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Profa. Dra. Maristela Tsujita UNIDADE II Bioquímica Metabólica Estudar: Os ácidos nucleicos. Síntese de nucleotídeos e bases nitrogenadas. Objetivos Ácidos nucleicos 1869 Friedrich Miescher Isolou um ácido do núcleo das células (nucleína) 1889 Richard Altmann (ácido nucleico) 1910 Phoebus Aaron Levene descobriu a ribose no ácido nucleico 1903 Levene descobriu a desoxirribose no ácido nucleico 1880 Albrect Kossel Compostos nitrogenados Purinas e pirimidinas. 1950 Erwin Chargaff Analisou o DNA de diversas espécies O total de A era igual a T. E o total de C era igual a G. 1953 James Watson e Francis Crick Estrutura tridimensional do DNA Watson e Crick e a estrutura do DNA. Fonte: https://conteudoonline.objetivo.br/Ima gens/2020/03/09/95775622-97ba- 44e6-ac2d-a6104b2d17c0.png Formados por unidades básicas denominadas nucleotídeos. Qual é a estrutura dos ácidos nucleicos? Representação de um nucleotídeo. Fonte: IMAGENS/CONTEUDO_9643/131_0.GIF. Fonte: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9643/131_0.gif. Acesso em: 29 jul. 2020. Nucleotídeo Fosfato Base nitrogenada Pentose Nucleosídeo Bases nitrogenadas purinas (2 anéis). Bases nitrogenadas pirimidinas (1 anel). Quais são as diferenças entre DNA e RNA? Estrutura química das bases nitrogenadas púricas e pirimídicas encontradas no DNA e RNA. Fonte: CONTEUDO_9643/IMAGEM133.JPG. Fonte: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9643/imagem133.jpg. CONTEUDO_9643/IMAGEM139.JPG. Fonte: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9643/imagem139.jpg. Acesso em: 11 ago. 2020. Adaptadas. Purinas Pirimidinas Timina Adenina Uracila Citosina Guanina Os nucleotídeos e os nucleosídeos (base + pentose) têm denominações relativas à base nitrogenada que apresentam. Funções do nucleotídeo: ácido nucleico, ATP, GTP, UTP, NADH, NADPH, FADH2 e o AMP cíclico (AMPc). Fonte: Silva. E. F. Livro de Bioquímica Metabólica do curso de Farmácia EAD. Base nitrogenada Nucleosídeo Nucleotídeo Adenina Adenosina AMP Guanina Guanosina GMP Timina Timidina TMP (ou dTMP – somente no DNA) Citosina Citidina CMP Uracila Uridina UMP (somente no RNA) A ribose está presente no RNA e a desoxirribose está presente no DNA. As pentoses dos ácidos nucleicos (A) esquema de um nucleotídeo do RNA; (B) esquema de um nucleotídeo do DNA . Fonte: A) CONTEUDO_6859/149.GIF. Fonte: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens /conteudo_6859/149.gif. Acesso em: 29 jul. 2020. Adaptada. B) CONTEUDO_6859/148.GIF. Fonte: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/ conteudo_6859/148.gif. Acesso em: 29 jul. 2020. Adaptada. ribose desoxirribose A pentose se liga ao grupo fosfato por uma ligação fosfoéster com a hidroxila ligada ao carbono-5 da pentose. A ligação entre a base nitrogenada e a pentose é feita covalentemente através de uma ligação N-glicosídica com a hidroxila ligada ao carbono- 1 da pentose. Ligações presentes nos nucleotídeos Estrutura do nucleotídeo. Fonte: https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Adenosine- monophosphate Bases nitrogenadas pirimídicas: (no DNA teremos timina e no RNA uracila); na quantidade de fitas (o RNA é fita única e o DNA fita dupla) e no carboidrato (no DNA teremos a pentose desoxirribose e no RNA ribose). Número de fitas: DNA (única) e no RNA (dupla). Bases pirimídicas: DNA (timina) e no RNA (uracila). Carboidrato: DNA (desoxirribose) e no RNA (ribose). Quais são as diferenças entre DNA e RNA? A ligação entre dois nucleotídeos ocorre entre o grupo fosfato de um nucleotídeo e a pentose do outro nucleotídeo. União entre os nucleotídeos Ligação entre dois nucleotídeos. Fonte: autoria própria. É o extremo da fita que está sem ligar com outro nucleotídeo. Na figura, uma das fitas tem a desoxirribose (D), há um grupo fosfato (P) na posição 5’ da ribose. E na outra fita temos a pentose, sem nada ligado abaixo dela, somente terá a hidroxila (OH) no seu carbono 3, sendo assim, chamada 3’. O que é 3’ ou 5’? Modelo molecular de um segmento de DNA com quatro pares de nucleotídeos. Fonte: https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/conteudo_9643/imagem134.jpg 3’ 5’ 5’ 3’ Os nucleotídeos podem ser produzidos de duas formas: Via “de novo” e via de recuperação. A via “de novo”: utiliza precursores metabólicos: aminoácidos, ribose-5-fosfato, CO2 e NH3. A via de recuperação: recicla as bases nitrogenadas e os nucleotídeos livres gerados pela degradação dos ácidos nucleicos. O estoque intracelular de nucleotídeos é pequeno (cerca de 1%), portanto, as células precisam sintetizar nucleotídeos durante a divisão celular. Síntese dos nucleotídeos Todos os intermediários contêm ribose 5-fosfato. Ocorre com a junção de átomos dos aminoácidos aspartato, glicina e glutamina, HCO3; do N10-formil tetra- hidrofolato (ácido fólico). Aminoácidos doadores de C (serina, glicina, Triprofano e histidina). Síntese das purinas “de novo” Precursores das purinas. Tetrahidrofolato (TH4). Fonte: Autoria própria. GLUTAMINA GLICINA ASPARTATO Os precursores da síntese das pirimidinas são: aspartato, glutamina, HCO3-. . Síntese das pirimidinas “de novo” Precursores das pirimidinas. Fonte: Autoria própria. GLUTAMINA ASPARTATO Bases nitrogenadas purinas e pirimidinas são constantemente produzidas durante a degradação metabólica dos nucleotídeos. No entanto, as purinas livres são, em grande parte, recuperadas e empregadas novamente na síntese de nucleotídeos. Ocorrem a partir das bases guanina, hipoxantina e adenina ou a partir dos nucleosídeos. Síntese de nucleotídeos pela “via de recuperação” “Via de recuperação” de nucleotídeos.” 5-fosforribosil 1- pirofosfato (PRPP). Fonte: Autoria própria. As células das criptas das vilosidades intestinais, os linfócitos e as células precursoras da medula óssea têm atividades de síntese de nucleotídeos púricos e pirimídicos muito elevadas. Glutamina e glicose são essenciais. A glutamina é substrato de várias enzimas. A glicose participa da formação de ribose 5-fosfato na via das pentoses. Exige a conversão de H2-folato em H4-folato. Aspectos importantes da síntese de nucleotídeos Metotrexato - Sobre a estrutura e vias de síntese dos nucleotídeos, assinale a alternativa correta: a) Os nucleotídeos podem ser sintetizados apenas a partir da reciclagem de bases nitrogenadas. b) Na via de recuperação, os nucleotídeos são sintetizados a partir de seus precursores metabólicos: aminoácidos e ribose-5-fosfato. c) Os nucleotídeos são as unidades básicas dos ácidos nucleicos, constituídos por uma ribose e um grupo fosfato. d) A via de recuperação recicla as bases nitrogenadas e os nucleotídeos livres gerados pela degradação dos ácidos nucleicos. e) Os nucleotídeos são sintetizados apenas para a formação de ácidos nucleicos. Interatividade Sobre a estrutura e vias de síntese dos nucleotídeos, assinale a alternativa correta: a) Os nucleotídeos podem ser sintetizados apenas a partir da reciclagem de bases nitrogenadas. b) Na via de recuperação, os nucleotídeos são sintetizados a partir de seus precursores metabólicos: aminoácidos e ribose-5-fosfato. c) Os nucleotídeos são as unidades básicas dos ácidos nucleicos, constituídos por uma ribose e um grupo fosfato. d) A via de recuperação recicla as bases nitrogenadas e os nucleotídeos livres gerados pela degradação dos ácidos nucleicos. e) Os nucleotídeos são sintetizados apenas para a formação de ácidos nucleicos. Resposta Estudar a síntese do DNA e a síntese proteica. Objetivos O dogma central da Biologia Molecular foi postulado por Francis Crick em 1958. Ele explica como ocorre o fluxo de informações do código genético. Dogma ampliado da Biologia Molecular Esquema de replicação, transcriçãoe tradução. Fonte: Autoria própria. A síntese de DNA ocorre na fase S do ciclo celular, que é dividido em fases G1, S, G2, M. Síntese de DNA – Esquema do ciclo celular. Fonte: CELL_CYCLE-ES.JPG. Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/45/Cell_Cycle- es.jpg. Acesso em: 29 jul. 2020. Replicação do DNA Esquema da replicação. Fonte: CONTEUDO_9643/138_0.GIF. Fonte: http://www.objetivo.br/conteudoonline/ima gens/conteudo_9643/138_0.gif. Acesso em: 29 jul. 2020. Adaptada. A replicação do DNA é semiconservativa, isto é, cada fita na dupla hélice atua como modelo para a síntese de uma nova fita complementar. A fita sintetizada terá uma fita original ligada a uma fita nova. Várias enzimas participam deste processo. Fita líder é formada a partir da fita molde (3'-5‘) e a nascente é (5'-3’). A outra fita chamada fita tardia tem necessidade de usar mais de uma enzima, porque a DNA polimerase precisa de extremo 3' para se fixar e começar a síntese, adicionando nucleotídeos à extremidade 3' de uma fita existente de DNA, e esta tem extremo 5'. A replicação do DNA requer outras enzimas além da DNA polimerase. Etapas da replicação do DNA Esquema da replicação do DNA. Fonte: Autoria própria. Direção geral da replicação DNA polimerase DNA ligase RNA primase DNA helicase DNA polimerase Proteínas específicas de filamento único Topoisomerase Fita descontínua com fragmentos de Okazaki (retardatário) Fita líder (contínua e rápida) A DNA helicase abre o DNA formando uma forquilha de cada lado, chamado “bolha de replicação”. A topoisomerase diminui a torção provocada pela ação da helicase, que a torna muito enrolada à medida que o DNA é aberto. Ela age fazendo cortes temporários na hélice para liberar tensão, depois fecha os cortes para evitar danos permanentes. Etapas da replicação do DNA Direção geral da replicação DNA polimerase DNA ligase RNA primase DNA helicase DNA polimerase Proteínas específicas de filamento único Topoisomerase Fita descontínua com fragmentos de Okazaki (retardatário) Fita líder (contínua e rápida) Esquema da replicação do DNA. Fonte: Autoria própria. A DNA polimerase necessita do extremo 3', que não tem na fita atrasada. Esse problema é resolvido com a primase, que faz um pequeno primer de RNA, para a DNA polimerase trabalhar. Isso ocorre em vários pontos da fita aberta. A DNA polimerase se liga no extremo 3' do primer de RNA e inicia a síntese de DNA complementar à fita de origem adicionando nucleotídeos. Etapas da replicação do DNA Direção geral da replicação DNA polimerase DNA ligase RNA primase DNA helicase DNA polimerase Proteínas específicas de filamento único Topoisomerase Fita descontínua com fragmentos de Okazaki (retardatário) Fita líder (contínua e rápida) Esquema da replicação do DNA. Fonte: Autoria própria. Os pequenos fragmentos de DNA são chamados fragmentos de Okazaki em homenagem ao cientista japonês que os descobriu no ano de 1968. Os primers de RNA são removidos e substituídos por DNA através da atividade da DNA polimerase, e as lacunas entre os fragmentos serão fechados com a ajuda da DNA ligase, que coloca nucleotídeos fechando a fita. Etapas da replicação do DNA Direção geral da replicação DNA polimerase DNA ligase RNA primase DNA helicase DNA polimerase Proteínas específicas de filamento único Topoisomerase Fita descontínua com fragmentos de Okazaki (retardatário) Fita líder (contínua e rápida) Primase Esquema da replicação do DNA. Fonte: Autoria própria. É o processo de produção de proteínas determinado pelo DNA. Ocorre em duas fases: transcrição e tradução. Localização: citoplasma das células e envolve o RNA, ribossomos, enzimas específicas e aminoácidos. A molécula de DNA abre-se no ponto onde o gene a ser transcrito se encontra. A sequência é denominada promotora. Local onde a RNA polimerase se liga e promove a abertura e a exposição das sequências de nucleotídeos, que são transcritos. Somente uma fita de DNA será usada para a síntese de RNA. Síntese proteica O DNA é lido do sentido 3' para o 5' e o RNA é lido pelos ribossomos no sentido 5' para o 3'. A RNA polimerase liga os ribonucleotídeos complementares aos que estão na fita de DNA e os liga entre si. Os nucleotídeos encontrados no DNA (desoxirribonucleotídeos) são diferentes dos encontrados no RNA (ribonucleotídeos) pelo açúcar (RNA tem ribose e DNA tem desoxirribose), e a base nitrogenada que pareia com a adenina no RNA é uracila (U) e no DNA timina (T). Síntese proteica A RNA polimerase lê o DNA no sentido 3’ para o 5’. Leitura do DNA. Fonte: https://makeagif.com/gif/transcription-and- translation-from-dna-to-protein-DtmpOP Exemplo: a sequência na fita de DNA: AATGCGCGAT. A fita de RNA mensageiro será: UUACGCGCAA. Veja como é realizada a complementariedade: DNA > RNA Adenina (A) > Uracila (U) Timina (T) > Adenina (A) Guanina (G) > Citosina (C) Citosina (C) > Guanina (G) Síntese proteica – transcrição Conforme vai surgindo a fita de RNA (cópia complementar do DNA), a região que já foi transcrita fecha-se imediatamente. A transcrição finaliza-se quando há uma sinalização de término, que pode ser a formação de uma alça no RNA ou a presença de uma proteína que se liga ao DNA e barra o processo. Síntese proteica – transcrição O RNAm é processado splicing. Os introns são removidos do RNAm primário e somente os exons são utilizados, originando o transcrito secundário. Na extremidade 5' é adicionada uma sequência chamada CAP (é um nucleotídeo guanina modificado que protege o transcrito de ser clivado). O CAP direciona o ribossomo para o início da leitura (processo chamado transcrição) e, no final do RNAm, será colocada uma cauda de 100-200 nucleotídeos adenosinas (cauda de poli-A), o que torna o transcrito mais estável e ajuda a exportá-lo do núcleo para o citoplasma. Síntese proteica – splicing RNAm primário Exons: áreas numeradas Introns: espaços em branco Representação do processo de splicing. Fonte: https://makeagif.com/gif/transcript ion-and-translation-from-dna-to- protein-DtmpOP No RNA mensageiro, as sequências de nucleotídeos, denominadas códons (3 nucleotídeos) define qual aminoácido é adicionado para a formação da proteína. A partir do DNA podem ser formados os outros tipos de RNA. O RNAt: transporta o aminoácido, parte em direção ao ribossomo e o transporta para ser usado na confecção da proteína. Apresenta o anticódon. O RNAr: é constituído de duas subunidades, é chamado ribossomo e é composto de fitas de RNA, que estão enroladas na forma de uma esfera. Síntese proteica – tradução Processo de tradução. Fonte: https://gfycat.com/gifs/ search/protein+synthesis Os códons do RNAm para os vinte aminoácidos estão relacionados na tabela abaixo. Síntese proteica – tradução Tabela do código genético. Fonte: https://conteudoonli ne.objetivo.br/imag ens/conteudo_9643 /143_0.jpg Processo de tradução. Fonte: https://gfycat.com/ gifs/search/protein+s ynthesis Os aminoácidos ligam-se entre si por meio de ligações peptídicas. Ocorre o enovelamento da proteína. Podem ocorrem modificações pós-tradução: Glicosilação. Sulfatação Metilação. Acetilação. Adição de grupos prostéticos. Síntese proteica – tradução Formação da proteína. Fonte: https://www.mrdubuque.com/home/category/all/12 Sobre o processo de síntese proteica em células eucarióticas, assinale a alternativa correta. a) UUU é o códon de iniciação da síntese proteica por ribossomos. b) O processo de transcrição tem início quando a RNA polimerase liga-se a uma sequência de RNA denominada promotor. c) Na região promotora há uma sequência de bases que contêm a primeira base do DNA a ser transcrita em RNA.d) O RNA transportador apresenta uma região denominada códon, que transporta do aminoácido. e) O RNA mensageiro apresenta uma região denominada anticódon, que é uma trinca de nucleotídeos. Interatividade Sobre o processo de síntese proteica em células eucarióticas, assinale a alternativa correta. a) UUU é o códon de iniciação da síntese proteica por ribossomos. b) O processo de transcrição tem início quando a RNA polimerase liga-se a uma sequência de RNA denominada promotor. c) Na região promotora há uma sequência de bases que contêm a primeira base do DNA a ser transcrita em RNA. d) O RNA transportador apresenta uma região denominada códon, que transporta do aminoácido. e) O RNA mensageiro apresenta uma região denominada anticódon, que é uma trinca de nucleotídeos. Resposta Estudar a degradação do DNA e RNA. Objetivos Proveniente da ingestão de alimentos ou da degradação endógena. As células vegetais e animais ingeridas têm ácidos nucleicos que sofrem digestão no intestino delgado. Degradação de ácidos nucleicos Degradação dos ácidos nucleicos no sistema digestório. Fonte: Autoria própria. A degradação dos ácidos nucleicos e nucleotídeos ocorre principalmente no fígado e inicia-se por enzimas ditas nucleases e nucleotidases. Os nucleotídeos de guanina geram: guanosina, guanina e xantina. Os nucleotídeos de adenina geram: adenosina, inosina e hipoxantina. Catabolismo intracelular O destino da degradação das purinas: AMP, IMP, GMP, XMP é a formação do ácido úrico. Catabolismo das purinas Esquema da síntese de ácido úrico. Adenosina monofosfato (AMP), Guanosina monofosfato (GMP) e Purina mononucleotídeo fosforilase (PNP). Fonte: Autoria própria. Adenosina Inosina Nucleotidase Nucleotidase Nucleotidase Nucleotidase Xantosina Guanosina AMP IMP XMP GMP Ribose 1-fosfato Ribose 1-fosfato Ribose 1-fosfato Hipoxantina Xantina Guanosina Guanína desaminase Xantina oxidase Xantina oxidase Ácido úrico Adenosina desaminase O ácido úrico (C5H4N4O3) é produzido principalmente no fígado. A origem do ácido úrico é endógena e alimentar (carnes e vísceras, como fígado), crustáceos (como camarão) e bebidas fermentadas (cerveja). No sangue, a concentração considerada normal fica entre 3,5 e 7,2 mg/dL. O aumento de ácido úrico no sangue é denominado hiperuricemia. Ácido úrico O ácido úrico é um ácido fraco, sendo que a dissociação ocorre a pH = 5,8, então, como o pH da urina é ácido (5,5 e 7,0), forma-se urato e prótons (H+) na urina. Há hiperuricemia de gota úrica ou cristalização nos rins (cálculo renal). Tratamento: alopurinol, que tem fórmula estrutural muito semelhante ao substrato da enzima xantina oxidase (inibição enzimática competitiva). Gota úrica (A) (B) Inibição competitiva Fórmula estrutural do alopurinol (A) e da hipoxantina (H) COMMONS/5/5D/2_K%C3%B6SZV%C3%A9NY. JPG. Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ commons/5/5d/2_k%C3%B6szv%C3%A9ny.JPG. Acesso em: 30 jul. 2020. Adaptada. (B) Reações catalisadas pela xantina oxidase. Fonte: Autoria própria. Xantina oxidase Xantina oxidase Guanina desaminaseHipoxantina Xantina Guanosina Ácido úrico Sobre a degradação dos ácidos nucleicos provenientes da dieta, assinale a alternativa correta. a) Ocorre no intestino delgado, onde a amilase degrada os nucleotídeos. b) O RNA e o DNA sofrem ação das nucleases, gerando os oligonucleotídeos. c) As fosfodiesterases removem a pentose do nucleotídeo. d) O grupo fosfato é mantido no nucleotídeo e é absorvido pelas células intestinais. e) As nucleosidades transformam oligonucleotídeos em mononucleotídeos. Interatividade Sobre a degradação dos ácidos nucleicos provenientes da dieta, assinale a alternativa correta. a) Ocorre no intestino delgado, onde a amilase degrada os nucleotídeos. b) O RNA e o DNA sofrem ação das nucleases, gerando os oligonucleotídeos. c) As fosfodiesterases removem a pentose do nucleotídeo. d) O grupo fosfato é mantido no nucleotídeo e é absorvido pelas células intestinais. e) As nucleosidades transformam oligonucleotídeos em mononucleotídeos. Resposta Estudar a degradação de proteínas e aminoácidos. Objetivos As proteínas (e os aminoácidos) podem vir da dieta ou serem produzidos pelo corpo. A digestão das proteínas da alimentação ocorre no estômago e termina com as enzimas do pâncreas (tripsina, quimotripsina, elastease, carboxipeptidase) e do intestino (aminopetidases, dipeptidases). Digestão de proteínas e aminoácidos Digestão de proteínas. Fonte: Autoria própria. BOCA ESTÔMAGO PÂNCREAS INTESTINO HCI Peptidases Enterócito Tripsina Quimotripsina Elastease Carboxipeptidase Sangue Dipeptidases Tripeptidases Proteólise é a reação de hidrólise das ligações peptídicas formadas entre os aminoácidos de uma proteína. As proteínas do organismo apresentam um tempo de meia vida bastante variável. Após cumprirem suas funções, estas são degradadas. Quais proteínas são degradadas? Proteínas que apresentam defeitos consequentes de erros de síntese. Proteínas que participam da sinalização e regulação celular e que devem, num dado momento, ser imediatamente degradadas para que a célula se divida, interrompa seu crescimento ou sofra apoptose. Proteólise intracelular A degradação ocorre pela via da ubiquitina- proteossoma, que é o principal mecanismo para o catabolismo de proteínas no citosol e núcleo da célula. A ubiquitina é uma proteína que tem a função de marcar as proteínas que serão destruídas. Esta degradação ordenada garante a progressão normal do ciclo celular. Via da ubiquitina-proteassoma Marcação da proteína com cadeia de poliubiquitina e direcionamento para o proteassoma. Fonte: https://i.makeagif.com/media/4-14- 2015/0tVh_4.mp4 Processamento da proteína no proteassoma. Fonte: https://i.makeagif.com/media/12-03-2017/ZnUfOX.mp4 Destino do grupo amina: ureia. Destino da cadeia carbônica: depende do aminoácido (cetogênico ou glicogênico). Degradação dos aminoácidos Destino do grupo amina e cadeia carbônica dos aminoácidos. Fonte: Autoria própria. O grupo amina dos aminoácidos é removido para a formação da ureia. Ocorre em três etapas: transaminação, desaminação e ciclo da ureia. Transaminação: catalisada pelas aminotransferases ou transaminases que são específicas para cada tipo de aminoácido, produzindo os α-cetoácidos correspondentes. No entanto, a maioria só aceita α-cetoglutarato ou (em menor extensão) oxaloacetato, como aceitador do grupo amina, produzindo glutamato ou aspartato. Destinos do grupo amina Os grupos amina da maior parte dos aminoácidos são utilizados para produzir glutamato ou aspartato, que por sua vez serão substratos da TGO (transaminase glutâmico-oxalacética) ou AST (aspartato aminotransferase) e TGP (transaminase glutâmico-pirúvica) ou ALT (alanina aminotransferase). AST (TGO) e ALT (TGP) transferem o grupo amina para o α-cetoglutarato, que é convertido em glutamato, produzindo o aminoácido correspondente ao cetoácido (aspartato ou alanina). Transaminação ALANINA + α-cetoglutarato ⇔ piruvato + glutamato ASPARTATO + α-cetoglutarato ⇔ oxaloacetato + glutamato Transaminação ALANINA + α-cetoglutarato ⇔ piruvato + glutamato ASPARTATO + α-cetoglutarato ⇔ oxaloacetato + glutamato Esquema da reação catalisada pela AST. Fonte: MANTZOURANIS, L. Bioquímica. São Paulo: Sol, 2018. p. 150. Asparatato aminotransferase Oxaloacetato Glutamato Aspartato -cetogutarato A vitamina B6, conhecida como piridoxal fosfato (PAL), se liga ao grupo amina, transformando-se em piridoxamina (PAM). Transaminação Esquema da reação de transaminação. Fonte: MANTZOURANIS, L. Bioquímica. São Paulo: Sol, 2018. p. 149. PIRUVATO OXALOACETATO ALANINA + α-cetoglutarato ⇔ piruvato + glutamato ASPARTATO + α-cetoglutarato ⇔ oxaloacetato + glutamatoALANINA ASPARTATO Aminoácido -cetoácido Piridoxal-fosfato Piridoxamina-fosfato Glutamato -cetoglutarato Qualquer aminoácido pode sofrer desaminação, porém o glutamato é o principal. A enzima responsável pela desaminação do glutamato é a glutamatodesidrogenase, uma enzima mitocondrial encontrada no fígado de mamíferos. Nos hepatócitos, o glutamato é transportado do citosol para a mitocôndria para fazer a reação. Glutamato + água + NAD+ → α-cetoglutarato + NADH + amoníaco (NH3) + H + Desaminação Esquema da reação catalisada pela enzima glutamato desidrogenase. Fonte: MANTZOURANIS, L. Bioquímica. São Paulo: Sol, 2018. p. 150. Glutamato desidrogenase Glutamato -cetogutarato A amônia formada na desaminação é transformada em ureia e é excretada pela urina. O ciclo da ureia ocorre nas mitocôndrias e no citoplasma, principalmente dos hepatócitos. Ciclo da ureia (A) Fórmula estrutural da ureia. Fonte: MANTZOURANIS, L. Bioquímica. São Paulo: Sol, 2018. p. 152. (B) Representação do ciclo da ureia. Fonte: MANTZOURANIS, L. Bioquímica. São Paulo: Sol, 2018. p. 153. (A) (B) Ciclo da ureia Matriz mitocondrial Ornitina Citrulina Arginina Argininossuccinato Fumarato Carbamoilfosfato 1. Carbamoilfasto sintetase 2. Ornitina transcarbamoilase 3. Argininosuccinato sintetase 4. Arginase Enzimas Aspartato Aminoácidos glicogênicos: a cadeia carbônica pode ser transformada em um composto intermediário do metabolismo de carboidratos (glicose ou glicogênio). Aminoácidos cetogênicos: a cadeia carbônica é transformada em acetil- CoA, usado para a síntese de ácidos graxos ou colesterol, ou ainda para a produção de corpos cetônicos. Destino da cadeia carbônica Locais onde o esqueleto carbônico dos aminoácidos pode participar. Fonte: MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 3. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2011. p. 259. É a interação do ciclo da ureia com o ciclo de Krebs. O ciclo da ureia produz fumarato, que pode ser utilizado no ciclo de Krebs. O fumarato entra na mitocôndria, onde as atividades combinadas da fumarase (fumarato hidratase) e da malato desidrogenase transformam-no em oxalacetato. O aspartato, que age como doador de nitrogênios na reação do ciclo da ureia, é formado do oxalatoacetato por transaminação com o glutamato; o α-cetoglutarato é o outro produto dessa transaminação e é um intermediário do ciclo do ácido cítrico. Bicicleta de Krebs A respeito da ureia produzida nas nossas células, assinale a alternativa correta. a) Mutações genéticas nas enzimas do ciclo da ureia acarretam aumento da excreção de ureia na urina. b) A produção de ureia não é afetada pela ingestão de proteína, somente pela taxa de síntese proteica. c) A ureia eliminada na urina é o produto de degradação do grupo amina dos aminoácidos. d) A ureia deve ser convertida em amônia para ser eliminada de nossas células. e) A amônia é o produto de eliminação dos compostos nitrogenados nos mamíferos. Interatividade A respeito da ureia produzida nas nossas células, assinale a alternativa correta. a) Mutações genéticas nas enzimas do ciclo da ureia acarretam aumento da excreção de ureia na urina. b) A produção de ureia não é afetada pela ingestão de proteína, somente pela taxa de síntese proteica. c) A ureia eliminada na urina é o produto de degradação do grupo amina dos aminoácidos. d) A ureia deve ser convertida em amônia para ser eliminada de nossas células. e) A amônia é o produto de eliminação dos compostos nitrogenados nos mamíferos. Resposta MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan, 2015. FERREIRA, C. P. et al. Bioquímica básica. São Paulo: Luana, 2018. DEMASI, M e BECHARA, E. Prêmio Nobel de Química 2004: Proteólise ATP-Dependente de proteínas marcadas com ubiquitina. Química Nova na Escola. Disponível em http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc20/v20a03.pdf. Acesso em 07/09/2020. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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