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Vacuoterapia -endermologia

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ELETROTERAPIA 
FACIAL E 
CORPORAL 
BÁSICA
Patrícia Viana da Rosa
Vacuoterapia 
(endermologia)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir a técnica de vacuoterapia.
 � Descrever os efeitos fisiológicos desencadeados pelo uso da
vacuoterapia.
 � Aplicar a técnica de vacuoterapia na prática clínica.
Introdução
A vacuoterapia, também conhecida como endermologia, é um tipo 
de tratamento muito utilizado em clínicas estéticas. É uma técnica que 
engloba equipamentos específicos (por isso, suas diferentes denomina-
ções), com base na aspiração (sucção), acrescidos de uma mobilização 
tecidual efetuada por rolos, localizados no cabeçote do aparelho. Tanto 
a vacuoterapia isolada quanto a associada ao rolamento podem ser 
benéficas em diversos tratamentos estéticos.
Neste capítulo, você conhecerá mais sobre os benefícios do uso desse 
recurso, seus efeitos fisiológicos e a técnica aplicada pelo profissional da 
área da estética.
Técnica de vacuoterapia
De origem ancestral, a vacuoterapia (ou terapia pelo vácuo) surgiu pela primeira 
vez no Oriente, sofrendo variações em sua utilização conforme as tendências 
das diversas épocas. Segundo Silva (2015), é uma modalidade de tratamento da 
Medicina Tradicional Chinesa (MTC) que resulta de uma herança de milhares 
de anos. As primeiras referências a esse método como forma de tratamento 
são descritas no Bo Shu (livro ancestral), descoberto em uma tumba antiga 
da dinastia Han, em 1973 (CAO et al., 2010; YU et al., 2011). 
Tradicionalmente, esse método era executado por meio de ventosas feitas de 
diversos materiais como bambu, vidro, barro ou metais. A ventosa era colocada 
sobre o ponto de acupuntura a tratar de forma a promover hiperemia local, 
com o propósito de tratar a doença (CAO et al., 2010). Atualmente, existem 
várias formas de aplicação da vacuoterapia com o uso de técnicas variadas 
para o tratamento de diferentes doenças ou objetivos de tratamento. A Figura 1 
demonstra a utilização da técnica de vacuoterapia por ventosa.
Figura 1. Vacuoterapia: terapia por meio do uso de ventosas.
Fonte: PR Image Factory/Shutterstock.com.
Vacuoterapia X endermoterapia
A vacuoterapia é um procedimento com aplicação contínua de pressão negativa 
(vácuo) sobre uma área corporal. Endermoterapia é o uso da pressão negativa 
(vácuo) mais a presença de roletes para deslizamento, causando uma massagem 
sobre determinada área corporal.
Ao final da década de 1970, o engenheiro francês Louis Paul Guitay de-
senvolveu um equipamento portátil com um cabeçote massageador que, ao 
ser aplicado sobre a área tratada, fazia sucções e rolamentos sobre o tecido 
subjacente. O aparelho tinha como objetivo a diminuição de cicatrizes oriundas 
Vacuoterapia (endermologia)2
de acidentes automobilísticos. Como utiliza equipamentos específicos com 
base em sucção e mobilização tecidual feita por rolos localizados no cabeçote 
do aparelho, essa técnica de tratamento possuí diferentes denominações como, 
por exemplo, dermotonia e endermologia. 
O aparelho utilizado para sucção é composto por um compressor que 
provoca uma pressão negativa, variando de 0 a 600 mmHg. Essa força de 
sucção (vácuo) pode ser controlada pelo profissional por meio da válvula de 
regulagem da sucção, adequando o vácuo ao objetivo final do tratamento e 
às condições do tecido tratado.
A endermoterapia é uma modalidade terapêutica que emprega a aspiração 
e a compressão rítmica controlada. Possui um cabeçote (manopla) com dois 
roletes móveis que permite estirar os tecidos e realizar manobras de massa-
gem profunda e drenagem linfática (MEDEIROS, 2004). Para o sucesso dos 
tratamentos na área de estética, é importante salientar a correta aplicação das 
técnicas, além de ser imprescindível a presença do profissional qualificado 
e habilitado para a execução e compreensão dos procedimentos realizados 
(KEDE; SABATOVICH, 2015). A Figura 2 mostra o aparelho usado para a 
técnica de endermoterapia.
Figura 2. Aparelho de endermologia.
Fonte: Aparelho de endermologia (2018).
3Vacuoterapia (endermologia)
Efeitos fisiológicos desencadeados pelo 
uso da vacuoterapia
A vacuoterapia, ou endermologia, é uma técnica que visa melhorar a parte 
circulatória e o estágio fibroso. São utilizados aparelhos que funcionam como 
ventosas sobre a pele, fazendo com que ocorra uma quebra nas traves de 
fibrose existentes, estimulando a vasodilatação, a drenagem dos linfáticos e a 
liberação de substâncias vasoativas e neurotransmissores (MAIO, 2011). Esse 
recurso atua na pele utilizando o vácuo na camada adiposa e na musculatura, 
promovendo melhora circulatória e drenagem. Os rolos deslizam sobre a pele 
e realizam uma tração do tecido, aumentando em até três vezes a drenagem 
linfática e a produção de colágeno. A ação desses efeitos permanece até seis 
horas após o término da sessão (MIRANDA, 1991). 
A endermoterapia favorece a eliminação de toxinas, edemas e gordura localizada por 
meio da sucção, mobilizando o tecido conjuntivo e tonificando as fibras elásticas. 
Sua aplicação corporal ocorre, principalmente, nas regiões facial, abdominal, coxas e 
glúteos, podendo ser utilizada como drenagem e modelação corporal, substituindo a 
aplicação manual. Provoca intensa hiperemia em pouco tempo, facilitando a circulação 
sanguínea e linfática. 
Entre os efeitos fisiológicos e terapêuticos dessa técnica, destacam-se os 
seguintes:
 � Aumento da extensibilidade do colágeno, melhorando o trofismo tis-
sular, restaurando a qualidade do tecido cutâneo, uma vez que, ao ser
submetido a uma força de tração, o fibroblasto produz mais colágeno 
e elastina do que em estado de repouso.
 � Ativação da circulação periférica, com melhora do metabolismo local,
gerando uma hipervascularização com incremento da circulação su-
perficial pela ação do vácuo.
 � Aumento da atividade linfática.
 � Melhora do sistema imunológico, pois há melhoria na ação do sistema
linfático e estimulação de linfonodos.
Vacuoterapia (endermologia)4
 � Redução de edemas e hematomas por ação no sistema linfático, eli-
minando as toxinas estagnadas, melhorando o aporte de substâncias e
elementos nutritivos que agem sobre o tecido conjuntivo.
 � Na derme, promove um desfibrosamento profundo e modificação da
viscosidade da substância fundamental amorfa, assim como um apla-
namento da epiderme.
 � Reorganização da camada adiposa.
 � Atenuação de rugas e melhora do aspecto de cicatrizes.
O uso da endermologia como recurso terapêutico está indicado em:
 � pré e pós-cirurgias plásticas;
 � pós-intervenções cirúrgicas, quando há tecido fibroso instalado ou
em formação;
 � flacidez tissular;
 � diminuição de aderências, fibroses e cicatrizes hipertróficas;
 � fibroedema geloide;
 � gordura localizada e/ou alterações na distribuição da gordura;
 � pré-tratamentos de eletroterapia com o objetivo de preparar a pele para 
receber a técnica;
 � queimaduras;
 � redução de edemas, estimulando o sistema linfático;
 � melhora do contorno corporal;
 � estrias;
 � tonificação da pele (rugas);
 � melhora de áreas de tensão muscular.
Segundo Lopes (2003), a endermologia está contraindicada nas seguintes 
situações:
 � Hipertensão: a endermologia aumenta a vascularização.
 � Afecções de pele: procura-se evitar as regiões que possuem erupções,
feridas abertas, inflamações, hematomas e despigmentação inespecí-
ficas. Quando essas afecções forem generalizadas, a endermologia é 
contraindicada.
 � Câncer: a utilização dessa técnica promove um estímulo à circula-
ção linfática, podendo ocorrer a disseminação das células tumorais
(metástases).
5Vacuoterapia (endermologia)
 � Hérnia: pode agravar a herniação (exemplo: parede abdominal) quando 
aplicada diretamente sobre a região, por isso, deve-se apenas rodear essas 
áreas. A região inguinal nunca deve ser tratada devido à possibilidade 
de hérnias ocultas.
 � Veias varicosas: a aplicação da endermologia deve ser cautelosa pela 
fragilidade capilar,podendo ser aplicada ao redor das áreas afetadas.
 � Flebites e trombos, pelo risco de desprendimento.
 � Gravidez: evitar a aplicação, principalmente, em regiões lombares e 
abdominais.
 � Uso de anticoagulantes: os pacientes que possuem hematomas quase que 
permanentes não devem ser tratados com essa técnica, entretanto, os 
que fazem uso de baixas doses de ácido salicílico (aspirina) diariamente 
não possuem contraindicações.
 � Marca-passo cardíaco: pode causar interferências no ritmo cardíaco.
 � Durante a gestação, principalmente, não realizar no primeiro trimestre.
 � Não estimular sobre os seios carotídeos (pescoço).
 � Indivíduos com diabetes.
 � Aplicação direta sobre útero gravídico, gônadas, área cardíaca e olhos.
Deve-se prestar atenção especial ao início do tratamento, pois os pacientes 
sensíveis a essas manifestações não devem ser tratados com endermologia. 
É preciso ter cuidado também com pacientes em risco de formar hematomas, 
já que a técnica envolve a mobilização profunda do tecido (LOPES, 2003).
O link a seguir apresenta mais informações sobre a técnica 
de endermoterapia.
https://goo.gl/J5yJLA
Vacuoterapia (endermologia)6
Aplicação da técnica de vacuoterapia 
na prática clínica
Segundo Pravatto (2007), a endermologia é uma técnica terapêutica que utiliza 
um aparelho que permite uma dupla ação sinérgica de aspiração e mobilização 
dérmica, utilizando a pressão negativa na sucção associada ao rolamento (ma-
nobra do palper-rouler) exercido pelos rolos presentes no cabeçote (maniplo). 
O cabeçote faz a função de apalpar-sugar-rolar, formado por uma câmera de 
aspiração que garante o estancamento por meio de válvulas laterais e longi-
tudinais. A pele é aspirada pela depressão de ar criada entre os dois roletes 
motorizados que deslizam sobre a pele, e o espaço entre eles é determinado 
pela espessura da dobra cutânea. 
Segundo Filippo e Salomão Júnior (2012), a endermologia promove drena-
gem linfática em tempo real. A pressão externa da pele é diminuída, ao passo 
que a pressão interior da região é aumentada, ocorrendo a hiperoxigenação dos 
tecidos, além de intensa eliminação de toxinas em função de maior vasculari-
zação e melhor restauração do intercâmbio metabólico celular. Esse processo, 
que gera a prega móvel, cria um efeito de massagem e bombeamento do sistema 
linfático. Por fim, Milani, João e Farah (2006) relatam que a endermologia 
causa uma remodelação nas células adiposas, culminando em sua melhor 
distribuição no tecido, além de ser um dos principais recursos para a melhoria 
do contorno corporal, sem necessidade de intervenção cirúrgica. 
Os cabeçotes do aparelho de endermoterapia possuem as funções de sugar, 
rolar e apalpar, e a pressão gerada no cabeçote consegue distorcer as fibras 
dos tecidos massageados. Existem diversos tipos de ventosas, as que possuem 
roletes e que, geralmente, são de plástico, e as ventosas de vidro. Essa técnica 
pode ser usada também em tratamentos faciais com ventosas menores, em 
geral, de vidro e sem roletes, para ajudar no estímulo da produção de colágeno, 
além de auxiliar o sistema linfático e a permeação de ativos por meio de seu 
efeito vasodilatador. 
Manobras
As manobras a seguir podem ser utilizadas na face e no corpo:
 � Longitudinais longas: realizadas no sentido das linhas de tensão, 
usadas para evitar a flacidez e facilitar o retorno venoso e linfático.
 � Transversais curtas: são movimentos desfibrantes utilizados em casos 
de FEG, fibroses, gordura localizada e cicatrizes.
7Vacuoterapia (endermologia)
Parâmetros de utilização
 � Pressão menor ou igual a 100 mmHg: regiões internas de coxa e braço 
e região abdominal.
 � Pressão menor ou igual a 200 mmHg: regiões anterior, posterior e 
lateral de coxa e glúteos.
 � Pressão entre 150 e 200 mmHg: regiões com fibroses e aderências.
 � Pressão entre 400 e 500 mmHg: estrias e rugas (ventosas de vidro).
 � Pressão entre 500 e 600 mmHg: extração de comedões (ventosa de 
vidro).
 � Pressão de 100 mmHg: cicatrizes corporais (ventosas de vidro).
 � Pressão entre 30 e 40 mmHg: estímulo ao sistema linfático (roletes) 
e evacuação de linfonodos (chuveirinho no modo pulsado), ou facial 
com ventosas de vidro.
 � Pressão entre 40 e 60 mmHg: cicatrizes faciais.
 � Pressão para estímulo circulatório na face: 60 a 80 mmHg.
Cuidados na aplicação
 � O tratamento não deve gerar dor ou desconforto.
 � Deve-se respeitar as intensidades para evitar equimoses (mancha roxa) 
e hematomas.
 � É de extrema importância que o profissional seja capacitado e devida-
mente treinado, pois cada equipamento possui suas particularidades. 
Profissionais mal treinados podem causar manchas roxas sobre a pele 
do cliente, desconforto extremo na aplicação do equipamento, etc.
 � Sempre utilize bastante veículo deslizante, como cremes ou óleos, pois 
isso facilita as manobras e diminui o incomodo para o cliente. Caso o 
creme ou o óleo seque, reaplique antes de continuar com as manobras.
 � Sempre segure a pele do cliente para a retirada da ventosa, pois, além de 
estimular a flacidez puxando a ventosa sem o apoio das mãos, poderá 
ocorrer a formação de equimoses. Se o cliente relatar dor, diminua a 
intensidade da sucção até ser tolerável.
 � Deve-se desviar das estruturas ósseas.
Vacuoterapia (endermologia)8
Aplicabilidade nos tratamentos faciais
Acne e suas sequelas
Segundo Borges (2010), o problema apresenta alterações — por vezes, severas 
— da troficidade cutânea, além da diminuição da hidratação da epiderme. Após 
a higiene convencional da pele, poderá ser realizada a endermoterapia, o que 
facilitará a extração de comedões e pústulas. A técnica poderá ser utilizada, 
posteriormente, sobre os linfonodos regionais, para estímulo de drenagem 
linfática, realizando um alisamento cutâneo e prevenindo cicatrizes da acne.
Rugas (envelhecimento cutâneo)
Resulta de quatro causas distintas: desidratação da camada córnea, redução 
de atividade dos fibroblastos, alteração de pequenos músculos subcutâneos 
e alterações ligadas à restrição vascular da microcirculação cutânea. Inicial-
mente, realiza-se a mesma abordagem usada para o tratamento da acne. Em 
seguida, massageia-se com a técnica de sucção associada à esfoliação da 
face, do pescoço e do colo (a camada córnea deve estar livre de descamação 
para poder desempenhar seu papel de regulação e hidratação). Finaliza-se 
com movimentos de tonificação cutânea para promover microcirculação, 
estímulo de fibroblastos e melhora da flexibilidade da pele (BORGES, 2010). 
Em seguida, finaliza-se com manobras de drenagem.
Aplicabilidade nos tratamentos corporais
Lipodistrofia ginoide
Caracteriza-se por desordens metabólicas do tecido adiposo, causando im-
portante modificação do contorno corporal, principalmente, em mulheres, 
envolvendo alterações na derme, na microcirculação e nos adipócitos. É com-
provado que a massagem mecânica de contorno corporal melhora a aparência 
do FEG, além de alterar a distribuição da gordura subcutânea. Com a técnica 
de endermologia, provoca-se uma hiperemia e um efeito lipolítico sobre as 
lipodistrofias (BORGES, 2010; KEDE; SABATOVICH, 2015).
9Vacuoterapia (endermologia)
Estrias
As estrias ocorrem por um processo de atrofia dos elementos da derme. As 
principais causas são o crescimento exagerado, o uso de medicamentos à 
base de corticosteroides, a gravidez, a hereditariedade, o aumento de peso, 
entre outros.
O tratamento deve ser aplicado sobre a estria branca até se obter uma 
hipervascularização. Geralmente, utiliza-se a ventosa de vidro de tamanho 
menor (formato de bico) em manobras de vai e vem sobre a área. Salienta-se 
que o tratamento poderá ser associado a outros procedimentos, como o uso de 
ácidos e eletrolifting. O objetivo desse procedimento é a melhora da troficidade 
da cicatriz atrófica e o estímulo de fibras de colágeno e elastina.
No caso das estrias vermelhas, ou seja, em estágio inicial, logo após o 
rompimento das fibras e com a presença de edema, realiza-sea técnica de 
depressomassagem com estímulos nas regiões ganglionares para tratar o 
edema, drenando e descongestionando o tecido, promovendo um cicatrização 
mais rápida e de melhor qualidade. Sugere-se que essa técnica seja realizada 
de duas a três vezes por semana.
Pré e pós-operatório de cirurgias plásticas
No pré-operatório, a técnica tem como objetivo preparar o tecido que será 
operado, fortalecendo os vasos sanguíneos e linfáticos da região, desobs-
truindo o local. Quanto ao tratamento, aplica-se a endermoterapia a fim de 
descongestionar os tecidos, com movimentos semelhantes aos realizados na 
drenagem linfática, procurando estimular, ao final, as regiões de linfonodos 
com manobras de fechamento. Sugere-se, no mínimo cinco sessões na fase 
pré-operatória. 
No pós-operatório, busca-se tratar o edema, drenando e descongestionando 
os tecidos, o que levará a um processo cicatricial mais rápido e de melhor 
qualidade. O tratamento pode ser realizado de duas a três vezes por semana, 
com manobras de estímulo ganglionar, manobras de abertura, manobras 
de endermoterapia e, por último, manobras de fechamento, estimulando os 
linfonodos. Espera-se o alívio do desconforto (sensação de repuxamento), a 
melhora da qualidade da cicatriz e a tonificação do tecido. Contudo, segundo 
Borges (2010), é muito importante observar o início do tratamento nessa fase, 
que pode variar de acordo com o procedimento cirúrgico a ser realizado.
Vacuoterapia (endermologia)10
 � Lifting facial e blefaroplastia: cinco dias após o procedimento.
 � Abdominoplastia: sete dias após o procedimento.
 � Mamoplastia: cinco dias de pós-operatório.
Queimaduras
De acordo com Borges (2010), quando de primeiro grau, as queimaduras 
comprometem apenas a epiderme, causando hiperemia, edema e dor intensa. 
Quando de segundo grau, comprometem a derme em maior ou menor pro-
fundidade, apresentando como características a presença de bolhas e dor 
forte. As queimaduras de terceiro grau apresentam destruição da derme, 
eliminando a possibilidade de restauração. A pele, geralmente, apresenta-se 
endurecida, coriácea e pouco ou nada dolorosa. Pode também apresentar-se 
menos endurecida, porém despigmentada.
O tratamento deve iniciar logo após a pessoa sofrer o acidente. O tratamento 
imediato resume-se em técnicas de abertura ganglionar para estimular a dre-
nagem linfática regional. Busca-se tratar em dias alternados. Em sequelas de 
queimaduras, o tratamento deve ser realizado uma ou duas vezes por semana. 
É importante comentar que a técnica de endermologia tem sido utilizada em 
diversos países da Europa e nos Estados Unidos — entre outras nações — 
como um método alternativo para modificar a distribuição de gordura no plano 
subcutâneo. Essa técnica pode evitar possíveis procedimentos cirúrgicos, 
além de melhorar a autoestima das pessoas que sofrem com esse problema.
Para o sucesso dos tratamentos na área de estética, deve-se salientar a 
importância da correta aplicação das técnicas, bem como da presença do 
profissional qualificado e habilitado para a execução e compreensão dos 
procedimentos realizados.
Cuidados na aplicação
 � O tratamento não deve gerar dor ou desconforto.
 � As intensidades corretas para evitar equimoses (manchas roxas) e he-
matomas devem ser respeitadas.
 � Deve-se desviar das estruturas ósseas.
11Vacuoterapia (endermologia)
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Vacuoterapia (endermologia)14
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