Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS PROF. DR. PAULO HERALDO COSTA DO VALLE UNIDADE 2 DOENÇAS OSTEOARTICULARES E IMUNOLÓGICAS OSTEOPOROSE É um termo que foi introduzido no século XIX na França e na Alemanha como forma de descrição para o achado histológico de porosidade do osso. OSTEOPOROSE Atualmente é definida como uma doença esquelética sendo caracterizada através do comprometimento da resistência óssea podendo ocasionar uma fratura. OSTEOPOROSE A resistência óssea é devido a uma associação entre a densidade óssea e a qualidade do osso. A densidade óssea é determinada pelo pico de massa óssea e pela quantidade de perda óssea. FORMA DE MEDIDA PARA AVALIAR A RESISTÊNCIA ÓSSEA A utilização da densidade mineral óssea é considerada como uma forma de medida, que pode auxiliar de forma aproximada em 50 a 70% da resistência óssea. FISIOPATOLOGIA DAS FRATURAS As fraturas são devido a uma diminuição na resistência óssea como também em função das quedas, sendo que a resistência óssea está relacionada tanto com a qualidade como a quantidade do osso. QUANTIDADE ÓSSEA É avaliada através da densidade mineral óssea. QUALIDADE ÓSSEA Está relacionada com vários fatores: • Forma e tamanho do osso. • Remodelação. • Microarquitetura. • Mineralização óssea. • Qualidade da matriz. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA A manifestação clínica mais comum da osteoporose é a fratura vertebral, ocorrendo normalmente em 2/3 dos casos, sendo assintomática. O diagnóstico pode ser realizado através da radiografia torácica ou abdominal. IDOSOS Idosos com 80 anos de idade é comum as fraturas de quadril, sendo: • 15% nas mulheres. • 5% nos homens. Estas fraturas são devido principalmente as quedas ocorrendo também de forma espontânea, sendo no colo do fêmur ou transtrocantéricas. ARTRITE REUMATOIDE A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, tendo a sua prevalência por volta de 1% em toda a população mundial. ARTRITE REUMATOIDE Os elementos predominantes são os fenômenos considerados como clássicos da inflamação estando presente nas articulações: • Dor. • Calor. • Rubor. • Tumor. • Perda de função. ARTRITE REUMATOIDE Vai afetar predominantemente as pequenas articulações periféricas de forma simétrica e aditiva. Vai evoluir posteriormente para uma incapacidade física alterando significativamente a qualidade de vida do paciente. ARTRITE REUMATOIDE As manifestações como fadiga, mialgia e febre acabam geralmente precedendo o quadro articular da artrite reumatoide. O início da doença ocorre por volta dos 20 a 60 anos de idade, tendo como maior incidência a faixa entre 35 a 45 anos de idade. ARTROSE A artrose também é conhecida como osteoartrite sendo caracterizada por uma degeneração da articulação, devido ao envelhecimento. FISIOPATOLOGIA ARTROSE É uma insuficiência da cartilagem articular devido a um predomínio de deterioração sobre a síntese, levando a uma inflamação local, proliferação sinovial e o enfraquecimento de todos os ligamentos e músculos. ARTROSE É o resultado de interação de vários fatores biológicos (inflamatórios, genéticos, hormonais, metabólicos e envelhecimento) e mecânicos (trauma, displasias, obesidade, mal alinhamento e perda da propriocepção). DOENÇAS AUTOIMUNES São definidas como uma falha na divisão funcional do sistema imunológico, não conseguindo mais reconhecer os órgãos e os tecidos como elementos do próprio corpo. Começa um ataque dos mesmos como se fossem estranhos, sendo denominada de autotolerância. SISTEMA IMUNOLÓGICO Este sistema possui uma importante função que é discriminar o que pode ser considerado como próprio e o que não é próprio tendo com função a garantia da homeostase da imunidade. DOENÇAS AUTOIMUNES As doenças da tireoidite de Hashimoto, doença de Graves, lúpus eritematoso sistêmico, miastenia grave e artrite reumatoide são mais frequentes nas mulheres do que os homens. PRINCIPAIS DOENÇAS AUTOIMUNES • Artrite reumatoide. • Lúpus eritematoso sistêmico. • Esclerose sistêmica. • Dermatomiosite polimiosite. • Síndrome de Sjogren. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ESCLEROSE SISTÊMICA São devido uma inflamação ativa, ocasionando a fibrose progressiva da pele e vasculopatia de outros órgãos compreendendo também os pulmões, coração, trato gastrointestinal, rins e sistema musculo esquelético. DERMATOMIOSITE POLIMIOSITE Também é conhecida como miopatias inflamatória idiopática, a prevalência é de 50 a 90 casos por um milhão de habitantes, o paciente apresenta uma inflamação não supurativa da musculatura esquelética e fraqueza simétrica da musculatura próxima. SÍNDROME DE SJOGREN Esta síndrome é uma doença auto imune sendo caracterizada por meio da destruição das glândulas exócrinas, principalmente as lacrimais e salivares. CÂNCER É representando por um grupo de doenças que tem algo em comum que é a proliferação celular em excesso de forma não controlada permanecendo após um estímulo inicial que a causou. CÂNCER De acordo com a Organização Mundial de Saúde os tipos de câncer mais frequentes nos países industrializados como nos países em desenvolvimento são: • Pulmão. • Cólon. • Reto. • Estômago. O câncer maligno é quando existem um crescimento desordenado das células de forma incontrolável, sendo em grande quantidade e agressivo, deixando o indivíduo bastante debilitado e na maioria dos casos, acabam trazendo risco de morte a curto, médio ou a longo prazo. CÂNCER MALIGNO E BENIGNO CÂNCER MALIGNO E BENIGNO O câncer benigno é quando as células desordenadas vão crescer em apenas um local específico do corpo humano, de maneira mais lenta, com semelhanças dos tecidos originais, esse tipo de câncer possui pouco risco de morte. CÂNCER Pode se alastrar do local de origem e se propagar através dos linfonodos regionais provocando uma disseminação linfática ou através da corrente sanguínea para locais mais distantes. AÇÕES PREVENÇÃO - CÂNCER • Interrupção do tabagismo. • Alimentação saudável. • Manutenção do peso corporal adequado. • Prática regular de atividade física. • Evitar a ingestão de álcool. • Evitar a exposição ao sol entre as 10 as 16 horas. • Vacinação contra o vírus do Papiloma Humano. AIDS A síndrome da imunodeficiência adquirida mais conhecida pela sigla AIDS, é um problema de saúde pública que já alcançou proporções que são consideradas como pandêmicas, estando presente em todos os continentes. Em 1987 foi instituído o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, sendo comemorado todo dia 1º de dezembro. O laço vermelho é considerado com um símbolo de solidariedade e compromisso parra a luta contra a AIDS. AIDS JANELA IMUNOLÓGICA Corresponde ao tempo entre a contaminação pelo vírus e a produção de anticorpos capazes de serem detectados por meio da sorologia. A descoberta precoce do contágio pelo HIV auxilia no aumento da expectativa de vida do paciente soropositivo. As mães que são soropositivas podem inclusive terem filhos sem o HIV se realizarem o tratamento recomendado durante o pré natal, parto e pós natal. AIDS O vírus HIV pode ficar invisível no corpo sem se manifestar ou seja incubado até dez anos, sem que o indivíduo infectado manifeste algum sintoma. AIDS O processo infeccioso é dividido em quatro fases: • Infecção aguda. • Fase assintomática ou de latência clínica. • Fase sintomática inicial. • AIDS. AIDS PROCESSOS OPORTUNISTAS • Leucoplasia pilosa oral. • Gengivite. • Úlceras aftosas. • Herpes simples recorrente. • Herpes zóster. • Sinusopatias. • Candidíase oral e vaginal. • Trombocitopenia. . ANGELO, IC. Patologia Geral. São Paulo, Editora Pearson Educacional, 2015. GUYTON, AC. & HALL, JE. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro, 13ª Edição, Editora Elsevier, 2017. MALZYNER, A. & CAPONERO, R. Cancer e Prevenção. Editora MG Editores, 2013. MARTINS, MA.; CARRILHO, FJ.; ALVES, VAF.; CASTILHO, EA.; CERRI, GB. & WEN, CL. Clínica Médica:Doenças Endócrinas e Metabólicas, Doenças Ósseas e Doenças Reumatológicas. Volume 5, São Paulo, Editora Manole, 2009a. B I B L I OG R A F I A . MARTINS, MA.; CARRILHO, FJ.; ALVES, VAF.; CASTILHO, EA.; CERRI, GB. & WEN, CL. Clínica Médica: Alergia e Imunologia Clínica, Doenças da Pele, Doenças Infecciosas. Volume 7, São Paulo, Editora Manole, 2009b. SILVA, MI.; BASSO, PM. BRUNSTEIN, A. Guia Prático de Saúde – HIV e AIDS. São Paulo, Editora Eureka, 2015. TORTORA, GJ. Princípios de Anatomia Humana. Rio de Janeiro, 10ª Edição, Editora Guanabara Koogan, 2011. B I B L I OG R A F I A . O b r i g a d o !
Compartilhar