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av 2 metodologia do ensino de historia pontuação 1 de 1

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Pergunta 10,2 pts
Lev Vygotsky foi um pesquisador bielorrusso que viveu entre 1896 e 1934.  Dentre as suas teses, está a seguinte:
 
Vygotsky afirma que as características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são mero resultado das pressões do meio externo. Elas resultam da interação dialética do homem e seu meio cultural. Ao mesmo tempo em que o ser humano transforma o seu meio para atender as suas necessidades básicas, transformando-se a si mesmo.
 
REGO, C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 23 ed. Petrópolis: Vozes, 2012. p.41.
 
Com base na teoria histórico-cultural e a sua relação com o conteúdo das aulas de História, analise as afirmações a seguir:
 
I. A história humana, como descrita por Vygotsky, se refere a como os conhecimentos historicamente acumulados foram repassados e incorporados pelos sujeitos.
II. A teoria vygotskiana se afasta das chamadas teorias sociointeracionistas, pois mesmo que esse pesquisador se volte para o conceito de cultura e mencione noções como grupos sociais, ele rompe com o conceito de “interação”.
III. Para Vygotsky, a escola é o local formal para o ensino-aprendizagem, onde a criança trava os primeiros contatos com os conhecimentos acadêmicos e, em função disso, com a  ciência, expandindo a noção que tem do eu e do mundo. 
 
É correto o que se afirma apenas em:
Grupo de escolhas da pergunta
II e III.
I e II.
III.
II.
I e III.
 
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Pergunta 20,2 pts
Edward Said foi um pesquisador cuja produção acadêmica abrangia vários campos das humanidades. Sua maior preocupação, sendo ele nascido na Palestina e tendo vivido nos Estados Unidos, era entender como o imperialismo afeta a produção cultural e a leitura de tal produção vinda de países que foram colonizados. Leia o trecho a seguir:
 
Nos Estados Unidos, essa preocupação com a identidade cultural resultou, naturalmente, na disputa sobre os livros e autoridades que constituem a “nossa” tradição. [...] No entanto, a preocupação ideológica com a identidade está compreensivelmente entrelaçada com os interesses e programas de vários grupos – nem todos de minorias oprimidas – que desejam estabelecer prioridades que reflitam tais interesses.
 
SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p.29.
 
Nesse trecho, ele aponta que um país de imigrantes como os EUA, mesmo sendo formado pelos mais diferentes grupos sociais, étnicos e religiosos, possui uma grande preocupação com o que seria uma verdadeira identidade estadunidense.
Sobre o conceito de “identidade” dentro da realidade brasileira, podemos afirmar que
Grupo de escolhas da pergunta
de fato, existe uma identidade brasileira, pois ela incorpora celebrações como o Carnaval e as festas juninas, que são semelhantes no país inteiro, por várias pessoas diferentes, e gêneros musicais como o samba.
essa noção é formada por uma gama de ações, tradições e pensamentos, de manifestações materiais ou imateriais. Não é possível falar de uma identidade brasileira, mas sim de identidades em distintos grupos socioculturais.
mesmo que possamos discutir sobre identidade individual, identidade nacional, e identidade social no Brasil, não é possível dizer o mesmo sobre os conceitos de identidade étnica e identidade cultural.
a identidade depende do próprio indivíduo, das suas próprias opiniões e ações, não de um grupo no qual ele está inserido. Portanto, no contexto brasileiro, deve-se falar de identidade no seu sentido individual.
a realidade americana é diferente da brasileira, pois a indústria cultural dos EUA (através de filmes, séries de televisão e músicas) garante que haja uma única identidade para esse país, o que não ocorre no Brasil.
 
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Pergunta 30,2 pts
Leia o texto abaixo:
 
Segundo Piaget, há quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo. O primeiro é o estágio sensório-motor, que vai até os 2 anos. Nessa fase, as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. O estágio pré-operacional vai dos 2 aos 7 anos e se caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de símbolos. O estágio das operações concretas, dos 7 aos 11 ou 12 anos, tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os objetos por similaridades e diferenças. Por volta dos 12 anos começa o estágio das operações formais. Essa fase marca a entrada na idade adulta, em termos cognitivos. O adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimentação mental.
 
FERRARI, M. Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-que-colocou-a-aprendizagem-no-microscopio#_=_. Acesso em: 21 de jan. 2021.
 
 
Com base nas etapas do desenvolvimento cognitivo de Piaget e a sua relação com o conteúdo das aulas de História, analise as afirmações abaixo:
 
I. Enquanto a criança ainda é um bebê, não há conhecimentos da área de História que possam ser desenvolvidos em sala de aula, uma vez que se trabalham atividades físicas e psicomotoras.
II. No estágio pré-operacional, atividades diárias como a rotina e o calendário são parte da introdução da criança para os conhecimentos históricos, pois assim ela desenvolverá a sua noção sobre o tempo real e suas representações.
III. Durante a fase das operações concretas, a criança já possui uma habilidade maior para entender grupos sociais dos quais ela não pertence, o que possibilita a expansão do seu entendimento de mundo.
IV. O estágio final descrito por Piaget é o momento ideal para se introduzir discussões sobre conceitos abstratos como cidadania e discutir relações raciais, pois antes dos 12 anos, o aluno não possui a maturidade cognitiva.
 
É correto o que se afirma apenas em: 
Grupo de escolhas da pergunta
II e III.
II, III e IV.
I e II.
I e IV.
III e IV.
 
Sinalizar pergunta: Pergunta 4
Pergunta 40,2 pts
O Brasil foi o último país da América Latina a abolir a escravatura, no ano de 1888. Em relação a esse contexto, analise esses dois painéis, parte de uma história em quadrinhos mais longa:
 
    
 
Tira publicada no Instagram do ilustrador Leandro Assis. Uma série em quadrinhos escrita por Leandro Assis e Triscila Oliveira. N. 24 – “Escravidão”. Fonte: Disponível em: https://www.instagram.com/p/B9mFgyMp9yZ/. Acesso em: 20 de nov. 2020.
 
 
Com base na tira e nas discussões sobre o ensino da História dos africanos e seus descentes no Brasil, leia as afirmações abaixo:
 
I. A aluna está certa em se sentir insegura sobre a apresentação do seu trabalho para o resto da turma, pois, como dito no balão final, ela está “forçando a barra”, porque não é possível realizar tais paralelos sobre momentos históricos distantes em mais de um século.
II. É mais adequado utilizar representações reais, como filmagens e fotografias, ao se discutir questões raciais em sala de aula, pois obras de arte como a HQ acima podem ser difíceis de serem interpretadas por alunos, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
III. Por mais que sejam necessárias aulas específicas sobre os conceitos de cidadania e sociedade, as discussões em relação à conexão entre raça e classe social devem permear todas as aulas de História do Brasil, em maior ou menor grau.
IV. Dentre os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) da BNCC, podemos trabalhar a tira acima dentro dos campos de: Trabalho; Educação para a valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras; e Educação em Direitos Humanos.
 
É correto o que se afirma apenas em: 
Grupo de escolhas da pergunta
II e IV.
I e II.
I e IV.
II e III.
III e IV.
 
Sinalizar pergunta: Pergunta 5
Pergunta 50,2 pts
Isabel Barca é uma historiadora e educadora portuguesa. Sua pesquisa se volta para o desenvolvimento das noções históricas por parte dos alunos do ensino básico, no que ela chama de letramentohistórico. Leia uma de suas respostas em uma entrevista à Revista Nova Escola:
 
Nova Escola: Há fontes históricas mais indicadas para explorar em cada etapa da escolaridade?
ISABEL: Não. Para eleger os materiais apropriados, que possibilitem o ensino dos conteúdos e o pensar histórico, é preciso analisar a situação da classe. A decisão não tem a ver com a idade dos estudantes, e sim com o letramento histórico alcançado por eles. Além disso, o que é mais próximo da turma hoje não é só o que está no entorno. As crianças e os jovens têm muito contato com a TV e com a internet e, por isso, algo que para os adultos pode parecer longínquo no tempo e no espaço, para eles é mais próximo.
 
Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/930/isabel-barca-fala-sobre-o-ensino-de-historia. Acesso em: 05 fev. 2021. 
 
Considerando as reflexões apresentadas, assinale a opção correta.
Grupo de escolhas da pergunta
O professor deve levar para a sala de aula fontes históricas que os alunos já conhecem, já que elementos mais distantes da sua realidade podem confundir os alunos, dificultando o seu letramento histórico.
As fontes históricas em sala de aula precisam ser materiais tangíveis, que os alunos possam pegar com as mãos, condizendo com as etapas iniciais do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget.
Para entender qual é a melhor fonte histórica para se levar em sala de aula, o professor deve saber qual é a interseção entre o conteúdo programático, os objetivos de aprendizagem, e o conhecimento prévio dos alunos.
Sendo o professor o indivíduo que conhece o conteúdo programático e os objetivos de aprendizagem, ele é a melhor pessoa para selecionar a fonte histórica correta para apresentar e discutir em sala de aula.
O uso de tecnologias como a internet podem ser úteis em alguns momentos, mas devem ser evitados durante a aula de História. Os alunos precisam conhecer meios de pesquisa fora esse, por ser recente demais.

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