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LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO (A1)

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Mariana R. G. Barbosa 
 
LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO 
Aula 1 - 04.08.23 
Biossegurança: “Condição de segurança alcançada por 
um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar 
e reduzir ou eliminar riscos inerentes as pessoas. 
**Controle de riscos, relacionado as pessoas. 
 EX.: EPI, vacinas tétano e raiva,... 
Biossegurança: “Condição de segurança alcançada por 
um conjunto de ações destinadas a prevenir, controla e 
reduzir ou eliminar riscos inerentes para as 
pessoas[...]” ANVISA 
 
Biosseguridade em laboratório: medidas que visam 
impedir a introdução deliberada de patógenos no 
ambiente que podem comprometer a segurança das 
pessoas e dos ecossistemas. 
**Mapear riscos e evitar acidentes, relacionado ao 
ambiente. 
 EX.: Descarte correto, extintor, piso,... 
 
Lab. Clínico: Conceitos gerais: 
• Principais amostras: Sangue, urina, fezes, pele 
e demais tecidos, líquido cavitários. 
 
Os resultados sofrem influência de 3 fases distintas: 
• Pré-analítica: armazenamento e transporte 
• Analítica: Na execução (menor %) 
• Pós-analítica: Interpretação 
 
Hematologia: área que estuda patologias relacionadas 
ao sangue e demais órgãos hematopoiéticos (med. 
Óssea, gânglios e baço) 
 
ESCOLHA DOS TUBOS: 
ROXO: Tubo com EDTA (anticoagulante) 
- Hemograma completo (padrão ouro) 
- Não altera morfologia do eritrócito 
 OBS: excesso de EDTA pode causar alterações 
 - Eritrócito deformado (Morfologia alterada) 
 - Artefatos (“coisas aleatórias”) 
 - Falsa contagem de plaquetas e eritrócitos 
 
VERDE: Tubo com Heparina (Anticoagulante) 
- Hemograma 
- Altera coloração dos Leucócitos (cél. De defesa/ fica 
Azul) 
- Indicado para testes bioquímicos 
 - Gasometria: pH, P CO2, pO2 
- Hemograma em aves, répteis e peixes 
 
AZUL: Tubo com Citrato 
- Testar tempo de coagulação 
- NÃO utilizar para hemograma (muitas alterações) 
-Tempo de protrombina, fibrinogênio 
CINZA: Tubo com Fluoreto 
- Dosagem de glicose (Padrão ouro) 
- Fluoreto impede que as céls. Sangue usem a glicose 
- Usado também para dosar lactato (Grandes animais) 
 
VERMELHO: Tubo de separação de soro 
- Sem anticoagulante 
Possui ativador de coágulo 
- Utilizado para determinação em soro nas áreas de 
bioquímica e sorologia 
 
**VARIAÇÕES tubo vermelho: 
- Sem substância 
- ativador de coágulos: acelera coagulação 
- Gel separador: Dificulta a mistura das células 
 
 Soro Leucócitos Eritrócitos 
 
 
 
 
 
 
 
LOCAIS DE COLETA: 
Pequenos: Veia cefálica (“Braço”) 
 Jugular 
 Femoral 
Grandes: Jugular e veia coccígea 
Suínos: Veias da orelha e base do externo (jugular) 
 
Suspeita de hemoparasitas? Coletar da ponta da 
orelha, em capilares menores. 
 
PASSO A PASSO PARA A COLETA DE SANGUE: 
1. Tricotomia 
2. Antissepsia 
3. Garrote 
4. Introduzir a agulha ➔ bisel para cima (ângulo 45°) 
5. Coletar 
6. Soltar o garrote 
7. Retirar a agulha 
 
Variáveis pré-analíticas: 
- Coleta inadequada 
- Tempo de armazenamento prolongado 
- Stress do animal 
- Volume inadequado da amostra 
- Alimentação do animal antes da colheita 
(Lipemia=taxa de gordura). Animais adultos jejum de 
8-12h 
 
- O acondicionamento ideal se dá em refrigeração 
entre 2 e 8 ºC. 
 
 
 
Mariana R. G. Barbosa 
 
Manipulação das amostras de sangue: 
- Para exames bioquímicos: 
 
- Após a separação: 
*Análise em até 48h>resfriar (glicose) 
*após 48h congelar> homogeneizar alíquota antes da 
análise 
* Até 24h> resfriado (enzimas) 
 
 
AULA 2 - 11.08.23 
1) Conceitue e diferencie biossegurança e 
biosseguridade. Biossegurança está 
relacionado ao controle de riscos, em relação 
a pessoa (EPI, vacina tétano e raiva); E 
biosseguridade está relacionado a mapear os 
iscos, relação com o ambiente (descarte 
adequado, extintor, piso) 
 
2) Diferencie e cite exemplos de erros pré-
analítico, analíticos e pós analíticos. Pré-
analíticos: anéis, antissepsia, erro no 
garrote,... 
 
3) Explique o papel do médico veterinário na 
manutenção de biossegurança e 
biosseguridade. Indicação durante o processo 
de construção de um laboratório clínico 
veterinário p.ex. 
 
4) Classifique os riscos e níveis de biossegurança. 
Físico: perfuração por descarte incorreto; 
químico: reação aos tubos, álcool; Biológico: 
contaminação (sangue), descarte incorreto 
 
5) Explique como os erros pré-analíticos podem 
ser evitados. POP – procedimento pré-
operacional padrão. Todo o passo a passo do 
procedimento. 
 
6) Escolha um animal doméstico e descreva o 
processo completo de uma coleta sanguínea, 
citando os principais locais de acesso venoso. 
- Materiais 
- EPI 
- Contenção 
- Tricotomia 
- Antissepsia 
- Garrote (não mais que 2/3 min) 
- Introduzir agulha 
- Coletar 
- Soltar garrote 
- Tirar agulha 
- Comprimir região 
 
OBS: se for a vácuo: primeiro tira o tubo e 
depois a agulha. 
 
 
AULA 3 - 18.08.23 
 
AULA PRÁTICA: PROTEÍNAS TOTAIS 
 
1. Identificar os 3 tubos em Branco, Teste e Padrão 
2. Pipetar nas amostras: 
 
 
3. homogeneizar e colocar em banho maria por 10 
min 
4. Espectrofotômetro 
*calibrar a 545mm 
 *Cubeta com o BRANCO, fecha a tampa e 
 *Zerar a máquina (botão UABS/100%) 
 *Cubeta com PADRÃO (anotar valor 
 *Cubeta TESTE (anotar valor) 
 
Macete ordem das cubetas: Brasil Para Tod@s! 
 
5. Cálculo: 
 
 
6. Resultado: 159/156 x 4 = 4,07 
 
 
Teórica: Bioquímica clínica: Perfil Hepático 
 
-Produção de bile, ácinos biliares, fatores de -
coagulação e proteínas. 
-Metabolismo de substâncias endógenas e exógenas 
-Neutralização de toxinas 
 
↓PPT = Hipoproteinemia 
Hepatopatia 
Albumina 
 
↑PPT = Hiperproteinemia 
Desidratação ou 
Inflamação → globulinas ↑ →Albumina 
 
 
 
 
Mariana R. G. Barbosa 
 
CASO CLÍNICO 1: 
Felino, fêmea, apresentando emagrecimento 
progressivo, apatia, anorexia há cinco dias, vômito 
claro com aspecto de espuma e mucosas levemente 
ictéricas notadas há aproximadamente três dias antes 
da consulta. A tutora relatou que a antiga responsável 
pela gata havia falecido, havendo uma mudança de 
ambiente para um local onde havia outros gatos, 
porém estes outros animais não apresentaram 
nenhuma alteração. 
 
Bioquímica sanguínea 
Albumina (21-33 g/dL) - 32g/dL 
ALT (<83U/L) - 160U/L 
Creatinina (0,8-1,8 mg/dl) - 0,7mg/dl 
Fosfatase Alcalina (<93 U/L) - 1034 U/L 
Proteína plasmática Total (60 a 80 g/L) - 76 g/L 
 
Resumo: 
FA: significativamente maior que os valores de 
referência, reforçando a suspeita de doença hepática. 
Comumente é notado quando há colestase. 
 
As doenças hepáticas que ocasionam tumefação 
significativa de hepatócitos (p. ex., lipidose hepática ou 
inflamação do parênquima hepático) podem ocasionar 
obstrução de pequenos canalículos biliares e induzir 
maior produção e liberação de FA. 
 
Albumina: Analisa função hepática 
ALT: Analisa lesão hepática 
Creatinina: mais associada ao Rim 
 
CASO CLÍNICO 2 
 
Touro emagrecimento há cerca de um mês, está se 
alimentando bem e foi vacinado para aftosa e 
clostridioses; também recebeu uma dose de vermífugo 
da marca Dectomax (Doramectin); apresentava 
carrapatos; convive com outros animais, 32 vacas, mas 
esses animais não apresentam perda de peso; foi 
relatado que um touro da mesma raça morreu de 
intoxicação e na propriedade existe a planta “maria-
mole” (Senecio spp.). 
 
Bioquímica sanguínea 
Ureia 48mg/dl (23-58) 
AST: 172 U/L (0-132) 
CK: 125 U/L (0-94) 
Proteínas totais: 87,3 g/L (66-75) 
Albumina: 29,6 g/L (27-38) 
Globulinas: 57,6 g/L (30-52) 
 
RESOLUÇÃO: 
AST indica: lesão + def. vitamina E 
CK indica: principal atividade no músculo, def. 
vitamina e 
PT indica: desidratação e inflamação 
Globulinas indica: processo inflamatório e estresse 
 
Vacina aumenta CK 
 
Meu pré-diagnóstico: Processo inflamatório devido a 
lesão muscular por conta de processo errôneo ou 
contaminado da vacinação. 
 
Indícios comprobatórios: AST, CK, Proteínas totais e 
globulinas. 
 
 
Dúvida: Se fosse intoxicação por Maria-mole, a ALT 
não deveria estar aumentada também? 
 
Resposta: Sim, e não!!! Depende da lesãoe 
principalmente do período/tempo da intoxicação e 
quantidade. Recente ou crônico? 
 
 
 
AULA 4 - 25.08.23 
 
Discussão de casos clínicos!! 
 
 
 
AULA 5 - 01.09.23 
Aula Prática: Urinálise 
 
Exame qualitativo de Urina (EQU) 
GUIA NO BLACKBOARD 
 
1) Fazer análise FÍSICA 
 - Aspecto: 
 - Coloração: 
 - Odor: 
 
2) Fazer análise QUÍMICA 
 - Utilização da tira de Urinálise 
 - Após mergulhar a fita, secar APENAS a parte 
de baixo, e laterais. 
 - Comparar parâmetros obtidos na fita com os 
de referência na caixa 
 
**não deixar passar +5min para avaliação da fita, pode 
alterar resultados// o primeiro quadradinho deve estar 
branco, se alterar a cor algo está errado na amostra. 
 
3) Levar a centrífuga por 5 minutos (calibrada a 
2000 RPM) 
 
 
 
Mariana R. G. Barbosa 
 
*OBS: a centrífuga deve estar equilibrada, 2 tubos, 4 
tubos, ... um na frente do outro, se colocar ao lado, não 
vai dar certo a centrifugação) 
 
4) Descartar o excesso que foi centrifugado, deixar 
apenas o finalzinho do líquido. 
 
5) colocar uma gota da urina sobre a lâmina, e em 
seguida colocar a lamínula em cima da gota. 
 
6) Análise no microscópio. 
 
 
MEUS RESULTADOS ABTIDOS 
 
AMOSTRA: Gato Giovana 
 
ANÁLISE FÍSICA 
- Aspecto: Ligeiramente turvo 
 - Coloração: levemente amarelada 
 - Odor: Característico 
 
ANÁLISE QUÍMICA (Parâmetros da fita): 
 - Urobilinogênio: Negativo 
 - Glicose: Negativo 
 - Corpos cetônicos: 
 - Bilirrubina: Negativo 
 - Proteína: +30 
 - Nitrito: Negativo 
 - Ph: 7 
 - Sangue: Negativo 
 - Densidade: 1.020 
 - Leucócitos: + + + 
 
O QUE CADA ALTERAÇÃO PODE INDICAR 
 
Urobilinogênio: ---- 
 
Corpos cetônicos: diabetes 
 
Bilirrubina: hepatopatia, hemólise 
 
Proteína: Lesão glomerular, inflamação 
 
Nitrito: bacteriúria 
 
Ph: cistite (em cães/gatos a referência é 7) 
 
Sangue: Inflamação/infecção, hemorragia 
 
Densidade: 
 
Leucócitos: Inflamação 
 
Glicose: Lesão no TCP, estresse, diabetes 
 
EXEMPLOS DE CASOS NA AULA 
 
ANÁLISE 
FÍSICA 
1 2 3 
COR Amarelo 
escuro 
Urina 
Avermelhada 
Amarelo 
claro 
ODOR [ ] “ferrugem” Sui Generis 
ASPECTO Turvo Turvo Límpido 
 
 
Análise 
química: 
1 2 3 
Urobilinogênio AUSENETE AUSENTE AUSENTE 
Glicose +/- NEGATIVO NEGATIVO 
Corpos 
cetônicos 
AUSENTE AUSENTE AUSENTE 
Bilirrubina ++ + AUSENTE 
Proteína +++ +++ AUSENTE 
Nitrito PRESENTE AUSENTE PRESENTE 
Ph 6 6,5 7 OU 9 
Sangue +++ +++ NEGATIVO 
Densidade 1015 1020 1020 
Leucócitos +/- +++ +++ 
 
 
CASO 1: 
- LESÃO RENAL CAUSADA POR BACTÉRIAS 
*indicativos: ppt + glicose + nitrito 
 
Bactérias justificam inflamação 
PPT + GLICOSE = Renal 
 
 
CASO 2: (é um felino) 
 - DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR 
FELINO (DTUIF) 
 *Indicativos: Leucócitos (inflamação) + ppt 
(lesão glomerular e inflamação) + Bilirrubina 
(hepatopatia e hemólise) + sangue (inflamação e 
hemorragia) 
 
 
CASO 3: 
 - CISTITE BACTERIANA 
 *Indicativos: ph (cistite) + nitrito (bacteriúria) 
 
 
O que cada cristal encontrado na urina pode indicar? 
 
Ácido úrico: dieta hiperproteica 
 
Cistina: cães machos, podem ser em alguns casos 
afetados pela testosterona. frequentemente ligada a 
problemas hereditários em raças como Bulldog Inglês, 
Teckel, Basset e Terra Nova. 
 
Para ser 
diabetes, os 
corpos 
cetônicos 
precisam estar 
alterados 
também!!! 
 
 
Mariana R. G. Barbosa 
 
Oxalato de cálcio: urinas ácidas, hipercalcemia. 
Yorkshire Terrier, Schnauzer e Lhasa Apsos são mais 
predispostas 
 
Bilirrubina: doenças no fígado, na vesícula biliar ou 
distúrbios no sangue 
 
Fosfato de cálcio 
 
Tirosina 
 
Biurato de amônio: sinal de doença no fígado, comum 
em dálmata e buldogue inglês. 
 
Fosfato triplo magnesiano: (fosfato, magnésia e 
amônia) indica cistite ou hipertrofia prostática. 
 
Cristais de sulfamida 
 
Carbonato de cálcio: cálculos renais 
 
Cristais de amoxicilina 
 
Cristais amorfos: pH menor que 5.5, Baixa ingestão de 
água, pielonefrite crônica (rim), Pedra nos rins, Cálculo 
biliar hepáticas 
 
 
AULA 6 - 08.09.23 
 
Discussão de casos clínicos 
 
 
 
AULA 7 - 15.09.23 
Análise de líquidos cavitários 
 
• Líquidos cavitários 
- Pleural: entre o pulmão e a pleura. Pode ocorrer por: 
efusão pleural, pneumonias de estágio avançado. 
 
- Pericárdico: entre o saco pericárdico e o coração. 
Pode ocorrer por Retículo pericardite traumática 
(bovinos). 
 
- Peritoneal = ASCITE: causas: hipopreoteinemias, ICD 
e processos inflamatórios. Cistite, p.ex. pode romper e 
gerar UROPERITONITE (cor amarelo), ou vesícula biliar 
(marrom-esverdeado) 
 
- Sinovial: Líquido sinovial se encontra dentro das 
articulações, ou seja, a causa do acúmulo é por 
Artrite, pode ser artrite séptica ou asséptica. 
 
- Líquido cefalorraquidiano (líquor): acúmulo causado 
por meningite bacteriana viral (inflamação das 
meninges). 
 
• Causas: 
- Permeabilidade capilar 
 
- Inflamação, infecção, tumores/neoplasias: leva ao 
aumento da permeabilidade capilar 
 
- Aumento da pressão hidrostática 
 
- insuf. cardíaca congestiva: congestão = ↑P.H = 
extravasamento de líquido. 
 
- Pressão coloidosmótica: ↓p. oncótica = ↓ menos 
líquido vai ser atraído ao vaso. Exemplo. 
Hipoproteinemia 
 
- Hipoproteinemia 
 
- Obstrução drenagem linfática (por tumor, trauma, 
edema) 
 
Coletas de líquidos pleural, pericárdico, peritoneal 
 
- Amostra 
- 1 tubo SEM anticoagulante 
- 1 tubo COM EDTA (com anticoagulante) 
- Punção asséptica 
 
1° EXAME FÍSICO: (Avaliação macroscópica) 
- Volume 
- cor: se for translúcido, OK. 
- Aspecto: se for límpido e levemente viscoso, OK. 
- Densidade: Quantidade de sólido, importante para 
classificar posteriormente o tipo de transudato. 
 
2° EXAME QUÍMICO: 
- Proteínas totais: Análise por refratômetro e fita 
urinálise 
- Fibrinogênio: Refratômetro 
- Glicose: espectrofotômetro e fita urinálise 
- Sangue oculto: teste rápido e fita urinálise 
- pH: pHametro e fita urinálise 
 
3° EXAME MICROSCÓPICO: com Câmara McMaster 
- Contagem de células 
- eritrócitos 
- células nucleadas 
- citologia 
 
 
 
 
 
 
 
Mariana R. G. Barbosa 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS LÍQUIDOS 
 
 TRANSUDATO 
TRANSUDATO 
MODIFICADO 
ESXUDATO 
Densidade ≤ 1017 1017-1025 > 1025 
Proteínas 
Totais 
≤ 2,5 2,5 - 5 > 3,0 
Células 
nucleadas 
<1000 500 - 10.000 > 5000 
Tipo 
celular 
predomina
nte 
Mononuclear 
(macrófagos, 
linfócitos) 
 
Mesotelial 
Linfócitos 
Monócitos 
Mesotelial 
Eritrócitos 
neutrófilos 
Neutrófilos 
Mononuclear 
eritrócitos 
pH Alcalino 
Alcalino e 
ácido 
Ácido 
Bactérias Ausente ausente Variável 
 
 
• Exemplos de TRANSUDATO 
 
- HIPOPROTEINEMIA (↓PTN na circulação) 
- Acúmulo de líquido em tórax, cavidade 
abdominal, qualquer lugar. 
 
 
• Exemplos de TRANSUDATO MODIFICADO 
 
- EFUSÃO QUILOSA 
Derrame de linfa para a cavidade (pode acabar 
comprimindo órgãos) 
Predomina de cél. Mononucleares 
Bioquímica: dosagem de triglicerídeos >100 quilo 
ATENÇÃO: Linfa ≠ Quilo > (dosar triglicerídeos) 
 
- UROPERITÔNEO 
Urina na cavidade abdominal 
Líquido claro, amarronzado 
Baixa concentração de ptn 
Baixa concentração de células 
Citologia: neutrófilos 
Bioquímica: dosagem de creatinina no soro e fluido 
A creat do fluido > creat do soro, para ser 
urina, se não é outro líquido. Urina elimina 
creatinina. 
 
 
- PERITONITE BILIAR 
Ducto biliar rompe, bile na cavidade abdominal 
Líquido amarelo-esverdeado à marrom 
Colecistite: exsudato séptico (pigmento pode ficar 
verde-escuro/preto, antes de causar ruptura, causa 
obstrução, então pode acúmulo vai “trocar a cor”.) 
 
 
• Exemplos de EXSUDATO 
 
- PROCESSO INFLAMATÓRIO, pode ser séptico ou 
asséptico: 
 SÉPTICO: com bactérias 
 ASSÉPTICO: sem bactérias 
Morfologia: ↑↑↑ células de defesa, muitos leucócitos e 
macrófagos, células degeneradas, picnose 
(condensação nuclear), leucofagocitose, 
eritrofagocitose, células mesoteliais. 
 
- Pif (peritonite infecciosa felina) 
- Pancratites 
- Liberação de bile ou urina 
- Neoplasias 
- Torção ou inflamação da serosa de órgãos 
- Abscessos encapsulados (ex.:hepático, pulmonar, 
liberando exsudatos) 
- Efusões eosinofílicas: (muitos eosinófilos) 
 - Associado a neoplasias 
- Hipersensibilidades (alergia) 
- Doenças por parasitas 
 
 
Exemplo de EXSUDATO SÉPTICO 
Presença de bactérias 
 
- Introdução de organismos na cavidade por processos 
traumáticos. 
- Ferimentos, mordidas 
- Perfuração do TGI, tórax, abdômen 
- Abscessos prostáticos, piometra, pneumonias, 
pleuritis 
 
Citologia: neutrófilos degenerativos e bactérias 
 
 
Coletas de líquido sinovial 
 
- Amostra 
- 1 tubo SEM anticoagulante 
- 1 tubo COM EDTA (com anticoagulante) 
- Punção asséptica 
 
1° EXAME FÍSICO: (Avaliação macroscópica) 
- Volume 
- cor: se for translúcido, OK. Em equinos levemente 
amarelado, OK.. 
- Aspecto: levemente viscoso, OK. 
- Densidade 
 
2° EXAME QUÍMICO: 
- Proteínas totais: refratometria 
- Glicose, sangue oculto, pH: fita urinálise 
- Teste qualidade da mucina (ptn do líquido sinovial, 
que deixa com aspecto viscoso, OK), feito no tubo sem 
EDTA, para precipitação da mucina. 
- Normal: coágulo firme, límpido e claro 
- Ruim: massa pequena e friável, solução turva (cél. 
defesa) , amarelo-claro 
 
 
Mariana R. G. Barbosa 
 
- Péssima: “flocos” (cél. em degeneração) 
 
3° EXAME CITOLÓGICO: 
- Contagem de células 
- eritrócitos 
- células nucleadas 
- citologia NORMAL 
- Predomínio de mononucleares 
 
 
 
Coletas de líquor 
Geralmente para problemas neurológicos ou por 
traumas que levem ao aumento do líquor no SNC 
 
- 3 tubos SEM anticoagulante, agulha com mandril 
- Locais: cisternal, lombo-sacral (ruminantes, sem 
anestesia), lombar (cães) 
 
 
1° EXAME FÍSICO: (Avaliação macroscópica) 
- Volume 
- cor: 
 Vermelho: provavelmente transfixei um vaso 
 Xantocrômico (marrom) ↑ [ ] de sais biliares na 
corrente sanguínea 
 ESTES NÃO SERVEM PARA AMOSTRA! 
 
- Aspecto: Não é muito viscoso 
- Densidade: 1003-1006 
 
2° EXAME QUÍMICO: 
- Proteínas totais: 
- Albumina 
- Globulinas: aumento indica inflamação SNC 
- glicose 
- Sangue oculto 
- pH: ormal é alcalino 
 
3° EXAME CITOLÓGICO: 
- Contagem de células 
- eritrócitos 
- células nucleadas 
- citologia 
- Diferencial de células 
- morfologia 
- bactérias 
 
 
Rúmen 
A análise em campo é o mais indicato, devido ao 
tempo. 
 
- Cor/odor/viscosidade se estiver verde-amarelado e 
líquido, OK, se estiver marrom: morte de bactérias, 
muito amarelo: acidose láctica ruminal) 
- Sedimentação: 
borda com espuma (gás, ok) e fundo com partículas 
digeridas (OK). Imagem no slide 
 
- pH: 
precisa estar entre 5,8-7,2 (abaixo indica acidose lática 
e acima indica alcalose lática ruminal) 
 
- Redução do azul de metileno 
usa-se um ”corante” que é digerido por bactérias, 
após 3 minutos, se mudar a cor, significa que as 
bactérias estão mortas (problema), se voltar a cor 
nomal significa que houve digestão/fermentação do 
azul de metileno pelas bactérias (OK) 
 
- Avaliação de protozoários: 
Classificação em três tamanho: grandes, médios e 
pequenos. 
Os grandes morrem primeiro, e os pequenos por 
último. 
Na análise microscópica deve haver a presença deles, 
e devem estar movimentando-se. (vídeo) 
 
 
 
 
Aula 22/09 
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA 
 
Grupos sanguíneos: 
Classificação feita com base nos ANTÍGENOS nas 
superfícies dos eritrócitos. 
 
• CÃES 
Sistema conhecido com DEA 
DEA 1 (1 neg, 1.1, 1.2, 1.2) 
DEA 3, DEA 4, DEA 5, DEA 6, DEA 7, DEA 8 
 
DRA 1.1 E DEA 1.2 representam 60% dos grupos 
sanguíneos (isso é bom, pois reduz a chance de não dar 
compatibilidade) 
 
• GATOS 
Apenas três tipos sanguíneos: A. B e AB (raro) 
A doa para A e AB 
AB só doa para AB 
B só doa para B 
 
O tipo B possui muitos anticorpos anti-A, por isso não 
doa para AB. 
 
• EQUINOS 
Sete grupos sanguíneos: A, C, D, K, P, Q e U, que incluem 
+ de 30 antígenos ( oque aumenta a possibilidade de 
reação transfusional) 
 
 
Mariana R. G. Barbosa 
 
• BOVINOS 
Onze grupos sanguíneos: A, B, C, F, J, L, M, R, S, T e Z 
B e J são os mais frequentes/relevantes 
 
O grupo B possui + de 60 antígenos 
 
 
• OVINOS E CAPRINOS 
Sete grupos: A, B, C, D, M, R e X 
B possui + de 52 fatores 
 
 
Quanto menor os grupos sanguíneos, menor a 
chance de reação transfusional. 
 
 
 
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA: 
1) Doador x receptor 
2) Tipagem sanguínea 
3) Teste de compatibilidade 
 
Deve ser realizada quando? 
Hemorragias, hemólise, falha na eritropoiese 
(produção cél. vermelhas), anemia hemolítica, 
imunomediada, doenças inflamatórias crônicas ou 
infecciosas ou neoplasias. 
 
Além de que pode ser feita a transfusão de algunas 
componentes específicos, em: 
Hipovolemia (red. Vol. Sang.), deficiência de fatores de 
coagulação, hipopreoteinemia. 
 
 
O DOADOR: 
Deve ser adulto jovem 
Saudável 
Nunca ter recebido transfusão 
Exame físico, químico e hemograma OK 
Vacinado, testados, anamnese, exames de parasitos,... 
Hematócrito normal ( VG) 
Tipagem sanguínea 
 
Gatos: mínimo de 5kg 
Cães: 20-25kg 
 
Tabela de triagem no slide, estes exames são comuns 
em domésticos, em ruminantes não é comum pedir, 
pois geralmente trata-se de rebanho, então se um 
estiver com algo, outros também estarão, sendo 
indicativo ao veterinário. 
 
 
A COLETA: 
-Coletado de maneira asséptica, por punção em veia 
jugular. 
-Evitar utilizar acepromazina como sedativo (faz 
agregados plaquetários) 
- Cães e gatos podem doar 10% de seu volume 
sanguíneo total. 
 Cães possuem 90mL/KG 
 Gatos possuem 66mL/KG 
 
- Se for um animal sobrepeso, os cálculos devem ser 
realizados considerando o peso ideal. 
- Após a doação, o cão deve receber alimento e água, 
evitar exercícios por 24h. 
GATOS: Restabelecer a volemia, fazendo fluido terapia. 
 
Doação de sangue de 3 em 3 meses, no mínimo. 
Caso faça a coleta de modo exagerado, o organismo do 
animal doador, pode entender como hemorragia. 
 
 
TESTES PRÉ-TRANSFUSÃO: 
Inclui a TIPAGEM SANGUÍNEA (mas não muito 
utilizada) e PROVA CRUZADA 
 
 
- Tipagem sanguínea: faz somente um por vez, seria 
necessário vários para saber qual (tentativa e erro) e 
indica somente o tipo do doador, não indica se é 
compatível. 
 
- Teste de compatibilidade: doador x receptor 
Neste não há como identificar quais são os antígenos 
envolvidos (tipo). 
 
1) Obtenha 2 amostras (doador + receptor) 
2) Centrifugar as amostras 
 
 
 
 
Plasma 
 
Leucócitos 
 
Eritrócitos 
 
 DOADOR RECPTOR 
 
3) PROVA MAIOR 
a. TUBO A: Plasma doador + 
eritrócitos receptor 
b. TUBO B: Plasma receptor + 
eritrócitos doador 
 
“”Parte sólida de um com parte líquida de outro”” 
 
Se houver coagulação sanguínea/hemólise = NÃO 
são compatíveis 
 
 
Mariana R. G. Barbosa 
 
4) PROVA MENOR 
a. Esfregaço 
b. Constatar se há Rouleax 
ou/alterações morfológicas e/ou 
aglutinação. 
 
Se houver Rouleax ou alterações: NÃO são 
compatíveis 
 
Rouleax: Pilha de hemácias parece moedas) slide 20 
 
Aglutinação: várias hemácias aglomeradas. Slide 20 
 Sem aglutinação ou 1+ = pode fazer transfusão 
 2+, 3+ 4+ NÃO se faz transfusão 
 
 
Resumindo: 
Avaliação macroscópica: avaliar se há 
a) hemólise ou 
b) presença de aglutinação no fundo do tubo 
após centrifugação. 
 
Avaliação microscópica: 
a) presença de aglutinação 
b) rouleax 
 
 
 
FÓRMULA PARA CALCULAR A QUANTODADE DE 
SANGUE TOTAL NECESSÁRIA PARA A TRANSFUSÃO É: 
 
𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓 ∗ 𝒙 𝒑𝒆𝒔𝒐 𝒅𝒐 𝒑𝒂𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒙 (𝒉𝒆𝒎𝒂𝒕𝒑𝒐𝒄𝒓𝒊𝒕𝒐 𝒑𝒓𝒆𝒕𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐 − 𝒉𝒆𝒎𝒂𝒕ó𝒄𝒓𝒊𝒕𝒐 𝒑𝒂𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆)
𝒉𝒆𝒎𝒂𝒕ó𝒄𝒓𝒊𝒕𝒐 𝒅𝒐𝒂𝒅𝒐𝒓
 
 
FATOR: CÃO: 90 / GATO: 70 
 
Exemplo: 
Felino, de 5kg 
Com hematócrito (HT%) de 13 
Pretende-se chegar a um Ht% de 23 
O doador possui Ht% de 48 
 
Aplicando na fórmula: 
Volume (mL): 70x5x (23-13)/48 
Volume (mL): 72,9 
 
 
USO DE HEMOCOMPONENTES: 
 
• Sangue total fresco: 
Transfundido em até 6h 
INDICADO: hemorragia maciça secundária a trauma 
 
• CONCENTRADO DE HEMÁCIAS: 
Hematócrito de 80%, usar solução de salina a 0,9% 
INDICADO: anemia por perda de sangue, doença 
crônica, hemólise, disfunção de medula 
• PLASMA 
Contémalbumina, globulinas, ptns, anticoagulante 
INDICADO: Sangramento ativo por disfunção de 
coagulação 
 
• CRIOPRECIPITADO 
Componentes concentrados e conservados por 
frio. 
INDICADO: Sangramento, doença de von 
Willebrand, hemofilia A em cães 
 
• CONCENTRADO DE PLAQUETAS: 
As plaquetas são concentradas e armazenadas 
 
 
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS: 
Efeitos colaterais resultante da transfusão 
Ocorre pela interação entre os antígenos eritrocitários 
do doador e os anticorpos naturais oi adquiridos do 
receptor. 
 
Avaliar principalmente: TEMPERATURA, Fc e Fr 
 
- Hipertremia (1°C) Taqui ou bradicardia 
Sialorreia Tremores musculares Sudorese 
Inquietação Urina/defeca durante o processo 
 
*Caso isso ocorra: parar imediatamente a transfusão 
*Começar transfusão com gotejamento mínimo nos 
10 primeiros minutos.

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