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Unidade 1-A crise ambiental atual

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LOGÍSTICA 
REVERSA
Charlene Bitencourt 
Soster Luz
Crise ambiental atual
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a importância da preservação dos ecossistemas na 
atualidade.
  Descrever as principais mudanças climáticas como consequência das 
atividades humanas.
  Relacionar o papel dos governos e órgãos internacionais nas ações 
de mitigação dos impactos ambientais.
Introdução
Com o passar do tempo, determinadas atividades humanas impacta-
ram o meio ambiente de forma negativa, alterando o ciclo natural do 
planeta, inclusive com mudanças climáticas. Essas atividades precisam 
ser repensadas para que seja possível viver bem sem prejudicar o meio 
ambiente. Por isso, ações governamentais e órgãos internacionais visam 
regulamentar as questões relacionadas ao meio ambiente, bem como 
orientar empresas e demais instituições a exercer as suas atividades de 
modo ambientalmente correto. 
Considerando esse complexo contexto, em que natureza e ser hu-
mano estão presentes em uma relação dependente, neste capítulo você 
vai reconhecer a importância da preservação dos ecossistemas na atuali-
dade, bem como descobrir que mudanças, principalmente as climáticas, 
são consequências das ações humanas. Por fim, vai relacionar o papel 
dos governantes e órgãos internacionais nas ações de mitigação dos 
impactos ambientais.
Importância da preservação 
dos ecossistemas na atualidade
O ecossistema representa um conjunto de integrantes que habitam e interagem 
em determinado local. Conforme Santos (2018), esses integrantes são consti-
tuídos por componentes bióticos, ou seja, com vida como plantas e animais, 
e por componentes abióticos, como rochas, rios e solo. Esses integrantes têm 
dependência mútua, pois, para ter vida, são necessários componentes abióticos, 
como a água. Assim, o planeta Terra possui diversos ecossistemas grandes 
e pequenos, com características diferentes, mas que mantêm uma harmonia 
natural, se não houver degradação humana.
Um pequeno local com componente bióticos e abióticos que se regule naturalmente 
é um exemplo de ecossistema, assim como florestas também são ecossistemas, e o 
maior ecossistema existente é o planeta Terra.
A preservação ambiental precisa ser entendida como um dever do ser 
humano que está contido no meio ambiente e precisa se reconhecer como 
responsável nessa função. Segundo Adreoli e colaboradores (2014), existem 
quatro principais motivos para a preservação ambiental:
1. éticos;
2. estéticos;
3. econômicos;
4. funcionais da natureza. 
Crise ambiental atual2
Os motivos éticos se relacionam ao dever de os seres humanos protegerem 
a natureza, por terem cognição mais avançada do que os outros seres. Dessa 
forma, há responsabilidade ética e moral de as pessoas viverem sem agre-
dir a natureza, pois fazem parte dessa natureza e precisam reconhecer isso. 
Além disso, a racionalidade humana torna possível uma visão ampla sobre as 
questões ambientais e possibilita que se pense em estratégias para viver bem 
e em harmonia com a natureza. Isso não significa que os seres humanos não 
possam interferir no meio ambiente, mas, sim, que essa interferência precisa 
ser cuidadosamente articulada para não o prejudicar, visto que os humanos 
compõem a natureza e, ao agredi-la, estão impactando a si mesmos, em curto 
ou longo prazos. 
Os motivos estéticos se relacionam à questão de o ser humano estar dentro 
da natureza e apreciá-la, bem como aos seres que a compõem, principalmente 
no seu estado selvagem. A beleza de animais e plantas, por exemplo, é um 
alento para a solidão humana, principalmente para as pessoas que moram em 
centros urbanos distantes de ambientes com menor poluição. Admirar a beleza 
da natureza faz bem para as pessoas, que são parte dessa natureza.
Os motivos econômicos para preservar o meio ambiente estão associados 
à questão da sobrevivência humana, que depende da harmonia ambiental 
(Figura 1). Por exemplo, há dependência de plantas, animais para alimento e 
água potável para viver. Diversos produtos são extraídos de animais e plan-
tas, como lã de ovelhas e algodão de árvores para produção têxtil. Assim, 
produzir com responsabilidade ambiental precisa ser o lema das instituições 
para manter a economia ligada diretamente ao meio ambiente. Até mesmo a 
saúde das pessoas se relaciona com questões ambientais e econômicas, pois, 
por exemplo, muitos medicamentos são extraídos de plantas, e a sua extinção 
significa limitar o tratamento de diversas patologias, aumentando o custo de 
hospitais com doentes e pesquisas para promover a cura. 
3Crise ambiental atual
Figura 1. Componentes dos estoques de nutrientes de um sistema terrestre e de um 
aquático.
Fonte: Begon, Townsend e Harper (2007, p. 527).
Os motivos funcionais de preservação se referem ao fato de que tudo que 
existe na natureza funciona de forma interligada — então, o que afeta uma parte 
acaba por afetar outras. Por exemplo, a poluição do solo prejudica o plantio, 
bem como a poluição da água afeta a pesca e a sobrevivência de pessoas e 
animais. Assim, a natureza é um conjunto de componentes harmonizados, por 
isso, desestabilizar essa harmonia gera consequências negativas para todos. 
Salientamos que os nutrientes indispensáveis à vida existem em estoques 
naturais e, se forem afetados, podem prejudicar mais de um ecossistema. 
Esse é o caso das árvores, que ficam próximas aos rios, absorvendo a água e 
impedindo a erosão da terra para dentro do rio. Se as árvores forem retiradas, 
o rio será prejudicado e, se o rio ficar poluído, as árvores sofrem esse impacto. 
Crise ambiental atual4
Analisando esses motivos, verificamos a importância da consciência am-
biental em pessoas e empresas nas suas ações de curto e longo prazos. As 
pessoas compõem as empresas e, portanto, a gestão empresarial, que deve 
ter consciência ambiental. A cultura de preocupação ambiental precisa estar 
presente na mente dos colaboradores, nas suas atitudes e, inclusive, nos pro-
dutos e serviços para o cliente.
A qualidade de vida decresce conforme a degradação ambiental aumenta — ou seja, 
viver bem depende da consciência ambiental. Assim, preocupar-se e ter atitudes 
corretas com o meio ambiente significa fazer bem a si mesmo e às próximas gerações.
Principais mudanças climáticas como 
consequência das atividades humanas
As mudanças climáticas são eventos que ocorrem no planeta Terra com o passar 
do tempo e podem acontecer de forma natural ou com as ações humanas. As 
mudanças climáticas decorrentes das ações do ser humanos impactam nega-
tivamente, de forma que aceleram o processo que deveria acontecer de forma 
natural, ou seja, regulado pelo próprio meio ambiente. Dessa forma, quando 
o ser humano interfere negativamente no meio ambiente, há um desequilíbrio 
e todos são afetados. Alguns exemplos de processos naturais atingidos pelas 
ações humanas são: 
  mudanças do vento e circulação do ar;
  alterações no solo;
  alterações na água de lagos, rios e oceanos; 
  alterações nas atividades vulcânicas e na atmosfera. 
5Crise ambiental atual
Essas mudanças impactam diferentes espécies de plantas e animais, que 
podem não resistir nem se adaptar (Quadro 1).
Fonte: Adaptado de Barry e Chorley (2013, p. 436).
Variável modificada Escala do efeito Fontes de mudança
Temperatura atmosférica Local–global Liberação de aerossóis 
e gases-traço
Propriedades superficiais; 
balanças de energia
Regional Desmatamento; 
desertificação; urbanização
Regime eólico Local–regional Desmatamento; urbanização
Componentes do 
ciclo hidrológico 
e urbanização
Local–regional Desmatamento; 
desertificação; urbanização
Quadro 1. Processos que causam mudanças no clima
A Figura 2 apresenta os processos que causam mudanças no clima.
Figura 2. Processos que causam mudanças no clima.
Fonte: Barry e Chorley (2013, p. 429).
Crise ambiental atual6
As atividades de degradação ambiental humanas se intensificaram a partir 
daRevolução Industrial, com emissão de poluentes, avanço na urbanização e 
desmatamento, que continuam na atualidade. Assim, o efeito estufa é a principal 
mudança decorrente das ações humanas, que aceleram as mudanças climáticas. 
Efeito estufa e impactos climáticos
O efeito estufa é um acontecimento natural, em que parte do calor do Sol 
fi ca retido na Terra, proporcionando condições favoráveis para a vida se de-
senvolver. As emissões de poluentes, como alguns gases que fi cam no ar, 
aumentam o efeito estufa e o calor. Segundo a World Wildlife Fund (WWF), 
uma organização internacional de preservação ambiental, as principais causas 
do aquecimento global estão relacionadas ao uso de combustíveis fósseis, como 
petróleo utilizado para gerar energia em atividades industriais, por exemplo. O 
desmatamento e o descarte incorreto de resíduos também contribuem para o 
efeito estufa. A WWF descreve o envolvimento do Brasil e sua responsabilidade 
em relação ao aquecimento global, decorrente do efeito estufa:
No Brasil, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis 
pela maior parte das nossas emissões e faz o país ser um dos líderes mundiais 
em emissões de gases de efeito estufa. Isto porque as áreas de florestas e os 
ecossistemas naturais são grandes reservatórios e sumidouros de carbono 
por sua capacidade de absorver e estocar CO². Mas quando acontece um 
incêndio florestal ou uma área é desmatada, esse carbono é liberado para 
a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. Mas 
as emissões de GEE por outras atividades como agropecuária e geração de 
energia vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos (WWF, 2018, 
documento on-line).
O efeito estufa gera graves consequências para a natureza a longo prazo, 
como o aumento da temperatura do planeta, que causa o derretimento das 
geleiras no Ártico, provocando a elevação do nível do mar, o futuro desapare-
cimento de algumas ilhas habitadas, o desaparecimento de alguns ecossistemas 
e a alteração do funcionamento de outros. Além disso, o aquecimento, segundo 
a WWF, aumenta a possibilidade de:
  tempestades;
  inundações; 
  furacões.
7Crise ambiental atual
Ressaltamos que os combustíveis fósseis são recursos finitos. Assim, há 
urgência em buscar alternativas para produção continuar, sem degradar o meio 
ambiente com poluição e consequente aumento do efeito estufa. Assim, as fontes 
renováveis, como eólica e solar, são aliadas para a redução do efeito estufa. 
Para isso, as empresas precisam investir em pesquisa e desenvolvimento, e os 
governantes devem ampliar o incentivo para fontes alternativas de energia. 
É uma tendência mundial que negócios do ramo da energia aumentem a sua 
atuação, mas os valores precisam ser atrativos para que a energia eólica e solar 
se torne padrão, em vez da energia fóssil. 
Segundo a WWF, o aquecimento global pode ser amenizado com a redução de:
  desmatamento;
  investimento em reflorestamento;
  conservação de espaços naturais;
  redução do consumo de energia;
  aumento da reciclagem. 
Os governantes e órgãos internacionais podem e devem contribuir para 
o incentivo dessas ações, porém a sociedade também precisa ter consciência 
de preservação ambiental.
Além de preservar a natureza, as empresas precisam manter a competitividade com 
a produção sustentável que mantenha os lucros. A empresa que planeja a produção, 
ao mesmo tempo que cuida do meio ambiente, precisa anunciar isso ao cliente de 
forma que este tenha uma imagem mais positiva e diferenciada da marca.
Papel dos governos e órgãos internacionais nas 
ações de mitigação dos impactos ambientais
Cada país tem a responsabilidade de cuidar de seu próprio território para 
que sua população tenha condições de viver com qualidade de vida. As leis 
nacionais ambientais têm direitos e deveres de acordo com as características, 
os problemas e as soluções possíveis do país. Também existem acordos inter-
Crise ambiental atual8
nacionais entre países para fortalecer os cuidados com o meio ambiente, que 
são responsabilidade em nível global.
Legislação brasileira sobre o meio ambiente
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) possui relevante papel nas questões 
ambientais, visando estabelecer políticas e programas de proteção ambiental. 
Para isso, o MMA conta com diferentes profi ssionais que atuam no próprio 
ministério e no Serviço Florestal Brasileiro (SFB). O Quadro 2 apresenta os 
servidores atuantes no MMA.
Fonte: Adaptado de Brasil (2018a).
Situação MMA SFB Total
Quadro permanente 576 130 706
Cargos em comissão 195 47 242
Terceirizados (secretárias 
e recepcionistas)
142 24 166
Total 913 201 1.114
Quadro 2. Servidores no MMA
Segundo o MMA, o Brasil possui a maior biodiversidade do mundo, com 
41 mil espécies catalogadas, segundo informações desse órgão. Vejamos, a 
seguir, alguns exemplos de ações desse ministério.
  A3P — refere-se à agenda ambiental na Administração Pública.
  Circuito Tela Verde — são materiais pedagógicos multimídia para os 
estudantes abordando questões socioambientais.
  Conferências — têm o objetivo de ouvir as necessidades de diferentes 
setores.
  Cadastro Ambiental Rural (CAR) — visa cadastrar os imóveis rurais 
para obter um panorama das áreas cadastradas e formular ações que 
beneficiem a todos.
9Crise ambiental atual
A Figura 3 apresenta o mapa do cadastro ambiental rural em 2018. 
Figura 3. Mapa do cadastro ambiental rural em 2018.
Fonte: Brasil (2018b, document on-line).
  Monitoramento por satélite do desmatamento da Amazônia — o 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde 1998, monitora 
e analisa o desmatamento da Amazônia utilizando satélites. A partir de 
2004, esse controle foi intensificado com o Plano de Ação para Preven-
ção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), que 
visa maior atuação quanto ao controle do desmatamento.
A Figura 4 mostra os dados do desmatamento da Amazônia. 
Crise ambiental atual10
Figura 4. Desmatamento da Amazônia.
Fonte: Brasil (2018c, documento on-line).
  Redução de gases de efeito estufa (GEE) — refere-se ao uso da terra 
e de florestas.
  Intervenção Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Au-
tomotores Rodoviários — criada no ano de 2013.
  Fundos Amazônia e Clima — é o financiamento para combate do 
desmatamento e redução de impactos causados por mudanças climáticas.
  Programa Água Doce e Dessalinização da Água — atende a popu-
lações em comunidades do semiárido brasileiro.
11Crise ambiental atual
  Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) — lançado no ano 
de 2002, está na terceira fase e é o maior programa em conservação de 
florestas tropicais no mundo com a finalidade de proteger, no mínimo, 
60 milhões de hectares da Amazônia brasileira. É uma ação conjunta 
coordenada pelo Governo Federal por meio do MMA e financiada pelo 
Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
A Figura 5 apresenta a terceira fase do programa Arpa.
Figura 5. Terceira fase do programa Arpa.
Fonte: Brasil (2014, documento on-line).
Além desses programas ambientais, o Brasil possui leis de proteção à 
natureza, como a Política Nacional do Meio Ambiente, que atua de forma 
abrangente, e a Lei de Crimes Ambientais, incluindo punições para quem 
degradar o meio ambiente.
Crise ambiental atual12
A Política Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 1981, documento on-
-line) foi criada em 1981 e tem como objetivo “[...] a preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, 
condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança 
nacional e à proteção da dignidade da vida humana”. Essa lei já deixa claro o 
quanto a dignidade humana depende da preservação ambiental. Salientamos 
que essa lei já contempla e expõe as atribuições do Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (Conama), órgão consultivo e deliberativo que possui normas 
e padrões quanto às questões ambientais sugeridas pelo Instituto Brasileirodo Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que é um 
órgão executivo da lei, ou seja, pratica a legislação. 
A Lei de Crimes Ambientais — ou Lei da Natureza (Lei nº. 9.605, de 13 
de fevereiro de 1998) — é um dispositivo que pune os infratores em crimes 
ambientais. Conforme o MMA, de acordo com a Lei nº. 9.605/1998, são con-
siderados crimes ambientais:
  Crimes contra a fauna — agressões cometidas contra animais silves-
tres, nativos ou em rota migratória.
  Crimes contra a flora — destruição ou danos à floresta de preservação 
permanente mesmo que em formação ou utilizá-la em desacordo com 
as normas de proteção.
  Poluição e outros crimes ambientais — poluição que provoque ou 
possa provocar danos à saúde humana, mortandade de animais e des-
truição significativa da flora.
  Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural — 
construção em áreas de preservação ou no seu entorno, sem autorização 
ou em desacordo com a autorização concedida.
  Crimes contra a administração ambiental — afirmação falsa ou 
enganosa, sonegação ou omissão de informações e dados técnico-
-científicos em processos de licenciamento ou autorização ambiental.
  Infrações administrativas — ações ou omissão que viole regras jurídi-
cas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
Órgãos internacionais e preservação ambiental
Os órgãos internacionais de preservação ambiental representam a preocupação 
de vários países que elaboram estratégias conjuntas de cuidado com a natureza e 
o ser humano. Assim, esses órgãos trabalham em nível mundial para contribuir 
nas soluções que visem ao desenvolvimento sustentável.
13Crise ambiental atual
Infrações administrativas
São ações ou omissão que violem regras jurídicas de uso, gozo, promoção, 
proteção e recuperação do meio ambiente. Todo planeta sofre os impactos das 
agressões ao meio ambiente. Por isso, são necessários acordos internacionais 
entre países que se unem para formular e plicar estratégias de preservação 
ambiental. Alguns exemplos dessas ações são:
  convenção da ONU sobre mudança no clima; 
  protocolo de Kioto;
  redução de emissões por desmatamento;
  degradação florestal. 
A Organização das Nações Unidas (ONU) — composta por diversos países, 
inclusive o Brasil — possui como meta até 2020 tomar medidas para combater 
os impactos das mudanças climáticas.
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UN-
FCCC) visa à cooperação internacional com 175 países para o estabelecimento 
de políticas de redução do efeito estufa. Essa convenção ocorre anualmente 
desde 1992. Em 2009, o Brasil criou a Política Nacional sobre a Mudança do 
Clima (PNMC), da Lei nº. 12.187, de 29 de dezembro de 2009, para reduzir a 
emissão de gases de efeito estufa, contribuindo com a UNFCCC.
 O Protocolo de Kioto, válido até 2020, existe no sentido de reduzir os 
poluentes que causam o efeito estufa. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo 
(MDL) integra o Protocolo de Quioto, permitindo que países desenvolvidos 
ajudem os subdesenvolvidos na redução da emissão de poluentes. O MDL 
autoriza que países comprem créditos de carbono de outros com créditos 
excedentes por cumprir a meta de redução de poluentes. 
Na questão do desmatamento, existe o Redução de Emissões por Des-
matamento e Degradação Florestal (REDD), que incentiva a preservação 
florestal e, por consequência, ameniza o efeito estufa. No Brasil, a WWF atua, 
principalmente no estado do Acre, para conservação da mata.
Entre as 17 metas estabelecidas pela ONU (2015) para serem cumpridas 
até 2030, consta a meta número 13, referente aos impactos das mudanças 
climáticas, tendo as seguintes questões a serem tratadas pelos países: 
Crise ambiental atual14
Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao 
clima e às catástrofes naturais em todos os países;
Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planeja-
mentos nacionais;
Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e 
institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da 
mudança do clima (NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL, 2015, documento on-line).
São inúmeros os desafios relacionados ao meio ambiente, que é de res-
ponsabilidade de todos os cidadãos e instituições. Para isso, existe legislação 
nacional e órgãos internacionais de apoio ao desenvolvimento sustentável. 
Acesse este link e conheça a WWF, uma organização internacional que fomenta o 
equilíbrio entre as atividades humanas e a natureza:
https://goo.gl/DP156b
Entenda as metas da ONU para serem cumpridas até 2030 e estão relacionadas a 
questões socioeconômicas e ambientais:
https://goo.gl/c4aWgP
ADREOLI, C. V. et al. Biodiversidade: a importância da preservação ambiental para 
manutenção da riqueza e equilíbrio dos ecossistemas. In: ADREOLI, C. V.; TORRES, P. 
L. Complexidade: redes e conexões do ser sustentável. Curitiba: SENAR, 2014. (Cole-
ção Agrinho). Disponível em: <https://www.agrinho.com.br/site/wp-content/uplo-
ads/2014/09/28_Biodiversidade.pdf>. Acesso em: 15 out. 2018.
BARRY, R. G.; CHORLEY, R. J. Atmosfera, tempo e clima. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
BEGON, M.; TOWNSEND, C. R.; HARPER, J. L. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. 4. 
ed. Artmed: Porto Alegre, 2007. 
15Crise ambiental atual
BRASIL. Governo do Brasil. Legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas 
do mundo. 20 out. 2010. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-
-ambiente/2010/10/legislacao>. Acesso em: 15 out. 2018.
BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Política Nacional do Meio Ambiente. 
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2 set. 1981. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm>. Acesso em: 15 out. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Desmatamento na Amazônia Legal. 2018c. Dis-
ponível em: <http://www.mma.gov.br/mma-em-numeros/desmatamento>. Acesso 
em: 15 out. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Números do cadastro ambiental rural. 14 set. 2018b. 
Disponível em: <http://www.florestal.gov.br/numeros-do-car>. Acesso em: 15 out. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa ARPA. 2014. Disponível em: <http://
www.mma.gov.br/mma-em-numeros/programa-arpa>. Acesso em: 15 out. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Servidores no Ministério do Meio Ambiente. 2018a. 
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/mma-em-numeros/servidores>. Acesso 
em: 15 out. 2018.
NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL. Objetivo 13. 2015. Disponível em: <https://nacoesunidas.
org/pos2015/ods13/>. Acesso em: 15 out. 2018.
SANTOS, V. O que é ecossistema? Brasil Escola, 2018. Disponível em: <https://brasilescola.
uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-ecossistema.htm>. Acesso em: 15 out. 2018.
WWF. As mudanças climáticas. 2018. Disponível em: <https://www.wwf.org.br/natu-
reza_brasileira/reducao_de_impactos2/clima/mudancas_climaticas2/>. Acesso em: 
15 out. 2018.
Leituras recomendadas
DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 
2007.
LEITE, P. R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2009.
Crise ambiental atual16
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