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DIREITO EMPRESARIAL UNIDADE 1

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Direito empresarial e do consumidor
UNIDADE 1
Professora: Debora Barbosa Fernandes de Carli
O objetivo do Direito Empresarial é cuidar do exercício da atividade econômica organizada de fornecimento de bens ou serviços, a chamada empresa, assim, seu objeto de estudo é resolver os conflitos de interesses envolvendo empresários ou relacionados às empresas.
DIREITO EMPRESARIAL X CONSUMIDOR
A força empresarial é a geradora de riquezas e emprego. 
Já a força consumerista é a responsável pela sobrevivência das próprias empresas, pela aquisição e fornecimento de produtos e serviços, suas normas objetivam regularizar as relações de consumo, protegendo o consumidor de prejuízos na aquisição de produtos e serviços.
 Desta forma, os consumidores com ciência de seus direitos, através de reclamações ou comprovação do não cumprimento do CDC, poderão acionar os órgãos de defesa (como o Procon e o Idec).
O Direito Empresarial e o Direito do Consumidor representam duas grandes forças motrizes da ordem financeira e econômica brasileira, cujos fundamentos estão previstos no art. 170 da Constituição Federal do Brasil.
 A força empresarial é a geradora de riquezas e emprego.
História do direito empresarial
O comércio nasceu da própria necessidade dos seres humanos conviverem harmoniosamente na sociedade, o se desenvolvimento deve- se, ao surgimento da moeda, pois com seu uso, as riquezas começaram a circular muito mais rapidamente, pois o seu transporte tornou-se muito mais simples e prático do que transportar mercadorias para troca, com isso nasce assim a economia de mercado e, com ela, a figura do comerciante, que se coloca entre o produtor e o consumidor com isso torna-se aquele que compra e vende mercadorias, cujas diferenças de valores atingem seu objetivo: o lucro.
A evolução dos conceitos levou à remodelação do Direito Comercial, no auge da Segunda Guerra Mundial, com o advento do Código Civil Italiano, unificou-se o direito privado, juntando em uma única codificação o Direito Civil e o Direito Comercial, dando origem ao que chamamos, atualmente de Direito Empresarial.
Após muitos séculos, a humanidade chegou ao entendimento de que cada ser humano necessitou do seu semelhante para pôr em execução grandes expedições de caça e para defender-se de animais, conforme nos da notícias a Paleontologia.
Os estudos históricos demonstram que os grupos menos agressivos foram se aproximando cada vez mais, e passaram a se juntar em torno de templos e outros lugares considerados sagrados, para a celebração de eventos festivos e religiosos, devido a esses encontros, começou a ganhar espaço a concepção de trocarem, uns com os outros aqueles bens que lhes eram desnecessários ou excedentes. 
Escambo é uma atividade de troca que era utilizada quando ainda não havia sistema monetário. 
Essa troca, conhecida também como permuta ou troca direta, envolvia apenas coisas, serviços ou ambos. 
Muito comum entre a comunidade indígena, durante a colonização do Brasil o escambo foi utilizado na extração do pau-brasil. 
E foi assim que surgiu o que podemos considerar a forma embrionária do comércio: a troca direta. 
Não demorou muito para que tal elemento, chamado moeda, surgisse desde que surgiu a moeda, mesmo em sua forma rudimentar e primitiva, medindo e determinando valores, sobrepondo a troca direta, iniciou-se uma nova atividade: a dos intermediários entre o produtor e o consumidor, a atividade do comerciante, cujo trabalho passou a ser exercido habitualmente, com intuito de lucro.
Na Idade Antiga, povos primitivos, como os fenícios, destacaram-se pelo exercício da atividade comercial, porém sem poder ainda falar-se na existência de um direito comercial, com regras e princípios próprios. 
Foi durante a Idade Média, que o comércio já atingira um nível mais avançado, e já era uma característica de praticamente todos os povos, é neste período da história que se costuma apontar o surgimento do Direito Comercial, juntamente com o renascimento das cidades (burgos) e, principalmente, do comércio marítimo. 
Em 1804 e 1808, respectivamente, foram editados na França o Código Civil e o Código Comercial, inaugurando assim a segunda fase do Direito Comercial, marcado por um sistema jurídico estatal destinado a disciplinar as relações jurídico-comerciais. 
A codificação napoleônica divide claramente o direito privado: de um lado, o Direito Civil, regido pelo Código Civil, um corpo de leis que atendia aos interesses da burguesia fundiária, pois estava centrado no direito de propriedade e de outro, o Direito Comercial, regulado pelo Código Comercial, que seguia o espírito da burguesia comercial e industrial, valorizando a riqueza mobiliária.
A divisão do direito privado em duas grandes partes cria a necessidade de estabelecimento de um critério que delimitasse a incidência de cada uma destas legislações nas diversas relações ocorridas no dia a dia dos cidadãos, para tanto, criou-se a Teoria dos Atos de Comércio, que tinha como atribuição principal aplicar as normas do Código Comercial a quem praticasse os denominados “atos de comércio”. 
Em 1942, a Itália editou um novo Código Civil, trazendo um novo sistema delimitador da incidência do regime jurídico comercial: a teoria da empresa. 
A Teoria da Empresa é utilizada para identificar o empresário e a atividade empresarial, baseando a aplicação de normas específicas para estes atores jurídicos. 
Surgiu no direito brasileiro com Código Civil de 2002, fruto das contínuas transformações comerciais.
O Código Civil Italiano promoveu uma unificação formal do direito privado, disciplinando assim em uma única lei, as relações civis comerciais, o direito comercial entrou assim em sua terceira fase.
Na teoria da empresa, o Direito Comercial não se limita a regular apenas as relações jurídicas em que ocorra a prática de um determinado ato definido em lei como ato de comércio, ou com alguns atos, mas com uma forma específica de exercer uma atividade econômica: a forma empresarial.
No Brasil Colônia, o Direito Comercial Brasileiro estava intrinsecamente ligado ao Direito Português, foi somente em 18 de agosto de 1769, através da edição da Lei da Boa Razão, que foi permitida a aplicação de leis e normas de nações cristãs para resolver litígios de natureza mercantil.
Assim, ao longo da história brasileira, o ramo do Direito Empresarial já recebeu três diferentes denominações:
1- Direito Mercantil: sendo o primeiro nome usado a partir de 1553, quando surgiu a primeira obra sobre o assunto, através dos jesuítas.
2 - Direito Comercial: foi o segundo, adotado a partir da publicação da Lei nº 556, de 25 de junho de 1850, qual seja, o Código Comercial Brasileiro.
3 - Direito Empresarial: seu nome atual, que passou a ser empregado mediante a publicação da Lei nº 10.406, em 10 de janeiro de 2002, o atual Código Civil, que revogou a Primeira Parte (Arts. 1º a 456) do Código Comercial. 
O Código Civil de 2002 unifica parcialmente o Direito Comum e o Direito Comercial, da mesma forma que o Código Civil Italiano, trazendo em seu âmago o denominado “Direito de Empresa”, quanto à denominação no Brasil, de uma forma bem resumida podemos afirmar que, ao longo da história, o Direito Empresarial já recebeu três diferentes denominações: 
DIREITO COMERCIAL X DIREITO EMPRESARIAL
Muitas vezes você pode se deparar com a expressão “direito comercial” substituindo “direito empresarial”, é verdade sim que eles são sinônimos, mas eles têm conceitos diferentes, na verdade um complementa o outro.
O direito comercial é um termo antigo, ele teve origem na Idade Média. As leis que o constituíam foram criadas para o contexto comercial daquela época, e mesmo sem apontarmos os detalhes, podemos afirmar que são bem diferentes, não acha?
Como tudo evoluiu, o mercado também e consequentemente a Lei também. 
Hoje, o Direito Comercial está inserido dentro do Direito Empresarial, que se encaixa bem melhor para o modelo de mercado atual.
O Direito Empresarial é composto por outros ramos do Direito, dentre eles podemosdestacar:
Direito Administrativo.
Direito Tributário.
Direito do Trabalho.
Direito Civil.
Direito Econômico.
Direito Falimentar.
E claro, o Direito Comercial.
CONCEITO DE DIREITO EMPRESARIAL 
Direito Empresarial é um ramo do Direito Privado que “disciplina sobre a vida do empresário e das empresas, com nova estrutura aos diversos tipos de sociedades empresariais contidas no novo Código Civil”, assim, o Direito Empresarial é um ramo do Direito Privado que consiste de um conjunto de normas referentes à pessoa do empresário, seja ele individual ou coletivo, disciplinando sua atividade, economicamente organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, de forma a atender ao mercado consumidor, ele é relativo à pessoa do empresário, abordaremos os principais aspectos a ela relacionados e relevantes para melhor estudo do Direito Empresarial. 
 
Na nova modalidade legislativa adotada pelo Direito brasileiro, sempre que alguém explora atividade econômica privada para habitual exercício da produção ou circulação de bens ou de serviços, é considerado um empresário.
Este exerce sua atividade através do estabelecimento comercial ou industrial, do qual é o titular e no qual se encontram os bens para o seu comércio ou para sua indústria, contudo, para o empresário exercer sua atividade é preciso um mínimo de organização dos fatores da produção de bens ou de serviços para o mercado em geral .
	
Em decorrência do conceito dado pelo código civilista, são identificadas quatro condições para caracterizar o empresário:
1. Exercício de atividade econômica: consiste na geração de riqueza através da produção e circulação de bens ou serviços, a sua função essencial é a de produzir bens ou serviços para atender ao mercado de consumo.
2. Atividade organizada: o empresário é aquele que organiza a empresa, articulando os três fatores da produção: capital, trabalho e tecnologia, neste entendimento, considera-se que alguém dirige e ordena o trabalho próprio ou de terceiras pessoas e organiza bens de capital, que também podem ser próprios ou de terceiros, para exercer determinada atividade econômica.
3. Profissionalismo: é o exercício da atividade econômica de forma habitual, de forma pessoal ou por sua conta, com o objetivo de lucro, pessoas que agem em nome do empresário são apenas seus prepostos ou auxiliares. 
4. Finalidade do lucro: a finalidade do lucro é o quarto elemento do conceito de empresário. 
O Código Civil menciona apenas atividade econômica, sem referir-se expressamente ao objeto lucrativo no entanto, interpretando-se sistematicamente o Código Civil, verifica-se que a atividade econômica significa, na realidade, atividade com fim lucrativo .
TIPOS DE EMPRESÁRIO 
No Direito Empresarial Brasileiro há dois tipos de empresários:
1 Empresário Individual.
2 Empresário na forma de sociedade de pessoas (sociedade empresária). 
introdução
UNIDADE 1
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
O empresário individual: que é representado pela pessoa física, através de seu nome civil, completo ou abreviado. Quando for uma pessoa física, o empresário deverá ter plena capacidade civil e estar legalmente livre para praticar atividades empresariais. 
 
Resumindo: Pessoa física que de forma única e exclusiva exerce as atividades empresariais. Opera por meio do seu próprio nome no exercício da atividade empresarial (1.156, CC)
Da responsabilidade do empresário individual 
 
Responde pela integralidade com patrimônio individual. 
 Entretanto, com Lei n° 12.441/2011 ( EIRELI) passou a
existir Empresa Individual de Responsabilidade Limitada,
que autoriza única pessoa ser titular de todo capital, 
devidamente integralizado. 
 
Como visto, o empresário é a pessoa que organiza uma atividade econômica a fim de produzir ou fazer circular bens ou serviços, contudo, tal exercício realizado na pessoa física, de forma única e exclusiva, recebe o nome de
“individual”. 
Quais os requisitos para o exercício da atividade?
Capacidade civil
Não ter impedimento legal 
Conforme decisões dos tribunais, em empresas individuais a responsabilidade por obrigações contraídas recai sobre os patrimônios individuais dos respectivos titulares. 
Perda da qualidade de empresário individual
Morte
Desistência voluntária ou abandono da profissão
Falência
Tipos de empresário 
 Individual 
 Sociedade empresária
“Firma” é o nome que este empresário adota para ser conhecido na sua atividade empresarial. 
A firma individual utilizada pela pessoa física em seu estabelecimento empresarial não pode ser diferente da forma de seu nome civil, portanto, denomina-se o empresário individual a pessoa física capaz, que atua em seu próprio nome civil, abreviado ou completo e que explora com habitualidade (profissionalmente) atividade econômica organizada para a produção de bens ou de serviços, tendo como objetivo o lucro. 
Requisito para ter personalidade jurídica:
Inscrição do contrato ou estatuto social no registro competente.
A constituição se dá por contrato. 
(art.997 CC)
Celebram contrato de sociedade as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica e a partilha entre si dos resultados.
Para uma sociedade ganhar personalidade jurídica é necessária a inscrição de seu contrato ou estatuto social (ato constitutivo) no registro que lhe é peculiar.
Todas as sociedades que possuem seu ato constitutivo inscrito no órgão competente são reconhecidas pelo ordenamento jurídico como sujeitos de direito e equiparadas às pessoas físicas. 
Uma sociedade, na forma empresarial ou simples, é constituída mediante contrato social. 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Uma sociedade empresária é formada por duas ou mais pessoas, que se comprometem a juntar capital ou trabalho para a realização de um fim lucrativo.
Seu objetivo é econômico, por outro lado, a lei prevê também a sociedade sem fins lucrativos ou econômicos. São as chamadas associações. 
Tipos de sociedade empresaria
Da sociedade em nome coletivo
Da sociedade em comandita simples
Da sociedade limitada
Da sociedade anônima
Da sociedade em comandita por ações 
Quanto a responsabilidade dos sócios 
● Sociedade ilimitada: quando os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. Significa que, se o patrimônio social não for suficiente para o pagamento dos credores da sociedade, o saldo poderá ser exigido dos sócios, nos seus patrimônios particulares.
● Sociedade mista: é aquela em que uma parte dos sócios tem responsabilidade limitada e outra tem responsabilidade ilimitada.
● Sociedade limitada: todos os sócios têm responsabilidade limitada ao capital social integralizado na sociedade, não respondendo com seus patrimônios particulares pelas obrigações sociais. 
Sociedade empresária é a pessoa jurídica que exerce, profissionalmente, atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
Há vários tipos de sociedade empresária a serem escolhidos pelos sócios, dentro de suas adequações e objetivos. 
SOCIEDADE LIMITADA 
A sociedade limitada surgiu tendo como garantia aos sócios a não afetação de seu patrimônio particular pelas dívidas da sociedade, salvo se o sócio praticou ato com excesso de poderes ou infração da lei, do contrato social ou estatutos. 
A lei exige que os sócios-quotistas apenas integralizem o capital social.
É o que determina o art. 1.052 do Código Civil: Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. (BRASIL, 2013), contudo se não houver a integralização do total do capital social, previsto no contrato social, a responsabilidade entre os sócios será solidária até que seja completado o montante do capital que falta, mesmo que um deles já tenha completado a sua parte no capital. 
SOCIEDADE ANÔNIMA 
As sociedades anônimas ou companhias são uma espécie de sociedade empresarial, reguladas por lei especial, qual seja, a Lei nº 6.404/1976, São formadas, a maiorparte das vezes, com o objetivo de realização de grandes empreendimentos e que necessitam do emprego de elevado valor para a formação de seu capital social, o que geralmente necessita da participação de muitas pessoas, os chamados acionistas. 
O próprio Código Civil de 2002, em seu artigo 1.089, determina que a sociedade anônima seja regida por lei especial, aplicando-se somente nos casos omissos as disposições do código. 
Toda sociedade anônima deve adotar um nome sob o qual exerce sua atividade comercial. 
A denominação pode conter nomes de pessoas, como o do fundador, ou de quem tenha auxiliado para o êxito da sociedade. 
Há duas espécies de sociedade anônima: 
aberta ao público tem livre acessibilidade de suas ações. Tem as suas ações negociadas no mercado de valores mobiliários, por intermédio das Bolsas de Valores.
A fechada, por sua vez, não tem suas ações negociadas no referido mercado de valores mobiliários, ou não as coloca à venda ao público. 
SURGIMENTO DO CRÉDITO 
O crédito, inegavelmente, tem um papel muito importante na história do homem, basta uma rápida retrospectiva em suas relações econômicas.
Nos primórdios de nossa civilização, toda relação econômica movia-se com base na troca, no escambo, porém, percebeu-se o interesse comum das pessoas em determinados bens, que passaram a servir como base das trocas, como produtos de intermediação, como por exemplo: o sal, o gado, as argolas, os fios e bambus, posteriormente, chegou-se à fase do metalismo, na qual o ouro, a prata e o bronze eram utilizados para servir como instrumentos de troca, sendo aceitos por todos, após esse período, criou-se o dinheiro, o instrumento de troca por excelência, que no dizer de Carvalho de Mendonça (apud ALMEIDA, 1998, p. 1), é a mercadoria por todos voluntariamente aceita para desempenhar as funções intermediárias nas aquisições de outras mercadorias e na obtenção de serviços indispensáveis, satisfazendo as necessidades humanas no convívio social. É ainda o meio normal de pagamento .
A evolução dos instrumentos de troca não parou por aí, pois a engenhosidade humana, frente às necessidades que surgiram, criou uma "nova moeda", que permitiria trocar dinheiro presente por dinheiro futuro, de fato, fruto do intelecto do homem, surgiu o crédito.
O crédito não tinha grande função prática senão na relação em que havia sido originado, na qual permitia, repita-se, a troca de dinheiro presente por dinheiro futuro, não podia tal título ser transferido a outrem de forma rápida, por estar vinculado à causa originária de sua existência, não servia, pois como útil instrumento de troca, como forma de pagamento.
 
RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIA 
Trata-se de um instrumento legal que permite à sociedade convocar seus credores, propondo-lhes um plano de recuperação.
Existem duas espécies de recuperação da empresa: a extrajudicial e a judicial. 
 A Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, traz as disposições legais que regulamentam esta situação, concedendo aos empresários instrumentos para que sua situação seja revertida através da recuperação da empresa, caso não seja possível esta recuperação, haverá a liquidação forçada dos ativos da empresa, a que comumente denominamos de falência.
Não sendo possível obter esse benefício, prevê a lei a liquidação forcada de seu patrimônio para que, com o saldo apurado, sejam pagos os credores, essa última denomina-se falência. 
Quando falamos de recuperação extrajudicial, entendemos que a mesma permite à sociedade-devedora que
convoque seus credores ou parte destes (por classe) - exceto empregados e fisco -, propondo-lhes um plano de recuperação. Este plano será materializado em um documento, uma espécie de contrato particular e que será assinado pela devedora e credores, também poderá ser objeto de aprovação em assembleia geral de credores que vier a ser convocada extrajudicialmente, para tal fim, este plano que determinará a ordem dos pagamentos, privilegiando os trabalhistas, depois de aprovado poderá ser apresentado à homologação judicial, passando a obrigar todos os credores, mesmo os dissidentes, os juízes devem relutar em decretar falência, para evitar desemprego e destruição de ativos, se o plano for rejeitado pelo juiz, devolve-se aos credores signatários o direito de exigir seus créditos (§2º. do art.165 da Lei de Falência). 
FALÊNCIA 
De forma simplificada, a falência é um processo judicial por meio do qual é realizada a apuração e venda dos bens de uma empresa que não possui mais condições de arcar com a totalidade de suas dívidas. Depois disso, efetua-se o pagamento em favor daqueles cujos créditos dizem respeito – os credores. 
É o que se chama popularmente de “bancarrota” 
Quando o empresário não tem condições de solver suas obrigações,
está caracterizada a sua insolvência, para instalar-se o estado de falência, é necessária a concorrência de três pressupostos: 
qualidade de empresário devedor; 
a insolvência do devedor; 
a declaração judicial da falência. 
1. A qualidade de empresário devedor: a falência só cabe contra o empresário individual e conta com a sociedade empresária. Não conta a empresa pública, sociedade de economia mista, instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores (LF, art. 2º, I E II). 
2. A insolvência do devedor: dispõe o art. 94 da Lei das Falências que será detectada falência do devedor que:
I. sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados, cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 salários-mínimos na data do pedido de falência, os credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer este limite;
II. executado por qualquer quantia líquida não paga, não deposita e
não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
III. prática qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte do plano
de recuperação judicial: 
a. procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de
meios ruinosos ou fraudulentos para realizar pagamentos;
b. realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo
de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou
alienação de parte ou totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
c. transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o
consentimento de todos os credores e sem ficar com os bens suficientes para solver o passivo;
d. simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
e. dá ou reforça garantia ao credor por dívida contraída anteriormente, sem ficar com bens livres e desembaraçar dos suficientes para saldar o seu passivo;
f. ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores; abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
g. deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. (BRASIL, 2013). 
3. A declaração judicial da falência: normalmente, a falência é requerida por um dos credores quirografários, que exibe títulos da dívida vencida (nota promissória, duplicata, cheque etc.) e a prova de caracterização da impontualidade do devedor, para o que junta a certidão de protesto, é feito então, um requerimento que diz o motivo da falência, o pedido de falência, seja qual for a sua fundamentação, deverá ser convenientemente instruído para servir de base à decisão do juiz, em seguida, é dada ao devedor a oportunidade de defender-se:
a. Se o fundamento do pedido de falência for o da impontualidade (art. 94, I), dentro do prazo de contestação o empresário devedor poderá suspender a falência depositando o valor da dívida acompanhada da defesa. Evidentemente, feito o depósito,não haverá a declaração da falência, ocasião em que a ação se converte em cobrança individual, de qualquer maneira, poderá o requerido pagar a dívida dentro desse prazo ou promover a devida defesa, anda dentro do prazo de contestação, o devedor poderá pleitear sua recuperação judicial (LF, art. 95).
b. Se fundado o pedido na ocorrência do chamado ato de falência (art. 94, III), a defesa do devedor empresário, que recebe o nome de embargos, deverá ser apresentada também dentro do prazo de contestação. Será uma defesa com produção mais ampla de prova, devido à complexidade do fato apresentado. (BRASIL, 2013).
Cabe ao juiz decretar ou não a falência, se decretar através de sentença fundamentada, nomeará o administrador judicial e marcará prazo para que os credores se habilitem, prazo esse que deverá ser de 15 dias, não observado esse prazo, as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias, a decretação de falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor e dos sócios ilimitada e solidariamente responsáveis, o juízo da falência é indivisível e competente (todas as ações deverão ser necessariamente julgadas pelo mesmo juiz) para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas e fiscais, todas as ações terão prosseguimento com o administrador judicial, que deverá ser intimado para representar a massa falida, sob pena de nulidade do processo. 
 A sentença que acolhe o pedido do credor encerra a primeira fase do processo falencial, conhecida como etapa pré-falencial. A segunda fase do processo de execução propriamente dito, chamada etapa falencial, que é constituída por uma série de atos destinados à expropriação dos bens do devedor, a fim de satisfazer seus credores.
A partir do momento em que a sentença transita em julgado (ou seja, quando dela não cabe mais recurso), ingressa-se no terreno da execução coletiva, ocasião em que o juiz nomeia o administrador judicial, o administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. A ele será atribuída a missão especial de arrecadar todos os bens do empresário falido, todos os credores quirografários deverão vir ao juízo da falência, provando os seus direitos, seus créditos, finalmente, o administrador judicial promoverá a venda dos bens da massa, através do leilão público, e pagará os credores. 
BOA NOITE!

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