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ARTRITE REUMATÓIDE AULA 1 Fisioterapia Reumatológica Prof.a Cíntia Freitas 2022 PRÉ AULA • Assita o vídeo no site da sociedade brasileira de reumatologia sobre a paciente com artrite reumatóide : https://youtu.be/XkH5GD6yvok • Link pod cast: • https://anchor.fm/cintia17/episodes/Artrite-Reumatide-e1n4mjp • Leia o artigo em pdf sobre capsulite adesiva postado no TEAMS • Leia a Cartilha da SBR sobre a Artritee Reumat em pdf no TEAMS https://youtu.be/XkH5GD6yvok https://anchor.fm/cintia17/episodes/Artrite-Reumatide-e1n4mjp AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 QUIZ • A artrite reumatóide é uma doença reumática auto imune: Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • A artrite reumatóide é uma doença reumática auto imune: Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • A ARTRITE REUMATÓIDE ACOMETE POUCAS ARTICULAÇÕES e de FORMA ASSIMÉTRICA Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • A ARTRITE REUMATÓIDE ACOMETE POUCAS ARTICULAÇÕES e de FORMA ASSIMÉTRICA Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • Para a fase aguda inflamatória é indicado o GELO e TENS Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • Para a fase aguda inflamatória é indicado o GELO e TENS Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO *contra - indicações QUIZ • Os termos DOR AGUDA, DOR SUBAGUDA e DOR CRÔNICA se referem à GRAVIDADE DA LESÃO Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • Os termos DOR AGUDA, DOR SUBAGUDA e DOR CRÔNICA se referem à GRAVIDADE DA LESÃO Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • A artrite reumatóide é uma inflamação da articulação associada à infecção Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • A artrite reumatóide é uma inflamação da articulação associada à infecção Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • A artrite reumatóide sempre vai evoluir para deformidades graves Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO QUIZ • A artrite reumatóide sempre vai evoluir para deformidades graves Prof.a Cíntia Domingues de Freitas - 2022 VERDADEIRO FALSO O QUE VOCÊ IRÁ APRENDER? • Definição • Epidemiologia • Etiologia • Evolução, História natural da doença • Quadro clínico: sinais e sintomas • Critérios diagnósticos (diretriz, sociedade) • Saber identificar as fases do processo inflamatório da doença • Avaliação (Anamnese, Exame Físico, Questionários, Exames Complementares) • Tratamento (Diretrizes e Evidências) https://youtu.be/XkH5GD6yvok Vídeo Artrite Reumatóide ARTRITE REUMATÓIDE DEFINIÇÃO • é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, crônica e progressiva, caracterizada primariamente pelo comprometimento da membrana sinovial (preferencialmente das articulações periféricas), podendo levar à destruição óssea e cartilaginosa. • Sistêmica: pode haver acometimento de outros sistemas. • Shinjo e Moreira, 2022 EPIDEMIOLOGIA • AR é uma das doenças reumáticas mais comuns • países desenvolvidos: prevalência de 0,5 a 1,0% da população • Brasil: prevalência da AR em 0,46%, (78,5% na faixa etária de 35 a 74 anos) • prevalência aumenta com a idade, variando de 0,3% pessoas abaixo de 35 anos até 10% em pessoas acima de 65 anos • maior em mulheres, com a razão média de 2,5:1. Shinjo e Moreira, 2022 ETIOLOGIA DA ARTRITE REUMATÓIDE ? ARTRITE REUMATÓIDE Traumática Infecciosa Deposição cristais Imunológica Genética FISIOPATOLOGIA Sítio principal de lesão: Membrana sinovial A presença de um auto anticorpo gera uma resposta antígeno específica na própria sinóvia Fator Reumatóide: grupo de autoanticorpos que reconhecem a IgG como antígeno EVOLUÇÃO DA DOENÇA Inflamação da membrana sinovial (SINOVITE) Proliferação da Inflamação Formação de um Pannus Invade a cartilagem / osso subcondral / ligamentos lesão e deformidades Anquiloses Fernandes et al. (1998) Fonte: Arthritis health Pannus articular é causado quando o sistema imune ataca a membrana sinovial, causando uma resposta inflamatória com engrossamento e formação de novos vasos sanguíneos na membrana. O pannus produz mais líquido e estimula os leucócitos a desencadearem novas respostas inflamatórias aumentando a inflamação, dor e danos à articulação, que eventualmente se deforma. https://pt.wikipedia.org/wiki/Leuc%C3%B3cito EVOLUÇÃO DA DOENÇA → Manifestações reversíveis: relacionadas à sinovite inflamatória em sua fase inicial. Fase inicial Fase crônica Danos estruturais irreversíveis: deformidades causadas pela sinovite persistente, destruição óssea e cartilaginosa, imobilização e alterações musculares, tendíneas e ligamentares. EVOLUÇÃO DA DOENÇA • Acometimento de poucas articulações Padrão Oligoarticular • Acometimento de múltiplas articulações Padrão Poliarticular QUADRO CLÍNICO Manifestações articulares: • Dor e rigidez matinais e após períodos de inatividade • Dor, edema e rigidez (*rigidez matinal >1hora) • Envolvimento das articulações de forma simétrica • Articulações mais envolvidas: MCFs, IFPs, punhos, MTFs (oligo, poliarticular) • Pés , mãos * • Pode evoluir para deformidades, subluxações • Sinovite inflamatória • A ativação de células como sinoviócitos fibroblasto-símiles, monócitos, macrófagos, linfócitos T e B, resultam em aumento na osteoclastogenese induzindo lise óssea. A cartilagem poderá ser degradada pela atividade catabólica dos condrócitos induzida por citocinas pró-inflamatórias e pelas ações das metaloproteinases e das quimiocinas. Fernandes et al. (1998); Laurindo e Torigoe (2000); Shinjo e Moreira, 2022 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Aletaha D, Neogi T, Silman AJ, et al. 2010 rheumatoid arthritis classification criteria: an American College of Rheumatology/European League Against Rheumatism collaborative initiative. Ann Rheum Dis. 2010 Sep;69(9):1580-8. FATOR REUMATÓIDE ,ANTICORPOS ANTIPROTEÍNAS CITRULINADAS NA AR Proteína C reativa e Velocidade de Hemossedimentação DIAGNÓSTICO • Quanto mais cedo for feito o diagnóstico da AR e iniciado um MMCD, mais fácil será o controle da doença e melhor o seu prognóstico. • envolvimento poliarticular, • simétrico e acompanhado • rigidez matinal prolongada (> 1 hora). • Artrite de três ou mais regiões, especialmente mãos/punhos e pés, • por mais de seis semanas, • presença de marcadores inflamatórios (VHS e/ou PCR) e imunológicos (FR e/ou ACPA) alterados reforça o diagnóstico de AR. • Estudos de imagem (US/RM), confirmando a presença do processo inflamatório subjacente, podem colaborar na avaliação da extensão do envolvimento articular. • critérios ACR-EULAR em 2010 CAPSULITE ADESIVA OMBRO • Ombros: sinais inflamatórios típicos não são facilmente detectáveis ao exame físico do ombro. • Habitualmente, o achado objetivo é a perda de mobilidade pela restrição por dor, podendo evoluir para a síndrome do “ombro congelado” (capsulite adesiva). • Shinjo e Moreira, 2022 https://imagenscuiaba.com.br/dica-do- especialista/capsulite-adesiva-ou-ombro-congelado CAPSULITE ADESIVA • Capsulite adesiva ou "ombro congelado" é uma condição inflamatória da cápsula articular glenoumeral, levando a restrição da amplitude de movimentos, mais comumente observada em mulheres com idade entre 40 e 60 anos. Na maioria das vezes não há uma causa identificada, sendo considerada primária, porém pode ser secundária à artrite pós-traumática, microtraumas de repetição, cirurgias prévias ou doenças reumatológicas. • O quadro clínico pode ser pouco específico, incluindo dor e redução difusa da amplitude de movimentos, na ausência de traumas maiores e com radiografia normal. • A Ressonância Magnética possui importante papel no diagnóstico desta condição, efetivamente demonstrando o intervalo dosrotadores e o recesso articular glenoumeral, sítios comumente afetados pela capsulite adesiva, como ilustra o caso clínico apresentado CAPSULITE ADESIVA • FASES: • quatro estádios característicos(11) esclarece a evolução do • processo. No estágio I chamado pré-adesivo, há reação inflamatória • sinovial; no estágio II, chamado sinovite adesiva aguda, • há sinovite proliferativa e início do colabamento das paredes • dos recessos articulares e aderências da cápsula na cabeça do úmero; • no estágio III, chamado maturação, há regressão da sinovite e franco colabamento do recesso axilar; • e no estágio IV, chamado crônico, as aderências estão maduras e, retraídas, • restringem fortemente os movimentos da cabeça do úmero em relação à glenóide. Nos estágios II, III e IV os espaços entre as superfícies articulares da glenóide e do úmero • e o espaço entre o bíceps e o úmero estão muito reduzidos Rev Bras Ortop. 2005;40(10):565-74 CAPSULITE ADESIVA – 1ª FASE • A primeira fase, chamada aguda ou hiperálgica, tem início • insidioso, mas, em pouco tempo, a dor diuturna no ombro • cresce em intensidade, podendo ser acompanhada de fenômenos • vasculares, como sudorese palmar e axilar. A dor recrudesce • durante a noite, perturba o sono e pode afetar o psiquismo • do doente. A mobilidade do ombro é muito dolorosa e • os movimentos de abdução, de rotação interna e externa • rapidamente perdem sua amplitude. Essa fase que dura de dois a nove meses, para nós tem-se estendido, • em média, por três a seis meses. O diagnóstico diferencial • deve ser feito com as lesões agudas do manguito rotador e • com a fase aguda da tendinite calcária. CAPSULITE ADESIVA 2ª FASE • A segunda fase é chamada de enrijecimento ou congelamento. • A dor diminui de intensidade, deixa de ser contínua, mas persiste à noite e à tentativa de movimentação do ombro, que se apresenta rígido, com bloqueio completo da abdução e das rotações interna e externa. essa fase dura cerca de 12 meses CAPSULITE ADESIVA 3ª FASE • terceira fase, caracterizada pela liberação progressiva dos • movimentos, que poderá levar muitos meses (de nove a 24 • meses), é chamada de descongelamento, termo que compara • o fenômeno à liquefação do gelo. É a restauração da elasticidade • cápsulo-ligamentar perdida que, em muitos casos, pode • acontecer de forma espontânea. Entretanto, a completa recuperação • da mobilidade do ombro é de difícil previsão(5) porque • a intensa fibrose capsular pode não ser completamente • reversível na CA de longa duração. CASO CLÍNICO Paciente do sexo feminino, 46 anos, com queixa de dor e limitação de movimentos no ombro direito há cerca de 1 ano, com períodos de piora, sem relato de trauma. Realizou exame de Ressonância Magnética do Ombro, que demonstrou espessamento, edema e realce da cápsula articular glenoumeral, mais evidente no recesso axilar, associada a espessamento do ligamento coracoumeral e obliteração da gordura do intervalo dos rotadores , compatíveis com capsulite adesiva. DEFORMIDADES MÃOS ARTRITE REUMATOIDE DEFORMIDADES Mãos • Dedos em botoeira • Dedos em pescoço de cisne • Subluxação rádio-ulnar distal : desvio radial do punho • Desvio ulnar dos dedos com subluxação das MCFs (dedos em ventania) Fernandes et al. (1998) Dedo em botoeira Dedo em pescoço de cisne Pescoço de cisne Polegar em botoeira • Desvio radial do punho Desvio ulnar dos dedos Dedos em ventania DEFORMIDADES PÉS ARTRITE REUMATOIDE DEFORMIDADES PÉS Pés: • Dedos em garra • dedos em martelo • arcos plantares • tornozelo valgo • Hálux valgo Fernandes et al. (1998) Dedos em martelo extensão na articulação MTF e flexão na IFP A. Garra B.Martelo C.Malho D.Hálux valgo D • Dedos em garra hiperextensão das articulações MTF e flexão IFP e IFD • Pé plano • Tornozelo Valgo MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES ARTRITE REUMATÓIDE MANIFESTAÇÕES EXTRA ARTICULARES AR é uma doença sistêmica, é comum a ocorrência de sintomas gerais como fadiga, febre, astenia, mialgia e perda ponderal. Shinjo e Moreira, 2022 X atividade inflamatória sistêmica da doença Fernandes et al. (1998) Parecem resultar de imuno - complexos circulantes. Fellet e Scotton (2001) MANIFESTAÇÕES EXTRA ARTICULARES • Dermatológicas • Oculares • Pulmonares • Cardíacas • Neuromusculares • Hematológicas • Nódulos reumatóides Fernandes et al. (1998); Laurindo (apostila de reumatologia USP) NÓDULOS REUMATÓIDES • Não são dolorosos • Consistência fibrosa • Local mais comum=cotovelo • Dorso dos dedos • *parênquima pulmonar,pleura, válvulas cardíacas, miocárdio • Doença + agressiva • FR + EXAMES DE IMAGEM Artrite Reumatóide RADIOGRAFIA SIMPLES Raio x Fase inicial x tardia • Tumefação partes moles • Osteoporose • espaço articular • Lesões erosivas • Deformidades, desalinhamentos • Anquiloses • Fernandes et al. (1998), Fellet e Scotton (2001) Erosões marginais da artrite reumatoide. Presença de erosões ósseas marginais (setas) junto às articulações metacarpofalângicas e interfalângica proximal. espaços articulares ainda conservados. Artrite reumatoide. Erosões marginais e redução do espaço articular. Radiografia da mão demonstra erosões ósseas marginais do 2o ao 5o dedos (setas) com redução dos espaços articulares metacarpofalângicos adjacentes. Acometimento crônico pela artrite reumatoide. Radiografia do punho com fusão completa de todas as articulações do carpo, assim como das articulações carpometacarpais do 2o e 3o raios. Deformidade crônica pela artrite reumatoide. Radiografia da mão mostrando intensa rarefação óssea, erosões marginais e destruição articular metacarpofalângica com subluxações e desvios ulnares do 2o ao 5o dedos (deformidade em “coup de vent”). Observe também o aumento de partes moles junto ao carpo, associado a erosões ósseas marginais e redução das interlinhas articulares no carpo ULTRA SONOGRAFIA ARTICULAÇÕES • capacidade de detectar sinovite e erosão óssea em fase pré-radiográfica • Diagnóstico precoce • Arend, 2013 EXAMES DE IMAGEM • Ressonância magnética (RM) (ver Capítulo 12): método muito sensível para demonstrar alterações sugestivas de AR, como edema ósseo, tenossinovite, erosões e dano da cartilagem. Entretanto, seu alto custo, falta de padronização e relativo desconforto do paciente na realização do exame têm limitado seu emprego no nosso meio. • Ultrassonografia (US) (ver Capítulo 14): recentemente, a US com power Doppler vem assumindo um papel cada vez mais importante na avaliação da AR, tanto para o diagnóstico quanto para o monitoramento da atividade inflamatória de doença e dos sinais de dano articular. O procedimento pode ser feito no consultório e pode facilitar punções e infiltrações. Apresenta maior sensibilidade do que o exame físico de detecção de sinovite e do que a radiografia para evidenciar erosões, e complementa o exame físico em situações de dúvidas (p. ex., avaliação de sinovite persistente versus sensibilização central em pacientes com dor articular sem edema). EXAMES LABORATORIAIS Artrite Reumatóide EXAMES LABORATORIAIS Hemograma “sorologia”, considera-se o resultado de fator reumatoide ou de anticorpos antipeptídeos/proteínas citrulinadas “provas de atividade inflamatória” VHS (velocidade de sedimentação): PCR : Proteína C reativa Fernandes et al. (1998), Fellet e Scotton (2001) PROGNÓSTICO • AR : • sobrevida (5 a 10 anos) • Incapacidades funcionais significantes Fernandes et al. (1998) é possível afirmar que o prognóstico da AR está atrelado à rapidez de diagnóstico e resposta ao tratamento. Shinjo e Moreira , 2022 PEGUEM 1 CANETA OU LÁPIS E UM PAPEL ESCREVAM EM TÓPICOS OS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES VISTOS NA AULA DIFICULDADES TAMBÉM DEVEM SER RELATADAS ARTIGO DE 1 MINUTO OBRIGADA! cintiafreitas24@gmail.com cintiadominguesdefreitas dracintiafreitasfisiomailto:cintiafreitas24@gmail.com
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