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<p>INTELIGÊNCIA</p><p>EMOCIONAL</p><p>Henrique acabou de sair de uma reunião com um dos seus maiores clientes. Estava feliz, afinal, tinha</p><p>fechado um grande negócio! Ligou para a esposa e marcou um encontro no melhor restaurante da cidade.</p><p>Queria comemorar!</p><p>Chegando ao estacionamento percebeu que o para-choque do seu carro estava amassado. Isso não podia</p><p>estar acontecendo!, pensou. O carro novo era uma das suas últimas conquistas.</p><p>Imediatamente o sangue subiu. Henrique começou a praguejar. Procurou o responsável pelo estacionamento</p><p>e foi logo falando em tom ameaçador. Alguém tinha que responder por aquela situação! Apesar dos</p><p>argumentos do gerente, Henrique não parava de falar alto e de acusar o estabelecimento pelo ocorrido.</p><p>Queria uma reparação!</p><p>Após muita discussão, Henrique saiu do estacionamento. Estava esgotado! Pensava em como era azarado.</p><p>Por que sempre que estava feliz acontecia algo de ruim? Por que isso sempre acontecia com ele?</p><p>Desmarcou o encontro com sua esposa e foi para casa. Apesar de todo esforço que a família fez para que</p><p>o episódio fosse esquecido, naquele dia, Henrique foi dormir muito mal. E por muitos dias Henrique foi</p><p>tomado por sentimentos de raiva e angústia.</p><p>Alguma coisa nesta história lhe parece familiar?</p><p>Emoções são respostas involuntárias e fisiológicas.</p><p>Quando você experimenta emoções intensas, como medo,</p><p>raiva e ansiedade, seu coração acelera, sua pupila dilata, as</p><p>mãos suam e seu cérebro fica refém daquela emoção.</p><p>Você entra em estado de alerta, como se estivesse lidando</p><p>com uma grande ameaça (real ou imaginária).</p><p>Este estado de tensão diminui sua capacidade cognitiva,</p><p>comprometendo a atenção, a memória, as habilidades</p><p>de planejamento e organização, além dos prejuízos nas</p><p>relações interpessoais. Através da história de Henrique,</p><p>podemos observar como as emoções agem: um estímulo</p><p>(o para-choque amassado) desencadeou uma emoção</p><p>(raiva), levando a um comportamento inadequado (discutir</p><p>com o gerente) que, consequentemente, afetou seus</p><p>relacionamentos (família e trabalho).</p><p>QUAL A INFLUÊNCIA</p><p>DAS EMOÇÕES NA</p><p>NOSSA VIDA?</p><p>Entre as habilidades exigidas pelo</p><p>mundo corporativo, a Inteligência</p><p>Emocional é a que mais se destaca.</p><p>Um profissional que lida bem com</p><p>os próprios sentimentos e com</p><p>as pressões do dia a dia constrói</p><p>ambientes mais produtivos e livres</p><p>de conflitos.</p><p>Para os profissionais que exercem</p><p>cargos de gestão e liderança, a</p><p>Inteligência Emocional passa a</p><p>ter uma importância ainda maior.</p><p>Os gestores mais valiosos são</p><p>aqueles que se adaptam, têm</p><p>autoconhecimento e são eficientes</p><p>ao lidar com situações emocionais.</p><p>ESTÍMULO EMOÇÃO</p><p>COMPOR</p><p>TAMENTO</p><p>CONSE</p><p>QUÊNCIAS</p><p>Por muito tempo, nossa inteligência foi medida pela capacidade de processar</p><p>informações, através dos famosos testes de QI (quociente de inteligência). No</p><p>entanto, alguns pesquisadores demonstravam a influência de fatores não-</p><p>intelectuais sobre o comportamento, questionando os modelos de inteligência.</p><p>A partir dos anos 90, a inteligência emocional passou a ser mais estudada e</p><p>difundida, mas foi o psicólogo Daniel Goleman que popularizou o conceito em seu</p><p>livro sobre o tema, publicado em 1995.</p><p>Goleman, considerado o pai da inteligência emocional, ficou famoso mundialmente</p><p>ao defender que lidar com as emoções é fundamental para o desenvolvimento</p><p>de um indivíduo. Sua tese é de que a inteligência emocional promove diminuição</p><p>dos níveis de ansiedade e estresse, maior equilíbrio emocional, empatia pelo outro,</p><p>clareza nos objetivos de vida e maior capacidade de tomada de decisão. Também</p><p>afirma que esta é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida.</p><p>COMO SURGIU A</p><p>INTELIGÊNCIA</p><p>EMOCIONAL?</p><p>Diferentemente do quociente de inteligência</p><p>(QI), a inteligência emocional não trata de</p><p>conhecimentos técnicos ou acadêmicos, mas</p><p>da nossa capacidade de processar as</p><p>informações que as emoções trazem,</p><p>canalizando estas informações em</p><p>comportamentos mais eficazes.</p><p>Observando a história contada no início, se</p><p>Henrique tivesse inteligência emocional teria</p><p>administrado melhor suas emoções, evitado</p><p>o comportamento agressivo com o gerente</p><p>do estacionamento e conseguido manter</p><p>um clima de harmonia com sua família.</p><p>No entanto, até a excelente negociação</p><p>que Henrique fez ficou esquecida, dando</p><p>passagem a um processo de sucessivos</p><p>comportamentos destrutivos.</p><p>“Inteligência emocional</p><p>é a capacidade de</p><p>uma pessoa gerenciar</p><p>seus sentimentos, de</p><p>modo que eles sejam</p><p>expressos de maneira</p><p>apropriada e eficaz”.</p><p>Daniel Goleman</p><p>MAS O QUE É</p><p>INTELIGÊNCIA</p><p>EMOCIONAL?</p><p>Muitas vezes achamos que uma pessoa inteligente</p><p>emocionalmente é aquela que não demonstra suas</p><p>emoções. Mas não é assim!</p><p>Existem três indicadores de inteligência emocional</p><p>que nos ajudam a entender melhor o quanto somos</p><p>ou não inteligentes emocionalmente.</p><p>COMO MEDIR A</p><p>INTELIGÊNCIA</p><p>EMOCIONAL?</p><p>1</p><p>2</p><p>O primeiro elemento é o tempo que</p><p>demoramos para explodir diante de</p><p>uma situação. Qual o tamanho do</p><p>seu pavio emocional? O quão rápido</p><p>você explode? Analisando novamente</p><p>a história contada, qual o tamanho</p><p>do pavio emocional de Henrique?</p><p>Algumas pessoas, ao contrário de</p><p>Henrique, têm um controle tão</p><p>grande que não explodem com coisas</p><p>pequenas. Elas analisam o ocorrido,</p><p>pensam numa solução, entram no</p><p>carro e seguem.</p><p>O segundo elemento diz respeito à</p><p>intensidade das emoções. Algumas</p><p>pessoas até explodem, mas não</p><p>vão tão fundo; enquanto outras,</p><p>após explodirem emocionalmente,</p><p>intensificam ainda mais as emoções</p><p>negativas através de diálogos</p><p>internos, como: “Por que isso sempre</p><p>acontece comigo?”.</p><p>3</p><p>O terceiro indicador se refere ao</p><p>tempo que você demora para</p><p>voltar ao seu estado normal.</p><p>Pessoas com inteligência</p><p>emocional conseguem voltar</p><p>ao seu estado habitual logo</p><p>depois de uma raiva ou</p><p>desapontamento.</p><p>Enquanto pessoas sem</p><p>inteligência emocional, como</p><p>Henrique, por exemplo,</p><p>perdem dias remoendo o</p><p>acontecimento.</p><p>Então, resumindo, inteligência emocional</p><p>não significa ser uma pessoa que não</p><p>demonstra emoções. Inteligência</p><p>emocional é a capacidade de reconhecer</p><p>as próprias emoções e lidar com elas.</p><p>É perceber quando está a ponto de</p><p>estourar e conseguir reverter a situação.</p><p>“Inteligência emocional é buscar</p><p>entender até aquilo que o afronta”</p><p>Paulo Maccedo</p><p>Daniel Goleman fala que</p><p>a inteligência emocional</p><p>não é uma habilidade</p><p>isolada, mas sim uma</p><p>soma de habilidades.</p><p>Para ter inteligência</p><p>emocional é preciso</p><p>desenvolver cinco pilares:</p><p>O primeiro passo é se autoperceber,</p><p>observar suas emoções e as ações</p><p>que você faz em resposta aos</p><p>estímulos.</p><p>Inicie observando o que faz</p><p>você explodir emocionalmente.</p><p>Ter consciência do processo</p><p>que acontece dentro de nós é</p><p>fundamental. Só podemos lidar com</p><p>aquilo que temos consciência!</p><p>COMO DESENVOLVER</p><p>A INTELIGÊNCIA</p><p>EMOCIONAL?</p><p>1. Autoconhecimento</p><p>Reconhecer as suas</p><p>próprias emoções.</p><p>Ao entender quais emoções você realmente sente,</p><p>é hora de trabalhá-las, analisando os sentimentos</p><p>mais frequentes e como você lida com eles.</p><p>É importante entender que para cada situação</p><p>existem várias saídas. Conseguir enxergar o lado</p><p>positivo das coisas, ajuda a evitar que emoções</p><p>negativas venham à tona.</p><p>Quando você assume o controle e o gerenciamento</p><p>das emoções, traça um caminho mais tranquilo</p><p>e equilibrado em direção aos seus objetivos;</p><p>implicando em mudança de padrão de</p><p>comportamento. É preciso acreditar que pode</p><p>mudar. É nesse momento que a automotivação</p><p>mostra sua importância como um dos pilares</p><p>fundamentais da inteligência emocional.</p><p>Empatia é a capacidade de olhar o mundo</p><p>através dos olhos do outro. Como colocar-se</p><p>no lugar do outro, de forma sensível e aberta,</p><p>totalmente desprovido de julgamentos?</p><p>A empatia envolve mais que respeitar o</p><p>sentimento do outro. É entender porque,</p><p>para o outro, aquele sentimento despertou</p><p>determinada emoção.</p><p>A empatia possibilita enxergar uma situação</p><p>pelo ponto de vista das outras pessoas;</p><p>melhorando as relações interpessoais.</p><p>Somos seres sociais.</p><p>Conhecer e se relacionar com</p><p>pessoas é ampliar possibilidades. Para se relacionar</p><p>bem é fundamental o equilíbrio entre a empatia, o</p><p>autocontrole e a autoconsciência.</p><p>Neste e-book vamos explorar esses cinco pilares por</p><p>meio de conceitos e ferramentas que possibilitem o</p><p>conhecimento do EU e a melhor relação com o OUTRO.</p><p>2. Autocontrole</p><p>Conseguir canalizar as</p><p>emoções a seu favor.</p><p>3. Automotivação</p><p>Saber aproveitar as emoções para</p><p>impulsionar o alcance dos objetivos.</p><p>4. Empatia</p><p>Reconhecer as emoções dos outros.</p><p>5. Relações sociais</p><p>Saber aplicar as habilidades anteriores</p><p>em relacionamentos interpessoais.</p><p>Você já examinou com cuidado os seus pensamentos? São mais positivos ou negativos?</p><p>Trazem dúvidas ou segurança? Colocam você pra cima ou são carregados de críticas? São construtivos</p><p>ou destrutivos? Vamos entender como eles surgem e qual o impacto que têm na nossa vida.</p><p>Conforme nos relacionamos com familiares, professores e amigos, vamos adquirindo novas experiências</p><p>e sendo influenciados por eles. É através dessas experiências que construímos as nossas verdades e</p><p>desenvolvemos nossas crenças.</p><p>As influências positivas desencadeiam crenças que nos impulsionam para o sucesso. Já as crenças</p><p>limitantes comprometem nosso potencial e impedem nosso desenvolvimento.</p><p>As crenças limitantes são verdades absolutas que se manifestam através dos nossos pensamentos.</p><p>Elas se caracterizam por terem cunho negativo, que nos leva a desconfiar da nossa capacidade de</p><p>alcançar nossos objetivos.</p><p>VOCÊ SE</p><p>CONHECE?</p><p>Alguns exemplos de crenças limitantes:</p><p>• “Não importa o quanto eu trabalhe, nunca vou conseguir juntar dinheiro!”</p><p>• “Sou velho demais para isso!”</p><p>• “Não sou bom o suficiente para alcançar meus sonhos”.</p><p>• “Não sei!”</p><p>• “Eu não mereço ganhar isto!”</p><p>• “Vou viver a vida inteira sozinho”.</p><p>• “Sei que não sou capaz”.</p><p>• “Nunca vou conseguir, pois me falta sorte”.</p><p>Pessoas que alimentam crenças limitantes vivem num ciclo sem fim que gira em três etapas:</p><p>começar a fazer, terminar antes de começar, se arrepender e tentar novamente ou desistir de vez.</p><p>As crenças são consideradas verdades absolutas.</p><p>Elas ditam o que podemos e o que não podemos</p><p>fazer. São nossos “limites”. Por isso, quando</p><p>dois indivíduos enfrentam a mesma situação,</p><p>dificilmente eles serão guiados pelos mesmos</p><p>pensamentos ou agirão da mesma forma, pois cada</p><p>um possui em si uma crença diferente.</p><p>É preciso identificar se seu pensamento é apenas</p><p>uma ideia que surge e some, sem afetar suas ações;</p><p>COMO SUPERAR AS</p><p>CRENÇAS LIMITANTES?</p><p>O primeiro passo para superar as crenças</p><p>limitantes é identificar essas crenças!</p><p>ou se ele é constante e tem o poder de paralisar</p><p>você. Todo pensamento que impede você</p><p>de agir e alcançar seus objetivos, pode estar</p><p>enraizado em uma crença limitante!</p><p>Depois de reconhecer a crença, é preciso</p><p>identificar sua origem. Sem identificar qual é a</p><p>causa por trás do pensamento negativo, eles se</p><p>tornam crônicos, recorrentes e dificultam a sua</p><p>superação.</p><p>Trace um objetivo ou uma meta</p><p>que queira alcançar! É importante</p><p>direcionar nossos esforços para o</p><p>caminho que queremos trilhar, em</p><p>oposição àquilo que acreditamos</p><p>sermos incapazes de realizar. Desta</p><p>maneira, o foco está no objetivo a ser</p><p>alcançado e não naquilo que nos limita,</p><p>aumentando as chances de superar as</p><p>crenças limitantes.</p><p>O próximo passo é substituir a crença</p><p>limitante por uma crença motivacional.</p><p>Nossos sentimentos são gerados</p><p>pelos nossos pensamentos. Desta</p><p>forma, se você tem sentimentos</p><p>ruins, possivelmente está tomado</p><p>por pensamentos negativos, ou seja,</p><p>quanto mais você pensa de forma</p><p>negativa, mais limitará a si mesmo.</p><p>Desconfie dos seus pensamentos</p><p>negativos. Quando pensar que não é</p><p>capaz, fale para si mesmo que isso não</p><p>é verdade. Este é um ótimo exercício</p><p>para que sua autoconfiança cresça</p><p>ainda mais!</p><p>Os pensamentos são os trilhos</p><p>das emoções. Só você pode</p><p>construir esse caminho e se tornar</p><p>o protagonista da sua própria</p><p>história. Augusto Cury</p><p>O autocontrole é a capacidade de ter domínio</p><p>sobre os impulsos decorrentes das emoções.</p><p>Você já passou pela experiência de vivenciar</p><p>uma situação e, de repente, sentir raiva, ira ou</p><p>vergonha?</p><p>Na maioria das vezes, as emoções surgem sem</p><p>que seja possível prevê-las. Isso ocorre porque</p><p>as emoções são manifestações automáticas.</p><p>Ter autocontrole não significa deixar de</p><p>sentir, até porque não temos como controlar</p><p>a emoção gerada pelo impulso. O que não</p><p>podemos é permitir comportamentos que</p><p>possam emergir dessas emoções.</p><p>O autocontrole acontece quando deixamos a</p><p>impulsividade de lado e passamos a fazer uma</p><p>análise mais racional da situação, encontrando</p><p>saídas para que possamos nos comportar de</p><p>forma mais assertiva.</p><p>AUTOCONTROLE: O QUE É E</p><p>COMO DESENVOLVÊ-LO?</p><p>Se as emoções nos fazem falar sem possibilidade de</p><p>parar para pensar, perdemos o nosso controle.</p><p>Toda emoção é justificável, mas não todos os</p><p>comportamentos. Podemos sentir raiva, ódio ou</p><p>rancor. É um processo natural e aceitável. O que</p><p>não podemos é causar dano aos outros em função</p><p>do que sentimos. Somos livres para sentir, mas</p><p>somos responsáveis pelas ações decorrentes dessas</p><p>emoções!</p><p>É nossa responsabilidade canalizar as emoções</p><p>negativas e encontrar respostas que sejam</p><p>benéficas a todos. Todo o nosso poder está em nós</p><p>mesmos e na maneira como administramos o que</p><p>acontece dentro de nós.</p><p>Não posso escolher como me sinto,</p><p>mas posso escolher o que fazer a respeito.</p><p>William Shakespeare</p><p>Com certeza você conhece pessoas que</p><p>apresentam grande capacidade de realizar,</p><p>que tem objetivos claros e conseguem</p><p>alcançar tudo aquilo que se propõem.</p><p>Quem sabe você também tem esse padrão?</p><p>Há anos, os estudiosos do comportamento</p><p>humano vêm analisando o perfil de pessoas</p><p>com esta característica. Um traço comum</p><p>encontrado nestas pessoas é o seu lócus</p><p>de controle, quer dizer, a maneira como</p><p>atribuímos a responsabilidade pelo que</p><p>acontece em nossas vidas.</p><p>Podemos ter um lócus de controle interno quando</p><p>assumimos a responsabilidade pelos resultados</p><p>que geramos. E podemos ter lócus de controle</p><p>externo quando atribuímos aos outros a autoria dos</p><p>eventos ocorridos conosco.</p><p>QUAIS AS VANTAGENS</p><p>DO AUTOCONTROLE?</p><p>Uma pessoa com lócus de controle externo</p><p>atribui seus insucessos aos fatores externos,</p><p>como uma forma de defesa. Projeta para</p><p>fora a sua responsabilidade, procurando</p><p>justificativas para não realizar. Se você já</p><p>escutou alguém falar: “Fui à falência por</p><p>causa da pandemia”, “Não consegui manter</p><p>meu emprego porque o gerente não gostava</p><p>de mim”, “Não atingi as metas porque o</p><p>produto é ruim”; com certeza estas pessoas</p><p>possuem lócus de controle externo.</p><p>Já as pessoas resolutivas possuem lócus de</p><p>controle interno. Elas não esperam pelo outro.</p><p>Pelo contrário, assumem a responsabilidade e</p><p>fazem acontecer, tendo mais chances de sucesso.</p><p>Claro que não podemos nos responsabilizar por</p><p>tudo que acontece. Existem situações que estão</p><p>fora do nosso controle, como por exemplo a</p><p>pandemia que estamos vivendo. No entanto,</p><p>pessoas com lócus de controle interno possuem</p><p>alta capacidade de lidar com a frustração e,</p><p>quando enfrentam situações em que seu campo</p><p>de controle é mínimo, agem através da influência,</p><p>aumentando suas chances de sucesso.</p><p>Lócus de controle interno X Lócus de controle externo</p><p>LÓCUS INTERNO LÓCUS EXTERNO</p><p>Foca naquilo que é possível fazer</p><p>Enxerga os resultados como produto de fatores</p><p>externos, como sorte, clima, governo, empresa,</p><p>outras pessoas etc.</p><p>Acredita que o seu resultado é medido pelos</p><p>seus esforços e sua competência</p><p>Acredita que o seu resultado depende</p><p>dos fatores externos</p><p>É autoconfiante e motivado Demonstra dependência emocional</p><p>Aceita críticas e procura mudar</p><p>comportamentos facilmente</p><p>É afetado negativamente por críticas e elogios</p><p>Procura melhorar sua performance como</p><p>condição para atingir o sucesso</p><p>Apresenta-se acomodado na busca de novos</p><p>conhecimentos</p><p>Sente-se satisfeito consigo mesmo Sente-se fraco e irritado</p><p>Apresenta-se otimista e confiante</p><p>Apresenta-se pessimista e impotente</p><p>diante da vida</p><p>O lócus de controle é uma decisão. Quando assumimos a decisão de ter o controle da nossa</p><p>vida, aumentamos nossa capacidade de realizar!</p><p>Motivação é uma força interior que nos impulsiona</p><p>a ação. É o que nos inspira a agir, a transformar o</p><p>sonho em realidade. Quando estamos motivados</p><p>temos uma razão convincente para agir em direção</p><p>aos nossos objetivos.</p><p>Se você conseguir identificar o que lhe motiva,</p><p>poderá administrar seus comportamentos para</p><p>atingir melhores resultados. Mas como?</p><p>Existem duas forças que nos impulsionam a</p><p>agir: a DOR e o PRAZER. Na verdade, elas atuam</p><p>através das associações que fazemos. Por exemplo,</p><p>imagine que você precisa perder peso.</p><p>AUTOMOTIVAÇÃO.</p><p>É POSSÍVEL?</p><p>Por que você faz o que faz?</p><p>Já pensou sobre isto?</p><p>Você começa a associar essa necessidade com</p><p>envelhecimento, falta de saúde, indisposição. São</p><p>associações de dor! Mas também você começa a</p><p>imaginar como será se você perder peso. E você</p><p>associa essa ideia com vida saudável, beleza,</p><p>autoestima. São associações de prazer. Os dois</p><p>tipos de associação nos provocam um motivo para</p><p>a ação; porque nossa motivação está em fugir da</p><p>DOR para encontrar PRAZER.</p><p>Acontece que nós também nos autossabotamos</p><p>pela dor e prazer. Autossabotagem é quando criamos</p><p>impedimentos e empecilhos – de forma consciente ou</p><p>inconsciente – que nos atrapalham na hora de realizar</p><p>uma atividade ou conquistar um objetivo. Quantas</p><p>vezes você sabia que tinha que fazer algo importante,</p><p>mas acabou procrastinando e não fazendo?</p><p>Se a nossa motivação está em associar a dor</p><p>com o presente e o prazer com o futuro; a</p><p>autossabotagem é exatamente o contrário.</p><p>Associamos prazer no presente e dor no passado.</p><p>Utilizando o mesmo exemplo acima, uma pessoa</p><p>pode dar desculpas para não fazer uma dieta,</p><p>como: “Se eu fizer essa dieta, vou ter que deixar</p><p>meu refrigerante, que adoro!”, “Vou ter que</p><p>comer alimentos que não gosto!”; essas são</p><p>associações de dor, que nos levam a fugir do</p><p>objetivo. Também existem as associações com</p><p>prazer: “Tem coisa melhor que assistir a um filme</p><p>comendo pipoca com refrigerante?”, “Adoro um</p><p>doce depois do almoço!”.</p><p>O resultado da autossabotagem é sempre</p><p>negativo. É o que nos impede de alcançar</p><p>nossas metas e objetivos, mas, a partir desta</p><p>informação, é possível utilizar essas duas forças</p><p>para promover a automotivação e ser uma</p><p>pessoa realizadora.</p><p>Os dois primeiros itens dizem respeito as suas forças</p><p>motivadoras. O que você ganha se refere a motivação</p><p>pelo prazer; o que você perde tem relação com a dor.</p><p>Os itens 3 e 4 são as forças sabotadoras, pelo prazer e</p><p>pela dor.</p><p>Após realizar o exercício, veja se as forças sabotadoras</p><p>fazem sentido e se você pode encontrar um jeito de</p><p>minimizá-las e utilize as forças motivadoras para</p><p>alcançar o seu objetivo!</p><p>1. Faça uma lista de tudo que você ganhará se</p><p>alcançar este objetivo;</p><p>2. Faça uma lista de tudo que você acredita que</p><p>perderá, se você não alcançar este objetivo;</p><p>3. Liste tudo que você ganhará, se não alcançar este</p><p>objetivo;</p><p>4. Liste tudo que você acredita que perderá, se</p><p>alcançar este objetivo.</p><p>Vamos fazer um exercício?</p><p>Pense em um objetivo que</p><p>você quer alcançar...</p><p>As pessoas com altos níveis de</p><p>esperança têm certos traços</p><p>comuns, entre eles o poder de</p><p>se auto motivar, e sentir-se com</p><p>recursos suficientes para encontrar</p><p>meios de atingir os seus objetivos...</p><p>Daniel Goleman</p><p>De forma bem simples, empatia significa a</p><p>capacidade de se colocar no lugar do outro.</p><p>O que não é tarefa fácil, já que depende de</p><p>como administramos nossos instintos mais</p><p>básicos, como impor nossas verdades, julgar,</p><p>criticar e reagir.</p><p>Quando estamos repletos de nossas próprias</p><p>reações ou dores, é quase impossível ver,</p><p>perceber ou sentir como é a experiência</p><p>de outra pessoa. Isso acontece porque as</p><p>emoções presentes desencadearão uma</p><p>chuva de nossos próprios sentimentos não</p><p>resolvidos. Portanto, ao tentar compreender</p><p>o outro, devemos ter consciência das nossas</p><p>próprias emoções.</p><p>VOCÊ CONHECE O</p><p>PODER DA EMPATIA?</p><p>O autoconhecimento é o primeiro passo para</p><p>praticar a habilidade da empatia. Quando</p><p>conhecemos os processos mentais que definem</p><p>os nossos comportamentos, passamos a nos</p><p>compreender e entender que os mesmos processos</p><p>acontecem com as pessoas com as quais nos</p><p>relacionamos.</p><p>A empatia se destaca como uma competência</p><p>fundamental para o convívio social, sendo uma</p><p>das funções mais importantes da inteligência. De</p><p>acordo com Augusto Cury, a capacidade de empatia</p><p>demonstra o nível de maturidade emocional de</p><p>uma pessoa.</p><p>Para desenvolver um comportamento empático</p><p>em situações de discordância e conflito, algumas</p><p>práticas podem ser adotadas no diálogo, como:</p><p>- Saber escutar e não apenas ouvir. Quando</p><p>escutamos estamos voltados para o outro, numa</p><p>postura de real interesse pelo que o outro tem a</p><p>dizer;</p><p>- Manter um diálogo empático, com frases como</p><p>“entendo o seu ponto de vista” ou “compreendo o</p><p>que você quer dizer”;</p><p>- Procurar olhar a situação pelas lentes do outro,</p><p>apresentando uma abertura verdadeira para</p><p>críticas construtivas;</p><p>- Preocupar-se com a comunicação não verbal.</p><p>Fazer contato visual comunica o seu interesse pelo</p><p>outro;</p><p>- Escutar além das palavras é saber interpretar a</p><p>linguagem não-verbal do outro.</p><p>“Perceber o que as pessoas</p><p>sentem sem que elas o digam</p><p>constitui a essência da empatia”.</p><p>Daniel Goleman</p><p>Para o nosso processo de desenvolvimento pessoal</p><p>focamos excessivamente em nossos processos</p><p>internos. No entanto, grande parte do que</p><p>precisamos aprender está, na verdade, no outro.</p><p>O que enxergamos no outro revela informações</p><p>importantes sobre nós mesmos. Funciona como</p><p>um espelho!</p><p>A lei do espelho afirma que nosso inconsciente,</p><p>ajudado pela projeção psicológica que fazemos,</p><p>nos leva a pensar que aquilo que criticamos ou</p><p>julgamos no outro não faz parte de nós. Essa</p><p>projeção é um mecanismo de defesa. Conferimos</p><p>ao outro os sentimentos, pensamentos, crenças e</p><p>ações que rejeitamos em nós mesmos.</p><p>Este processo acontece, principalmente, quando</p><p>experimentamos algum tipo de conflito emocional</p><p>ou nos sentimos ameaçados.</p><p>No entanto, este processo nem sempre envolve</p><p>projeções negativas. Acontece também com</p><p>experiências positivas, por meio de projeções de</p><p>características boas que existem apenas em nós.</p><p>Um exemplo de projeção positiva é quando nos</p><p>apaixonamos e atribuímos à pessoa amada nossas</p><p>melhores características.</p><p>A lei do espelho conta com quatro conceitos</p><p>que, se bem trabalhados, nos libertam de muitas</p><p>amarras. Vamos conhecer?</p><p>LEI DO ESPELHO:</p><p>O QUE EU VEJO NO</p><p>OUTRO QUE É MEU?</p><p>O primeiro conceito diz que tudo o que você ama</p><p>no outro está também dentro de você. Isso quer</p><p>dizer que as qualidades que você tanto admira no</p><p>outro estão em você em alguma proporção. Se</p><p>você olha para o seu próximo e vê gentileza nele,</p><p>há gentileza em você!</p><p>O segundo conceito diz que tudo o que lhe</p><p>incomoda, irrita ou que deseja mudar no outro está</p><p>dentro de você. O que nos incomoda nos outros</p><p>é o que negamos em nós mesmos, ou seja, tudo</p><p>começa e tudo termina em nós mesmos. É como</p><p>se a nossa realidade fosse um espelho que nos</p><p>devolvesse a imagem que estamos gerando.</p><p>O terceiro e quarto conceito diz respeito a tudo o</p><p>que o outro critica, julga ou quer mudar em você.</p><p>Se a crítica ou julgamento não te afetam, se você</p><p>simplesmente não se sente afetado por aquilo que</p><p>estão dizendo sobre você; isto pertence a quem diz.</p><p>No entanto, se a crítica ou julgamento lhe afeta,</p><p>se o que foi dito gerou sentimentos negativos em</p><p>você, significa que é algo que deve ser trabalhado</p><p>no outro, mas está reprimido em você. É algo que</p><p>também lhe pertence!</p><p>É fundamental entender que tudo que chega</p><p>até nós através dos nossos sentidos já é</p><p>aceito como “certo”, sem reconhecermos que</p><p>sofremos influência da nossa subjetividade.</p><p>Portanto, ter consciência daquilo que</p><p>projetamos nos outros nos permite descobrir</p><p>como somos</p><p>de verdade. Quando adquirimos</p><p>o domínio desse mecanismo, fica mais fácil</p><p>recuperar o controle emocional sobre o que</p><p>está acontecendo em nosso interior.</p><p>Olhamos os outros e os definimos pelo emprego que</p><p>possuem ou pelos resultados que alcançam.</p><p>E equivocadamente acreditamos que estas ações</p><p>também nos definem.</p><p>É claro que a nossa situação familiar, financeira,</p><p>emocional e profissional fala de nós. Mas a questão é,</p><p>no fundo, no fundo, quem sou eu? Quem sou eu quando</p><p>estou desnudo dos meus títulos e das minhas posses?</p><p>Ter o entendimento de quem somos, do nosso potencial</p><p>e das nossas limitações; nos dá o poder de assumir</p><p>verdadeiramente as rédeas da nossa vida.</p><p>Este é o poder da inteligência emocional!</p><p>O QUE LHE DEFINE?</p><p>E-BOOK INTELIGENCIA EMOCIONAL</p><p>Consultora: Analice Ramos Braga</p><p>E-mail: analicerms@gmail.com</p><p>Contato: 85 99902-4812</p><p>Empresa: Trainer Consultoria e Gestão Empresarial</p><p>MINI CURRICULUM</p><p>Pós-graduada em Psicopedagogia Organizacional e Psicologia do Trabalho; certificação em Personal</p><p>& Professional Coaching, pela SBC- Sociedade Brasileira de Coaching. Consultora em desenvolvimento</p><p>humano e organizacional, palestrante e instrutora. Áreas de atuação: Atendimento a cliente, liderança</p><p>e gestão de pessoas.</p>