Prévia do material em texto
Anestesiologia Resumo Naysla revisão anatÔmica maxila · Canal e forame infra orbitário = passagem do nervo infraorbitário · Canais e foraminas alveolares = emerge o nervo inferior · Canal e forame incisivo = nervo nasopalatino · Canal e forame palatino maior= nervo palatino maior · Canal e forame palatino menor = nervo palatino menor mandibula · Canal mandibular = nervo alveolar inferior · Forame mentual = nervo mentual, nervo incisivo anestia local · Perda da sensação em determinada área em função da diminuição da condução do impulso nervoso = causada por fármaco · Não gera perda de consciência · Aplicação tópica ou injetável · Fármacos que inibem reversivelmente os processos de excitação e condução do impulso nervoso ao longo das fibras nervosas métodos · Trauma mecânico (compressão dos tecidos) · Baixa temperatura · Anoxia = não há a circulação sanguínea no tecido · Irritantes químicos · Agentes neurolticos (álcool ou fenóis) · Agentes químicos (anestésicos locais) como funciona um anestesico local · Colocado em algum ponto entre o estimulo doloroso e o cérebro · O impulse nervoso segue até o ponto de aplicação do anestésico e então morre, jamais alcançando o cérebro, e a dor não ocorre açôes sobre o nervo · V par craniano: nervo trigêmeo Ramos: oftálmico, maxilar e mandibular Misto: motor da mastigação/ sensitivo: sensibilidade facial · VII par de nervo craniano: nervo facial Ramos: temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical Misto: motor: expressão facial Sensitivos: sensação gustativa 2/3 anteriores da língua + sensação rosto tipos de anestésicos Tópico · Pomada ou liquido · Benzotópico + comum · Ação superficial · Mucosa deve estar seca injetaveis · Ocorre a difusão do fármaco nos tecidos adjacentes ao local aplicado INSTRUMENTAIS: · Seringa carpule · Tubete anestésico = não pode ser reaproveitado em pessoas/momentos diferentes · Agulha: Longa / Curta / Extracurta farmacologia dos anestésicos locais Impulso nervoso · Neurônio: celulas excitáveis que também apresentam ESTADO DE REPOUSO · Não há diferença de potencial o suficiente para transmitir o impulso nervoso · Potencial de repouso: é a composição de íons intracelular ou extracelular que faz com que haja diferença de potencial entre os meios intra e extracelular, que não permite a condução de impulso nervoso · Potencial de ação: bomba de sódio e potássio · Estimulo nervoso promove a permeabilidade da membrana axonica – entrada ne Na+ - interior se torna positivo e exterior negativo · Após o estimulo a célula se despolariza · Posteriormente os canais de sódio vão se fechar e os de potássio vão se abrir · Potássio começa a sair da célula, reduzindo a carga elétrica + no interior da célula-repolarização A condução de impulso nervoso acontece pela alteração da carga elétrica que percorre todo axônio, fazendo ocorrer a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica · Diferença de potencial: se torna suficiente para a propagação do impulso (despolarização) · Após a propagação · Canal de Na+ se fecha e canal de k+ se abre para tornar o axônio negativo novamente (repolarização) · Bainha de Mielena favorece a propagação do impulso nervoso · Propagação do impulso nervoso libera neurotransmissores na fenda sináptica mecanismos de ação dos AL (anestesia local) · Bloqueio reversível · Obstruir o canal de Na+ impedindo a saída dele e, consequentemente, a transmissão do impulso na região · Impede a despolarização · Ocorre entre a origem e o cérebro (incisão com bisturi nos tecidos moles) · O impulso impedido de chegar ao cérebro não pode ser interpretado como dor pelo paciente fatores que interferem na ação al · Tamanho molecular · Tamanho menor = mais facilidade de difusão, porem maior facilidade de metabolização Tempo de indicação e duração · Tamanho maior = mais difícil a difusão, porém, mais difícil a metabolização também Tempo de indução e duração · Solubilidade lipídica · Lipofílico tem maior facilidade ao atravessar a Bainha de medina = + eficiente · Tipo de fibra bloqueada · Fibra grossa: e de condução rápida (efeito mais lento) · Fibras finas: e de condução lenta (efeito mais rápido) · Concentração do anestésico · PH do meio (tamponamento) · Normal na área aplicada: 7,4 · Anestésico e vasoconstritor: acido · Promove queda do ph: anestésico só alcança a maior potencialíssima efetivo após o tamponamento (ph volta a ser básico) Quando menos Ph mais leva para finalizar o tamponamento · Associação com vasoconstritores (diminui a passagem do AL do tecido para o vaso sanguíneo-prolongamento do efeito anestésico) propriedades desejáveis · Não irritante para tecido · Bloqueio REVERSIVEL · Não gerar resíduos tóxicos ou de fácil metabolização · Eficaz tanto infiltrado quanto aplicado localmente · Início rápido · Durabilidade suficiente para realizar procedimentos · Poucas reações alérgicas · Deve ser estéril ou capaz de ser esterilizado pelo calor sem deterioração · Nenhum anestésico local em uso atualmente satisfaz todos esses critérios, entretanto, todos os anestésicos realmente satisfazem a maioria dele cinetica do inicio da duração de ação dos al Os anestésicos locais são capazes desse difundir atravez do epineuro por causa de sua consistência frouxa Os vasos sanguíneos e canais linfáticos que atravessam o epineuro absorvem as moléculas do AL, removendo-as do local da infiltração Nervo periférico · Os feixes do manto (+próximos da origem do nervo) são os primeiros a serem atingidos pelo AL e são expostos a uma concentração mais alta dele · Sofrem bloqueio completo · Expostas primeiro · Feixes do centro (+ distantes da origem do nervo) · Não sofrem bloqueio completo · Expostas tardiamente As fibras próximas à superfície de um nervo (fibras do manto) tendem a inervar regiões mais proximais (ex:.área molar com bloqueio do nervo alveolar inferior), enquanto as fibras nos feixes centrais inervam os pontos mais distais da distribuição do nervo (p..e.:.incisivos e caninos com bloqueio alveolar inferior). tempo Indução: Varia com anestésico Duração: local escolhidos, associação com vasoconstritor reversão da anestesia Ocorre de forme semelhante a indução, porém, de forma contraria As fibras do manto permanecem anestesiadas por mais tempo e as fibras centrais pelo menor tempo necessidade de reaplicação Neste caso podem ocorrer duas situações: 1) Tempo de indução anestésica será mais rápido e será necessário menor quantidade 2) Poderá haver dificuldade em reobter anestesia profunda pelo mecanismo da taquifilaxia: aumento da tolerância a uma droga que é administrada repetidamente, principalmente se a função do nervo tiver sido recuperada antes da reinfiltração. Causas da taquifilaxia · Edema · Hemorragia localizada · Formação de coagulo · Hipernatremia · Diminuição dos ph dos tecidos (ocasionada pela primeira infiltração anestésica) duração da anestesia farmacologia dos vasoconstritores Todos os anestésicos locais injetáveis são vasodilatadores Fármacos que contraem os vasos sanguíneos, controlam a perfusão tecidual Os vasos sanguíneos do local da injeção se dilatam, resultando no aumento da perfusão local levando às seguintes reações: 1. Aumento da taxa de absorção do AL pelo sistema cardiovascular (removendo-o do local de infiltraçãoredistribuição); 2. Aumento do nível plasmático do AL com consequente aumento do risco de toxicidade (intoxicação por dose excessiva) 3. Diminuição da profundidade e da duração da anestesia devido à difusão mais rápida da solução anestésica para fora do local de injeção; 4. .Aumento do sangramento no local do tratamento devido ao aumento da perfusão efeitos vasoconstritores 1. Diminuem o fluxo sanguíneo, para o local de administração do anestésico 2. Absorção do anestésico local para o sistema cardiovascular torna-se mais lenta 3. Níveis sanguíneos do anestésico local são reduzidos, diminuindo assim o risco de toxidade do AL 4. Maioresquantidades de AL penetram no nervo, onde permanecem por períodos mais longos, a duração de ação da maioria dos anestésicos locais 5. Diminuem o sangramento no local da administração (hemostasia) tipos de vasocontritores Comumente utilizados em conjunto com os anestésicos locais são: · Quimicamente: idênticos ou semelhantes aos mediadores do sistema nervoso simpático · Adrenalina e noradrenalina: também denominados simpaticomiméticos sistema nervoso autônomo · Involuntário · Se divide em duas porções: SN simpático e SN parassimpático, que se distinguem segundo alguns critérios, principalmente fisiológicos · SN simpático e parassimpático são ANTAGONISTA · Vão liberar neurotransmissores na fenda sináptica sistema nervoso simpático · Gânglios ao lado da medula espinhal · Neurotransmissor: noradrenalina · Prepara o organismo para uma situação de ação (ataque ou defesa) sistema nervoso parasimpático · Nervos partem do tronco cerebral ou da medula na região sacral · Neurotransmissor: acetilcolina · Prepara o organismo para situações de repouso, recuperação, conservação O sistema simpático é antagonista (atua contrário) ao parassimpático em um determinado órgão, mas existem algumas exceções como nas glândulas salivares, onde os dois sistemas aumentam a secreção. No entanto, é importante ressaltar que os dois trabalham em harmonia para a coordenação da atividade visceral adequando o funcionamento de órgãos a diversas situações no qual é submetido O parassimpático (acetilcolina) apresenta ação sempre localizada em um órgão ou região do organismo. Já o simpático (adrenalina e noradrenalina) possui uma localização mais difusa atingindo vários órgãos ação dos vasoconstritores As ações dos vasoconstritores assemelham-se a reposta dos nervos adrenérgicos a estimulos, eles são classificados como agentes simpaticomiméticos ou adrenérgicos concentração dos vasoconstritores exemplo → 1:100.000 = 1g para 1000ml · Leitura deve ser feita da seguinte forma: grama de soluto por ml de solução. · 1 miligrama (mg) = 1000 microgramas (µg) · PARA LEMBRAR: g de soluto/ml de solução cuidado com o uso de vasoconstritores A administração intravascular de vasoconstritores, assim como a administração em indivíduos sensíveis (hiper-reativos), ou a ocorrência de interações medicamentosas não previstas podem produzir manifestações clínicas significativas. adrenalina · Vasoconstritor mais usado em anestésicos locais, a adrenalina não é um fármaco ideal · Os benefícios de se adicionar adrenalina a um a solução de anestésico local deve ser avaliada em relação aos riscos que podem estar presentes · Pressão arterial e a frequência cardíaca são minimamente afetadas com essas doses Atenção = pacientes com doenças cardiovasculares hemostasia A injeção de adrenalina diretamente no local da cirurgia produz concentrações teciduais elevadas e hemostasia local · Com a diminuição dos níveis teciduais de adrenalina ao longo do tempo (devido a circulação) a sua primaria sobre os vasos sanguíneos é revertida para a vasodilatação (comum a observação de sangramento após 6 horas da cirurgia) arsenal para aplicação de anestesia injetavel · Seringa · Agulha · Cartucho / tubete / carpule tipos de seringas Não descartáveis a) Com aspiração, metálica, de carga lateral e de tipo cartucho. b) Com aspiração, plástica, de carga lateral e de tipo cartucho c) Auto aspiração, metálica, de carga lateral e de tipo cartucho d) Seringa de pressão para injeção do ligamento periodontal e) Injetor a jato (seringa “sem agulha” Vantagens: cartucho visível, aspiração com uma das mãos, autolavável, resistente a ferrugem, duração longa com manutenção apropriada Desvantagens: peso, pode ser grande demais para operadores pequenos, possibilidade de infecção com cuidado inadequado Vantagens: cartucho visível, aspiração mais fácil por mãos pequenas, autolavável, resistente a ferrugem duração longa, pistão é marcado com números (indica volume de anestésico local administrado) Desvantagens: peso, sensação de insegurança para profissionais, possibilidade de infecção com cuidado inadequado Seringas descartáveis Seringas de pressão Sistema de aplicação de anestésico local controlados por computados agulha · O calibre designa o diâmetro da luz da agulha · Mais utilizada: Calibre 30 G (amarelo) Calibre 27 (cinza) * Qto > o calibre, + estreito . 23,25,27,30 Comprimento: Ultracurta (<20mm) Curta (20 a 25mm) Longa (30 a 35mm) · Independente do tamanho da agulha: não introduzir a agulha completamente no tecido para evirar fratura · Ele vem esterilizadas · Devem ser descartadas · Devem ser trocadas após 3 a 4 penetrações · Deve ser tampada pela capa protetora quando não estiver em uso · Não deve ser feitas tentativas de mudar a direção de uma agulha enquanto ela estiver encrustada no tecido · Não forçar a agulha em um tecido que oferece resistência tubete · Contem 1.8 ml de solução anestésica · Disponível em vidro e em plástico · Não pode ser autoclavado tubete de plastico desvantagens · Vazamento da solução durante a injeção · Necessidade de uma força considerável a ser aplicada no embolo da seringa · O pistão de borracha não desliza pelo cartucho de plástico tão suavemente quanto faz no cartucho de vidro · São permeáveis ao ar (exposição ao oxigenio acarreta a degradação mais rápida do vasoconstritor) Atenção: não utilizar tubete se houver alguma alteração no produto como bolha, vazamento, ferrugem, ardência a injeção recomendaçôes quanto ao uso dos tubetes · Não devem ser usados em mais de um paciente · Devem ser armazenadas a temperatura ambiente · Não pode ser aquecido ou resfriado · Não podem ser usados após aspirar sua validade equipamento adicional Antisséptico tópico – evitar infecção no local da injeção. Pouco utilizado Anestésico tópico – diminuir a sensação de dor do paciente quando da introdução da agulha. Muito utilizado Como aplicar: secar a mucosa e aplicar o anestésico com uma haste por 2 a 3 mn no ponto de penetração da agulha escolha de vasocontritor e base anestésica duração da anestesia · Resposta individual a substancia · Precisão no deposito do anestésico local · Condição dos tecidos no local da infiltração da substancia · Tipo de injeção administrada (supra periosteal, bloqueio) · Volume de anestésico administrado (obedecer a recomendação técnica) A duração da ação da anestesia e dividida de acordo com o tempo de anestesia pulpar em: · Curta: 30 min · Intermediaria: 60 min · Longa: 90 min Para todas as soluções anestésicas, a realização de um bloqueio nervoso fornece uma duração maior da anestesia (pulpar e dos tecidos moldes) do que a injeção supra periosteal grupos de risco · Crianças pequenas e de baixo peso · Idosos debilitados · Pessoas que apresentam ansiedade, especialmente associada a atendimentos odontológicos A dose máxima recomendada deve ser sempre diminuída em pessoas clinicamente comprometidas, debilitadas ou idosos, não há uma formula para realizar esse cálculo. Usar o bom senso vasoconstritores contraindicações 1. P.A sistólica > 200mmHG ou diastólica >120mmHg 2. Hipertireoidismo não controlado (taquicardíaca) 3. Doenças cardiovascular grave: · Angina instável (pré-infarto) · Arritmia que não responde ao tratamento 4. Usuário de beta-bloqueador (anti-hipertensivo), antidepressivo tricíclico, inibidor de MAO- monoamina oxidase (elepril-tratamento de parkson) 5. Asa IV dosagem maxima São apresentados em mg/kg Tem como objetivo: evitar reação toxica da droga Há uma variação ampla na resposta dos pacientes aos níveis sanguíneos do anestésico local, sendo que os hiper-reativos podem apresentar sintomas e sinais clínicos de superdosagem mesmo com concentração a nível sanguíneo considerada baixa. EMPREGAR SEMPRE A MENOR DOSE CLINICAMENE EFICAZ. calculo da dosagem máxima recomendada cálculo de miligramas de anestésico por tubete (1,8) tipos de al tipo éster Cloridrato de Procaína, Cloridrato de Propoxicaína, Procaína+ Propoxicaína. Não são mais utilizados. (tempo de indução anestésica longo- 6 a 10 min, não proporciona anestesia pulpar, muita vasodilatação. Interesse histórico, primeiro AL injetável. Não serão discutido tipo amida Articaína, bupivacaína, lidocaína, mepivacaína, prilocaína. lidocaína Metabolizada pelo fígado Excretadas pelos rins Pode ser usada em gravida e lactante Inicio de ação: 3-5 min Dose máxima recomendada: 7,0 mh/kg Padrão ouro Disponível: 2% com adrenalina a 1:50.000 (recomendação: hemostasia. Não usar em ASA 3 e 4, criança e idoso) 2% com adrenalina a 1:100.000 Existe 2% SV, porém, muito efeito vasodilatador, limitando seu uso Duração: Anestesia pulpar: 60 minutos Tecidos moles: 3-5 horas Efeito vasodilatador muito acentuado. Não há justificativa atual para seu uso sem vasoconstritor associado Ideal: 2%. Uso de concentração a 3% aumenta o risco de toxicidade e não é mais eficaz Associação com vasoconstritor ideal: 1:100.000 (embora exista 1:50.000) Segura durante a gravidez e amamentação Uso restrito em hepatopatia grave, cardiopata ASA III e IV e alérgico ao bissulfito Melhor associação comercial: Alphacaine 2% com Adrenalina 1:100.000 mepivacaína Metabolizada pelo fígado Excretada pelos rins Produz pouca vasodilatação Início de ação rápido 3-5 min Concentração eficaz: 3% SV ou 2% com vasoconstritor Dose máxima recomendada: 6,6 mg/Kg SV e 3,0 mg/Kg com vasoconstritor A formulação SV apresenta pouca vasodilatação (20-40 min anestesia pulpar para técnicas infiltrativas; 40 min bloqueio nervoso e 2-3 horas de tecido mole) Semelhante à Lidocaína (derivada da Lidocaína) Justificado na literatura seu uso sem vasoconstritor (devido ao seu discreto efeito vasodilatador). Porém, é questionável Mepivacaína 3% SV está indicada para pacientes com restrição ao uso de vasoconstritor, odontopediatria e odontogeriatria e em procedimentos que não requeiram anestesia pulpar de longa duração. Devido ao baixo efeito vasodilatador, é indicado sem vasoconstritor para pacientes que sofreram AVE, infarto ou cirurgia cardíaca há menos que 6 meses, diabetes não controlada, hipertireoidismo descompensado, pacientes em uso de antidepressivos Mepivacaína 2% com levonordefrina a 1:200.000 proporciona anestesia pulpar semelhante à lidocaína (60 minutos) e tecidos moles 3-5 horas. Nos casos em que se deseja hemostasia, recomenda-se utilização de adrenalina por possuir melhor efeito vasoconstritor Início de ação rápido: 30 a 60 seg. Não é indicada em grávidas, e crianças, devido ao seu metabolismo complexo prilocaína Metabolizada mais eficientemente pelo organismo (metabolismo no local de aplicação e hepática). Excretada pelos rins. Contraindicada para cirurgias extensas, por seu metabolismo ocorrer mais rapidamente (isso diminui seu efeito), além do seu vasoconstritor associado não ser considerado potente. Apresenta uma potência e toxicidade duas vezes maior que a lidocaína. Concentração odontológica eficaz: no livro: 4% SV ou com adrenalina 1:200.000 (não é utilizada nos EUA). No Brasil: 3% SV ou com felinefrina Seu metabólito é capaz de provocar metahemoglubinemia (hemoglobina não se liga ao oxigênio). Por isso é contraindicada para gestantes e portadores de hemoglobulinopatias (ex.anemia) Além da contraindicação da base anestésica, seu preparo com a felipressina contraindica seu uso em gestantes (pode induzir contrações uterinas) início da ação 3-5 minutos Dose máxima recomendada: 8,0 mg/kg bupicaína Apresenta potência 5x > e toxicidade 4x< que a lidocaína. Longa duração → ambientes hospitalares Início de ação: 4 a 6 minutos Contraindicada para crianças abaixo de 12 anos, gestantes e idosos acima de 60 anos, hepatopatas e nefropatas devido ao metabolismo complexo e ação prolongada. Indicada para procedimentos invasivos e emergências. Características: proporciona ótima hemostasia durante o procedimento cirúrgico, segurança transoperatória e analgesia pós-operatória Duração do efeito (em minutos) articaína Alto grau de difusão tecidual (há relatos de possibilidade de extrações no arco superior apenas por injeção vestibular) Início de ação: 1 a 2 minutos Contraindicada em gravidez (potencial metahemoglobulinemia) e anemia e alérgicos a enxofre Duração do efeito (em minutos) De acordo com alguns autores, a mepivacaína sem vasoconstritor é dispensável, pois, a prilocaína a 3% possui as mesmas indicações, sendo que seu vasoconstritor felipressina possui efeito adrenérgico Pacientes em uso de cocaína/crack – interação medicamentosa: pode ocorrer crise hipertensiva, taquicardia. Pode evoluir para óbito tipos de vasoconstritores adrenalina Efeitos: Aumento da glicemia Dilatação da musculatura lisa bronqueolar Pode desencadear crises de hipertireoidismo em pacientes descompensados Doses máximas recomendadas para pacientes por consulta, de acordo com a condição sistêmica: noradrenalina Não é indicada, pois os efeitos vasoconstritores são mais duradouros (pode levar à necrose), sem, no entanto, aumentar a eficácia fenilefrina •É o vasoconstritor mais fraco utilizado em Odontologia (20 vezes menos potente que a adrenalina). •Por seu metabolismo, é hidroxidada em adrenalina para posterior eliminação felipressina- vasoconstritor Ação maior sobre a microcirculação venosa (efeito hemostático não é muito bom, bem como seu uso em procedimentos demorados) Indicado em pacientes que usam antidepressivos tricíclicos, medicamentos para controle da tireoide, inibidores de MAO, pois não interfere na transmissão nervosa adrenérgica contraindicada em gestantes por interferir no tônus uterino resumindo *Adrenalina: contraindicada em diabéticos, hipertireoidismo descompensado, usuário de beta-bloqueador (antihipertensivo), inibidor de MAO (ex:Elepril-tratamento de parkinson), ou antidepressivo tricíclico Noradrenalina: não utilizar Fenilefrina: FRACA – contraindicada em diabéticos Felipressina: ruim para hemostasia (cirurgia e procedimento demorado); indicada para pacientes com depressão, parkinson, disfunção da tireoide, diabetes. Contraindicada para gestantes tecnicas de anestesia mandibular anestesia em mandibula · De acordo com alguns autores, a mepivacaína sem vasoconstritor é dispensável, pois, a prilocaína a 3% possui as mesmas indicações, sendo que seu vasoconstritor felipressina possui efeito adrenérgico bloqueio do nervo bucal · Ramo da divisão anterior de V 3 (trigêmeo). · Não é necessária para muitos procedimentos restaurativos dentários. · INERVAÇÃO SENSORIAL DE TECIDOS MOLES BUCAIS NA REGIÃO DE MOLARES INFERIORES. · Frequência de sucesso alta, próxima a 100% bloqueio do nervo bucal Bloqueio complementar do nervo bucal é necessário somente quando for exigida a anestesia dos tecidos moles da região bucal posterior. NAI- PECULIARIDADES Os nervos da parte externa do feixe nervoso suprem os dentes molares, enquanto os nervos da parte interna (fibras centrais) suprem os dentes incisivos. Portanto, a solução anestésica local depositada próximo ao NAI pode se difundir e bloquear as fibras mais externas, porém não aquelas localizadas mais centralmente, ocasionando uma anestesia mandibular incompleta. BLOQUEIO DO NAI Após bloqueio do NAI, é comum o paciente apresentar dificuldade para deglutir, devido à falta de sensibilidade nos tecidos moles. NERVOS ANESTESIADOS · Alveolar inferior · Incisivo · Mentual · Lingua áreas anestesiadas Dentes mandibulares até linha média Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame mentual Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (n.lingual) Periósteo e tecidos moles linguais (n.lingual) indicações-anestesia nai · Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante · Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais (exceto região de molares). · Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais contraindicações anestesia NAI · Infecção ou inflamação aguda na área de injeção (rara); · Pacientes que tenham maior probabilidadede morder o lábio ou a língua, como uma criança muito pequena ou portador de deficiência física ou mental. VANTAGENS- ANESTESIA NAI Uma injeção proporciona uma ampla área anestesiada odontologia de quadrantes DESVANTAGENS- ANESTESIA NAI · Ampla área de anestesia (não indicada para procedimentos localizados) · Chance de falha na técnica anestésica · Marcos intraorais não consistentemente confiáveis · Aspiração/refluxo positivo (10 a 15%) a mais alta de todas as técnicas · Anestesia da língua e do lábio inferior, desagradável para muitos pacientes. Potencialmente perigosa para desenvolvimento de traumas mecânicos (mordedura). · Anestesia parcial possível em casos em que estão presentes um nervo alveolar inferior bífido e canais mandibulares bífidos; inervação cruzada na região anterior ALTERNATIVAS – NAI · Bloqueio mentual (para tecidos moles bucais anteriores ao 1ºM) · Bloqueio do nervo incisivo, para anestesia dos tecidos moles pulpares e bucais de dentes anteriores ao forame mentual (2ºPM ao IC) · Injeção supraperiosteal para anestesia pulpar dos IC, IL · Bloqueio do nervo mandibular de Gow-Gates · Bloqueio do nervo mandibular de Varizani-Akinosi · Injeção IO ou intrasseptal para a anestesia pulpar e dos tecidos moles de qualquer dente mandibular TECNICA- ANESTESIA NAI · Agulha longa - para pacientes adultos · Área de inserção: mucosa do lado medial (lingual)do ramo da mandíbula, na interseção de duas linhas: uma horizontal, representando a altura de inserção da agulha, e a outra vertical, representando o plano anteroposterior de injeção · Área-alvo: NAI, antes de penetrar o forame · Nesta técnica a orientação do bisel não é importante · Paciente em posição supina (ou ligeiramente reclinado) · Boca deve estar bem aberta para maior visibilidade e acesso ao local da injeção Três parâmetros devem ser observados: 1. Altura da injeção: · colocar o dedo sobre a incisura coronoide e projetar esse ponto para a rafe pterigomandibular (essa linha imaginária deve ser paralela ao plano oclusal dos dentes infeirores) · O dedo da incisura coronoide deve esticar os tecidos (proporciona menos trauma na injeção e maior visibilidade dos tecidos) 2. .Altura da injeção: O ponto de inserção da agulha se situa a ¾ da distância anteroposterior da incisura coronoide até a parte mais profunda da rafe pterigomandibular (ponto 1). 3. Local anteroposterior de injeção: Ponto 2: linha vertical, através do ponto 1, a cerca de ¾ da distância da borda anterior do ramo da mandíbula 4. . Profundidade de penetração: Deve haver contato com o osso. Avançar a agulha devagar até poder sentir que ela encontra uma resistência óssea; 20 a 25 mm (2/3 a ¾ de uma agulha longa) CORRIGINDO O TRAGETO Caso a agulha toque o osso cedo demais, estará muito lateral ao ramo da mandíbula. Para corrigir: · Retrair ligeiramente a agulha, sem retirá-la do tecido · Trazer o corpo da seringa mais para frente da boca, sobre o C ou IL do lado contralateral · Redirecionar a agulha até que seja obtida uma profundidade de inserção apropriada AGULHA LATERAL AO RAMO DA MANDIBULA Se não houver contato com o osso, a ponta da agulha está localizada demasiado posteriormente (medialmente). Para corrigir: · Retrai-la ligeiramente, sem retirá-la dos tecidos · Reposicionar o corpo da seringa mais posteriormente (sobre os molares mandibulares) · Continuar a inserção da agulha até fazer contato com o osso a uma profundidade apropriada (20 a 25 mm) AGULHA MUITO MEDIAL (POSTERIOR) AO RAMO DA MANDIBULA ANESTESIA NAI- SINAIS E SINTOMAS · Subjetivo: formigamento ou dormência no lábio inferior (=anestesia n.mentual) · Subjetivo: formigamento ou dormência na língua (=anestesia n.lingual). Pode estar presente sem a anestesia do NAI · Objetivo: caso o paciente já apresente dor, está se cessará · Objetivo: ausência de dor durante a terapia dentária BLOQUEIO DO NAI Bloqueio complementar do nervo bucal é necessário somente quando for exigida a anestesia dos tecidos moles da região bucal posterior. BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL · É um ramo terminal do alveolar inferior · Localização: próximo ao ápice dos pré-molares · Inervação sensorial aos tecidos moles bucais situados anteriormente ao forame e aos tecidos moles do lábio inferior e queixo, unilateralmente. · Na prática, há pouca indicação para bloqueio do mentual AREAS ANESTESIADAS-MENTUAL Mucosa bucal anteriormente ao forame (em torno do 2ºPM), pele do lábio inferior e queixo, até linha média INDICAÇÕES Quando anestesia dos tecidos moles é necessária para procedimentos em mandíbula, anteriormente ao forame. Ex: biópsia em tecidos moles, sutura de tecidos moles. CONTRAINDICAÇÃO Infecção ou inflamação na área a ser anestesiada VANTAGENS E DESVANTAGENS Vantagens: técnica fácil e atraumática Desvantagens: hematoma TECNICA- MENTUAL · Agulha curta · Área de inserção: prega mucobucal no forame mentual (ou imediatamente anterior) = entre pré-molares, mais próximo ao ápice do 2ºPM · Forame pode ser visualizado ao rx · Bisel em direção ao osso · Profundidade de penetração: 5 a 6 mm · Volume: 0,6 ml (1/3 do tubete) *evitar contato com periósteo (dor, choque, parestesia) SINAIS E SINTOMAS Subjetivo: formigamento ou dormência no lábio inferior Objetivo: ausência de dor durante o tratamento BLOQUEIO DO NERVO INCISIVO · N.Incisivo: ramo terminal do alveolar inferior · Continuação direta do alveolar inferior no forame mentual · Fornece inervação sensorial aos dentes localizados anteriormente ao forame mentual · O nervo é sempre anestesiado quando um bloqueio nervoso alveolar inferior ou mandibular é bem-sucedido; por essa razão, o bloqueio do nervo incisivo não é necessário em casos em que esses bloqueios são administrado. AREAS ANESTESIADAS · PM, C, IL IC (exceto o 2ºPM, se este é localizado muito posterior ao forame), seus tecidos moles e osso · Lábio inferior, pele e queixo INDICAÇÃO · Anestesia de dentes inferiores anteriores · Quando o bloqueio NAI não é indicado (ex: tratamento de dentes anteriores bilateral). · Bloqueios nervosos incisivos bilaterais podem ser administrados quando o tratamento dentário envolver procedimentos bilaterais em pré-molares e dentes anteriores mandibulares. CONTRAINDICAÇÃO · Infecção ou inflamação na área da injeção VANTAGENS E DESVANTAGENS · Vantagens: anestesia pulpar sem anestesia da língua · Desvantagens: não proporciona anestesia lingual Pode haver anestesia parcial na linha média devido à superposição de fibras nervosas do lado oposto complementar Pode ser necessário infiltração (V e L) nos IC para anestesia pulpar completa TECNICA · Agulha curta · Prega mucobucal no forame mentual ou anterior a ele (PMs) · Bisel em direção ao osso durante a injeção · Solicitar que o paciente feche parcialmente a boca · Penetração: 5 a 6 mm · Volume: 0,6 ml (1/3 do tubete) · Os tecidos no local da injeção irão inflar. Pressionar para que o anestésico penetre o forame (para que seja anestesiado o incisivo) durante 2 minutos COMPLICAÇÕES · Podem ocorrer hematoma e parestesia volumes recomendados de solução anestésica local para tecnicas de injeção mandibular · Alveolar inferior: 1,5 mL (cerca de 1 tubete) · Bucal: 0,3 mL (1/6 de um tubete) · Mentual: 0,6 mL (1/3 de um tubete) · Incisivo: 0,6 à 0,9 mL (1/3 à ½ de um tubete)