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WBA0271_v1.0 ACOLHIMENTO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Rogério Adriano Bosso Leitura crítica: Rosana D’Orio Bohrer Olá, aluno! A disciplina Acolhimento e prevenção do suicídio tem como objetivo oferecer bases científicas para o conhecimento de temas que permeiam a temática do suicídio, como: automutilação, prevenção e posvenção. A ideia da disciplina é capacitar os profissionais de saúde que atuam com essa problemática, para que estejam aptos a, de forma adequada e humanizada, realizar avaliação e pensar em possíveis intervenções diante do indivíduo ou grupos de indivíduos que apresentam tentativas de atentar contra a própria vida, ou mesmo cometeram comportamentos de automutilação sem ter como intenção principal o suicídio. A disciplina irá mostrar, também, que uma abordagem pautada na multidisciplinaridade possibilitará maior eficácia no tratamento do indivíduo que realiza tentativas de suicídio, uma vez que o trabalho multidisciplinar visa o atendimento integral do ser humano e propõe intervenções que podem atuar na prevenção ao suicídio de forma individual ou grupal. Mesmo que, ainda nos dias de hoje, o suicídio apresente estigma, essa problemática está cada vez mais presente em nosso cotidiano, seja pelas experiências que temos contato de forma direta, seja pelo significativo aumento dos casos de automutilações e fatalidades de fato que vêm ocorrendo no Brasil. 3 Confiamos que, com os conteúdos da disciplina Acolhimento e prevenção do suicídio, você possa ter condições de melhorar suas habilidades e técnicas necessárias ao atendimento dos indivíduos em sofrimento existencial, conseguindo exercer a empatia, o acolhimento e ofertando um tratamento de qualidade, baseado nas reais necessidades dessa população específica. Bons estudos! INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! TEMA 1 Conceito e perfil epidemiológico do suicídio ______________________________________________________________ Autoria: Rogério Adriano Bosso Leitura crítica: Rosana D’Orio Bohrer TE M A 4 TE M A 1 TE M A 2 TE M A 3 IN ÍC IO 5 DIRETO AO PONTO Perguntas do tipo: “Como ele pôde ter coragem de fazer isso?”, “Mas ele era rico e famoso”, ou julgamentos, como “Pessoas que se matam vão para o inferno”, geralmente aparecem no senso comum quando se fala em suicídio. Pessoas que se baseiam apenas no senso comum percebem esse fenômeno do suicídio como sendo ligado apenas às situações que ocorrem no ambiente, desconsiderando que o ser humano é inteiro, ou seja, é um ser biopsicossocial e espiritual. Os pacientes portadores de transtornos mentais são vítimas em 95% dos casos de suicídio, o que nos mostra que apenas os fatos relacionados ao ambiente em que o paciente vive não seriam suficientes para levar a tal ato. O suicídio é uma tragédia que é apresentada de forma pessoal, mas que reflete nas relações interpessoais, no palco do ambiente social, político e cultural em que o indivíduo vive. Uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, culturais e socioambientais, ou seja, uma composição de determinantes multifatoriais é parte integrante do comportamento suicida. Esse comportamento deve ser visto como desfecho de uma gama de fatores que vão se acumulando ao longo da história de vida do indivíduo, como uma consequência fatal de um processo de adoecimento. Definição de suicídio: o suicídio pode ser conceituado como um ato ou uma decisão consciente do próprio indivíduo, em que o objetivo é a morte, mesmo que o indivíduo apresente ambivalência. No suicídio, o indivíduo usará forma e meio que ele acredita serem letais. Estão dentro do escopo do que 6 denominamos de comportamento suicida os pensamentos, os planejamentos e as tentativas de suicídio (ABP, 2014). A palavra suicídio tem origem no latim sui, “próprio”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato de tirar a própria vida. O pensar nas questões relacionadas ao suicídio nos leva a mergulhar em uma busca incessante dos porquês desse comportamento; coloca-nos a pensar sobre a angústia que o indivíduo com esse sofrimento existencial vive para chegar a tal ponto e, ainda, quais seriam os sentimentos e anseios que permeiam a mente daquele indivíduo. Surgem, então, muitos questionamentos em relação ao comportamento que leva à morte e, consequentemente, nos movimenta em busca de respostas, sempre na tentativa de aliviar nosso sofrimento, a angústia e a sensação de inconformismo e indignação por uma pessoa que decidiu conscientemente morrer (MOREIRA; BASTOS, 2015). Figura 1 – Pessoa aparentemente cansada e desanimada, em desespero Fonte: FG Trade/Istock.com. 7 Infelizmente, nem todos os casos de suicídio chegam ao nosso conhecimento. Apenas uma proporção inferior aos acontecimentos reais dos comportamentos suicidas realmente chega até nosso conhecimento. No Brasil, temos uma amostra de que, ao longo da vida, em algum momento, pelo menos 17% das pessoas já pensaram em tirar a própria vida. Mas esse fenômeno não é exclusivo da nossa população brasileira, ele está presente em todo o mundo, ao longo da história da humanidade (ABP, 2014). Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABP. Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio.Suicídio: informando para prevenir. Brasília: CFM/ABP, 2014. MOREIRA, L. C. O.; BASTOS, P. R. H. O. Prevalência e fatores associados à ideação suicida na adolescência: revisão de literatura. Psicol Esc Educ., Maringá, v. 19, n. 3, p. 445-453, dez. 2015. PARA SABER MAIS Prezado aluno, você pode tentar imaginar o impacto emocional causado nas famílias ou mesmo na comunidade quando se é anunciado um episódio de suicídio? Pois bem, se um único caso traz demandas complexas, imaginem o impacto que pode ser causado por grandes números, como é o que ocorre em todo o mundo. Os casos de suicídio sensibilizam a sociedade como um todo. Por esse motivo, em relação ao suicídio, a Declaração Universal dos Direitos Humanos reforça a importância de que 8 os profissionais estejam capacitados para conhecer e conceituar adequadamente o suicídio, além de suas categorias de risco. Os profissionais devem ter em mente que os indivíduos em sofrimento existencial podem estar acometidos por doenças clínicas graves ou transtornos mentais, que podem alterar o juízo crítico e, dessa forma, nem sempre estarem em plena condição de realizar escolhas conscientes. É importante também entender que casos de tentativas de suicídio podem ocorrer em populações específicas. Seguem aqui informações que servem como alerta para identificar adolescentes em risco de suicídio: • Mudanças nos costumes diários e na rotina. • Comportamento com presença de mudança de humor. • Piora no funcionamento geral, incluindo o desempenho escolar. • Isolamento social. • Deixar de fazer atividades de que gostava. • Desleixo com a aparência. • Alteração no apetite ou sono. • Comentários negativos sobre si mesmo ou em relação ao futuro. • Interesse pela temática da morte. • Doar objetos pelos quais tem apreço. • Manifestações claras ou veladas do desejo de morrer. 9 TEORIA EM PRÁTICA Ao serviço de atendimento em que você está inserido chega uma jovem de 19 anos acompanhada pela mãe que estava desesperada, trêmula e bastante agitada, dizendo que não queria que sua filha morresse. O profissional que está no local tenta tranquilizar essa mãe e entender o que, de fato, está ocorrendo. Com a mãe tranquilizada, o profissional chama a jovem para uma conversa e ela, na conversa, relata que a mãe está nessas condições porque, ao acordar, a jovem chamou a mãe, relatando estar muito triste e que pensou que talvez fossemelhor que não tivesse acordado, que tivesse morrido, se questionando se não seria melhor morrer. Você percebe que o profissional que acolheu o caso também se desespera e mobiliza toda a equipe por conta desse relato, exigindo que um médico atendesse a jovem imediatamente, ignorando os casos mais graves que estavam no local. Com esse breve relato da situação, e pensando no que vimos neste material, o que seria possível fazer nesse caso? A conduta do profissional foi assertiva? Por quê? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O artigo indicado visa analisar, com base na literatura, o tema específico de fatores associados ao comportamento suicida na adolescência. Para realizar a leitura, acesse a biblioteca virtual, parceiro EBSCO, e busque o artigo: DA SILVA FERREIRA, G.; PORTO FAJARDO, A.; DABLE DE MELLO, E. Possibilidades de abordagem do tema do suicídio na Estratégia Saúde da Família. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 29, n. 4, p. 1-20, 2019. 20p. ISSN: 0103-7331. Indicação 2 O artigo indicado visa analisar, com base na literatura, o tema específico de fatores associados ao comportamento suicida na população menor de idade com problemas de depressão. Para realizar a leitura, acesse a biblioteca virtual, parceiro EBSCO, e busque o artigo: TANI GOMES, M., GIANI DESFINO, M. F.; FONSECA DA SILVA, T. Relato de caso: um alerta para os transtornos depressivos em adolescentes que praticam “Cutting”. Revista de Medicina e Saúde de Brasília, Brasília, v. 7, suplemento 2, p. 453-453, nov. 2018. 1 p. ISSN: 2238-5339. Indicações de leitura 11 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A palavra suicídio é oriunda do latim sui e caedere, cujo significado é: a. Sui, “próprio”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o objetivo de tirar a própria vida. b. Sui, “alheia”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o objetivo de tirar a vida alheia. c. Sui, “próprio”, e caedere, “alimentar”, ou seja, um ato com o objetivo de manter vivo por meio de comportamentos saudáveis. d. Sui, “comunidade”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o objetivo de tirar a vida de uma comunidade específica, em massa. e. Sui, “mulheres”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o objetivo de tirar a vida de mulheres. 2. O suicídio apresenta categorias específicas, o que faz necessário seu conhecimento para realizar uma boa 12 avaliação de indivíduos que buscam por ajuda com sofrimento existencial. Essas categorias são. a. Ideação, arrependimento e suicídio consumado. b. Ideação, tentativa e arrependimento. c. Desgosto, tentativa e suicídio consumado. d. Ideação, tentativa e suicídio consumado. e. Automutilação e suicídio consumado. GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: a palavra suicídio é oriunda do latim sui, “próprio”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o objetivo de tirar a própria vida, uma vez que a palavra traz uma autorreferência. Questão 2 - Resposta D Resolução: o suicídio apresenta categorias específicas, o que faz necessário seu conhecimento para realizar uma boa avaliação de indivíduos que buscam por ajuda com sofrimento existencial. Essas categorias são ideação, tentativas e suicídio consumado. Sempre o comportamento do suicídio nascerá de uma ideia de morte e irá se agravando, conforme o quadro de sofrimento existencial do indivíduo for, também, se agravando. TEMA 2 Fatores de risco, proteção e prevenção ao suicídio ______________________________________________________________ Autoria: Rogério Adriano Bosso Leitura crítica: Rosana Dorio Bohrer TE M A 4 TE M A 1 TE M A 2 TE M A 3 IN ÍC IO 14 DIRETO AO PONTO Pensar na prevenção ao suicídio não é uma tarefa simples ou realizada com facilidade. Existem barreiras nesse processo que acabam por dificultar a detecção da necessidade de prevenção. Talvez as barreiras mais importantes sejam o tabu e o estigma que os indivíduos em sofrimento existencial sofram, haja vista que, durante séculos, em nossa história, o comportamento de tirar a própria vida foi visto como um dos maiores pecados existentes, sempre permeado de questões morais, culturais e religiosas. Sendo assim, mesmo o suicídio sendo considerado um grave problema de saúde pública, receios em se falar abertamente sobre o tema estão presentes (BRASIL, 2018). O custo do tabu e estigma em relação ao suicídio é alto, pois impede as pessoas em sofrimento de buscarem por ajuda. A falta de informação e conhecimento gera uma falta de atenção ao tema do suicídio e não acontece somente na população leiga, uma vez que existem profissionais de saúde também com falta de informação e conhecimento sobre o suicídio. Muitos se baseiam em uma falsa ideia de que o comportamento suicida não é um evento corriqueiro, fazendo com que se intensifiquem as barreiras para que a prevenção seja realizada de forma bem-sucedida (BRASIL, 2018). Aproximadamente 800 mil pessoas vão a óbito por suicídio todos os anos e, em 2016, no mundo, o suicídio foi a segunda maior causa de mortes de jovens entre 15 a 29 anos de idade (OPAS, 2018). Reconhecer os fatores de risco e os fatores protetores relacionados ao suicídio pode auxiliar o profissional de saúde a encontrar os pontos de risco e, a partir desse levantamento, elaborar estratégias de enfrentamento na tentativa de minimizá- los. 15 Quadro 1 – Principais fatores de risco • Tentativa anterior de suicídio. • Transtorno mental. • Desespero, desamparo, desesperança e impulsividade. • Idade. • Gênero. • Doenças clínicas. • Eventos adversos na infância e na adolescência. • Genética e história familiar. Fonte: adaptado de OPAS, 2018. Quadro 2 – Principais fatores de proteção • Bom suporte familiar. • Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos. • Autoestima elevada. • Ter crianças em casa. • Senso de responsabilidade com a família. • Gravidez desejada e planejada. 16 • Estar empregado. • Religiosidade independente da afiliação religiosa e razão para viver. • Ausência de doença mental. • Capacidade de resolução de problemas. • Capacidade de adaptação positiva. • Relação terapêutica positiva. Fonte: adaptado de OPAS, 2018. Referências bibliográficas BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Diretrizes Clínicas em Saúde Mental. (2018).Recuperado em 12 de maio de 2020 em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/ Protocolo/Diretrizes%20Clinicas%20em%20saude%20mental.pdf FUKUMITSU, K. O.; KOVÁCS, M. J. Especificidades sobre processo de luto frente ao suicídio. Psico, Porto Alegre, v. 47, n. 1, p. 3-12, 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0103-53712016000100002. Acesso em: 30 abr. 2020. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE – OPAS. Folha informativa de suicídio. 2018. Disponível em: https://www.paho. org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5671:fol ha-informativa-suicidio&Itemid=839. Acesso em: 26 maio 2020. 17 PARA SABER MAIS O termo posvenção é o nome que se dá a um conjunto de estratégias e ações desenvolvidas no intuito de tentar diminuir os agravamentos acarretados pela perda por suicídio. O intuito é, também, possibilitar a prevenção do suicídio nas gerações futuras, além de tentar prevenir o sofrimento existencial relacionado a esse comportamento de tirar a própria vida. (FUKUMITSU;KOVÁCS, 2016). Foi introduzido, no Brasil, o termo posvenção, pela primeira vez, a partir da contribuição da autora Karen Scavacini, em 2011, em sua dissertação de mestrado. Entre os objetivos da posvenção estão: • Proporcionar alívio dos sintomas associados ao sofrimento que as ideias suicidas trazem. • Proporcionar alívio dos sintomas associados à perda. • Prevenir que complicações relacionadas ao luto venham à tona. • Diminuir os riscos de comportamento suicida nos indivíduos que estão vivenciando o luto por suicídio. • Promover habilidades para o enfrentamento nos sobreviventes. 18 Figura 1 – Ilustração da campanha do mês de prevenção ao suicídio, denominado Setembro Amarelo Fonte: MoNuttanit/Istock.com. No mês de novembro, aos sábados que antecedem o Dia de Ação de Graças dos Estados Unidos, a comunidade realiza o Dia Internacional de Sobreviventes Enlutados pelo Suicídio, com diversas atividades e conferências que podem ser acompanhadas em todo o mundo. No Brasil, desde o ano de 2015, encontros como esse têm acontecido com realização do Instituto Vita Alere em parceria com a AFSP (American Foundation for Suicide Prevention). TEORIA EM PRÁTICA No serviço de atendimento em que você está inserido, você começa a perceber um grande fluxo de pessoas, algumas com a demanda bastante explícita, mas também percebe outra parcela 19 da população tentando buscar informações de forma velada, até mesmo com certa vergonha, em relação às questões voltadas ao suicídio. Percebe, ainda, que existem algumas pessoas que tiveram familiares que tiraram a própria vida e que se apresentam no serviço bastante entristecidos e com humor deprimido. Levando em consideração todas as percepções que você vem tendo em relação ao público que frequenta o serviço no qual você está inserido, o que seria possível fazer? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 A tese indicada visa apontar a importância de termos consciência, competência e diálogo para lidar tanto com as questões de prevenção como com as questões de posvenção do suicídio. Para realizar a leitura, busque por: SCAVACINI, K.; KOVÁCS, M. J. O suicídio é um problema de todos: a consciência, a competência e o diálogo na prevenção e posvenção do suicídio. 2018. Tese (Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano) Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Indicações de leitura 20 Indicação 2 O artigo indicado visa apresentar a experiência de graduandos de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Campinas, unidade Taquaral, em atividades de prevenção ao suicídio para a comunidade acadêmica e população geral. Para realizar a leitura, busque por: BOSSO, R. A. et. al., Experiência de graduandos de psicologia em atividades de prevenção ao suicídio para a comunidade acadêmica e população geral. 22. Encontro de Atividades Científicas. Londrina: Unopar. 2019. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Entre os fatores de risco para o comportamento suicida, podemos encontrar: a. Transtorno mental, laços sociais bem estabelecidos, idade e gênero. 21 b. Transtorno mental, desespero, estar empregado, idade e gênero. c. Transtorno mental, desespero, idade e gênero. d. Desespero, idade, religiosidade independente da afiliação religiosa e gênero. e. Transtorno mental, desespero, idade, gênero, ter crianças em casa. 2. Entre os fatores de proteção para o comportamento suicida, podemos encontrar: a. Laços sociais fragilizados com a família e amigos, autoestima elevada, doenças clínicas, ter crianças em casa, bom suporte familiar, estar empregado. b. Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, autoestima elevada; ter crianças em casa, bom suporte familiar, estar empregado. c. Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, transtorno mental, gênero, autoestima elevada, ter crianças em casa, bom suporte familiar, estar empregado. d. Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, autoestima elevada,; ter crianças em casa, bom suporte familiar, idade, gênero, estar empregado. e. Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, autoestima elevada, ter crianças em casa, bom suporte familiar, estar desempregado. 22 GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: os principais fatores de risco são: tentativa anterior de suicídio; transtorno mental; desespero, desamparo, desesperança e impulsividade; idade; gênero; doenças clínicas; eventos adversos na infância e na adolescência; genética e história familiar; fatores sociais. Questão 2 - Resposta B Resolução: são considerados fatores protetivos em relação ao suicídio: suporte familiar; laços sociais bem estabelecidos com família e amigos; autoestima elevada; ter crianças em casa; senso de responsabilidade com a família; gravidez desejada e planejada; estar empregado; religiosidade independente da afiliação religiosa e razão para viver; ausência de doença mental; capacidade de resolução de problemas; capacidade de adaptação positiva; e relação terapêutica positiv. TEMA 3 Abordagem e manejo ao paciente com comportamento suicida ______________________________________________________________ Autoria: Rogério Adriano Bosso Leitura crítica: Rosana D’Orio Bohrer TE M A 4 TE M A 1 TE M A 2 TE M A 3 IN ÍC IO 24 DIRETO AO PONTO Para se realizar uma avaliação adequada do indivíduo, faz-se importante realizar uma coleta de dados, não somente com o próprio indivíduo, mas como também com seus familiares, amigos próximos ou outros vínculos importantes que possam contribuir para alimentar o banco de dados relacionados ao indivíduo. Nessa avaliação, deve-se também identificar os principais riscos. Com um mundo mental dinâmico, não podemos garantir que as questões relacionadas ao risco permaneçam estáticas, sendo assim, elas podem se modificar. Com total exatidão, não é possível identificar qual indivíduo irá cometer suicídio, porém, é possível realizar uma boa avaliação com detalhamento da situação de risco. Segundo a OMS, existem três características psicopatológicas comuns que são encontradas nos suicidas (ABP, 2014): • Rigidez: sentimentos, pensamentos e ações que aparecem de maneira muito restritiva quando o indivíduo já decidiu por tirar sua própria vida; dificuldade de pensar em maneiras de lidar com esse problema. • Impulsividade: leva o indivíduo a cometer o ato de tirar a própria vida, sendo transitório e podendo durar minutos ou horas. Sentimentos associados a impulsividade são de fracasso, dor pela perda de um ente querido, rejeição, recriminação e falência. • Ambivalência: existe a presença de dois sentimentos apresentando o mesmo peso e a mesma medida, de querer morrer para acabar com a dor e ao mesmo tempo sobreviver. 25 Sentimentos que ganham foco nos suicidas: percepção da situação ser intolerável, percepção da situação ser inescapável e, por último, percepção da situação ser interminável. Além desses sentimentos, o indivíduo pode apresentar uma avaliação negativa de si mesmo, distorcendo a realidade. Dessa forma, toda avaliação deve se atentar para (ABP, 2014): • Histórico familiar de suicídio. • Suicidabilidade. • Transtornos mentais. • Traços de personalidade. • Doenças clínicas. • Fatores psicossociais. • Fatores estressores do cotidiano. Avaliando o risco, podemos encontrar (RIO DE JANEIRO, 2016): • Risco baixo: presença de pensamentos frouxos relacionados ao suicídio,sem planos. • Risco médio: presença de pensamentos e planos, porém, sem a ideia de cometer o ato de imediato. • Risco alto: presença de plano definido, já possui os meios e tem a ideia de cometer o ato de imediato; possui histórico de tentativa recente, com várias tentativas em um curto espaço de tempo. 26 Figura 1 – Ilustração mostrando o lado negativo pesando mais que o positivo Fonte: porcorex/Istock.com. Em situações em que o risco de suicídio é alto, pode-se fazer necessária uma internação, mesmo que de forma involuntária (BERTOLOTE; MELLO-SANTOS; BOTEGA, 2010). Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABP. Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio. Suicídio: informando para prevenir. Brasília: CFM/ABP, 2014. BERTOLOTE, J. M.; MELLO-SANTOS, C. de; BOTEGA, N. J. Detecção do risco de suicídio nos serviços de emergência psiquiátrica. 27 Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 32, supl. 2, p. S87-S95, out. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1516-44462010000600005&lng=en&nrm=i so. Acesso em: 5 maio 2020. https://doi.org/10.1590/S1516- 44462010000600005. RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde – SMS. Avaliação do risco de suicídio e sua prevenção. Coleção Guia de Referência Rápida. [versão professional]. 1. ed. Rio de Janeiro: SMS, 2016. Disponível em: https://subpav.org/download/prot/Guia_Suicidio. pdf. Acesso em: 8 maio 2020. PARA SABER MAIS Em estudos sobre a genética da impulsividade e a genética do suicídio, que surgiram em meados do século 20, os pesquisadores baseavam-se principalmente no rastreio de casos na mesma família e na comparação entre irmãos gêmeos e adotivos. Uma vez que a depressão também exerce forte componente hereditário, sondava-se a possibilidade de que essa mesma carga genética responsável pelo humor deprimido estivesse ligada ao comportamento suicida. Chegou-se à conclusão de que muitas famílias com casos de depressão no histórico de suas gerações apresentavam nenhum ou raríssimo registro de suicídio. Atualmente, 15% dos deprimidos realizam tentativas de suicídio. O desfecho desse mistério diz respeito ao que os especialistas chamam de binômio impulsividade/agressividade, um traço de personalidade de caráter hereditário, porém com carga genética diferente daquela associada à depressão. 28 Hoje, com ajuda da neurociência, é possível acessar informações que mostram que as partes mais primitivas do cérebro, ou seja, aquelas ligadas ao prazer, se desenvolvem primeiro e somente depois é que se desenvolvem as partes que vão exercer o controle dos impulsos e atuar de forma inibitória sobre a área do prazer, que é a parte mais sofisticada do cérebro, a frontal ou córtex pré- frontal. Realizar planejamentos ou realizar escolhas que são mais complexas, como avaliar prejuízos em longo prazo, fica por conta da área pré-frontal. Essa falta de estrutura cerebral desenvolvida é a responsável pelo imediatismo presente nos adolescentes, bem como na dificuldade de controlar seus impulsos. Por esse motivo, é de extrema importância que os responsáveis por crianças e adolescentes tenham condições de orientá-las e, para adquirir essa condição, é necessário que exista uma interação do tema suicídio em buscas por materiais que trazem informações verídicas sobre a temática. TEORIA EM PRÁTICA O serviço de atendimento em que você está inserido é um serviço que se propôs a atender indivíduos com comportamento suicida. Você começa a perceber que, mesmo o serviço se propondo a atender a essa demanda, a equipe está bastante crua, com pouco conhecimento sobre o tema e, inclusive, realizando avaliações comuns, como são realizadas com indivíduos que não possuem comportamento suicida. Percebe ainda que existe um grande fluxo de pessoas procurando pelo serviço. 29 Você, como profissional que estudou o tema do suicídio, como poderia contribuir com sua equipe nessa situação específica? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O artigo indicado aponta sobre as questões relacionadas ao suicídio em idosos com doença terminal e alertam para a importância de novas pesquisas que se aprofundem nos manejos para essa população específica. Busque este artigo na internet para realizar a leitura. SANTOS, M. A. dos. Câncer e suicídio em idosos: determinantes psicossociais do risco, psicopatologia e oportunidades para prevenção. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n. 9, p. 3.061-3.075, set. 2017 . Indicação 2 Nos casos de tentativas de suicídio, às vezes, faz-se necessária a internação involuntária. Por esse motivo, é importante que você, aluno, entenda sobre os parâmetros legais para a internação involuntária no Brasil. Para realizar a leitura, busque por: Indicações de leitura 30 BARROS, D. M. de; SERAFIM, A. P. Parâmetros legais para a internação involuntária no Brasil. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 36, n. 4, p. 175-177, 2009. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Três características psicopatológicas em comum podem ser encontradas nos suicidas. São elas: a. Rigidez, controle excessivo e ambivalência. b. Rigidez, impulsividade e ambivalência. c. Rigidez, rancor e ambivalência. d. Rigidez, impulsividade e rancor. e. Rancor, impulsividade e ambivalência. 2. Na avaliação do risco, podemos encontrar três níveis. São eles: a. Levíssimo, leve e moderado. 31 b. Moderado, grave e óbito. c. Médio, avançado e óbito. d. Brando, moderado e estado de coma. e. Baixo, médio e alto. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: segundo a OMS, existem três características psicopatológicas comuns que são encontradas nos suicidas: rigidez, impulsividade e ambivalência. Questão 2 - Resposta E Resolução: são considerados três níveis na avaliação do risco: leve, médio e alto. TEMA 4 O papel da rede intersetorial na prevenção ao suicídio por meio da saúde, educação e assistência social ______________________________________________________________ Autoria: Rogério Adriano Bosso Leitura crítica: Rosana D’Orio Bohrer TE M A 4 TE M A 1 TE M A 2 TE M A 3 IN ÍC IO 33 DIRETO AO PONTO • Rede de saúde versus acolhimento ao indivíduo com risco de suicídio. Já é possível identificar, atualmente, que o suicídio tem uma ligação direta com os transtornos mentais em quase 100% dos casos, e o que agrava ainda mais esse desfecho negativo é o subdiagnóstico dos transtornos e a falta de tratamento. Dos casos de indivíduos que morrem por suicídio, aproximadamente entre 50% e 60% nunca passaram por consulta, ao longo da vida, com um profissional de saúde mental. Desse mesmo grupo de indivíduos que morrem por suicídio, 50%, nos últimos seis meses anteriores ao fato, buscaram por uma consulta médica. Cerca de 80% desse grupo de indivíduos que morrem por suicídio, no mês que antecedeu o fato, buscaram por um profissional médico, mas não com especialidade em psiquiatria. A prevenção desses casos é possível e pensar na capacitação dos profissionais da saúde sobre essa temática do suicídio é importante, sendo que esses indivíduos não possuem uma porta de entrada específica para a busca de ajuda, ou seja, eles podem chegar a diferentes serviços, podendo ser serviços de emergência ou não, como os postos de saúde, por exemplo. Dessa forma, quanto mais capacitado estiver o profissional de saúde para lidar e detectar os indivíduos em risco, maiores serãoas chances de evitar mortes por essa causa (ABP, 2014). • Rede de atenção psicossocial (RAPS) versus acolhimento ao indivíduo com risco de suicídio Uma mudança de paradigma necessária fez com que os profissionais de saúde percebessem a importância e os benefícios 34 do trabalho articulado em rede, surgindo, assim, a rede de atenção psicossocial para o cuidado de indivíduos em sofrimento mental (MINOZZO, 2011). O manejo adequado na condução do caso de um indivíduo em risco de suicídio, bem como a escuta acolhedora pela equipe de atenção psicossocial, nessas situações, é essencial para que seja possível uma articulação também adequada com a rede de assistência e, consequentemente, será ofertado um melhor atendimento e acompanhamento do caso para que o indivíduo receba o suporte necessário. Identificar os indivíduos com potencial de risco ou a existência de tentativas ou casos consumados são habilidades esperadas do profissional de saúde (BRASIL, 2006). Os serviços promotores de educação devem estar colados na ideia de prevenção ao suicídio, não devendo ficar de fora da rede de apoio ao indivíduo com comportamento suicida. Todos os educadores exercem um importante papel na prevenção do suicídio, principalmente entre a população infantil e dos adolescentes (BRASIL, 2017). 35 Figura 1 – Ilustração apresentando uma pessoa oferecendo suporte on-line Fonte: FG Trade/Istock.com. Notificar os casos também é importante para a prevenção. A notificação tem por objetivo desencadear medidas adequadas de atendimentos para essa demanda. Notificando uma tentativa ou uma morte por suicídio, pode-se auxiliar na alimentação dos sistemas de informação em saúde com dados consistentes que poderão ser utilizados como subsídio para o planejamento de ações de prevenção, além de ajudar nas tomadas de decisões pelos profissionais responsáveis pela gestão de saúde (BRASIL, 2017). 36 Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABS. Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio. Suicídio: informando para prevenir. Brasília: CFM/ABP, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde Mental; Organização Pan-Americana da Saúde; Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria. Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em http://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/ mis-9849. Acesso em: 13 maio de 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio no nível local: orientações para a formação de redes municipais de prevenção e controle do suicídio e para os profissionais que a integra. Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde, 2017. Acesso em 12 de maio de 2020. Disponível em: https://www.cevs.rs.gov.br/ upload/arquivos/201706/14115228-prevencao-do-suicidio-no- nivel-local.pdf MINOZZO F. Análise da implantação do apoio matricial em saúde mental entre CAPS e equipes de saúde da família: trilhando caminhos possíveis. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Universidade de Brasília, DF, 2011. 37 PARA SABER MAIS Você sabia, prezado aluno, que em 1962, na cidade de São Paulo, foi fundado o CVV, Centro de Valorização da Vida? O Centro de Valorização da Vida, associação sem fins lucrativos, ou seja, filantrópica, foi reconhecida pelo seu trabalho de suporte ao indivíduo com sofrimento mental devido às questões do suicídio, no ano de 1973, como apoio de Utilidade Pública Federal. Os serviços do CVV podem ser encontrados em todo o território nacional e acontece de forma voluntária e gratuita para oferecer apoio emocional, disponível a todos. O número de telefone pelo qual o serviço é prestado é o 188 e você pode, também, buscar pelo site do Centro de Valorização da Vida para mais informações. O CVV, desde quando foi criado, teve sempre uma responsabilidade social e assumiu como tarefa o estímulo da discussão em diferentes frentes sobre a temática do suicídio. Essa ação não para de crescer e, sendo assim, criou materiais multimídias com os temas: • Prevenção do suicídio. • Vídeos exclusivamente voltado para jovens sobre a temática do suicídio. • Vídeos voltados exclusivamente para auxiliar na formação de mediadores de grupos de apoio relacionados à posvenção. No site da CVV, você pode realizar download de todos esses vídeos e outros materiais de qualidade e importantes para agregar conhecimento e auxiliá-lo na disseminação de conhecimentos. 38 TEORIA EM PRÁTICA Você é um profissional de saúde inserido em um serviço de atenção primária do seu bairro. Chega a esse serviço um jovem e você o recepciona. Ele lhe conta que tem pensando em suicídio, mas que não gostaria de passar por atendimento com nenhum profissional, apenas gostaria de saber se existe algum lugar que ele não precisasse ficar cara a cara com alguém e que pudesse ser ajudado. Relata que, em um determinado momento de sua vida, passou pela mesma situação e que, ao contar para o profissional do postinho, sentiu-se muito envergonhado quando o profissional disse que isso era “falta de reio e trabalho”, que era “frescura”. Com essa situação apresentada, em que podemos pensar para ajudar esse indivíduo? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O artigo indicado aponta sobre uma pesquisa-intervenção de perspectiva cartográfica, em que o objetivo foi realizar um levantamento da atenção ao suicídio em um dos serviços de atenção psicossocial no estado de São Paulo para verificar a eficácia dos serviços prestados. Para realizar a leitura, busque pela referência na internet. Indicações de leitura 39 CESCON, L. F.; CAPOZZOLO, Â. A.; LIMA, L. C.. Aproximações e distanciamentos ao suicídio: analisadores de um serviço de atenção psicossocial. Saúde soc., São Paulo, v. 27, n. 1, p. 185-200, jan. 2018. Indicação 2 O artigo indicado aponta um panorama geral de como têm andado as questões relacionadas à prevenção do suicídio no Brasil. Para realizar a leitura, busque pela referência na internet. DANTAS, E. S. O. Prevenção do suicídio no Brasil: como estamos? Physis, Rio de Janeiro, v. 29, n. 3, p. e290303, 2019. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Há serviços que podem compor a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) nas cidades, segundo Brasil (2015). Entre eles, podemos encontrar: 40 a. Serviços da Atenção Primária à Saúde, indústrias de fabricação de armas de fogo, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e serviços de Urgência e Emergência. b. Indústrias de produtos de beleza, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e serviços de Urgência e Emergência. c. Indústria do tabaco, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e serviços de Urgência e Emergência. d. Serviços da Atenção Primária à Saúde,; Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e serviços de Urgência e Emergência. e. Serviços da Atenção Primária à Saúde; indústria de bebidas alcoólicas e serviços de Urgência e Emergência. 2. Existem profissionais que podem fazer parte dos recursos humanos necessários para a realização das estratégias de prevenção, segundo a OMS (2014). São eles: a. Profissionais de serviços de emergência, como, por exemplo, Samu, bombeiros, engenheiros civis, carcereiros, policiais. b. Profissionais deserviços de emergência, como, por exemplo, Samu, bombeiros, professores, agrônomos, policiais. c. Profissionais de serviços de emergência, como, por exemplo, Samu, bombeiros, professores, carcereiros, policiais. d. Profissionais de serviços de emergência, como, por exemplo, Samu, bombeiros, administradores de empresas, carcereiros, policiais. e. Profissionais de serviços de emergência, como, por exemplo, Samu, bombeiros, professores, carpinteiros, policiais. 41 GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: entre os serviços que podem compor a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) nas cidades estão: serviços da Atenção Primária à Saúde, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviço de Consultório na Rua, serviços de Urgência e Emergência, serviços móveis de urgência, como, por exemplo, Samu 192, hospitais gerais, hospitais psiquiátricos, setores da educação, Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24 horas. Questão 2 - Resposta C Resolução: entre os recursos humanos necessários para a realização das estratégias de prevenção, desenvolvimento e implementação de políticas de saúde mental que vão ao encontro do combate ao suicídio podem envolver profissionais da atenção primária e profissionais de saúde mental, como: profissionais de serviços de emergência, como, por exemplo, Samu, bombeiros, professores, carcereiros, policiais. BONS ESTUDOS!
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