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ANAMNESE Antes de fazer qualquer cirurgia é de extrema importância que o cirurgião dentista realize a anamnese, já que pacientes podem ter uma variedade de problemas de saúde que necessitem de modificação de tratamento ou acompanhamento médico prévio para que a cirurgia seja feita de forma segura. O sucesso de qualquer cirurgia depende da habilidade de quem a desdobra, da homeostasia do paciente, superando o trauma cirúrgico e promovendo a reparação tecidual. HOMEOSTASIA É o equilíbrio e o processo de manutenção das condições constantes do líquido extracelular. As células de cada órgão e de cada tecido do nosso organismo precisam ser nutridas, receber oxigênio e glicose. Onde isso tudo é regulado pelo sistema metabólico, sistema excretor, sistema nervoso, sistema circulatório, sistema respiratório e sistema digestivo estando em condições equilibrados para que o corpo funcione regularmente e em equilíbrio. Cardiologia É a especialidade que diagnóstica e trata de doenças que acometem o coração e outros componentes do sistema circulatório. Sinais Vitais: antes e durante a cirurgia, os sinais vitais devem ser monitorados periodicamente. Além disso, deve ser mantido contato verbal regular com o paciente. A avaliação segue os seguintes cuidados: P: pulsação, T: temperatura, R: respiração e PA: pressão arterial. A normalidade da frequência cardíaca é de 72 bpm, temperatura: 36,5°C-37°C, frequência respiratória: 12 resp/min e pressão arterial: 120/80mmhg. Eletrocardiograma Registro da atividade elétrica do coração e de importância para casos no diagnóstico das cardiopatias como insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, bloqueios cardíacos, infarto agudo do miocárdio e isquemia miocárdica. Choque O estado de choque caracteriza-se por insuficiência circulatória aguda com deficiente oxigenação dos órgãos vitais. Tipos de choque: choque hipovolêmico (perca de grande quantidade de sangue, dificuldade do coração de bombear), choque cardiogênico (perca da capacidade do coração de contrair, menos sangue circulando no coração) choque toxêmico (alteração no débito cardíaco) choque neurogênico (alteração na circulação sanguínea a nível do sistema nervoso central, podendo desmaiar) e choque anafilático (retrata os problemas de anafilaxia, processos alérgicos). Causas: traumatismo externo e interno, perfuração súbita dos órgãos, emoção, frio, queimadura, intervenções cirúrgicas e dentre outros. Sinais e sintomas: náuseas, prostração, suores frios, olhos mortiços e palidez. Em um estado de agravamento pode ocorrer inconsciência, respiração superficial e pulso fraco. Doenças Cardíacas Os pacientes podem apresentar as seguintes doenças: Doenças cardíacas isquêmicas (angina, enfarte) Arritmias cardíacas Insuficiência cardíaca congestiva Endocardite infecciosa Transplantes Endocardite bacteriana: é uma infecção por bactérias no coração na parte interna onde as colonizações são nas válvulas cardíacas. Podem acontecer em pacientes que tiveram febre reumática quando criança, prolapso de valva mitral quando há regurgitação e dentre outros. A profilaxia da endocardite bacteriana é obtida para a maioria das condições de rotina com a administração de 2g de amoxicilina oralmente 1 hora antes do procedimento. A amoxicilina é o medicamento de escolha, pois é mais bem absorvida pelo trato GI e fornece níveis plasmáticos maiores e mais sustentáveis. Para pacientes alérgicos é possível usar a cefalexina, clindamicina, azitromicina e claritromicina. Para pacientes que irão realizar por via endovenosa se faz o uso da seguinte forma: Cardiopatias e cirurgia: é necessário ter cautela com o uso de anestésicos com vasoconstrictores em pacientes hipertensos e ser encaminhados para o cardiologista, se necessário. Pacientes submetidos à cirurgia cardíacas devem ser submetidos à cirurgia bucais eletivas somente após 6 meses com atenção no uso de medicações anticoagulantes. É a especialidade que estuda e investiga doenças relacionadas com o mecanismo do aparelho respiratório. Os pacientes podem apresentar as seguintes doenças: Asma Bronquite Enfisema Doença pulmonar obstrutiva crônica Asma: quando um paciente possui um histórico de asma, o cirurgião-dentista deve determinar primeiramente, através de mais perguntas, se ele realmente tem asma ou outro problema respiratório como a rinite alérgica. Isso é importante para interver uma possível crise no procedimento cirúrgico. A prevenção são agonistas de curta duração e corticosteroides inalatórios. Pacientes com asma possui as seguintes particularidades: Maior risco de complicações pulmonares pós- operatórios. Broncoespasmo intra-operatorio com risco de vida. Casos de anafilaxia devido à hipersensibilidade a látex, catetes e outros materiais odontológicos. Brocoespasmos. Endocrinologia É o estudo do sistema endócrino e das glândulas como a hipófise, tireóide, paratireóide, supra-renais e pâncreas. Calcitonina: diminui a calcemia. Hormônio paratireoidiano: aumenta a calcemia. Segue o exemplo de três glândulas: Tireóide: a tireóide produz dois hormônios que são a tiroxina (tetraiodotironina T4) e a triiodotironina (T3) tendo a função de regular o metabolismo geral do corpo humano, essa regulação vem principalmente do T4. Quando o metabolismo está em níveis anormais ele pode ter hipertireoidismo (paciente mais acelerado) ou hipotireoidismo (sonolência, unhas quebradiças, queda de cabelo). Supra-renais: acima dos rins é possível observar as glândulas supra-renais que produzem em sua medula a epinefrina e a norepinefrina, no córtex produz os mineralocórticoides (regula o equilíbrio hidroeletrolítico) , glicocorticóides (regula glicose, glicídio) e andrógenos (hormônios sexuais). Pâncreas: O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon. A insulina é um hormônio que é secretado pelas células beta quando a glicemia aumenta, atuando na diminuição da concentração plasmática de glicose, ácidos graxos livres, aminoácidos e entre outros. O glucagon é um hormônio secretado pelas células alfa quando a glicemia diminui, exercendo funções que são opostas a da insulina. Diabetes É uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal de glicose no sangue. Podendo ser classificada como Tipo 1 (insulino dependente) e tipo 11 (não insulino dependente). Quando não tratado adequadamente, causam doenças tais como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais, lesões de difícil cicatrização e dentre outras complicações. Pacientes com diabetes precisam dos seguintes cuidados: Pacientes devem estar sempre compensados, mantendo a medicação habitual (insulina, hipoglicemiantes orais). Devem ser encaminhados para endocrinologistas, se necessário. Atenção do equilíbrio dieta x medicação. Devem receber profilaxia antibiótica pré-operatória devido ao potencial de infecção. Cautela no uso de anestésicos com vasoconstrictores, pois aumentam a glicemia. Nefrologia É a especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, em especial o rim. Funções renais: remover produtos finais do metabolismo e controlar concentrações iônicas. Produtos finais do metabolismo: ureia, ácido úrico, creatinina, fosfato, sulfatos e dentre outros. Pacientes com insuficiência renal precisam dos seguintes cuidados: Cautela em pacientes renais crônicos. Podem fazer uso de anticoagulantes como heparina (pacientes em hemodiálise) Devem ser encaminhados para um nefrologista. Atenção para seleção e dosagem de drogas em pacientes com comprometimento renal. Ajustando a dose de acordo com a finalidade terapêutica,taxa de eliminação da droga e com a patologia renal do paciente. Avaliar exames bioquímicos do sangue: creatinina, ureia, ácido úrico e entre outros. Hematologia É o estudo relacionado ao sangue. De forma macroscópica é possível observar os componentes do sangue que são: plasma, plaquetas leucócitos e os eritrócitos. As células de defesa no sangue são dividas em: Leucócitos granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Leucócitos agranulócitos: monócitos e linfócitos. Alguns leucócitos migram do sangue para o tecido conjuntivo, como: macrófagos, plasmócitos, mastócitos, leucócitos e monócitos. Hemograma Série vermelha: hemácias (mulher 4,5 milhões/mm3) (homem 5milhões/mm3) hemoglobina (mulher 11,5-16,5 g/dl) (homem 13,5-18 g/dl) e hematócrito (mulher 35-47%) (homem 36-52%). Alterações: anemia e perda volêmica. Série branca: leucócitos totais: 5000- 9000/mm3, neutrófilos 3200-6000/mm3, eosinófilos 2-4%, monócitos 4-8%, linfócitos 1300-3400/mm3 e basófilos: 0-1%. Desvios do leucograma nas infecções Três linhas de efesa do organismo: Primeira fase/Fase neutrófila (ou de luta): primeira fase de uma infecção haverá um aumento de leucócitos (leucocitose), a primeira linha de defesa serão os neutrófilos. Os eosinófilos e a linfocitopenia se mantém relativos. Segunda fase/Monocitária (monócitos): aumento dos monócitos (monocitose) em relação ao valor normal, a leucocitose está menos acentuada e ocorre a diminuição de neutrófilos, reaparecendo os eosinófilos. Terceira fase/Fase linfocitária (ou de cura): aumento dos linfócitos, os linfócitos estão ligados à defesa do organismo, por meio da produção de anticorpos. Exames bioquímicos laboratoriais: Hemograma Coagulograma (TAP, PTTK, INR) Glicose: 110 mg/dl Uréia 20-40mg/dl Creatinina: 1-2 mg/dl Ácido úrico: 2-5 mg/dl Bilirrubina total: até 1,2 mg/dl Transaminase glutâmico oxalacética (TGO): em homens 37 U/L e em mulheres 31 U/L Transaminase glutâmico pirúvica (TGP): em homens 42 U/L e em mulheres 32 U/L. Três pontos importantes na solicitação do exames: A glicose é solicitada principalmente quando se existe suspeita de diabetes. A uréia, creatinina e ácido úrico auxiliam na avaliação da função renal. E a bilirrubina, transaminase glutâmico oxalacética (TGO) e transaminase glutâmico pirúvica (TGP) auxiliam na avaliação da função hepática. Pacientes que necessitam de exames complementares se fazem necessário os seguintes exames: Hemograma; Exames bioquímicos; Coagulograma. Não se deve solicitar para todos os pacientes, apenas para pacientes que necessitam. Por exemplo: um paciente que relata ter histórico familiar de diabetes ou um paciente que possui problema nos rins. Hemostasia É o equilíbrio dinâmico entre coagulação do sangue, sistema anticoagulante e sistema fibrinolítico. Não significa só a ausência de hemorragia, mas também a não formação de trombo. Mecanismos da Hemostasia As fases da hemostasia são constituídas por ação vascular, ação plaquetária, sistema de coagulação, sistema fibrinolítico e sistema anticoagulante. Ação vascular Quando o vaso é lesado ocorre a adesão das plaquetas, vários fatores da coagulação vão ser liberados nesse momento, as plaquetas vão se aderir e haverá um emaranhado de fibrinas para vedar a parede do vaso que foi rompida. Quando o vaso é cortado mediante a uma lesão, automaticamente ele irá se contrair e o organismo irá se encarregar de desviar o fluxo sanguíneo para outras vias colaterais, iniciando a ativação das plaquetas e do sistema de coagulação. Ação plaquetária As plaquetas tentam manter o vaso integro de forma emergêncial. Realiza a manutenção da integridade vascular; formação de tampão plaquetário e contribuição para fase de coagulação. Fator de Von Wilebrand: um fator de coagulação que atua na ligação da plaqueta na superfície do endotélio exposto, ou seja, no início da agregação plaquetária. SISTEMA DE COAGULAÇão Os fatores de coagulação se combinam entre eles para que no final do processo haja uma fibrina estável. O fibrinogênio (fibrina) é uma proteína que é um fator de coagulação produzido no fígado juntamente com outros fatores de coagulação. Quem apresenta ausência de fator VIII e IX são hemofílicos, por isso eles sangram muito. Teoria da cascata de coagulação - via comum: em determinado momento a via intrínseca no sangue e a via extrínseca tecidual (as duas vias são combinações de alguns fatores de coagulação) irão ativar o fator X, quando ativado (Xa) consequentemente ele ativará a protrombina e a protrombina ativa a trombina. A trombina quando de encontro com o fibrinogênio se torna uma fibrina. Os monômeros de fibrina precisam do fator XIII ativado para se tornar uma fibrina estável que realize um coagulo firme/estável para ter um bom funcionamento. Sistema Fibrinolítico Se existe um vaso sanguíneo que sessou o sangramento, após a cirurgia é preciso cicatrizar esse vaso que foi rompido, ou seja, a fibrina não pode ficar ali sempre. A fibrina gradativamente deve ser absorvida e eliminada para que o vaso sanguíneo se recomponha. O plasminogênio se transforma em plasmina que vai até o coagulo (fibrina estável) e desfaz a fibrina em fibrinopeptídeos (desfazendo o coagulo de uma forma lenta e gradativa para que o vaso sanguíneo se regenere). O processo de formação e absorção de coagulo é continuo e natural, porém o coagulo é formado em um ritmo maior. O medicamento Transamin (substância ácido tranexâmico) impede a ação de plasminogênio e plasmina, não permitindo a degradação da fibrina estável. Isso é bom para não sangrar, pois o coagulo é formado sem ser degradado. Sistema anticoagulante Sistema que não permite a formação de coagulo dentro do vaso, como: fatores de superfície endotelial; Co-fator antitrombina- heparina; heparina; antitrombina III, proteína C e proteína S. Hemostasia envolve a coagulação e a não coagulação, ou seja, é o equilíbrio disso tudo. De um lado você coagula e de outro lado você degrada esse coagulo. Coagulopatia - hereditárias x adquiridas Podem ser hereditárias (hemofilia, doença de Von Willebrand) ou adquiridas (doença hepática e renal; terapêutica anticoagulante). Coagulograma Tempo de sangramento: com uma lanceta se corta o dedo e observa até quanto tempo será o sangramento. Contagem de Plaquetas: vem no próprio hemograma variando entre 150-400 mil/mm3. Tempo de tromboplastina parcial: avalia todos os fatores na via intrínseca, que evidenciam um tempo de sangramento. Valor normal: 25-45 segundos. Tempo de protombina: se refere à via extrínseca. Valores normal: 11-13 segundos. Razão normalizada internacional (INR): quando se pega o tempo de protombina e o resultado do tempo da protombina e divide pela referência. Valor normal: 1 e no máximo 1,5. Tratamento Cirúrgico em Pacientes Portadores de Coagulopatias Realizar normalmente a avaliação de anamnese; exame físico; exames complementares e cirurgião x hematologista. Nesses casos o procedimento precisa ser planejado em contato com o hematologista, onde serão abordados assuntos como se serão necessário plaquetas caso haja ausência, reposição de fatores de coagulação, agentes antifibrinolíticos e terapia local com agentes hemostáticos. coagulopatias adquiridas – terapia anticoagulante AAS: será necessário interromper a medicação 7 dias antes da cirurgia caso ele não tome AAS, só poderá interromper o medicamento se o médico do paciente autorizar. Se o paciente não puder interromper o ASS será preciso avaliar onde será feito a cirurgia, no consultório ou no hospital. É importante realizar um hemograma para avaliar se não possui deficiência de células vermelhas. Anticoagulantes orais: pode ser interrompido 3-5 dias antes da cirurgia, com a autorização do médicodo paciente. Heparina: droga para não deixar coagular, usada em pacientes renais crônicos que fazem hemodiálise ou pacientes acamados que não conseguem andar. Depois de 6 horas a heparina não possui mais efeito e o sulfato de protamina possui efeito imediato, no pré-operatório. TAP (tempo de atividade da protromina): maior ou igual a 50%, INR: menor que 1,5. Terapia local com agentes hemostáticos: selantes de fibrina, cola de cianoacrilato, esponja de gelatina, celulose oxidada e entre outros. Uso de agentes antifibrinolíticos: medicamento transamin (substância ácida tranexâmico). Extração de Terceiro Molar em Paciente com doença da Van Willebard Protocolo: Pré-operatório: medicamento transamin por volta de dois ou três comprimidos de 8/8 horas. Trans-operatório: adesivo de fibrina beriplast Pós operatório: transamin de 8/8 horas por 7 dias. A orientação para esses pacientes é evitar uma anestesia de bloqueio regional e realizar uma sutura mais oclusiva sem grandes retalhos. Imitação da via comum da coagulação: quando se tem a mistura de fibrinogênio e trombina ocorre à formação de fibrina artificial. É necessário realizar em casos planejados com o hematologista dependendo do tipo/tamanho de cirurgias e sem grandes retalhos. Como realizar: realizar com uma seringa que possua o sistema de agulha dupla, aonde irá se misturar à medida que vai injetando. Formando a fibrina pronta simulando a coagulação, possui um formato de gel, como se fosse uma gelatina. Risco cirúrgico Além do exame clínico e de exames laboratoriais é útil quantificar o risco de uma cirurgia. Classificação ASA Classe 1: Pacientes normais, sem doença, exceto a que determina a cirurgia. Classe 2: Paciente com doenças sistêmicas leves (hipertensão leve, anemia). Classe 3: Paciente com doença sistêmica que limita atividade. Classe 4: Paciente com doença sistêmica que apresenta ameaça constante de vida. Classe 5: Paciente moribundo. Classe 6: Paciente com morte cerebral. Com segurança os cirurgiões dentistas podem operar em consultórios até a Classe 2, dependendo do caso até a Classe 3. Manejo Farmacológico Profilaxia antibiótica: quando se deseja prevenir ou evitar uma infecção. Indica-se o dobro ou 4 vezes a dose terapêutica no caso de antibióticos. Amoxilina: utilizada sempre que houver risco de endocardite. Analgesia preventiva: utilização de analgésico ou anti-inflamatório antes da cirurgia para obter melhor efeito analgésico durante e após a operação. 1 hora antes. Casos clínicos Caso 1: Leucoplasia Anamnese: tabagista, etilista e diabético. Conduta pré-operatória: é preciso encaminhar o paciente para um clínico geral de princípio, não se deve examinar esse paciente com a condição atual dele. No máximo uma raspagem na língua bem de leve. Caso 2: Exodontia Anamnese: infarto, hipertensão e faz uso de medicação anticoagulante (ASS). Conduta pré-operatória: encaminhar para um cardiologista e verificar risco cirúrgico para saber se o paciente poderá suspender o uso de ASS durante 7 dias. Pedir um coagulograma, hemograma e aferir a pressão devido à hipertensão. Os exames precisam ser mais recentes do que 5 anos e não há necessidade de medicação por ser uma extração simples. Caso 3 - Lipoma em mucosa gengival Anamnese: diabetes tipo II, hipertensão, angina (dor no peito associado ao músculo cardíaco com pouca oxigenação). Conduta pré-operatória: encaminhar para realizar um exame com cardiologista e verificar a origem da dor, riscos cirúrgicos e exames laboratoriais. Aferir a pressão e analisar o uso de medicamentos. Solicitar um exame de glicose devido ao paciente ser diabético e realizar o uso do medicamento amoxilina 1 grama, 1 hora antes pelo fato do paciente ser diabético. Conduta trans-operatória: aferir a pressão antes da cirurgia devido à hipertensão, cautela com uso de anestésicos com vasoconstrictor, no máximo de 2 tubetes. PROTOCOLO MEDICAMENTOSO PRÉ E PÓS- OPERATÓRIO Protocolo medicamentoso de porte cirúrgico X classificação de risco M P0 - pré-operatório (sem profilaxia): cirurgias dentoalveolares de pequeno porte em paciente ASA I. P1- pré operatório (amoxicilina): cirurgias dentoalveolares de pequeno porte em pacientes ASA II (com risco de infecção) ou em procedimentos invasivos em pacientes com risco de endocardite infecciosa. P2 pré-operatória (amoxicilina+ AINES/nimesulida): cirurgias dentoalveolares de médio porte em paciente ASA I e ASA II. P3- pré-operatório (amoxicilina+decadron): cirurgias dentoalveolares de grande porte em paciente ASA I e ASA II. P4- pós-operatório (AINES/nimesulida+paracetamol): cirurgias dentoalveolares de pequeno e médio porte em paciente ASA I. P5- pós-operatório (amoxicilina+AINES/nimesulida+paracetamol): cirurgias dentoalveolares de pequeno e médio porte em paciente ASA II (com risco de infecção). P6- pós-operatório (amoxicilina+decadron+AINES/nimesulida+par acetamol: cirurgias dentoalveolares de grande porte em paciente ASA I e ASA II. Protocolo farmacológico para cirurgias dentoalveolares Instrumental e material cirúrgico ANESTESIA A primeira técnica a se realizar numa sequência de cirurgia é a anestesia, na imagem abaixo é possível observar uma anestesia alveolar superior média que é realizada no fundo do vestíbulo da maxila e uma anestesia palatina infitrativa local (parcial). Seringa carpule Algumas seringas carpules apresentam uma lanceta com a finalidade de prender na borracha do tubete anestesico, afim de promover uma aspiração. Qualquer injeção que o paciente tomará é utilizado uma seringa e no momento da aplicação no paciente se injeta aspirando antes. Afinal, a ideia de toda injeção é que não faça uma injeção intravascular. Essas seringas carpules possuem uma limitação, onde não é possivel fazer uma aspiração efetiva para observar se irá injetar dentro do vaso. O método ilustrado abaixo foi feito para tentar facilitar a introdução da borracha no tubo com intuito de fazer a aspiração, porém, não se mostrou tão efetivo. Tem-se feito com o método das seringas carpules com dispositivo de refluxo, na qual, o tubete anestésico é injetado e soltando aos poucos é feito uma pressão negativa refluindo o sangue caso esteja dentro do vaso, não precisando fazer uma aspiração. Manuseio da seringa carpule Duas formas de manuseio: com a palma da mão (início do polegar) e com a ponta do polegar. Agulhas e tubetes anestésicos Os tubetes anestésicos que são comercializados são os de vidro, os de plástico estão em desuso. São eles que são encaixados nas seringas carpules. As agulhas têm variações de tamanhos e seu tamanho depende da técnica anestésica que será utilizada. Exemplo: a técnica pterigomandibular para fazer anestesia do nervo alveolar inferior precisa-se de uma agulha longa, já uma técnica no palato pode-se usar uma agulha curta ou extracurta. AGULHAS E SERINGAS DESCARTÁVEIS As seringas descartáveis também podem ser utilizadas em anestesias, sendo muito utilizada em cirurgias hospitalares. Na imagem abaixo é possível observar a variedade de medidas de agulhas: As ampolas são utilizadas com a mesma solução que é comercializada como tubete. . AFASTADORES Acesso adequado e boa visibilidade são essenciais para melhor resultado durante a cirurgia. Os afastadores podem ser utilizados para separar simultaneamente a bochecha e retalho mucoperiósteo. Uma vez que o retalho tenha sido descolado, a borda do afastador é apoiada sobre o osso e, então, ele é utilizado para manter posicionado o retalho cirúrgico durante o procedimento, sendo o afastador de tecidos mais popular o afastador de minnesota que realiza todas essas funções durante a cirurgia. Procedimento utilizando o afastador de minnesota:O afastador de farabeuf possui variedade de tamanho, podendo afastar bochecha, porém, sua grande aplicação é em acessos extraorais. Procedimento utilizando o afastador de farabeuf: O afastador de langembeck é utilizado para cirurgias da face, possuindo o langembeck reverso e langembeck V. Em cirurgias ortognáticas é bastante utilizado o langembeck V que irá encaixar na mandíbula, na região coronoide/ramo de mandíbula. O afastador senn muller é realizado em cirurgias extraorais, tendo funcionalidade em afastar a pele. O afastador de língua bruenings possuem algumas reentrâncias (buracos) onde tem a funcionalidade de reter/segurar a língua. O afastador de branemark é utilizado nas cirurgias de protocolo que são cirurgias de instalação de implantes na mandíbula ou maxila (4 a 5 implantes) é utilizado esse afastador para afastar todo o lábio deixando a cavidade oral exposta para realizar a cirurgia. Os afastadores mais importantes para cirurgia bucal são os afastadores de minnesota e o afastador de língua bruenings, os demais são realizados em cirurgias maiores a nível hospitalar. Lâminas e cabos de bisturi O instrumento básico para fazer incisões são os bisturis. O bisturi é composto de cabo reutilizável e lâmina afiada estéril e descartável, existindo modelos diferentes que se adaptam a região a ser operada. A ponta de um cabo de bisturi é preparada para receber uma variedade de lâminas de diferentes formatos que devem ser inseridas na sua extremidade aonde existe um encaixe em forma de fenda. As lâminas de bisturi mais utilizadas e indicadas em cirurgias intraorais são as de n° 15 e 15C. A 12 em casos de acesso no túber da maxila. Existem dois cabos de bisturi bard parker de n°3 e n°4. O cabo n°3 servem para adaptar as lâminas menores e o cabo de n°4 é mais espesso e servem para adaptar lâminas maiores. Forma de manipulação: a lâmina de bisturi deve ser cuidadosamente montada no cabo utilizando-se um ponta-agulha, evitando assim, acidentes durante sua manipulação. Para realizar a montagem, a lâmina deve ser apreendida com o porta-agulha em sua parte superior, mais resistente, e o cabo posicionado de forma a que sua porção de encaixe esteja voltada para cima. A lâmina é, então, deslizada na ranhura da ponta do cabo do bisturi, até que se encaixe perfeitamente. Isso minimiza a chance de lesionar os dedos. O bisturi pode ainda ser manejado apoiando-se o cabo na palma da mão entre os dedos indicadores e polegar. Este tipo de empunhadura está indicado para incisões mais amplas e extensas. Descoladores de periósteo A sindesmotomia é o descolamento do tecido gengival ao redor do dente que visa a desinserção dos tecidos moles ao redor do dente, facilitando a aplicação do fórceps em uma posição mais apical e evitando possíveis dilacerações do tecido gengival. A separação do periósteo do osso adjacente é denominada deslocamento subperiosteal e pode ser adequadamente realizada com o descolador de periósteo do tipo Molt n°9. Descolador de periósteo molt n°9: é um dos instrumentos mais importantes da cirurgia, apresenta extremidade côncava e cortante e se adapta perfeitamente a região anatômica do colo dental. Possuindo a função de soltar todo retalho muco-periosteal do osso, auxiliando na extração dentária, segurar placa e reduzir osso fraturado. Deslocador de periósteo freer: semelhante ao molt n°9, porém, ele é mais delicado nas duas pontas sendo mais arredondado na borda. Sindesmótomo: indicado para sindesmotomia (descolamento do tecido gengival ao redor do dente). Curetas Após a extração dentária é feito a curetagem do alvéolo, onde é retirado o corpo estranho do alvéolo de forma delicada e conservadora. Cureta de lucas: possui tamanhos variados e são usadas principalmente para fundo de alvéolo, apresentando formato de “colher” na ponta. Na imagem abaixo é possível observar três curetas para a exodontia: Instrumentos manuais de osteotomia Muitas vezes, para a realização de exodontia com mínimo trauma, torna-se necessária a remoção de tecido ósseo alveolar em quantidade suficiente para criar uma abertura óssea adequada a fim de que o elemento dental seja removido. Para a realização da osteotomia usam-se os seguintes instrumentos: Lima para osso n°11: possui grande aplicação para realização da osteoplastia de protuberâncias ósseas. Pinça goiva: este instrumento tem lâminas afiadas que são pressionadas uma contra a outra pelos cabos, cortando ou arrancando o osso. Instrumentos rotatórios de osteotomia Em casos de ossos muito duros não se utiliza materiais manuais, utiliza-se materiais rotatórios. Peça reta: usado em prótese, porém, pode ser aplicada em cirurgia quando é feito uma osteotomia em baixa rotação. Realização da osteotomia com peça reta e uma broca esférica n° 8, lâmina de bisturi 15 ou 15C para realizar a incisão e para descolar o tecido usa-se o instrumento deslocador do periósteo molt n° 9 ou deslocador do periósteo freer. Esse caso é um torus palatino (protuberância óssea no palato) onde é feito uma incisão na linha média descolando o tecido. Peça reta cirúrgica: especificas para cirurgias sendo mais resistentes durante a cirurgia, acoplando as mesmas brocas da peça reta convencional. Brocas cirúrgicas para peça reta As brocas podem ser esféricas e tronco cônicas. As brocas esféricas são de haste longa e o tamanho indicado para cirurgia é n° 8 ou n° 10. As brocas tronco cônicas são diferenciadas de acordo com sua espessura, as mais utilizadas em cirurgias são as 701, 702 e 703. Variedade de espessura das brocas tronco cônicas: Alta rotação: a grande maioria das cirurgias odontológicas que forem necessários à realização de osteotomia é realizada a alta rotação e brocas esféricas multilaminadas de n°4 e n°6. As broncas tronco-cônicas são mais indicadas para odontosecção (cortar o dente). Por exemplo: é preciso retirar um molar, porém, ele possui 2 ou 3 raízes, para separar essas raízes utiliza-se a broca tronco-cônica para realizar esse procedimento da retirada do molar. A melhor broca tronco-cônica para realizar essa função é a broca zekrya. Microserras cirúrgicas: não é utilizado no dia a dia de cirurgias bucais intraorais, são mais utilizadas em cirurgias de maiores complexidades. As microserras realizam desgaste ósseo e a grande indicação é seu corte retilíneo, possibilitando uma eficiência no corte. Existem vários modelos de microserras como as oscilatórias, reciprocas, sagitais e dentre outras. Contra ângulo cirúrgico para implante: possui o mesmo formato do contra angulo convencional externamente, porém, a diferença do contra ângulo cirúrgico para implante é a capacidade do giro dele possuindo uma força de rotação maior. Motor elétrico cirúrgico: é feito para implante, na qual é possível selecionar a quantidade de rotação desejada e a força de giro. E é onde o contra-ângulo de implante está acoplado, pode ser usado para acoplar as microsseras também. Porta agulha Os instrumentos utilizados para realização das suturas são porta- agulha, fio de sutura, pinça cirúrgica e tesoura cirúrgica para sutura. Os porta-agulhas apresentam-se em diversos modelos, sendo o mais utilizado nas cirurgias bucais o porta-agulha do tipo Mayo Hegar. A empunhadura deste instrumento é realizada com os dedos anelar e polegar, sendo que o dedo indicador orientará o movimento. Fios de sutura: as agulhas de sutura podem apresentar-se diretamente ao fio de sutura ou como agulhas isoladas, em que é inserido o fio de sutura durante o procedimento de síntese. Nos fios agulhados, a parte terminal é prensada diretamente ao fio de sutura, facilitando e simplificando a manipulação durante a sutura, alémde causar menos danos teciduais. A desvantagem deste tipo de sutura é o custo mais elevado. Pinças hemostáticas A pinçagem realiza-se utilizando pinças hemostáticas, aprisionando as extremidades dos vasos seccionados. A pinçagem poderá ser simples, em que a pinça hemostática é removida após a hemostasia do vaso sangrante, ou acompanhada de ligadura da extremidade do vaso com fios de sutura. Hemostasia dos vasos: Pinça hemostática kelly: mais robusta, possui tanto curva como retilínea e tem como função pinçar um vaso sanguíneo. Pinça hemostática mosquito: menor, possui tanto curva quanto retilínea e são mais fácil de manusear em cirurgias intraorais. PINÇAS VARIADAS Pinça backhaus: auxiliam na fixação do campo cirúrgico em volta do paciente. Exemplo: o campo cirúrgico que está na imagem abaixo é um campo fenestrado (com um buraco para que possa encaixar o rosto do paciente). Porém, quando não se tem um campo fenestrado é preciso fazer um campo cobrindo da cabeça para baixo, um campo cobrindo da cabeça para cima e dois campos laterais, com objetivo de deixar o rosto para fora utilizando uma pinça backhaus para unir esses campos entre eles. Obs: a pinça hemostática pode ser utilizada com a mesma função. Segue os exemplos de pinças que são utilizadas para auxiliar a fazer suturas, a pegar um corpo estranho ou fragmento de tecido e gengiva: Pinça Adson serrilhada: Pinça adson brown: Pinça adson com dente (dente de rato): Pinça allis: indicada para pegar uma lesão, tecido patológico, corpo estranho ou um dente removido. Tesouras As tesouras em cirurgias são utilizadas para cortar um ponto, cortar um freio lingual ou soldar um tecido. A divulsão é um método de diérese que consiste na separação ou divisão dos tecidos por meio de instrumentos cirúrgicos. A divulsão dos tecidos moles é comumente realizada com tesoura cirúrgica de ponta romba denominada de tesoura de metzenbaum. As tesouras rombas, aplicadas com auxilio de pinça de dissecção, devem ser utilizadas com extremidade ativa fechada e então abertas no interior dos tecidos, realizando deste modo uma separação atraumática através do plano de clivagem dos tecidos. Na imagem abaixo é possível observar a tesoura de metzenbaum na esquerda sendo introduzida fechada nos tecidos e na direita sendo aberta no interior dos tecidos, proporcionando divulsão romba dos planos teciduais. Tesoura íris: uso geral, como por exemplo: cortar um ponto, divulsão do tecido. Possui forma retilínea ou curva. Tesoura goldman fox: excelente para cortar tecido, utilidade para periodontia. Alavancas As alavancas são instrumentos bem antigos e de uso frequente, denominadas também como elevadores. Utilizadas para extração dentária. Possuem três tipos de princípios mecânicos: alavanca, cunha ou roda e eixo. Alavanca reta: possui modelos variados de alavanca reta, na imagem é possível observar que a alavanca de n°301 possui a ponta ativa reta e a haste reta, sendo a mais utilizada. E as alavancas de n° 302 e n° 303 são mais anguladas. Procedimento utilizando a alavanca reta: Alavancas de seldin: possui o modelo de seldin reta e a seldin direita e esquerda, ponta ativa com formato de “bandeirinha”. A seldin vai dar um movimento de roda e eixo ou sarilho. Procedimento utilizando a alavanca de seldin: Fórceps Os fórceps dentários são constituídos estruturalmente de dois cabos articulados entre si, que apresentam em uma de suas extremidades a haste para empunhadura e, na outra, a sua parte ativa, denominada mordente. Utilizados para extração dentária. Os fórceps são classificados por meio de numeração predeterminada para o dente ou grupo de dentes a que se destina, sendo uma numeração padrão, independentemente da marca comercial. Fórceps 150: indicado para dentes unirradiculares superiores. Fórceps 151: indicados para dentes unirradiculares inferiores. Fórceps 18 R (right): indicados para os molares superiores do lado direito. Fórceps 18 L (left): indicados para os molares superiores do lado esquerdo. Essa diferença dos fórceps existe devido os molares serem multirradiculares (três raízes), o lado vestibular tem duas raízes e o lado palatino uma raiz (raiz palatina). Existe uma ponta ativa no fórceps que irá encaixar na furca no seu lado correspondente. Fórceps 17: indicados para molares inferiores, possui a ponta ativa dos dois lados (vestibular e lingual) adaptando a furca dos molares inferiores dos dois lados. Fórceps 69: é mais delicado, indicado para restos radiculares Por exemplo: raiz residual, dente cariado. Obs: O fórceps 150 pode ser utilizado em incisivo central superior, incisivo lateral superior, canino superiores, 1° pré molar e 2° pré molar superiores. O fórceps 151 pode ser utilizado em incisivos inferiores, canino inferiores e no 1° pré molar e 2° pré molar inferiores. Os fórceps e as alavancas possuem quatro movimentos: intrusão, luxação lateral, tração e rotação para dentes unirradiculares. Recipientes São recipientes que devem ser metálicos para que possam ser esterilizados. Em cada cirurgia é recomendado ter pelo menos duas cubas, uma para colocar o soro fisiológico e realizar a irrigação durante e após a cirurgia e outra cuba para colocar uma solução antisséptica. Em cirurgias maiores pode-se utilizar a cuba rim inox devido ao seu tamanho que caberá um maior numero de solução/líquido. Paramentação e instrumentação cirúrgica Sequencia cirúrgica: diérese, exérese, hemostasia e síntese. A forma com que irá montar os instrumentos sobre a mesa deve ser disponibilizada ordenadamente, seguindo a sequência da cirurgia. A ponta ativa dos instrumentos deve está sempre voltada para o centro da mesa, em cirurgias de hospital possui um instrumentador (profissional que orienta sobre os instrumentos na mesa), no dia a dia do consultório não existe necessidade deste instrumentador. Na cirurgia de consultório possui o cirurgião, assistente e uma terceira pessoa (circulante) que irá abrir ou pegar algo para auxiliar o cirurgião. Independente do conhecimento aprofundado da biossegurança, conceitos básicos devem ser mantidos. A biossegurança pode ser definida como o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimizando ou eliminando os riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento, tecnologia e prestação de serviço, visando a saúde do homem, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos riscos. A partir do momento em que o cirurgião-dentista atende e manipula seus pacientes com instrumentos e equipamentos no consultório ou em ambiente cirúrgico, existe a possibilidade da contaminação. Portanto, todo profissional, bem como pessoal auxiliar, deve estar informado e treinado para empregar as técnicas e os procedimentos que visam ao respeito pela chamada cadeia asséptica e a bioproteção. Técnicas anestésicas maxilares O conhecimento da anatomia óssea, por meio de seus pontos de reparo, serve de guia para localizar e depositar a solução anestésica o mais próximo possível de um nervo, ou junto à superfície óssea na qual transmitam os filetes nervosos que se deseja anestesiar. Deve-se ter o conhecimento de densidade óssea das varias regiões dos maxilares, pois em algumas técnicas é necessária a penetração da solução anestésica através delas. Etapas da anestesia Anamnese; Seleção do anestésico; Seleção da técnica a ser utilizada; Aplicação da solução anti-séptica (clorexidina) Aplicação do anestésico tópico; Puncionamento e injeção. Orientações gerais Orientação do bisel (corte da agulha); Introdução da agulha lentamente, se necessário injetando pouco anestésico com o intuito de dar um melhor conforto ao paciente; Aspirar (questãodo puncionamento); Injetar lentamente um tubete entre 45-60 segundos; Remoção da agulha de forma lenta; Proteger a agulha. Contra-indicações Infecção ou inflamação aguda na área da injeção (contra-indicação relativa pois pode-se fazer uma anestesia de bloqueio a distância); Pacientes que poderiam morder a área anestesiada; Impossibilidade da técnica. Em uma anestesia terminal infiltrativa é depositado o anestésico em porções terminais do nervo e em uma anestesia por bloqueio regional é anestesiado regiões mais altas do nervo. O lugar onde a anestesia é depositada pode trazer um bloqueio mais amplo. Qualquer estímulo realizado em região anterior a aplicação do anestésico será bloqueada, ou seja, não caminha até o sistema nervoso central. Técnicas anestésicas locais Anestesiais terminais Anestesias por bloqueio Regionais: realiza-se em algumas divisões, por exemplo, nervos alveolares superior/anterior/médio/posterior/infraorbitário. Todos os sub nervos que ainda são nervos calibrosos que jogam para uma área significativa Tronculares: tronco principal, por exemplo, o trigêmeo que possui o tronco oftálmico, maxilar e mandibular. Podendo assim, realizar uma anestesia em um desses troncos principais. Anestesias terminais Anestesia terminal infiltrativa supraperiosteal Essa técnica está indicada para protocolos de tratamentos limitados a uma área relativamente circunscrita, podendo envolver poucos dentes e tecidos moles adjacentes. É a técnica mais utilizada para anestesia pulpar dos dentes maxilares. O sucesso da técnica de injeção supraperiosteal depende da difusão anestésica através do periósteo e estruturas ósseas adjacentes para entrar em contato com as terminações nervosas locais, apresentando assim melhor eficácia em osso poroso, como a maxila, do que em ossos compactos, como a mandíbula. Outros autores denominam de infiltração local ou injeção paraperiosteal. Nervos anestesiados: grandes terminações nervosas do plexo dentário. Área anestesiada: estruturas inervadas pelos ramos terminais principais:. polpa, áreas radiculares, periósteo bucal, tecido conjuntivo e mucosa. Regionais Tronculares Indicação: anestesia pulpar dos dentes maxilares (1 ou 2 dentes) pegando tecidos moles, quando indicada cirurgia da área circunscrita. Contra-indicação: essa técnica está contraindicada nos casos de infecções agudas e inflamações na área da injeção e quando se tem um osso denso podendo dificultar uma absorção anestésica, por exemplo, em um primeiro molar não é possível fazer essa técnica devido ao pilar zigomático ser muito denso. Vantagens: altas taxas de sucesso (95%), técnica facilitada e atraumática. Desvantagens: apenas pegar um dente, caso for feito em grandes áreas teria que realizar múltiplas inserções da agulha a grande volume de anestésicos. Sinais e sintomas: o paciente apresentará sensação de dormência na área da administração e ausência de dor durante o tratamento. Falhas: penetração inadequada da agulha (anestesia pulpar ineficiente) e agulha posicionada longe do osso. Complicações: dor na penetração da agulha (ponta contra o periósteo). Técnica anestésica: Agulha curta (calibre 25 ou 27); O alvo será o ápice do dente. Deve seguir da seguinte forma: direcionando-se ao fundo do vestíbulo seguindo a orientação do dente e colocando o bisel na agulha voltado pro osso, a injeção deve ser realizada no fundo de vestíbulo tentando acertar o ápice do dente, que é aonde está entrando inervação; Referências: prega mucobucal, coroa, contorno da raiz; Preparar o tecido com antisséptico/anestésico tópico Orientar o bisel; Levantar lábio e tencionar o tecido; Seringa paralela ao longo eixo do dente; Introduzir agulha; Aspira; Injetar o anestésico lentamente (45-60 seg); Aguardar de 2 a 3 minutos para se obter o efeito anestésico. Anestesia terminal infiltrativa intra-septal O anestésico será depositado no septo ósseo de dois dentes contíguos, onde passa rapidamente pela estrutura óssea esponjosa, atingindo assim o ligamento periodontal. Técnica para procedimento pequeno, muito utilizado como técnica complementar. Não é utilizado um tubete inteiro por está em região de gengiva ceratinizada próximo a base da papila. Indicações: pode ser utilizada em todas as papilas interdentais, tanto pelo lado vestibular como lingual. Grande aplicação em periodontia, prótese, dentística e odontopediatria, Anestesia terminal infiltrativa peri-dental ou intra-ligamentar O anestésico é depositado junto às fibras do ligamento periodontal, e através da microcirculação, o anestésico chega até a câmara pulpar. Quando é introduzido o anestésico no sulco gengival e se tem uma resistência é ali que deve ser aplicado, aplicando pouco anestésico. Pode haver extrusão de dentes, pela aplicação de pressão excessiva e, principalmente, grandes quantidades exageradas de solução anestésica. Indicações: exodontias (anestesia complementar), pulpotomias e preparos cavitários; complementar ao alveolar inferior. Técnica anestésica: Posiciona-se a agulha entre o dente e o seu ligamento, caso o paciente se refira a alguma dor é injetado o anestésico. Caso não ocorra a referência de dor é obtido o sucesso da técnica. Anestesia terminal infiltrativa intrapulpar Tem por objetivo a anestesia diretamente a polpa dentária. Deve- se realizar a técnica quando tiver acesso à polpa, afinal, não se deve abri uma coroa apenas para fazer anestesia. Indicação: será indicada em uma situação em que se está fazendo uma endodontia (biopulpectomia) e naquele acesso após a anestesia regional o paciente se refere à dor. Deve-se injetar a agulha dentro da polpa fazendo uma anestesia direta. Será indicada também em uma exodontia (extração) onde está sendo feito a odontosecção e o paciente se refere à dor quando a broca zekrya chega próximo à polpa, mesmo com a região anestesiada. Deve-se realizar uma anestesia intrapulpar no ponto de acesso a polpa. Técnica anestésica: Introduzir a agulha dentro da polpa dentária, procurando inseri-la sempre que possível dentro dos canais radiculares. Técnica terminal infiltrativa palatina A grande indicação dessa técnica é para a mucosa palatina na região de caninos e primeiro pré-molar onde há um cruzamento do nervo nasopalatino e do nervo palatino maior. Nervos anestesiados: ramos terminais do nasopalatino e nervo palatino maior. Área anestesiada: tecidos moles e circunvizinhos à injeção. Indicações: hemostasia, pequenos procedimentos de anestesia em tecidos moles (grampos/fio de retração gengival). Contraindicação: quando houver infecção ou área inflamada e controle da dor em áreas envolvendo mais que dois dentes. Vantagens: hemostasia na área de execução da técnica (vasoconstritores) e minimiza desconforto (mínima área de dormência). Desvantagens: alto potencial traumático. Sinais e sintomas: dormência e isquemia dos tecidos moles palatinos e ausência de dor durante o tratamento. Falhas da hemostasia: maior taxa de sucesso se incluído vasoconstritor e a hemorragia pode persistir em tecidos inflamados ou falha de anestesia. Complicações: são extremamente raras, porém, quando ocorre é devido à isquemia e necrose por alta concentração de vasoconstritor. Técnica anestésica: Agulha curta (calibre 27); Alvo são os tecidos gengivais Gengiva inserida de 5 a 10 mm da margem gengival livre; Referência: tecido gengival próximo à área; Orientação do bisel: voltado para tecidos moles palatinos; Comprimir próximo ao local de injeção; Penetrar com bisel e iniciar infiltrando; Manter compressão; Avançar agulha até tecido ósseo; Administrar até isquemia da área desejada. Anestesia por bloqueio - REGIONAL Bloqueio donervo alveolar superior posterior (ASP) É uma técnica muito utilizada na odontologia por possuir altos índices de sucesso. Quando utilizada para anestesia pulpar, o ASP) é eficaz para o terceiro, segundo e o primeiro molar. Como a raiz mesiovestibular do primeiro molar é inervada pelo alveolar superior médio, torna-se então necessária uma segunda injeção supraperiosteal para que ela seja anestesiada efetivamente. O risco de complicação também deve ser considerado quando se realiza a técnica APS. A penetração da agulha muito distalmente poderá produzir a formação de hematoma local, devendo-se considerar sempre o tamanho do paciente para se analisar a quantidade de penetração dos tecidos moles. Deve-se sempre realizar aspiração ou refluxo durante esta injeção anestésica, a fim de evitar injeção intravascular inadvertida. Essa técnica é denominada também de bloqueio de tuberosidade ou bloqueio zigomático. Nervo anestésico: alveolar superior posterior e ramos. Área anestesiada: polpa dos molares (exceção raiz MV do 1° molar), periósteo bucal e osso adjacente. Indicações: tratamento dentário envolvendo dois ou mais molares, não é indicado e não será eficaz fazer injeção supraperiostal apenas para um molar. Contra-indicações: possibilidade do paciente ter hemorragia; supraperióstea/ligamento periodontal. Vantagens: técnica relativamente atraumática, elevada taxa de sucesso (95%), número mínimo de injeções e minimiza volume total de anestésico. Desvantagens: riscos de hematoma, técnica mais arbitrária (ausência de referências ósseas, porém, lembrar que a referência sempre será o último dente) e caso se faça uma anestesia do 1° molar terá que ser feito uma segunda anestesia para atingir a raiz mesio vestibular do 1° molar. Sinais e sintomas: usualmente sem sintomas e ausência de dor durante tratamento. Falhas: agulha muito lateral, muito baixa ou muito posterior. Complicações: hematomas (plexo venoso pterigoideo) e anestesia mandibular. Técnica anestésica: Agulha curta (calibre 25 ou 27) Alvo é o nervo alveolar superior posterior Referência: prega mucobucal (fundo do sulco) 2° molar, túber e processo zigomático. Orientação do bisel: voltado para o osso. Preparar os tecidos Retrair bochechas Introduzir a agulha (para cima/para dentro e para trás) 45° do plano oclusal e plano sagital mediano Avançar agulha até profundidade desejada (16mm) Aplicar Injetar lentamente (0,9 a 1,8ml de 30 a 60 segundos) Aguardar 3 a 5 minutos para se obter o efeito anestésico. Na imagem é possível observar o anestésico inserido na região do forame, a referência normalmente é o 2° molar. A ideia é entrar com a agulha por volta da região que é representado na imagem. Bloqueio do nervo alveolar superior médio Este tipo de anestesia tem uma utilidade clínica limitada, pelo fato de o nervo alveolar superior médio estar presente em apenas 28% da população. Nervo anestesiado: alveolar superior médio e ramos. Área anestesiada: primeiro e segundo pré-molar, raiz mesiovestibular do primeiro molar superior, tecidos periodontais, osso, periósteo e mucosa vestibular adjacente à região anestesiada. Indicação: tratamento dentário envolvendo somente pré- molares (extração, restauração, endodontia de um pré-molar) ou quando há uma falha na anestesia distal do canino bloqueando o nervo infraorbitário. Contra-indicação: infecção ou inflamação da área e nervo ausente (inervação pelo ASA) Vantagens: minimiza número injeções e volume de anestésico. Sinais e sintomas: anestesia do lábio superior e ausência de dor durante o tratamento. Falhas: deposições do anestésico em posições erradas e osso zigomático evitando a difusão do anestésico. Complicações: são raros os hematomas, afinal, não se tem um vaso tão calibroso. Técnica anestésica: Agulha curta ou longa (calibre 25); Caso o paciente fique de frente pode-se angular a agulha um pouco com o objetivo de encontrar o osso; Introduzir a agulha (fundo de sulco região 2° PM); O alvo é o osso superior ao ápice do 2° pré-molar; Referências: prega mucobucal (fundo do sulco) 2° pré- molar; Orientação do bisel: voltado para o osso; Assumir posição correta (lado direito bem lateral do paciente como se fosse 10h e lado esquerdo um pouco angulado como se fosse 8h); Preparar os tecidos; Afastar lábio para tencionar tecido; Aspira; Injeção lenta (0,9 a 1,2ml – 30 a 45 segundos) Aguardar 2 a 3 minutos para se obter o efeito anestésico. Bloqueio do nervo alveolar superior anterior Este tipo de anestesia tem uma utilidade clínica indicada para procedimentos que envolvem dentes anteriores maxilares (incisivo central, incisivo lateral e canino, além de envolver também a polpa, osso e mucosa vestibular). São denominadas também de anestesia infraorbitária. Existem duas técnicas: alveolar superior anterior e infraorbitária. O autor Malamed considera que as duas técnicas possuem o mesmo nome, outros autores separam essas técnicas. Nervos anestésicos: alveolar superior anterior, alveolar superior médio, infra-orbitário e os ramos finais palpebral inferior, nasal lateral e labial superior. Área anestesiada: polpa dos incisivos e caninos; pré- molares e raiz MV do 1° molar; tecidos moles e osso adjacente; pálpebra inferior, face lateral do nariz, e lábio superior. Indicação: procedimentos envolvendo mais de dois dentes, em casos de infecção e inflamação em algum dente ou em casos de ineficácia das anestesias supraperiósteas. Contra-indicação: tratamento de pequenas áreas, quando é feito uma anestesia em cima do nervo infraorbitária não se terá uma hemostasia em uma área pequena. Vantagens: técnica relativamente simples e segura (minimiza injeções/volume anestésico) Desvantagens: psicológicas, muitos profissionais e alunos possuem medo de realiza-la e do ponto de vista anatômico é preciso chegar próximo do forame infraorbitário, causando receio. Sinais e sintomas: dormência da pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior, dormência de dentes e tecidos moles inervados pelos nervos alveolares anterior e médio e ausência de dor durante a terapia. Falhas: caso não acerte o alvo, no caso, o forame infraorbitário e desvio da agulha. Complicações: caso de hematomas é raro. Técnicas anestésicas: Agulha longa (calibre 25); Penetração da agulha (16mm) Orientar agulha em direção ao forame (paralela ao longo eixo do dente) Alvo é o forame infraorbitário; Localizar o forame infraorbitário, o forame coincide com a linha cupilar, asa do nariz e comissura labial; Referência: prega mucobucal (fundo do sulco) introduzir no nível do 1° pré-molar até chegar ao forame infraorbitário. Orientação do bisel: voltado para o osso Aspira Assumir posição correta Paciente em decúbito dorsal e com o pescoço estendido Preparar tecidos; Marcar local/manter dedo em posição; Afastar lábio. Injeção lenta (0,9 a 1,2ml – 30 a 45 segundos); Aguardar 3 a 5 minutos para se obter o efeito anestésico. Anestesia por bloqueio - troncular Bloqueio do nervo maxilar O bloqueio do nervo maxilar ou segunda divisão do trigêmeo (nomes comuns que são dados também) é um método eficaz para produzir anestesia profunda de toda uma hemimaxila. Torna-se útil em procedimento que envolva a manipulação de todo um quadrante maxilar, nos casos de: cirurgias extensas, realização de bloqueio dos ramos terminais maxilares ou também com a finalidade de diagnóstico de neuralgia da segunda divisão do nervo trigêmeo. Esta técnica pode ser realizada pela via intra ou extrabucal. Pela via intrabucal, o nervo maxilar pode ser abordado mediante a técnica da tuberosidade alta (acesso pelo alto da tuberosidade maxilar) ou pelo canal palatino maior. Pela via extrabucal faz-se porvia transcutânea em um ponto acima da chanfradura mandibular e abaixo da porção mediana do arco zigomático, alcançando o nervo em sua saída do crânio pelo forame rodondo. Nervos anestesiados: divisão maxilar do nervo trigêmeo. Área anestesiada: anestesia pulpar do lado anestesiado, tecidos moles e palato duro, periodonto e osso adjacente, pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha e lábio superior. Indicação: controle da dor em cirurgias extensas, inflamação ou infecção tecidual e diagnóstico de neuralgias. Contra-indicações: inexperiência do profissional, pacientes pediátricos, pacientes não cooperativos, inflamação ou infecção dos tecidos, risco de hemorragia e impossibilidade de acesso pelo canal palatino. Vantagens: injeção atraumática (via tuber), altas taxas de sucesso (95%), minimiza número de punções para anestesia de hemimaxila e minimiza volume total de anestésico. Desvantagens: risco de hematoma, técnica mais complexa, ausência de hemostasia e dor (abordagem pelo canal palatino maior que é mais complicado). Sinais e sintomas: pressão atrás da parte superior da maxila, dormência nos dentes e em tecidos moles e ausência de dor durante o tratamento. Falhas: caso erre a técnica a anestesia será parcial não conseguindo anestesiar algumas áreas e incapacidade de transpor canal pelo palatino maior. Complicações: hematoma, penetração da orbita e penetração da cavidade nasal. As técnicas anestésicas possuem duas abordagens: abordagem tuberosidade e abordagem canal palatino maior. Técnicas anestésicas (abordagem tuberosidade): Medir comprimento da agulha (32mm); Retrair bochecha; Colocar agulha na prega mucobucal do 2°molar; Avançar agulha para cima e para dentro; Aspira; Injeção lenta (1,8ml - 60 segundos); Aguardar de 3 a 5 minutos para se obter o efeito anestésico. Técnicas anestésicas (abordagem canal palatino maior): Medir comprimento da agulha (média 32mm); Localizar forame palatino maior; Comprimir posterior ao forame; Injetar pequeno volume/mantém pressão; Após anestesia do nervo palatino maior, avançar agulha em 45°; Não forçar contra resistência; Injetar 1,8ml em 60 segundos; Aguardar 3 a 5 minutos para se obter o efeito anestésico. Anestesias palatinas Bloqueio do nervo palatino maior A anestesia da porção posterior do palato duro é necessária para procedimentos odontológicos que envolvam a manipulação dos tecidos palatinos, como exemplo, as exodontias. Outro nome utilizado para esta técnica é o bloqueio do nervo palatino anterior. As injeções na região palatina são procedimentos traumáticos para muitos pacientes, sendo imperativo que o profissional utilize técnicas para que este procedimento torne-se o mais atraumático possível e diminua o desconforto do paciente. A anestesia tópica eficaz é o primeiro passo para uma técnica indolor, e deve ser realizada de forma a que o anestésico tópico permaneça em contato com a mucosa por no mínimo dois minutos. Outra manobra é a utilização da compressão local antes, durante e depois da injeção da solução anestésica, que pode ser obtida com a utilização de cotonete. Apoio firme da mão durante a injeção leva a um melhor controle sobre a agulha, associado também a uma injeção da solução anestésica lentamente, o que deve ser realizado em qualquer procedimento anestésico. Deve-se injetar pequena quantidade de solução anestésica, a fim de evitar isquemia local. Nervo anestésico: nervo palatino maior. Área anestésica: porção posterior do palato duro e tecidos moles adjacentes, aonde vai de 1° pré-molar até o último dente e linha média. Indicações: anestesia em tecidos moles (restaurações subgengivais/inserção de faixas matriz) e em procedimentos cirúrgicos ou periodontais. Contra-indicações: infecções ou inflamações locais e tratamentos de pequenas áreas. Vantagens: minimiza número de perfurações e volume de anestésico, no máximo um quarto do tubete e minimiza desconforto. Desvantagens: hemostasia apenas na área da injeção e potencialmente traumática para o paciente devido à dor. Sinais e sintomas: dormência na porção posterior do palato até a região de pré-molar e ausência de dor durante tratamento. Falhas: caso erre o local terá um sucesso parcial limitado e em nível do 1° pré-molar o paciente pode sentir dor podendo receber fibras nervosas do nasopalatino. Complicações: incidência extremamente baixa, caso haja, serão isquemia e necrose principalmente se tiver muito vasoconstritor e hematomas são raros. Técnicas anestésicas: Agulha curta (calibre 27); Alvo é o nervo palatino maior; Referência: tecido mole do palato, mudança de cor do palato mole para o palato duro, forame palatino maior, junção do processo alveolar da maxila, processo alveolar da maxila com o osso palatino (diretamente sobre o forame) e o último dente; Trajeto de introdução deve ser a partir do lado oposto (90°); Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles; Paciente em decúbito dorsal e pescoço estendido; Assumir posição correta (lado direito bem lateral do paciente como se fosse 10h e lado esquerdo um pouco angulado como se fosse 8h); Localizar o forame palatino maior; Preparar o tecido (1 a 2mm anterior); Aplicar pressão sobre forame; Direcionar seringa/bisel para tecido mole; Penetrar até tocar no osso e injetar anestésico; Continuar compressão; Avançar até o osso palatino; Aspirar; Injeção lenta; Aguardar 2 a 3 minutos para se obter o efeito anestésico. Bloqueio do nervo nasopalatino Pode ser também denominado de bloqueio do nervo incisivo ou bloqueio do nervo esfenopalatino. Esta técnica está indicada quando da necessidade de manipulação dos tecidos palatinos da região anterior maxilar durante tratamentos odontológicos, como nas exodontias. Nervos anestesiados: nervos nasopalatinos bilaterais Área anestesiada: porção anterior do palato duro e tecidos moles adjacentes (entre 1° pré-molar). Indicações: anestesia de tecidos moles palatinos para restaurações de dois ou três dentes como as restaurações subgengivais ou inserções de bandas e procedimentos cirúrgicos ou periodontais. Contra-indicação: quando há infecção ou inflamação e quando forem realizadas em pequenas áreas com um ou dois dentes. Vantagens: uma única injeção, além de minimiza número de injeções causando menos desconforto acaba diminuindo também o volume de anestésicos. Desvantagens: hemostasia apenas em região de injeção e é potencialmente traumática, pois é muito dolorida. Lembrando-se dessa desvantagem é possível realizar o protocolo para injeção atraumática. Sinais e sintomas: dormência na porção anterior do palato e ausência de dor durante tratamento. Falhas: anestesia unilateral (sendo raro) e anestesias em caninos a 1° pré-molar desencadeando dor ao paciente devido às inervações do palatino maior se misturarem. Complicações: incidência extremamente baixa, caso haja, serão isquemia e necrose principalmente se tiver muito vasoconstritor e hematomas são raros. Possuem duas técnicas anestésicas: penetração única da agulha e múltiplas penetrações da agulha. Técnica anestésica (penetração única da agulha): Agulha curta (calibre 27); O alvo é o forame incisivo (o forame incisivo é à entrada do canal nasopalatino); Referência: mucosa palatina lateral, incisivo central e papila incisiva; Trajeto de introdução a 45° com a papila incisiva Orientação do bisel: voltado para os tecidos palatinos (tecidos moles); Assumir posição correta (lado direito bem lateral do paciente como se fosse 10h e lado esquerdo um pouco angulado como se fosse 8h); Paciente em decúbito dorsal e pescoço estendido Comprimir a papila para tentar diminuir a dor; Bisel voltado para tecidos isquêmicos; Penetrar pouco e injetar anestésico; Manter compressão; Avançar agulha em direção ao forame; Aspira; Injetar lentamente (1/4 tubete); Aguardar 2 a 3 minutos 3 minutos para se obter o efeito anestésico. Técnica anestésica (múltiplas penetrações da agulha): Agulha curta (calibre 27); Três penetrações para minimizar a dor do paciente nas regiões de freio labial, papila interdentária e papila incisiva; O alvo é o forame incisivo; Referências: incisivo central e papila incisiva. Trajeto de introdução: infiltração no freio, 90° papila interdentária e 45° papila incisiva. 1° injeção (freio labial): Preparar tecido freio Retrair lábio Infiltrar 0,3ml (15s) 2° injeção (papila interdentária): Pelo fato de já ter injetado a anestesia, a base da papila já estará anestesiada, a deposição inicial já dará uma anestesia para a próxima penetração; Retrair o lábio; Introduzir agulha na papila interdentária; Aspirar (após isquemia na papila); Injetar estabilizando a agulha. 3° injeção (papila incisiva) Introduzir agulha na papila incisiva; Nessa terceira injeção é repetido a técnica de única aplicação; A ideia dessa técnica é colocar um pouco de anestésico na 1° e 2° injeção, pois quando chegar na 3° injeção o paciente estará sem dor. Vantagem: injeção relativamente ou totalmente atraumática. Desvantagens: múltiplas injeções e dificuldade de estabilizar a seringa na hora de anestesiar um ponto muito especifico .CASOS CLÍNICOS Caso 1: exodontia de pré-molar superior Técnica anestésica: a melhor técnica a ser empregada é a técnica de bloqueio do nervo alveolar superior médio. Referência é o segundo pré-molar fazendo uma palatina parcial. Caso 2: Exodontia de 3° molar superior Técnicas anestésicas: técnica de bloqueio do nervo alveolar superior posterior e bloqueio do nervo palatino maior. Referência é o último dente no fundo do vestíbulo entrando na direção posterior e a agulha penetra 16mm. Caso 3: Enxerto gengival Técnicas anestésicas: anestesia do nervo palatino maior, nasopalatino ou palatino parcial infiltrativa na região do pré-molar e canino. É importante na área operada dar infiltrações terminais para realizar isquemia. Caso 4: Fístula bucosinusal Técnicas anestésicas: pensando no lado vestibular e no lado palatino a melhor técnica anestésica é a anestesia no nervo infraorbitário, alveolar superior posterior e no lado palatino o palatino maior, nasopalatino e algumas parciais infiltrativas. Técnicas anestésicas mandibulares Etapas da anestesia Anamnese; Seleção do anestésico; Seleção da técnica a ser utilizada; Aplicação da solução anti-séptica (clorexidina) Aplicação do anestésico tópico; Puncionamento e injeção. Orientações gerais Orientação do bisel (corte da agulha); Introdução da agulha lentamente, se necessário injetando pouco anestésico com o intuito de dar um melhor conforto ao paciente; Aspirar (questão do puncionamento); Injetar lentamente um tubete entre 45-60 segundos; Remoção da agulha de forma lenta; Proteger a agulha. Contra-indicações Infecção ou inflamação aguda na área da injeção (contra-indicação relativa pois pode-se fazer uma anestesia de bloqueio a distância); Pacientes que poderiam morder a área anestesiada; Impossibilidade da técnica. Técnicas anestésicas locais Anestesiais terminais Anestesias por bloqueio Anestesias terminais Anestesia terminal infiltrativa supraperiostal Realiza-se penetração na mucosa acima do periósteo (não podendo injetar no periósteo). Quando se realiza a técnica por consequência é encostado no osso (automaticamente encosta-se no periósteo) sendo necessário recuar 3 mm para que a anestesia seja supraperiosteal. Indicação: mais especifica em lesões de tecidos moles, possui limitação de indicação em dentes mandibulares pela espessura da cortical mandibular, diminuição de sangramento (vasoconstrição), região anterior da mandíbula de crianças (exemplo: extração de dente de leite) e exérese de lesões (mucocele). Obs: não deve ser realizado dente a dente em mandíbula. Técnica anestésica: Distende-se mucosa com os dedos polegar e indicador para baixo e para fora; Punciona-se mucosa bucal na altura do dente que sofrerá intervenção, apenas no caso de crianças em região de mandíbula; Posiciona-se bisel da agulha voltado para o osso ou sob a lesão; Com uma agulha curta deposita-se ¾ do tubete. Anestesia terminal infiltrativa subperiostal O anestésico é depositado sob o periósteo, junto ao tecido ósseo. Na prática é injetada a agulha e no momento que toca o osso não é necessário recuar, pois é exatamente ali que deverá ser depositado o anestésico. É uma técnica mais dolorida, pois o periósteo é mais inervado. Indicação: limitação de indicação em dentes mandibulares pela espessura da cortical mandibular, são indicados para crianças em região anterior da mandíbula e a aplicação desta técnica sempre causará dor durante a deposição do anestésico, sendo empregada como técnica anestésica complementar. Regionais Tronculares Essa indicação tem como objetivo ser feita com deposição em mandíbula muito próxima ao osso, para que se obtenha uma maior difusão do anestésico. Existe um anestésico denominado articaina que utilizado nas técnicas supraperiostal e subperiostal tem-se uma boa eficiência. A articaina possui boa capacidade de penetração óssea, é considerada um excelente anestésico possuindo o pKa menor, obtendo assim uma difusão anestésica melhor do tecido ósseo. Técnica anestésica: Distende-se mucosa com os dedos polegar e indicador para baixo e para fora; Punciona-se mucosa bucal na altura do dente que sofrerá intervenção, apenas no caso de crianças em região de mandíbula; Posiciona-se bisel da agulha voltado para o osso; A agulha é introduzida até chegar ao tecido ósseo; Com uma agulha curta deposita-se ¾ do tubete. Anestesias por bloqueio Anestesia pterigomandibular É a técnica mais utilizada e difundida, a margem de fracasso é de 15% a 20%. As anestesias dos nervos são: alveolar inferior, nervo milohióideo, mentual, incisivo, lingual e bucal se for utilizado na técnica de três posições. Áreas anestesiadas: Alveolar inferior Dentes mandibulares (vai do terceiro molar ao incisivo central inferior (linha média) Corpo e porção inferior do ramo mandibular Gengiva e mucosa vestibular anterior ao primeiro molar; Lábio inferior e mento. Lingual 2/3 anteriores da língua e do assoalho bucal, a inervação sensitiva do terço anterior da língua se da pelo nervo glossofaríngeo. Tecidos moles linguais e periósteo Bucal Mucosa posterior ao primeiro molar. Na imagem abaixo a área de anestesia é representada na cor amarela onde faz referência ao nervo alveolar inferior e lingual. A área anestesiada envolve os dentes (de pré-molar até incisivo central), porção lingual e gengiva lingual. Na imagem abaixo tem-se os nervos alveolar inferior, lingual e bucal: Vantagem: em apenas uma única injeção é produzida uma grande área de anestesia. Desvantagem: possível dificuldade da técnica não possuindo certeza se está no ponto correto, sendo pouco confiável a área que está sendo realizada a injeção. Outra desvantagem é o fato de ter chances de pegar algum vaso, essa técnica é a que tem mais relação de anestesia intravascular (10-15%). Técnica direta: Posição do paciente deve está em plano oclusal ao solo; Agulha longa sendo a mais indicada de 4 cm de comprimento e calibre 25; Dedo em posição correta mostra ponto exato de punção (metade da unha); Ponto de punção: depressão entre a linha olíqua externa e ligamento pterigomandibular e em altura supero-inferior1 cm acima do plano oclusal; Apoio à região de pré-molares inferiores do lado oposto (pode-se colocar nos pré-molares superiores quando forem em casos de crianças); A agulha é introduzida até que atinja o tecido ósseo (sendo injetado lentamente anestésico durante a introdução); Recuar a agulha 1 a 3 mm do tecido ósseo e injetar o restante do tubete. Quando o paciente abre a boca é possível observar três áreas para identificação: 1: mucosa jugal (região interna da bochecha); 2: trígono retromolar (extensão natural do rebordo alveolar e uma área sem dente) 3: rafe pterigomandibular (união dos dois, clinicamente é a linha de divisão a mucosa julgal com o trígono retromolar). É na rafe pterigomandibular que injeta a agulha anestésica. A referência para se anestesiar corretamente é da seguinte forma: coloca-se o dedo indicador deitado sobre o plano oclusal dos dentes inferiores e a referencia será a metade do dedo ou da unha, em torno de 1 cm acima do plano oclusal dos molares. Erros da técnica: Na imagem abaixo é possível observar o local correto onde a agulha deve está posicionada, observando que o corpo da seringa precisa está posicionado sobre os pré-molares. Não podem está posicionada nem para frente e nem para trás, caso haja uma projeção errada, por exemplo, posicionando a haste da seringa no canino, a ponta da agulha estará indo mais para posterior em movimento contrario, por consequência errando o forame e o canal mandibular. Em crianças a mandíbula não está em desenvolvimento e desta forma o forame encontra-se abaixo do nível oclusal, sendo necessário o conjunto agulha-seringa entre um ângulo de 5° com o plano oclusal. Técnica indireta ou três posições Posição do paciente deve está em plano oclusal ao solo; Agulha longa sendo a mais indicada de 4 cm de comprimento e calibre 25; Dedo em posição correta mostra ponto exato de punção (metade da unha); Ponto de punção: depressão entre a linha olíqua externa e ligamento pterigomandibular e em altura supero-inferior 1 cm acima do plano oclusal; Na primeira posição é tomado como apoio o plano oclusal dos molares inferiores do mesmo lado que será anestesiado (não ficará cruzada) e a agulha penetra inicialmente 5 mm atingindo o nervo bucal onde é depositado ¼ do tubete. Na segunda posição é mantido o que já foi iniciado introduzindo mais 5 mm e injetando outro ¼ de tubete, bloqueando o nervo lingual. Na terceira posição será a mesma da técnica direta, retirando a agulha de modo a deixar apenas a ponta no interior dos tecidos, girando o conjunto até a região de pré-molares inferiores do lado oposto e reintroduzindo até tocar o osso recuando de 1 a 3 mm, onde é depositado ½ (metade) do tubete restante, bloqueando o nervo alveolar inferior. Anestesia do nervo bucal Podem ou não ser anestesiados durante o bloqueio alveolar inferior de acordo com a técnica direta e indireta e são responsáveis pela inervação sensitiva dos tecidos moles e o periósteo bucal adjacente pela vestibular dos molares inferiores. Técnica anestésica: Área de introdução: simulação do início da técnica pterigomandibular indireta na primeira posição ou na mucosa distal e vestibular do 2° ou 3° molar. O nervo passa/cruza sobre a borda anterior do ramo. Se houver palpação é possível ter uma noção onde o nervo está cruzando. O ponto de referência é a mucosa vestibular que está na distal do último dente. Introduzir a agulha até atingir o osso; Recuar 1 mm e depositar o anestésico. Anestesia do mentual/mentoniano e incisivo O nervo incisivo é uma porção terminal do nervo alveolar inferior, pois quando se chega ao forame mentoniano ele irá se dividir saindo como nervo mentoniano e continuará no canal da mandíbula como nervo incisivo. Ou seja, é uma terminação do nervo alveolar inferior. Caso seja feito uma anestesia na região do forame, automaticamente o nervo mentual e incisivo também serão anestesiados. Considerações anatômicas: o forame mentoniano em adultos jovens se localiza equidistante entre a borda inferior, crista do processo alveolar e próximo ao ápice dos pré-molares. A luz do forame está voltada ligeiramente para cima e para trás, e em caso de pacientes desdentados se encontra mais superiormente. Indicações: intervenções cirúrgicas nos tecidos moles da região e se houver processos patológicos que contra indiquem a anestesia infiltrativa. Área anestesiada Mentual Mucosa vestibular (região do forame até a linha média) Pele do lábio inferior Mento Incisivo Fibras nervosas pulpares para os pré-molares, caninos e incisivos. Técnica anestésica: A agulha penetra em um ângulo de 45° em relação ao corpo da mandíbula; Penetra na região de fundo de sulco, compatível com a região de 2° PM inferior; A seringa deve está na região oposta à saída da luz do forame; O conjunto seringa-agulha penetra de cima para baixo de trás para frente e de lateral para medial, ou seja, em direção oposta à forma que o forame sai. Obs: importante o profissional se projetar lateralmente ou atrás do paciente, caso se entre muito a frente do paciente torna a técnica mais difícil de ser realizada. Bloqueios tronculares mandibulares Ocorre a anestesia sensitiva em praticamente todo o tronco mandibular (V3). Dificilmente realiza-se essa técnica. Os nervos anestesiados são: alveolar inferior, mentoniano, lingual, incisivo, milo-hióideo, auriculotemporal e bucal. Área anestesiada Dentes mandibulares, mucoperióteo e mucosa bucal; 2/3 anteriores da língua, tecidos moles linguais; Corpo da mandíbula e porção inferior do ramo e pele sobre o zigomático, bochecha e região temporal. Técnicas anestésicas Recomendado o uso de agulha longa calibre 25; Paciente com a boca aberta; Área de introdução-mucosa na face mesial do ramo, em uma linha que vai da incisura intertragos até o ângulo da boca, distal ao segundo molar superior; Alvo é a porção medial do côndilo; A profundidade da inserção não deve ultrapassar 25 a 27 mm; É injetado o conteúdo inteiro do tubete após o contato com a região foveana; O paciente permanece com a boca aberta por 20 a 30 segundos; Aguardar de 4 a 7 minutos. Existe a técnica mandibular transzigomática e masseterino sendo de forma extraoral, injeta-se na face entre o arco zigomático e a incisura da mandíbula para depositar o anestésico no nível do côndilo e na saída do forame oval que é aonde sai o nervo mandibular. E também a técnica mandibular e alveolar inferior de vazirani- akinosi utilizado quando o paciente possui trismo, ou seja, não consegue abrir a boca direito. Quando o paciente possui trismo perde-se toda referência, sendo assim, com o paciente com a boca fechada é necessário ir à mucosa julgal lateralmente, representado no espaço circulado na imagem, a fim de atingir o alveolar inferior. O ideal para o CD é ter o conhecimento do maior numero de técnicas possíveis, mas, de uma forma mais realista, devemos ter habilidade em pelo menos algumas dessas técnicas. Tendo o conhecimento das outras para sabermos usa-las com expectativa de sucesso. Casos clínicos Caso 1: Exodontia de 3° molares inferiores inclusos (elemento 48) Técnicas anestésicas: técnica pterigomandibular indireta ou técnica pterigomandibular direta mais a técnica bucal. Caso o paciente ainda relate dor mesmo com as anestesias bem feitas pode-se fazer as técnicas intraligamentares adicionais/complementares, intra septais (terminais infiltrativas) ou até mesmo utilizar um anestésico melhor, como a articaina. Isso pode ocorrer, pois existem alguns nervos que saem do pescoço (nervo sensitivo) e seguem em direção superior à face, podendo ter um plexo de nervo que irão inervar algumas regiões na mandíbula.
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