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UNIVERSIDAD E PAULISTA UNIP RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA CURSO: FISIOTERAPIA DISCIPLINA: RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS NOME DO ALUNO: LAURA DOS SANTOS IRINEU FERREIRA RA: 2287640 POLO: CARAGUATATUBA II DATA: 16/09/2023 TÍTULO DO ROTEIRO: Recursos Terapêuticos Manuais INTRODUÇÃO: Os recursos terapêuticos manuais na fisioterapia são técnicas de tratamento que utilizam as mãos do fisioterapeuta para manipular os tecidos do corpo do paciente. Algumas das técnicas mais comuns de recursos terapêuticos manuais na fisioterapia incluem a massagem, a mobilização articular, a tração, a liberação miofascial, a acupressão e a terapia manual. Essas técnicas podem ajudar a tratar diferentes condições, como dores nas costas, lesões esportivas , dores crônicas, problemas de postura e tensão muscular. O fisioterapeuta realiza uma avaliação detalhada do paciente e escolhe as técnicas mais adequadas para o tratamento individualizado de cada caso. Os objetivos dessas técnicas incluem alívio dos sintomas dolorosos e melhora da extensibilidade tecidual, o que permite maior amplitude de movimentos. Infelizmente, ainda não há consenso em relação à escolha da melhor técnica e à disfunção para que se deve aplicá-la, pois as avaliações e as pesquisas científicas esbarram na subjetividade da aplicação e da avaliação da efetividade dessas intervenções (NOGUEIRA, 2008; DUTTON, 2010; KISNER; COLBY, 2017, apud VASCONCELOS, et al., 2021, p.14) Grande parte dos distúrbios no sistema musculoesquelético é caracterizada por alterações biomecânicas assintomáticas em um estágio inicial que podem ser tratadas manualmente antes do aparecimento dos sintomas. As técnicas baseadas em princípios da artrocinemática, que utiliza de movimentos acessórios (micromovimentos), influenciam diretamente na prevenção de processos degenerativos e inflamatórios (JUNIOR, et al., 2016, p. 10). RESULTADO E DISCULSÃO: Recursos Terapêuticos Manuais AULA 1: ROTEIRO 1: Massagem clássica e Shantala Os objetivos desta aula fora de conhecer e compreender os recursos terapêuticos manuais, que consiste em manobras possíveis de melhorar a circulação sanguínea e linfática, aliviar a dor, reduzir a inflamação, melhorar a amplitude de movimento e promover a recuperação de lesões. Essas manobras quando bem aplicadas podem trazer inúmeros benefícios ao paciente, pois o toque exerce uma função muito importante tanto na vida das pessoas quanto nos seus processos de cura. No entanto, deve-se atentar, pois dependendo da forma que realizamos os movimentos pode ocorrer desconforto ao paciente, tornando assim um empecilho para a recuperação, pois o terapeuta e paciente devem se conectar durante o processo, tornando um momento prazeroso e acolhedor (MONTAGU, 1988; SILVA, 2002, apud VASCONCELOS, et al., 2021, p. 16). Nessa aula realizamos a massagem clássica, onde trabalhamos em duplas com auxílio de maca e óleo, no entanto, pode ser utilizado cremes se assim preferirem. As manobras utilizadas foram: deslizamento (superficial e profundo), amassamento, fricção, percussão e vibração. Iniciamos posicionando o paciente em decúbito dorsal e posteriormente decúbito ventral, no entanto, em casos de grávidas deve-se posicionar em decúbito lateral. Durante a realização dos movimentos o de maior dificuldade foi a vibração, mãos duras, sem muito movimento. Figura 1 – Massagem clássica Fonte do autor Na aplicação da Shantala utilizamos bonecos para os treinos e posteriormente apliquei a técnica em meu neto de 3 anos. Realizamos a massagem sentados em colchonetes no chão com o boneco entre as pernas que formaram um ninho. Nessa prática recomenda-se utilizar óleos e cremes apropriados para crianças e os movimentos são de deslizamentos e movimentos de rosca. Essa prática consiste na aplicação de massagem em bebês e crianças pelos pais, para fortalecer o vínculo entre eles e proporcionar o desenvolvimento motor, o equilíbrio dos sistemas imunológico, respiratório, digestivo, circulatório e linfático e o estímulo das articulações e da musculatura (VASCONCELOS, et al., 2021, p. 233) Antes de começar a massagem, coloque um pouco de óleo para massagem na palma das mãos, que pode ser de amêndoas doces ou de semente de uva, e esfregue nas mãos de forma a aquecê-la ligeiramente e siga os seguintes passos: Rosto - Coloque o bebê de frente para você e trace com os polegares pequenas linhas horizontais no rosto, massageie as bochechas e faça movimentos circula res próximo ao canto dos olhos; Peito - Deslize suas mãos do meio do peito do bebê em direção as axilas; Tronco - Com um toque suave, deslize as mãos da barriga em direção aos ombros, formando um X sobre o abdômen do bebê; Braços - Deslize suas mãos do meio do peito do bebê em direção às axilas (massageie um braço de cada vez); Mãos - Esfregue seus polegares da palma da mão do bebê até os dedinhos (um por um, suavemente, mantendo o movimento constante); Barriga - Usando a lateral das mãos, deslize suas mãos sobre o abdômen do bebê, desde a parte final das costelas, passando pelo umbigo até a parte genital; Pernas - Com a mão em forma de bracelete, deslize sua mão desde a coxa até os pés e, depois, a seguir, com as duas mãos, faça um movimento giratório, de vai-e-vem, desde a virilha até o tornozelo (faça uma perna de cada vez); Pés - Deslize seus polegares na planta do pé fazendo, no final, uma massagem suave em cada dedinho; Costas e bumbum - Vire o bebê de barriga para baixo e deslize suas mãos das costas até o bumbum; Alongamentos - Cruze os braços do bebê sobre sua barriguinha e depois abra os braços, depois cruze as perninhas do bebê sobre o abdômen e estique as perninhas, cada movimento deve ser repetido cerca de 3 a 4 vezes . [...]Essa massagem, que consiste em amassamentos e mobilizações articulares, é aplicada em crianças, principalmente nos primeiros meses de vida, com o intuito de favorecer o seu desenvolvimento motor e o seu tônus muscular, bem como a sua propriocepção (CARVALHO; MOREIRA; PEREIRA, 2010; SOUZA; LAU; CARMO, 2011, apud VASCONCELOS, et al., 2021, p. 235). Figura 2 - Shantala Fonte do autor Figura 3 - Shantala Fonte do autor Figura 4 - Shantala Fonte do autor Figura 5 – Shantala Fonte do autor AULA 2: ROTEIRO 1: Drenagem Linfática Manual e Liberação Miofascial / Pompage A drenagem linfática manual é um tipo de massagem corporal que serve para ajudar o corpo a eliminar o excesso de líquidos e toxinas, facilitando o tratamento da celulite, inchaço ou linfedema, e sendo também muito utilizada no pós-operatório de cirurgias, principalmente da cirurgia plástica. O sistema linfático é também conhecido como sistema de defesa, pois atua contra a invasão de antígenos, ou seja, corpos estranhos. Além disso, ele também atua como via secundária, auxiliando na remoção de substâncias do interstício. Essas substâncias formam o líquido intersticial, que, ao entrar no sistema linfático, passa a se chamar linfa (OLIVEIRA, 2018, P. 13). A drenagem linfática não emagrece porque não elimina gordura, mas ajuda a diminuir o volume, uma vez que elimina os líquidos que causam o inchaço corporal. Existe ainda uma terceira função para o sistema linfático: transportar a gordura absorvida pelo intestino delgado para o sangue. Cabe aqui um alerta para alguns profissionais de estéticaque erroneamente indicam a técnica de drenagem linfática manual (DLM) para tratamento da gordura localizada. A DLM está indicada nos tratamentos estéticos para redução de medidas porque auxilia na eliminação de líquidos, com consequente redução de edema. Não é sua função promover a eliminação de gordura. A linfa que é transportada pelos vasos linfáticos profundos da região abdominal tem em sua composição um teor de gordura, uma vez que a gordura que ingerimos é absorvida no intes- tino delgado. Mas isso não significa que a pessoa que ingerir gordura em excesso e fizer drenagem linfática não vai acumular gordura! (VASCONCELOS, 2015, p. 24) Esta massagem deve ser realizada sempre em direção aos gânglios linfáticos aplicando apenas uma pequena pressão com as mãos sobre a pele, pois o excesso de pressão pode inibir a circulação linfática, comprometendo os resultados e, por isso, o mais recomendado é que seja feita por um profissional capacitado, não indicada para quem tem processo infecciosos, flebite, trombose e tromboflebites, edemas, insuficiências renais, insuficiência cardíaca descompensada, hipotensão e hipertensão arterial descompensada e câncer. As contraindicações absolutas para a aplicação da drenagem linfática manual são aquelas que colocam em risco a saúde e a vida do cliente e que, por esse motivo, nunca devem ser ignoradas. São elas: »neoplasias: somente com avaliação e acompanhamento médico; »insuficiência cardíaca descompensada: pode levar a um edema cardíaco; »insuficiência renal crônica: o aumento na eliminação de líquidos vai sobrecarregar a função renal; »infecções provocadas por vírus, bactérias e fungos: os microrganismos podem se difundir pelo corpo e provocar uma infecção generalizada (septicemia); »linfangite aguda: inflamação dos vasos linfáticos; »hipertireoidismo descompensado: em função da liberação exagerada de hormônios tireoideanos para o sangue; »trombose aguda: pode ocorrer o desprendimento do trombo, que pode chegar ao pulmão e provocar uma embolia; »tromboflebites e flebites; »síndrome do seio carotídeo: deficiência das veias carótidas, que pode causar queda de pressão e parada cardíaca; »tuberculose e febre (VASCONCELOS, 2015, p. 86). A drenagem pode ser realizada de 1 à 5 vezes por semana, de acordo com a necessidade, devendo ser prescrita o número de sessões pelo próprio terapeuta que irá realizar o procedimento, após uma avaliação inicial. De forma geral, a drenagem linfática segue o seguinte passo a passo. A drenagem linfática sempre deve ser iniciada com manobras que estimulem o esvaziamento dos gânglios linfáticos, localizados na região da virilha e na região acima da clavícula. O estímulo nestas regiões deve ser feito, antes de iniciar as manobras e deve ser repetido 1 a 3 vezes ao longo da sessão, para potencializar seus resultados. Para isso, pode-se fazer movimentos circulares sobre a região dos gânglios linfáticos ou fazer movimentos de bombeamento, 10 a 15 vezes. Segundo Vasconcelos (2015), a drenagem linfática manual é uma técnica específica para o tratamento do tecido conjuntivo e vai ajudar a regular a composição e as funções desse tecido, uma vez que facilita a mobilização dos fluidos e solutos ali presentes (VASCONCELOS, 2015, p. 84). Figura 6 – Drenagem linfática Fonte do autor Figura 7 - Anatomofisiologia do sistema linfático Fonte: Livro - Drenagem linfática 2018 Para iniciar a drenagem facial, deve-se acomodar o paciente confortavelmente e realizar a higienização da pele. Não há necessidade de óleos ou cremes, no entanto necessita de liberação dos linfonodos antes da massagem, que são movimentos de bombeamentos em regiões especificas. Cada manobra de bombeamento deve ser executada com cinco repetições, em movimentos lentos e suaves, com intervalo de tempo de 1 e 1,5 segundos entre cada movimento (VASCONCELOS, 2015, p. 93). Inicia-se pelo pescoço com movimentos em círculos com os dedos que exercem pressão na região supraclavicular, a seguir deve-se fazer círculos suaves sobre o músculo esternocleidomastoideo, na lateral do pescoço e na região da nuca. A drenagem ao redor da boca apoia-se o dedo indicador e médio, pressionando a área do queixo com movimentos circulares e realizar movimentos na região por baixo da boca e em sua volta, incluindo acima do lábio superior, trazendo a linfa em direção ao centro do queixo (VASCONCELOS, 2015, p. 94). Os círculos com os dedos anelar, médio e indicador empurram a linfa das bochechas em direção ao ângulo da mandíbula. O movimento inicia na parte inferior da bochecha, até o ângulo, e depois chega mais próximo ao nariz, trazendo a linfa em direção ao ângulo, a pálpebra inferior deve ser drenada em direção aos gânglios próximo s do ouvido, a pálpebra superior, região do canto dos olhos e a testa também devem ser drenadas em direção ao ouvido (VASCONCELOS, 2015, p. 94). Figura 8 – Linfonodos da cabeça e pescoço Fonte: Livro – Princípios de drenagem linfática (2015) Liberação miofascial é uma técnica de massagem que aplica pressão em alguns pontos do corpo e ajuda a relaxar e alongar os músculos para que haja maior liberdade entre o músculo e a fáscia - uma membrana do tecido conjuntivo, localizada logo abaixo da pele e permite o deslizamento perfeito dos músculos durante os exercícios. O tecido conjuntivo tem como função unir os demais tecidos e servir de conexão, preenchimento e sustentação, sendo um dos mais abundantes e amplamente distribuído pelo corpo (TORTORA; DERRICKSON, 2017, apud VASCONCELOS, et al., 2021, p.44). Esse tecido ainda absorve impactos, armazena gordura e íons, defende o organismo e atua na coagulação sanguínea, na cicatrização e no transporte de gases, nutrientes e catabólitos. Além disso, ele possibilita o movimento e oferece apoio para outros tecidos (VASCONCELOS, et al., 2021, p.45). Os pontos gatilhos miofasciais também podem ser classificadas como latentes, nesse caso, o ponto gatilho miofascial está fisicamente presente, mas não associado a uma queixa espontânea de dor. No entanto, a pressão sobre o ponto gatilho miofascial latente provoca dor no local do nódulo. A compressão isquêmica é muito utilizada em postos gatilhos, ativos ou inativos. Em relação a sua forma de aplicação, ela se parece muito com a pressão sustentada e deve ser mantida por 8 a 12 segundos (VASCONCELOS, et al., 2021, p.19) Os pontos gatilhos miofasciais latentes e ativos podem estar associados à disfunção muscular, fraqueza muscular e uma amplitude de movimento limitada. Dessa forma, além da inativação dos pontos gatilhos, a identificação dos fatores associados e a sua correção são extremamente importantes para prevenção da recidiva da dor. Para Dutton (2010), o princípio dessa técnica se baseia na hipótese de que a compressão sobre o ponto gatilho impediria a entrada de oxigênio, tornando-o inativo e quebrando o ciclo dor–espasmo–dor (apud VASCONCELOS, et al., 2021, p.19). Essa técnica aumenta a mobilidade articular, favorece execução dos movimentos, diminui a sobrecarga e tensão músculo articular, libera e ativa os músculos, prepara a musculatura que vai ser trabalhada. Melhora a circulação e a respiração, promove mudanças progressivas nos níveis físico e emocional, aumenta a consciência corporal. Relaxa a musculatura, ajuda na liberação do ácido lático, ajuda a diminuir as tensões musculares, ajuda na recuperação muscular e evitar dores tardias, previne lesões , proporciona bem-estar. Pompage são manobras utilizadas para relaxar a musculatura em torno das articulações. Estas manobras são realizadas de forma precisa e têm determinadas características que proporcionam relaxamento da musculatura estática. A pompage consisteem uma manobra de mobilização fascial que melhora a circulação local e a nutrição dos tecidos, reduzindo a dor. Essa técnica pode ser utilizada em dores lombares e cervicais, lesões e tensões musculares e de tecidos moles (BIENFAIT, 1999, apud VASCONCELOS, et al., 2021, p.20). Os principais objetivos da pompage são relaxamento muscular, favorecimento da circulação, regeneração articular, analgesia, aumento da amplitude articular. A manobra apresenta-se dividida em três etapas: Tensionamento da estrutura corporal; Manu tenção do tensionamento; e Retorno Lento à posição inicial. A pompage é uma técnica de terapia manual criada pelo francês Marcel Bienfait, a qual consiste na ação direta sobre o tecido conjuntivo por meio de toques no segmento corporal do paciente (SACON, 2009). Ela tem como objetivo promover relaxamento muscular e melhorar a regeneração muscular e a circulação local. Durante a sua aplicação, o segmento corporal a ser tratado é tensionado lenta, regular e progressivamente. O propósito desse manuseio é transmitir tensões mecânicas pela ação muscular, permitindo o deslizamento sobre os músculos (SILVA; MAIA 2018 apud VASCONCELOS, et al., 2021, p.49). BIBLIOGRAFIA OLIVEIRA, Ribeiro F. Drenagem linfática. Porto Alegre RS: Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788595025196. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595025196/. Acesso em: 20 set. 2023. BALLESTRERI, Érica; HIGUCHI, Celio T.; MATIELLO, Aline A. Recursos estéticos manuais. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788595026070. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026070/. Acesso em: 20 set. 2023. VASCONCELOS, Maria Goreti de. Princípios de Drenagem Linfática. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. E-book. ISBN 9788536521244. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521244/. Acesso em: 20 set. 2023. VASCONCELOS, Gabriela S.; MANSOUR, Noura R.; MAGALHÃES, Lucimara F. Recursos terapêuticos manuais. Porto Alegre RS: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786556900100. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556900100/. Acesso em: 21 set. 2023.
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