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Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe Sumário Apresentação.......................................................................................................................................3 01 - Inteligência Intrapessoal.............................................................................................................4 02 - Testando a Inteligência Emocional............................................................................................8 03 - Inteligência Interpessoal...........................................................................................................20 Referências........................................................................................................................................27 2 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe Apresentação Vamos ver se você entendeu sobre o Módulo 01 do curso. No módulo anterior deste curso, você aprendeu sobre os aspectos mais gerais da Inteligência Emocional. Neste ponto, você já compreende que o desenvolvimento da Inteligência Emocional é favorável para todas as pessoas e que cada indivíduo tem total capacidade de criar sua própria felicidade. Você também já aprendeu que a Inteligência Emocional abrange as inteligências intrapessoal e interpessoal, ou seja, a habilidade de gerenciar as próprias emoções e também de lidar com as outras pessoas. Gerenciar as próprias emoções significa prestar atenção às próprias necessidades, exercitando o autoconhecimento e o autocuidado. Lidar com os sentimentos dos outros significa ter o aprendizado da empatia, responsabilidade social e a compreensão de que cada ser é único e possui um ponto de vista particular. Nesta segunda parte, eu lhe conduzirei de forma mais profunda na compreensão do seu eu interior e na reflexão sobre seu relacionamento com os demais. O objetivo da minha abordagem será mostrar que, exercitando a sua Inteligência Emocional, você poderá conectar-se melhor consigo mesmo, prevenindo-se de problemas como estresse, depressão, ansiedades, entre outros, e também poderá ter relacionamentos afetivos e profissionais bem sucedidos. 3 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe 01 - Inteligência Intrapessoal Figura 01: Representação do cérebro Fonte: banco de imagens gratuitas do canvas, 2020. Gerenciar as próprias emoções é fundamental para que qualquer pessoa possa encontrar estados mentais de paz e felicidade. Para alguns autores, trata-se de dominar o próprio ser e controlar as emoções. Defenderei aqui uma abordagem ligeiramente diferente que está relacionada com o autoconhecimento e a aceitação. Aquele que deseja controlar as próprias emoções terá para si uma tarefa penosa e que nunca terá fim. Conforme mencionado no módulo I desse curso, as emoções acontecem naturalmente como uma reação às situações experiênciadas e que acontecem todos os dias. Se tentarmos controlar cada uma das nossas reações e dominar os nossos próprios pensamentos, seremos dia e noite atormentados e provavelmente isso nos levará a estados de culpa, pois seria impossível conseguir controlar a mente o tempo todo. Minha abordagem envolve três processos: 1. Autoconhecimento; 4 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe 2. Amor-próprio; 3. Transmutação. Embora eu esteja utilizando aqui a palavra “processo” para indicar uma série de etapas, esse processo exige pouco esforço e muita compreensão. Não será necessário que o indivíduo sofra enormes privações ou precise dedicar um esforço anormal para alcançar a inteligência intrapessoal. Para atingir o maior grau de compreensão do seu próprio ser, você precisa apenas cair em si mesmo. Exige-se pouca ação e mais reflexão. Cair em si mesmo significa conseguir compreender as próprias necessidades, conhecer a si mesmo, responsabilizar- se pelo seu próprio bem-estar, descobrir o seu amor-próprio, livrar-se de toda e qualquer culpa ou padrão de autopunição e, por fim, transmutar todos os padrões negativos em positivos. Em alguns círculos sociais, voltar-se para si mesmo pode ser considerado como um comportamento egoísta, pois somos sempre muito inclinados a cuidar das outras pessoas. Contudo, peço que você não se deixe levar por esse tipo de pensamento, pois, na realidade, nós somos inteiramente nossa responsabilidade e nosso eu deve ser a nossa prioridade. O bem-estar que podemos proporcionar às outras pessoas é sempre proporcional ao bem-estar que podemos oferecer a nós mesmos. Aquele que não se conhece e não se ama terá muito pouco a oferecer aos demais. Aquele que estabelece consigo mesmo uma atitude punitiva e que maltrata o seu próprio eu com cobranças e críticas demasiadas provavelmente reproduzirá esse padrão no relacionamento com os demais. O incômodo com nosso próprio eu pode ser um indício de que não nos sentimos autorrealizados ou não compreendemos a nossa missão de vida. IMPORTANTE Em contraste, o autoconhecimento aliado à autorresponsabilidade nos convida a tomarmos o próprio destino nas mãos e criarmos tudo que queremos, seguindo a nossa missão e a nossa felicidade. Como consequência, toda a beleza que criamos para nós acaba por transbordar 5 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe nos nossos relacionamentos afetivos e profissionais. Quando nós reconhecemos, nós aceitamos e mudamos o nosso padrão mental em direção a atitudes mais positivas, e o equilíbrio torna-se parte natural no nosso ser. Não precisamos nos esforçar permanentemente, pois a transmutação da realidade significa o encontro com o seu ser verdadeiro, aquele que não exige de nós qualquer esforço (OSHO, 2016). Mesmo diante de adversidades e mudanças, tenderemos sempre a despertar em nós padrões emocionais que não dos limitam, mas nos empoderam. Conforme mencionei no módulo I, o mundo muda constantemente e independentemente da nossa vontade. Pessoas entram e saem de nossas vidas. Empregos e trabalhos nos desafiam de forma constante. Sendo assim, não existe qualquer razão para assumirmos uma atitude de resistência, pelo contrário, podemos ver todos os eventos diários simplesmente como oportunidades. A autorresponsabilidade pode, muitas vezes, ser vista como difícil e pesada, mas, na verdade, ela nos liberta da necessidade nociva dos outros indivíduos. Devemos nos atentar para a importância de reconhecer a própria força interior sem padrões de dependência. Obviamente, somos todos interdependentes uns dos outros, pois habitamos a mesma sociedade e os mesmos espaços e ninguém atende sozinhos todas as suas necessidades. Porém, a dependência configura-se como a necessidade do outro, especialmente necessidade emocional, e esta coloca o indivíduo na posição de estar constantemente frustrado. Entre os sinais muito comuns de pessoas que não são emocionalmente inteligentes podemos destacar: • Egocentrismo • Irritabilidade sem motivo relevante • Dificuldades em controlar seus impulsos 6 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe • Estresse • Depressão • Ansiedade • Dificuldade de manter relacionamentos ou conhecer pessoas novas e indiferença com relação aos demais. Se você reconheceu um ou vários desses sinais em si mesmo, não se preocupe. A boa notícia é que tudo aquilo que envolve a nossa própria mente e as nossas próprias emoções pode ser modificado por nós mesmos. Isso significa que mesmo que você tenha se identificado com várias dessas características, não deve se sentir mal, mas deve mudar a situação atual em direção a comportamentos que sejam mais positivos. Aliás, uma das características das pessoas que são emocionalmente inteligentes é sua disposição para mudança. 7 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe 02 - Testando a Inteligência Emocional Figura 02: Representaçãode um teste Fonte: banco de imagens gratuitas do canvas, 2020. Para que se tenha um melhor diagnóstico da sua atual situação em relação à inteligência emocional, eu gostaria que você respondesse o teste abaixo com total honestidade e já buscando refletir sobre todas as questões contidas nele. 8 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe Se a maior parte de suas respostas foram “nunca” ou “às vezes”, é bastante provável que você tenha dificuldades em confiar em si mesmo ou 9 Teste adaptado do livro Caos Pacífico Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe até que não se sinta merecedor de amor e de uma vida feliz. Há também a possibilidade de você não ter desenvolvido uma boa resiliência em relação aos problemas, acabando por adotar uma postura de negatividade e percebendo a vida como um local de provações e sofrimento. Pessoas que tiveram todas ou grande parte das respostas como “sempre” ou “muitas vezes”, provavelmente têm atitudes mais positivas em relação à vida e uma autoestima bem desenvolvida. Possivelmente elas confiam em si mesmas e trabalham para se manterem ativas e produtivas. FIQUE ATENTO Nos dois casos, é preciso investigar se o excesso ou a falta de positividade e autoestima são frutos da sua conexão com seu próprio ser ou se você está sendo manipulado pelo ego a ponto de perceber a realidade de forma forjada. Muitas vezes, pessoas que aparentam ser muito confiantes desabam diante de qualquer resposta negativa do ambiente, pois sua confiança não era real, mas um efeito do ego para esconder a baixa autoestima do indivíduo. A forma relativamente segura de saber se seus sentimentos são reais ou fictícios é saber se você se mantém em equilíbrio frente às diversidades. O ambiente em que um indivíduo está inserido pode incentivar a paz ou ativar diversos gatilhos mentais. Esses gatilhos estão relacionados ao que dissemos sobre a educação que nos foi ensinada com relação ao que é certo e errado, e também conecta-se com nossas crenças, ultura e traumas pessoas. A gestão das emoções não significa que o indivíduo passará a ter apenas emoções positivas. Nossas emoções são partes do nosso sistema e em si não são positivas ou negativas. A Inteligência Emocional nos indica que podemos, mesmo diante de emoções aparentemente negativas, reagir de forma positiva, evitando desencadear pensamentos obsessivos e nocivos ao indivíduo (CURY, 2007). 10 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe Também não tenho a pretensão de defender que o indivíduo deverá passar a permitir que o ambiente em que está inserido lhe provoque emoções que lhe causam dor e que ele deve apenas pensar positivo em relação a elas. Na verdade, quando uma pessoa começa a nutrir profundo apreço por ela mesma, é bastante comum que ela passe a se afastar de vários tipos de situações e pessoas. Entretanto, sempre que isso não for possível, a pessoa ainda assim poderá administrar os conflitos da melhor forma possível caso desenvolva sua Inteligência Emocional. Não existe, portanto, qualquer intenção de anular emoções “negativas” em favor de emoções que são consideradas positivas, mas de recepcionar igualmente todas as emoções e compreendê-las de modo que nossas reações diante delas possam ser conscientes e não inconscientes e reativas. Como mostramos através da parábola da árvore dos desejos, nós criamos as nossas emoções e construímos o nosso próprio mundo. CURIOSIDADE Você deve estar se questionando de que forma pode aumentar a sua inteligência intrapessoal e promover o encontro com o seu eu interior, certo? Ao longo do módulo I deste curso, deixei algumas pistas quanto a isso, tais como fechar os olhos e olhar para dentro de si, conversar consigo mesmo, questionar sobre sua própria felicidade e manter um diário. Adicionalmente, gostaria de falar sobre o afastamento do ego como um caminho fundamental para o encontro com o eu. O ego nos engana sobre o nosso eu e isso impede que possamos nos enxergar quando fechamos os nossos olhos. Ele nos compara com os demais e nos impele à competição de querermos estar sempre certos sobre tudo, não aceitando que as outras pessoas tenham perspectivas diferentes da nossa (OSHO, 2016). Podemos pensar no ego como sendo o nosso eu social. Ele é formado através da nossa educação e convivência social. É a parte de nós que racionaliza e que filtra o nosso agir, considerando não apenas os nossos impulsos e desejos pessoais, mas também nos impelindo a seguir as regras 11 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe sociais de educação, cultura, religião, e etc. O ego não é, portanto, algo nosso, mas uma soma de tudo aquilo que nos é ensinado pelas outras pessoas (OSHO, 2016). O fato do ego nos ter sido dado de fora para dentro não significa que ele seja algo ruim. Existe uma face do ego que é bastante positiva e está relacionada principalmente ao mundo do trabalho e da convivência social. Desde crianças, somos ensinados a buscar ocupar o nosso próprio lugar no mundo através do incentivo que os nossos cuidadores nos dão para exercitarmos ou aprimorarmos determinadas atividades. Também é através do ego que somos ensinados sobre o respeito e a estima que devemos dar aos outros e a reciprocidade que devemos esperar dos demais. IMPORTANTE No entanto, em uma face um pouco menos positiva, o ego pode acabar se tornando um empecilho para o encontro do indivíduo com ele mesmo. Conforme mencionei no módulo I desse curso, nossa educação ocidental direciona nossos olhos para fora e não nos incentiva a olhar dentro de nós mesmos. Isso significa que muitos de nós não sabem o que se encontra por debaixo da máscara do ego, no seu próprio eu. Outro ponto negativo é que o ego frequentemente nos coloca em posição de comparação com as outras pessoas. Como o ego não olha para dentro, mas para fora, o indivíduo só consegue se compreender pela comparação com os demais. Isso pode ser potencialmente danoso em dois casos extremos: aquele em que o indivíduo se compara com os demais e se coloca sempre na posição de superior, ou aquele em que na comparação com os outros indivíduos sempre se sente na posição de inferioridade. Esses casos podem levar ao egocentrismo e à baixa autoestima. FIQUE ATENTO Cabe destacar aqui que o mesmo indivíduo que se sente na posição superior frequentemente possui problemas de baixa autoestima disfarçada de egocentrismo. Isso pode ser facilmente percebido quando o indivíduo 12 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe recebe uma negativa de outra pessoa ou uma crítica em relação ao seu trabalho e se irrita, pois acha que aquela crítica é injusta e acredita que foi rebaixado. Nesse caso, temos um exemplo de falsa autoestima. O que vamos focalizar a partir de agora é na verdadeira autoestima. Ela advém do nosso eu interior e independe completamente do julgamento alheio. Vamos olhar para dentro de nós, não para fora. Não devemos nos comparar com os demais, pois dentro de nós não existe qualquer outro com o qual podemos nos comparar. Isso faz com que possamos perceber que cada indivíduo é absolutamente único e singular, impossível de ser comparado (OSHO, 2016). Também percebemos que somos os únicos capazes de julgarmos a nós mesmos, pois o outro, aquele que nos julga do lado de fora, não conhece de fato o nosso próprio ser. Isso nos conduz a uma atitude muito mais tolerante em relação às críticas, especialmente àquelas que julgamos ser injustas, pois compreendemos que aquele indivíduo nos critica por não conhecer o nosso verdadeiro interior. Também é bastante comum que, ao olharmos para o nosso interior, passemos a assumir uma posição de autoconhecimento e de autovalorização. No nosso eu verdadeiro, podemos apreciar o nosso sere todas as nossas características, sejam elas consideradas qualidades ou defeitos. O ego quer sempre ser melhor e por isso somos constantemente impelidos a melhorarmos a nós mesmos. Porém, quando tentamos ser melhores, tendemos a focalizar em tudo que está errado e que precisa de conserto. Nos tornamos neuróticos em olhar nosso pior lado. Quando olhamos para dentro, apenas interessados em compreender quem somos, passamos a entender que todos os seres humanos são constituídos de pontos fortes e pontos fracos. Não focamos naquilo que nos é desfavorável, mas no conjunto geral que nos constitui. Se quisermos, podemos conscientemente focar nos nossos pontos fortes, utilizando tudo o que já aprendemos sobre como construir nossa própria realidade. Isso nos ajudará a construir uma autêntica autovalorização que será 13 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe inabalável, mesmo diante das críticas externas. Obviamente, isso não fará com que os nossos defeitos sejam apagados, porém, a próxima vez que percebemos que falhamos em algo, podemos simplesmente consertar este algo sem tomarmos qualquer posição de culpa ou sem que isso nos leve a pensar que somos constituídos apenas por defeitos. Aqui é muito importante considerar que a culpa que sentimos geralmente está relacionada ao não atendimento das expectativas das outras pessoas, justamente porque estamos olhando para fora e não para dentro. Quando olhamos o nosso interior, sabemos que aquele defeito é apenas um pequeno pedaço do nosso ser e que há muitos outros motivos para nos valorizarmos. Ainda, percebemos que aquele pequeno ponto em que fomos falhos ou criticados pode ser simplesmente aprimorado sem nenhuma culpa, afinal, todos os indivíduos possuem seus próprios pontos fracos. Olhar para dentro de si significa perceber que todas as pessoas são muito especiais. CURIOSIDADE Eu gostaria de lhe fazer uma pergunta: como você costuma tratar uma pessoa muito especial para você? Agora me responda: será que você se trata tão bem quanto trata essa pessoa? No módulo I do nosso curso, aprendemos que o nosso olhar para fora nos torna extremamente dependentes das outras pessoas. Voltamos o nosso cuidado e atenção para o outro e esperamos que o outro possa voltar o seu cuidado e atenção para nós, o que nem sempre acontece. Eu gostaria de lhe fazer um convite que vai na direção oposta: comece a cuidar de si mesmo e a se tratar maravilhosamente bem. Para lhe guiar nessa nova perspectiva, apresentarei um trecho da Oração de São Francisco. Ela não possui nenhum conteúdo religioso para este curso, mas possui um valor humano muito importante pelo seu conteúdo, pois fala de como nos relacionamos com os demais. Resolvi recortar este pequeno trecho pois é uma oração conhecida pela grande maioria de nós. O trecho diz o seguinte: “Onde houver ódio, que eu leve o amor; (...) onde houver desespero, que eu leve a esperança; 14 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe onde houver tristeza, que eu leve alegria”. Percebemos que nesse trecho há alguém com bastante vontade de ajudar e levar o bem às outras pessoas, transformando estados emocionais negativos em positivos. Sem dúvida, seria maravilhoso se todas as pessoas pudessem levar o espírito desse trecho em suas vidas sociais todos os dias. Porém, o desafio que quero lhe fazer neste momento é para que você utilize este mesmo espírito consigo mesmo. Que você olhe para dentro de si sem ódio, sem culpa, sem mágoas, sem tristezas, sem se sentir decepcionado consigo mesmo por tudo aquilo que fez errado. Ao contrário, olhe para dentro de si com amor, com alegria, com esperança e com todos os sentimentos positivos que nós costumamos oferecer para todas as pessoas que consideramos especiais. É disso que se trata o amor-próprio. Não faz nenhum sentido que nós nos tratemos pior do que tratamos as outras pessoas porque ninguém é melhor ou pior do que ninguém. Portanto, no mínimo, merecemos tratamento semelhante. Cada um de nós é singular e especial à sua própria maneira. Um outro texto desta mesma oração nos indica o seguinte: “fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, pois, é dando que se recebe” . Eu gostaria de ressaltar mais uma vez que não estou analisando o valor religioso desta oração. Você tem todo o direito de ter ou não qualquer religião. Mas podemos extrair seu valor social para nos iluminar em relação ao fato de que esta pequena passagem nos ensina a esperar menos das outras pessoas. Agir sem criar expectativas de retorno. Isso é bastante útil para mantermos nossa inteligência emocional equilibrada. CURIOSIDADE Esperar o retorno das outras pessoas pode nos causar frustração, enquanto a doação desinteressada depende apenas de nós mesmos. Agora imagine se você conseguir ser tão generoso consigo mesmo quanto é para 15 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe com as demais pessoas, que incrível seria, você não acha? Me refiro à possibilidade que temos de compreendermos a nós mesmos, sem esperar compreensão das outras pessoas. Amar a nós mesmos, ainda que nenhuma outra pessoa nos ame. Doar-nos a nós mesmos. Cuidar da nossa saúde e do nosso bem estar pelo nosso próprio bem. Você deve estar se questionando nesse ponto qual o valor de todas essas informações, como tudo isso se relaciona com inteligência intrapessoal, e como lhe ajudará a resolver os seus problemas como depressão e ansiedade, certo? Uma informação muito importante com relação a isso é que eu quero que você perceba que o ego sempre vive no tempo passado ou no tempo futuro, enquanto que o “eu” só consegue existir no presente (OSHO, 2016). Todas as vezes que pensamos através do registro do ego, tendemos a olhar para o passado nos culpando pelas nossas falhas e, em seguida, olhamos para o futuro para planejar como podemos agir no sentido de melhorar aquilo que fizemos de errado ontem. Por outro lado, o nosso eu sempre existe apenas no momento presente. Nós não buscamos nos conhecer, nos amar e nos encher de alegrias nem no passado e nem no futuro, mas no agora. Me sinto feliz agora. Me amo neste momento. Você já deve ter ouvido falar que a depressão está relacionada com o excesso de passado, enquanto a ansiedade está relacionada ao excesso de futuro. Esses estados emocionais nos indicam que o indivíduo tem dificuldade de viver no presente e de estar completamente focado no agora. Como consequência, o indivíduo que se sente deprimido ou ansioso coloca sua atenção naquilo que o ego lhe solicita e não nas necessidades reais do seu próprio ser (CURY, 2007). A pessoa com depressão sofre porque no passado tomou determinadas atitudes ou porque certas pessoas a magoaram. Às vezes, ela se sente triste por ter sido boa e não ter recebido bondade em retorno. Nestes casos, ela está focalizando sua energia na culpa e, muitas vezes, na culpa que nem é dela mesma. Se este é o seu caso, eu gostaria que compreendesse que pode sair deste estado emocional agora mesmo sem nenhum esforço. Como? Você 16 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe deve simplesmente cair no seu próprio ser e perceber que toda a culpa e mágoa que carrega de si mesmo não tem qualquer sentido. Se, ao invés de olhar para fora pensando em tudo que passou, você fechar os olhos e olhar para dentro buscando compreender a si mesmo, reconhecer as próprias qualidades e se amar no registro da aceitação e não do julgamento e da crítica, seu estado depressivo perderá qualquer sentido. É claro que temos aqui que salientar que a nossa mente tende a repetir os nossos estados emocionais. Isso significa que mesmo que você, por um momento, olhe para dentro de si e encontre extrema felicidade, seu estado depressivo anterior tenderá a voltar na sua mente por diversas vezes. Ele é uma espéciede vício da mente do qual você necessitará se desintoxicar. O modo de afastar a tentação da mente é buscando voltar a sua atenção sempre para o presente, onde é a morada do seu eu interior. Uma ferramenta importantíssima para se manter no presente é a utilização de meditação. Talvez você já tenha tentado fazer alguma meditação e não tenha conseguido alcançá-la totalmente. Eu lhe aconselho a buscar as meditações guiadas ou dirigidas, pois elas nos ajudam a focalizar melhor a nossa atenção. A meditação tem a capacidade de modificar o nosso estado mental, trazendo mais equilíbrio e tranquilidade mesmo em momentos de desarmonia ou irritação. Quando olhamos para dentro, afastamos de nós toda a distração que estava relacionada às expectativas que criamos sobre as outras pessoas. Se dedicamos o nosso amor para alguém e esse alguém não foi recíproco, tudo bem, pois eu mesmo posso dedicar este mesmo amor para mim. Se alguém tomou uma atitude que foi injusta do seu ponto de vista, quando você exercita a sua inteligência emocional, percebe que aquele ser humano apenas agiu de acordo com aquilo que lhe foi ensinado e que qualquer problema que ele possa ter é um problema dele consigo mesmo e não com você. Quando você se conhece e se ama verdadeiramente, as outras pessoas não têm a menor capacidade de abalar a sua felicidade, a não ser momentaneamente. As atitudes do outro podem nos entristecer, mas se o nosso estado mental estiver direcionado para o amor-próprio e para a 17 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe autofelicidade, logo voltaremos a olhar para dentro de nós e perceberemos toda beleza e abundância que está em nosso interior. Novamente, quero ressaltar que o autoamor não indica que o indivíduo não vai buscar o auto melhoramento, mas que ele faz isso pelo sentimento de vontade de mudança e não como um autocrítica e auto-julgamento. Ele fará isso sem sentimento de culpa e ansiedade. A ansiedade é comumente caracterizada como o excesso de futuro. O indivíduo não olha tanto para o ontem, mas está funcionando com olhos sempre voltados para o amanhã ou para aquilo que ainda não realizou. O grande problema é que, quando os nossos olhos estão direcionados para o horizonte do futuro, nós esquecemos de valorizar o nosso presente e as nossas conquistas. O indivíduo pode trabalhar muito e ser extremamente bem-sucedido e, ainda assim, não conseguir parar por um momento para apreciar os frutos do seu próprio esforço, pois estará sempre pensando no próximo passo e no amanhã (CURY, 2007). O oposto ocorre quando o indivíduo fecha os olhos, olha para dentro de si e se interroga sobre as suas emoções, pois, nesse caso, ele estará focalizando apenas no presente. Quando você estiver se sentindo extremamente ansioso, tente parar por uns instante, fechar os olhos e se questionar: como eu estou me sentindo hoje? Estou feliz? Minhas emoções nesse momento são positivas e agradáveis? Se não são positivas, tenho de fato uma razão real para me sentir dessa forma? Quando a nossa mente está focalizada no agora, temos uma maior possibilidade de apreciar tudo aquilo que já possuímos e podemos colocar o nosso estado mental fora do registro da expectativa e dentro do registro da gratidão. Obviamente, se quisermos, podemos focalizar em tudo que está errado, pois segundo a parábola da árvore dos desejos, nós sempre podemos criar o nosso próprio céu e o nosso próprio inferno. No entanto, meu conselho é para que você olhe para dentro de si e reconheça tudo aquilo que está certo e errado, mas que, no final das contas, possa focalizar em tudo o que for positivo e agir para mudar tudo aquilo que está negativo, sem qualquer culpa ou julgamento. Essa nova atitude tenderá a nos deixar mais confortáveis conosco e a afastar as expectativas do futuro que nos causam ansiedade. 18 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe IMPORTANTE Em síntese, uma inteligência intrapessoal equilibrada pode ser compreendida como assumir atitudes e padrões mentais que nos direcionam ao autoconhecimento, autocuidado e autoamor, e que são vividas no tempo presente. Por outro lado, a baixa inteligência intrapessoal nos leva a padrões mentais negativos que nos prendem ao passado ou ao futuro, nos impedindo de viver em felicidade e gratidão. 19 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe 03 - Inteligência Interpessoal A Inteligência Interpessoal é caracterizada como a capacidade de lidar bem com as outras pessoas. Envolve aspectos como empatia, escuta ativa e comunicação assertiva. Podemos facilmente reconhecer um indivíduo que possui a inteligência interpessoal bem desenvolvida por sua facilidade em se adaptar muito bem aos mais diversos ambiente e de se relacionar bem com os demais, sendo essa capacidade também bastante relacionada aos líderes (HOWARD, 1999). Muitas pessoas relacionam a empatia com a capacidade de se comover com a situação das outras pessoas. No entanto, esse tipo de reação está mais comumente relacionada com a simpatia, a qual indica nossa afinidade com as emoções das outras pessoas, até mesmo daquelas que não conhecemos. Quando temos afinidade, tendemos a nos colocar no lugar daquela pessoa e, portanto, expressamos nossas emoções em relação àquela situação. FIQUE ATENTO A empatia, por outro lado, pressupõe algo mais especial. Demonstrar empatia significa que o indivíduo se coloca na situação de outra pessoa como sendo ela mesma. Percebe a diferença? Na simpatia, por mais que eu me comova com a situação do outro, olho e compreendo com as minhas próprias visões e sentimentos. 20 Figura 03: Representação de uma equipe de trabalho Fonte: banco de imagens gratuitas, Canvas, 2020. Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe Digamos que alguém tenha sido humilhado e eu aprendi na minha educação que isto é completamente inaceitável. Olhar a situação da pessoa humilhada provavelmente irá suscitar em mim sentimentos de revolta e injustiça, ou emoção de ódio. Entretanto, o sujeito humilhado talvez possa se sentir de forma completamente diferente. Talvez ele fique imobilizado, perplexo, sem ação diante do ocorrido ou talvez sinta enorme sofrimento e tristeza. Quando utilizamos a empatia, ou seja, quando olhamos a situação do outro do ponto de vista dele, o mais provável é que sentiremos sensações muito semelhantes às deste indivíduo, ou seja, sentimos como ele e não como nós. Obviamente, no limite, a total empatia é impossível, pois jamais seríamos capazes de compreender exatamente como outra pessoa sente ou pensa. Contudo, ao nos colocarmos naquela situação, a partir daquele ponto de vista, podemos nos aproximar dos sentimentos daquele indivíduo de forma muito mais aproximada do que a simples simpatia nos possibilita. O que faz com que essa distinção seja fundamental é o fato de que, muitas vezes, tendemos a esperar das pessoas determinadas reações ou mesmo forçá-las a ter determinados comportamentos que são importantes para o nosso próprio ser e não para aquela pessoa em particular. Quando tomamos esse tipo de atitude, estamos forçando o outro indivíduo a ser aquilo que nós esperamos dele e não lhe deixamos livre para ser ele mesmo. Por mais que, às vezes, essa atitude possa ser fruto de um enorme amor que sentimos por essa pessoa, desrespeitamos a sua individualidade ao tentarmos forçá-la a enxergar o mundo a partir das nossas lentes particulares. Quando buscamos ajudar um indivíduo respeitando sua singularidade, temos de colocar em prática a nossa empatia e buscar alternativas e conselhos para oferecer a esta pessoa a partir do seu próprio ponto de vista. Esse aspecto também contribui para que o indivíduo que busca ajudar a outro, ou apenas conviver com ele, não crie expectativas inadequadas sobre o comportamento das outras pessoasatravés da desconsideração total de suas 21 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe próprias vontades. De nada adianta querer colaborar de modo construtivo com alguém se nossa opinião é completamente alheia às experiências do indivíduo a quem se busca aconselhar e ajudar. Por essa razão, a empatia é uma habilidade tão apreciada nos líderes. IMPORTANTE Para estimularmos o desenvolvimento da nossa empatia, temos que exercer a escuta ativa e a comunicação assertivamente. A escuta ativa significa ouvir as outras pessoas com a máxima atenção, não buscando responder aquilo que está sendo dito ou tentando ajudar prontamente. Ela pressupõe que você esteja ouvindo o outro indivíduo simplesmente com a intenção de lhe compreender. Pode ser que esta compreensão lhe ajude a oferecer um conselho ou determinada ajuda, caso solicitado pela pessoa, mas a vontade do outro deve ser ouvida e respeitada, pois talvez ele não esteja interessado em um conselho e queira apenas desabafar. O indivíduo não deve ser coagido a modificar o seu comportamento, a menos que ele demonstre vontade de fazê-lo ou que você possa conduzi-lo a tal através da compreensão de sua necessidade e não pela força da sua vontade particular. Se desejar, você pode interrogar o indivíduo perguntando se ele necessita de algo ou se gostaria que você emitisse algum tipo de opinião a respeito da situação apresentada. Isso ajuda a não lhe criar expectativas em relação à reação daquele indivíduo que desabafa com você, enquanto dá a ele a oportunidade de pensar nas próprias soluções sendo apenas auxiliado por você. Isso faz parte da comunicação assertiva, ou seja, da comunicação que se baseia na interação em que ninguém busca estabelecer um ponto de vista, mas apenas ouvir e comunicar a partir da escuta e da compreensão, buscando estabelecer uma conexão no diálogo. A empatia é também fundamental nos relacionamentos amorosos e familiares. Esse tipo de relacionamento ocorre através de um sistema de reciprocidade em que o indivíduo, via de regra, oferece e espera 22 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe sentimentos em relação às outras pessoas, o que nem sempre ocorre em um ambiente organizacional. Neste caso, temos um grau de expectativa em relação ao outro que pode criar a falsa ideia de que a reciprocidade se caracteriza por dar e receber exatamente o mesmo tipo de afeto. Este pensamento ignora a singularidade de cada indivíduo e o fato de que cada pessoa pode demonstrar sentimentos de formas completamente diferentes. Isto não significa que o sistema da reciprocidade esteja sendo ferido. O que pode estar acontecendo é simplesmente uma incompreensão de alguma das partes quanto ao fato de que as demonstrações de afeto podem se dar de diferentes formas. Fazendo analogia com exemplo bastante simples, se uma pessoa lhe oferta uma maçã, você poderá demonstrar a sua reciprocidade oferecendo outra maçã, mas também pode oferecer uma banana. Isso não significa que a reciprocidade e a expectativa do dar, receber e retribuir não foi atendida, mas que cada indivíduo oferece ao outro exatamente o que tem. Sendo assim, o indivíduo que só possui bananas não pode oferecer maçãs como gesto de afeto. Esta compreensão pode levar a duas reações completamente distintas. O ser humano pode compreender que as pessoas são simplesmente diferentes e se sentir grato por todas as formas de afeto, ou pode chegar à conclusão de que a forma de afeto que aquela outra pessoa oferece simplesmente não preenche suas necessidades e expectativas. De qualquer forma, é preciso compreender que não existe intenção do outro ser humano de lhe desapontar, mas cada pessoa sente e age de forma diferente. Devemos compreender que as pessoas não são o seu comportamento, mas que o comportamento dela reflete suas emoções e como esta pessoa foi ensinada ou condicionada a reagir em determinadas situações. Ficaríamos surpresos ao compreendermos através da empatia que são realmente raras as situações em que os indivíduos, especialmente aqueles com quem temos proximidade e afinidade, intencionam nos fazer qualquer tipo de mal. A realidade mais comum é que os indivíduos sem qualquer intenção de fazer o mal aos outros reagem de forma negativa, pois não são ensinados ou 23 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe habituados a lidar com os próprios sentimentos. Ainda, qualquer pessoa que não seja um capaz de lidar consigo mesmo possivelmente terá problemas de se relacionar também os outros indivíduos. Descortina-se, desse modo, a possibilidade de que o problema de um determinado indivíduo não seja com você, mas derive da falta de autoconhecimento dele consigo mesmo. A baixa inteligência emocional pode levar o indivíduo a situações que são realmente destrutivas para sua vida, além de ocasionar problemas mentais e físicos. No ambiente de trabalho, as relações interpessoais também nos desafiam constantemente, pois na organização, diferentes visões de mundo irão se encontrar e interagir e será necessário compreender e respeitar o mundo de todos os indivíduos. Este é um desafio ainda maior para aqueles que mantêm cargos de liderança e precisam exercer a função de manter a coesão entre pessoas e grupos muito diferentes. Por isso, a inteligência emocional é bastante desejável para todos os líderes. Um líder emocionalmente inteligente consegue extrair o melhor das pessoas, reconhecendo suas fraquezas e virtudes e utilizando-as para o melhor benefício da equipe. Quando um líder é reconhecido por sua equipe pela sua empatia, ele também acaba por inspirar outras pessoas como um exemplo. Obviamente, para se tornar líder com empatia, é preciso, antes de mais nada, lidar muito bem com as próprias emoções; por isso, a inteligência intrapessoal foi apresentada primeiro. Um líder que possui uma boa inteligência intrapessoal e interpessoal será capaz de reconhecer a singularidade de todos os seres humanos sem se colocar em qualquer posição de superioridade. Embora ele esteja ocupando uma função hierarquicamente acima de seus subordinados, ele sabe que são iguais enquanto seres humanos. Por isso, trata a todos com enorme respeito e compreensão. 24 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe Por outro lado, aquele que não consegue reconhecer a si mesmo e apenas valoriza as conquistas exteriores, provavelmente não valorizará seus subordinados pelo que são, mas apenas pelos bons resultados que podem alcançar. Obviamente, os resultados são essenciais em qualquer organização, mas é preciso reconhecer que o resultado é a somatória do trabalho com o clima na organização, a qualidade de vida no trabalho e outros quesitos que talvez um indivíduo possa estar contribuindo, ainda que, do ponto de vista da produção, ele não esteja conseguindo dar seus melhores resultados. IMPORTANTE Eu gostaria que você prestasse bastante atenção nesse ponto: o mundo exterior, aquele que olhamos enquanto estamos com os olhos abertos, é um mundo limitado e, conforme expliquei antes, restringe nossas ações a todo momento. Por outro lado, nosso mundo interior, aquele que observamos enquanto fechamos os olhos, é ilimitado e completamente acessível, dependendo exclusivamente da nossa própria vontade. Sendo assim, em qual desses mundos você imagina que um ser humano pode se sentir mais confortável e emocionalmente seguro? No mundo exterior - em que ele é, a todo momento, limitado em suas ações - ou no mundo interior - onde ele está absolutamente sobre o seu próprio domínio? O mundo exterior não atende às nossas vontades, pois não podemos modificá-lo ao nosso prazer. Contudo, de certo modo, podemos sim mudar a realidade - pelo menos aquela que olhamos com a nossa perspectiva - estando sempre conscientes de que esta será sempre a nossa visão particular da realidade e não a realidade em si.Trata-se de adaptar a nossa perspectiva sobre a realidade, sem tentar impor esta mesma visão aos demais ou cair na ilusão de que nossa visão é a correta e verdadeira, desmerecendo todas as outras perspectivas. IMPORTANTE Quanto a isto, gostaria que você prestasse atenção em uma história que reflete exatamente como cada pessoa pode criar o seu próprio paraíso e também o seu próprio inferno interior. Conscientes disso, podemos 25 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe adicionar prazer e felicidade em nossas vidas, ou, quando não estamos em alerta sobre isso, podemos ficar a mercê de todo tipo de acontecimento aleatório e fruto de medos e padrões negativos. 26 Inteligência Emocional e Trabalho em Equipe Referências CURY, Augusto. Treinando a emoção para ser feliz: nunca a auto estima foi tão cultivada no solo da vida. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. Gardner, Howard. Inteligência um conceito reformulado. Editora Objetiva, 1999. Ratcheva, Vesselina, Till Alexander Leopold, and Saa Zahidi. Jobs of tomorrow: mapping opportunity in the new economy. World Economic Forum, Geneva, Switzerland, 2020. Osho. Confiança. Editora Pensamento Cultrix. 2016 FRANCO, Maria da Glória Salazar d'Eça Costa and SANTOS, Natalie Nobrega. Desenvolvimento da Compreensão Emocional. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. 2015, vol.31, n.3 [cited 2020-09-18], pp.339-348. Available from: ISSN 1806-3446. 27 https://www.scielo.br/j/ptp/a/z46nh6ghBCgJMsPSHWtVgpJ/?lang=pt Apresentação 01 - Inteligência Intrapessoal 02 - Testando a Inteligência Emocional 03 - Inteligência Interpessoal Referências