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ACOLHIMENTO E PREVENÇÃO DO

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WBA0271_v1.0
ACOLHIMENTO E PREVENÇÃO DO 
SUICÍDIO
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Rosana D’Orio Bohrer
Olá, aluno!
A disciplina Acolhimento e prevenção do suicídio tem como objetivo 
oferecer bases científicas para o conhecimento de temas que 
permeiam a temática do suicídio, como: automutilação, prevenção 
e posvenção. 
A ideia da disciplina é capacitar os profissionais de saúde que 
atuam com essa problemática, para que estejam aptos a, de forma 
adequada e humanizada, realizar avaliação e pensar em possíveis 
intervenções diante do indivíduo ou grupos de indivíduos que 
apresentam tentativas de atentar contra a própria vida, ou mesmo 
cometeram comportamentos de automutilação sem ter como 
intenção principal o suicídio.
A disciplina irá mostrar, também, que uma abordagem pautada 
na multidisciplinaridade possibilitará maior eficácia no tratamento 
do indivíduo que realiza tentativas de suicídio, uma vez que 
o trabalho multidisciplinar visa o atendimento integral do ser 
humano e propõe intervenções que podem atuar na prevenção ao 
suicídio de forma individual ou grupal.
Mesmo que, ainda nos dias de hoje, o suicídio apresente 
estigma, essa problemática está cada vez mais presente em 
nosso cotidiano, seja pelas experiências que temos contato 
de forma direta, seja pelo significativo aumento dos casos de 
automutilações e fatalidades de fato que vêm ocorrendo no Brasil.
3
Confiamos que, com os conteúdos da disciplina Acolhimento e 
prevenção do suicídio, você possa ter condições de melhorar suas 
habilidades e técnicas necessárias ao atendimento dos indivíduos 
em sofrimento existencial, conseguindo exercer a empatia, o 
acolhimento e ofertando um tratamento de qualidade, baseado 
nas reais necessidades dessa população específica.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
TEMA 1
Conceito e perfil epidemiológico 
do suicídio
______________________________________________________________
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Rosana D’Orio Bohrer 
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DIRETO AO PONTO
Perguntas do tipo: “Como ele pôde ter coragem de fazer isso?”, 
“Mas ele era rico e famoso”, ou julgamentos, como “Pessoas que 
se matam vão para o inferno”, geralmente aparecem no senso 
comum quando se fala em suicídio.
Pessoas que se baseiam apenas no senso comum percebem esse 
fenômeno do suicídio como sendo ligado apenas às situações 
que ocorrem no ambiente, desconsiderando que o ser humano é 
inteiro, ou seja, é um ser biopsicossocial e espiritual. Os pacientes 
portadores de transtornos mentais são vítimas em 95% dos casos 
de suicídio, o que nos mostra que apenas os fatos relacionados ao 
ambiente em que o paciente vive não seriam suficientes para levar 
a tal ato.
O suicídio é uma tragédia que é apresentada de forma pessoal, 
mas que reflete nas relações interpessoais, no palco do ambiente 
social, político e cultural em que o indivíduo vive. Uma complexa 
interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, culturais 
e socioambientais, ou seja, uma composição de determinantes 
multifatoriais é parte integrante do comportamento suicida. Esse 
comportamento deve ser visto como desfecho de uma gama 
de fatores que vão se acumulando ao longo da história de vida 
do indivíduo, como uma consequência fatal de um processo de 
adoecimento.
Definição de suicídio: o suicídio pode ser conceituado como 
um ato ou uma decisão consciente do próprio indivíduo, em 
que o objetivo é a morte, mesmo que o indivíduo apresente 
ambivalência. No suicídio, o indivíduo usará forma e meio 
que ele acredita serem letais. Estão dentro do escopo do que 
6
denominamos de comportamento suicida os pensamentos, os 
planejamentos e as tentativas de suicídio (ABP, 2014).
A palavra suicídio tem origem no latim sui, “próprio”, e caedere, 
“matar”, ou seja, um ato de tirar a própria vida. O pensar nas 
questões relacionadas ao suicídio nos leva a mergulhar em uma 
busca incessante dos porquês desse comportamento; coloca-nos 
a pensar sobre a angústia que o indivíduo com esse sofrimento 
existencial vive para chegar a tal ponto e, ainda, quais seriam 
os sentimentos e anseios que permeiam a mente daquele 
indivíduo. Surgem, então, muitos questionamentos em relação 
ao comportamento que leva à morte e, consequentemente, nos 
movimenta em busca de respostas, sempre na tentativa de aliviar 
nosso sofrimento, a angústia e a sensação de inconformismo e 
indignação por uma pessoa que decidiu conscientemente morrer 
(MOREIRA; BASTOS, 2015).
Figura 1 – Pessoa aparentemente cansada e desanimada, em 
desespero
Fonte: FG Trade/Istock.com.
7
Infelizmente, nem todos os casos de suicídio chegam ao 
nosso conhecimento. Apenas uma proporção inferior aos 
acontecimentos reais dos comportamentos suicidas realmente 
chega até nosso conhecimento. No Brasil, temos uma amostra de 
que, ao longo da vida, em algum momento, pelo menos 17% das 
pessoas já pensaram em tirar a própria vida. Mas esse fenômeno 
não é exclusivo da nossa população brasileira, ele está presente 
em todo o mundo, ao longo da história da humanidade (ABP, 
2014).
Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABP. Comissão de 
Estudos e Prevenção de Suicídio.Suicídio: informando para 
prevenir. Brasília: CFM/ABP, 2014.
MOREIRA, L. C. O.; BASTOS, P. R. H. O. Prevalência e fatores 
associados à ideação suicida na adolescência: revisão de literatura. 
Psicol Esc Educ., Maringá, v. 19, n. 3, p. 445-453, dez. 2015. 
PARA SABER MAIS
Prezado aluno, você pode tentar imaginar o impacto emocional 
causado nas famílias ou mesmo na comunidade quando se é 
anunciado um episódio de suicídio? Pois bem, se um único caso 
traz demandas complexas, imaginem o impacto que pode ser 
causado por grandes números, como é o que ocorre em todo 
o mundo. Os casos de suicídio sensibilizam a sociedade como 
um todo. Por esse motivo, em relação ao suicídio, a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos reforça a importância de que 
8
os profissionais estejam capacitados para conhecer e conceituar 
adequadamente o suicídio, além de suas categorias de risco. 
Os profissionais devem ter em mente que os indivíduos em 
sofrimento existencial podem estar acometidos por doenças 
clínicas graves ou transtornos mentais, que podem alterar o juízo 
crítico e, dessa forma, nem sempre estarem em plena condição 
de realizar escolhas conscientes. É importante também entender 
que casos de tentativas de suicídio podem ocorrer em populações 
específicas. Seguem aqui informações que servem como alerta 
para identificar adolescentes em risco de suicídio:
• Mudanças nos costumes diários e na rotina.
• Comportamento com presença de mudança de humor.
• Piora no funcionamento geral, incluindo o desempenho 
escolar.
• Isolamento social.
• Deixar de fazer atividades de que gostava.
• Desleixo com a aparência.
• Alteração no apetite ou sono.
• Comentários negativos sobre si mesmo ou em relação ao 
futuro.
• Interesse pela temática da morte.
• Doar objetos pelos quais tem apreço.
• Manifestações claras ou veladas do desejo de morrer.
9
TEORIA EM PRÁTICA
Ao serviço de atendimento em que você está inserido chega 
uma jovem de 19 anos acompanhada pela mãe que estava 
desesperada, trêmula e bastante agitada, dizendo que não queria 
que sua filha morresse. O profissional que está no local tenta 
tranquilizar essa mãe e entender o que, de fato, está ocorrendo. 
Com a mãe tranquilizada, o profissional chama a jovem para 
uma conversa e ela, na conversa, relata que a mãe está nessas 
condições porque, ao acordar, a jovem chamou a mãe, relatando 
estar muito triste e que pensou que talvez fossemelhor que não 
tivesse acordado, que tivesse morrido, se questionando se não 
seria melhor morrer. 
Você percebe que o profissional que acolheu o caso também 
se desespera e mobiliza toda a equipe por conta desse relato, 
exigindo que um médico atendesse a jovem imediatamente, 
ignorando os casos mais graves que estavam no local. 
Com esse breve relato da situação, e pensando no que vimos 
neste material, o que seria possível fazer nesse caso? A conduta 
do profissional foi assertiva? Por quê?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
10
Lorem ipsum dolor sit amet
Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O artigo indicado visa analisar, com base na literatura, o tema 
específico de fatores associados ao comportamento suicida na 
adolescência. Para realizar a leitura, acesse a biblioteca virtual, 
parceiro EBSCO, e busque o artigo:
DA SILVA FERREIRA, G.; PORTO FAJARDO, A.; DABLE DE MELLO, E. 
Possibilidades de abordagem do tema do suicídio na Estratégia 
Saúde da Família. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 29, n. 4, 
p. 1-20, 2019. 20p. ISSN: 0103-7331.
Indicação 2
O artigo indicado visa analisar, com base na literatura, o tema 
específico de fatores associados ao comportamento suicida na 
população menor de idade com problemas de depressão. Para 
realizar a leitura, acesse a biblioteca virtual, parceiro EBSCO, e 
busque o artigo:
TANI GOMES, M., GIANI DESFINO, M. F.; FONSECA DA SILVA, T. 
Relato de caso: um alerta para os transtornos depressivos em 
adolescentes que praticam “Cutting”. Revista de Medicina e 
Saúde de Brasília, Brasília, v. 7, suplemento 2, p. 453-453, nov. 
2018. 1 p. ISSN: 2238-5339. 
Indicações de leitura
11
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. A palavra suicídio é oriunda do latim sui e caedere, cujo 
significado é: 
a. Sui, “próprio”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o 
objetivo de tirar a própria vida.
b. Sui, “alheia”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o 
objetivo de tirar a vida alheia.
c. Sui, “próprio”, e caedere, “alimentar”, ou seja, um ato com 
o objetivo de manter vivo por meio de comportamentos 
saudáveis.
d. Sui, “comunidade”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o 
objetivo de tirar a vida de uma comunidade específica, em 
massa.
e. Sui, “mulheres”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o 
objetivo de tirar a vida de mulheres. 
2. O suicídio apresenta categorias específicas, o que faz 
necessário seu conhecimento para realizar uma boa 
12
avaliação de indivíduos que buscam por ajuda com 
sofrimento existencial. Essas categorias são.
a. Ideação, arrependimento e suicídio consumado.
b. Ideação, tentativa e arrependimento.
c. Desgosto, tentativa e suicídio consumado.
d. Ideação, tentativa e suicídio consumado.
e. Automutilação e suicídio consumado. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta A
Resolução: a palavra suicídio é oriunda do latim sui, 
“próprio”, e caedere, “matar”, ou seja, um ato com o objetivo 
de tirar a própria vida, uma vez que a palavra traz uma 
autorreferência. 
Questão 2 - Resposta D
Resolução: o suicídio apresenta categorias específicas, o 
que faz necessário seu conhecimento para realizar uma 
boa avaliação de indivíduos que buscam por ajuda com 
sofrimento existencial. Essas categorias são ideação, 
tentativas e suicídio consumado. Sempre o comportamento 
do suicídio nascerá de uma ideia de morte e irá se agravando, 
conforme o quadro de sofrimento existencial do indivíduo 
for, também, se agravando. 
TEMA 2
Fatores de risco, proteção e 
prevenção ao suicídio
______________________________________________________________
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Rosana Dorio Bohrer
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DIRETO AO PONTO
Pensar na prevenção ao suicídio não é uma tarefa simples ou 
realizada com facilidade. Existem barreiras nesse processo que 
acabam por dificultar a detecção da necessidade de prevenção. 
Talvez as barreiras mais importantes sejam o tabu e o estigma que 
os indivíduos em sofrimento existencial sofram, haja vista que, 
durante séculos, em nossa história, o comportamento de tirar a 
própria vida foi visto como um dos maiores pecados existentes, 
sempre permeado de questões morais, culturais e religiosas. 
Sendo assim, mesmo o suicídio sendo considerado um grave 
problema de saúde pública, receios em se falar abertamente 
sobre o tema estão presentes (BRASIL, 2018).
O custo do tabu e estigma em relação ao suicídio é alto, pois 
impede as pessoas em sofrimento de buscarem por ajuda. A 
falta de informação e conhecimento gera uma falta de atenção 
ao tema do suicídio e não acontece somente na população leiga, 
uma vez que existem profissionais de saúde também com falta de 
informação e conhecimento sobre o suicídio. Muitos se baseiam 
em uma falsa ideia de que o comportamento suicida não é um 
evento corriqueiro, fazendo com que se intensifiquem as barreiras 
para que a prevenção seja realizada de forma bem-sucedida 
(BRASIL, 2018).
Aproximadamente 800 mil pessoas vão a óbito por suicídio todos 
os anos e, em 2016, no mundo, o suicídio foi a segunda maior 
causa de mortes de jovens entre 15 a 29 anos de idade (OPAS, 
2018). Reconhecer os fatores de risco e os fatores protetores 
relacionados ao suicídio pode auxiliar o profissional de saúde 
a encontrar os pontos de risco e, a partir desse levantamento, 
elaborar estratégias de enfrentamento na tentativa de minimizá-
los.
15
Quadro 1 – Principais fatores de risco
• Tentativa anterior de suicídio.
• Transtorno mental.
• Desespero, desamparo, desesperança e 
impulsividade.
• Idade.
• Gênero.
• Doenças clínicas.
• Eventos adversos na infância e na adolescência.
• Genética e história familiar.
Fonte: adaptado de OPAS, 2018.
Quadro 2 – Principais fatores de proteção 
• Bom suporte familiar.
• Laços sociais bem estabelecidos com família e 
amigos.
• Autoestima elevada.
• Ter crianças em casa.
• Senso de responsabilidade com a família.
• Gravidez desejada e planejada.
16
• Estar empregado.
• Religiosidade independente da afiliação religiosa 
e razão para viver.
• Ausência de doença mental.
• Capacidade de resolução de problemas.
• Capacidade de adaptação positiva.
• Relação terapêutica positiva.
Fonte: adaptado de OPAS, 2018.
Referências bibliográficas
BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. 
Diretrizes Clínicas em Saúde Mental. (2018).Recuperado em 
12 de maio de 2020 em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/
Protocolo/Diretrizes%20Clinicas%20em%20saude%20mental.pdf
FUKUMITSU, K. O.; KOVÁCS, M. J. Especificidades sobre processo 
de luto frente ao suicídio. Psico, Porto Alegre, v. 47, n. 1, p. 
3-12, 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0103-53712016000100002. Acesso 
em: 30 abr. 2020.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE – OPAS. Folha 
informativa de suicídio. 2018. Disponível em: https://www.paho.
org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5671:fol
ha-informativa-suicidio&Itemid=839. Acesso em: 26 maio 2020. 
17
PARA SABER MAIS
O termo posvenção é o nome que se dá a um conjunto de 
estratégias e ações desenvolvidas no intuito de tentar diminuir 
os agravamentos acarretados pela perda por suicídio. O intuito é, 
também, possibilitar a prevenção do suicídio nas gerações futuras, 
além de tentar prevenir o sofrimento existencial relacionado 
a esse comportamento de tirar a própria vida. (FUKUMITSU;KOVÁCS, 2016). 
Foi introduzido, no Brasil, o termo posvenção, pela primeira vez, a 
partir da contribuição da autora Karen Scavacini, em 2011, em sua 
dissertação de mestrado. Entre os objetivos da posvenção estão:
• Proporcionar alívio dos sintomas associados ao sofrimento 
que as ideias suicidas trazem.
• Proporcionar alívio dos sintomas associados à perda.
• Prevenir que complicações relacionadas ao luto venham à 
tona.
• Diminuir os riscos de comportamento suicida nos indivíduos 
que estão vivenciando o luto por suicídio.
• Promover habilidades para o enfrentamento nos 
sobreviventes.
18
Figura 1 – Ilustração da campanha do mês de prevenção ao 
suicídio, denominado Setembro Amarelo
Fonte: MoNuttanit/Istock.com.
No mês de novembro, aos sábados que antecedem o Dia de 
Ação de Graças dos Estados Unidos, a comunidade realiza o Dia 
Internacional de Sobreviventes Enlutados pelo Suicídio, com 
diversas atividades e conferências que podem ser acompanhadas 
em todo o mundo. No Brasil, desde o ano de 2015, encontros 
como esse têm acontecido com realização do Instituto Vita 
Alere em parceria com a AFSP (American Foundation for Suicide 
Prevention).
TEORIA EM PRÁTICA
No serviço de atendimento em que você está inserido, você 
começa a perceber um grande fluxo de pessoas, algumas com a 
demanda bastante explícita, mas também percebe outra parcela 
19
da população tentando buscar informações de forma velada, até 
mesmo com certa vergonha, em relação às questões voltadas ao 
suicídio. 
Percebe, ainda, que existem algumas pessoas que tiveram 
familiares que tiraram a própria vida e que se apresentam no 
serviço bastante entristecidos e com humor deprimido. Levando 
em consideração todas as percepções que você vem tendo em 
relação ao público que frequenta o serviço no qual você está 
inserido, o que seria possível fazer?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
A tese indicada visa apontar a importância de termos consciência, 
competência e diálogo para lidar tanto com as questões de 
prevenção como com as questões de posvenção do suicídio. Para 
realizar a leitura, busque por:
SCAVACINI, K.; KOVÁCS, M. J. O suicídio é um problema de 
todos: a consciência, a competência e o diálogo na prevenção 
e posvenção do suicídio. 2018. Tese (Doutorado em Psicologia 
Escolar e do Desenvolvimento Humano) Universidade de São 
Paulo, São Paulo, 2018.
Indicações de leitura
20
Indicação 2
O artigo indicado visa apresentar a experiência de graduandos 
de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Campinas, unidade 
Taquaral, em atividades de prevenção ao suicídio para a 
comunidade acadêmica e população geral. Para realizar a leitura, 
busque por:
BOSSO, R. A. et. al., Experiência de graduandos de psicologia em 
atividades de prevenção ao suicídio para a comunidade acadêmica 
e população geral. 22. Encontro de Atividades Científicas. 
Londrina: Unopar. 2019. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Entre os fatores de risco para o comportamento suicida, 
podemos encontrar: 
a. Transtorno mental, laços sociais bem estabelecidos, idade e 
gênero.
21
b. Transtorno mental, desespero, estar empregado, idade e 
gênero.
c. Transtorno mental, desespero, idade e gênero.
d. Desespero, idade, religiosidade independente da afiliação 
religiosa e gênero.
e. Transtorno mental, desespero, idade, gênero, ter crianças 
em casa. 
2. Entre os fatores de proteção para o comportamento 
suicida, podemos encontrar:
a. Laços sociais fragilizados com a família e amigos, autoestima 
elevada, doenças clínicas, ter crianças em casa, bom suporte 
familiar, estar empregado.
b. Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, 
autoestima elevada; ter crianças em casa, bom suporte 
familiar, estar empregado.
c. Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, 
transtorno mental, gênero, autoestima elevada, ter crianças 
em casa, bom suporte familiar, estar empregado.
d. Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, 
autoestima elevada,; ter crianças em casa, bom suporte 
familiar, idade, gênero, estar empregado.
e. Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, 
autoestima elevada, ter crianças em casa, bom suporte 
familiar, estar desempregado. 
22
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: os principais fatores de risco são: tentativa 
anterior de suicídio; transtorno mental; desespero, 
desamparo, desesperança e impulsividade; idade; gênero; 
doenças clínicas; eventos adversos na infância e na 
adolescência; genética e história familiar; fatores sociais. 
Questão 2 - Resposta B
Resolução: são considerados fatores protetivos em relação 
ao suicídio: suporte familiar; laços sociais bem estabelecidos 
com família e amigos; autoestima elevada; ter crianças em 
casa; senso de responsabilidade com a família; gravidez 
desejada e planejada; estar empregado; religiosidade 
independente da afiliação religiosa e razão para viver; 
ausência de doença mental; capacidade de resolução de 
problemas; capacidade de adaptação positiva; e relação 
terapêutica positiv. 
TEMA 3
Abordagem e manejo ao paciente 
com comportamento suicida 
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Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Rosana D’Orio Bohrer
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DIRETO AO PONTO
Para se realizar uma avaliação adequada do indivíduo, faz-se 
importante realizar uma coleta de dados, não somente com o 
próprio indivíduo, mas como também com seus familiares, amigos 
próximos ou outros vínculos importantes que possam contribuir 
para alimentar o banco de dados relacionados ao indivíduo. Nessa 
avaliação, deve-se também identificar os principais riscos. Com um 
mundo mental dinâmico, não podemos garantir que as questões 
relacionadas ao risco permaneçam estáticas, sendo assim, elas 
podem se modificar. Com total exatidão, não é possível identificar 
qual indivíduo irá cometer suicídio, porém, é possível realizar uma 
boa avaliação com detalhamento da situação de risco. 
Segundo a OMS, existem três características psicopatológicas 
comuns que são encontradas nos suicidas (ABP, 2014):
• Rigidez: sentimentos, pensamentos e ações que aparecem 
de maneira muito restritiva quando o indivíduo já decidiu 
por tirar sua própria vida; dificuldade de pensar em 
maneiras de lidar com esse problema.
• Impulsividade: leva o indivíduo a cometer o ato de tirar a 
própria vida, sendo transitório e podendo durar minutos 
ou horas. Sentimentos associados a impulsividade são 
de fracasso, dor pela perda de um ente querido, rejeição, 
recriminação e falência.
• Ambivalência: existe a presença de dois sentimentos 
apresentando o mesmo peso e a mesma medida, de 
querer morrer para acabar com a dor e ao mesmo tempo 
sobreviver.
25
Sentimentos que ganham foco nos suicidas: percepção da 
situação ser intolerável, percepção da situação ser inescapável e, 
por último, percepção da situação ser interminável. Além desses 
sentimentos, o indivíduo pode apresentar uma avaliação negativa 
de si mesmo, distorcendo a realidade. Dessa forma, toda avaliação 
deve se atentar para (ABP, 2014): 
• Histórico familiar de suicídio. 
• Suicidabilidade.
• Transtornos mentais.
• Traços de personalidade.
• Doenças clínicas.
• Fatores psicossociais.
• Fatores estressores do cotidiano.
Avaliando o risco, podemos encontrar (RIO DE JANEIRO, 2016): 
• Risco baixo: presença de pensamentos frouxos relacionados 
ao suicídio,sem planos. 
• Risco médio: presença de pensamentos e planos, porém, 
sem a ideia de cometer o ato de imediato. 
• Risco alto: presença de plano definido, já possui os meios e 
tem a ideia de cometer o ato de imediato; possui histórico de 
tentativa recente, com várias tentativas em um curto espaço 
de tempo.
26
Figura 1 – Ilustração mostrando o lado negativo pesando mais 
que o positivo
Fonte: porcorex/Istock.com.
Em situações em que o risco de suicídio é alto, pode-se fazer 
necessária uma internação, mesmo que de forma involuntária 
(BERTOLOTE; MELLO-SANTOS; BOTEGA, 2010).
Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABP. Comissão de 
Estudos e Prevenção de Suicídio. Suicídio: informando para 
prevenir. Brasília: CFM/ABP, 2014.
BERTOLOTE, J. M.; MELLO-SANTOS, C. de; BOTEGA, N. J. Detecção 
do risco de suicídio nos serviços de emergência psiquiátrica. 
27
Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 32, supl. 2, p. S87-S95, out. 
2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1516-44462010000600005&lng=en&nrm=i
so. Acesso em: 5 maio 2020. https://doi.org/10.1590/S1516-
44462010000600005.
RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde – SMS. Avaliação 
do risco de suicídio e sua prevenção. Coleção Guia de Referência 
Rápida. [versão professional]. 1. ed. Rio de Janeiro: SMS, 2016. 
Disponível em: https://subpav.org/download/prot/Guia_Suicidio.
pdf. Acesso em: 8 maio 2020. 
PARA SABER MAIS
Em estudos sobre a genética da impulsividade e a genética do 
suicídio, que surgiram em meados do século 20, os pesquisadores 
baseavam-se principalmente no rastreio de casos na mesma 
família e na comparação entre irmãos gêmeos e adotivos. 
Uma vez que a depressão também exerce forte componente 
hereditário, sondava-se a possibilidade de que essa mesma carga 
genética responsável pelo humor deprimido estivesse ligada ao 
comportamento suicida. 
Chegou-se à conclusão de que muitas famílias com casos 
de depressão no histórico de suas gerações apresentavam 
nenhum ou raríssimo registro de suicídio. Atualmente, 15% dos 
deprimidos realizam tentativas de suicídio. O desfecho desse 
mistério diz respeito ao que os especialistas chamam de binômio 
impulsividade/agressividade, um traço de personalidade de 
caráter hereditário, porém com carga genética diferente daquela 
associada à depressão. 
28
Hoje, com ajuda da neurociência, é possível acessar informações 
que mostram que as partes mais primitivas do cérebro, ou seja, 
aquelas ligadas ao prazer, se desenvolvem primeiro e somente 
depois é que se desenvolvem as partes que vão exercer o controle 
dos impulsos e atuar de forma inibitória sobre a área do prazer, 
que é a parte mais sofisticada do cérebro, a frontal ou córtex pré-
frontal. 
Realizar planejamentos ou realizar escolhas que são mais 
complexas, como avaliar prejuízos em longo prazo, fica por conta 
da área pré-frontal. Essa falta de estrutura cerebral desenvolvida 
é a responsável pelo imediatismo presente nos adolescentes, bem 
como na dificuldade de controlar seus impulsos. 
Por esse motivo, é de extrema importância que os responsáveis 
por crianças e adolescentes tenham condições de orientá-las 
e, para adquirir essa condição, é necessário que exista uma 
interação do tema suicídio em buscas por materiais que trazem 
informações verídicas sobre a temática.
TEORIA EM PRÁTICA
O serviço de atendimento em que você está inserido é um serviço 
que se propôs a atender indivíduos com comportamento suicida. 
Você começa a perceber que, mesmo o serviço se propondo a 
atender a essa demanda, a equipe está bastante crua, com pouco 
conhecimento sobre o tema e, inclusive, realizando avaliações 
comuns, como são realizadas com indivíduos que não possuem 
comportamento suicida. Percebe ainda que existe um grande 
fluxo de pessoas procurando pelo serviço. 
29
Você, como profissional que estudou o tema do suicídio, como 
poderia contribuir com sua equipe nessa situação específica? 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O artigo indicado aponta sobre as questões relacionadas ao 
suicídio em idosos com doença terminal e alertam para a 
importância de novas pesquisas que se aprofundem nos manejos 
para essa população específica. Busque este artigo na internet 
para realizar a leitura.
SANTOS, M. A. dos. Câncer e suicídio em idosos: determinantes 
psicossociais do risco, psicopatologia e oportunidades para 
prevenção. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n. 9, p. 
3.061-3.075, set. 2017 .
Indicação 2
Nos casos de tentativas de suicídio, às vezes, faz-se necessária a 
internação involuntária. Por esse motivo, é importante que você, 
aluno, entenda sobre os parâmetros legais para a internação 
involuntária no Brasil. Para realizar a leitura, busque por: 
Indicações de leitura
30
BARROS, D. M. de; SERAFIM, A. P. Parâmetros legais para a 
internação involuntária no Brasil. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, 
v. 36, n. 4, p. 175-177, 2009. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Três características psicopatológicas em comum podem ser 
encontradas nos suicidas. São elas: 
a. Rigidez, controle excessivo e ambivalência.
b. Rigidez, impulsividade e ambivalência.
c. Rigidez, rancor e ambivalência.
d. Rigidez, impulsividade e rancor.
e. Rancor, impulsividade e ambivalência. 
2. Na avaliação do risco, podemos encontrar três níveis. São 
eles:
a. Levíssimo, leve e moderado.
31
b. Moderado, grave e óbito.
c. Médio, avançado e óbito.
d. Brando, moderado e estado de coma.
e. Baixo, médio e alto. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: segundo a OMS, existem três características 
psicopatológicas comuns que são encontradas nos suicidas: 
rigidez, impulsividade e ambivalência. 
Questão 2 - Resposta E
Resolução: são considerados três níveis na avaliação do 
risco: leve, médio e alto. 
TEMA 4
O papel da rede intersetorial na 
prevenção ao suicídio por meio 
da saúde, educação e assistência 
social 
______________________________________________________________
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Rosana D’Orio Bohrer
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33
DIRETO AO PONTO
• Rede de saúde versus acolhimento ao indivíduo com 
risco de suicídio.
Já é possível identificar, atualmente, que o suicídio tem uma 
ligação direta com os transtornos mentais em quase 100% dos 
casos, e o que agrava ainda mais esse desfecho negativo é o 
subdiagnóstico dos transtornos e a falta de tratamento. Dos 
casos de indivíduos que morrem por suicídio, aproximadamente 
entre 50% e 60% nunca passaram por consulta, ao longo da vida, 
com um profissional de saúde mental. Desse mesmo grupo de 
indivíduos que morrem por suicídio, 50%, nos últimos seis meses 
anteriores ao fato, buscaram por uma consulta médica. Cerca de 
80% desse grupo de indivíduos que morrem por suicídio, no mês 
que antecedeu o fato, buscaram por um profissional médico, mas 
não com especialidade em psiquiatria.
A prevenção desses casos é possível e pensar na capacitação 
dos profissionais da saúde sobre essa temática do suicídio é 
importante, sendo que esses indivíduos não possuem uma porta 
de entrada específica para a busca de ajuda, ou seja, eles podem 
chegar a diferentes serviços, podendo ser serviços de emergência 
ou não, como os postos de saúde, por exemplo. Dessa forma, 
quanto mais capacitado estiver o profissional de saúde para lidar 
e detectar os indivíduos em risco, maiores serãoas chances de 
evitar mortes por essa causa (ABP, 2014).
• Rede de atenção psicossocial (RAPS) versus acolhimento 
ao indivíduo com risco de suicídio
Uma mudança de paradigma necessária fez com que os 
profissionais de saúde percebessem a importância e os benefícios 
34
do trabalho articulado em rede, surgindo, assim, a rede de 
atenção psicossocial para o cuidado de indivíduos em sofrimento 
mental (MINOZZO, 2011).
O manejo adequado na condução do caso de um indivíduo em 
risco de suicídio, bem como a escuta acolhedora pela equipe 
de atenção psicossocial, nessas situações, é essencial para 
que seja possível uma articulação também adequada com a 
rede de assistência e, consequentemente, será ofertado um 
melhor atendimento e acompanhamento do caso para que o 
indivíduo receba o suporte necessário. Identificar os indivíduos 
com potencial de risco ou a existência de tentativas ou casos 
consumados são habilidades esperadas do profissional de saúde 
(BRASIL, 2006). 
Os serviços promotores de educação devem estar colados na 
ideia de prevenção ao suicídio, não devendo ficar de fora da 
rede de apoio ao indivíduo com comportamento suicida. Todos 
os educadores exercem um importante papel na prevenção 
do suicídio, principalmente entre a população infantil e dos 
adolescentes (BRASIL, 2017).
35
Figura 1 – Ilustração apresentando uma pessoa oferecendo 
suporte on-line
Fonte: FG Trade/Istock.com.
Notificar os casos também é importante para a prevenção. A 
notificação tem por objetivo desencadear medidas adequadas 
de atendimentos para essa demanda. Notificando uma tentativa 
ou uma morte por suicídio, pode-se auxiliar na alimentação dos 
sistemas de informação em saúde com dados consistentes que 
poderão ser utilizados como subsídio para o planejamento de 
ações de prevenção, além de ajudar nas tomadas de decisões 
pelos profissionais responsáveis pela gestão de saúde (BRASIL, 
2017).
36
Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABS. Comissão de 
Estudos e Prevenção de Suicídio. Suicídio: informando para 
prevenir. Brasília: CFM/ABP, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área 
Técnica de Saúde Mental; Organização Pan-Americana da Saúde; 
Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências 
Médicas. Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria. 
Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais das 
equipes de saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 
Disponível em http://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/
mis-9849. Acesso em: 13 maio de 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio no nível 
local: orientações para a formação de redes municipais de 
prevenção e controle do suicídio e para os profissionais que a 
integra. Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde, 2017. Acesso em 
12 de maio de 2020. Disponível em: https://www.cevs.rs.gov.br/
upload/arquivos/201706/14115228-prevencao-do-suicidio-no-
nivel-local.pdf
MINOZZO F. Análise da implantação do apoio matricial em 
saúde mental entre CAPS e equipes de saúde da família: 
trilhando caminhos possíveis. Dissertação (Mestrado em 
Psicologia) – Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia 
Clínica, Universidade de Brasília, DF, 2011. 
37
PARA SABER MAIS
Você sabia, prezado aluno, que em 1962, na cidade de São Paulo, 
foi fundado o CVV, Centro de Valorização da Vida? O Centro 
de Valorização da Vida, associação sem fins lucrativos, ou seja, 
filantrópica, foi reconhecida pelo seu trabalho de suporte ao 
indivíduo com sofrimento mental devido às questões do suicídio, 
no ano de 1973, como apoio de Utilidade Pública Federal. 
Os serviços do CVV podem ser encontrados em todo o território 
nacional e acontece de forma voluntária e gratuita para oferecer 
apoio emocional, disponível a todos. O número de telefone pelo 
qual o serviço é prestado é o 188 e você pode, também, buscar 
pelo site do Centro de Valorização da Vida para mais informações.
O CVV, desde quando foi criado, teve sempre uma 
responsabilidade social e assumiu como tarefa o estímulo da 
discussão em diferentes frentes sobre a temática do suicídio. 
Essa ação não para de crescer e, sendo assim, criou materiais 
multimídias com os temas:
• Prevenção do suicídio.
• Vídeos exclusivamente voltado para jovens sobre a temática 
do suicídio.
• Vídeos voltados exclusivamente para auxiliar na formação de 
mediadores de grupos de apoio relacionados à posvenção.
No site da CVV, você pode realizar download de todos esses vídeos 
e outros materiais de qualidade e importantes para agregar 
conhecimento e auxiliá-lo na disseminação de conhecimentos.
38
TEORIA EM PRÁTICA
Você é um profissional de saúde inserido em um serviço de 
atenção primária do seu bairro. Chega a esse serviço um jovem e 
você o recepciona. Ele lhe conta que tem pensando em suicídio, 
mas que não gostaria de passar por atendimento com nenhum 
profissional, apenas gostaria de saber se existe algum lugar que 
ele não precisasse ficar cara a cara com alguém e que pudesse ser 
ajudado. Relata que, em um determinado momento de sua vida, 
passou pela mesma situação e que, ao contar para o profissional 
do postinho, sentiu-se muito envergonhado quando o profissional 
disse que isso era “falta de reio e trabalho”, que era “frescura”. 
Com essa situação apresentada, em que podemos pensar para 
ajudar esse indivíduo? 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O artigo indicado aponta sobre uma pesquisa-intervenção 
de perspectiva cartográfica, em que o objetivo foi realizar um 
levantamento da atenção ao suicídio em um dos serviços de 
atenção psicossocial no estado de São Paulo para verificar a 
eficácia dos serviços prestados. Para realizar a leitura, busque pela 
referência na internet.
Indicações de leitura
39
CESCON, L. F.; CAPOZZOLO, Â. A.; LIMA, L. C.. Aproximações 
e distanciamentos ao suicídio: analisadores de um serviço de 
atenção psicossocial. Saúde soc., São Paulo, v. 27, n. 1, p. 185-200, 
jan. 2018.
Indicação 2
O artigo indicado aponta um panorama geral de como têm 
andado as questões relacionadas à prevenção do suicídio no 
Brasil. Para realizar a leitura, busque pela referência na internet.
DANTAS, E. S. O. Prevenção do suicídio no Brasil: como estamos? 
Physis, Rio de Janeiro, v. 29, n. 3, p. e290303, 2019. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Há serviços que podem compor a Rede de Atenção 
Psicossocial (RAPS) nas cidades, segundo Brasil (2015). Entre 
eles, podemos encontrar: 
40
a. Serviços da Atenção Primária à Saúde, indústrias de 
fabricação de armas de fogo, Centros de Atenção 
Psicossocial (CAPS) e serviços de Urgência e Emergência.
b. Indústrias de produtos de beleza, Centros de Atenção 
Psicossocial (CAPS) e serviços de Urgência e Emergência.
c. Indústria do tabaco, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) 
e serviços de Urgência e Emergência.
d. Serviços da Atenção Primária à Saúde,; Centros de Atenção 
Psicossocial (CAPS) e serviços de Urgência e Emergência.
e. Serviços da Atenção Primária à Saúde; indústria de bebidas 
alcoólicas e serviços de Urgência e Emergência. 
2. Existem profissionais que podem fazer parte dos recursos 
humanos necessários para a realização das estratégias de 
prevenção, segundo a OMS (2014). São eles:
a. Profissionais de serviços de emergência, como, por exemplo, 
Samu, bombeiros, engenheiros civis, carcereiros, policiais.
b. Profissionais deserviços de emergência, como, por exemplo, 
Samu, bombeiros, professores, agrônomos, policiais.
c. Profissionais de serviços de emergência, como, por exemplo, 
Samu, bombeiros, professores, carcereiros, policiais.
d. Profissionais de serviços de emergência, como, por 
exemplo, Samu, bombeiros, administradores de empresas, 
carcereiros, policiais.
e. Profissionais de serviços de emergência, como, por exemplo, 
Samu, bombeiros, professores, carpinteiros, policiais. 
41
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: entre os serviços que podem compor a Rede de 
Atenção Psicossocial (RAPS) nas cidades estão: serviços da 
Atenção Primária à Saúde, Centros de Atenção Psicossocial 
(CAPS), serviço de Consultório na Rua, serviços de Urgência e 
Emergência, serviços móveis de urgência, como, por exemplo, 
Samu 192, hospitais gerais, hospitais psiquiátricos, setores da 
educação, Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24 horas. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: entre os recursos humanos necessários para a 
realização das estratégias de prevenção, desenvolvimento 
e implementação de políticas de saúde mental que vão 
ao encontro do combate ao suicídio podem envolver 
profissionais da atenção primária e profissionais de saúde 
mental, como: profissionais de serviços de emergência, como, 
por exemplo, Samu, bombeiros, professores, carcereiros, 
policiais. 
BONS ESTUDOS!

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