueles cofrinhos de plástico? Comprometa-se a colocar ali 5, 3, 1 real que seja, por dia. No final de ano você terá uma surpresa (e feita por você mesmo)! Caso queira usar a visualização como técnica, faça isso de maneira realista, veja-se fazendo o trabalho que é preciso fazer e vencendo todos os tipos de desafios e obstáculos ao longo do caminho também! Isso, sim, terá mais efeito e será mais eficaz do que apenas se visualizar atingindo as metas como se fosse um Super-Homem ou Mulher Maravilha, que resolvem as coisas quase sem nenhuma resistência! 7. Que todos os “seus movimentos sejam friamente calculados”. Todos nós temos o que podemos chamar de duas tendências de pensar: uma tendência emocional e uma tendência lógica. Elas não são independentes e não há como eliminarmos uma para manter a outra – e nem devemos buscar fazer isso, pois elas se completam de algum modo. Mas você pode, sim, intencionalmente buscar se inclinar para uma delas. Baseado no experimento do Marshmallow, do qual já falamos, o psicólogo Mischel propôs o que ele chamou de “sistema quente ou frio”. “O sistema quente refere-se à parte de nossa força de vontade que é emocional, impulsiva e que nos impele a agir de acordo com os nossos desejos. Quando tal sistema assume o controle, nós cedemos aos nossos desejos momentâneos e agimos de modo imprudente, sem considerar os possíveis efeitos a longo prazo. O sistema frio é a parte da nossa força de vontade que é racional, ponderada e nos permite considerar as consequências de nossas ações para resistir aos nossos impulsos. O sistema frio nos ajuda a procurar maneiras de distrair os nossos impulsos e a achar maneiras mais apropriadas para lidarmos com nossos desejos.” A tendência emocional faz você se sentir bem num momento e mal no outro. Ela impele você a tomar uma atitude imediata baseada nas sensações. A tendência lógica ajuda você a pensar com clareza sobre o que fazer. Ela analisa, de modo objetivo e lógico, e aponta a melhor direção. Talvez, para que você saiba escolher melhor, tenha mais impacto emocional sobre você a analogia dos dois lobos, você já ouviu falar? Haveria um lobo ruim e outro bom que carregamos dentro de nós: vence aquele ao qual mais alimentamos. Qual dessas duas tendências (ou “lobos”) você acha que precisa alimentar para ser alguém mais disciplinado? A resposta é óbvia: a tendência lógica. Mas, como costuma acontecer, as nossas emoções atropelam a nossa lógica e esta acaba não tendo muita expressão. Nesses momentos, só nos resta olhar para a realidade como ela se apresenta: você precisa reconhecer que há um conflito em seu interior. Quando as emoções explodirem, exigindo que você faça isso ou aquilo, reconheça as vozes delas e, deliberadamente, passe do calor para o frio, a tendência lógica de pensar e decidir. Isso se faz não em teoria, mas durante cada situação ou evento, assim que a solução mais fácil começar a se insinuar dentro de você. Você sabe que precisa fazer mais cinco ligações profissionais, mas acabou a motivação exterior e você só consegue pensar em parar? Em vez de se focar na motivação passageira, reconheça que mais ligações lhe trarão muitos outros benefícios amanhã. E continue ligando. Não pode abusar da comida porque está de dieta? Em vez de começar uma guerra interior entre emoção e razão, reconheça que você tem vontade de comer mais e simplesmente diga NÃO e resista a essa vontade! Precisa fazer uma arrumação em um cômodo ou pintar um móvel da sua casa no fim de semana, e já está achando que não terá tempo? Em vez de tentar pensar nas desculpas que já está arranjando, reconheça que está querendo fugir, não se comprometa com mais nada, separe o material, esvazie o cômodo ou limpe o móvel, para que a realização da tarefa se torne algo inescapável. É isso o que significa agir com frieza e racionalidade. Parapassar do estado emocional para o lógico, é preciso reconhecer honestamente como você se sente e costuma reagir. Só depois você terá como colocar em prática o a sua tendência lógica de pensar. As nossas emoções, no entanto, não são inúteis. Em muitos casos, são elas que nos avisam quando uma situação está nos fazendo bem ou não e nos servem de orientação para que saibamos até onde vale a pena resistir sem perdermos a nossa dignidade. Mas na hora de escolher entre o confortável e o necessário – de abandonar a motivação pelo hábito – as emoções imediatas (de medo, de incerteza) não serão as melhores conselheiras. Diante do certo e do confortável, as emoções serão muito mais favoráveis com relação ao último. A verdade é que ninguém pode controlar como se sente em todos os momentos e na maioria das situações da vida. Mas é possível escolher a resposta que vamos dar à situação. Portanto, não deixe que as suas emoções o arrastem mais por aí. Aprenda a reconhecê-las em cada momento decisivo, e faça a escolha certa usando o seu lado lógico. 8. Otimize os processos: quanto mais difícil, mais fácil! Mas que conversa louca é essa? Otimização sempre significou facilitar as coisas para resolvê-las do modo mais rápido possível e com o mínimo de esforço. Sempre foi, tem sido e será cada vez mais assim: há casas inteligentes tecnologicamente, carros autônomos, e para todo lado que nós viramos só se ouve falar dos famosos “hacks” (macetes) de produtividade. Eu apresento vários deles no meu livro: O Guia definitivo da PRODUTIVIDADE: Os segredos que ninguém quer que você saiba! Então, como fica isso de otimizar as coisas dificultando os processos? Precisamos evitar cair na armadilha da super otimização, que nos leva a querer se livrar de coisas que não nos causam impacto algum. O objetivo de tornar as coisas mais simples e fáceis não é o de fazer menos, mas o de eliminar as coisas não essenciais, para que você possa se concentrar apenas naquelas que importam. As pessoas mais disciplinadas fazem com que muitas áreas das suas vidas fiquem mais simples e fáceis otimizando – dificultando! – os processos – para que assim elas se tornem ainda melhores naquilo que já fazem bem! Os atletas tomam banhos gelados para se recuperarem mais rapidamente; Os autores se forçam a escrever certo número de palavras antes do café da manhã; Aprendizes de idiomas interagem mais horas naqueles idiomas para atingirem a fluência de modo mais rápido. Estudantes em geral leem mais algumas vezes a matéria para se certificarem de que estarão preparados para a prova. Imagine uma coisa que você precisa fazer de forma consistente. Imaginou? Agora imagine que você terá que fazer essa mesma coisa numa versão duas vezes mais difícil. https://amzn.to/2BnSGaD E aí, como você se sente com relação à sua versão original, mais simples? Parece bem fácil agora, não é mesmo? “Olha, pensando bem, até que não é tão ruim”, você vai pensar. E de repente aquele seu trabalho ou projeto (aquele quarto que você precisa limpar ou pintar!) já não será nenhum desafio! Ir além da sua “zona de conforto” mesmo na fase da preparação, não apenas vai ajudar a melhorar o que você está planejando ou já está fazendo, como também facilitará os hábitos e rotinas de nível básico e menos assustadores que o processo exige. Comigo já aconteceu de ter algo para fazer que eu achava tremendamente incômodo. Mas por puro comodismo. De repente, outra coisa muito pior aos olhos de qualquer pessoa (envolvendo um problema de saúde) ocorreu, e eu tive de resolver tanto essa situação como a primeira ao mesmo tempo, porque não havia quem ajudasse. Após um tempo, quando tudo já havia voltado aos eixos, eu reavaliei a minha situação original. E como ela parecia doce, agradável e suave para a minha sensibilidade agora... É melhor imaginar do que experimentar a pior da situação, eu adianto. Então faça isso. Imagine que tudo poderia ser pior, e as coisas menores que você terá para fazer lhe desinstalarão do seu comodismo bem rápido. Sobre a fuga das coisas difíceis, nos ensina Leo Babauta, autor de desenvolvimento pessoal: O que você pode dizer a si mesmo é que está na hora de parar de fugir. Você se colocará em desconforto, um pouco de cada vez, e ficará bem com isso. Esse será um dos seus super poderes. Enquanto os outros fogem, você fica bem (mesmo que nem sempre seja divertido). Veja que não é o fim do mundo. Perceba que você é grande o bastante para lidar com o desconforto. E os resultados valerão a pena. Quando você se esforça para percorrer 6 quilômetros de vez em quando, correr a metade disso nos outros dias se torna fácil, em comparação. Quando você se desafia a escrever 3 mil palavras por dia toda semana, escrever mil palavras nos outros dias não vai lhe gerar tanta resistência. Se você escolher, aqui e ali, uma música mais desafiadora para praticar no violão, guitarra ou piano, todas as outras músicas parecerão muito mais fáceis depois. Pessoas altamente disciplinadas fazem assim, e você também precisa fazer desse jeito as coisas se quiser ser alguém mais disciplinado, seja em uma área ou na sua vida em geral. Agora, deixe eu lhe dizer, aliás, fazer você notar uma verdade muito óbvia da sua vida: Você já faz as coisas desse jeito em alguns campos da sua vida. Só não se dá conta disso. Há coisas que você já vem fazendo e, porque viraram um hábito, provavelmente você nem precisa mais de qualquer motivação para realizá-las. Tente observar isso na sua vida. Aposto que há pelo menos um campo na sua vida que você age pela razão, e embora as emoções não parem de dar palpite, você não cede aos apelos delas. Talvez você seja assim na área financeira ainda que não seja na área afetiva. Ou vice-versa. Quem sabe você também não desafie a sua resistência física aqui ou acolá, otimizando ou dificultando certos processos, para concluir um trabalho ou realizar uma tarefa, porque você sabe que ao fazer assim poderá ir muito mais longe? Dê uma olhada, em que área da sua vida esse seu lado mais eficiente se manifesta. Ele existe, e está lá. Todos nós assumimos bons hábitos ou ao menos os ativamos quando a necessidade bate à porta ou, como diz aquele ditado popular, “quando a água bate na bunda”... Observe as suas rotinas e pense em como você já aplica essas três mudanças mentais (hábitos, atitudes racionais, otimização) em outras áreas da sua vida. Reflita e veja como, por fazer as coisas desse jeito, você costuma se sentir depois ou que resultados você obtém ou já obteve. Então, porque não estender essas atitudes e sentimentos por mais tempos e para mais áreas da sua vida, com o que você só terá a ganhar? Pense em como você pode fazer isso. Uma área por vez. Devagar, como tudo na vida que nós queremos que funcione e se estabeleça. É atribuída a ninguém mais e ninguém menos do que a Bruce Lee, a seguinte frase: Não peça por uma vida fácil, peça força para suportar a vida difícil. 9. Use a técnica do “Quando... Então”. Em minhas pesquisas para escrever sobre esse tema, eu encontrei a técnica a seguir e achei-a interessante. Funciona assim: Escolha uma atividade da sua rotina cotidiana e escolha uma ação a ser tomada após essa atividade rotineira. Por exemplo: Quando eu me levantar da cama, então eu vou correr. Quando eu sair do trabalho, então eu vou direto para a academia. Assim que eu terminar de ler, então eu vou fazer o resumo. A afirmação “quando-então” funciona porque teoricamente ela implantaria um gatilho em nossa mente subconsciente para executar as ações seguintes sem exigir muito raciocínio. Há três formas simples de aplicar essa técnica. 1) Torne a primeira ação (o “quando” ) a mais simples possível. Um dos maiores e mais óbvios desafios para alcançar algo que valha é que, muitas vezes, nós nem damos o primeiro passo. É igual aqui. Para fazer com que as afirmações do tipo “quando-então” funcione, torne a sua tarefa a mais simples e fácil de executar possível. O melhor seria lançarmão da rotina ou do hábito que você já tem como gatilho, caso você não tenha uma atitude mais simples em vista: Quando sair do banho, então vou estudar. Quando terminar de assistir a série, então eu vou escrever (pintar, enviar e-mails, divulgar o meu trabalho, etc.). Assim que eu terminar a leitura da matéria da prova, então vou assistir a um vídeo sobre um tema relacionado. 2) Celebre quando terminar o “então”. Você precisa se sentir bem durante esse processo. Para isso, procure celebrar quando tiver concluído a sua tarefa planejada seguinte, por menor que ela seja. Por exemplo, se você havia planejado correr após o trabalho, e o fez, ao voltar do treino festeje a execução do seu compromisso. Associar a tarefa final a emoções positivas fará com que você queira sentir mais daquilo no futuro. O que levará você a repetir o processo. 3) Se você começar a pensar demais, pare e comece a agir. Essa técnica do “quando-então” não impedirá que nós percamos tempo decidindo o que fazer, às vezes. Ainda mais no começo, quando a tarefa for novidade ou quando ela não nos parecer tão agradável. Mas o objetivo central dessa técnica “quando-então” é tornar tudo automático e facilitar ao máximo a tomada de decisões. Então, pare de pensar se você deveria ou não fazer aquilo, se teria outro jeito de fazer melhor, se haverá erros... E comece a fazer! É claro que tudo o que você decidir executar sem ter que pensar muito já deve fazer parte do seu plano racional e lógico, ou seja, deve envolver somente as coisas que de algum modo farão bem para você. Portanto, nada de sabotar a técnica com algo do tipo: “Quando eu terminar o treino, vou tomar um sorvete ou pedir uma pizza!” Isso evidentemente, não vai ajuda-lo. 10. Mas e “quando” eu escorregar, “então” eu vou... Bem, é claro que em muitas ocasiões você não vai agir e reagir de maneira tão racional e lógica. Ninguém consegue. Essa técnica não deve ser usada somente para fortalecer os nossos novos comportamentos e atitudes. Ela também pode servir como um “plano B” para quebrar os nossos maus hábitos quando sairmos da linha. Exemplos: Quando eu comer um bolo de chocolate, então eu me comprometo a me exercitar o dobro do normal. Quando eu quebrar a minha rotina de leitura matinal, então farei isso por uma hora antes de dormir. Lembre-se, a maioria das pessoas vai falhar no cultivo de um novo comportamento logo de cara. Você não será exceção. É normal. Mas não é porque você sai dos trilhos uma vez que vai largar tudo de mão para sempre. Em vez de culpar as pessoas ou os eventos externos que você não pode controlar, planeje com antecedência as suas coisas para não ter de adiar ou ficar usando a técnica como “plano B” o tempo todo. Crie um plano “quando-então” para fortalecer o seu autodomínio. Você não é uma máquina programada para seguir implacavelmente sempre adiante. Quando fraquejar ou cair, apenas reconheça o ocorrido (e que pode voltar a ocorrer!), se recomponha e retome o seu caminho. 11. Discipline-se pondo o seu foco nos outros. Parece estranho que para desenvolver algo tão pessoal como a disciplina, tenhamos de nos voltar para os outros. Mas eis como isso pode funcionar: Quando estiver em dificuldades, procure a sua motivação interior mais profunda. Será que o seu trabalho/exercício/projeto não é somente para si mesmo, mas também acabará impactando, de algum modo, alguém mais? Por exemplo: Eu estou escrevendo este livro para ajudar os meus leitores (e outros que virão) a resolverem certos problemas e se tornarem mais eficientes e atingirem os seus objetivos na vida. Logo, o livro precisa ficar do melhor modo possível a fim de gerar real benefício para as pessoas que o acharem e comprarem. E isso faz parte da minha motivação interior. De repente você pode estar trabalhando para ser mais saudável, não apenas para você, mas como um exemplo para os seus filhos e para outras pessoas. Ainda que você nem tenha noção de que está sendo motivo de inspiração para eles. Se você for um praticante de meditação, os efeitos dessa prática não serão apenas para a sua própria paz e sanidade emocional, mas recairão sobre os seus relacionamentos com as pessoas: veja, os outros também ganham! Caso você tenha um trabalho que envolva algum outro tipo de arte como desenho, escultura ou música, certamente você não faz isso apenas para você. Em cada exemplo dado acima, ou seja lá qual for a atividade que você tenha, você pode e deve procurar se beneficiar dela em primeiro lugar, obviamente. Mas também sempre há um aspecto ou função social em tudo o que fazemos. Por mais simples ou comum que seja o seu trabalho ou atividade, ele sempre poderá beneficiar outras pessoas, ainda que você não esteja se dando conta disso no momento. Mesmo se você for apenas um estudante. Quem estuda mais, faz provas melhores. Pode se formar e se tornar um profissional mais qualificado, e terá um desempenho melhor no ambiente de trabalho. Novamente, o ganho será individual, mas também será coletivo. Quando notamos que tudo o que fazemos beneficia ou inspira os outros de alguma forma, isso é bem mais animador do que saber que o que nós fazemos só tem efeito sobre nós mesmos. Para sermos bem honestos – e se você parar e pensar notará sem muita dificuldade – NADA do que nós fazemos é exclusivamente para nós mesmos. Nem mesmo quando nós vemos um filme, sozinhos, no escuro da nossa sala ou de um quarto. Há obras do cinema que nos inspiram, nos relaxam, nos fazem pensar... E advinha em que isso vai acabar influenciando? Nas nossas relações humanas! Experimente. Tente fazer uma tarefa difícil, pensando no efeito que ela terá sobre as outras pessoas. Se for possível – caso você tenha um canal ou seguidores numa rede social – diga a eles com antecedência que você fará isso por eles, e continue pensando neles durante a execução daquela tarefa. Veja se você se sente ou não mais motivado. Com certeza, a sua experiência e os seus sentimentos durante o preparo e a execução da atividade ou da tarefa serão bem diferentes. Aquilo terá um sentido maior porque estará colaborando para mudar o mundo! 12. Seja um minimalista digital. A tecnologia digital se tornou tão difundida em nossas vidas que muitos de nós nem sequer se dá conta do quanto ela influencia na nossa capacidade de parar, de se concentrar e de nos dedicar a algo que precisamos fazer. A melhor forma de sair disso é o chamado Minimalismo Digital. A melhor definição de minimalismo digital é essa de Cal Newport: “O minimalismo digital é uma filosofia que ajuda você a questionar quais ferramentas de comunicação digital (e comportamentos associados a elas) agregam mais valor à sua vida. É motivado pela crença de que limpar intencional e drasticamente o ruído digital de baixo valor e aprimorar o uso das ferramentas que realmente importam têm o poder de melhorar significativamente a sua vida.” Segundo o psicólogo Nick Wignall, você precisa assumir essa filosofia, caso o seu trabalho ou a sua vida estejam sendo prejudicados pelos seguintes hábitos: Ficar verificando de modo compulsivo o seu Facebook, Instagram, Whatsapp ou o e-mail; Viver assistindo séries na Netflix ou vendo vídeos no YouTube, fora de hora; Desviar-se do seu trabalho por causa de um novo post em um grupo ou página que você segue, etc. Viver baixando aplicativos – inclusive sobre disciplina e produtividade – que em vez de acelerarem a sua vida só servem para sobrecarregar e encher de tralha o seu celular. Que diminuir essas manias ou eliminar esses hábitos tecnológicos seria uma proeza e tanto, ninguém em sã consciência irá duvidar. E é aqui que entra a prática do Minimalismo Digital! A melhor maneira de começar é experimentar um tipo de desafio para você se “desintoxicar” digitalmente. A ideia básica é remover toda a tecnologia digital opcional da sua vida por um período fixo de tempo. Que tal durante 24 horas? E, como alternativa, você poderá colocar em dia, nesse período de tempo, tudo o que está atrasado? Se gostar– e você verá que nem doerá tanto assim – você pode expandir isso para mais horas ou mais dias da semana. Quem sabe, com o tempo, você não chegue a ter até os dias “off-line” da semana? Avance no seu ritmo, do seu jeito, sem pressão. Mas faça isso pelo seu próprio bem. O autocontrole digital possui dois benefícios importantes: 1) Você terá uma boa noção do que é não ficar sob o bombardeio das distrações digitais 24 horas por dia, 7 dias por semana. Depois que você tenta isso uma vez, nota que é bom e lhe faz bem. Tal sensação motiva você a seguir adiante com uma tarefa para a qual até então era difícil arrumar tempo. 2) Depois de terminar o desafio, você pode decidir com mais calma quais tecnologias e comportamentos digitais devem voltar ou não para a sua vida. Não tenha a menor dúvida de que, após essa experiência, você se verá em condições bem melhores para avaliar quais as tecnologias e comportamentos digitais realmente se alinham com seus valores e interesses de vida ou não. Você perceberá que muitas dessas tecnologias só entraram na sua vida pelo modismo, porque lhes forma empurradas, e não por que você realmente precisa delas. 13. Ritualize os seus hábitos. Vejamos como o coach de desempenho Jay Henderson fala sobre o poder de criar hábitos e rituais. “O nosso subconsciente funciona de maneira automática, sendo assim, temos apenas 5% de nossa mente consciente para combater os hábitos subconscientes que construímos ao longo de meses, anos e, em alguns casos, de uma vida inteira.” Esteja ele certo ou não quanto à porcentagem dos nossos processos mentais subconscientes, o fato é que não só precisamos criar novos hábitos, mas praticá-los dentro de uma lógica funcional. Você vive dizendo que quer começar a se exercitar, mas continua silenciando o celular toda manhã quando ele toca, avisando-o desse seu compromisso. E hoje já se sabe: Quanto mais específicos nós somos sobre o que queremos fazer, mais a mente nos ajuda com tudo o que é preciso para fazer aquilo: impulso, energia, entusiasmo, foco, otimismo e criatividade. Pesquisas mostram que quando uma pessoa dedica um tempo para refletir sobre o “o que, o onde e o quando” de uma nova tarefa, ela tem 70% mais chances de realiza-la. A lição que se tira disso? Você precisa se tornar ultra-específico sobre as coisas que pretende e pensa em fazer. Vamos aproveitar o exemplo do correr, mas isso vale para qualquer coisa. É preciso listar as etapas bem específicas que irão ajudá-lo a se levantar e se mexer. O exemplo abaixo é só uma sugestão (adapte-o para qualquer outra coisa): Passo 1: defina a meta de levantar para correr às 6h. Passo 2: coloque a roupas e o tênis do lado da cama, na noite anterior. Passo 3: programe o alarme do celular, mas deixe o aparelho à uma distância https://www.jayhenderson.org/ que você precise levantar para desliga-lo. Passo 4: monte o cenário de tal modo que você precise acender as luzes para encontrar o celular e desligar o alarme. Passo 5: deite-se em um horário que lhe permita descansar o suficiente para estar disposto pela manhã. Imagine o processo que você vai seguir no dia seguinte. Passo 6: no dia seguinte, levante-se, acenda a luz, encontre o celular e desative-o, vista-se e calce o tênis. Passo 7: se for do seu agrado, como uma fruta ou tome um copo de água. Passo 8: saia, aqueça-se e corra. Passo 9: repita esse processo três vezes por semana. Esse processo funciona porque ele envolve todos os sentidos nessa movimentação, além de dar a você um senso de missão. Sua mente, que quer fazer você agir de acordo com a imagem que você projetou de si na noite anterior, vai fornecer a energia, o impulso e a motivação necessários para você reagir quase que automaticamente naquela manhã. E quanto mais você faz assim, as chances de você passar a funcionar e se comportar dessa forma aumentam exponencialmente. Seja lá qual for a tarefa a que você se dedique. E como nos esclarece a autora e expert em desenvolvimento pessoal, Tracy Kennedy: “Isso acontece porque lá na sua mente subconsciente, onde os seus hábitos são armazenados, não resta a menor dúvida sobre o que você quer.” Perceba que você fez tudo seguindo uma ordem pré-estabelecida e deve repetir essas ações até elas formarem parte da sua vida e a fazerem falta quando você falhar no seu compromisso com elas. É a isso que eu estou chamando de ritualização dos hábitos. Um ritual é parcialmente definido como uma cerimônia que consiste em uma série de ações que são executadas seguindo uma ordem pré-definida. É nesse nível que deve chegar o seu grau de especificidade para que você consiga superar a força dos hábitos ruins e substituí-los por hábitos construtivos, até que eles se tornem tão automáticos quantos os anteriores! Quando você ritualiza os seus hábitos, isto é, executa-os sempre do mesmo modo e de forma ordenada, eles se estruturam em sua mente e comportamento. Como saber que é assim? Oras, foi desse jeito que todos os seus hábitos ruins se estabeleceram. A diferença é que, com eles, você seguiu o processo inconscientemente... 14. Crie um ambiente competitivo. A dica final sugere que você crie um ambiente competitivo que o faça cada vez crescer mais na sua disciplina pessoal. Ei, mas isso não significa que você vá ter de competir com outras pessoas. Certamente você pode colocar-se neste estado de espírito e ter condições para isso. É uma maneira de se disciplinar também. Contudo, a grande competição de que estamos falando é com você mesmo. E não é essa a melhor forma de comparação e a mais construtiva forma de competição? Comparar os seus resultados atuais em relação ao seu desempenho passado pode ser um método útil para ajudá-lo a manter o foco, a se motivar interiormente e a aumentar cada vez mais a sua autodisciplina. De fato, esse é o único ingrediente-chave que continuará a alimentar a sua disciplina, mesmo quando todo o resto não corresponder às suas expectativas. A competição com você mesmo estará sempre sob o seu total controle. 15. O que você não faz é tão importante quanto o que você faz. Preste atenção nas coisas em que você anda gastando o seu tempo e energia. Veja o quanto desses recursos você está perdendo com coisas que não levarão você a lugar algum. De acordo com um estudo, o adulto comum passa cinco horas por dia olhando para a tela do seu celular. Pode parecer loucura, mas se considerarmos os mais exagerados entre nós, o tempo pode ser ainda maior. Então, se o que você precisa fazer não depende do mundo digital, pare de virar rolando os seus feeds, e isso lhe renderá um tempo precioso para construir a vida organizada e focada que você quer. Pense que você terá, em média, mais 5 horas do dia para trabalhar a seu favor! E quanta coisa não é possível realizar dentro de um período assim...! https://www.inc.com/jessica-stillman/scientific-proof-that-our-collective-smartphone-addiction-is-totally-out-of-cont.html 16. Você só precisa de um dia para ser disciplinado. Como assim se tornar disciplinado em apenas um dia, depois de tudo o que foi dito? Simples. E você vai usar exatamente tudo o que foi explicado até aqui para fazer isso. Escolha um dia da semana. Na noite anterior, você fará uma lista de tudo o que você precisa e que seja possível de se realizar naquele único dia seguinte. Inclua no topo da lista, a higiene e o seu café da manhã também. No dia seguinte, siga a lista à risca. A cada tarefa concluída, vá até a lista e risque aquele item, e passe para o seguinte. Faça isso como se você dependesse daquele único e exclusivo dia para executar aquelas tarefas. Se você fizer tudo como programado, ao final do dia você verá: ü O quanto avançou em coisas que estavam paradas há dias ou semanas (e até anos); ü O quanto não pensou em bobagem; ü Quanta besteira deixou de fezer; ü O quanto economizou de tempo e dinheiro com o que não devia gastar; ü Que você pode fazer o que quiser, quando decide e assume fazê-lo; ü VOCÊ PODE SER DISCIPLINADO! Umefeito emocional de bônus? No final de um único dia, você irá se sentir muito melhor consigo mesmo. Olha que maneira simples e fácil de elevar a sua autoestima e autoconfiança! Gostou? Ok, então repita o mesmo processo com outro dia. Depois, por uma semana. E quem sabe em breve, você já não seja capaz de estender isso por um mês inteiro...? 3 Um passo a passo para a Autodisciplina Agora, sim, uma vez que você aprendeu o que é e ao menos está ciente dos requisitos para ser uma pessoa realmente disciplinada e não apenas alguém que ativa a disciplina de vez em quando, vamos tratar dos aspectos práticos da autodisciplina. É um passo-a-passo e está dividido em seis etapas. Você pode usar esse processo a qualquer momento e em qualquer lugar. Mas, lembre-se de que, como em qualquer processo, pode demorar até que você adquira o hábito de aplicá-lo de forma consistente em sua vida. Portanto, seja paciente consigo mesmo e veja a autodisciplina como uma semente que você planta, rega todos os dias, até ela se tornar uma árvore e dar frutos. 17. Defina o que você deseja. (#Etapa 1) O primeiro passo desse processo é ter clareza sobre o que você deseja alcançar. A autodisciplina só persiste se for canalizada e direcionada para um resultado bem específico que você deseje alcançar. Esse resultado pode ser uma aquisição material (Comprar alguma coisa?), um hábito que você gostaria de desenvolver (malhar, ler mais?) ou qualquer outra coisa que você gostaria de transformar na sua vida. Ser bem específico é a ordem aqui. Para obter clareza sobre o que você deseja, pergunte-se: O que é que eu quero fazer, ser, ter ou alcançar? Qual hábito seria bom eu desenvolver? Que comportamento eu gostaria de mudar? Qual é a única coisa em que eu quero focar neste momento? 18. Elenque as mudanças necessárias. (#Etapa 2) Uma vez que você já tiver alguma clareza sobre o que deseja, é hora de descrever quais tipos de hábitos e de comportamentos serão necessários desenvolver para que você possa alcançar ou obter o que anseia. Em outras palavras, qual é o tipo de pessoa que você precisa se tornar para atingir o seu objetivo? Cada objetivo que estabelecemos traz consigo um conjunto específico de comportamentos e hábitos que estão intimamente ligados com aquilo que queremos alcançar. Com isso em mente, pense no seu objetivo e pergunte-se: Quais comportamentos eu vou precisar cultivar para alcançar essa meta? Que hábitos será necessário adotar para alcançar esse objetivo? Ao responder a essas perguntas, é importante também trazer à mente quais são seus valores fundamentais, dos quais você não abre mão e que vertebram o seu jeito de viver. Alguns dos meus, por exemplo, eu explicaria assim: Manter a minha saúde; Levar uma vida independente; Saber mais hoje do que eu sabia ontem; [Há muitos outros, mas no que tange ao tema do livro, esses dão uma boa ideia.] Os comportamentos que você cultiva e os hábitos que você adota devem refletir os seus valores fundamentais. Essa é, essencialmente, a única maneira de garantir que você cumprirá o seu objetivo. Sem os seus valores na base dos seus projetos, você estará apenas fazendo o que todo mundo faz. Em segundo lugar, uma jornada em direção à conquista de objetivos tende a mudar as pessoas de forma que elas não esperam. E nós mudamos porque vamos tendo novas experiências. O que nos faz aprender e crescer ao longo do caminho. Isso, posteriormente, acaba transformando a maneira como vemos a nós, como vemos os outros e até a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor. O que isso significa essencialmente é que você precisará mudar e se adaptar em alguns aspectos para obter o que deseja ou chegar aonde você quer. Em outras palavras, você precisa se tornar a pessoa que é digna de alcançar esse objetivo em sua vida. Pergunte a si mesmo: Para ter o que eu quero, que tipo de pessoa eu preciso me tornar para alcançá-lo? Quais qualidades eu precisarei adotar? Como devo pensar a meu respeito, sobre a minha vida e sobre o meu objetivo? Em momentos bem específicos e emergenciais, eu gosto de resumir tudo isso numa pergunta que aprendi há bastante tempo: “Estou sendo a pessoa que eu gostaria de ser neste momento?” Responder a essas perguntas é crucial, pois a autodisciplina cresce quanto mais certeza você tem sobre o que quer fazer, viver ou produzir. Quanto mais certeza você tiver sobre alguma coisa, mais fácil será criar autodisciplina. 19. Encontre “figuras-modelo” que lhe deem inspiração. (#Etapa 3) Agora é hora de procurar respostas para ajudar a fortalecer sua autodisciplina. Seria bom você identificar no seu mundo ambiente figuras-modelo (amigos, familiares, colegas) que já atingiram uma meta igual ou parecida com aquela que você está buscando. Pergunte a si mesmo: Quem está fazendo isso agora? Quem alcançou com sucesso esse objetivo (ou algo parecido)? Quem dominou com sucesso esse hábito? Quem teve a autodisciplina necessária chegar aonde chegou? O que posso aprender com essa pessoa que pode me ajudar na minha jornada? Tire um tempo para perguntar a essas pessoas como elas se organizaram para chegar lá. Se for possível pergunte a elas quais foram as atitudes específicas que elas tomaram que as fizeram alcançar o que queriam? Depois, use a experiência delas para ajudá-lo a se inspirar e a se disciplinar. Só não as imite, pois as condições e recursos delas podem não ter sido iguais aos seus. Além do mais, as pessoas escondem o jogo. Nem sempre dá para confiar em tudo o que elas dizem. Seja sagaz e olhe mais para o que elas fazem e menos para o que elas falam. Uma dica de ouro: Às vezes a melhor forma de se inspirar é criar a sua própria figura- modelo a partir de si mesmo. Faça um perfil do seu eu ideal, com todas as características que você quer que ele tenha: como ele vive, se relaciona, o que ele faz. Como você ainda não é assim, ele deve viver em algum lugar do futuro. Visualize-o. Agora, comece a trazer esse seu “eu ideal”, para o presente imitando-o no seu dia-a-dia, na medida do possível. É muito mais fácil se inspirar em um modelo com o qual você nunca terá problemas em se identificar, por afinal esse modelo ideal nada mais é do que a manifestação, ainda que projetada, de todos os seus desejos, projetos e sonhos. Ele é você pleno e satisfeito. 20. Identifique motivos e obstáculos. (#Etapa 4) Mas é claro que nem tudo na vida é esse cenário de Disneylândia que descrevemos até a o último item. Saber o que se quer, possuir uma ideia clara do que será necessário para atingir um objetivo e ter um modelo de inspiração são importantes para se ter mais disciplina, mas e os percalços do caminho? Se tudo só dependesse do que precisamos fazer... No mundo real, além de reunir todo o equipamento para crescermos em disciplina, temos de levar em conta tudo de ruim que pode surgir para nos atrapalhar e atrasar. Portanto, considere ou se prepare para os obstáculos e contratempos de todo tipo que surgirão durante a jornada e irão por à prova a sua disciplina e determinação. Ou seja, em todo esse processo, jamais se esqueça de trabalhar levando em conta todos os aspectos da realidade, os favoráveis, os desfavoráveis (e não se esqueça de considerar os imponderáveis ou imprevisíveis também!). Pergunte a si mesmo: Dados os meus objetivos, que tipos de obstáculos podem surgir no meu caminho? Que coisas específicas poderiam me desviar ao longo da minha jornada? Quanto menos razões convincentes você tiver para alcançar algo, maior a probabilidade de, nessas horas, você se desviar do seu propósito. Para evitar ser desviado, você deve anotar por que deseja alcançar o resultado desejado. Voltamos à ideia do porquê, do qual falamos lá atrás. É hora de despertá-lo, se perguntando: Por que exatamente eu quero alcançar esse objetivo? Por que especificamente quero desenvolver esse hábito? Por que isso é de primordial importância para mim agora? Por que eu realmente quero isso na minhavida? Quais são as recompensas em potencial que receberei por fazer isso? Ao responder a essas perguntas, é essencial que você não se contente com a primeira resposta que lhe venha à mente. O melhor é você continuar explorando mais e mais as suas razões e motivos! Leia também: Faça de Propósito – Porque quem dá sentido à vida é você! https://amzn.to/35xp9sR 21. Desenvolva um plano de ação. (#Etapa 5) Bem, com tudo isso claro e bem delimitado, é hora de fazer um plano de ação prático que traga às suas mãos o que você quer. Um plano de ação deve ser composto por basicamente dois elementos: ü Um prazo final para atingir seu objetivo. ü Marcas menores que tornem o seu objetivo mais fácil de alcançar. As marcas menores, quando atingidas, serão a garantia de que você continua no rumo certo. Essa estratégia deixa claro quem está no comando. E é imprescindível que você tenha a sensação de controle sobre as tarefas que está executando para poder avançar. O que se procura com isso é evitar que você sucumba sob o peso de tarefas, se desoriente e acabe se desmotivando. Quando sufocados ou perdidos, facilmente nós vamos nos entregar à procrastinação, e daí até a completa estagnação é um pulo. E, é claro, onde há estagnação não há espaço para a autodisciplina. Diante disso, é fundamental que você vá dando pequenos passos que faça você aproveitar bem o seu tempo, à medida que se aproxima do seu destino. Além disso, ter um prazo determinado ajuda você a se concentrar na data final estabelecida (por você) para atingir a meta em questão. Com um prazo final estabelecido em mente, todos os seus recursos e forças trabalharão em conjunto para alimentar aquele impulso que irá conduzi-lo até onde você precisa chegar. Além disso, um prazo final definido lhe dá um senso de urgência, que faz você se manter muito mais atento a tudo o que diz respeito e que precisa ser feito em prol do seu projeto pessoal ou profissional. 22. Preste contas a alguém. #Etapa 6 A etapa final desse processo se resume à prestação de contas. É um apelo para o seu compromisso com os outros. Você pode, é claro, assumir um compromisso pessoal com você mesmo, e criar um contrato que estipule os termos e condições, para que você se apegue, persiga, e retome a direção dos seus objetivos sempre que for necessário. Mas é uma boa alternativa também você fazer um compromisso público com outras pessoas. Escolher algumas pessoas para dar satisfação das suas ações e resultados parciais. Crie uma “equipe de apoio” que o ajude a manter o foco e se manter no caminho certo. Não precisa ser nada de outro mundo: um amigo, um parente, um colega pode fazer parte desse time que vai, não só incentivá-lo, mas procurar saber como andam os seus projetos. Todavia, é fundamental que sejam pessoas em quem realmente você confie. Um grupo de apoio online também seria interessante. E hoje em dia o que não faltam são opções de como fazer isso: fóruns, grupos, canais, etc. No “comando” dessa equipe de apoio pode estar um amigo mais íntimo, o cônjuge, ou alguém que acompanhe de perto a sua vida. Que seja uma pessoa com quem de algum modo você já tenha certa intimidade e cumplicidade e com quem conviva, isso para facilitar a interação e você não se sentir pressionado ou invadido. É uma forma de você poder dar satisfação por suas atitudes e passos. Ter outras vozes nos encorajando e nos motivando pode fazer uma grande diferença naquelas horas mais difíceis dos nossos processos de crescimento e mudança. 4 Dicas para fortalecer a sua Autodisciplina Até aqui vimos os requisitos e conhecemos um passo-a-passo, duas partes essenciais para a construção da disciplina pessoal. Mas como mantê-la a longo prazo? A autodisciplina é uma habilidade muito delicada, e quanto mais você puder cuidar para que ela se mantenha, melhor. A autodisciplina é como uma planta, você arranja uma, põe num vaso com a terra adequada, e parece que está tudo resolvido. Não volte você, porém, no dia seguinte para cultiva-la, colocá-la no sol ou para afasta-la dos seus raios quando forem intensos demais, e você a perderá. Já que voltamos à analogia da disciplina com uma planta, a autodisciplina tem que ser cultivada. E quais são os procedimentos adequados para que isso seja feito? Reunimos alguns deles abaixo: 23. Cultive uma mentalidade disciplinada. Em resumo seria: Pense no que quer fazer e como quer ser, e faça e viva o que pensa. A autodisciplina quando dominada se torna um estado de espírito. Ou como alguns gostam de dizer, uma “segunda natureza”. Mas, para se atingir esse estado de espírito ou desenvolver essa natureza autodisciplinada, é necessário se cultivar certas qualidades. Paciência, paixão, garra, entusiasmo, confiança e determinação se temperados com uma boa dose de otimismo realista ajudam a manter a autodisciplina. No entanto, não se trata apenas das qualidades que você cultiva, mas também das atitudes que você toma. Uma pessoa autodisciplinada toma atitudes consistentes e adequadas, pelo tempo que for preciso, até conseguir o que quer. Essa pessoa também se dispõe a correr os riscos implicados para a realização do trabalho ou tarefa em questão. Ou seja, uma pessoa de mente disciplinada nunca fica no banco de trás, mas sempre está no volante, ativa e conscientemente dirigindo a sua própria vida. Uma mente autodisciplinada prospera ainda mais em um ambiente alegre, onde as coisas são agradáveis e divertidas. Sendo assim, é fundamental que você encontre maneiras de aproveitar o processo, de apreciar cada tarefa que você executar e curtir cada atividade na qual se envolver. Com isso em mente, pergunte-se: O que eu gosto nesse processo? O que me empolga aqui? De que maneira isso me beneficia? Como posso tornar essa tarefa/atividade mais agradável? Como eu poderia tornar isso mais divertido e gostoso? Quanto mais maneiras você encontrar para se divertir, mais fácil será para você dominar a arte da disciplina no seu dia-a-dia. 24. Visualize seus resultados desejados. Um dos métodos mais eficazes para se manter concentrado e motivado é dedicar certo tempo a visualizar os resultados e objetivos que nós deseja alcançar. Afinal, muito do que você é hoje é o resultado de tudo o que você pensou sobre si ao longo da sua vida pregressa. Não, isso não se refere a uma prática mágica que afirma que quando você imagina algo e sente como se fosse verdade, aquilo acabará acontecendo de um jeito ou de outro. A visualização aqui é só uma forma de você antecipar na sua mente a situação como um todo em que você irá trabalhar até obter o que deseja. É um planejamento em imagens. A intenção é que você tenha cada vez mais clareza, segurança e confiança nesse futuro que você tanto almeja. Por isso que quanto mais você imagina-lo, em detalhes, do início ao fim do processo, melhor e mais rápido tudo pode ser trabalhado e inteligentemente executado para se tornar uma realidade. 25. Crie um ambiente de apoio. É claro que quanto mais disciplinado você se tornar, mais tempo você ficará ligado em suas coisas. Contudo, se o ambiente não lhe der apoio, a sua energia com o tempo arrefecerá e, caso a situação continue a lhe prejudicar, em breve será um sacrifício para você fazer qualquer movimento. Diante disso, é como Benjamim Hardy nos ensina em seu livro Força de Vontade Não Funciona, é absolutamente imprescindível que o seu ambiente dê apoio ao seu objetivo, senão nenhum esforço, nenhuma decisão e nem mesmo toda a força de vontade (e a “boa vontade”) do mundo irá resolver. Para ser bem preciso, o ambiente deve apoiar os hábitos e as ações consistentes que você estiver desenvolvendo para alcançar o que quer que seja. Por exemplo, é por isso que algumas pessoas acham muito mais fácil correrem num parque, onde há um ambiente inspirador e de “competição” formado por outros corredores indo e vindo, do que em casa, sozinho, na esteira. Desse modo, observe o seu ambiente (de trabalho, doméstico, social, etc.) e se coloqueas seguintes perguntas: O que, nesse ambiente, ajuda e fortalece os hábitos e comportamentos para me ajudar a alcançar o que eu quero? Até que ponto o meu ambiente já apoia esses hábitos e atitudes? Como esse ambiente deveria ser de modo que facilitasse os meus objetivos? Que mudanças eu preciso fazer para criar um ambiente mais favorável aos meus objetivos? Assim como um estudante precisa de um local silencioso e tranquilo para aproveitar melhor os seus estudos, do mesmo modo toda pessoa que procura ser mais disciplinada necessita das condições adequadas para isso. https://amzn.to/32Kj773 Portanto, ou o seu ambiente apoia os seus hábitos e atitudes de mudança ou não apoia. Se há elementos desfavoráveis à sua volta, altere-os até onde puder. Se não der para alterá-los fique ciente de que você terá de buscar outro ambiente, pois somente os seus bons hábitos por mais bem ritualizados que sejam não darão conta. 26. Priorize suas tarefas e atividades. Quando o assunto é disciplina, ter prioridade é fundamental. É ela que dá estrutura e faz o seu dia fluir. Priorizar nada mais é do que você estruturar em ordem de importância as coisas que você precisa realmente fazer. Uma mente autodisciplinada sempre trabalha estruturando bem as coisas, pois quanto mais estruturados são os métodos, menos decisões precisam ser tomadas e as coisas correm mais rápido. Fluidez é a regra aqui. As opções também devem ser reduzidas, para que você não se desvie fazendo ou perdendo tempo com tarefas e atividades irrelevantes. Quando você reduz as opções e estrutura de maneira ordenada o que precisa fazer, você já tem meio caminho andado nos domínios da autodisciplina. 27. Acompanhe seu progresso. Uma mente disciplinada se fortalece quando se dá conta de que está fazendo progresso. Sabendo disso, é essencial que você crie algum processo que facilite o acompanhamento do seu desenvolvimento: um calendário ou um diário serviriam bem. Quando nós monitoramos os nossos resultados e medimos o progresso real que estamos fazendo, isso gera um efeito motivador instantâneo em nós. Mesmo em situações em que você não consegue atingir as marcas menores ao longo do caminho, o monitoramento regular do seu progresso pode ajudá-lo a fazer os ajustes necessários para corrigir a sua rota. Esse monitoramento ajuda também a ficarmos de olho nas tentações que pouco a pouco vão penetrando e sabotando o nosso progresso. Uma vez identificadas, fica mais fácil fazer os ajustes necessários para evita- las ou elimina-las de vez do caminho. Lembre-se de que é muito raro – se é que alguma vez isso ocorre – que as coisas fluam sem contratempos em nossa vida. Sempre haverá lombadas, buracos e obstáculos ao longo da estrada. Ué, mas isso faz parte do processo! No entanto, quanto mais disciplinado, mais agilidade você terá para se desvencilhar dos obstáculos e poderá seguir adiante tranquilo. 28. Torne as coisas agradáveis e divertidas. Mesmo quando estamos em busca das coisas que consideramos as melhores para a nossa vida, às vezes tudo fica cansativo e isso nos gera preguiça. É aí que precisamos dar um jeito de tornar aquilo algo divertido de fazer ou de buscar. Quando paramos de levar as coisas tão a sério e assumimos um ponto de vista diferente, mais lúdico, de repente, nós nos reanimamos e as tarefas perdem o seu peso. Tudo vira um jogo, um desafio. As pequenas adversidades e dificuldades se tornam, então, parte daquela fase do jogo que estamos jogando e não são mais vistos por nós como se fossem os arautos da nossa derrota e do nosso fracasso iminentes. Certamente será bem mais fácil manter a disciplina quando as coisas forem, ou ao menos parecerem, mais agradáveis e divertidas na sua execução. Antes de escolher a melhor forma de jogar com a situação, pare um tempo para se perguntar: Como eu posso tornar essa tarefa ou fase mais interessante? O que é possível fazer para que essas experiências sejam mais agradáveis e divertidas? Como eu já disse em outros livros, eu costumo transformar as minhas tarefas às vezes numa “missão secreta”, para a qual eu tenho um tempo limitado, como nos filmes. Como nas missões de espionagem, todos os passos têm de ser detalhadamente pensados e milimetricamente executados, para que eu aproveite ao máximo o tempo decrescente que eu tenho para executá-los. E, não é sempre, mas quando eu quero tornar tudo mais divertido, eu realmente ligo o cronômetro do meu relógio e entro em ação. Assim, eu não perco tempo, não me demoro em atividades menores e dispersivas, fico mais focado e a minha eficiência e eficácia são muito maiores. Uso essa técnica tanto para as tarefas mais formais como para as atividades mais triviais, como lavar uma louça. Tente algo assim você também e garanto que você não irá se arrepender. 5 Como manter a autodisciplina diante das adversidades? Repita comigo: Eu não sou Tu não és Ele não é Nós não somos máquinas. Nós vamos falhar, vamos acordar sem pique, vamos nos deixar levar hoje por aquilo que ontem jurávamos que jamais nos seduziria, enfim, somos seres humanos em processo de aperfeiçoamento – e isso alguns de nós. Portanto, conte com o fracasso, com as dúvidas, com as paralisações e tudo de ruim que possa atrapalhar o seu progresso na disciplina. Como eu sempre gosto de dizer em todos os meus livros: Seja bem-vindo à realidade. Neste capítulo final, vamos dar uma olhada no que é preciso para manter viva a nossa autodisciplina quando, diante das dificuldades e contratempos mais sérios, as coisas de fato saírem de total controle. Para esses momentos terríveis, as atitudes e respostas precisam ser as mais extremas e drásticas possíveis. Vamos lá! 29. Nada de desculpas ou reclamações! Ao lidar com contratempos e adversidades, você deve lançar todas as suas desculpas e as reclamações pela janela. Afinal, nem uma coisa e nem outra irá lhe ajudar no final das contas. De fato, elas só pioram a situação e, de bônus, ainda nos fazem perder o nosso mais precioso e irrecuperável recurso: o tempo. Coisas ruins sempre acontecem quando você menos espera. E caso você viva no mesmo universo e sob as mesmas leis físicas em que eu vivo já deve saber disso. As coisas viraram do avesso? Ok. Mas, ei. Será que essa não é apenas a sua opinião sobre a situação, tendo em vista o que você sabe do “quebra-cabeça” da realidade até o momento? As coisas podem ser um pouco diferentes do que você imagina e você mesmo não demorar em descobrir isso assim que ver o quadro completo. Deixar a imaginação correr solta e depois tirar conclusões muito rapidamente só demonstra que você tende a distorcer a realidade, e isso acabará sabotando todos os seus esforços. Portanto, vamos com calma. Talvez você só precise mudar a sua perspectiva. Pare e respire. Tendência lógica e fria acionada, se lembra? Use a sua imaginação de forma construtiva no intuito de perceber o que no atual cenário ainda está sob o seu controle para que você possa reorientar os seus esforços na direção do que é necessário fazer para sair da situação. A nossa imaginação é meio selvagem, se você não domá-la, você pode ser vítima dela e terminar desorientado, com raiva e frustrado. E uma vez que você entra nessa “frequência”, é muito fácil recorrer às desculpas e ficar se lamentando. Afinal, isso faz você se sentir melhor com você mesmo e com relação à situação. Mas as coisas se resolvem? De maneira nenhuma. Portanto, você precisa estar atento para não se deixar levar pelas aparências das coisas. Ative o seu sistema frio, coloque no volante a sua tendência lógica de pensar para, dessa forma, conseguir ler a situação da forma mais objetiva possível e tomar a atitude mais adequada ao seu alcance. 30. Evite cair na armadilha da procrastinação. É impossível você praticar ou desenvolver a disciplina quando vive sob a influência dessa fonte inesgotável de sabotagem. A procrastinação muitas vezes é simplesmente uma resposta ao nosso medo. Que você irá ficar tentadoa procrastinar diante das adversidades é líquido e certo, porque é desse jeito que nós tentamos nos livrar da dor. As coisas não estão indo bem e, por medo e desconforto, ficamos inibidos e procuramos nos afastar dos desafios. É claro que uma suspensão temporária pode ser útil para você se recompor e renovar as forças. O que não pode é você se deixar sequestrar pela procrastinação. Pois, quanto mais tempo você entrar no ciclo de procrastinação, mais acostumado você ficará à estagnação. A sua retirada deve ser ativa, deve levar em consideração e visar todas as condições para uma recuperação mais rápida possível. A autodisciplina já em andamento em sua vida deve ser, então, uma força simultaneamente de ancoragem e de propulsão que irá manter o canal aberto entre você e o seu objetivo. Pergunte a si mesmo: O que é mais importante agora? No que eu devo me concentrar que poderia me ajudar a ir em frente neste momento? Concentre-se nas pequenas tarefas que estão sob o seu controle – que possam auxiliá-lo. Exemplo: Você está com um projeto no limite e, enquanto trabalha nele no computador, a luz acaba. O que estaria, nessas circunstâncias, sob o seu controle ainda? O rascunho que você pode melhorar à mão? Outros aspectos do conteúdo, que você ainda pode delinear ou roteirizar com o gravador do celular? Se for um trabalho de apresentar, você já pode ensaiar as falas sobre o que já estava pronto e você se lembra? Veja, são coisas que você ainda pode fazer, mesmo sem as condições adequadas e ideais. Quando a energia elétrica voltar, você vai poder aprimorar tudo o que continuou fazendo à luz de velas. Note: você não se desesperou, não perdeu tempo, mas continuou fazendo o que podia e deveria fazer. A chave aqui é redirecionar a sua autodisciplina para algo que realmente importa. Contudo, verifique se é algo sobre o que você tem de fato algum tipo de controle. Algo que possa ajuda-lo a criar condições para superar esses momentos difíceis. 31. Simplifique, simplifique o máximo que puder. Ao enfrentar a adversidade, é fácil ficar bravo, frustrado e sufocado. E quando estamos no meio dessas emoções horríveis, é um desafio e tanto ter equilíbrio para nos disciplinar. É como se a situação nos dissesse que não podemos controla-la. A solução, não poderia ser outra, senão é a de recuperar progressivamente o controle, pouco a pouco. E para fazer isso, você precisará simplificar as coisas. Simplifique as suas atitudes, simplifique os hábitos que você já estiver desenvolvendo, simplifique as etapas nas quais você dividiu o problema ou tarefa para resolvê-lo ou realiza-la, etc. Fique só com o que dá para controlar. Faça o mínimo, mas faça. Ao simplificar as coisas o máximo possível, você progressivamente irá começar a retomar o controle sobre a sua vida, projetos e tarefas, à medida que as adversidades também forem enfraquecendo. Somente assim você poderá depois voltar a construir o impulso necessário rumo às coisas que você queria ou haviam sido interrompidas. 32. Reconheça que a sua capacidade de resistir às tentações é limitada. Se uma vida autodisciplinada fosse fácil, todos teriam essa habilidade. Mas não é assim. Contudo, você sabia que toda tentação a qual você resiste melhora a sua capacidade de resistir à próxima? E não há nenhum segredo nisso: é que quanto mais você faz algo, mais forte você fica naquilo. Nesse caso, em resistir às tentações. Mas é preciso ser inteligente e humilde aqui. Imagine que você quer permanecer sóbrio num evento profissional ou social, então o que você precisa é com antecedência decidir o quanto de álcool irá ingerir. Caso você esteja animado agora a levar uma vida mais saudável e parar de comer besteiras, só vá ao mercado de barriga cheia, para que só traga os produtos saudáveis. Descubra uma maneira de tornar as coisas com as quais você tem dificuldade de lidar cada vez menos disponíveis ou longe dos seus olhos. Não vá contra a natureza, não queira ser um herói tentando resistir às tentações. A melhor atitude é sempre fugir delas. E veja que maravilha: Quanto mais você consegue se afastar delas, mais autodisciplinado você se mostra. Além do mais, isso economizará as suas energias para enfrentar aquelas tentações inesperadas! Se você sabe que terá dificuldade, por exemplo, para conversar com o seu chefe sobre um tópico específico sem revirar os olhos e dizer algo inapropriado, planeje o que vai dizer com antecedência. Em seguida, programe a discussão para o início do dia, quando você tiver mais resistência contra a tentação. 33. Você prefere provar a Delícia ou evitar a Desgraça? A nossa motivação, mesmo quando essa vem de dentro, tende a diminuir e a fluir com menos intensidade à medida que perseguimos o nosso objetivo. Embora o nosso porquê seja forte, de vez em quando podemos fraquejar. Haverá alguns momentos em que você se sentirá extremamente motivado, enquanto em outros, será mais difícil continuar fazendo as suas coisas. Para evitar cair nesses ciclos, pode ser interessante recorrer aos sistemas de castigos e recompensas. Punições e prêmios podem ser úteis para ajudar a orientar o seu comportamento ao longo do seu desenvolvimento no domínio da autodisciplina. Mas, alto lá! Nem todo mundo responde do mesmo jeito com relação a esses dois métodos de incentivo. Há pessoas que são atraídas pelo o que eu chamo aqui de Delícia, a recompensa. Outras pessoas são aterrorizadas e serão capazes de tudo para evitar o que eu chamo aqui de Desgraça, o castigo. Como diz Tracy Kennedy, ou você é motivado pelas delícias ou pelas desgraças que a autodisciplina ou a falta dela pode lhe trazer. Ela conta que a filha dela só passou a fazer a sua lição de casa quando ela, após várias tentativas, descobriu que ela era ativada à base de recompensa. Havia um sempre um prêmio no “baú do tesouro” toda vez que a mocinha concluía a lição de casa. A delícia foi a única forma de convencer a jovem estudante. Aquele seu amigo pode não se animar a perder peso porque ele irá poderá ganhar de volta todas as peças de roupa que ele não consegue usar mais, todavia ele pode ficar bem de entrar em forma ao perceber que evitará vários problemas cardíacos. A desgraça é que anima o seu amigo sedentário a andar na linha da dieta. Você precisa saber qual método o anima a buscar a disciplina. No meu caso, eu tendo a pensar nas delícias, mas percebo que é o medo das desgraças que sempre me fazem dar um passo além e me esforçar um pouco mais, seja para: Correr; Escrever melhor; Cortar gastos supérfluos; Funciona aqui que é uma beleza! Mas, tenho para mim que esses sistemas de penalidades e recompensas, no entanto, talvez funcionem melhor na fase inicial e “infantil” de qualquer processo. Quando você não tem autodisciplina, em grande parte é devido ao fato de você não se responsabilizar e não ter um código pessoal de conduta. Daí funcionarem esses sistemas punições e de recompensas. Com o tempo, você vai adquirindo alguns padrões ou regras de condutas pessoais; formará o seu arquivo de conquistas pessoais, e não mais precisará se basear em prêmios e castigos externos, como se fosse um animal, para fazer qualquer coisa. 34. Lembre-se de que o fracasso sempre faz parte do sucesso. Muitas pessoas querem se disciplinar, mas aí cometem um mínimo erro no processo que já queriam dominar na semana seguinte, e desistem. Você provavelmente entende que não se tornará perfeitamente disciplinado da noite para o dia, portanto, algumas falhas serão mais do que comuns no começo. Contudo, você precisa entender também que nem mil vitórias garantirão que você não tenha recaidas de vez em quanto, principalmente em meio às adversidades e acidentes de percurso. Um erro, porém, não inviabilizará e também não anulará todo o sucesso conseguido até ali. É por isso que toda vez que você tiver algum êxito ou vitória sobre si mesmo, você deve celebrar. Parece bobo, mas isso reforça o valor das suas conquistas, principalmente quando você se encontrarem dificuldades para continuar. Você olha e vê que cumpriu todos os cinco objetivos que havia estabelecido para alcançar naquela semana? Recompense-se e se congratule por isso! Só não o faça de tal forma que prejudique o seu sucesso até aquele ponto da vida, ok? Nada de ganhar X com o seu projeto e gastar 2X. A construção da autodisciplina é uma das jornadas mais fantásticas a que você poderia se entregar porque, a cada dia, você pode ver os pequenos resultados do seu avanço. E são esses resultados que você deve manter vivos na memória para voltar a eles toda vez que tudo parecer fora de controle. E não se preocupe em se tornar perfeito em todas as áreas ao mesmo tempo e nem com os fracassos eventuais. Vá com calma! O que importa é que você note que a cada passo, a cada projeto realizado, você está melhor do que ontem, e que este mês você está melhor do que no mês anterior. Dica Bônus: 35. Autodisciplina não tem nada a ver com Perfeccionismo. Ah, e para terminar, jamais confunda disciplina ou autocontrole com perfeccionismo. Em muitos casos nós nos enganamos achando que estamos fazendo progresso, ao buscarmos ou ao esperarmos “as condições perfeitas” para levar os nossos projetos adiante. Mas isso é só a mentira que o perfeccionismo nos ensina a contarmos a nós mesmos. De fato, o perfeccionismo é uma espécie de mecanismo defensivo que usamos para evitar lidar com o que realmente precisa ser feito. Quando o perfeccionismo toma conta, nós passamos a dar atenção e a nos esforçar em tarefas triviais que nos dão alguma aparência de controle diante das adversidades. Pode ser que até certo ponto só estejamos buscando a excelência, mas a grande questão envolvendo o perfeccionismo é que ele pode realmente se disfarçar e nos convencer de que é autodisciplina. É por isso que ele sobrevive no meio de nós. Porque ele se confunde com algo bom. E nessa confusão ele nos distrai e nos leva na direção oposta do que realmente queremos. Nossa autodisciplina acaba sendo direcionada para as coisas erradas. Na verdade, nós tardiamente perceberemos, chocados, que ele nos conduzia para lugar nenhum. Para sair ou nem mesmo cair na armadilha perfeccionista, é essencial que você tenha plena clareza do que está fazendo. Eis algumas questões: Aquilo ao que eu estou dando atenção é realmente tão importante? Essa tarefa é necessária para a obtenção do meu objetivo? Existe algo mais importante em que eu deveria me concentrar no momento? No que devo me concentrar que poderia me ajudar a avançar melhor e mais rápido? Não sei se você curte histórias em quadrinhos, mas talvez vá reconhecer isso do seu tempo de infância quando assistia a desenhos animados: O Super-Homem tem uma versão de si que o imita em tudo que ele é e faz, mas de maneira tal que sai tudo errado. Essa versão tosca do herói é o personagem “Bizarro”. No mundo do desenvolvimento pessoal, isso acontece, ao menos com a autodisciplina. Ela tem a sua própria versão “bizarra”: e é exatamente o perfeccionismo. Se você for perfeccionista, deve já ter notado isso. Esse comportamento procura imitar tudo o que só autodisciplina pode gerar, a diferença é que ele não gera resultado positivo algum, e ainda pode colocar você em sérios apuros. Logo, se você acha que está sendo disciplinado, mas não consegue avançar e se sente cada vez mais deprimido, cuidado para você não estar às voltas com essa versão “bizarra” e letal da autodisciplina. De resto, relaxe, releia e ponha em prática todas as dicas que você leu nesse livro e “alce voo” rumo aos seus mais elevados sonhos e objetivos. Sobre o perfeccionismo, eu recomendaria a leitura de: 5O Lições para você compreender e se livrar do PERFECCIONISMO. Para concluir, valem aqui as reflexivas palavras da coach de condicionamento físico com quem comecei o livro, Jennifer Cohen: "Quando um comportamento se torna um hábito, paramos de usar a nossa habilidade de tomada de decisão e, no lugar disso, agimos no piloto https://amzn.to/2uyo9Y0 automático. Assim, romper com um mau hábito e criar um novo não apenas exige que nós tomemos decisões conscientes, mas parecerá errado. Seu cérebro resistirá à mudança em favor do que foi programado para fazer. A solução? Assuma esse “erro”. Reconheça que levará tempo até que o seu novo estilo de vida pareça certo, bom ou natural. Continue com isso. E você irá longe". Conclusão: A autodisciplina é sem dúvida a habilidade fundamental que devemos desenvolver para nos impulsionar na direção das nossas metas e sonhos. Quando desenvolvida e utilizada corretamente, pode acelerar drasticamente o nosso sucesso em todos os aspectos de nossas vidas. Da mesma forma que, se assumida de maneira desorientada, a autodisciplina pode nos dragar para o poço sem fundo do perfeccionismo e da neurose. Tudo depende de como você vai escolher olhar e lidar com ela. A autodisciplina não é tão difícil de cultivar quando você tem um porquê muito bem definido. Ele é que se será ao mesmo tempo a sua bússola e a sua fonte de inspiração e de motivação. Quando somos motivados internamente, a autodisciplina se torna quase uma tendência natural, que nos impulsiona para frente. Quando nos sentimos inspirados, tendemos a nos comprometer com as tarefas e objetivos que nos colocamos. Sem um porquê motivador e inspirador, tudo em nós vacila e vai tornando o exercício da autodisciplina cada vez mais desafiador. Por causa disso, é fundamental que você mantenha o seu compromisso vivo, buscando motivação interior em tudo o que faz. Claro que você pode obter inspiração de livros, de pessoas, de citações, de filmes, de eventos atuais, de revistas, e de imagens online. Você pode definir prioridades, padrões e regras de comportamentos, como também uma programação rigorosa que rastreie e monitore cada minuto do seu tempo bem ou mal empregado. Mas, se você não se decidir a agir e se dispuser a ser tornar uma pessoa disciplinada antes de tudo isso, nada acontecerá. E sabe que destino terá aquele seu porquê? Ele será apenas uma ideia enterrada junto com o seu cadáver, no final da sua jornada por esse mundo... Fontes: https://www.successconsciousness.com/self_discipline.htm https://deanyeong.com/self-control-behavior-automation/ https://blog.iqmatrix.com/instant-gratification https://www.verywellmind.com/what-to-do-when-you-have-no-motivation-4796954 https://deanyeong.com/how-to-develop-self-discipline/ https://blog.iqmatrix.com/self-discipline https://zenhabits.net/self-discipline/ https://www.verywellmind.com/theories-of-motivation-2795720 https://nickwignall.com/how-to-stop-procrastinating/ https://blog.iqmatrix.com/effective-decisions https://www.thebalancecareers.com/ways-to-build-self-discipline-in-your-life-4154296 https://www.lifehack.org/articles/productivity/self-discipline-the-foundation-of-productive- living.html https://www.consulting.com/self-discipline https://www.verywellmind.com/psychology-of-self-control-4177125 https://www.successconsciousness.com/self_discipline.htm https://deanyeong.com/self-control-behavior-automation/ https://blog.iqmatrix.com/instant-gratification https://www.verywellmind.com/what-to-do-when-you-have-no-motivation-4796954 https://deanyeong.com/how-to-develop-self-discipline/ https://blog.iqmatrix.com/self-discipline https://zenhabits.net/self-discipline/ https://www.verywellmind.com/theories-of-motivation-2795720 https://nickwignall.com/how-to-stop-procrastinating/ https://blog.iqmatrix.com/effective-decisions https://www.thebalancecareers.com/ways-to-build-self-discipline-in-your-life-4154296 https://www.lifehack.org/articles/productivity/self-discipline-the-foundation-of-productive-living.html https://www.consulting.com/self-discipline https://www.verywellmind.com/psychology-of-self-control-4177125 Meus outros livros: *90 dicas para você turbinar a sua AUTOCONFIANÇA *5O Lições para você compreender e se livrar do PERFECCIONISMO: O segredo da excelência é saberaproveitar o crescimento *27 Dicas Embasadas Cientificamente de como utilizar AFIRMAÇÕES POSITIVAS: Renove os seus pensamentos, Torne-se a pessoa que você quer ser * 4O Sinais para você identificar (e se livrar) de um RELACIONAMENTO ABUSIVO * 5O Questões Provocativas para você desenvolver AUTOCONHECIMENTO * 5O Lições para você Compreender e Eliminar as suas CRENÇAS LIMITANTES: Mude a sua forma de pensar e Transforme a sua realidade O Guia definitivo da PRODUTIVIDADE: Os segredos que ninguém quer que você saiba! https://amzn.to/32qHXIi https://amzn.to/2uyo9Y0 https://amzn.to/387Fu7S https://amzn.to/2spWDKu https://amzn.to/33UNTJL https://amzn.to/2F9br3r https://amzn.to/2BnSGaD QUER LER DE GRAÇA? 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Por isso, ele tem como projeto divulgar, de maneira acessível a todos, tudo o que ele aprendeu, viveu (e continua aprendendo e vivenciando) há mais de vinte anos sobre temas, estratégias e ferramentas em geral que nos possam ajudar a desenvolver as nossas vidas. Além de “blogar” sobre Autoconhecimento, ele escreve sobre Empreendedorismo, e é um aventureiro no mundo do Marketing e do Empreendedorismo Digital. Introdução: 1 Afinal, o que é essa tal de Autodisciplina? 1. O que queremos dizer quando falamos autodisciplina? 2. O que esse conjunto inteligente de atitudes eficazes gera de maneira prática? 3. Então, quais os são benefícios resultantes da autodisciplina? 4. O que é preciso para desenvolver a autodisciplina depois? 2 Os pré-requisitos da autodisciplina duradoura 5. É hora de tomar uma decisão. 6. Esqueça a motivação, escolha o hábito! 7. Que todos os “seus movimentos sejam friamente calculados”. 8. Otimize os processos: quanto mais difícil, mais fácil! 9. Use a técnica do “Quando... Então”. 10. Mas e “quando” eu escorregar, “então” eu vou... 11. Discipline-se pondo o seu foco nos outros. 12. Seja um minimalista digital. 13. Ritualize os seus hábitos. 14. Crie um ambiente competitivo. 15. O que você não faz é tão importante quanto o que você faz. 16. Você só precisa de um dia para ser disciplinado. 3 Um passo a passo para a Autodisciplina 17. Defina o que você deseja. (#Etapa 1) 18. Elenque as mudanças necessárias. (#Etapa 2) 19. Encontre “figuras-modelo” que lhe deem inspiração. (#Etapa 3) 20. Identifique motivos e obstáculos. (#Etapa 4) 21. Desenvolva um plano de ação. (#Etapa 5) 22. Preste contas a alguém. #Etapa 6 4 Dicas para fortalecer a sua Autodisciplina 23. Cultive uma mentalidade disciplinada. 24. Visualize seus resultados desejados. 25. Crie um ambiente de apoio. 26. Priorize suas tarefas e atividades. 27. Acompanhe seu progresso. 28. Torne as coisas agradáveis e divertidas. 5 Como manter a autodisciplina diante das adversidades? 29. Nada de desculpas ou reclamações! 30. Evite cair na armadilha da procrastinação. 31. Simplifique, simplifique o máximo que puder. 32. Reconheça que a sua capacidade de resistir às tentações é limitada. 33. Você prefere provar a Delícia ou evitar a Desgraça? 34. Lembre-se de que o fracasso sempre faz parte do sucesso. Dica Bônus: 35. Autodisciplina não tem nada a ver com Perfeccionismo. Conclusão: Fontes: Meus outros livros: QUER LER DE GRAÇA? Meus Contatos Sobre o Autor: